admin PolíticaXi Jinping em Macau | Marcelo enaltece exemplo de convivência singular em carta enviada ao seu homólogo chinês [dropcap]O[/dropcap] Presidente da República português referiu-se ontem a Macau como “um exemplo de convivência singular entre culturas e experiências jurídicas diversas”, numa mensagem enviada ao seu homólogo chinês por ocasião do XX aniversário da transferência da administração do território. A propósito dos 20 anos da transferência, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu uma missiva ao Presidente chinês, Xi Jinping, na qual reafirma “o compromisso assumido pela República Portuguesa, através dos Presidentes Jorge Sampaio e Aníbal Cavaco Silva, da Assembleia da República e dos sucessivos Governos, quanto ao estatuto jurídico e ao desenvolvimento económico, social e cultural de Macau, bem como quanto à valorização da língua portuguesa”. Na mensagem, o chefe de Estado português reafirma “a relevância da relação de cinco séculos entre Portugal e a China, o caráter único e irrepetível da vivência de Macau, no passado, presente e futuro, e a certeza de que continuará a ser um exemplo de convivência singular entre culturas e experiências jurídicas diversas, com abertura económica e social a outros mundos, em particular o que fala o português”. Marcelo Rebelo de Sousa saudou a presença de Xi Jinping “na celebração do vigésimo aniversário da transmissão de poderes, bem como o empenho que significa de respeitar os direitos consagrados no estatuto acordado entre os dois Estados e de fomentar o desenvolvimento económico, social e cultural da Região Administrativa Especial de Macau”. “Macau continuará a ser mais um importante contributo para o alcance da parceria existente entre a República Portuguesa e a República Popular da China”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, recordando a visita que Xi Jinping efetuou a Portugal no final de 2018 e a que ele próprio fez à China no início deste ano.
João Santos Filipe Manchete Política20.º Aniversário | Xi Jinping aterrou e desejou “calorosos parabéns” a Macau À chegada ao território, Xi Jinping falou dos feitos alcançados nos últimos 20 anos, que diz orgulhar o Governo Central e os povos da China, e prometeu coordenar o esforço conjunto para traçar o futuro da RAEM [dropcap]F[/dropcap]altavam cerca de dois minutos para as 16h00 quando o avião da Air China que transportava o Presidente Xi Jinping aterrou ontem em Macau. Ao contrário do habitual, o céu estava limpo e à espera do líder da República Popular da China estavam o actual e o futuro Chefe do Executivo, Chui Sai On e Ho Iat Seng, respectivamente, os titulares dos altos cargos da RAEM e uma comitiva de 400 crianças, que seguravam bandeiras República Popular da China, da RAEM e bouquets de flores. Quando desceu do avião, já depois de ter sido recebido por Chui Sai On, que subiu à aeronave, como indica o protocolo, Xi Jinping, acompanhado pela esposa, Peng Liyuan, foi cumprimentando as crianças até chegar a um palanque, onde revelou a sua felicidade por voltar a visitar “a beleza” da região da Flor do Lótus. “Estou muito feliz por poder, mais uma vez, vir a esta beleza que é Macau, um lugar que não me é estranho. No ano 2000, seis meses depois da constituição da RAEM, vim a Macau. Depois, regresseis várias vezes e a última vez foi há cinco anos. Foi no 15.º aniversário da RAEM e nessa altura vim para as comemorações”, recordou sobre a sua ligação com o território. No entanto, a ocasião é de festa e Xi Jinping trouxe à RAEM os cumprimentos do Governo Central e de todos os povos da China, neste ano em que se festejam não só os 70 anos da implantação da República Popular da China, mas também do estabelecimento da RAEM. “Agora é o 20.º aniversário e mais uma vez estou aqui. Estou muito feliz. Este ano, em Outubro, celebrámos o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China. Agora, celebramos os 20 anos da constituição da RAEM. Toda a China está a celebrar de forma calorosa”, vincou Xi. “Em nome do Governo Central e de todos os povos da China apresento os mais calorosos parabéns e desejo um bom futuro à RAEM”, acrescentou. Coragem para o futuro Logo durante as primeiras palavras, ainda na pista do aeroporto, o Presidente chinês elogiou o caminho traçado pela RAEM nos últimos 20 anos e indicou que é um exemplo “encorajador” para qualquer pessoa e um motivo de orgulho para o Governo Central. “O sucesso e progresso de Macau nos últimos 20 é encorajador para qualquer pessoa. O Governo Central e o povo da China sentem-se muito orgulhosos”, apontou. De seguida, defendeu que ao longo deste período o princípio “Um País, Dois Sistemas” foi integralmente cumprido. “Sempre cumprimos escrupulosamente o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”, garantiu. Por outro lado, e numa altura em que se antecipa que o Presidente chinês possa revelar a criação de um Bolsa de Valores na RAEM, Xi Jinping prometeu todo o apoio das autoridades centrais para a promoção do desenvolvimento da RAEM. “Com a experiência adquirida e devido às suas próprias características, podemos concluir que Macau precisa de uma planta para se desenvolver. Temos de desenvolver essa planta em conjunto e estou disposto, em comunicação com os diversos sectores, para promover esse intercâmbio”, prometeu. Segurança máxima A visita de Xi Jinping está a ser marcada por um nível de segurança pouco visto na RAEM, mesmo quando comparado com ocasiões anteriores. O tráfego aéreo foi uma das áreas afectadas e muitos dos voos que deviam ter chegado ao Aeroporto Internacional de Macau entre as 15h00 e as 17h00 foram antecipados ou atrasados. Durante esse horário ainda houve cerca de dois ou três aviões a descolarem, mas o espaço aéreo acabou por ficar mesmo reservado para a chegada do avião que transportava Xi Jinping. O acesso ao aeroporto foi igualmente altamente restringido, com vários controlos de segurança, e os jornalistas tiveram de chegar ao local com três horas de antecedência face à hora de aterragem, que nunca foi revelada de forma oficial. Apenas foi dito que ocorreria entre o intervalo horário das 15h00 e as 17h00. Já em terra, Xi Jinping tinha à sua espera um Mercedes S650 blindado, e numa altura de celebração nem a matrícula da viatura foi deixada ao acaso: AA-20-19, numa aparente alusão às celebrações dos próximos dias. O “20” remete para o 20.º aniversário e o “19” para o ano de 2019. Encontro com Chui Sai On A agenda de Xi Jinping está envolvida em grande secretismo, mesmo para os órgãos de comunicação que são essencialmente informados sobre os eventos em que podem fazer a cobertura. Contudo, durante o dia de ontem, o Governo da RAEM já havia revelado um encontro entre os Presidente chinês e o actual Chefe do Executivo, Chui Sai On. A hora do encontro não foi tornada pública. Em relação à agenda para o dia de hoje, as eventuais visitas ou encontros da parte da manhã não foram divulgados. Porém, há um encontro com os sectores da sociedade, que deverá acontecer por volta das 17h00, um jantar oferecido pelo Governo da RAEM à comitiva do Presidente Xi Jinping e para a noite está marcado um Sarau Cultural, que será transmitido em sinal aberto. Finalmente, a 20 de Dezembro está agendada a tomada de posse do 5.º Governo da RAEM, liderado por Ho Iat Seng, seguindo-se a partida do Presidente Xi, que está marcada para a tarde desse dia. 400 alunos à espera Quando aterrou em Macau, o Presidente da China tinha à sua espera um grupo com cerca de 400 estudantes locais, que seguravam bandeiras da China, de Macau e bouquets de flores. Entre estes, um aluno e uma aluna da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários de Macau que deram as boas-vindas ao Presidente e à esposa com a entrega de ramos de flores. Os alunos chegaram ao local, acompanhados pelos professores, também com cerca de três horas de antecedência. Aos jornalistas, uma aluna da escola Kao Yip, com 18 anos, chamada Elizabeth admitiu antes da cerimónia sentir-se nervosa por não saber bem o que estava a fazer no aeroporto, mas instruída pela sua docente deu como terminada a conversa. Antes do fim da entrevista, ainda admitiu sentir-se feliz, face à possibilidade de poder ver o Presidente Xi Jinping. Mercedes custa entre 3 e 11 milhões Quando aterrou em Macau, Xi Jinping tinha à espera um Mercedes-Maybach S650 blindado. Este é um carro com um motor V12, 5.980 de cilindrada e 630 cavalos de potência. De acordo com os dados oficiais, caso não venha limitado electronicamente, este modelo é capaz de atingir os 350 km/h. Não é por isso de admirar que o Mercedes-Maybach S650 tenha um custo na versão mais barata de cerca de 3,5 milhões de dólares de Hong Kong, segundo o portal oficial do construtor alemão. Contudo, quando o modelo é vendido com todos os extras, mas sem as protecções necessárias como a cobertura anti-bala, o preço sobe para os 11,9 milhões de dólares de Hong Kong. Uma comitiva de topo Na deslocação a Macau, Xi Jinping está acompanhado por algumas das principais figuras do Governo Central. Além do Presidente, estão ainda presentes outros três dos 25 membros do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, nomeadamente Ding Xuexiang, que é também secretário do Comité Central e chefe do departamento central, Wan Chen, vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e Zhang Youxia, vice-presidente da Comissão Militar Central da República Popular da China. Apesar de não ser o mais poderoso da comitiva, uma das figuras mais mediáticas é Wang Yi, Conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros, que surge frequentemente em conferências de imprensa sobre assuntos da agenda internacional a revelar as posições da China. Fazem ainda parte das pessoas que acompanham o Presidente, Ma Biao, vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Jiang Jinquan, subdirector do Gabinete de Estudo de Política Central, Zhang Xiaoming, director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado e Fu Ziying, Director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central.
admin Manchete Política20.º Aniversário | Xi Jinping aterrou e desejou “calorosos parabéns” a Macau À chegada ao território, Xi Jinping falou dos feitos alcançados nos últimos 20 anos, que diz orgulhar o Governo Central e os povos da China, e prometeu coordenar o esforço conjunto para traçar o futuro da RAEM [dropcap]F[/dropcap]altavam cerca de dois minutos para as 16h00 quando o avião da Air China que transportava o Presidente Xi Jinping aterrou ontem em Macau. Ao contrário do habitual, o céu estava limpo e à espera do líder da República Popular da China estavam o actual e o futuro Chefe do Executivo, Chui Sai On e Ho Iat Seng, respectivamente, os titulares dos altos cargos da RAEM e uma comitiva de 400 crianças, que seguravam bandeiras República Popular da China, da RAEM e bouquets de flores. Quando desceu do avião, já depois de ter sido recebido por Chui Sai On, que subiu à aeronave, como indica o protocolo, Xi Jinping, acompanhado pela esposa, Peng Liyuan, foi cumprimentando as crianças até chegar a um palanque, onde revelou a sua felicidade por voltar a visitar “a beleza” da região da Flor do Lótus. “Estou muito feliz por poder, mais uma vez, vir a esta beleza que é Macau, um lugar que não me é estranho. No ano 2000, seis meses depois da constituição da RAEM, vim a Macau. Depois, regresseis várias vezes e a última vez foi há cinco anos. Foi no 15.º aniversário da RAEM e nessa altura vim para as comemorações”, recordou sobre a sua ligação com o território. No entanto, a ocasião é de festa e Xi Jinping trouxe à RAEM os cumprimentos do Governo Central e de todos os povos da China, neste ano em que se festejam não só os 70 anos da implantação da República Popular da China, mas também do estabelecimento da RAEM. “Agora é o 20.º aniversário e mais uma vez estou aqui. Estou muito feliz. Este ano, em Outubro, celebrámos o 70.º aniversário da implantação da República Popular da China. Agora, celebramos os 20 anos da constituição da RAEM. Toda a China está a celebrar de forma calorosa”, vincou Xi. “Em nome do Governo Central e de todos os povos da China apresento os mais calorosos parabéns e desejo um bom futuro à RAEM”, acrescentou. Coragem para o futuro Logo durante as primeiras palavras, ainda na pista do aeroporto, o Presidente chinês elogiou o caminho traçado pela RAEM nos últimos 20 anos e indicou que é um exemplo “encorajador” para qualquer pessoa e um motivo de orgulho para o Governo Central. “O sucesso e progresso de Macau nos últimos 20 é encorajador para qualquer pessoa. O Governo Central e o povo da China sentem-se muito orgulhosos”, apontou. De seguida, defendeu que ao longo deste período o princípio “Um País, Dois Sistemas” foi integralmente cumprido. “Sempre cumprimos escrupulosamente o princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”, garantiu. Por outro lado, e numa altura em que se antecipa que o Presidente chinês possa revelar a criação de um Bolsa de Valores na RAEM, Xi Jinping prometeu todo o apoio das autoridades centrais para a promoção do desenvolvimento da RAEM. “Com a experiência adquirida e devido às suas próprias características, podemos concluir que Macau precisa de uma planta para se desenvolver. Temos de desenvolver essa planta em conjunto e estou disposto, em comunicação com os diversos sectores, para promover esse intercâmbio”, prometeu. Segurança máxima A visita de Xi Jinping está a ser marcada por um nível de segurança pouco visto na RAEM, mesmo quando comparado com ocasiões anteriores. O tráfego aéreo foi uma das áreas afectadas e muitos dos voos que deviam ter chegado ao Aeroporto Internacional de Macau entre as 15h00 e as 17h00 foram antecipados ou atrasados. Durante esse horário ainda houve cerca de dois ou três aviões a descolarem, mas o espaço aéreo acabou por ficar mesmo reservado para a chegada do avião que transportava Xi Jinping. O acesso ao aeroporto foi igualmente altamente restringido, com vários controlos de segurança, e os jornalistas tiveram de chegar ao local com três horas de antecedência face à hora de aterragem, que nunca foi revelada de forma oficial. Apenas foi dito que ocorreria entre o intervalo horário das 15h00 e as 17h00. Já em terra, Xi Jinping tinha à sua espera um Mercedes S650 blindado, e numa altura de celebração nem a matrícula da viatura foi deixada ao acaso: AA-20-19, numa aparente alusão às celebrações dos próximos dias. O “20” remete para o 20.º aniversário e o “19” para o ano de 2019. Encontro com Chui Sai On A agenda de Xi Jinping está envolvida em grande secretismo, mesmo para os órgãos de comunicação que são essencialmente informados sobre os eventos em que podem fazer a cobertura. Contudo, durante o dia de ontem, o Governo da RAEM já havia revelado um encontro entre os Presidente chinês e o actual Chefe do Executivo, Chui Sai On. A hora do encontro não foi tornada pública. Em relação à agenda para o dia de hoje, as eventuais visitas ou encontros da parte da manhã não foram divulgados. Porém, há um encontro com os sectores da sociedade, que deverá acontecer por volta das 17h00, um jantar oferecido pelo Governo da RAEM à comitiva do Presidente Xi Jinping e para a noite está marcado um Sarau Cultural, que será transmitido em sinal aberto. Finalmente, a 20 de Dezembro está agendada a tomada de posse do 5.º Governo da RAEM, liderado por Ho Iat Seng, seguindo-se a partida do Presidente Xi, que está marcada para a tarde desse dia. 400 alunos à espera Quando aterrou em Macau, o Presidente da China tinha à sua espera um grupo com cerca de 400 estudantes locais, que seguravam bandeiras da China, de Macau e bouquets de flores. Entre estes, um aluno e uma aluna da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários de Macau que deram as boas-vindas ao Presidente e à esposa com a entrega de ramos de flores. Os alunos chegaram ao local, acompanhados pelos professores, também com cerca de três horas de antecedência. Aos jornalistas, uma aluna da escola Kao Yip, com 18 anos, chamada Elizabeth admitiu antes da cerimónia sentir-se nervosa por não saber bem o que estava a fazer no aeroporto, mas instruída pela sua docente deu como terminada a conversa. Antes do fim da entrevista, ainda admitiu sentir-se feliz, face à possibilidade de poder ver o Presidente Xi Jinping. Mercedes custa entre 3 e 11 milhões Quando aterrou em Macau, Xi Jinping tinha à espera um Mercedes-Maybach S650 blindado. Este é um carro com um motor V12, 5.980 de cilindrada e 630 cavalos de potência. De acordo com os dados oficiais, caso não venha limitado electronicamente, este modelo é capaz de atingir os 350 km/h. Não é por isso de admirar que o Mercedes-Maybach S650 tenha um custo na versão mais barata de cerca de 3,5 milhões de dólares de Hong Kong, segundo o portal oficial do construtor alemão. Contudo, quando o modelo é vendido com todos os extras, mas sem as protecções necessárias como a cobertura anti-bala, o preço sobe para os 11,9 milhões de dólares de Hong Kong. Uma comitiva de topo Na deslocação a Macau, Xi Jinping está acompanhado por algumas das principais figuras do Governo Central. Além do Presidente, estão ainda presentes outros três dos 25 membros do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, nomeadamente Ding Xuexiang, que é também secretário do Comité Central e chefe do departamento central, Wan Chen, vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e Zhang Youxia, vice-presidente da Comissão Militar Central da República Popular da China. Apesar de não ser o mais poderoso da comitiva, uma das figuras mais mediáticas é Wang Yi, Conselheiro de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros, que surge frequentemente em conferências de imprensa sobre assuntos da agenda internacional a revelar as posições da China. Fazem ainda parte das pessoas que acompanham o Presidente, Ma Biao, vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Jiang Jinquan, subdirector do Gabinete de Estudo de Política Central, Zhang Xiaoming, director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado e Fu Ziying, Director do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central.
Hoje Macau Manchete PolíticaMacau 20 anos | Xi Jinping elogia “implementação séria” do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ [dropcap]O[/dropcap] Presidente da China elogiou hoje a “implementação séria” em Macau do princípio ‘um país, dois sistemas’, ao chegar à cidade para presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa. Após aterrar no aeroporto de Macau às 16:00 (08:00 em Lisboa), Xi Jinping destacou “os sucessos e progresso” de Macau desde que a China reassumiu o exercício da soberania em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território. “Tanto o Governo Central, como os chineses do continente estão também orgulhosos da experiência e implementação séria em Macau da política ‘um país, dois sistemas’”, disse o líder chinês num breve discurso. A visita de Xi Jinping a Macau está a ser marcada por medidas excecionais de segurança, numa altura em que a vizinha Hong Kong, região administrativa especial também regida pelo princípio ‘um país, dois sistemas’, continua a ser, há seis meses, palco de protestos anti-governamentais. “Vale a pena sublinhar que o modelo para o futuro desenvolvimento de Macau tem de ser construído de forma conjunta”, defendeu o líder chinês. Xi Jinping prometeu falar com “pessoas de todas as esferas da sociedade” durante a visita a Macau, para conhecer melhor os problemas da cidade. A China reassumiu o exercício da soberania sobre Macau em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território. Com base no princípio “um país, dois sistemas”, a RAEM mantém o sistema capitalista e os direitos, deveres e liberdades dos seus cidadãos até 2049, gozando de elevada autonomia em todas as áreas, à exceção da defesa e da diplomacia. Com uma economia assente no negócio do jogo, nos últimos dez anos, o investimento na Educação e na Saúde em Macau mais do que duplicou, enquanto na Segurança Social triplicou. A reduzida taxa de desemprego, a estabilidade das finanças públicas e a diversificação da economia são outras das áreas sublinhadas pelas autoridades de Macau. A evolução no PIB (Produto Interno Bruto) e no PIB per capita cresceu, respetivamente, 63,3% e 33,1% nos últimos dez anos. O Presidente da República Popular da China chegou hoje a Macau para presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa e dar posse ao novo Governo. Mais de 650 profissionais da comunicação social estão registados para fazer a cobertura da visita de Xi Jinping a Macau. As ligações marítimas de e para Hong Kong foram reduzidas e aumentaram os controlos aos passageiros. E desde terça-feira que as autoridades chinesas estão a proceder a controlos de segurança às viaturas que circulam na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, numa ilha artificial. Estas inspeções já resultaram em várias detenções e recusas de entrada no território, incluindo a jornalistas acreditados para a cobertura das cerimónias destes dias, segundo relatos dos próprios meios de comunicação social com quem trabalham. O Presidente chinês chegou hoje a uma cidade onde foram adoptadas medidas de segurança excecionais nos últimos dias, mas com poucos sinais de estar em festa: o que sobra em decorações natalícias falta em bandeiras, tarjas e outros adereços que sinalizem o 20.º aniversário de Macau e a visita do Presidente chinês, a terceira numa década, com a população aparentemente alheada das comemorações.
admin Manchete PolíticaMacau 20 anos | Xi Jinping elogia “implementação séria” do princípio 'Um País, Dois Sistemas' [dropcap]O[/dropcap] Presidente da China elogiou hoje a “implementação séria” em Macau do princípio ‘um país, dois sistemas’, ao chegar à cidade para presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa. Após aterrar no aeroporto de Macau às 16:00 (08:00 em Lisboa), Xi Jinping destacou “os sucessos e progresso” de Macau desde que a China reassumiu o exercício da soberania em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território. “Tanto o Governo Central, como os chineses do continente estão também orgulhosos da experiência e implementação séria em Macau da política ‘um país, dois sistemas’”, disse o líder chinês num breve discurso. A visita de Xi Jinping a Macau está a ser marcada por medidas excecionais de segurança, numa altura em que a vizinha Hong Kong, região administrativa especial também regida pelo princípio ‘um país, dois sistemas’, continua a ser, há seis meses, palco de protestos anti-governamentais. “Vale a pena sublinhar que o modelo para o futuro desenvolvimento de Macau tem de ser construído de forma conjunta”, defendeu o líder chinês. Xi Jinping prometeu falar com “pessoas de todas as esferas da sociedade” durante a visita a Macau, para conhecer melhor os problemas da cidade. A China reassumiu o exercício da soberania sobre Macau em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território. Com base no princípio “um país, dois sistemas”, a RAEM mantém o sistema capitalista e os direitos, deveres e liberdades dos seus cidadãos até 2049, gozando de elevada autonomia em todas as áreas, à exceção da defesa e da diplomacia. Com uma economia assente no negócio do jogo, nos últimos dez anos, o investimento na Educação e na Saúde em Macau mais do que duplicou, enquanto na Segurança Social triplicou. A reduzida taxa de desemprego, a estabilidade das finanças públicas e a diversificação da economia são outras das áreas sublinhadas pelas autoridades de Macau. A evolução no PIB (Produto Interno Bruto) e no PIB per capita cresceu, respetivamente, 63,3% e 33,1% nos últimos dez anos. O Presidente da República Popular da China chegou hoje a Macau para presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa e dar posse ao novo Governo. Mais de 650 profissionais da comunicação social estão registados para fazer a cobertura da visita de Xi Jinping a Macau. As ligações marítimas de e para Hong Kong foram reduzidas e aumentaram os controlos aos passageiros. E desde terça-feira que as autoridades chinesas estão a proceder a controlos de segurança às viaturas que circulam na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, numa ilha artificial. Estas inspeções já resultaram em várias detenções e recusas de entrada no território, incluindo a jornalistas acreditados para a cobertura das cerimónias destes dias, segundo relatos dos próprios meios de comunicação social com quem trabalham. O Presidente chinês chegou hoje a uma cidade onde foram adoptadas medidas de segurança excecionais nos últimos dias, mas com poucos sinais de estar em festa: o que sobra em decorações natalícias falta em bandeiras, tarjas e outros adereços que sinalizem o 20.º aniversário de Macau e a visita do Presidente chinês, a terceira numa década, com a população aparentemente alheada das comemorações.
Hoje Macau EventosRestauração | Macau já tem 20 restaurantes com estrelas Michelin [dropcap]M[/dropcap]acau tem desde ontem duas dezenas de restaurantes com estrelas Michelin, incluindo três estabelecimentos que mantiveram a classificação máxima, de acordo com a edição de 2020 do Guia para Macau e Hong Kong. Ao todo, a 12.ª edição do Guia divulgado ontem contempla 90 restaurantes, com a ex-colónia britânica a ascender aos 70 premiados. “As selecções deste ano são testemunho da posição inabalável de Hong Kong e Macau como cidades de referência no mundo gastronómico, onde a tradição e a modernidade podem coexistir numa mistura dinâmica e deliciosa de autenticidade e inovação”, afirmou o director global do Guia Michelin, Gwendal Poullennec. Nesta nova selecção para Macau, os restaurantes Robuchon au Dôme e The Eight, ambos no hotel-casino Grand Lisboa, e o restaurante Jade Dragon, no City of Dreams, mantiveram as classificações de 2019, com três estrelas cada um. Já entre os sete restaurantes galardoados com duas estrelas, há duas novidades: Sichuan Moon, no Wynn Palace, que se estreia no Guia, e o restaurante cantonês Wing Lei, localizado no Wynn Macau, que foi promovido este ano. O território apresenta ainda, nesta edição, 10 restaurantes com uma estrela Michelin: The Kitchen, The Golden Peacock, King, Shinji by Kanesaka, Pearl Dragon, 8 1/2 Otto e Mezzo-Bombana, Lai Heen, Zi Yat Heen e Tim’s Kitchen. Na distinção “Bib Gourmand”, conferida aos restaurantes que oferecem menus de três pratos por menos de 400 patacas, mantêm-se um restaurante de comida portuguesa, O Castiço, entre os sete indicados em Macau.
admin EventosRestauração | Macau já tem 20 restaurantes com estrelas Michelin [dropcap]M[/dropcap]acau tem desde ontem duas dezenas de restaurantes com estrelas Michelin, incluindo três estabelecimentos que mantiveram a classificação máxima, de acordo com a edição de 2020 do Guia para Macau e Hong Kong. Ao todo, a 12.ª edição do Guia divulgado ontem contempla 90 restaurantes, com a ex-colónia britânica a ascender aos 70 premiados. “As selecções deste ano são testemunho da posição inabalável de Hong Kong e Macau como cidades de referência no mundo gastronómico, onde a tradição e a modernidade podem coexistir numa mistura dinâmica e deliciosa de autenticidade e inovação”, afirmou o director global do Guia Michelin, Gwendal Poullennec. Nesta nova selecção para Macau, os restaurantes Robuchon au Dôme e The Eight, ambos no hotel-casino Grand Lisboa, e o restaurante Jade Dragon, no City of Dreams, mantiveram as classificações de 2019, com três estrelas cada um. Já entre os sete restaurantes galardoados com duas estrelas, há duas novidades: Sichuan Moon, no Wynn Palace, que se estreia no Guia, e o restaurante cantonês Wing Lei, localizado no Wynn Macau, que foi promovido este ano. O território apresenta ainda, nesta edição, 10 restaurantes com uma estrela Michelin: The Kitchen, The Golden Peacock, King, Shinji by Kanesaka, Pearl Dragon, 8 1/2 Otto e Mezzo-Bombana, Lai Heen, Zi Yat Heen e Tim’s Kitchen. Na distinção “Bib Gourmand”, conferida aos restaurantes que oferecem menus de três pratos por menos de 400 patacas, mantêm-se um restaurante de comida portuguesa, O Castiço, entre os sete indicados em Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong vive ano “mais sombrio e complexo” desde transferência de soberania, diz Xi Jinping [dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês reiterou ontem o seu apoio à Chefe do Executivo de Hong Kong, apesar de assumir que a região semiautónoma enfrenta o ano “mais sombrio e complexo” desde a transferência da soberania para a China. Xi Jinping elogiou Carrie Lam por respeitar a fórmula “Um País, Dois Sistemas” e pela sua “coragem e compromisso” durante um “período excepcional” para Hong Kong. Lam reuniu em Pequim com Xi Jinping e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, na sua primeira visita à capital chinesa desde que os candidatos pró-democracia venceram as eleições para os conselhos distritais em Hong Kong, no mês passado, reflectindo o descontentamento popular com a sua governação e o amplo apoio aos protestos que há seis meses abalam o território. Hong Kong foi “assombrada pela agitação social”, disse Lam, após os encontros, em conferência de imprensa, acrescentando que os líderes chineses consideraram que a situação actual “não tem precedentes”. “Dada a gravidade da situação e as dificuldades que enfrentamos, posso dizer que os líderes apreciam plenamente os esforços necessários”, disse. “Mas sabemos que o nosso trabalho para impedir a violência não terminou. Ainda não estamos fora da crise”, assumiu. Fúrias e rejeições A região é desde Junho palco de manifestações, iniciadas por um projecto de lei que permitiria extraditar criminosos para países sem acordos prévios, como é o caso da China continental, e, entretanto, retirado, mas que se transformou num movimento que exige reformas democráticas e se opõe à crescente interferência de Pequim no território. Os protestos têm assumido contornos cada vez mais violentos, com actos de vandalismo e confrontos com as forças de segurança. Na noite de domingo, manifestantes atiraram tijolos contra a polícia, que respondeu com disparos de gás lacrimogéneo. Segundo as autoridades, os manifestantes incendiaram barricadas, bloquearam estradas e partiram semáforos com martelos. A violência e os confrontos em vários centros comerciais da região, no domingo, onde a polícia usou ainda gás pimenta e fez várias detenções, terminaram uma pausa de duas semanas nos confrontos entre polícia e manifestantes. Os manifestantes acusam a polícia de brutalidade policial e exigem um inquérito independente à sua atuação. Lam voltou ontem a rejeitar aquela exigência fundamental do movimento. Um conselho de supervisão sob a actuação da polícia que está a investigar a actuação das forças de segurança deve ter “espaço e tempo” para concluir o seu relatório no início do próximo ano, defendeu. Um grupo de especialistas internacionais abandonou o conselho, na semana passada, devido às preocupações de que o órgão carece de capacidade e independência. O conselho não tem poderes para solicitar documentos ou convocar testemunhas.
Tânia dos Santos Sexanálise VozesDisponível para amar [dropcap]O[/dropcap] amor, numa perspectiva mais madura e complexa, depende de pessoas disponíveis para amar. Há quem esteja mais ou menos disponível para mergulhar nesta confusão. O amor como lugar de encontro de fragilidades – confuso e de difícil gestão. Aprender a vincular desta forma será, certamente, um processo individual, mas as estruturas culturais parecem não ajudar a oferecer uma visão realista da complexidade deste processo. Como em tudo, na verdade. Há a tendência de julgar que o amor simplesmente ‘acontece’ como uma seta de cupido que nos ataca sem aviso; ou que o amor é para sempre e incondicional, independentemente de quem somos, de como estamos e de como interagimos. O amor está cheio de mitos que dificultam a consciência do seu potencial disruptivo. O mito do amor como acontecimento mágico tende a gerar muita desilusão. Isto porque existem confusões conceptuais das quais o amor, a paixão, o sexo e o tesão fazem parte. Não que seja necessário definir cada um destes domínios ao milímetro, mas é importante perceber que as sensações que o corpo e a mente sentem vêm de muitos lugares e estão em constante sobreposição. Perceber o amor como um acto de partilha e de ligação é quase um trabalho a tempo inteiro. Este não aparece (somente) como uma reacção fisiológica às circunstâncias à nossa volta. Necessita de trabalho amoroso – e reflexividade – que nem todos têm disponibilidade para fazê-lo. O mito do amor incondicional é daqueles também bem persistentes. Quando assentamos com um parceiro romântico esperamos que o amor seja uma ligação duradoura e incontestável. Tenta-se usar essa relação como uma rede de segurança caso tenhamos uma queda. Uma queda de qualquer tipo, emocional ou física – porque sabe-se o quanto precisamos dos outros para a nossa sobrevivência. A fantasia é de que as pessoas nos podem amar sem condições ou exigências. Simplesmente. O mais próximo que se está do amor incondicional acontece quando somos bebés ou crianças. Aí por muito (ou pouco) que façamos, os nossos pais amam-nos sem qualquer expectativa. Mesmo que o bebé suje tudo, não interaja muito, não fale ou satisfaça expectativas mais sofisticadas, o bebé simplesmente existe para ser cuidado e amado. Aliás, até mesmo nessas condições, o amor incondicional não é garantido, como se sabe na quantidade de traumas de infância que perseguem muitos até à idade adulta. É desse lugar que depois se procura outro tipo de vinculação. O outro, com os seus medos e desejos, nunca nos pode garantir disponibilidade total às necessidades (e vice-versa). O amor incondicional precisa de ser redefinido para permitir que existam momentos fortes de desencontro que podem não o pôr em causa. Mas para fazê-lo é preciso disponibilidade para lidar com muita confusão, e muita frustração também. É difícil explicar o que a disponibilidade para amar pode querer dizer para além de que é a condição necessária para encontrar amor nos outros e conseguir mantê-lo ao longo do tempo. Mesmo que o amor se transforme em outras formas de expressão. A disponibilidade a que me refiro não se limita a uma decisão instrumental de que ‘agora estou pronta/o para uma relação’. Trata-se da disponibilidade de cuidar e permitir ser cuidado, e poder estar disponível para mexer com o que aflige e satisfaz. O amor é construído no espaço do desencontro entre humanos, através de pontes e formas de comunicação ao longo do tempo. Um trabalho emocional, por vezes, muito intenso. Daí que a disponibilidade seja muito importante, para garantir que não nos perdemos na intensidade de que o amor nem sempre é aquilo que esperamos.
Carlos Morais José VozesPorreiro, pá! [dropcap]P[/dropcap]or ocasião dos 20 anos da RAEM e a visita de Xi Jinping, as forças de segurança têm apertado o cerco e, ao contrário do que por aqui costuma acontecer, aparecem com grande visibilidade, seja a proibir a entrada a jornalistas e activistas de Hong Kong, seja a revistar todos os que pretendem entrar em Macau, vindos da ex-colónia britânica. Todos os dias surgem notícias deste tipo, incluindo a seca que deram a uma equipa da RTP, na fronteira de Macau quando esta regressava depois de uma visita a Hong Kong. Claro que estes factos não contribuem em nada para a boa imagem de Macau nos media internacionais, sobretudo numa altura em que decorre uma intensa campanha anti-China, suportada quer por factos e quer por invenções. Mas, ao que parece, valores mais altos se levantam e nada deve, no entender das autoridades, perturbar a festa e a visita do Presidente. Na tentativa de estragar a dita festa, juntam-se artigos como o do Financial Times sobre os 20 anos da RAEM no qual debitam três portugueses. E, surpresa (?), todos grandes arautos da democracia eleitoral, com acintosas afirmações anti-China, já para não falar do perigo amarelo. Isto, lido em Pequim, dará uma imagem específica de uma comunidade portuguesa descontente, desconfiada, inimiga de quem lhe paga o pão e a cerveja. Os outros que falaram, mas cujas afirmações não interessavam à jornalista do FT, simplesmente não aparecem na reportagem porque não se enquadravam no ataque cerrado a Pequim — a ideologia do artigo. É d’homem! Porreiro, pá!
Sérgio Fonseca DesportoAutomobilismo | Vitória em Macau abre portas a Souza na China [dropcap]F[/dropcap]ilipe Souza foi um dos dois pilotos da RAEM que subiu ao degrau mais alto do pódio na 66ª edição do Grande Prémio de Macau. Depois de ter conseguido cumprir o seu objectivo para esta temporada, o experiente piloto de carros de Turismo está a ponderar as diferentes possibilidades para continuar em bom plano em 2020 e não fecha a porta a um regresso às competições locais. O piloto macaense abdicou de repetir a participação na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) no Grande Prémio de Macau este ano, para regressar à Taça de Carros de Turismo de Macau, alcançando o seu objectivo número um: vencer a categoria para viaturas com motorizações de 1950cc ou Superior. Apesar deste sucesso não ter passado despercebido no automobilismo local, Souza ainda não sabe aonde irá correr na próxima temporada e se voltará a competir no Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa). “Neste momento, não tenho a certeza, mas normalmente tenho que fazer MTCS, porque serve a qualificação para o Grande Prémio de Macau. Caso contrário, só posso fazer a prova do WTCR em Macau”, explicou o experiente piloto do território ao HM. Regressar esporadicamente ao WTCR, como num passado não muito longínquo, parece estar fora de questão, devido aos “elevados custos e escassas possibilidades de obter um bom resultado para um piloto privado”. Porém, a exemplo de outros pilotos, a nova Taça GT – Corrida da Grande Baía despertou o interesse de Souza, essencialmente por esta reunir carros da categoria GT4, capazes de performances bastante interessantes a um custo razoável. “É algo que estou a pensar, porque é um campeonato novo para nós e também acredito que é mais competitivo”, realça Souza que em 2017 testou um BMW M4 GT4 no Japão. Piscar de olho chinês Para além do triunfo no Circuito da Guia, o piloto do Audi RS3 LMS TCR também se sagrou este ano campeão da categoria TCR dos Pan Delta Super Racing Festival do Circuito Internacional de Zhuhai. Estes resultados de vulto colocaram o nome de Souza no radar das equipas do campeonato TCR China Series para a próxima época. “O TCR China também é uma hipótese”, revelou Souza. “Este ano fiz duas provas deste campeonato, uma em Zhuhai e outra em Xangai. Tenho equipas que estão a discutir comigo para que corra com eles no próximo ano.” O TCR China Series será composto por seis provas, mais uma que este ano, todas elas na China Interior.
admin DesportoAutomobilismo | Vitória em Macau abre portas a Souza na China [dropcap]F[/dropcap]ilipe Souza foi um dos dois pilotos da RAEM que subiu ao degrau mais alto do pódio na 66ª edição do Grande Prémio de Macau. Depois de ter conseguido cumprir o seu objectivo para esta temporada, o experiente piloto de carros de Turismo está a ponderar as diferentes possibilidades para continuar em bom plano em 2020 e não fecha a porta a um regresso às competições locais. O piloto macaense abdicou de repetir a participação na Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCR) no Grande Prémio de Macau este ano, para regressar à Taça de Carros de Turismo de Macau, alcançando o seu objectivo número um: vencer a categoria para viaturas com motorizações de 1950cc ou Superior. Apesar deste sucesso não ter passado despercebido no automobilismo local, Souza ainda não sabe aonde irá correr na próxima temporada e se voltará a competir no Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS, na sigla inglesa). “Neste momento, não tenho a certeza, mas normalmente tenho que fazer MTCS, porque serve a qualificação para o Grande Prémio de Macau. Caso contrário, só posso fazer a prova do WTCR em Macau”, explicou o experiente piloto do território ao HM. Regressar esporadicamente ao WTCR, como num passado não muito longínquo, parece estar fora de questão, devido aos “elevados custos e escassas possibilidades de obter um bom resultado para um piloto privado”. Porém, a exemplo de outros pilotos, a nova Taça GT – Corrida da Grande Baía despertou o interesse de Souza, essencialmente por esta reunir carros da categoria GT4, capazes de performances bastante interessantes a um custo razoável. “É algo que estou a pensar, porque é um campeonato novo para nós e também acredito que é mais competitivo”, realça Souza que em 2017 testou um BMW M4 GT4 no Japão. Piscar de olho chinês Para além do triunfo no Circuito da Guia, o piloto do Audi RS3 LMS TCR também se sagrou este ano campeão da categoria TCR dos Pan Delta Super Racing Festival do Circuito Internacional de Zhuhai. Estes resultados de vulto colocaram o nome de Souza no radar das equipas do campeonato TCR China Series para a próxima época. “O TCR China também é uma hipótese”, revelou Souza. “Este ano fiz duas provas deste campeonato, uma em Zhuhai e outra em Xangai. Tenho equipas que estão a discutir comigo para que corra com eles no próximo ano.” O TCR China Series será composto por seis provas, mais uma que este ano, todas elas na China Interior.
João Paulo Cotrim h | Artes, Letras e IdeiasO alvo que lhe deu o ser Santa Bárbara, Lisboa, 9 Dezembro [dropcap]C[/dropcap]hegam-me ecos de exposições que não verei celebrando o centenário de Alberto Breccia (1919-1993), um dos maiores. Ele, que não gostava de banda desenhada, mas de desenho, por lhe curar as doenças, as suas queridas feridas, acabou sendo um dos maiores da narrativa gráfica. Não por acaso, sobre o traço do muito que desenhada de cidade e paisagem, o que funambulavam eram seres de alta estatura, de múltiplas dimensões. O argentino acrescentou incansavelmente dimensões nas duas que dizem ser as da bd. Desenhava a lâmina, a fósforo, com colagens, das muitas maneiras que temos de nos aproximar do que nos rodeia e mais além. O seu trabalho foi (quase) sempre alimentar, dizia ele no sentido de trabalho confinado e não artístico, mas soube inventar sem pejo múltiplos rostos para a liberdade. As fronteiras parvas e mais fundas impedem que se meça com rigor devido, o da poesia, o alcance de uma obra que contém política e pensamento, Tango e Buenos Aires, mesmo quando aborda Poe ou Batman. Adoro Buenos Aires sem lá ter posto os pés. Antevi os muitos negros do futuro com «Morte Cinder». Acolho com ternura as sombras por causa de «Perramus». (Algures na página vai exemplo solto). Horta Seca, Lisboa, 10 Dezembro Morreu um artista em condições extremas, o José Lopes (1958-2019). Além do explícito, toca-me fundo a notícia por, sem o conhecer, tê-lo conhecido. Afinal, cruzámo-nos vezes sem conta, chegou a estar em lançamentos nossos, partilhámos amigos e espectáculos, aqui e ali, para além de o ter visto em palco, na tela. Ainda assim, era-me invisível. Como pode alguém estar tão opaco na proximidade? Depois a onda de indignação costumeira, com sinceridade que não saberemos nunca medir, no misto habitual de culpa e bandeira erguida por causa cega, falhou o essencial. Na miséria aparente havia qualquer coisa mais, ocorria um homem íntegro incapaz, por díspares razões, de se deixar integrar, apesar dos esforços, que os houve. Esta inteiriça solidão vinha com um preço, que o José Lopes quis pagar. Em altura que sobram marginais de algibeira, viveu entre nós artista assim, que via na arte a única possibilidade de ser. O resto mais não era que isso, sobras. Até estas palavras inábeis pouco mais são que cordas atiradas ao vazio. Como entender ao limite a solidão? Horta Seca, Lisboa, 12 Dezembro O arquivista-mor volta a atacar: «Crime e Castigo – a Ilustração na literatura policial portuguesa». Jorge Silva selecionou, fez enquadramento informado e até se incluiu enquanto ilustrador, ignorando habituais pudores. São várias centenas, sobretudo de capas, muitas das quais podem ainda ser vistas na Casa da Cerca, em Almada, até meados de Fevereiro, que assim tenta integrar a ilustração no âmbito do desenho. Há originais resgatados à desatenção geral, além dos rostos dos livros, também eles cheios de rostos em declinação de medos, violências, enigmas, mas também da sedução e da senhora morte. São muitos os nomes, reconhecidos ou não, que rasgam, ao longo do século XX, os mais variados estilos, perspectivas, imagens. São ringue para muito combate entre luz e sombra, pano de fundo de um vocabulário muito próprio, com destaque para os surrealistas, sem esquecer outras composições de puro drama onde até as letras participam. Nos anos mais recentes temos assistido a uma vertiginosa evolução dos modos de reprodução. Este volume resulta ser uma das nossas primeiras incursões na impressão digital, com qualidade surpreendente. E a vantagem de permitir enormes oscilações de tiragem. Na contracapa, onde o código de barras passou de objecto odiado a cúmplice da grafice, vai escrito: «quando o vírus do crime penetra no indivíduo, uma seta mortífera ganha forma, gravita em torno da ideia e pende, oscila, ondula, antes de ferir, implacável, o alvo que lhe deu o ser.» Substitua-se crime por ilustração, e eis que algumas identidades se revelam. Horta Seca, Lisboa, 13 Dezembro São as palavras que nos esculpem, nos dão forma. Spleen, meu parceiro de viagem, em tango canta-se «esplín», com o seu quê de agulha, amaciada como só na voz. Foi esta canção-navalha que inventou as esquinas, que as desenhou. O acórdão suspirou ruas no meio da criação e a bíblia foi escrita em Buenos Aires. Por aqui se aprende que a raiz se faz antena. Vou de mão dada com a morte ao miradouro do adamastor, não o da minha adolescência. Tanto faz. Nem um nem outro serão o mesmo. «Moriré en Buenos Aires, será de madrugada,/ guardaré mansamente las cosas de vivir,/ mi pequeña poesía de adioses y de balas,/ mi tabaco, mi tango, mi puñado de esplín.» A minha pequena poesia de adeuses e balas, o tabaco que só raramente fumei, achando que a companhia o justificava. Dou-me bem com as más companhias. Horacio Ferrer produz versos como balas: «Hoy que Dios me deja de soñar», fora eu sonho de Deus, portanto capaz de vogar na espera. «Estou fodido», não pára de dizer este irmão, mão dada, apesar de presa. A minha morte continuará migalha da tua, vamos morrendo juntos, doravante a cada dia missa de sétimos dias. O meu penúltimo whiskey terá que ser bebido contigo, em Buenos Aires, digo Lisboa, portanto, Lobito, e a morte quando chegar vai ter que me detestar. Não dançarei. Morreste-nos de madrugada feito tango. Todas as esquinas se vestem de negro, todas as bússolas me cantam ao ouvido, «abrazame fuerte que por dentro/ me oigo muertes, viejas muertes». As mortes não sabem ser velhas, fazem-se perto. Invoco Amelita Baltar, só ela consegue, cavalgando a asma do acordeão Astor e os versos Ferrer, esmagar o tempo na mão, «alma mia». Onde quer que morra será Buenos Aires, digo Lisboa, sendo que interessará a poucos. (Uns quantos, algures em restaurante, quem sabe). Menina e Moça, Lisboa, 14 Dezembro Diz-se FEIO, mas vem do feminino para desembocar em Festa de Escritas Improvisos e Oralidades. Por causa da época, do lugar e das circunstâncias fui ler episódio de «A Noite e o Riso» (ed. Dom Quixote), aquele quando os camones se atreveram a tomar posse de pedaço da orelha de Simão Cara de Cão, empurrando o Nuno Bragança, antes de ser narrador, para o ringue do boxe. O Luís [Carmelo] insiste em orgia de leituras disléxicas, desta vez abrigadas sob o chapéu-de-chuva do desassossego. No cruzamento que se instala, fui atropelado pelo mais negro dos contos para crianças, «Coração com Estrela-do-mar dentro», do Filipe [Homem Fonseca], com ilustrações realistas, e portanto, assustadoras de death_by_pinsher (estou-te a ver!), em edição de mil cuidados. Gozo, que este conto sobre manipulação genética dos imaginários e dos seres não se destina aos petizes, mas devia. Brinco, mas esta mistura de encanto e horror está mesmo a pedir uma infantil maldade. As mesmas mãos me ofereceram «Alta Finança» (ambas by Edições Fundo-da Gaveta), registo do acordar a partir da implantação da cueca masculina de modo tal que perturbará para sempre a interpretação do que cada um poderá ser, do somos, do que vamos sendo, do destino para que acordamos. A língua, qual gordo em desequilíbrio (death_by_pinsher, estou-te a ver!) vai-se fazendo tapete calcado em direcção à estratosfera. «Meu deus – digo em voz alta, e as palavras desenham-se no vidro embaciado, a gozar».
Hoje Macau China / ÁsiaPequim e Moscovo pedem à ONU redução de sanções contra Pyongyang [dropcap]A[/dropcap] China pediu ontem ao Conselho de Segurança da ONU para apoiar uma proposta sino-russa de reduzir as sanções contra a Coreia do Norte, desde que este país aceite um plano de desnuclearização. Nas últimas semanas, o Governo norte-coreano tem vindo a pedir aos EUA que levante as sanções impostas e fez mesmo um ultimato, ameaçando com um “presente de Natal”, se Washington não fizer cedências na sua posição. O Presidente norte-americano, Donald Trump, já respondeu ao ultimato da Coreia do Norte, dizendo que ficaria “decepcionado se estivesse alguma coisa a ser preparada”, referindo-se à possibilidade de qualquer retaliação militar por parte de Pyongyang. A proposta agora apresentada por Pequim e Moscovo junto da ONU procura ser uma solução para o impasse, sugerindo que os EUA ajustem as suas sanções contra a Coreia do Norte “de acordo com os passos dados por este país em direção à desnuclearização”. A proposta sino-russa chega num momento de tensão entre Washington e Pyongyang, com as negociações travadas desde o fracasso da cimeira entre Donald Trump e o Presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Fevereiro passado. “A península coreana atravessa um período importante e sensível. A urgência de um acordo político aumentou ainda mais”, disse ontem Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. A comunidade internacional deve “impedir que a península volte à tensão e ao confronto”, argumentou o porta-voz chinês, numa conferência de Imprensa em que justificou a proposta apresentada à ONU. Voltar à mesa Sem explicitar o que Pyongyang terá de fazer para obter uma redução nas sanções, o projeto sino-russo pede a interrupção de várias sanções económicas, impostas desde 2016, para melhorar a vida dos norte-coreanos. Entre outras medidas, o documento enviado à ONU sugere a suspensão da proibição de importação de carvão, ferro, minério de ferro e têxteis oriundos da Coreia do Norte. China e Rússia pedem ainda o fim de uma medida que exige que os países recusem trabalhadores norte-coreanos que procurem emigrar. “Esperamos que o Conselho de Segurança dê o seu apoio unânime à solução política do problema da península coreana”, disse Geng Shuang, apelando à Coreia do Norte e aos EUA para retomarem as negociações e sugerindo a intermediação de países como a China, a Rússia e o Japão, para além da Coreia do Sul. O documento pede ainda a Pyongyang que inicie um processo de desnuclearização, o que Kim Jong-un tem recusado, alegando que as armas nucleares são a única forma de garantir a segurança nacional contra ataques externos. Para que esta proposta seja aprovada na ONU, Moscovo e Pequim devem garantir nove votos favoráveis, dos 15 do Conselho de Segurança, evitando ainda o veto de outros membros permanentes (Estados Unidos, França e Reino Unido).
Hoje Macau China / ÁsiaUE| Cimeiras com China em 2020 em preparação [dropcap]A[/dropcap] União Europeia (UE) e a China preparam duas cimeiras, em 2020, para desenvolver uma nova parceria estratégia, embora reconheçam divergências políticas, disseram ontem líderes europeus. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, foi ontem recebido em Bruxelas pelo novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, com a definição de novos acordos comerciais em agenda. Na segunda-feira, Wang Yi já reunira com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, com quem planeou duas cimeiras UE-China, em 2020, incluindo uma cimeira especial durante a presidência rotativa da comunidade pela Alemanha, que deverá realizar-se na cidade alemã de Leipzig. Charles Michel insistiu na “necessidade de promover o livre comércio e o investimento que respeitem condições equitativas e reciprocidade” entre as duas potências, numa terminologia que recorda as divergências que têm separado a China dos EUA numa guerra comercial que dura há quase dois anos. O presidente do Conselho Europeu também introduziu também as questões climáticas na conversa, chamando a atenção para a importância de medidas que contenham a crise e que sejam encaradas de forma global. Os europeus não escondem as preocupações com “os desafios” impostos pela “crescente influência da China e das políticas internacionais”, disseram diplomatas ouvidos em Bruxelas. Sem tabus De resto, os responsáveis da UE enfatizaram isso mesmo na declaração conjunta adoptada pelos líderes dos países membros da NATO no início da cimeira que comemorou os 70 anos da Aliança, em Londres, no início de Dezembro. “Nós falámos sobre tudo, mesmo sobre as questões delicadas como a situação em Hong Kong e Xinjiang”, disse Josep Borrell, que admitiu que, na Europa, a China é considerada “um adversário”, “rival” e “parceiro”, num momento em que os europeus estão divididos entre o medo e o interesse em oportunidades de negócios. “Os nossos negócios excedem em muito mil milhões de euros por dia, em média”, lembra Josep Borrell, referindo-se ao volume de negócios entre as duas potências económicas. O principal tema de tensão na relação é o desenvolvimento da rede de telecomunicações 5G na Europa, que atrai grande interesse por parte dos chineses. O gigante tecnológico Huawei tem estado particularmente activo neste sector, mas as suas ambições têm sido frustradas por Washington, que excluiu a empresa do fornecimento de equipamentos a partir dos Estados Unidos e tem feito pressão para que seja banida pela UE, invocando riscos de espionagem a favor de Pequim. Sob pressão dos Estados Unidos, a NATO insistiu na “determinação dos aliados em garantir a segurança das suas comunicações, incluindo a rede 5G, ciente da necessidade de usar sistemas seguros e resilientes”, excluindo parcerias com a China. A decisão incomoda a diplomacia chinesa e, recentemente, o embaixador chinês em Berlim, Ken Wu, disse que “se a Alemanha tomar uma decisão que leve à exclusão da Huawei do mercado alemão, haverá consequências”.
admin China / ÁsiaUE| Cimeiras com China em 2020 em preparação [dropcap]A[/dropcap] União Europeia (UE) e a China preparam duas cimeiras, em 2020, para desenvolver uma nova parceria estratégia, embora reconheçam divergências políticas, disseram ontem líderes europeus. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, foi ontem recebido em Bruxelas pelo novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, com a definição de novos acordos comerciais em agenda. Na segunda-feira, Wang Yi já reunira com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, com quem planeou duas cimeiras UE-China, em 2020, incluindo uma cimeira especial durante a presidência rotativa da comunidade pela Alemanha, que deverá realizar-se na cidade alemã de Leipzig. Charles Michel insistiu na “necessidade de promover o livre comércio e o investimento que respeitem condições equitativas e reciprocidade” entre as duas potências, numa terminologia que recorda as divergências que têm separado a China dos EUA numa guerra comercial que dura há quase dois anos. O presidente do Conselho Europeu também introduziu também as questões climáticas na conversa, chamando a atenção para a importância de medidas que contenham a crise e que sejam encaradas de forma global. Os europeus não escondem as preocupações com “os desafios” impostos pela “crescente influência da China e das políticas internacionais”, disseram diplomatas ouvidos em Bruxelas. Sem tabus De resto, os responsáveis da UE enfatizaram isso mesmo na declaração conjunta adoptada pelos líderes dos países membros da NATO no início da cimeira que comemorou os 70 anos da Aliança, em Londres, no início de Dezembro. “Nós falámos sobre tudo, mesmo sobre as questões delicadas como a situação em Hong Kong e Xinjiang”, disse Josep Borrell, que admitiu que, na Europa, a China é considerada “um adversário”, “rival” e “parceiro”, num momento em que os europeus estão divididos entre o medo e o interesse em oportunidades de negócios. “Os nossos negócios excedem em muito mil milhões de euros por dia, em média”, lembra Josep Borrell, referindo-se ao volume de negócios entre as duas potências económicas. O principal tema de tensão na relação é o desenvolvimento da rede de telecomunicações 5G na Europa, que atrai grande interesse por parte dos chineses. O gigante tecnológico Huawei tem estado particularmente activo neste sector, mas as suas ambições têm sido frustradas por Washington, que excluiu a empresa do fornecimento de equipamentos a partir dos Estados Unidos e tem feito pressão para que seja banida pela UE, invocando riscos de espionagem a favor de Pequim. Sob pressão dos Estados Unidos, a NATO insistiu na “determinação dos aliados em garantir a segurança das suas comunicações, incluindo a rede 5G, ciente da necessidade de usar sistemas seguros e resilientes”, excluindo parcerias com a China. A decisão incomoda a diplomacia chinesa e, recentemente, o embaixador chinês em Berlim, Ken Wu, disse que “se a Alemanha tomar uma decisão que leve à exclusão da Huawei do mercado alemão, haverá consequências”.
Andreia Sofia Silva EventosMattie Do, primeira e única mulher realizadora do Laos: “Vivenciei a morte em primeira mão” A história da ligação de Mattie Do com o cinema é tudo menos comum. A ex-professora de ballet deixou Los Angeles para regressar ao Laos por questões familiares, mas acabou a fazer filmes. A única e primeira mulher a fazer cinema neste país do sudeste asiático esteve na última edição do Festival Internacional de Cinema de Macau a apresentar “The Long Walk”, um filme que começou a ser feito no território [dropcap]Q[/dropcap]ual a sensação de estar neste festival com o seu filme, tendo em conta que o projecto nasceu em Macau? Como foi esse processo? É uma grande emoção. É tão bom estar de volta. Eu e a minha equipa rimo-nos quando aqui chegámos por sentimos este lugar como nosso, como se estivéssemos em casa, porque nós estivemos aqui na primeira edição. Lembro-me de ver as dores de crescimento deste festival desde o dia em que começou e tem sido incrível porque quando falámos do filme, e é um filme algo conceptual e complicado, as pessoas diziam sempre “isso é um filme de loucos, não sei como é que será feito”. Depois disso conhecemos muitos parceiros enquanto aqui estivemos e no momento em que terminámos a produção eles queriam que o nosso projecto fizesse parte do festival. Eu vim literalmente da selva e em dez dias estava em Macau a mostrar clips da fase de produção. Tinha escaldões e o aspecto de um animal qualquer acabado de chegar da selva. E agora estou aqui no tapete vermelho. Depois de terminarmos o filme, acabámos por ser seleccionados para estar no festival, por isso este sítio é muito familiar para nós e estão todos muito contentes por nos receber outra vez. Pode falar-nos mais de “The Long Walk”? Há muitos elementos deste filme que vieram da minha vida real. Perdi (para um cancro) a minha mãe quando tinha 25 anos e ela morreu em minha casa. Ela estava connosco e a forma como retrato a morte no geral é muito feia, nada romantizada, porque vivenciei a morte em primeira mão. Também passei pela morte do meu cão, que morreu há dois ou três anos depois de o mandarmos abater, porque ele já estava muito velho e tinha uma doença terminal. Isso afectou muito a minha vida. Vivi com muita tristeza, e com muito arrependimento acerca daquilo que podia ter feito de diferente e, na verdade, o meu cão já tinha 17 anos, e a minha mãe tinha um cancro de nível 4, portanto não havia nada que pudéssemos ter feito. Mas são coisas que ficam contigo e acabas sempre por pensar “se tivéssemos ido ao médico mais cedo” ou “se eu pudesse mudar algo”, mas não é possível. Não podemos mudar o tempo e foi por isso fiz este filme, de certa forma para lidar com a minha dor e com a minha perda. Outro aspecto, o de ser deixado para trás, não é apenas o facto de sentir que eu fui deixada para trás pela minha mãe e pelo meu cão, mas que o próprio Laos foi deixado para trás. O Laos é um país com mais de 450 anos de história mas muitos de nós, eu incluída, vivemos em ruas onde a estrada é de terra batida. A nossa cultura é muitas vezes esquecida e o mundo muitas vezes nem se apercebe que existimos. Mas quando nos visitam, muita gente age como se fosse a nossa salvação e dizem-nos o que precisamos de fazer para resolver todos os nossos problemas. Obviamente que muitos aspectos melhoraram, mas muitas vezes sinto alguma repulsa pelo estado de desenvolvimento do Laos que acaba por lentamente entrar novamente num estado de entropia… e é isto o filme. Porquê filmes de terror? Adoro o género. Cresci a ver filmes de terror, mas não foram assim tantos. A dada altura tornei-me bailarina e por isso não tinha muito tempo para ver filmes. No entanto, todas as histórias dos bailados pendiam para aí também. “Giselle” tinha fantasmas, “Le Coirsaire” é um thriller com piratas. Por isso estas sempre foram as minhas influências. Gosto de terror, mas também acho que é mais divertido. Não podemos levar-nos demasiado a sério, somos realizadores, fazemos filmes, não salvamos vidas como os médicos ou educamos as futuras gerações como os professores. Quero divertir-me quando faço um filme, mas, ao mesmo tempo, se quiser passar uma mensagem, esta é uma forma maravilhosa de ser bastante séria, porque através do terror posso exagerar os elementos e as pessoas podem ver uma versão exagerada daquilo que pode vir a acontecer. Não temos de ser tão sérios, podemos ser mais arrojados, podemos passar uma mensagem para o público que é, digamos, “escalada”. Quais os principais desafios com os quais se deparou no processo de produção e filmagens? Toda a minha vida senti dificuldades a fazer filmes (risos). Temos de encontrar sempre soluções independentemente do que aconteça. Como realizadora não tenho muito acesso a coisas que os outros realizadores têm no resto do mundo, porque no Laos não existe uma indústria cinematográfica muito desenvolvida, não temos profissionais qualificados, não temos sequer actores. O actor mais velho do filme é talvez o mais experiente, todos os outros são pessoas normais que encontrei nas aldeias. Mas as dificuldades, para mim, não são desafios, pois tenho de lidar com elas diariamente. E se é um problema então não deveria fazer filmes, de todo. Para mim os desafios sempre foram a norma, e as soluções são sempre algo criativo. Tenho uma forma muito própria de trabalhar, sou muito próxima da minha equipa e conheço todos pelo primeiro nome. Para mim o mais importante, não importa o orçamento que tenha, é ter esta intimidade com a equipa e depois fazer histórias interessantes. Isto porque a única razão pela qual sou realizadora é para contar histórias que nunca foram reveladas antes, não percebo porque é que as pessoas reciclam histórias vezes sem conta. Estou farta disso! Porque decidiu voltar ao Laos depois de viver em Los Angeles, e como foi a sua entrada na indústria do cinema? Não decidi fazer filmes, de todo. Simplesmente aconteceu. Foi uma reviravolta! (risos). O que aconteceu é que regressei ao Laos para cuidar do meu pai, que estava numa relação turbulenta. Não era uma artista na altura, era professora de ballet, e toda a minha família estava ocupada com aquilo que chamam de trabalhos a sério, e professora de ballet não o era. Conhecemos um grupo de pessoas que nos pediram para escrever a história de um filme, e o meu marido disse “claro que sim, porque sou escritor”, e foi assim que me tornei realizadora. Qual a importância de ser a primeira e única mulher do Laos a fazer cinema? Isso pode encorajar outras pessoas a fazer o mesmo? Literalmente a minha carreira como professora de ballet levou-me a fazer filmes, e na verdade estabeleci um passo importante na indústria de cinema do Laos. Espero que a minha história leve mais mulheres a fazer cinema e também para mim o mais importante é que posso contar histórias com uma perspectiva feminina. Uma das razões pelas quais gosto de fazer os meus filmes é porque são histórias de raparigas. Como olha para o cinema asiático que se faz actualmente? Estou muito interessada na nova geração de cinema. Sinto mesmo que estou numa nova marca de cinema, porque surgi do nada quando conheci os meus amigos asiáticos que são também novos realizadores. É tudo muito rock and Roll comigo, e adoro isso. Por um tempo, quando comecei a fazer filmes, senti que havia uma forte percepção do que é o cinema asiático e do que deveria ser. Havia a ideia de que para estar num festival de cinema asiático tínhamos de fazer um determinado tipo de filme, e eu sempre odiei isso.
Hoje Macau SociedadeRAEM 20 Anos | Território ganhou 10 Km2 e vai continuar [dropcap]M[/dropcap]acau conquistou, em 20 anos de administração chinesa, dez quilómetros quadrados ao mar e aumentou a população residente em 200 mil habitantes, uma expansão que vai continuar nos próximos anos. O “plano urbanístico de novos aterros”, aprovado por Macau em 2008 e ratificado por Pequim em 2009, ainda em desenvolvimento, previa cinco novos terrenos para a região, num total de 350 hectares (ou 3,5 quilómetros quadrados). Dados oficiais indicam que, actualmente, Macau soma 32,9 quilómetros quadrados e perto de 667.500 habitantes, quando em 1999, ano da transição da administração do território de Portugal para a China, a cidade tinha 23 quilómetros quadrados e cerca de 430 mil residentes. De fora dos novos aterros ficam os casinos, de que depende a economia local e que fazem da cidade o maior centro de jogo do mundo. Os casinos ocuparam outros terrenos anteriormente conquistados ao mar, como o Cotai, uma linha nova de terra que uniu as ilhas da Taipa e Coloane. “Prosseguindo as linhas fundamentais da política de diversificação económica, nos planos dos novos aterros serão reservados terrenos em quantidade adequada ao desenvolvimento de actividades propícias à diversificação económica, estando, desde logo, excluída a do jogo”, afirmou em 2010 o chefe do executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, que cessa funções esta semana. Na ocasião, Chui Sai On garantiu que “parte dos terrenos” será para construção de habitação pública, com rendas acessíveis, assim como para equipamentos culturais, sociais, de educação zonas verdes e de lazer. Segundo as autoridades, os cinco novos aterros vão receber cerca de 162 mil pessoas. Para o maior deles (“Zona A”), uma ilha artificial de 138 hectares ligada ao terminal da ponte que liga Macau, o interior da China e Hong Kong desde o ano passado, foram já lançados concursos para construção de 3.000 fogos de habitação. O maior desafio, disse o arquitecto Rui Leão, é transformar estes novos territórios em espaços integrados na cidade, evitando o que aconteceu com outros aterros, como o NAPE que “durante mais de dez anos não chegava bem a ser cidade”. “As pessoas usavam porque viviam lá ou tinham lá o trabalho e eram obrigadas a ir. Era bastante desagradável, era uma cidade estranha”, realçou o presidente do Conselho Internacional dos Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP), explicando que só após a consolidação do jardim central do aterro e a progressiva ocupação dos espaços comerciais “o NAPE acabou por fazer parte da cidade, o que nem sempre é garantido”. Sinal mais Em termos de urbanismo, e perante “transformações tão grandes”, as “questões difíceis” são precisamente conseguir mobilizar uma população para os novos espaços “com um modelo de cidade que apesar de tudo seja possível, humano, vivenciável”, defendeu. Para o arquitecto, há alguns sinais positivos em relação ao que está previsto para os novos aterros, em termos, por exemplo, de “mais valias de acessibilidade”, um aspecto vital quando existe “a intenção de aumentar a população para os 750 mil habitantes num prazo de cinco a dez anos”. “Como estas coisas em Macau são muito rápidas”, com aumentos de população na ordem das dezenas de milhares em poucos anos, como se fosse “uma metralhadora”, têm “de ser pensadas de uma maneira diferente”, de forma a que não surjam “sítios que não foram feitos para as pessoas”. Também vogal do Conselho do Planeamento Urbanístico de Macau, Rui Leão considerou que a população local acompanhou, apesar de tudo, “extraordinariamente bem” a expansão da cidade nos últimos 20 anos e destacou os “vários mecanismos de diálogo” que existem na cidade, que têm permitido, por exemplo, ajustar e modificar “planos drásticos” quando são pensados.
admin SociedadeRAEM 20 Anos | Território ganhou 10 Km2 e vai continuar [dropcap]M[/dropcap]acau conquistou, em 20 anos de administração chinesa, dez quilómetros quadrados ao mar e aumentou a população residente em 200 mil habitantes, uma expansão que vai continuar nos próximos anos. O “plano urbanístico de novos aterros”, aprovado por Macau em 2008 e ratificado por Pequim em 2009, ainda em desenvolvimento, previa cinco novos terrenos para a região, num total de 350 hectares (ou 3,5 quilómetros quadrados). Dados oficiais indicam que, actualmente, Macau soma 32,9 quilómetros quadrados e perto de 667.500 habitantes, quando em 1999, ano da transição da administração do território de Portugal para a China, a cidade tinha 23 quilómetros quadrados e cerca de 430 mil residentes. De fora dos novos aterros ficam os casinos, de que depende a economia local e que fazem da cidade o maior centro de jogo do mundo. Os casinos ocuparam outros terrenos anteriormente conquistados ao mar, como o Cotai, uma linha nova de terra que uniu as ilhas da Taipa e Coloane. “Prosseguindo as linhas fundamentais da política de diversificação económica, nos planos dos novos aterros serão reservados terrenos em quantidade adequada ao desenvolvimento de actividades propícias à diversificação económica, estando, desde logo, excluída a do jogo”, afirmou em 2010 o chefe do executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, que cessa funções esta semana. Na ocasião, Chui Sai On garantiu que “parte dos terrenos” será para construção de habitação pública, com rendas acessíveis, assim como para equipamentos culturais, sociais, de educação zonas verdes e de lazer. Segundo as autoridades, os cinco novos aterros vão receber cerca de 162 mil pessoas. Para o maior deles (“Zona A”), uma ilha artificial de 138 hectares ligada ao terminal da ponte que liga Macau, o interior da China e Hong Kong desde o ano passado, foram já lançados concursos para construção de 3.000 fogos de habitação. O maior desafio, disse o arquitecto Rui Leão, é transformar estes novos territórios em espaços integrados na cidade, evitando o que aconteceu com outros aterros, como o NAPE que “durante mais de dez anos não chegava bem a ser cidade”. “As pessoas usavam porque viviam lá ou tinham lá o trabalho e eram obrigadas a ir. Era bastante desagradável, era uma cidade estranha”, realçou o presidente do Conselho Internacional dos Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP), explicando que só após a consolidação do jardim central do aterro e a progressiva ocupação dos espaços comerciais “o NAPE acabou por fazer parte da cidade, o que nem sempre é garantido”. Sinal mais Em termos de urbanismo, e perante “transformações tão grandes”, as “questões difíceis” são precisamente conseguir mobilizar uma população para os novos espaços “com um modelo de cidade que apesar de tudo seja possível, humano, vivenciável”, defendeu. Para o arquitecto, há alguns sinais positivos em relação ao que está previsto para os novos aterros, em termos, por exemplo, de “mais valias de acessibilidade”, um aspecto vital quando existe “a intenção de aumentar a população para os 750 mil habitantes num prazo de cinco a dez anos”. “Como estas coisas em Macau são muito rápidas”, com aumentos de população na ordem das dezenas de milhares em poucos anos, como se fosse “uma metralhadora”, têm “de ser pensadas de uma maneira diferente”, de forma a que não surjam “sítios que não foram feitos para as pessoas”. Também vogal do Conselho do Planeamento Urbanístico de Macau, Rui Leão considerou que a população local acompanhou, apesar de tudo, “extraordinariamente bem” a expansão da cidade nos últimos 20 anos e destacou os “vários mecanismos de diálogo” que existem na cidade, que têm permitido, por exemplo, ajustar e modificar “planos drásticos” quando são pensados.
Hoje Macau SociedadeCombustíveis | Governo acompanha variação de preços [dropcap]A[/dropcap]pós os avisos para as dificuldades no abastecimento durante a visita do Presidente Xi Jinping, o Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Fiscalização dos Combustíveis está a acompanhar os preços praticados no sector, para evitar uma subida anormal. A informação foi divulgada ontem numa nota emitida à imprensa durante a tarde. “O Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Fiscalização dos Combustíveis tem acompanhado a evolução do mercado dos produtos petrolíferos, mantendo uma estreita comunicação com o sector local e monitorizando a situação do abastecimento e a variação dos preços dos produtos do petróleo”, é garantido. Por outro lado, o Governo voltou a insistir que foram tomadas medidas para garantir que o abastecimento não é posto em causa. “O Grupo de Trabalho reforçou o contacto com o respectivo sector, e vai proceder activamente à coordenação para modificar os percursos de transporte, a fim de garantir a normalidade de abastecimento de combustíveis, minimizando o impacto aos residentes e sectores industriais e comerciais na utilização de combustíveis e esforçando-se por estabilizar o serviço de abastecimento no mercado”, foi explicado. O grupo de trabalho fez ainda um ponto de situação afirmando que o depósito de todos os tipos de produtos petrolíferos era “abundante”, incluindo a gasolina, diesel e o gás. Quanto aos preços diz que se mantêm “num nível normal”.
admin SociedadeCombustíveis | Governo acompanha variação de preços [dropcap]A[/dropcap]pós os avisos para as dificuldades no abastecimento durante a visita do Presidente Xi Jinping, o Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Fiscalização dos Combustíveis está a acompanhar os preços praticados no sector, para evitar uma subida anormal. A informação foi divulgada ontem numa nota emitida à imprensa durante a tarde. “O Grupo de Trabalho Interdepartamental para a Fiscalização dos Combustíveis tem acompanhado a evolução do mercado dos produtos petrolíferos, mantendo uma estreita comunicação com o sector local e monitorizando a situação do abastecimento e a variação dos preços dos produtos do petróleo”, é garantido. Por outro lado, o Governo voltou a insistir que foram tomadas medidas para garantir que o abastecimento não é posto em causa. “O Grupo de Trabalho reforçou o contacto com o respectivo sector, e vai proceder activamente à coordenação para modificar os percursos de transporte, a fim de garantir a normalidade de abastecimento de combustíveis, minimizando o impacto aos residentes e sectores industriais e comerciais na utilização de combustíveis e esforçando-se por estabilizar o serviço de abastecimento no mercado”, foi explicado. O grupo de trabalho fez ainda um ponto de situação afirmando que o depósito de todos os tipos de produtos petrolíferos era “abundante”, incluindo a gasolina, diesel e o gás. Quanto aos preços diz que se mantêm “num nível normal”.
Hoje Macau SociedadeCasinos | Centro financeiro pode aumentar dependência do jogo O analista da Economist Intelligence Unit (EIU) que segue a economia de Macau considera que a ideia de Pequim transformar o território num centro financeiro arrisca aprofundar a dependência económica do sector do jogo [dropcap]A[/dropcap] ideia de lançar uma bolsa de valores de Macau, encorajando os grandes casinos a dispersarem capital em bolsa, “poderia, ironicamente, aprofundar a dependência do território do sector do jogo, já que o desempenho do mercado ficaria ligado ao crescimento das receitas dos casinos”, disse Nick Marro, em declarações à Lusa. O analista da EIU reagia assim à proposta que Pequim deverá avançar nos próximos dias sobre o aprofundamento da vertente financeira de Macau, criando uma bolsa de valores imobiliários, garantindo terras para Macau se desenvolver na China continental e conferindo-lhe políticas favoráveis ao sector financeiro em pé de igualdade com Hong Kong. “Já temos visto alguns passos discretos para aprofundar o desenvolvimento do sector financeiro em Macau no último ano, incluindo através da emissão de títulos de dívida no Verão, e isto alinha-se com a política antiga de diversificação da economia face à enorme dependência actual do jogo e do turismo”, salientou Nick Marro. No entanto, alertou, “os sectores financeiros não nascem da noite para o dia, e qualquer progresso nesta área iria necessitar de uma estratégia empenhada e de longo prazo”, já que Macau “iria competir com Hong Kong e Shenzhen, que já têm centros financeiros bem estabelecidos”. Pouco talento Nas declarações à Lusa, o perito da unidade de análise económica da revista britânica The Economist afirmou que “tentar mitigar esta concorrência através do foco em empresas portuguesas ou em ‘start-ups’ teria um efeito negativo, já que funcionaria contra os mercados de capitais, já que iria estar a limitar o foco do território numa parte incrivelmente pequena do mercado”. Outra das dificuldades que fazem este analista estar reticente quanto à eficácia da criação de um novo centro financeiro tem a ver com a qualificação da mão de obra local nesta área. “Não vemos que o talento da cidade seja suficientemente qualificado para sustentar o desenvolvimento de um mercado de capitais ambicioso”, disse o analista, considerando possível que um dos requisitos para a atribuição de novas licenças de jogo possa ser a listagem em bolsa. Isso, concluiu, “iria aprofundar a dependência de Macau face ao jogo e turismo”, o que seria negativo tendo em conta os objectivos do Governo. “A ideia está a ser vista pelas autoridades em Macau como uma recompensa por terem evitado os protestos anti-governamentais que tem assolado o vizinho Hong Kong nos últimos seis meses, e incluem o estabelecimento de uma bolsa em moeda chinesa e um centro de pagamentos em renmimbis já em preparação, bem como a alocação de terras para Macau se desenvolver na região vizinha da China continental”, segundo informação veiculada pela Reuters.
admin SociedadeCasinos | Centro financeiro pode aumentar dependência do jogo O analista da Economist Intelligence Unit (EIU) que segue a economia de Macau considera que a ideia de Pequim transformar o território num centro financeiro arrisca aprofundar a dependência económica do sector do jogo [dropcap]A[/dropcap] ideia de lançar uma bolsa de valores de Macau, encorajando os grandes casinos a dispersarem capital em bolsa, “poderia, ironicamente, aprofundar a dependência do território do sector do jogo, já que o desempenho do mercado ficaria ligado ao crescimento das receitas dos casinos”, disse Nick Marro, em declarações à Lusa. O analista da EIU reagia assim à proposta que Pequim deverá avançar nos próximos dias sobre o aprofundamento da vertente financeira de Macau, criando uma bolsa de valores imobiliários, garantindo terras para Macau se desenvolver na China continental e conferindo-lhe políticas favoráveis ao sector financeiro em pé de igualdade com Hong Kong. “Já temos visto alguns passos discretos para aprofundar o desenvolvimento do sector financeiro em Macau no último ano, incluindo através da emissão de títulos de dívida no Verão, e isto alinha-se com a política antiga de diversificação da economia face à enorme dependência actual do jogo e do turismo”, salientou Nick Marro. No entanto, alertou, “os sectores financeiros não nascem da noite para o dia, e qualquer progresso nesta área iria necessitar de uma estratégia empenhada e de longo prazo”, já que Macau “iria competir com Hong Kong e Shenzhen, que já têm centros financeiros bem estabelecidos”. Pouco talento Nas declarações à Lusa, o perito da unidade de análise económica da revista britânica The Economist afirmou que “tentar mitigar esta concorrência através do foco em empresas portuguesas ou em ‘start-ups’ teria um efeito negativo, já que funcionaria contra os mercados de capitais, já que iria estar a limitar o foco do território numa parte incrivelmente pequena do mercado”. Outra das dificuldades que fazem este analista estar reticente quanto à eficácia da criação de um novo centro financeiro tem a ver com a qualificação da mão de obra local nesta área. “Não vemos que o talento da cidade seja suficientemente qualificado para sustentar o desenvolvimento de um mercado de capitais ambicioso”, disse o analista, considerando possível que um dos requisitos para a atribuição de novas licenças de jogo possa ser a listagem em bolsa. Isso, concluiu, “iria aprofundar a dependência de Macau face ao jogo e turismo”, o que seria negativo tendo em conta os objectivos do Governo. “A ideia está a ser vista pelas autoridades em Macau como uma recompensa por terem evitado os protestos anti-governamentais que tem assolado o vizinho Hong Kong nos últimos seis meses, e incluem o estabelecimento de uma bolsa em moeda chinesa e um centro de pagamentos em renmimbis já em preparação, bem como a alocação de terras para Macau se desenvolver na região vizinha da China continental”, segundo informação veiculada pela Reuters.
Hoje Macau SociedadeMetro Ligeiro | Mais de 200 mil passageiros na primeira semana [dropcap]U[/dropcap]ma semana depois da entrada em funcionamento do segmento da Taipa do Metro Ligeiro foram transportados, no total, 215.800 passageiros. Os dados, divulgados ontem pela Sociedade do Metro Ligeiro de Macau, revelaram ainda que desde a entrada em funcionamento do Metro Ligeiro no passado dia 10 de Dezembro, o número de passageiros transportados evoluiu sempre em sentido crescente até ao dia 15, domingo, altura em que foi atingido o máximo diário de 46.500 passageiros transportados. Depois do primeiro dia, onde foram registados 15.600 passageiros, os números dos três dias seguintes situaram-se entre os 26.400 e os 30 mil passageiros transportados. Já durante o fim de semana a fluência foi maior, com o total de passageiros transportados no sábado (43.000) e domingo (46.500) a ser de 89.500. Na segunda-feira, dia 16 de Dezembro, utilizaram o metro ligeiro, 27.500. Recorde-se que, apesar de não se ter comprometido com um número, Raimundo do Rosário referiu no dia de inauguração estimar a utilização do metro ligeiro por 20 mil passageiros por dia, “um valor altamente falível, porque tem vindo sucessivamente a ser ajustado”. As viagens até ao final do ano são grátis. O projecto do metro ligeiro custou, no total, 10,2 mil milhões de patacas e levou mais de 10 anos a ser concretizado após o seu anúncio.