Covid-19 | Xi’an anuncia confinamento de uma semana para conter surto

A cidade de Xi’an, destino do único voo direto entre Portugal e China, vai encerrar, por uma semana, restaurantes, bares, escolas e locais religiosos, após ter diagnosticado cerca de 20 casos de covid-19, anunciaram as autoridades.

Situada no centro da China, a cidade, com 13 milhões de habitantes, é conhecida pelo Exército de Terracota, enterrado com o primeiro Imperador da China.

Xi’an é também o destino da única ligação aérea entre Portugal e a China, que foi entretanto suspensa, por um período total de seis semanas, após terem sido detetados casos de infeção pelo novo coronavírus em dois voos oriundos de Lisboa.

A China é um dos últimos países a aplicar uma estratégia de “zero casos” de covid-19, o que implica o bloqueio de cidades inteiras, testes em massa e o isolamento em instalações designadas de todos os casos positivos e respetivos contactos diretos, sempre que é detetado um surto.

O país mantém também as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020.

Os voos para a China estão sujeitos à política “circuit breaker” (‘interruptor’, em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso sejam identificados dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês.

A cidade de Xi’an registou 18 casos positivos, causados pela altamente contagiosa variante Ómicron, desde sábado, segundo as autoridades locais.

Um alto funcionário do governo local, Zhang Xuedong, anunciou hoje a aplicação, por um período de sete dias, de “medidas de controlo”, destinadas a evitar o “movimento de pessoas”.

“Estamos numa corrida contra o tempo” e é necessário “evitar a propagação e o aumento dos casos”, sublinhou.

Espaços de entretenimento como bares, cibercafés ou restaurantes irão encerrar a partir da meia-noite de quarta-feira na China, disse o governo local em comunicado.

Os estabelecimentos de restauração deixam de poder receber clientes durante uma semana, mas estão autorizados a fazer entregas ao domicílio.

As escolas primárias e creches vão também fechar, assim como os locais religiosos.

A cidade de Xi’an foi sujeita a medidas de bloqueio altamente restritivas entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, devido a um surto do novo coronavírus.

O governo local foi então criticado pela gestão do confinamento, marcado por problemas de abastecimento de alimentos e outros bens básicos.

As autoridades suspenderam nessa altura todos os voos internacionais, que só retomaram em junho passado.

A ligação aérea direta entre Portugal e a China foi retomada em 12 de junho, mas logo no primeiro voo foram detetados dez casos a bordo, acionando a suspensão de um mês, no âmbito da política do ‘circuit breaker’, aplicável a partir de 20 de junho.

No segundo voo, realizado em 19 de junho, foram detetados cinco casos, pelo que foi aplicada nova suspensão de duas semanas.

6 Jul 2022

China suspende bloqueio em Xian após cidade registar zero casos de covid-19

O bloqueio de Xian foi hoje suspenso, após a cidade chinesa ter alcançado os zero casos de covid-19, depois de um mês sob as medidas mais restritas desde o isolamento da cidade de Wuhan, no início da pandemia.

O anúncio feito hoje pelo governo de Xian ocorreu após a retomada dos voos domésticos de e para a cidade, no fim de semana. A cidade foi colocada sob quarentena em 22 de dezembro após um surto atribuído à variante Delta do coronavírus.

Com uma população de 13 milhões de pessoas, a cidade registou mais de 2.000 infeções desde dezembro do ano passado. A semana passada alcançou os zero casos.

Em Pequim, dois milhões de moradores do distrito de Fengtai foram submetidos a testes para o novo coronavírus, após a descoberta de algumas dezenas de infeções locais na capital chinesa.

Testes direcionados estão também a ser realizados em comunidades residenciais em seis outros distritos.

As autoridades informaram os residentes em áreas de Pequim consideradas de alto risco de infeção para que não saiam da cidade, depois de 25 casos terem sido diagnosticados em Fengtai e 14 em outros distritos.

Moradores fizeram fila, no domingo, em calçadas cobertas de neve, sob temperaturas negativas, para fazerem o teste.

A Comissão Municipal de Saúde de Pequim também disse, no domingo, que qualquer pessoa que tenha comprado remédios para a febre, tosse e outros sintomas, nas últimas duas semanas, vai ser obrigada a fazer um teste para a covid-19 nas próximas de 72 horas, informou o jornal oficial Global Times.

Os Jogos Olímpicos de Inverno vão ser realizados em Pequim, no próximo mês, sob restrições rígidas que visam separar atletas, funcionários, jornalistas e funcionários dos residentes locais. Os atletas devem ser vacinados ou passar por uma quarentena após a chegada à China.

Outros surtos levaram o governo a impor proibições de viagens em várias cidades, incluindo Tianjin, a cerca de uma hora de Pequim. As rígidas medidas permitiram à China prevenir grandes surtos em todo o país. O país China detetou relativamente poucos casos da variante Ómicron, considerada altamente infecciosa.

Na segunda-feira, o país relatou apenas 18 novos casos de infeção local, incluindo seis em Pequim. O país tem 2.754 casos ativos e registou um total de 105.660 casos de covid-19 e 4.636 mortes desde o início da pandemia.

Várias províncias próximas relataram casos relacionados com os surtos em Pequim, incluindo as províncias de Shandong e Hebei. A cidade de Shenyang, na província de Liaoning, relatou um caso assintomático, também oriundo de Pequim.

Apesar da queda no número de casos, as medidas foram intensificadas nas vésperas dos Jogos Olímpicos de Inverno, onde todos os participantes devem ser testados antes e depois da sua chegada a Pequim.

Os organizadores disseram hoje que 39 pessoas entre os 2.586 atletas, treinadores, funcionários e jornalistas que chegaram a Pequim desde o início de janeiro testaram positivo para o coronavírus ao desembarcarem no aeroporto. Outras 33 pessoas que já estavam dentro da “bolha” sanitária testaram também positivo mais tarde.

24 Jan 2022

Covid-19 | Hospital na cidade chinesa de Xian punido por proibir entrada de grávida

Funcionários de um hospital na cidade chinesa de Xian foram punidos, depois de ter sido negada entrada a uma mulher grávida, por não ter resultado negativo para a covid-19, resultando na morte do bebé.

As autoridades locais anunciaram esta quinta-feira que o diretor-geral do Hospital Gaoxin, Fan Yuhui, foi suspenso e os chefes dos departamentos ambulatorial e médico demitidos.

Um comunicado do governo local disse que o incidente “causou preocupação generalizada na sociedade e causou grave impacto social”.

A mulher esperou do lado de fora do hospital, sentada num banquinho de plástico, no dia 1 de janeiro, até ter começado a sangrar. Num vídeo registado pelo seu marido, e que foi amplamente divulgado nas redes sociais chinesas, uma poça de sangue é visível a seus pés.

Xian, cidade com 13 milhões de habitantes, está sob um bloqueio restrito há mais de duas semanas, gerando críticas dispersas sobre a escassez de alimentos e o comportamento violento das autoridades, que estão sob intensa pressão para reduzir o número de casos de covid-19.

As autoridades disseram que uma investigação foi realizada após a ocorrência do incidente, mas não deram mais detalhes.

O hospital foi obrigado a emitir um pedido público de desculpas, fornecer compensação, e prometeu “otimizar o processo de tratamento médico”.

Não é claro quantos funcionários do hospital foram punidos no total. Xian puniu já vários funcionários locais, incluindo quadros do Partido Comunista, por negligência na gestão do surto.

O governo local disse hoje que duas outras autoridades do Centro de Emergências de Xian e da Comissão Municipal de Saúde de Xian receberam advertências formais do Partido Comunista.

Xian registou 63 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, elevando o total para mais de 1.800, sem mortes relatadas.

A cidade é o destino da única ligação aérea direta entre a China e Portugal. O voo, com uma frequência por semana e operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, só será retomado no início de fevereiro, disse à agência Lusa fonte da companhia aérea.

As autoridades disseram que Xian conseguiu já interromper a transmissão para a comunidade, porque novos casos ocorreram entre pessoas já colocadas em quarentena. O surto ocorre nas vésperas de Pequim sediar os Jogos Olímpicos de Inverno.

A China segue uma estratégia de “zero casos” com restrições de fronteira muito severas e bloqueios direcionados assim que surgem os casos, mas esta abordagem não evitou surtos locais.

As autoridades também estão a implementar medidas cada vez mais rigorosas após um surto na província de Henan, onde 64 casos adicionais foram detetados nas últimas 24 horas.

Em Yuzhou, uma das cidades da província, apenas veículos de emergência são permitidos nas estradas, as aulas foram suspensas e as empresas que atendem ao público foram fechadas para tudo, exceto necessidades essenciais.

Várias outras cidades da província ordenaram testes em massa e fecharam locais públicos, apesar de apenas um pequeno número de casos ter sido detetado.

Na província vizinha de Shanxi, a cidade de Yongji foi confinada, depois de vestígios do coronavírus terem sido detetados numa saída da estação ferroviária local.

7 Jan 2022

Autoridades chinesas exigem “medidas mais rígidas” na cidade de Xian por causa da pandemia

As autoridades chinesas exigiram esta terça-feira “medidas mais rígidas” à cidade de Xian, que está sob confinamento desde 23 de dezembro para conter um surto de covid-19.

Liu Guozhong, secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) na província de Shaanxi, província cuja capital é Xian, garantiu que “medidas mais rígidas e precisas” são necessárias para reverter a situação, incluindo “regular o confinamento com mais rigor e sem erros”. As medidas incluem a realização de mais testes de ácido nucleico (PCR) – já foram realizadas oito rodadas de testes massivos – e o isolamento para quem testar positivo e respetivos contactos próximos.

A cidade de somou já 1.663 infeções, desde que detetou os primeiros casos de covid-19, no início de dezembro do ano passado.

O responsável destacou a garantia de fornecer bens alimentares à população, bem como a cobertura das necessidades básicas, num momento em que nas redes chinesas alguns residentes criticam a gestão das autoridades pela falta de abastecimento.

Dois quadros locais do Partido Comunista foram removidos dos seus cargos, devido à sua resposta insatisfatória ao surto, de acordo com a imprensa local. O vice-diretor do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da cidade, Chen Zhijun, disse ao jornal The Paper que o “bloqueio só será suspenso quando não houver mais casos”.

“Temos uma meta, que é atingir ‘zero casos’ de infeção por transmissão local. Vamos suspender gradualmente as restrições quando chegarmos lá”, disse Chen. O número total de infetados ativos na China continental agora é de 3.256, dos quais 1.783 em Xian. Segundo relatos oficiais, desde o início da pandemia, 102.841 pessoas foram infetadas em todo o país, entre as quais 4.636 morreram.

Xian é o destino da única ligação aérea direta entre a China e Portugal. O voo, com uma frequência por semana e operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, foi suspenso durante o mês de janeiro e só será retomado no início de fevereiro, disse à agência Lusa fonte da companhia aérea.

A China segue uma estratégia de “zero casos” com restrições de fronteira muito severas e bloqueios direcionados assim que surgem os casos, mas esta abordagem não evitou surtos locais.

5 Jan 2022

Voo directo Portugal – China suspenso até Fevereiro devido a surto de covid-19 em Xian

As autoridades de Xian suspenderam a ligação aérea direta com Lisboa, durante o mês de janeiro, numa altura em que a cidade chinesa enfrenta um grave surto de covid-19, que obrigou a um confinamento total.

Xian é o destino da única ligação aérea direta entre a China e Portugal. O voo, com uma frequência por semana e operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, só será retomado no início de fevereiro, disse à agência Lusa fonte da companhia aérea.

As autoridades chinesas exigiram hoje “medidas mais rígidas” à cidade de Xian, que está sob confinamento desde 23 de dezembro para conter um surto de covid-19.

Liu Guozhong, secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) na província de Shaanxi, província cuja capital é Xian, garantiu que “medidas mais rígidas e precisas” são necessárias para reverter a situação, incluindo “regular o confinamento com mais rigor e sem erros”.

As medidas incluem a realização de mais testes de ácido nucleico – já foram realizadas oito rodadas de testes massivos – e o isolamento para quem testar positivo e respetivos contactos próximos.

A cidade somou já 1.663 infeções, desde que detetou os primeiros casos de covid-19, no início de dezembro do ano passado.

O responsável destacou a garantia de fornecer bens alimentares à população, bem como a cobertura das necessidades básicas, num momento em que nas redes chinesas alguns residentes criticam a gestão das autoridades pela falta de abastecimento.

Dois quadros locais do Partido Comunista foram removidos dos seus cargos, devido à sua resposta insatisfatória ao surto, de acordo com a imprensa local.

O vice-diretor do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da cidade, Chen Zhijun, disse ao jornal The Paper que o “bloqueio só será suspenso quando não houver mais casos”.

“Temos uma meta, que é atingir ‘zero casos’ de infeção por transmissão local. Vamos suspender gradualmente as restrições quando chegarmos lá”, disse Chen. O número total de infetados ativos na China continental agora é de 3.256, dos quais 1.783 em Xian.

Segundo relatos oficiais, desde o início da pandemia, 102.841 pessoas foram infetadas em todo o país, entre as quais 4.636 morreram.

A China segue uma estratégia de “zero casos” com restrições de fronteira muito severas e bloqueios direcionados assim que surgem os casos, mas esta abordagem não evitou surtos locais.

5 Jan 2022

Dois quadros do PCC demitidos em Xian após surto de covid-19

Dois funcionários chineses foram demitidos devido à situação da pandemia, no domingo, pelas autoridades da cidade de Xian, no norte da China, que está há 12 dias confinada, após o diagnóstico de centenas de casos de covid-19.

Na noite de domingo, as autoridades locais anunciaram que dois quadros do Partido Comunista da China no distrito de Yanta foram destituídos dos seus cargos, de forma a “reforçar o trabalho de prevenção e controlo da epidemia” na cidade.

No mês passado, várias dezenas de funcionários do Partido foram punidos por “falta de rigor na prevenção e controlo da epidemia”.

Xian detetou 90 novos casos de covid-19, face a 122 no dia anterior, elevando o número de contaminações na cidade para mais de 1.600, desde 9 de dezembro.

“Lançamos um ataque geral”, disse o funcionário da província Liu Guozhong, segundo um comunicado oficial, acrescentando que é necessário livrar a sociedade do novo coronavírus o mais rápido possível.

A cidade de Xian, famosa pelo seu exército subterrâneo de terracota, é o novo epicentro da pandemia no país. As autoridades colocaram sob confinamento os seus 13 milhões de habitantes e testaram toda a população.

Xian é o destino da única ligação aérea direta entre a China e Portugal. O voo, com uma frequência por semana e operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, foi suspenso nos dias 25 de dezembro, 1 e 8 de janeiro.

A China segue uma estratégia de “zero casos” com restrições de fronteira muito severas e bloqueios direcionados assim que surgem os casos, mas esta abordagem não evitou surtos locais.

Moradores de Xian disseram, nos últimos dias, que estão a lutar para encontrar comida suficiente, embora as autoridades chinesas tenham insistido que estão a trabalhar para garantir o abastecimento.

Um mês antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, a China registou, nos últimos dias, números de infeção nunca vistos, desde março de 2020, mesmo que o número de casos permaneça baixo, em comparação com outros países do mundo.

3 Jan 2022

Covid-19 | Autoridades de Xian admitem dificuldades no abastecimento da cidade

As autoridades chinesas admitiram hoje dificuldades no fornecimento de alimentos e outros bens essenciais aos residentes em confinamento da cidade de Xian, que denunciaram a escassez de produtos e apelaram à ajuda nas redes sociais.

Os 13 milhões de residentes da cidade – famosa pelo exército de terracota do primeiro imperador da China – estão em confinamento domiciliário desde quinta-feira passada, devido a um surto de covid-19, com autorização para sair apenas uma vez de três em três dias para se abastecer.

A medida foi agravada na segunda-feira, com muitos residentes de Xian a receberem ordem para não sair de casa exceto para realizar testes ao vírus que provoca a doença covid-19.

Na terça-feira, muitos dos residentes da cidade do centro da China procuraram ajuda nos meios de comunicação social, queixando-se de dificuldades em conseguir alimentos e outros bens essenciais.

Os funcionários da cidade reconheceram hoje, numa conferência de imprensa, que “dificuldades logísticas e uma distribuição de pessoal deficiente” criaram perturbações no abastecimento da população.

Um elemento do governo local disse aos jornalistas que as autoridades mobilizaram empresas para intensificar as distribuições e que foi decretado o supervisionamento dos mercados grossistas e supermercados.

“Estamos a fazer o nosso melhor para ajudar a resolver o problema do pessoal e a emitir passes de veículos para assegurar o fornecimento de bens de primeira necessidade”, disse Chen Jianfeng, citado pela agência de notícias France-Presse.

No entanto, algumas pessoas continuavam hoje a manifestar o seu descontentamento por continuarem a enfrentar dificuldades em conseguir bens.

“Como é que vivemos? O que estamos a comer? Há alguns dias podíamos sair uma vez para comprar mercearias, mas isso foi cancelado… todas as aplicações ‘online’ ou estão esgotadas ou sem prazo de entrega”, lamentou um residente na rede social Weibo.

A China adotou a estratégia “covid zero” para enfrentar a pandemia, que envolve restrições fronteiriças rigorosas e contenções específicas desde que o vírus apareceu pela primeira vez no centro do país, em finais de 2019.

Xian registou mais de 960 casos de infeção desde 09 de dezembro, um pequeno número em comparação com o surto na Europa ou nos Estados Unidos, mas que desencadeou estas medidas de controlo rigorosas no âmbito da política “covid zero”.

As autoridades também prenderam pelo menos sete pessoas na cidade por tentarem contornar a quarentena, perturbar a ordem e espalhar rumores, de acordo com os meios de comunicação locais.

O novo surto surge quando Pequim se prepara para receber milhares de visitantes estrangeiros para os Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro.

30 Dez 2021

PCC | Filho do ex-Presidente vai chefiar Partido Comunista em Xian

[dropcap]H[/dropcap]u Haifeng, filho do ex-Presidente chinês Hu Jintao, vai ser o novo secretário do Partido Comunista (PCC) na cidade de Xian, capital da província de Shaanxi, centro da China, informou ontem um jornal de Hong Kong.

Hu, de 47 anos, vai ocupar uma posição com estatuto vice-ministerial, depois de trabalhar como chefe do PCC na cidade de Lishui, província de Zhejiang, no leste da China, segundo o South China Morning Post (SCMP).

O filho do ex-Presidente chinês assume o cargo mais importante em Xian depois de as autoridades locais terem desrespeitado “ordens directas” do Presidente chinês, Xi Jinping, para demolirem casas ilegais numa reserva natural na montanha de Qinling.

Tratou-se de um “escândalo político” simbólico, já que Xi é visto como o mais forte líder chinês desde Mao Zedong, o fundador da República Popular.

A nomeação de Hu visa “estabilizar” a governação do PCC na cidade e servir como “primeiro grande teste” na sua carreira política, segundo o jornal.

O analista político Zhang Lifan, citado pelo SCMP, considera ainda que a promoção de Hu é “um gesto de Xi para apaziguar partidários” do ex-Presidente, numa altura em que “enfrenta grandes desafios, dentro e fora da China”, face ao abrandamento económico e crescente hostilidade dos Estados Unidos.

Obrigações maiores

Desde que ascendeu ao poder, em 2013, Xi Jinping tornou-se o núcleo da política chinesa, desmantelando o sistema de “liderança colectiva” cimentado pelos líderes chineses desde finais dos anos 1970.

Graduado em Ciência da Computação pela Universidade Jiaotong, em Pequim, Hu Haifeng iniciou-se na política em 2013, depois de deixar a presidência da empresa estatal Nuctech, em 2008.

“Inicialmente, (Hu) Haifeng não estava muito feliz com a ideia de entrar para a política. Mas o partido chamou-o porque o Governo central precisava de recrutar jovens nascidos nos anos 70”, explicou uma fonte anónima, citada pelo SCMP.

Descrito como uma “pessoa fechada” e de “baixo perfil” – características também associadas ao seu pai -, Hu Haifeng passou a ser conhecido no estrangeiro em 2009, quando a Nuctech foi acusada de pagar o equivalente a mais de 11 milhões de euros em subornos para obter um contrato na Namíbia.

O caso foi censurado na China, evitando assim manchar a imagem do filho do então Presidente.

Com cerca de 12 milhões de habitantes, Xian é o centro económico do noroeste da China.

12 Mar 2019

Aeroporto Internacional de Macau abre rota para Xian que poderá ter voo para Lisboa

[dropcap]O[/dropcap] Aeroporto Internacional de Macau (MIA) anunciou ter inaugurado uma rota para Xian, cidade no noroeste da China que poderá ter ainda este Dezembro um voo directo para Lisboa. “Actualmente, existem 47 destinos operados através do MIA, dos quais 23 estão nas rotas da China Continental”, sublinhou o aeroporto em comunicado.

Em Outubro, a companhia aérea chinesa Capital Airlines pediu autorização às autoridades chinesas para iniciar um voo direto entre Xian e Lisboa, depois de ter suspendido, naquele mês, a ligação a partir de Pequim.

Segundo um comunicado da Administração da Aviação Civil da China, a que a agência Lusa teve acesso, a empresa quer arrancar com o novo voo em Dezembro deste ano. A informação detalha que o voo terá duas frequências por semana e ficará a cargo dos aviões Airbus A330, com capacidade máxima para 440 passageiros.

Com cerca de 12 milhões de habitantes, Xian é a capital da província de Shaanxi, a cerca de mil quilómetros de Pequim. O pedido da Capital Airlines surge no mesmo mês em que suspendeu o voo direto, entre Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, lançado a 26 de julho de 2017, com três frequências por semana.

Contactada pela Lusa na altura em que anunciou a suspensão do voo, a empresa recusou detalhar os motivos, referindo apenas “razões operacionais”.

A empresa é uma das subsidiárias do grupo chinês HNA, que enfrenta uma grave crise de liquidez, depois de ter fechado o ano passado com uma dívida de 598 mil milhões de yuan.

27 Nov 2018

Capital Airlines quer voos directos entre Xi’an e Lisboa

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] companhia aérea chinesa Capital Airlines pediu autorização às autoridades chinesas para iniciar um voo directo entre Xi’an, noroeste da China, e Lisboa, depois de ter suspendido, este mês, a ligação a partir de Pequim.

Segundo um comunicado da Administração da Aviação Civil da China, a que a agência Lusa teve acesso, a empresa quer arrancar com o novo voo em Dezembro deste ano.

A informação detalha que o voo terá duas frequências por semana e ficará a cargo dos aviões Airbus A330, com capacidade máxima para 440 passageiros.

Com cerca de 12 milhões de habitantes, Xi’an é a capital da província de Shaanxi, a cerca de mil quilómetros de Pequim.

Trata-se de uma das mais importantes cidades da China Antiga, servindo de capital ao longo de dez dinastias, incluindo os Qin (255 a 206 a.C.), Han (206 a.C. a 220 d.C.) e Tang (618 d.C. a 907 d.C.), e acolhe o ‘Exército de Terracota’, uma das principais atracções turísticas do país.

O pedido da Capital Airlines surge no mesmo mês em que suspendeu o voo direto, entre Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim, lançado a 26 de julho de 2017, com três frequências por semana.

Contactada pela Lusa na altura em que anunciou a suspensão do voo, a empresa recusou detalhar os motivos, referindo apenas “razões operacionais”.

No primeiro ano que voou para Portugal, a Capital Airlines transportou mais de 80 mil passageiros, segundo dados divulgados por altura do aniversário. A taxa média de ocupação do voo fixou-se nos 80%, nos meses mais fracos, enquanto na época alta superou os 95%.

Em dívida

A Capital Airlines é uma das subsidiárias do grupo chinês HNA, que enfrenta uma grave crise de liquidez, depois de ter fechado o ano passado com uma dívida de 598 mil milhões de yuan, de acordo com os dados divulgados na apresentação dos resultados anuais da empresa.

A escalada nos custos de financiamento desencadeou uma onda de venda de activos do grupo, que tem sido um dos principais visados das advertências das autoridades chinesas sobre “investimentos irracionais” no estrangeiro, que podem “acarretar riscos” para o sistema financeiro chinês.

No lançamento da ligação aérea, o primeiro-ministro português, António Costa, disse esperar que os voos directos Lisboa-Pequim fossem um reforço de Portugal como “grande ‘hub’ intercontinental” (centro de operações).

A afirmação de António Costa foi feita a 11 de julho de 2017 durante a cerimónia de inauguração dos voos directos Lisboa-Pequim, com a presença do presidente do parlamento da China, Zhang Dejiang, em visita a Portugal. Para António Costa, a abertura da rota Lisboa-Pequim tem um “enorme simbolismo” e “é a nova rota da seda do século XXI”.

12 Out 2018