João Santos Filipe Manchete PolíticaTrânsito | Distribuídas 695 quotas de circulação para a Ponte HZM As novas quotas para conduzir até Hong Kong pela ponte do Delta vão ser distribuídas pela ordem do sorteio realizado em Março deste ano. Segundo o Governo, entre as 695 quotas anunciadas ontem estão integradas as que ficaram por reclamar no concurso anterior A Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ontem que está a distribuir 595 quotas para particulares e 100 quotas para entidades comerciais circularem na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. O comunicado foi emitido na manhã de ontem, anunciando a abertura de um total de 695 quotas de circulação entre as duas regiões administrativas especiais. “O Governo prossegue com os trabalhos relativos à atribuição de quotas regulares para a circulação de veículos particulares de Macau entre Hong Kong e Macau através da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Inicia-se hoje [ontem], dia 22 de Maio, uma nova fase de atribuição que inclui quotas suplentes, abrangendo 595 quotas destinadas a entidades particulares e 100 a entidade comerciais”, foi afirmado, em comunicado. Neste procedimento vão ser distribuídas quotas novas, mas também parte das quotas que ficaram por reclamar no âmbito do concurso aberto em Março deste ano. Nesse procedimento foram distribuídas 2.000 quotas para particulares e 500 quotas entidades comerciais. A DSAT não indicou no comunicado quantas pessoas não reclamaram as quotas do concurso anterior, que tinha um custo de participação de 500 patacas a fundo perdido. Também não foi indicado quantas quotas são efectivamente novas. A atribuição de 695 quotas não vai levar à realização de um novo sorteio. Ao invés, as autoridades vão utilizar a lista do sorteio de Março, como tinha sido anunciado anteriormente, quando esse concurso foi realizado. “As quotas mencionadas serão atribuídas em conformidade com a continuação da lista de ordem estabelecida pelo sorteio das quotas regulares de circulação de veículos particulares de Macau entre Hong Kong e Macau para o ano de 2024”, foi revelado. Parte burocrática Os resultados da atribuição das novas quotas foram publicados no portal da DSAT e podem ser consultados pelos interessados. Os escolhidos para as novas quotas têm até 28 de Agosto para preencher as informações exigidas e carregar os documentos necessários no portal da DSAL. Após este procedimento, os proprietários dos veículos vão ser contactados pela DSAT, para confirmar se reúnem efectivamente todas as condições necessárias. No caso de os requisitos legais estarem cumpridos, os sorteados devem ir até 12 de Setembro às instalações da DSAT para proceder ao pagamento. Caso deixem passar os prazos indicados, as autoridades consideram que os escolhidos desistiram das quotas, pelo que a DSAT deixou um apelo para que os interessados se mantenham atentos aos prazos. “Considerando o tempo necessário para aguardar o procedimento e concluir a análise dos documentos, a DSAT apela aos requerentes que tratem das formalidades com antecedência”, foi apelado. “O atraso ou a inobservância das formas exigidas para a apresentação dos documentos requeridos ou para o pagamento das taxas será interpretado como renúncia à quota”, foi acrescentado.
João Santos Filipe Manchete PolíticaPonte HKZM | Ella Lei pede melhoria no serviço de autocarros A deputada do Operários considera que o Governo deve começar preparativos para ligar o território à fronteira da Ponte HZM por Metro Ligeiro. Ella Lei alertou ainda para a sobrelotação da rede de autocarros públicos Ella Lei defende que o Governo precisa melhorar as ligações de autocarros à fronteira da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM). O assunto é abordado numa interpelação escrita divulgada ontem pelo gabinete da deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM). No documento, a deputada começa por mostrar-se reticente pela opção de não estar planeada uma estação de Metro Ligeiro na fronteira da Ponte HKZM, dado ser uma das áreas mais movimentadas do território, principalmente quando há picos de visitas de turistas. Como tal, Ella Lei pede que o Governo reformule a sua política de transportes, empregando uma visão de longo prazo: “À medida que as viagens entre Hong Kong e Macau se tornam mais convenientes, juntamente com a promoção mais activa para atrair turistas internacionais, aumentou o número de pessoas que utilizam o Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau”, indicou. “A pensar no longo prazo, as autoridades devem estudar a viabilidade de fazer uma ligação ferroviária para o posto fronteiriço, e começar a fazer os preparativos com a construção da Linha Leste do Metro Ligeiro”, avisou. A Linha Leste do Metro Ligeiro vai fazer a ligação entre as Portas do Cerco, através da Zona A dos Novos Aterros, até ao Terminal Marítimo do Pac On. Mas mesmo que o futuro imediato não passe pela criação de uma ligação do Metro Ligeiro à fronteira, Ella Lei alerta para a situação difícil de saturação da rede de autocarros públicos. Mais passageiros Citando os dados da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), a deputada indica que no quarto trimestre de 2023, o número médio diário de viagens de autocarro em Macau foi de 615.500, um aumento de 26,63 por cento face ao 2022. Além disso, aponta que o número de viajantes que entraram na fronteira da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau foi de aproximadamente 2,18 milhões, representando um aumento de 79 por cento em relação ao ano anterior. Face ao aumento da procura de transportes, Ella Lei afirma que têm de ser criadas novas carreiras de autocarros com ligações directas para as fronteiras e com maior frequência, a pensar nos residentes. “Confrontados com a crescente procura de transportes públicos que têm como destino a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, muitos residentes que vivem nas áreas do Toi San e nas Portas do Cerco encontram dificuldades, porque quando entram nos autocarros estes estão excessivamente cheios e há falta de espaço, o que é agravado pelas várias bagagens transportadas”, justifica a deputada. Face a este problema, e embora reconheça que nos picos de maior utilização pelos turistas o Governo tem criados autocarros especial, Ella Lei considera que não chega, e que é necessário acrescentar ligações, a pensar também nos residentes.
João Santos Filipe Manchete PolíticaPonte HKZM | Estacionamento no Parque Este volta a ser pago O estacionamento no Parque Este da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vai deixar de ser grátis. Mas, nem tudo são más notícias para os condutores. Os carregamentos de veículos eléctricos ficam mais baratos, com reduções de preços que podem chegar a 24,4 por cento A partir do próximo mês o estacionamento no Parque de Estacionamento Público Este do Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vai voltar a ser pago. A alteração foi anunciada ontem, através de um comunicado emitido pela Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT). A medida de estacionamento gratuito para automóveis ligeiros estava em vigor desde o Verão do ano passado, e acabou cancelada menos de um ano depois da implementação. Com lugar apenas para automóveis ligeiros, os utilizadores vão ter de pagar 10 patacas por hora, preço que estava em vigor antes de o estacionamento se ter tornado gratuito. A cobrança foi justificada com a pretensão de “melhor aproveitar os recursos públicos e promover a distribuição e utilização racional dos lugares de estacionamento públicos”. O pagamento pode ser feito em numerário, com MacauPass, cartão de créditos e vários meios de pagamento electrónicos, como o WeChat Pay ou o Alipay, principalmente a pensar nos residentes do Interior e de Hong Kong. O parque de estacionamento tem uma capacidade de 6.000 lugares, e a entrada pode ser feita sem necessidade de marcação prévia. Contudo, se o número de lugares disponíveis ficar abaixo de 600, os utilizadores têm de fazer marcação prévia. Carregamentos mais baratos A Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) anunciou também ontem mudanças nos preços da electricidade usada no carregamento de veículos eléctricos. As reduções variam entre 10,2 por cento e 24,4 por cento. A redução é mais acentuada a nível do carregamento médio. A cobrança da energia passa a ser de 2,980 patacas por kilowatt por hora (kWh), que contrasta com o preço anterior de 3,430 patacas/kWh na primeira hora do carregamento, e de 3,940 patacas/kWh nas seguintes. Como no preço final tem ainda de ser considerado o “factor de ajustamento da tarifa”, o carregamento médio passa a ser cobrado a 3,370 patacas/kWh. Nos carregamentos rápidos, a electricidade passa a ser cobrada a 3,440 patacas/kWh, quando antes a cobrança era de 3,830 patacas/kWh, nos primeiros 30 minutos, e de 4,400 patacas/kWh no período seguinte. Como consequência, tendo em conta o “factor de ajustamento da tarifa”, o preço final passa para 3,830 patacas/kWh. Nos postos de carregamento mais lentos, denominados normais, os preços não descem, mas o horário de carregamento mais barato é prolongado. A horas de menor utilização passam a vigorar entre as 20h e 09h do dia seguinte, face ao horário anterior que começava às 23h. Os utilizadores têm assim mais três horas para carregar as viaturas ao preço de 0,817 patacas/kWh. Como consequência da alteração, as horas de maior utilização, em que o preço é de 1,552 patacas/kWh, passa a vigorar entre as 09h e as 20h. Maior utilização Face aos ajustes nos horários, a DSPA indicou que foram adoptados para “adequarem-se melhor aos hábitos de vida dos utentes de carregamento eléctrico”. No que diz respeito aos ajustes do preço, a esperança do Governo é que mais pessoas utilizem este tipo de transportes. “Depois desta revisão, as tarifas de carregamento eléctrico público dos veículos eléctricos em Macau são mais baixas do que as tarifas actualmente praticadas na Região Administrativa Especial de Hong Kong” foi indicado. “O Governo da RAEM espera, com esta medida, promover ainda mais a utilização em Macau de veículos eléctricos e incentivar os utentes de veículos eléctricos a efectuarem o carregamento durante as horas de menor utilização”, foi acrescentado. Ao mesmo tempo, o Executivo prometeu continuar a seguir as tendências mundiais no que diz respeito ao carregamento eléctrico de veículos. “Em consonância com a Estratégia de Descarbonização a Longo Prazo de Macau, o Governo da RAEM continuará a exortar a concessionária a aperfeiçoar a rede de carregamento eléctrico público e a prestar uma atenção constante à tendência de desenvolvimento dos veículos eléctricos a nível mundial”, foi prometido.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Batido recorde de travessias de veículos no domingo No passado domingo, o posto fronteiriço da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM) bateu o recorde de travessias diárias de veículos, com 10.300 passagens a superar pela primeira vez a barreira da dezena de milhar, de acordo com informação avançada pelas autoridades chinesas. A fonte das autoridades alfandegárias de Zhuhai, citadas pela agência China News Service (CNS), afirmou o fluxo de trânsito de veículos de Hong Kong e Macau para norte tem aumentado “constantemente” devido à época alta de Verão, e à novidade das políticas que permitem a novidade das famílias de Macau e Hong Kong levarem o automóvel para qualquer destino na província de Guangdong. A agência estatal refere que as novas políticas acrescentaram uma opção turística que está a ganhar cada vez mais popularidade A CNS cita um representante da alfândega do posto fronteiriço da ponte HKZM que indica que desde 1 de Janeiro foram processadas autorizações para a circulação de mais de 550.00 veículos com matrículas de Hong Kong e Macau. As autoridades alfandegárias do Interior da China realçam ainda que, desde o início de 2023, o fluxo de veículos que passaram para Zhuhai ultrapassou os 1,58 milhões, registo que triplica o fluxo verificado no mesmo período de 2019.
Andreia Sofia Silva SociedadeTrânsito | DSAT promete melhorar acessos à Ponte HKZM Na passada quarta-feira o acesso à ilha artificial da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau tornou-se num calvário de trânsito, apesar da garantia da DSAT de que os acessos tinham sido melhorados. As autoridades realçam ainda que está prevista a construção na zona A de um acesso pedonal ao norte da península A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) promete, em resposta a interpelação de Ron Lam U Tou, melhorar os acessos à ilha artificial que faz a ligação à Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (Ponte HKZM), tendo em conta a ocorrências de muitos congestionamentos de trânsito. A resposta, assinada a 16 de Março por Lei Veng Hong, director substituto, dá conta que a DSAT “tem vindo a auxiliar o escoamento do trânsito nas horas de ponta através do ajustamento da distribuição de tempo das sinalizações luminosas e da adopção de medidas de orientação de trânsito no local por parte dos serviços responsáveis”. Assim, “foi alterado o troço na estrada circular fronteiriça de Hong Kong-Zhuhai-Macau junto da entrada da ilha artificial da Ponte HKZM para duas faixas de rodagem, com o aumento de uma faixa de rodagem que entrou em funcionamento no dia 18 de Fevereiro, a fim de optimizar a organização da circulação neste cruzamento”. Está ainda em curso “a construção das fundações por estacas na empreitada de construção da via de acesso (A2), tendo sido iniciados os trabalhos de concepção das vias de acesso (A3) e ao acesso AB, sendo que os trabalhos de construção serão iniciados de forma ordenada”. Ainda assim, as alterações parecem não ter surtido muito efeito, uma vez que na última semana, a propósito do feriado de Cheng Ming (Dia de Finados), vieram a Macau cerca de 28 mil pessoas só pela ponte. O trânsito começou a intensificar-se a partir das 10h, tendo-se prolongado desde a fronteira da ponte até à zona A dos novos aterros e zona da Pérola Oriental, situada na Areia Preta. O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) emitiu mesmo uma nota a sugerir outros pontos de deslocação além da ponte, tendo sido sugerido aos condutores de veículos com dupla matrícula para “considerar a utilização de outros portos”. Mais acessos Ainda na resposta à interpelação de Ron Lam U Tou pode ler-se que está a ser pensado um projecto para facilitar o acesso dos futuros moradores da zona A à parte norte da península. “Foi proposta a construção, na zona centro-sul da zona A, uma passagem superior pedonal para a ilha artificial, proporcionando uma ligação integrada com a rede do sistema de mobilidade assente em ligações rápidas, de modo a interligar terrenos, as vias públicas e os espaços abertos de diferentes áreas da zona A.” Desta forma, acrescenta Lei Veng Hong, “permite-se garantir uma melhor acessibilidade às imediações da zona norte da península de Macau, da Areia Preta e Reservatório, formando um modelo pedonal altamente acessível e que favorece a intermodalidade”. Não foi avançado qualquer calendário para esta infra-estrutura, pois “os projectos de construção serão estudados e implementados tendo em conta a elaboração dos planos de pormenor e os pareceres dos serviços”. Foi explicado que a Direcção dos Serviços de Solos e Construção adiantou que o plano de pormenor para a Unidade Operativa de Planeamento e Gestão (UOPG) – Este 2 foi concebido para “proporcionar modos de deslocação altamente eficientes, de modo a criar um sistema de transportes diversificado e centrado no Metro Ligeiro”. Desta forma, a rede rodoviária é estruturada em duas faixas de rodagem transversais e duas faixas de viárias longitudinais, com interligações”, apontou.
João Luz Manchete SociedadePonte HKZM | Empresa de manutenção empregou “trabalhadores-fantasma” O Comissariado contra a Corrupção revelou um caso suspeito de falsificação de documentos na contratação de trabalhadores locais. A empresa em questão é responsável pela manutenção e reparação do Edifício do Posto Fronteiriço da Ponte do Delta e tinha nos quadros um trabalhador local que saiu de Macau em 2015 e nunca mais voltou a entrar na região Falsificação de documentos, “trabalhadores-fantasma” e apropriação de fundos de apoio no combate à crise provocada pela pandemia são alguns dos ingredientes do mais recente escândalo revelado na segunda-feira pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC). O organismo liderado pelo comissário Chan Tsz King anunciou ter encontrado indícios fortes de várias irregularidades na empresa responsável pela manutenção e reparação do edifício do Posto Fronteiriço da Ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau. Para começar, a empresa é suspeita de fornecer dados falsos sobre trabalhadores locais à Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) e ao Fundo de Segurança Social, assim como para solicitar importação de trabalhadores não residentes à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais. A empresa, que não é identificada pelo CCAC, declarou aos serviços a contratação de 24 trabalhadores locais, seis destes que apresentaram “registos de movimentos fronteiriços anormais e raramente permaneciam em Macau durante o período de pagamento de contribuições da segurança social”. O CCAC descreve ter descoberto o caso de “alguém que saiu de Macau em 2015 e nunca mais voltou a entrar na RAEM” nos quadros da empresa. No decurso da investigação, alguns trabalhadores “confessaram que nunca tinham trabalhado na empresa” ou recebido salário, afirmando que o pagamento de contribuições à Segurança Social “era apenas para receber a pensão para idosos concedida pelo Governo no futuro”. Labores fictícios “Há fortes indícios de que os trabalhadores em causa são trabalhadores simulados”, aponta o organismo liderado por Chan Tsz King, acrescentando estar a averiguar a veracidade dos restantes empregados locais. O caso foi denunciado ao Ministério Público, pela suspeita do crime de falsificação de documentos. Acresce ainda que no ano passado cada trabalhador, dito local, da empresa em questão recebeu 15 mil patacas “de apoio pecuniário ao combate à epidemia”. Facto que levou o CCAC a comunicar à DSF o recebimento de montantes indevidos. Tolerância zero “O Governo da RAEM não tolera os infractores, uma vez verificada a existência de contratação ilegal ou irregular, será aplicada multa e revogada a autorização de contratação, acompanhada da privação do direito de pedir novas autorizações, por um período até dois anos”, respondeu ontem o gabinete do secretário para a Economia e Finanças. O Governo indica que atribui “grande importância ao caso suspeito”, descoberto pelo CCAC, de prestação de declarações falsas sobre dados de trabalhadores locais. A tutela de Lei Wai Nong anunciou que foram dadas instruções à DSAL para apreciar e aprovar, “de forma mais rigorosa”, os pedidos de importação e renovação de contratos de trabalhadores não residentes.
João Santos Filipe PolíticaDST | Governo equaciona turismo na Ponte HKZM A Direcção de Serviços de Turismo (DST) está a estudar a possibilidade de criar rotas para visitar a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. A informação foi avançada pela directora dos serviços, Helena de Senna Fernandes, em resposta a interpelação da deputada Agnes Lam. “A indústria fez-nos uma proposta para abrirmos uma rota turística para a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Como a proposta envolve diferentes medidas de prevenção e controlo da situação pandémica, assim como três governos, esta Direcção de Serviços vai fazer os contactos necessários e estudar a viabilidade”, escreveu Helena de Senna Fernandes. Como parte da estratégia de promoção da indústria local, os Serviços de Turismo dizem que vão trabalhar para tornar Macau numa “marca de turismo distinta” na área da Grande Baía. Helena de Senna Fernandes indicou ainda que o Governo está a trabalhar para fazer com que os diferentes pontos de entrada na Grande Baía, como aeroportos, sejam um caminho para Macau e promover a indústria local. A directora indicou também que o acordo entre Macau e agências de turismo no Interior levou a que, no ano passado, 27 mil pessoas comprassem os pacotes de visita à RAEM. Por outro lado, este ano até Abril 11 mil pessoas visitaram Macau através dos pacotes das agências de viagem. Além destas ofertas, Maria Helena de Senna Fernandes prometeu que o Governo vai continuar com campanhas de publicidade nos órgãos de comunicação no Interior para promover Macau.
Hoje Macau SociedadeSuspensa travessia de autocarros na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau suspensa [dropcap]P[/dropcap]artiu no domingo o último autocarro dourado a fazer ligação entre Macau e Hong Kong. Ontem deixou de ser oferecido o serviço que ligava as duas cidades através da ponte Hong Kong-Zhuhai Macau. “Nenhum transporte público pode ligar as duas regiões”, com excepção para carros particulares autorizados e transporte de mercadorias, disse no fim de semana um responsável do Corpo de Polícia de Segurança Pública, citado pela agência Lusa. O objectivo da suspensão dos autocarros passa por evitar a circulação de pessoas. Os horários de funcionamento do posto fronteiriço de Macau da ponte também sofreram ajustes, passando a funcionar apenas entre as 10h e as 20h no domingo. Os corredores de entrada e saída para veículos deixaram de funcionar durante 24h para estar abertos entre as 06h e as 22h. Por outro lado, ficou desde ontem fechado o parque de estacionamento Este da ponte. Vale a pena recordar que o transporte organizado pelo Governo para trazer residentes do aeroporto de Hong Kong até Macau já terminou, e que as ligações marítimas entre as duas regiões estão suspensas desde Fevereiro.
admin Manchete SociedadePonte HKZM | DSAT quer autocarro directo para o Aeroporto de Hong Kong Lam Hin San, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, disse ontem que as autoridades desejam um autocarro directo de Macau para o Aeroporto Internacional de Hong Kong a circular na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Quanto ao número de passageiros nos autocarros do território, registaram-se números recordes este ano [dropcap]O[/dropcap] Governo está a discutir com a Autoridade de Aviação Civil de Hong Kong a possibilidade de vir a ser criado uma carreira directa para o Aeroporto Internacional de Hong Kong. A ideia foi avançada ontem por Lam Hin San, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), à margem de uma reunião do Conselho para os Assuntos de trânsito. “No futuro vamos fomentar vários trabalhos para melhorar o funcionamento da ponte. Vamos coordenar e comunicar com a Autoridade de Aviação Civil de Hong Kong para que haja autocarros de ligação ao aeroporto o mais cedo possível. Actualmente os autocarros param na saída, já na zona de Hong Kong, e os passageiros precisam de apanhar outro autocarro para chegar ao aeroporto. Queremos ter uma carreira directa de Macau para o aeroporto.” Além disso, Lam Hin San frisou que, no âmbito da ponte HKZM, as autoridades desejam “aumentar a taxa de utilização do auto-silo leste em Macau” reduzindo, para isso, o prazo de reserva de um lugar de estacionamento. “A taxa de utilização está cada vez mais alta. Para reservar um lugar neste auto-silo é necessário fazer a reserva seis horas antes, mas queremos reduzir esse prazo até uma hora”, adiantou o director da DSAT. Lam Hin San adiantou que este serviço poderá ser providenciado a partir de meados de Dezembro, e que apenas uma empresa venceu o concurso para a operacionalização desta rota. “A empresa vai ter de disponibilizar o serviço de bagagem e vamos ver que tipo de serviço irão providenciar, pois inclui a passagem nos Serviços de Alfândega e de Emigração.” Números inéditos Lam Hin San falou também de números recorde no que diz respeito à taxa de utilização de autocarros no território no ano que está prestes a terminar. “Actualmente, por dia, transportamos 220 mil pessoas, o que é um recorde histórico.” O director da DSAT aprontou ainda a redução do número de acidentes nas estradas, bem como o aumento de velocidade de circulação em zonas críticas para o trânsito, tal como na Areia Preta. “Temos uma média de 1,5 acidentes por cada 100 mil quilómetros, numa redução de quatro para três acidentes mensais. Conseguimos evitar muitos erros que tínhamos no passado, vamos introduzir mais mecanismos electrónicos para melhorar o serviço de autocarros públicos.” “Neste ano, na zona da Bacia do Norte do Patane, houve um aumento da velocidade em 40 por cento. Na avenida Venceslau de Morais a velocidade aumentou 60 por cento. Na última semana, como se realizou o Grande Prémio de Macau, a situação não era a ideal, mas aumentou bastante a velocidade se compararmos com a mesma época do último ano”, adiantou Lam Hin San. O director da DSAT fala também de uma boa taxa de utilização dos transportes públicos. “34 a 40 por cento das pessoas usam os autocarros para a sua deslocação, mas no futuro gostaríamos de aumentar essa taxa de utilização.” No que diz respeito à circulação, Lam Hin San denota que hoje, em média, um veículo particular demora 27 minutos a chegar ao seu destino, motociclos demoram 23 minutos e autocarros 38 minutos.
Andreia Sofia Silva Manchete SociedadePonte HKZM | DSAT quer autocarro directo para o Aeroporto de Hong Kong Lam Hin San, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, disse ontem que as autoridades desejam um autocarro directo de Macau para o Aeroporto Internacional de Hong Kong a circular na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Quanto ao número de passageiros nos autocarros do território, registaram-se números recordes este ano [dropcap]O[/dropcap] Governo está a discutir com a Autoridade de Aviação Civil de Hong Kong a possibilidade de vir a ser criado uma carreira directa para o Aeroporto Internacional de Hong Kong. A ideia foi avançada ontem por Lam Hin San, director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), à margem de uma reunião do Conselho para os Assuntos de trânsito. “No futuro vamos fomentar vários trabalhos para melhorar o funcionamento da ponte. Vamos coordenar e comunicar com a Autoridade de Aviação Civil de Hong Kong para que haja autocarros de ligação ao aeroporto o mais cedo possível. Actualmente os autocarros param na saída, já na zona de Hong Kong, e os passageiros precisam de apanhar outro autocarro para chegar ao aeroporto. Queremos ter uma carreira directa de Macau para o aeroporto.” Além disso, Lam Hin San frisou que, no âmbito da ponte HKZM, as autoridades desejam “aumentar a taxa de utilização do auto-silo leste em Macau” reduzindo, para isso, o prazo de reserva de um lugar de estacionamento. “A taxa de utilização está cada vez mais alta. Para reservar um lugar neste auto-silo é necessário fazer a reserva seis horas antes, mas queremos reduzir esse prazo até uma hora”, adiantou o director da DSAT. Lam Hin San adiantou que este serviço poderá ser providenciado a partir de meados de Dezembro, e que apenas uma empresa venceu o concurso para a operacionalização desta rota. “A empresa vai ter de disponibilizar o serviço de bagagem e vamos ver que tipo de serviço irão providenciar, pois inclui a passagem nos Serviços de Alfândega e de Emigração.” Números inéditos Lam Hin San falou também de números recorde no que diz respeito à taxa de utilização de autocarros no território no ano que está prestes a terminar. “Actualmente, por dia, transportamos 220 mil pessoas, o que é um recorde histórico.” O director da DSAT aprontou ainda a redução do número de acidentes nas estradas, bem como o aumento de velocidade de circulação em zonas críticas para o trânsito, tal como na Areia Preta. “Temos uma média de 1,5 acidentes por cada 100 mil quilómetros, numa redução de quatro para três acidentes mensais. Conseguimos evitar muitos erros que tínhamos no passado, vamos introduzir mais mecanismos electrónicos para melhorar o serviço de autocarros públicos.” “Neste ano, na zona da Bacia do Norte do Patane, houve um aumento da velocidade em 40 por cento. Na avenida Venceslau de Morais a velocidade aumentou 60 por cento. Na última semana, como se realizou o Grande Prémio de Macau, a situação não era a ideal, mas aumentou bastante a velocidade se compararmos com a mesma época do último ano”, adiantou Lam Hin San. O director da DSAT fala também de uma boa taxa de utilização dos transportes públicos. “34 a 40 por cento das pessoas usam os autocarros para a sua deslocação, mas no futuro gostaríamos de aumentar essa taxa de utilização.” No que diz respeito à circulação, Lam Hin San denota que hoje, em média, um veículo particular demora 27 minutos a chegar ao seu destino, motociclos demoram 23 minutos e autocarros 38 minutos.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Enorme procura por quotas de circulação [dropcap]D[/dropcap]ados oficiais da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) ontem divulgados dão conta de uma enorme procura pelas quotas de circulação automóvel destinadas a veículos particulares e comerciais na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. No total, a DSAT recebeu 9496 candidaturas para apenas 914 quotas disponíveis. Foram registadas 6909 candidaturas de veículos particulares para 558 novas quotas disponíveis, além das 2587 candidaturas apresentadas por empresas para apenas 356 quotas. O prazo para a apresentação de candidaturas terminou ontem, sendo que cada quota custa mil patacas.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Enorme procura por quotas de circulação [dropcap]D[/dropcap]ados oficiais da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) ontem divulgados dão conta de uma enorme procura pelas quotas de circulação automóvel destinadas a veículos particulares e comerciais na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. No total, a DSAT recebeu 9496 candidaturas para apenas 914 quotas disponíveis. Foram registadas 6909 candidaturas de veículos particulares para 558 novas quotas disponíveis, além das 2587 candidaturas apresentadas por empresas para apenas 356 quotas. O prazo para a apresentação de candidaturas terminou ontem, sendo que cada quota custa mil patacas.
Hoje Macau Manchete SociedadePonte HKZM | Mais de 14 milhões de passageiros num ano A ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM), a maior travessia marítima do mundo, recebeu mais de 14 milhões de passageiros e 1,5 milhões de veículos, desde a sua abertura há um ano, noticiou ontem a imprensa oficial. Enquanto o turismo sai beneficiado, o sector do transporte de mercadorias sente-se esquecido [dropcap]S[/dropcap]egundo a agência Xinhua, que cita uma fonte do posto fronteiriço da ponte, o número de passageiros e veículos tem vindo a crescer desde que a travessia foi aberta à circulação, em 24 de Outubro de 2018. A mesma fonte detalhou que o tráfego médio diário atingiu os 80.000 passageiros, durante o Ano Novo Lunar, com um recorde de 113.000 passageiros, no dia 7 de Fevereiro. Quase 40,2 milhões de visitantes entraram em Macau nos últimos 12 meses, mais 5,6 milhões do que no período anterior, segundo cálculos da Lusa, com base em dados oficiais da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos da região. Cerca de 5,35 milhões de turistas utilizaram a fronteira da ponte. Em sentido inverso, o número de visitantes a chegar a Macau de ‘ferry’ caiu 35,7 por cento, nos últimos 12 meses. Foram registados até ao final de Setembro mais de 33 mil autocarros a entrar ou a sair de Macau através da ponte, assim como perto de 214 mil veículos ligeiros. De acordo com estimativas das três regiões, o volume diário de tráfego na ponte deverá atingir os 29.100 veículos em 2030 e 42 mil em 2037, enquanto o volume diário de passageiros poderá rondar os 126 mil e os 175 mil, respectivamente. Mercadorias ao lado A travessia “tem sido uma grande ajuda, especialmente para os turistas e para os residentes de Macau que querem utilizar o aeroporto de Hong Kong”, disse à agência Lusa Kou Kun Pang, membro do Conselho Consultivo do Trânsito. “Vir para Macau diretamente através da ponte é mais fácil de organizar”, explica Kou. O membro do Conselho Consultivo do Trânsito acredita que o tráfego irá aumentar no futuro, nomeadamente após a atribuição pelo Governo de Macau de mais 914 licenças de circulação de veículos ligeiros. Ainda assim, o presidente da filial em Macau do Chartered Institute of Logistics and Transport defende que a prioridade tem de ir para o transporte de mercadorias. Não há dados oficiais sobre a carga que atravessa a ponte, mas o presidente da Associação de Logística e Transportes Internacionais de Macau, Victor Lei Kuok Fai, diz que o sector tem passado ao lado da nova travessia. “As autoridades da China continental não autorizaram as empresas de Macau a trabalhar nesta ponte”, explica o empresário. “Não sabemos porquê. Perguntei tantas vezes no Conselho para o Desenvolvimento Económico, mas até agora não recebi qualquer resposta”, lamenta Victor Lei. Kou Kun Pang acredita que o problema está nos procedimentos alfandegários necessários para transportar mercadoria de Hong Kong para Macau, assim como na falta de motoristas qualificados para conduzir veículos pesados. Durante a construção da ponte, houve várias companhias aéreas interessadas em utilizar o aeroporto de Macau para trazer e levar mercadoria de Hong Kong e da China continental, revela Victor Lei. Mas no final só a Qatar Airways avançou em Outubro passado com dois voos semanais. O empresário teme que, com a incerteza que paira sobre a economia global e os protestos que há meses afectam Hong Kong, a oportunidade já tenha passado. Aberta a veículos de Macau com quota A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) aponta que os veículos de Macau vão poder passar no posto fronteiriço da Baía de Shenzen, inserido na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, após a atribuição dos vistos de circulação. O comunicado aponta que, a fim de “facilitar a circulação de pessoas e bens, os governos das três regiões-Guangdong, Hong Kong e Macau definiram, ainda em período experimental, de circulação alfandegária facilitada através da Ponte”. A medida destina-se a “veículos com quotas de circulação entre as três regiões, sendo-lhes atribuídos vistos que permitirão a passagem pelos postos fronteiriços da Baía de Shenzhen e de Hengqin (Flor de Lótus)”. Se os veículos de Macau podem passar pela Baía de Shenzen, os de Hong Kong poderão passar pelo Posto Fronteiriço de Hengqin (Flor de Lótus). De acordo com a DSAT, “o número de vistos pode ser, conforme afirmado pelo Governo de Hong Kong, aumentado”. Este projecto de atribuição de quotas tem duas fases. “Na primeira fase a medida apresentará cariz experimental”, enquanto que a segunda fase “será lançada a título oficial, prevendo que a sua implementação seja no próximo ano”.
Hoje Macau Manchete SociedadePonte HKZM | Mais de 14 milhões de passageiros num ano A ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM), a maior travessia marítima do mundo, recebeu mais de 14 milhões de passageiros e 1,5 milhões de veículos, desde a sua abertura há um ano, noticiou ontem a imprensa oficial. Enquanto o turismo sai beneficiado, o sector do transporte de mercadorias sente-se esquecido [dropcap]S[/dropcap]egundo a agência Xinhua, que cita uma fonte do posto fronteiriço da ponte, o número de passageiros e veículos tem vindo a crescer desde que a travessia foi aberta à circulação, em 24 de Outubro de 2018. A mesma fonte detalhou que o tráfego médio diário atingiu os 80.000 passageiros, durante o Ano Novo Lunar, com um recorde de 113.000 passageiros, no dia 7 de Fevereiro. Quase 40,2 milhões de visitantes entraram em Macau nos últimos 12 meses, mais 5,6 milhões do que no período anterior, segundo cálculos da Lusa, com base em dados oficiais da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos da região. Cerca de 5,35 milhões de turistas utilizaram a fronteira da ponte. Em sentido inverso, o número de visitantes a chegar a Macau de ‘ferry’ caiu 35,7 por cento, nos últimos 12 meses. Foram registados até ao final de Setembro mais de 33 mil autocarros a entrar ou a sair de Macau através da ponte, assim como perto de 214 mil veículos ligeiros. De acordo com estimativas das três regiões, o volume diário de tráfego na ponte deverá atingir os 29.100 veículos em 2030 e 42 mil em 2037, enquanto o volume diário de passageiros poderá rondar os 126 mil e os 175 mil, respectivamente. Mercadorias ao lado A travessia “tem sido uma grande ajuda, especialmente para os turistas e para os residentes de Macau que querem utilizar o aeroporto de Hong Kong”, disse à agência Lusa Kou Kun Pang, membro do Conselho Consultivo do Trânsito. “Vir para Macau diretamente através da ponte é mais fácil de organizar”, explica Kou. O membro do Conselho Consultivo do Trânsito acredita que o tráfego irá aumentar no futuro, nomeadamente após a atribuição pelo Governo de Macau de mais 914 licenças de circulação de veículos ligeiros. Ainda assim, o presidente da filial em Macau do Chartered Institute of Logistics and Transport defende que a prioridade tem de ir para o transporte de mercadorias. Não há dados oficiais sobre a carga que atravessa a ponte, mas o presidente da Associação de Logística e Transportes Internacionais de Macau, Victor Lei Kuok Fai, diz que o sector tem passado ao lado da nova travessia. “As autoridades da China continental não autorizaram as empresas de Macau a trabalhar nesta ponte”, explica o empresário. “Não sabemos porquê. Perguntei tantas vezes no Conselho para o Desenvolvimento Económico, mas até agora não recebi qualquer resposta”, lamenta Victor Lei. Kou Kun Pang acredita que o problema está nos procedimentos alfandegários necessários para transportar mercadoria de Hong Kong para Macau, assim como na falta de motoristas qualificados para conduzir veículos pesados. Durante a construção da ponte, houve várias companhias aéreas interessadas em utilizar o aeroporto de Macau para trazer e levar mercadoria de Hong Kong e da China continental, revela Victor Lei. Mas no final só a Qatar Airways avançou em Outubro passado com dois voos semanais. O empresário teme que, com a incerteza que paira sobre a economia global e os protestos que há meses afectam Hong Kong, a oportunidade já tenha passado. Aberta a veículos de Macau com quota A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) aponta que os veículos de Macau vão poder passar no posto fronteiriço da Baía de Shenzen, inserido na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, após a atribuição dos vistos de circulação. O comunicado aponta que, a fim de “facilitar a circulação de pessoas e bens, os governos das três regiões-Guangdong, Hong Kong e Macau definiram, ainda em período experimental, de circulação alfandegária facilitada através da Ponte”. A medida destina-se a “veículos com quotas de circulação entre as três regiões, sendo-lhes atribuídos vistos que permitirão a passagem pelos postos fronteiriços da Baía de Shenzhen e de Hengqin (Flor de Lótus)”. Se os veículos de Macau podem passar pela Baía de Shenzen, os de Hong Kong poderão passar pelo Posto Fronteiriço de Hengqin (Flor de Lótus). De acordo com a DSAT, “o número de vistos pode ser, conforme afirmado pelo Governo de Hong Kong, aumentado”. Este projecto de atribuição de quotas tem duas fases. “Na primeira fase a medida apresentará cariz experimental”, enquanto que a segunda fase “será lançada a título oficial, prevendo que a sua implementação seja no próximo ano”.
João Luz SociedadeZhuhai | Anunciada construção de centro de hotelaria junto à ponte HKZM A cidade vizinha de Zhuhai vai leiloar mais de 220 mil metros quadrados de terra para construir um centro hoteleiro dedicado ao turismo de negócios junto à Ponte HKZM. O projecto destina-se à construção de unidades hoteleiras, que possam competir com os preços praticados em Macau, e com os centros de convenções [dropcap]O[/dropcap] leilão começa com uma licitação inicial de 5,64 mil milhões de yuans para os 226 mil metros quadrados de terra onde as autoridades de Zhuhai pretendem ver construído um centro de turismo de negócios. A proximidade do terreno com a ponte HKZM é estratégica e demonstra o propósito de aposta no segmento das viagens de negócios dentro da área da Grande Baía. O terreno em questão fica a norte do porto de Zhuhai, que será inaugurado daqui a duas semanas, e será leiloado no próximo dia 18 de Outubro. O preço base do metro quadrado será de 5.828 yuans, segundo noticiado pelo jornal South China Morning Post. A “jogada” segue a intenção do Governo da cidade vizinha em se tornar numa capital do turismo de negócios, objectivo que tem sido colocado em causa pela oferta de hoteleira de Macau. Porém, analistas do sector consideram que face aos preços praticados em Macau, e à ausência de unidades abaixo das cinco estrelas a preço competitivo, Zhuhai pode preencher essa lacuna. Além disso, as autoridades da cidade vizinha apostam as suas fichas no crescimento do sector do turismo de negócios com o desenvolvimento do projecto da Grande Baía. Nomes que chamam Uma das condições impostas pelo Governo do distrito de Xiangzhou é que o licitador que ganhe o leilão apresente documentos que indiciem o compromisso com, pelo menos, uma marca internacional de resorts, como a Intercontinental ou o Ritz-Carlton. Além disso, deve garantir num prazo de três anos a fixação no local de, pelo menos, 20 empresas estrangeiras e construir, pelo menos, dois grandes hotéis. O director de investigação da consultora Tospur, Zhang Hongwei, destaca as dificuldades das condições exigidas às empresas interessadas no projecto, assim como o preço pedido pelo terreno. “Ainda para mais nesta altura, em que o acesso a capital está apertado”, aponta Zhang citado pelo South China Morning Post. O analista considera que o terreno pode ser atractivo para investidores estrangeiros, incluindo de Hong Kong. O director da Vincorn Consulting and Appraisal, Vincent Cheung, avança, também citado pelo jornal de Hong Kong, que New World Development and Sun Hung Kai Properties podem entrar na corrida. “São empresas que têm estado muito activas no Interior da China. Ambas têm as suas próprias marcas hoteleiras”, comenta o analista, acrescentando ser provável licitações por um grupo que reúna várias empresas.
João Luz SociedadeZhuhai | Anunciada construção de centro de hotelaria junto à ponte HKZM A cidade vizinha de Zhuhai vai leiloar mais de 220 mil metros quadrados de terra para construir um centro hoteleiro dedicado ao turismo de negócios junto à Ponte HKZM. O projecto destina-se à construção de unidades hoteleiras, que possam competir com os preços praticados em Macau, e com os centros de convenções [dropcap]O[/dropcap] leilão começa com uma licitação inicial de 5,64 mil milhões de yuans para os 226 mil metros quadrados de terra onde as autoridades de Zhuhai pretendem ver construído um centro de turismo de negócios. A proximidade do terreno com a ponte HKZM é estratégica e demonstra o propósito de aposta no segmento das viagens de negócios dentro da área da Grande Baía. O terreno em questão fica a norte do porto de Zhuhai, que será inaugurado daqui a duas semanas, e será leiloado no próximo dia 18 de Outubro. O preço base do metro quadrado será de 5.828 yuans, segundo noticiado pelo jornal South China Morning Post. A “jogada” segue a intenção do Governo da cidade vizinha em se tornar numa capital do turismo de negócios, objectivo que tem sido colocado em causa pela oferta de hoteleira de Macau. Porém, analistas do sector consideram que face aos preços praticados em Macau, e à ausência de unidades abaixo das cinco estrelas a preço competitivo, Zhuhai pode preencher essa lacuna. Além disso, as autoridades da cidade vizinha apostam as suas fichas no crescimento do sector do turismo de negócios com o desenvolvimento do projecto da Grande Baía. Nomes que chamam Uma das condições impostas pelo Governo do distrito de Xiangzhou é que o licitador que ganhe o leilão apresente documentos que indiciem o compromisso com, pelo menos, uma marca internacional de resorts, como a Intercontinental ou o Ritz-Carlton. Além disso, deve garantir num prazo de três anos a fixação no local de, pelo menos, 20 empresas estrangeiras e construir, pelo menos, dois grandes hotéis. O director de investigação da consultora Tospur, Zhang Hongwei, destaca as dificuldades das condições exigidas às empresas interessadas no projecto, assim como o preço pedido pelo terreno. “Ainda para mais nesta altura, em que o acesso a capital está apertado”, aponta Zhang citado pelo South China Morning Post. O analista considera que o terreno pode ser atractivo para investidores estrangeiros, incluindo de Hong Kong. O director da Vincorn Consulting and Appraisal, Vincent Cheung, avança, também citado pelo jornal de Hong Kong, que New World Development and Sun Hung Kai Properties podem entrar na corrida. “São empresas que têm estado muito activas no Interior da China. Ambas têm as suas próprias marcas hoteleiras”, comenta o analista, acrescentando ser provável licitações por um grupo que reúna várias empresas.
João Luz PolíticaPonte HKZM | Coutinho reitera apelo a livre circulação de pessoas e bens [dropcap]J[/dropcap]osé Pereira Coutinho pretende que a Ponte HKZM ou “Ponte Fantasma”, como lhe chama, sirva melhor a população. Este é o mote de uma interpelação escrita que assina, reiterando o apelo para que sejam “levantados os entraves e eliminadas as burocracias para a livre circulação de pessoas, bens e mercadorias na ‘Ponte Fantasma’”. Não é a primeira vez que o deputado solicita o Executivo a agir neste sentido, mas como não obteve qualquer resposta voltou à carga dando o exemplo europeu como referência. “Na União Europeia composta por 28 países soberanos foi há longos anos adoptada uma política de comunicabilidade de circulação e de facilitação da vida de 28 povos”, escreve antes de perguntar porque não se consegue a livre circulação de pessoas, bens e mercadorias na Ponte HKZM. Pereira Coutinho acusa ainda a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego de “enriquecimento sem justa causa” devido às licenças para circular na ponte. “Vai o Governo devolver as 29 mil patacas cobradas anteriormente aos proprietários dos veículos autorizados pela primeira vez a circular na referida ponte por neste momento serem somente cobradas mil patacas?”, questiona. Outro assunto abordado por Pereira Coutinho na interpelação escrita é um “déjà vu” de outra interpelação assinada em 22 de Julho: a utilização dos parques de estacionamento junto ao Posto Fronteiriço da Ponte, construídas “a custo do erário público”. O deputado refere o “contínuo desperdício na utilização dos 6089 parques de estacionamento” e o “abandono e desuso do megaparque”, apelando a que seja destinado aos residentes da zona norte de Macau, “incluindo os que pretendem estacionar os seus veículos para deslocarem a Zhuhai”.
João Luz PolíticaPonte HKZM | Coutinho reitera apelo a livre circulação de pessoas e bens [dropcap]J[/dropcap]osé Pereira Coutinho pretende que a Ponte HKZM ou “Ponte Fantasma”, como lhe chama, sirva melhor a população. Este é o mote de uma interpelação escrita que assina, reiterando o apelo para que sejam “levantados os entraves e eliminadas as burocracias para a livre circulação de pessoas, bens e mercadorias na ‘Ponte Fantasma’”. Não é a primeira vez que o deputado solicita o Executivo a agir neste sentido, mas como não obteve qualquer resposta voltou à carga dando o exemplo europeu como referência. “Na União Europeia composta por 28 países soberanos foi há longos anos adoptada uma política de comunicabilidade de circulação e de facilitação da vida de 28 povos”, escreve antes de perguntar porque não se consegue a livre circulação de pessoas, bens e mercadorias na Ponte HKZM. Pereira Coutinho acusa ainda a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego de “enriquecimento sem justa causa” devido às licenças para circular na ponte. “Vai o Governo devolver as 29 mil patacas cobradas anteriormente aos proprietários dos veículos autorizados pela primeira vez a circular na referida ponte por neste momento serem somente cobradas mil patacas?”, questiona. Outro assunto abordado por Pereira Coutinho na interpelação escrita é um “déjà vu” de outra interpelação assinada em 22 de Julho: a utilização dos parques de estacionamento junto ao Posto Fronteiriço da Ponte, construídas “a custo do erário público”. O deputado refere o “contínuo desperdício na utilização dos 6089 parques de estacionamento” e o “abandono e desuso do megaparque”, apelando a que seja destinado aos residentes da zona norte de Macau, “incluindo os que pretendem estacionar os seus veículos para deslocarem a Zhuhai”.
Hoje Macau PolíticaPonte HKZM | Residente de Macau interrogado pela polícia de HK [dropcap]E[/dropcap]stou a voltar para a minha casa, em Macau”. Esta frase foi repetida várias vezes por um residente da RAEM face às insistentes solicitações da polícia da região vizinha quando o autocarro em que seguia estava prestes a chegar ao posto fronteiriço da ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau. Segundo uma publicação na página de Facebook “Macau Buses and Public Transport Enthusiastic”, quando o transporte público se aproximava do posto fronteiriço foi interceptado pelas autoridades de Hong Kong. Nessa altura, foi exigido ao residente de Macau a apresentação do documento de identificação. Após mostrar o BIR de Macau, os agentes da polícia pediram identificação de Hong Kong, algo que o residente não tinha. Em vez disso, apresentou a senha do registo de entrada no território vizinho. Foi nessa altura que os agentes da autoridade de Hong Kong perguntaram qual a razão que tinha para se deslocar a Macau. Após a repetida resposta, os agentes autorizaram que o residente regressasse ao interior do autocarro e permitiram que o veículo continuasse o percurso até à RAEM. É referido ainda na publicação do “Macau Buses and Public Transport Enthusiastic”, um grupo dedicado aos transportes públicos, que os residentes de Macau evitem viagens a Hong Kong, a menos que sejam estritamente necessárias, e que mantenham a calma se forem abordados pela polícia. O grupo alerta ainda para os residentes não perderem a senha do registo de entrada no território vizinho e que podem sempre recorrer aos serviços do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo.
Hoje Macau PolíticaPonte HKZM | Residente de Macau interrogado pela polícia de HK [dropcap]E[/dropcap]stou a voltar para a minha casa, em Macau”. Esta frase foi repetida várias vezes por um residente da RAEM face às insistentes solicitações da polícia da região vizinha quando o autocarro em que seguia estava prestes a chegar ao posto fronteiriço da ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau. Segundo uma publicação na página de Facebook “Macau Buses and Public Transport Enthusiastic”, quando o transporte público se aproximava do posto fronteiriço foi interceptado pelas autoridades de Hong Kong. Nessa altura, foi exigido ao residente de Macau a apresentação do documento de identificação. Após mostrar o BIR de Macau, os agentes da polícia pediram identificação de Hong Kong, algo que o residente não tinha. Em vez disso, apresentou a senha do registo de entrada no território vizinho. Foi nessa altura que os agentes da autoridade de Hong Kong perguntaram qual a razão que tinha para se deslocar a Macau. Após a repetida resposta, os agentes autorizaram que o residente regressasse ao interior do autocarro e permitiram que o veículo continuasse o percurso até à RAEM. É referido ainda na publicação do “Macau Buses and Public Transport Enthusiastic”, um grupo dedicado aos transportes públicos, que os residentes de Macau evitem viagens a Hong Kong, a menos que sejam estritamente necessárias, e que mantenham a calma se forem abordados pela polícia. O grupo alerta ainda para os residentes não perderem a senha do registo de entrada no território vizinho e que podem sempre recorrer aos serviços do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo.
João Santos Filipe PolíticaPonte HKZM | Hong Kong reticente em facilitar vida a utilizadores de Macau Os carros com matrícula de Hong Kong podem estacionar sem entrar na RAEM, inverter o sentido de marcha e apenas precisam de uma matrícula física. O mesmo não se verifica com as viaturas de Macau. Os deputados responsabilizam o Governo de Carrie Lam pelo tratamento desigual [dropcap]O[/dropcap]s condutores de Macau vão continuar a receber um tratamento diferenciado face aos de Hong Kong no que diz respeito à instalação de chapas de matrículas nos automóveis. A situação só pode mesmo ser alterada caso o Executivo de Carrie Lam decida mexer-se, segundo as conclusões de um relatório da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública, que foi revelado ontem. Actualmente os veículos de Hong Kong que circulam na ponte podem entrar em Macau apenas com a chapa de matrícula da RAEHK. Na RAEM há um mecanismo de reconhecimento electrónico que associa a matrícula física de Hong Kong a uma matrícula electrónica de Macau e dispensa a chapa de metal. Porém, o mesmo não acontece para os locais que queiram circular em Hong Kong, que ainda precisam da chapa de metal da RAEHK. Os deputados gostavam de ver a situação alterada e revelaram a apresentação de queixas por parte de cidadãos, mas só o Governo de Hong Kong pode fazer a diferença. É pelo menos esta a explicação do Executivo de Chui Sai On perante a comissão presidida por Si Ka Lon. “O Governo de Macau está a assumir uma postura activa para tentar conquistar tratamento igual por parte do Governo de Hong Kong, no sentido de implementar o mais rápido possível tratamento igual para os veículos de Macau quer circulam na zona urbana de Hong Kong, obtendo a dispensa da exigência de afixação da chapa de matrícula de Hong Kong”, é revelado no relatório publicado ontem. “Porém, a concretização deste objectivo depende apenas de Hong Kong”, é frisado. A questão não é totalmente nova e o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, já havia deixado críticas ao Governo de RAEHK, em Maio deste ano. Na altura estava em causa a construção de uma zona na região vizinha para que as viaturas de Macau, que não têm autorização para entrar em Hong Kong, poderem inverter a marcha, parar e apanhar passageiros. É ainda pedido um estacionamento para viaturas de Macau na RAEHK. Importa salientar que as exigências do lado de Macau já são disponibilizadas na RAEM aos condutores de Hong Kong. Anseios da população Si Ka Lon admitiu que o tratamento igual é uma ambição da população e dos deputados. Mas o relatório da comissão revela que não há calendário para alterar a actual situação. “Segundo a resposta de Hong Kong, as respectivas instalações complementares ainda não foram aperfeiçoadas. Ambas as partes vão manter-se em contacto para continuar a discutir soluções viáveis, mas, por enquanto, ainda não existe uma data para a conclusão das referidas instalações”, consta no relatório. “A proposta de construção […] ainda está em fase de discussão e vai ser preciso tempo quer para se chegar a um consenso entre as partes quer para a conclusão das correspondentes obra”, é esclarecido. Outro aspecto discutido é o facto de os carros de Macau terem de pagar 30 mil patacas para circularem em Hong Kong. Os deputados consideram o preço alto, mas a Direcção de Serviços para os Assuntos de Tráfego explicou que o preço está relacionado com a burocracia. Por outro lado, segundo o Executivo de Macau, o pagamento de 30 mil patacas faz com que os condutores da RAEM nunca precisem de se deslocar à REAHK para tratar da documentação. Os deputados pediram ao Governo para ponderar baixar o preço, fazendo com que sejam as pessoas a deslocarem-se a Hong Kong para tratar das burocracias da RAEHK. Os deputados pediram também ao Governo um aumento do número das quotas para utilização da ponte por viaturas de Macau. Actualmente, há 600 quotas para viaturas da RAEM. Auto-silos “às moscas” No lado de Macau, os dois parques de estacionamento da Ponte HKZM têm uma taxa de utilização inferior a 10 por cento. Segundo os dados fornecidos pelo Governo à Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública o denominado Auto-Silo Oeste tem 5.152 lugares disponíveis e uma utilização diária entre 5 e 6 por cento, equivalente a 258 viaturas e 309 viaturas. No que diz respeito ao Auto-Silo Leste a capacidade é de cerca de 3.000 lugares e a ocupação de 7 por cento, o que representa 235 veículos particulares. Nas horas de maior utilização, o Auto-Silo Leste recebe 565 veículos.
Raquel Moz PolíticaPonte HKZM | Deputados questionam baixa utilização dos estacionamentos A nova ligação rodoviária entre Macau e Hong Kong, aberta há seis meses, ainda está muito aquém do potencial, com a ocupação dos estacionamentos de Macau abaixo dos 10 por cento e ainda à espera de uma solução para se poder parar o carro do lado de lá [dropcap]A[/dropcap] Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da Administração Pública da Assembleia Legislativa reuniu ontem para fazer o ponto de situação sobre o funcionamento da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM). A fraca utilização das novas instalações transfronteiriças foi um dos assuntos em debate sendo o Governo questionado sobre as negociações em curso com as autoridades vizinhas. As questões relacionadas com o estacionamento – a mais em Macau e a menos em Hong Kong – das viaturas particulares com licença de circulação, foram o principal tema apresentado e discutido. À excepção dos transportes públicos, todas as viaturas que fazem o percurso entre Macau e Hong Kong têm que passar a fronteira à chegada, não podendo apenas largar ou recolher passageiros e inverter a marcha para regressar. Ou seja, não existe qualquer parque de estacionamento previsto pela RAEHK para os veículos de Macau, mesmo tendo sido esse um pedido recorrente da RAEM durante toda a fase de construção da ponte, informou o secretário para os Transportes e Obras Públicas de Macau, Raimundo do Rosário. A situação, que actualmente tem vindo a ser negociada com o Executivo de Hong Kong, vai no sentido de um compromisso provisório, enquanto não for viável a construção de um parque para o efeito. “As pessoas de Macau podem circular na ponte, mas do lado de Hong Kong não há um estacionamento. Só que fazer um estacionamento agora também leva o seu tempo e, neste momento, estamos a conversar com Hong Kong no sentido de, com a brevidade possível, haver um ponto para tomada e largada de passageiros, isto é, nós podermos chegar lá, largar uma pessoa e depois, ao fim do dia, voltar ao local e apanhar essa pessoa. Achamos que isso, seguramente, será mais fácil de realizar do que o estacionamento, que seria uma coisa mais a médio e longo prazo, porque tem que se fazer o projecto, as obras, etc.”, revelou o secretário à saída do encontro. Do lado de cá, a solução foi acautelada em tempo útil pelo Governo local, já que se construíram na ilha artificial dois auto-silos, com capacidade para 3 mil lugares cada, um para estacionamento das viaturas dos residentes, aquém do posto fronteiriço, e outro para estacionamento dos visitantes, além fronteira. Os veículos não necessitam de entrar no território, até porque a quota de licenças é limitada à entrada de 300 viaturas de Hong Kong. No entanto, existem 65 mil veículos vizinhos com licença para circular na ponte e entrar em Zhuhai, podendo igualmente viajar até Macau, desde que estacionem e os ocupantes atravessem a fronteira a pé. Esta situação, que evita a sobrelotação do tráfego para as dimensões do território, ainda não foi explorada em massa pelos cidadãos da RAEHK. Os deputados questionaram, por isso, a baixa taxa de utilização dos dois parques de estacionamento, que integram uma obra que custou ao erário público milhares de milhões de patacas. Desde Outubro de 2018, quando inaugurou a Ponte HKZM, a média de ocupação diária dos parques vinha sendo de 2 por cento, tendo evoluído devagar até ao passado mês de Abril, em que atingiu os 7 por cento. O pico máximo de ocupação aconteceu no dia 20 de Abril, quando estacionaram no auto-silo de leste 565 viaturas. Mas existem outros 90 por cento por preencher. Uma das críticas apontadas pelos deputados para o aparente insucesso destas estruturas era a necessidade de reservar o lugar de estacionamento com uma antecedência prévia de 12 horas, o que veio a ser encurtado para 6 horas, desde o dia 1 de Abril. O Governo acredita ter havido uma visível melhoria, com esta medida, e prepara-se em breve para encolher o prazo de antecedência de reserva para apenas uma hora. Actualmente, existem 11.800 viaturas registadas para utilizar os auto-silos de Macau, provenientes de Hong Kong. Se o afluxo à ilha artificial vier a aumentar de modo exponencial e nos dois sentidos, contando também com as 600 viaturas de Macau autorizadas a entrar em Hong Kong, levanta-se outro problema: o acesso rodoviário ao posto transfronteiriço, que por enquanto é apenas um, pela nova zona de aterros de Macau. A Comissão informou que a criação de uma passagem superior, com saída na Rua dos Pescadores, é um projecto anunciado já pelo Governo, a pedido de muitos deputados, para evitar o congestionamento do trânsito existente na rotunda da Pérola Oriental, e que vai ter ligação à ilha artificial. Seguros iguais para todos A Comissão discutiu ainda a diferença entre os seguros automóveis nas três cidades do Delta do Rio das Pérolas, situação que levanta dúvidas legais sobre a protecção dos passageiros em caso de acidentes sobre a Ponte. “Cada região tem as suas regras de seguros e tipos diferentes de cobertura. Em Hong Kong, o valor de cobertura do seguro é de 100 milhões, em Macau é de 1,5 milhões e em Zhuhai é de 120 mil. O Governo afirmou que quer discutir esta questão do seguro com os dois Governos parceiros, para tentar uniformizar os valores e taxas de seguro, ou mesmo criar um seguro único”, adiantou Si Ka Lon. A ligação de transportes públicos entre Macau e o Aeroporto Internacional de Hong Kong continua a estar na mesa das negociações com o território vizinho, embora ainda sem calendarização à vista, bem como o aumento da quota de licenças para a circulação de mais viaturas locais na Ponte HKZM, adiantou Raimundo do Rosário. “Temos neste momento, em Macau, 110 a 120 mil carros. Portanto, 600 licenças é muito pouco e a ponte tem capacidade para muito mais. Queremos, passo a passo, ir aumentando esta quota”, reforçou.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Autocarros entre Macau e aeroporto de Hong Kong para breve [dropcap]E[/dropcap]m resposta a interpelação do deputado Ho Ion Sang, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) revelou estar para breve a ligação directa, de autocarro, entre o posto fronteiriço de Macau da Ponte HKZM e o Aeroporto Internacional de Hong Kong. As rotas de autocarros vão ser supervisionadas pelas autoridades de ambas as regiões administrativas especiais e, de acordo com a DSAT, o Executivo de Carrie Lam já estará a afinar detalhes logísticos. Outro detalhe revelado pela DSAT, e citado pela Macau News Agency, indica que o parque de estacionamento leste do posto fronteiriço de Macau da Ponte HKZM teve uma ocupação de 0,74 por cento do total da capacidade, enquanto o parque oeste registou cerca de 3 por cento. Face à fraca afluência aos espaços de estacionamento, as autoridades de Hong Kong reduziram o tempo mínimo de permanência no parque de 12 para 6 horas, enquanto Macau continua a exigir a reserva mínima de 12 horas. A DSAT justifica a fraca afluência nos parques de estacionamento com o facto de mais de 80 por cento dos visitantes que chegam a Macau através da Ponte HKZM o fazerem de autocarro.
Hoje Macau SociedadePonte HKZM | Transportadora diz que regras vagas impedem maior fluxo de mercadorias [dropcap]O[/dropcap] responsável de uma transportadora asiática afirmou que o fluxo de mercadorias na nova ponte que liga Hong Kong, Macau e Zhuhai, na China, continua a ser reduzido devido às regras “pouco claras” estabelecidas por Pequim. Em entrevista ao jornal de Hong Kong South China Morning Post (SCMP), George Yeo adiantou que a sua empresa vai esperar por regras mais claras antes de decidir se vai utilizar a ponte, um marco do projecto de integração regional da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Actualmente, a circulação na ponte está sujeita a quotas, pelo que os veículos não podem circular livremente. “Os detalhes são muito importantes. Neste momento, temos apenas uma ideia geral [do plano da Grande Baía]. Agora temos de ir aos pormenores”, disse o director executivo da Kerry Logistics, com sede em Hong Kong. “Ainda há muito pouca carga a atravessar [a ponte] porque as regras não estão claramente estabelecidas com as autoridades aduaneiras”, frisou o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura. Desde que a ponte com uma extensão total de 55 quilómetros abriu, em Outubro passado, o número reduzido de carros privados e de camiões a fazerem a travessia tem sido um tema central de discussão. A infra-estrutura, considerada a maior travessia marítima do mundo, levantou a esperança de que o movimento de mercadorias entre as cidades do Delta do Rio das Pérolas aumentasse exponencialmente. No entanto, em Fevereiro último, não chegaram a 3.500 os veículos de transporte de mercadorias na ponte, de acordo com dados oficiais da autoridade que gere a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Um mês depois da abertura, a mesma autoridade admitiu que o trânsito ficou “aquém das expectativas” e que existe “grande espaço” para aumentar o fluxo de veículos. O documento das “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau” foi divulgado no mês passado pelo Governo central chinês. Até 2022, a Grande Baía deverá converter-se num ‘cluster’ de classe mundial e, até 2035, numa área de excelência a nível internacional.