Jogos Asiáticos | Ho Iat Seng felicita Li Yi pela medalha de ouro

Horas após a RAEM ter alcançado a terceira medalha de ouro desde que participa nos Jogos Asiáticos, o Chefe do Executivo deu os parabéns à atleta. Ho Iat Seng pediu ainda aos restantes atletas da comitiva de Macau para “darem o seu melhor”

 

O Chefe do Executivo enviou uma mensagem à atleta Li Yi, a congratulá-la pela conquista da medalha de ouro na modalidade de Wushu, na variante Chang Quan, nos Jogos Asiáticos de Hangzhou. Anteriormente, a atleta originária de Hefei, na província de Anhui, tinha obtido duas medalhas de prata para Macau, nos jogos de Incheon em 2014, na variante Jiashu/Qiangshu, e em Chang Quan, nos jogos Asiáticos de Jakarta e Palembang, mas ontem de manhã conseguiu subir ao lugar mais alto do pódio.

A atleta de Macau somou 9,786 pontos na manhã de ontem, e superiorizou-se a Liu Xuxu (9,756 pontos), de Hong Kong, que foi prata, e à indonésia Kimberly Ong (9,756 pontos). “É com uma grande alegria que Li Yi, atleta de arte marcial, conquistou para a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) a primeira medalha de ouro, da modalidade feminina de Chang Quan, na 19.ª edição dos Jogos Asiáticos”, começou por destacar Ho Iat Seng. O Chefe do Executivo que esteve no Interior para assistir à cerimónia de abertura dos jogos, considerou também que esta medalha “prestigia o desportivismo chinês e honra o nome da RAEM”.

Como líder do Governo, Ho Iat Seng falou ainda em nome “da população de Macau” para dirigir as “calorosas felicitações” à atleta de 31 anos e a todos os envolvidos no trabalho que culminou no primeiro ouro da RAEM nesta edição dos Jogos Asiáticos.

Mensagem para os restantes

A missiva, tornada pública pelo Gabinete de Comunicação Social na manhã de ontem, foi ainda utilizada para enviar “os mais sinceros cumprimentos e incentivo a todos os atletas que se encontram a competir pelos bons resultados nas diversas modalidades desta edição dos Jogos Asiáticos”. “Esse resultado impressionante obtido pela medalhada Li Yi, que demonstra a dedicação e persistência nos treinos intensivos ao longo dos anos, merece o orgulho de toda a população de Macau”, acrescentou.

No entanto, no que diz respeito, à mensagem para a restante comitiva, Ho não pede medalhas, espera apenas que cada um dê o melhor de si. “Espero que os restantes atletas prestem o seu melhor nas respectivas modalidades para continuarem a lutar por resultados cada vez melhores, honrando a RAEM pelas prestações de excelência dos atletas de Macau”, desejou.

Li Yi conquistou a terceira medalha de ouro para Macau em Jogos Asiáticos, desde que o território começou a participar neste torneio, em 1990. As outras duas medalhas também foram conquistadas na modalidade de Wushu, por Jia Rui, em 2010, e Huang Junhua.

25 Set 2023

Atletas de Wushu da UPM ganham medalhas

Wong Weng Ian e Kuong Chi Hin, alunos da Universidade Politécnica de Macau (UPM) conquistaram medalhas de ouro, prata e bronze no 8.º Campeonato Mundial Júnior de Wushu, que teve lugar na Indonésia entre os dias 2 e 10 de Dezembro.

Wong Weng Ian eliminou os outros adversários na prova de Qiangshu feminina por 9,169 pontos, tendo conseguido a segunda medalha de ouro para Macau nesta edição e ganhando ainda mais duas medalhas de bronze, nas provas de Jianshu e Changquan. Kuong Chi Hin ganhou uma medalha de prata na prova de Jianshu Masculina.

Os dois atletas são estudantes da licenciatura em Ensino de Educação Física da UPM. Citada por um comunicado, Wong Weng Ian agradeceu à UPM o apoio e as condições favoráveis que lhe ofereceu para o equilíbrio entre o estudo e o treino cotidiano, de forma a poder empenhar-se nas provas e ter uma dedicação completa e desempenho estável nesta competição júnior.

Desporto e estudo

Por sua vez, Kuong Chi Hin referiu sentir-se honrado de ter podido representar a equipa de Wushu de Macau nesta competição mundial, tendo esta participação sido para ele um ganho igual ao da sua admissão no curso de licenciatura em Ensino de Educação Física da UPM, que é um marco miliário do seu crescimento.

O atleta agradeceu ainda à UPM “pelo grande apoio que lhe permitiu poder distribuir adequadamente os tempos de treino e de estudo e o ajudou a concentrar-se na preparação para o campeonato e elevar o nível de competição”.

A UPM adianta que procura disponibilizar “uma estrutura integral de cursos de licenciatura e de pós-graduação, empenhando-se na formação de profissionais do desporto excelentes”. A instituição de ensino superior intitula-se “um dos berços do cultivo de atletas campeões mundiais”.

Além da licenciatura dos dois jovens atletas, a UPM tem ainda o mestrado em Desporto e Educação Física, a fim de “apoiar Macau nas competições desportivas internacionais e de trazer a glória para Macau”.

20 Dez 2022

Wushu | Alexis Tam encoraja atletas de Macau

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, parabenizou Huang Junhua depois de ter conquistado uma medalha de prata nos Jogos Asiáticos em Jacarta, Indonésia, na modalidade de Wushu. De acordo com um comunicado, Alexis Tam disse encorajar “os atletas de Macau a manterem o espírito combativo e desportivo, por forma a alcançar melhores resultados”. O secretário lembrou que, durante a competição, os atletas locais encontraram “adversários fortes” mas “demostraram um extraordinário empenho para alcançar resultados muito significativos, designadamente, Li Yi, que conquistou uma medalha de prata, e vários atletas de natação que bateram recordes de Macau”.

27 Ago 2018

Wushu | Macau acolhe Encontro de Mestres entre 3 e 5 de Agosto

Transformar Macau num palco de exibição de artes marciais é o objectivo de mais uma edição do “Encontro de Mestres de Wushu” que decorre entre 3 e 5 de Agosto. Além de juntar os melhores praticantes desta arte, o evento pretende promover a cultura ancestral junto de residentes e turistas

 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]les tanto voam como meditam em movimentos lentos. A gravidade parece ser irrelevante para os praticantes de Wushu, também conhecido por Kung Fu, a arte marcial da China que vai muito além da prática desportiva.

De 2 a 5 de Agosto, Macau vai ser palco internacional desta modalidade com a realização da 3ª edição do Encontro de Mestres de Wushu.

Este ano a iniciativa está repleta de novidades. Nas novas actividades que vão preencher o encontro de mestres de artes marciais destaca-se a estreia do campeonato mundial universitário da modalidade da FISU. “Em cada edição apresentamos alterações e este ano temos a primeira edição do campeonato mundial para estudantes universitários que praticam Wushu”, referiu ontem o presidente do Instituto do Desporto (ID), Pun Weng Kun à margem da conferência de imprensa de apresentação do evento. Por outro lado, “temos recebido o convite de várias federações a pedir colaboração, como tal, este ano temos a decorrer em paralelo o campeonato do IBF que foi inserido também no nosso programa”, acrescentou. Pun referia-se à parceria com a “2018 IBF Silk Road Champions Tournament”, organizado pela Federação Internacional de Boxe das regiões pertencentes ao projecto “Uma Faixa, Uma Rota”.

Acresce ainda às novidades desta edição, o campeonato de danças do dragão e leão também apresentados por regiões inseridos no projecto de cooperação.

Além das exibições de Wushu tradicional, está também previsto o Festival Wushu de Verão e o campeonato de Taolu. Consta ainda do programa as competições de sanda, uma versão de kickboxe chinesa, e paradas que juntam demonstrações de Wushu e a Dança do Leão e do Dragão.

No evento vão estar presentes vários especialistas de renome, nomeadamente Zhu Tancai, herdeiro da décima geração de Taijiquan – estilo Chen e um dos “quatro Grandes Mestres, La Bin, Zhu Xianghua, e o campeão nacional de Taijiquan estilo Wu, Liu Wei. Macau vai-se fazer representar pelos mestres Lei Man Iam, Lam Hong Sang, Leong Sio Nam e Hoi Io Kong.

Encontro total

De acordo com o responsável pelo ID, o objectivo da edição de 2018 é o mesmo do das edições anteriores: “ter uma combinação de características desportivas, turísticas e culturais (…) para transmitir a cultura ancestral chinesa”.

Para facilitar o acesso do público, este ano apenas a sessão de encerramento terá bilhetes à venda, sendo que para as restantes actividades o ID disponibiliza ingresso a partir de hoje.

De acordo com a organização, a terceira edição reflecte o sucesso da organização em atrair a participação de mestres e praticantes estrangeiros. “Com as edições passadas ganhámos o reconhecimento das comunidades que praticam Wushu”, disse Pun.

Por outro lado, e além das artes marciais, o presidente do ID gostaria de ver o encontro de mestres de Wushu como um chamariz para atrair mais turistas. “Além do Wushu queremos integrar outros elementos e dar a conhecer outros aspectos da cultura local de modo a atrair mais turistas para o território”, acrescentou o presidente do ID.

O orçamento, à semelhança das edições anteriores, ronda os 18 milhões de patacas e Pun Weng Kun espera “com o mesmo dinheiro fazer ainda melhor”.

A iniciativa é organizada em conjunto pelo Instituto do Desporto e a Associação Geral de Wushu de Macau, com a colaboração da Direcção dos Serviços de Turismo, do Instituto Cultural e do Fundo das Indústrias Culturais.

12 Jul 2018

Wushu | Encontro internacional por toda a cidade

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] evento de Wushu que decorre de 11 a 14 de Agosto vai cobrir todo o território e não apenas a Praça do Tap Seac. Macau vai servir de palco para o “Encontro de Mestres de Wushu”, um evento que vai espalhar a magia desta arte pelos quatro cantos da cidade com eventos a acontecerem tanto ao ar livre, como em recintos cobertos.
No evento ontem apresentado à imprensa vão estar presentes vários especialistas de Wushu, nomeadamente Wu Guangyu, Wang Shiquan, Shi Yanzheng, do Templo Shaolin, Liu Suibin, Shi Yanjun e Lu Yijie. O orçamento de produção é de 20 milhões de patacas e a iniciativa vem recuperar a ideia de um outro encontro similar ocorrido em Macau nos anos 60 do século passado.
A acção acontecerá em diferentes palcos, como a Praça do Tap Seac, o Pavilhão Polidesportivo do Tap Seac, o Largo do Senado, a Praça da Amizade e o Jardim de Iao Hon. Para além das exibições de Wushu tradicional, estão também previstas Danças do Dragão e do Leão, um Fórum de Wushu, uma exibição conjunta dos mestres da China e de outras partes do mundo e competições de Taolu. Outras actividades constantes do programa são ainda Sanda (versão de kickboxe chinesa) dos atletas da China e do estrangeiro, paradas e competições de Dança do Leão e do Dragão.

Desporto e turismo

Para Pun Weng Kun, presidente do Instituto do Desporto (ID), “o Wushu regista uma longa história de desenvolvimento em Macau e este evento é uma excelente oportunidade para combinar desporto com turismo”.
Já o Presidente da Direcção da Associação Geral de Wushu de Macau, Chan Weng Kit de Noronha, refere que “com o forte apoio do Governo, tem-se permitido um forte desenvolvimento da modalidade em Macau, tornando-se numa das modalidades mais praticadas pelos cidadãos locais”.
Ainda segundo o responsável associativo, “nos últimos anos, os atletas de Wushu de Macau conseguiram alcançar excelentes resultados em vários eventos desportivos de grande dimensão, ocupando uma posição relevante no desenvolvimento da modalidade a nível mundial”.
A expectativa é agora a de criar um evento que permaneça no calendário de grandes eventos da RAEM, uma opção que o Secretário para os Assuntos sociais e Cultura, Alexis Tam, não enjeita.
“Vamos ver como corre, analisar e depois decidiremos se, de facto, poderemos continuar.” De qualquer forma, o responsável governamental adiantou ainda que “muitas outras cidades gostariam de ter um evento como este”, que o Secretário considera “muito importante para a população” no sentido da “promoção do desporto, da criatividade e para a imagem de Macau no mundo”.
A iniciativa é organizada em conjunto pelo Instituto do Desporto e a Associação Geral de Wushu de Macau, com a colaboração da Direcção dos Serviços de Turismo, do Instituto Cultural e do Fundo das Indústrias Culturais. A entrada para todos os eventos será livre.

8 Jul 2016

Wushu | Macau traz cinco medalhas do campeonato do mundo. Portugal faz “melhor registo de sempre”

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] selecção de Macau conquistou duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze no 13.º Campeonato Mundial de Wushu, que terminou ontem em Jacarta. Já Portugal conseguiu o “melhor registo” de sempre num Mundial de Wushu, ao conquistar três lugares entre os dez primeiros no torneio, segundo o seleccionador José Machado.
De Macau, o atleta Jun Hua Huang conseguiu uma medalha de ouro na categoria de Nangun (bastão) e outra de prata em Nanquan (punhos do sul). O outro primeiro prémio que foi para Macau deve-se a Wai Keong Chio, que foi o melhor também em punhos do sul. Todas estas pertencem à categoria de Taolu, coreografias de luta.
Em alabarda, Nok In Wu leva para casa uma medalha de prata, enquanto o atleta Ka Seng Chong completa a lista dos vencedores de Macau ao conquistar o terceiro lugar na categoria de Tai Chi.
A competição de cinco dias contou com 904 atletas de 73 países e regiões, entre os quais Portugal. Francisco Ferreira, Filipe Ramos, Rodolfo Torres, Armindo Moreira, Pedro Santos e André Costa deslocaram-se à Indonésia.
“Conseguimos chegar aos quartos de final com dois atletas, contra superpotências que têm orçamentos completamente astronómicos em relação ao nosso, mas acho que foi muito positivo em todos os aspectos”, referiu à agência Lusa José Machado.
O técnico destacou que a equipa tem “muitos elementos novos” e está a ser renovada, logo, “existe alguma inexperiência” entre os atletas.
Em Wushu Sanda – o sistema de combate das artes marciais chinesas conhecido como Kung Fu – Portugal conquistou dois oitavos lugares, por intermédio de Francisco Ferreira (-60 kg), campeão europeu, e Armindo Moreira (-85 kg).
“Foi uma experiência óptima, aprendi muita coisa”, referiu Francisco Ferreira, mostrando-se motivado para trabalhar ainda mais e preparar-se para o Europeu.
Armindo Moreira concorda que a participação num Mundial trouxe “uma grande experiência”, porque “ver atletas com outro nível” ajuda a “treinar ainda mais para cada vez melhorar mais a n técnica”.
Na categoria de Dadao (alabarda) Filipe Ramos ficou em oitavo lugar, sendo esta a primeira vez que Portugal ocupa um dos dez primeiros lugares em Taolu, segundo o presidente da Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas (FPAMC), Paulo Araújo.
“Foi um feito conseguir três atletas nos dez primeiros do mundo”, destacou, usando um provérbio chinês para dizer que a equipa lusa tem vindo a “crescer como o bambu, devagar, flexível, mas sempre a direito”.
O responsável admitiu que havia também algum nervosismo entre os atletas, porque para a maioria deles esta foi “a primeira vez que vieram a um Campeonato do Mundo”.

20 Nov 2015