FAOM quer saber contexto de trabalhadores vindos da China 

A presidente da FAOM sugeriu em Pequim que o Governo tenha forma de, em colaboração com a China, perceber o contexto dos trabalhadores chineses no Jogo em Macau, ao mesmo tempo que se criem medidas para acabar com o impacto desta indústria no continente. A responsável pede ainda o regresso de políticas antigas no sector do turismo

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), Ho Sut Heng, espera que o Governo Central coordene com o Governo da RAEM uma forma de investigar “o contexto dos residentes da China continental que trabalhem no sector de Jogo em Macau”. Em Pequim, a também deputada de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN) apresentou ainda a sugestão de se recuperar a política de “vir a Macau com vistos de Hong Kong”.
Segundo o Jornal do Cidadão, Ho Sut Heng fez um discurso na reunião da APN, referindo que o Governo começou a revisão a médio prazo da indústria de Jogo e que por isso tem, durante o processo, de perceber algumas das situações que dizem respeito a esta indústria. A responsável “espera que o Governo Central” se junte ao Governo local para “estudar em conjunto a melhoria dessas políticas, diminuindo o impacto negativo da indústria de Jogo face à China continental”.

Levantar o véu

A presidente da FAOM sugere ainda que seja feita uma investigação ao “contexto” dos residentes da China continental que trabalham no Jogo em Macau. “Actualmente os residentes do interior da China ocupam uma parte dos sócios de empresas junket que operam as salas VIP e são os principais empregados e colaboradores dos promotores de Jogo em Macau. Os seus contextos podem ser complicados e o Governo da RAEM pode não agarrar concretamente as informações”, apontou, referindo que deve ser criada uma “barreira” para a entrada no sector do território.
Ho Sut Heng espera ainda que o Banco Popular da China reúna de forma periódica com o Governo de Macau para trocar informações sobre eventuais casos de branqueamento de capitais, assegurando assim, diz, o movimento livre e normal de capitais do sector de Jogo.   
No que toca ao turismo, Ho Sut Heng sugeriu ao Governo Central que volte aplicar políticas antigas, que passavam, por exemplo, por permitir que os turistas chineses com vistos de Hong Kong pudessem também visitar Macau, em vez de terem de arranjar outros vistos. Isto iria ajudar o território a recuperar, defende.

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