Kaifong apoia teleférico, mas diz que falta solução para o trânsito

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O Centro da Política da Sabedoria Colectiva considera que o projecto de construção do teleférico entre o Centro de Ciência e a Zona A dos Novos Aterros deve avançar se for considerada uma mais-valia para o sector do turismo, ficando a faltar, contudo, uma solução para o trânsito.

“A população está atenta à ligação entre as zonas A e B [onde está o Centro de Ciência] e o teleférico parece ser um projecto mais virado para o turismo. Para resolver o assunto de trânsito (…) será ainda necessário construir uma passagem por túnel ou viaduto”, disse ontem o vice-presidente da associação e deputado, Leong Hong Sai, durante um encontro que serviu para discutir o Planeamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau (2021-2030).

Além disso, o deputado alertou o Governo para a necessidade de fazer um estudo sobre a viabilidade da construção do teleférico, não só em termos de engenharia, mas também ao nível dos custos e capacidade de manutenção da hipotética estrutura.

Por seu turno, Cheong Sok Leng, membro do Conselho Consultivo do Trânsito lembrou que, caso se decida avançar com a obra, o Governo deve equacionar os custos totais do projecto e a viabilidade dos planos de resposta em caso de acidente.

Um passo de cada vez

Já sobre o Metro Ligeiro, Leong Hong Sai considera que a construção da Linha Oeste, entre Barra e Portas do Cerco, é uma ideia a ter em conta, dado que poderá beneficiar a população dos bairros antigos de Macau. Contudo, alerta para a complexidade da obra e o facto de a prioridade passar por concluir as ligações entre Taipa e Barra, a linha de Hengqin e a linha Leste entre o Aeroporto e as Portas do Cerco.

“A acontecer, a linha Oeste vai ter um efeito muito positivo para a população dos bairros antigos e beneficiar as ligações entre os Postos Fronteiriços de Qingmao, Portas do Cerco e Hengqin”, disse.

Sobre o tema, Cheong Sok Leng sublinhou que o objectivo do plano de transportes passa por elevar o Metro Ligeiro ao estatuto de meio de transporte principal, relegando para segundo plano os autocarros. Contudo, alerta para a dificuldade que é concretizar novas linhas do Metro Ligeiro, dado que a única linha existente (na Taipa) levou 10 anos a ser construída.

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