Sérgio Fonseca DesportoO WTCC chegou ao fim, passará a chamar-se WTCR [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Conselho Mundial da FIA que se realizou na pretérita semana em Paris ditou o fim esperado do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC). A partir de agora, o campeonato passa a ser uma Taça do Mundo FIA. A WTCR – FIA World Touring Car Cup será promovida pela mesma empresa que liderou o WTCC nos últimos treze anos, o Eurosport Events Limited, mas os carros mudam. Esta metamorfose deverá ter reflexos no Grande Prémio de Macau. Para além da troca de denominação, o campeonato será agora apenas para equipas privadas, deixando claramente de fora a presença de equipas das marcas. Visto que o Eurosport Events adquiriu por dois anos os direitos da regulamentação TCR aos organizadores do campeonato TCR International Series, o campeonato passa a aceitar apenas os carros da categoria TCR, vistos entre nós na Corrida da Guia em 2015 e 2016. Depois de dois anos de ausência, o WTCC regressou ao Circuito da Guia no passado mês de Novembro. O calendário do WTCR 2018 não foi anunciado no Conselho Mundial da FIA, mas circula pelas equipas interessadas no campeonato uma versão provisória onde Macau é a última prova da temporada. “O calendário de 2018 da Taça do Mundo FIA de Carros de Turismo será anunciado no devido tempo”, afirmou François Ribeiro, o CEO do Eurosport Events, quando questionado pelo HM. “Não podemos comentar eventos individuais até os acordos estarem finalizados, mas é a nossa intenção incluir vários eventos que apareceram no calendário do WTCC nos últimos anos.” Uma certeza é que o calendário de 2018 do WTCR será composto por dez eventos e passará por quatro continentes: África, América, Ásia e Europa. Pilotos locais De Paris também saiu a informação que um mínimo de dois carros por equipa podem inscritos na temporada completa, com um preço de inscrição de €150,000 por equipa. Haverá um tecto máximo de 26 carros para a época toda, mas em cada prova a organização abrirá a grelha de partida a dois pilotos convidados (wildcards). “Definitivamente, o facto dos carros TCR substituírem os TC1 será mais favorável aos pilotos locais que queiram correr no Grande Prémio”, admitiu Mak Ka Lok, ao HM. Pilotos como Filipe Souza e Mak Mak Lok, que disputaram este ano provas do WTCC, poderão assim usufruir destes dois “wildcards” para regressarem à Corrida da Guia, caso não haja lugares livres nos 26 inicialmente inscritos. Dada a impossibilidade de alugar um carro da anterior geração (TC1), sem ser a equipas regulares do WTCC, os preços praticados pelas equipas eram sempre bastante inflacionados. Por outro lado, o custos de colocar a correr um TC1 eram já por si mais caros, atingindo valores acima de meio milhão de patacas por prova do WTCC. Para além dos custos inferiores em volta de um carro TCR, estas viaturas já são utilizadas em mais de vinte campeonatos em todo o mundo, tendo mesmo competido este ano no campeonato de Macau de carros de Turismo (MTCS) e sido integrados na Corrida da Taça Chinesa do 64º Grande Prémio de Macau. Alfa Romeo, Audi, Ford, Honda, Hyundai, KIA, LADA, Opel, Peugeot, Renault, SEAT, Subaru e Volkswagen são os constutores que já têm carros homologados para este campeonato. Implicação no programa Outra novidade do WTCR será o formato do fim-de-semana e este poderá ter implicações no programa do Grande Prémio de Macau do próximo ano, visto que cada fim-de-semana passa a ter três corridas, em vez das duas habituais. A primeira corrida será disputada ao sábado e a segundo e terceira no domingo. Para além do número de corridas aumentar, também haverá duas sessões de qualificação por prova, uma a mais que anteriormente, e duas sessões de treinos-livres. Com o intuito de reduzir os custos, cada fim-de-semana de prova será composto por apenas dois dias – sábado e domingo – mas a exemplo do que aconteceu no passado, os organizadores do campeonato poderão ser forçado a alterar o formato habitual consoante as circunstâncias do evento onde o WTCR está inserido.
Hoje Macau DesportoWTCC no Japão | Tiago Monteiro cai para quarto lugar [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] húngaro Norbert Michelisz (Honda) e britânico Tom Chilton (Citröen) venceram este domingo as corridas japonesas do campeonato do mundo de carros de turismo (WTCC), no qual o português Tiago Monteiro (Honda), ausente por lesão, caiu para quarto. No circuito de Motegi, Chilton venceu a primeira manga e Michelisz a corrida principal, enquanto o sueco Thed Bjork (Volvo), quarto e quinto, respectivamente, reforçou a liderança do campeonato, com 228,5 pontos. Após oito das 10 provas do Mundial de WTCC, Tiago Monteiro, que falhou as últimas duas por estar a recuperar de um violento acidente ocorrido em 7 de Setembro, numa sessão de testes da Honda, em Barcelona, caiu para o quarto lugar, a 28,5 pontos do líder. Michelisz subiu ao segundo lugar, com 212, mesmo depois de terem sido subtraídos os pontos conquistados na China pela Honda, devido a irregularidades nos injectores, e o holandês Nicky Catsburg (Volvo) ao terceiro, com 209,5 O Mundial de WTCC prossegue em Macau, entre 17 e 19 de Novembro, e termina no Qatar, entre 30 de Novembro e 1 de Dezembro.
Sérgio Fonseca DesportoTemporal de Ningbo não trava Ávila nem Souza [dropcap style≠‘circle’]D[/dropcap]ois pilotos da RAEM estiveram em pleno destaque na inauguração do novo circuito chinês de Ningbo no pretérito fim-de-semana. Num evento que ficará marcado pelas condições climatéricas adversas, Filipe Clemente de Souza fez a sua estreia este ano no Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC), conseguindo pontuar à primeira, enquanto Rodolfo Ávila continuou a sua campanha no Campeonato da China de Carros de Turismo (CTCC), conseguindo dois resultados que lhe permitiram subir na classificação do campeonato. Souza pontua no WTCC O ex-campeão de Macau de carros de Turismo, Filipe Souza, aos comandos de um LADA Vesta TCR da equipa RC Motorsport, qualificou-se na décima sexta posição para as duas corridas do fim-de-semana, tendo aproveitado os vários acidentes da primeira corrida, para terminar, com uma actuação firme e sem erros, no décimo lugar, somando assim um ponto. A segunda corrida haveria de ser anulada após três voltas atrás do safety-car, pois a direcção da corrida considerou que não estavam reunidas as condições mínimas de seguranças. “Estava muito perigoso”, reconheceu Souza ao HM. O piloto do território ficou satisfeito com o trabalho da equipa, que mostrou ser “muito profissional”, e gostou da primeira experiência ao volante de Lada, “um carro muito diferente do VW Golf TCR”, que habitualmente conduz no campeonato TCR China, e mais parecido “com o meu Chevrolet do MTCS”. Souza voltará a tripular o carro da marca russa na prova do WTCC no Japão, no último fim-de-semana de Outubro. A primeira corrida do WTCC em Ningbo foi ganha pelo argentino Esteban Guerrieri em Chevrolet Cruze. O piloto português Tiago Monteiro foi o grande ausente na prova, estando o portuense neste momento a recuperar do violento acidente no mês passado numa sessão privada de testes da Honda em Barcelona. Ávila sobe no CTCC Numa pista desconhecida à partida por todos os dezanove pilotos do CTCC, Ávila obteve o seu melhor resultado em qualificação esta temporada. Arrancando do quarto lugar para a primeira corrida do fim-de-semana, o piloto da equipa oficial do construtor SAIC Volkswagen sofreu uma série de toques no início, perdendo posições que haveria de recuperar até ao final, vendo a bandeira de xadrez no quinto lugar. Na segunda corrida, disputada também sob intensa chuva, Ávila fez um pião logo nos momentos iniciais, o que o obrigou a fazer outra corrida de recuperação com o VW Lamando GTS que o levou até ao sétimo posto. “Apesar de não ter conseguido um lugar no pódio, como gostaria, este fim-de-semana acabou por ser uma operação muito positiva no que respeita aos pontos obtidos, tanto para mim, como para a equipa”, disse Ávila que chegou à província chinesa de Zhejiang no sétimo lugar e regressou a casa em quarto. A próxima prova do CTCC será também uma estreia no campeonato. Ávila e os seus adversários na competição de carros de Turismo mais popular do continente asiático vão enfrentar-se num circuito citadino edificado em redor do Centro Desportivo de Wuhan, na província de Hubei, no fim-de-semana de 11 e 12 de Novembro.
Sérgio Fonseca DesportoFilipe Souza ía conduzir um Chevrolet mas já não vai [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]ilipe Clemente Souza tinha um acordo para disputar as corridas do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) em Ningbo, na República Popular da China, e em Motegi, no Japão, com a equipa espanhola Campos Racing. Contudo, a estrutura de Adrian Campos resolveu alterar as condições acordadas inicialmente com Souza para este conduzir o Chevrolet Cruze RML TC1. Logo a seguir, a apareceu o interesse nos serviços do piloto macaense por parte da RC Motorsport, uma equipa com base em França e que herdou os LADA Vesta TC1 que pertenciam à equipa da fábrica antes desta abandonar o WTCC no final da temporada de 2016. Chegar a acordo com a RC Motorsport não terá sido difícil e o piloto da RAEM irá assim conduzir o carro russo utilizado pelo piloto português Manuel Pedro Fernandes na prova WTCC nas ruas de Vila Real em Junho. Sem facilidades Souza regressa assim ao WTCC, onde competiu pela primeira vez em 2011, vencendo em 2014 o Troféu Asiático. No entanto, o piloto de matriz portuguesa nunca teve a oportunidade de conduzir um S2000 TC1, algo que acontecerá pela primeira vez no primeiro treino-livre oficial a realizar no novo circuito de Ningbo, a 14 de Outubro. Campeão de carros de Turismo de Macau em 2015 e 2016, na classe “AAMC Challenge”, Souza repetiu o mini-campeonato do território e está este ano a competir no campeonato TCR China, onde obteve um segundo lugar na prova de abertura em Xangai. Para as provas do WTCC, Souza mantém as expectativas moderadas dada a competitividade inferior do LADA em relação aos rivais Honda, Citroen ou Volvo, e também à sua menor experiência face a uma concorrência que conduz estes carros o ano todo. “Sei que vai ser um bocado difícil para mim, já que nunca conduzi nesta pista (Ningbo) e o carro também é novo para mim. Vou dar o meu melhor. Tal como todos os pilotos, vou lutar pela melhor posição possível”, assevera o piloto que é apoiado pela Sniper Capital nesta incursão no mundial. Francois Ribeiro, o responsável máximo pela Eurosport Events, a empresa que promove o WTCC, deu as boas vindas a Souza, elogiando a postura do piloto de Macau. “É muito bom ter o Filipe de volta ao WTCC e para a RC Motorsport ter um terceiro carro na grelha de partida. A temporada de 2017 do WTCC está a ser muito competitiva, portanto será um desafio para o Filipe, mas ele tem a atitude certa para tirar o máximo desta oportunidade”, afirmou o responsável francês. Nestas duas provas, Souza fará equipa com os habituais pilotos da equipa, o francês Yann Ehrlacher e o norte-americano Kevin Gleason. Todavia, no Grande Prémio de Macau, Souza irá participar na Taça de Carros de Turismo de Macau – CTM, prova em que terminou na segunda posição o ano passado. A RC Motorsport e o Eurosport Events estão agora à procura de um piloto para guiar o carro russo no Circuito da Guia e este terá sido oferecido a pelo menos dois pilotos portugueses e também a alguns pilotos de carros de Turismo do território. Atletismo | Inês Henriques com ouro e recorde do mundo [dropcap style≠’circle’]I[/dropcap]nês Henriques conquistou ontem a medalha de ouro nos 50 km marcha, nos mundiais de atletismo que decorrem em Londres, uma prova que tinha apenas sete atletas inscritas e que cuja distância se disputava pela primeira vez em mundiais. A atleta portuguesa liderou toda a prova, mas descolou verdadeiramente da concorrência, duas atletas chinesas, por volta dos 30 km. Tirou mais de dois minutos ao recorde mundial, que já era seu, fixado em Janeiro, terminando com 4h05.56. Atrás de si as chinesas Hang Yin (4.08.59), que bateu largamente o seu recorde pessoal e fixou um recorde da Ásia, e Shuqing Yang (4h20.50), que bateu o recorde pessoal também. Em quarto lugar ficou a norte-americana Kathleen Burnett, a última a terminar a prova, com 4h21.51, recorde americano. Num evento muito duro e em estreia, recorde-se, a norte-americana Erin Talcott foi desclassificada e a brasileira Nair da Rosa e outra norte-americana, Susan Randall, desistiram. Na prova masculina, que decorreu ao mesmo tempo, venceu, sem surpresas, o francês neto de portugueses Yohann Diniz, com 3h33.11, recorde dos campeonatos, à frente de dois japoneses, Hiroki Arai e Kai Kobayashi. João Vieira foi 11.º com 3h45.28 e Pedro Isidro foi 32.º com 4h02.30.
Sérgio Fonseca DesportoPromotor do WTCC agradece compreensão da COGPM Os organizadores do Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) ficaram satisfeitos pela confirmação que a penúltima ronda da temporada de 2017 será mesmo disputada no Circuito da Guia. [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós dois anos de ausência e de um impasse em que a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau não dava a prova como certa nas ruas do território, uma situação justificada por estarem em curso negociações com a FIA, ficou decidido que o WTCC terá um formato diferente este ano. Em vez das duas corridas disputadas na manhã de domingo, com um intervalo de 15 minutos para reparações, a primeira corrida será realizada no sábado e a segunda, aquela que será considerada a Corrida da Guia, acontecerá no domingo. Agradado com o acordo conseguido com as entidades responsáveis pelo maior evento automobilístico da RAEM, François Ribeiro, o director do Eurosport Events, a empresa responsável pela promoção do WTCC, reagiu na sexta-feira passada, dizendo que: “Nós esperamos que Macau seja o ponto alto da temporada do WTCC. Estou agradecido à Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau por ter acomodado o nosso pedido de realizar a Corrida de Abertura no sábado à tarde”. Quando saiu de Macau no final da edição de 2014, o dirigente francês não escondeu que o horário que a competição mundial de carros de Turismo tinha no Grande Prémio de Macau era extremamente desfavorável para as audiências europeias, tendo na altura ambicionado ficar com o horário do Grande Prémio de Motas na tarde de sábado. Ribeiro acredita que esta nova posição no programa do evento “irá trazer uma audiência mais vasta na Ásia, Europa e Médio Oriente”. O facto das duas corridas do WTCC não serem disputadas no mesmo dia é igualmente favorável ao espectáculo e foi bem recebido no seio das equipas. Dadas as características do Circuito da Guia, cujo mínimo erro ou exagero é pago caro, um acidente na primeira corrida, comprometia a participação na segunda corrida. Com esta nova disposição do horário, as equipas terão tempo para reparar, ou pelo menos tentar consertar, as viaturas acidentadas de um dia para o outro. “Macau será talvez decisivo para ambos os campeonatos de pilotos e construtores. Todos os pontos irão contar, e nós sabemos quanto difícil é a pista de Macau para as equipas e para os pilotos”, salientou Ribeiro. O WTCC visitou Macau de 2005 a 2014, sendo sempre a última prova do campeonato. Contudo, este ano, o campeonato agora liderado pelo português Tiago Monteiro será a penúltima prova da temporada, terminando no Qatar duas semanas depois. Uma questão de números? Depois da prova ter aparecido no calendário internacional da FIA pela primeira vez em Novembro de 2016, surpreendentemente na cerimónia de apresentação do patrocinador principal do evento de 2017, no passado mês de Maio, as entidades de Macau surpreenderam ao anunciar que a prova do WTCC não estava confirmada. A demora na confirmação da prova foi justificada a semana passada por Pun Weng Kun, o Presidente do Instituto do Desporto do Governo da RAEM e Coordenador da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau. “O Grande Prémio de Macau é uma marca de reputação e várias corridas querem participar no evento. Como Comissão Organizadora, temos de ponderar quais são as corridas ou as provas que trazem mais vantagens para este evento”, disse. Do lado do Eurosport Events não houve qualquer comentário sobre esta matéria, tendo a organização francesa se recusado a comentar publicamente sobre o assunto numa atitude inédita e propensa a criar desnecessárias especulações num campeonato que vive um período periclitante da sua história. Apesar de carecer de confirmação oficial, no paddock do WTCC dizia-se à boca cheia que uma das razões para este impasse nas negociações esteva relacionado com o número de participantes. O WTCC tem apenas dezasseis carros garantidos para todas as provas do campeonato, um número muito baixo para uma grelha de partida de uma qualquer corrida do Grande Prémio de Macau. A organização local terá requerido um número mínimo de vinte viaturas, o que já motivou a Eurosport Events a puxar pelos cordelinhos para colocar mais carros em pista para os eventos asiáticos. A empresa de organização de eventos do canal televisivo pan-europeu terá já encetado negociações com as partes interessadas, tendo inclusive alguns conhecidos pilotos portugueses e de Macau sido abordados com propostas tentadoras para a prova do mês de Novembro.