Diplomacia | Alexandre Leitão é o novo cônsul de Portugal em Macau

Tiago Alcântara
Alexandre Leitão será o próximo cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong. O diplomata chega à RAEM depois de passar por Angola, Senegal e por cargos na União Europeia, ao longo de uma carreira com mais de duas décadas

 

Chegado a Macau em Outubro de 2018, Paulo Cunha Alves está de saída do cargo de cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong. A notícia da sua substituição foi avançada ontem pela TDM – Rádio Macau, que aponta ainda o nome do diplomata Alexandre Leitão para o cargo de cônsul-geral na RAEM. O HM pediu uma reacção a Paulo Cunha Alves, mas até ao fecho desta edição não foi possível obter respostas às nossas questões.

Alexandre Leitão entrou para a carreira diplomática em 1999, assumindo funções consulares em Benguela e Senegal, além de ter sido Chefe dos Assuntos do Parlamento Europeu na Representação de Portugal junto da União Europeia, em Bruxelas.

O futuro líder da representação diplomática de Portugal em Macau foi ainda embaixador da União Europeia em Timor-Leste. Ainda na área diplomática, Alexandre Leitão foi conselheiro do primeiro-ministro, António Costa, assessor do secretário de Estado da Administração Pública e da Modernização Administrativa. Fez ainda assessoria para o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

Natural de Coimbra, o diplomata licenciou-se em Geografia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e começou por ser professor. Além disso, é formado em Administração Autárquica pelo Centro de Estudos e Formação Autárquica, além de possuir um mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Católica Portuguesa.

Mandato pandémico

Em Outubro de 2018, Paulo Cunha Alves afirmava que, no novo cargo diplomático em Macau, pretendia apostar numa “diplomacia cultural” através de uma “estreita cooperação” com o Instituto Português do Oriente (IPOR), como com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua. À data, Paulo Cunha Alves vinha do cargo de embaixador de Portugal na Austrália, Nova Zelândia e Estados do Pacífico Sul, substituindo Vítor Sereno.

O ainda cônsul tinha também como prioridade o aprofundamento dos laços comerciais e económicos entre Portugal e Macau. Porém, grande parte do mandato de Paulo Cunha Alves acabou por ficar marcado pela pandemia e pelos entraves na circulação de bens e pessoas que afectaram toda a sociedade, mas também a comunidade portuguesa a residir em Macau.

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