Crime | Ataque com faca provoca uma morte e dois feridos na Areia Preta

Por volta das 19h, num prédio na Areia Preta, uma mulher entrou num apartamento empunhando uma faca. Até à chegada das autoridades, os ferimentos que infligiu resultaram numa morte, numa mulher ferida com gravidade e em múltiplos cortes numa criança de cinco anos

 

[dropcap]E[/dropcap]ram cerca de 19h de domingo, quando uma mulher bateu à porta de um apartamento num prédio situado na Rua do Padre Eugénio Taverna, na Areia Preta. A mulher, oriunda do Interior da China, procurava um homem que, segundo, quem a atendeu, não estaria em casa. Os momentos seguintes foram dignos de um pesadelo para os ocupantes da fracção – a mãe e esposa do homem “procurado”, e dois filhos.

De acordo com informação prestada pela Polícia Judiciária (PJ), a mulher terá forçado a entrada no apartamento de faca na mão, atacando a mãe, a esposa do homem que procurava e um rapaz de cinco anos. Durante o ataque, a menina que estava dentro de casa conseguiu sair e avisar o porteiro do que estava a acontecer, que de pronto chamou a polícia.

Assim que as autoridades policiais chegaram ao local dominaram e detiveram a suspeita. Como estava transtornada e se queixava de náuseas, a suspeita foi transportada para o Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), juntamente com as vítimas do ataque. A mulher, de 30 anos, “foi sujeita a avaliação mental e devolvida à PJ, mas não sabemos se tem algum problema mental”, referiu ontem Lei Wai Seng, médico adjunto da direcção do CHCSJ.

À chegada ao hospital, a mulher de 32 anos não resistiu ao golpe profundo que sofreu no pescoço e foi declarado o óbito, menos de duas horas depois do ataque. A vítima mais idosa, com 62 anos de idade, foi ferida no abdómen e encontra-se internada em estado grave. O menino de cinco anos sofreu ferimentos no rosto, peito e costas e continua internado na ala de pediatria no CHCSJ com um quadro clínico estável e está fora de perigo.

Apoios em acção

O Instituto de Acção Social (IAS) reagiu à tragédia de domingo, em comunicado citado pelo canal chinês da TDM – Rádio Macau, declarando preocupação e afirmando que desde que os serviços foram notificados da ocorrência, de imediato intervieram junto dos familiares com o intuito de disponibilizar os apropriados serviços de apoio.

Além disso, o IAS apresentou condolências pelo falecimento e colocou em acção o mecanismo de gestão de crises 24 horas, em colaboração com os assistentes sociais da Polícia de Segurança Pública, da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude e do CHCSJ para prestar apoio emocional e terapia. Além disso, o IAS disponibilizou-se também para ajudar a pagar o funeral e apoiar em termos de habitação.

O HM contactou o Ministério Público para saber se a suspeita já teria sido presente a juiz, com acusações e medida de coacção aplicada, mas até ao fecho da edição, não recebemos resposta.

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