DesportoMundial 2018: Seleccionador sabe que portugueses estão com a seleção mesmo longe de Kratovo Hoje Macau - 11 Jun 2018 [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] selecionador português de futebol, Fernando Santos, assumiu a convicção no apoio nacional à equipa das ‘quinas’ no Mundial2018, à distância, ao contrário do que ocorreu no Euro2016. “Não vai fazer falta, mas gostávamos muito de ter o apoio que tivemos no Europeu. Temos o apoio do povo português, que sabe que não viemos aqui para participar no campeonato do mundo, mas para ganhar cada jogo. Certamente teremos nas praças em Portugal corações a vibrar intensamente, acreditando que esta equipa vai cumprir os objetivos”, vincou o técnico. Em Kratovo, a cerca de 50 quilómetros sudeste de Moscovo, a seleção lusa, que retomou hoje os treinos, dificilmente vai contar com a onda de entusiasmo ocorrida no Euro2016, com o centro de estágio de Marcoussis, em França, repleto de emigrantes. “Claro que preferíamos ter o apoio como em Marcoussis. Nos momentos menos fortes é muito importante quando o sentimos. Quando não estamos a ganhar, o apoio é muito importante, mas os meus jogadores estão preparados para isso. Temos de ser nós a fazer isso”, afirmou. Fernando Santos realçou a convicção de que o país está com a seleção, recordando o último desafio de preparação, com a Argélia, na quinta-feira, no Estádio da Luz, em Lisboa, onde a chuva não impediu 50.000 adeptos de apoiarem a seleção. “Obviamente que preferia ter aqui na Rússia mais de 20.000 ou 30.000, mas sentir que o povo português está connosco é motivo mais do que suficiente”, frisou. A serenidade de Fernando Santos estende-se aos 23 futebolistas que dirige, afiançando que confia plenamente na capacidade de todos para jogarem e cumprirem, com sucesso, a missão que lhes for confiada. “Vou dormir tranquilo, coloque em campo quem colocar. Dor de cabeça é quando vou para a cama e não sei o que fazer. É bom sinal dormir tranquilo. Estão a aptos, sabem o que fazer em campo. Espero que ainda possam melhorar”, justificou. O selecionador refutou as observações feitas por alguns jornalistas estrangeiros de que a equipa das ‘quinas’ se faz menos favorita do que realmente é. “Portugal nunca é humilde de mais. Afirma-se como candidato à vitória”, sublinhou, garantindo que os seus 23 ‘peões’ estão “ótimos” e prontos a entrar em competição. Quanto aos desafios da primeira fase, descartou a possibilidade de gerir o grupo mediante os adversários, justificando que há demasiadas condicionantes e realidades para pensar em desafios além do próximo. “[Se é] Impossível. Depende dos resultados, o que acontecer, de como reagem aos jogos. Não sou treinador para levar intenções para o jogo. Podem até jogar os mesmo todos os jogos”, admitiu. Fernando Santos entende que esse tipo de planeamento seria pernicioso: “Seria mau para os atletas. Eles sabem o quanto são importantes. Jogam porque entendo que devem jogar, não pelo ‘ranking’ do adversário. Os jogadores ficariam muito incomodados. Seria falta de confiança do treinador”. O técnico disse ainda que o quartel-general instalado em Kratovo está a ser do agrado da seleção. “Quando vim aqui a primeira vez fiquei um pouco assustado, não pelo espaço em si, porque à partida era bom, mas pelas condições globais. O campo está bom e os jogadores estão satisfeitos”, concluiu. A equipa das ‘quinas’ vai estrear-se no Mundial2018 frente à Espanha, na sexta-feira, em Sochi, no primeiro jogo do Grupo B, seguindo-se desafios com Marrocos, a 20 de junho, em Moscovo, e Irão, de Carlos Queiroz, a 25, em Saransk.