Conselho de Consumidores | Maioria das agências de viagem cobra taxa por reservar hotel

Mais de metade das agências de viagem cobram uma taxa adicional por efectuar reservas de hotel para os clientes. É o que revela um inquérito levado a cabo pelo Conselho de Consumidores

 

[dropcap]S[/dropcap]eis em cada dez agências de viagem que prestam o serviço de reserva de hotel no exterior cobram uma taxa administrativa por o fazerem. Os dados resultam de um inquérito conduzido pelo Conselho de Consumidores (CC) que apenas obteve resposta de menos de metade das agências de viagem que exercem actividade em Macau (111 em 221).

Das 63 agências de viagem que prestam o serviço de reserva de hotel no exterior, 36 (57,1%) declararam que cobram uma taxa administrativa, enquanto duas (3,2%) indicaram que tal depende do hotel. Já as restantes 25 (39,7%) garantiram que o cliente não paga mais pelo serviço em causa.

Segundo os resultados do inquérito, constantes da última edição da revista “O Consumidor”, publicada na sexta-feira no portal do CC, em caso de pedido de alteração ou de cancelamento da reserva, por exemplo, as agências de viagem também expressaram posturas distintas. Catorze (22,2%) não permitem mexidas na data do ‘check-in’, enquanto para 49 (77,8%) tal depende – mais uma vez – do hotel reservado. Destas apenas 12 não cobram taxas administrativas em caso de alteração à reserva.

Já em caso de cancelamento, o cenário agrava-se, na medida em que 43 de 63 agências de viagem (68,2%) não o permite. Já as restantes 20 abertas a essa possibilidade – duas dependendo do hotel em causa – exigem, regra geral, taxas adicionais pelo facto. Os dados revelam ainda que as agências de viagens são mais condescendentes quando o cancelamento tem lugar por motivos de força maior, como a ocorrência de desastres naturais. Isto porque a maioria (56 em 63) aceita e permite aos consumidores solicitar o reembolso ou a alteração da reserva, ainda que a segunda opção esteja sujeita à disponibilidade do hotel reservado, sendo de destacar ainda que a grande fatia (43) não cobra mais por isso.

Fotos inflacionadas

A última edição da revista “O Consumidor” contém ainda os resultados de uma investigação sobre os preços das fotografias tipo-passe, lançada depois de, num espaço de dois anos, o CC ter recebido 18 queixas a este respeito. Reclamações que, a avaliar pelos dados, tinham razão de ser. A título de exemplo, o preço de seis fotografias tipo passe (para o BIR ou para o passaporte) oscila entre 35 e 80 patacas, ou seja, a diferença chega a ser superior ao dobro.

O estudo, cuja amostra incluiu 23 lojas, levado a cabo em Junho, cobriu ainda outros aspectos, como a disponibilização da fotografia em formato original (CD, por exemplo), um serviço que também varia de loja para loja. Treze de 23 lojas oferecem-na gratuitamente (ainda que duas somente após pedido do cliente), enquanto nove cobram uma taxa de entre 5 a 30 patacas para o efeito.

 

83 queixas durante época festiva

O Conselho de Consumidores (CC) registou, através da linha aberta, 83 queixas, representando 60 por cento do total de 138 casos registados durante o período de 20 de Dezembro a 1 de Janeiro. A maioria das reclamações – 44 em 83 – foi apresentada por residentes. Em comunicado, divulgado na sexta-feira, o CC destacou que cinco das queixas visaram o serviço de táxis, garantindo ter acompanhado e encaminhado os casos após análise, à semelhança do que fez designadamente para as seis reclamações relacionadas com o preço e a qualidade do sector da restauração. O CC não especificou, porém, quais foram as razões que estiveram por detrás da maioria das queixas recebidas durante a época festiva, dando apenas os dois exemplos mencionados.

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