Caso Alan Ho rebentou com denúncia anónima em 2014

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] caso da rede de prostituição do Hotel Lisboa, que está em julgamento, foi, de acordo com o agente da Polícia Judiciária responsável pelo caso, denunciado de forma anónima em Abril de 2014. De acordo com declarações do agente na sessão de ontem do julgamento, este foi o momento determinante para o início da investigação, cita a rádio Macau.
A denúncia fala da então vice-gerente do hotel e a segunda arguida do processo, Kelly Wang. De acordo com notícia da Rádio Macau, alegava-se que Wang estaria a receber despesas de protecção das prostitutas que trabalhavam no Hotel Lisboa. O principal meio de investigação até ao momento são escutas telefónicas aos suspeitos. No testemunho do agente da PJ, Kelly Wang surge como a pessoa que controlava a rede de prostituição em articulação com proxenetas. Wang cobrava 150 mil yuan às mulheres que queriam oferecer serviços sexuais no Lisboa. O agente da PJ referiu também que, durante um período em que Kelly Wang esteve doente, a gestão da entrada e saída das raparigas passou para as mãos de Alan Ho e Peter Lun, gerente geral do espaço. MACAU-CRIME-PROSTITUTION-CASINO
Nas escutas, a PJ monitorizou uma gravação de uma das prostitutas que fora enviada a Alan Ho, onde esta lamentava a cobrança da verba, pedindo que o director-executivo do Hotel Lisboa se inteirasse da situação, justificando que a empresa estava a perder dinheiro.
Foi também através das escutas telefónicas que a PJ chegou às contas bancárias utilizadas por Kelly Wang e pelo marido. Dados fornecidos pelas autoridades chinesas mostram movimentos nestas contas, mas os dados apresentados foram contestados pelos advogados de defesa, que entendem que não devem ser admitidos como meio de prova. Os juristas alegam que os documentos não estão devidamente autenticados, não se sabendo quem os fez nem quando foram elaborados. O colectivo de juízes remeteu uma decisão sobre a matéria para mais tarde.

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