“IES”, restaurante | Larry Chen, proprietário: “Estamos concentrados no melhor”

O espaço desliga o cliente do mundo lá fora. Cor, luzes e decoração tornam-se elementos fundamentais que, aliados aos sabores, nos fazem voar até Itália. Assumindo uma aposta na aparência dos pratos, e fazendo jus ao sabor, a nova surpresa da gerência é “o pão”

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]negócio está-lhe no sangue. Larry Chen traz consigo uma grande bagagem de trabalho na área de restauração, mas “esta é a primeira vez que tem um negócio mais pequeno”. “Sempre trabalhei em restaurantes, mas eram grandes e com muita saída, desta vez decidi apostar num espaço mais pequeno, mas criando condições para crescer e se espalhar para fora de Macau”, começa por partilhar com o HM aquele que é um, dos dois, sócios do restaurante “IES”.
Entre o Teatro D. Pedro V e as antigas instalações da Polícia Judiciária, o “IES” não passa despercebido. Uma porta de madeira dá entrada a um espaço acolhedor, com dois andares, e carregado de cheiro a comida caseira.
Bem no centro, no balcão, está uma equipa que rasga um sorriso sempre que um cliente chega. A atenção à nacionalidade dos que acabam de chegar é um ponto de dedicação da equipa, até porque, explica o proprietário, cada cultura tem os seus hábitos.

A crescer

Aberto há menos de um ano, “IES” – nome que surge de “IExpresso” – quer “criar um café com comida decente”, como explica Larry Chan. “Queremos criar uma marca que se possa estender para outros horizontes. Por isso é que criámos localmente uma marca sofisticada, moderna, com traços e uma atmosfera italiana”, acrescenta.
Mas não estamos só a falar do espaço. “Obviamente também falamos da comida, do café, das sobremesas, todo o conjunto”.
Macau, aponta o sócio-gerente, é tão diversificado que “mesmo com a competição louca que se sente nos dias de hoje”, o território “é um mercado emergente” e por isso precisa de novos espaços e novos conceitos.
“Aqui [em Macau] é possível encontrar um pouco de tudo. Seja comida portuguesa, seja chinesa… Mesmo as pessoas que vêm de Hong Kong ou do interior da China, mesmo que seja uma viagem curta, conseguem encontrar aqui em Macau uma grande diversidade”, acrescentou.

Pasta e pão

Uma breve passagem de olhos pelo menu facilmente nos remete para um restaurante italiano. A razão é simples, “a comida italiana não é cara, pode ser consumida todos os dias e os asiáticos estão ligados à massa”. Larry Chan explica que a vantagem deste tipo de gastronomia para com outras nacionalidades é a possibilidade de se optar por comida italiana diariamente. “Por exemplo, a comida tradicional francesa não é uma comida que se coma todos os dias, até porque é mais sofisticada e, por vezes, até mais cara. A comida italiana não é assim, é uma comida que se pode comer todos os dias”, apontou.
Variados tipos de massa, pizza, pão e sobremesas fazem parte da oferta da casa, que garante a qualidade e sabor dos seus pratos. Todos os dias existe um menu diário com opções variadas e a um preço simpático.
Uma das vantagens do espaço é que está aberto até tarde. “Uma das nossas particularidades é essa. Não fechamos a parte das refeições ou café. Ou seja, as pessoas podem vir aqui só para beber um café, ou um chá, ou uma sobremesa, mas também comer refeições a qualquer hora”, clarificou.

A grande aposta

É o pão a menina dos olhos do “IES”. A abertura de uma padaria foi a grande aposta do gerente para este ano. “A padaria abriu há poucos meses, estamos a tentar crescer”, apontou, explicando que existem variadíssimos tipos de pão dependendo dos gostos e necessidades de cada cliente.
Mas desengane-se quem acha que abrir um negócio em Macau, principalmente na área de restauração, é fácil. “É muito difícil”, partilha o empreendedor. Principalmente, diz, por causa da falta de recursos humanos dispostos a trabalhar na área. “É muito difícil encontrar pessoas que estejam prontas a oferecer um serviço bom e de qualidade, portanto isto não nos facilita o trabalho. E depois existe a concorrência, antigamente poucos ligavam ao mercado da restauração, agora há muito interesse”, apontou.
O trabalho nos casinos é também um dos grandes entraves ao negócio. “Trabalhar num casino é mais fácil do que trabalhar na restauração”, apontou.
Ainda assim, Larry Chan não está nada arrependido de ter arriscado num novo negócio. “Eu gosto disto, é um bom desafio. Abri vários restaurantes no passado, não em Macau, mas não estou arrependido, acho que é um desafio. É divertido, gosto desta combinação de café com comida. Gosto disto”, reforçou, sonhando expandir o “IES” para Hong Kong, Singapura e Taiwan.
“Por agora, eu e a minha equipa, queremos dar tudo por tudo para os nossos clientes. O feedback tem sido bom, mas estamos concentrados no melhor que podemos fazer”, rematou.

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