China / ÁsiaChina lança avisos à Índia em defesa do território Hoje Macau - 25 Jul 2017 [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]hina avisou a Índia para não subestimar a sua determinação em salvaguardar o que considera território seu, numa altura de renovada tensão entre os dois países vizinhos, em torno de uma área disputada nos Himalaias. O ministro chinês da Defesa, Wu Qian, disse ontem que a China continua a exigir a retirada das tropas indianas do planalto de Doklam (Donglang, em chinês), uma área também reclamada pelo Butão, que mantém com a Índia uma cooperação próxima a nível de segurança, e onde a China está a construir uma estrada. A determinação de Pequim em defender o seu território é “inabalável” e é “mais fácil fazer tremer uma montanha do que fazer tremer o Exército de Libertação Popular”, afirmou Wu, usando o nome oficial do exército chinês. “Aqui está um lembrete para a índia: não abusem da sorte e não se agarrem a fantasias”, disse. Do outro lado A Índia defende que os dois lados devem retirar as suas tropas da região e negociar. Nova Deli enviou tropas para o outro lado da fronteira depois de equipas de construção chinesas terem iniciado a expansão para sul da estrada de Yadong, no Tibete. Enquanto os dois lados têm optado, até à data, por se conter, a retórica adotada em Pequim e Nova Deli suscita preocupações de que as hostilidade resultem num conflito, como o ocorrido em 1962, que causou milhares de mortos. A China e a Índia, ambas potências nucleares, partilham uma fronteira com 3.500 quilómetros de extensão, a maioria contestada. Pequim é um importante aliado e fornecedor de armas do Paquistão, país rival da Índia. A crise deverá ser abordada durante a visita do Conselheiro de Segurança Nacional indiano, Ajit Doval, a Pequim, esta semana, para participar num fórum do grupo de economias emergentes BRICS, dedicado à segurança. Pequim vai continuar a repatriar desertores norte-coreanos A China vai continuar a repatriar desertores norte-coreanos, aos quais não reconhece o estatuto de refugiados, disse ontem um porta-voz do Governo chinês, numa resposta a um pedido feito por um alto funcionário da ONU. “As pessoas que entram ilegalmente na China não são refugiados”, afirmou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang. “Vamos tratar quem entra ilegalmente na China de acordo com a lei”, acrescentou. O enviado especial da ONU para os direitos humanos na Coreia do Norte, Tomas Ojea Quintana, exortou na sexta-feira Pequim a parar de enviar de volta os norte-coreanos que desertam para a China. Quintana disse que muitos são submetidos a tortura ou executados pelas autoridades norte-coreanas. Numa conferência de imprensa em Seul, Quintana afirmou estar “alarmado por um aumento das prisões e repatriamento forçado de norte-coreanos” presos na China. Em Junho passado, a organização de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch disse que pelo menos 51 norte-coreanos foram presos na China, desde julho de 2016, entre os quais 13 foram repatriados, enquanto os restantes continuam detidos no país. A organização explicou que os desertores retornados são considerados “uma ameaça para o sistema político e para a cúpula” do poder político, que pretende através da tortura evitar que o “povo tenha contacto com o mundo exterior. A China é o principal aliado da Coreia do Norte.