Hoje Macau SociedadeArquitectura | Nuno Soares eleito secretário-geral da CIALP Nuno Soares foi eleito secretário-geral do Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP) para o triénio 2023-2026. A eleição aconteceu durante a Assembleia Geral do CIALP no 25º Encontro do Conselho, em Foz do Iguaçu, Brasil, a 17 de Novembro de 2023. Também Francisco Ricarte foi escolhido membro do Conselho Fiscal, para o triénio 2023-2026. Anteriormente, Rui Leão desempenhou as funções de presidente do Conselho Directivo nos anos 2017-2019 e 2019-2023. O CIALP serve de plataforma para mais de 250,000 arquitectos de língua portuguesa, representados pelos delegados das associações profissionais dos respectivos países e territórios, um universo que engloba cerca de 250 milhões de falantes de português. A organização conta com membros espalhados por quatro continentes, em nove países e territórios, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, e São Tomé e Príncipe, e Macau.
Andreia Sofia Silva EventosArte Macau | “Intertwine”, o pavilhão que também olha para o futuro É hoje inaugurado, às 18h, o pavilhão de bambu construído pelos finalistas do curso de arquitectura da Universidade de São José. O projecto “Intertwine” integra a edição deste ano da Bienal Internacional de Arte de Macau e, além de recorrer a uma técnica tradicional de construção em bambu, traz também inovação e um olhar sobre o futuro O campus da Universidade de São José (USJ), na Ilha Verde, recebe hoje um novo pavilhão inteiramente construído em bambu pelos alunos finalistas do curso de arquitectura. “Intertwine” celebra não só as técnicas tradicionais de construção de andaimes em bambu no sector da construção civil mas acrescenta-lhe ainda técnicas inovadoras, conforme contou ao HM o arquitecto Nuno Soares, coordenador do projecto. “Todos os anos, desde 2013, que fazemos um pavilhão de bambu em que são usadas as técnicas tradicionais juntamente com novas técnicas digitais e a criatividade dos nossos alunos. Neste caso, o exterior do pavilhão entrelaça-se com o interior e é usado um material tradicional, mas cria-se uma forma e existência especial muito dinâmicas, fluídas e inovadoras.” O projecto “Intertwine” integra a edição deste ano da Bienal Internacional de Arte de Macau, algo que para Nuno Soares constitui uma boa oportunidade para os alunos mostrarem aquilo que valem antes de integrarem o mercado de trabalho. “Este é o último projecto antes de se licenciarem, e queremos que saiam em grande e que acabem o curso com um projecto de excelência. Este tem grandes dimensões, [é feito] com uma técnica construtiva original e é o momento em que os alunos conseguem fazer o projecto do início ao fim num curto período de tempo, uma vez que normalmente os projectos de arquitectura demoram meses a ficarem concluídos.” Pátio com céu “Intertwine” não é mais do que um pátio onde, quando se entra, se vê o céu. Além de já integrar uma exposição, a ideia é que este pavilhão possa também receber outro tipo de eventos. “Temos uma chamada para projectos onde diferentes organismos dentro da USJ e da comunidade à volta podem fazer eventos. Não queremos que seja uma escultura mas sim um espaço usado pela comunidade académica e envolvente. Estamos a convidar a cidade para entrar no campus da USJ e trocar ideias com a comunidade académica”, explicou o arquitecto. Nuno Soares considera o “Intertwine” “aliciante”, uma vez que permite “olhar para uma técnica que todos conhecemos no nosso quotidiano e ver que pode ser usada para criar uma arquitectura inovadora ou pode ser levada para o futuro”. Para o arquitecto, construir com bambu é recorrer “a um elemento do passado que tem muito futuro ainda”. Mas há também uma ideia de sustentabilidade em torno deste pavilhão, uma vez que “o bambu vai continuar a ser usado depois”. “Há também uma mensagem de reutilização e de sustentabilidade, e que é uma das marcas do curso de arquitectura”, adiantou. O pavilhão de bambu “Intertwine” pode ser visitado ou utilizado pela comunidade até ao dia 28 de Setembro de segunda-feira a sábado das 9h às 19h.
Andreia Sofia Silva EventosTEDX Senado Square | Edição deste ano é online e acontece a 9 de Agosto A edição deste ano do TEDX Senado Square acontece no dia 9 de Agosto entre as 14h e 16h numa versão online. Venus Loi, promotora do evento, diz que a lista de inscrições já excedeu as expectativas. Painel de convidados conta com a presença do arquitecto português Nuno Soares e de Kitty Choi, que, a partir de Hong Kong, falará sobre sexualidade e relações, entre outras personalidades [dropcap]A[/dropcap] pandemia da covid-19 ditou que a edição deste ano do painel de debates do TEDX Senado Square seja online, mas nem por isso menos diverso. O evento acontece no dia 9 de Agosto, domingo, entre as 14h e 16h e já é conhecido o programa deste ano que se pauta, acima de tudo, pela diversidade, conforme explicou Venus Loi, promotora do evento, ao HM. “Tentámos obter alguma diversidade. Alguns oradores falam de questões pessoais e outros falam também do desenvolvimento da cidade de uma maneira geral. Temos diferentes ângulos e espero que possamos partilhar boas ideias nesta altura de pandemia.” Nuno Soares, arquitecto português, é um dos convidados e irá abordar o tema do desenvolvimento urbanístico do território. Derek Wong, professor da Universidade de Macau, irá apresentar o seu projecto da máquina de tradução automática de chinês para português e de português para chinês. “Ele tem vindo a trabalhar neste projecto nos últimos 14 anos e ganhou vários prémios internacionais. Penso que esta é uma boa oportunidade para deixar as pessoas saberem que também temos boas invenções em Macau”, disse Venus Loi. Segue-se Kitty Choi, mestranda em psicologia pela Universidade de Hong Kong e directora da Sticky Rice Love, uma plataforma onde jovens podem discutir sobre sexualidade e relações amorosas. Com esta entidade, Kitty Choi promove também a educação sexual em Hong Kong. “Não nos queremos focar num tema em específico e queremos ter uma variedade de tópicos para discussão”, adiantou a promotora do TEDX Senado Square. “Temos o arquitecto que irá falar sobre o planeamento urbanístico e o desenvolvimento da cidade, e temos uma educadora de Hong Kong que vai abordar muitas questões que os jovens de hoje em dia têm em relação à sexualidade e relações. Teremos também uma convidada [Daisy Ma] que o ano passado viajou até ao Nepal e que irá partilhar connosco algumas das experiências que viveu, nomeadamente as questões ambientais com as quais se deparou durante essa viagem.” Música incluída O cartaz da edição deste ano do TEDX Senado Square fica completo com mais duas convidadas de Hong Kong, Cintia Nunes e Dorothy Lam. Juntas criaram a Dream Impact 2.0, focada no conceito de lugar de trabalho partilhado e na criação de uma comunidade de empreendedores e de startups com recursos e impacto social. As duas oradoras “vão revelar a experiência de empreededorismo social e de inovação porque trabalham nesta área há muito tempo”, explicou Venus Loi. “Pode-se encontrar um equilíbrio entre uma organização não-governamental e um modelo de negócio, mas Macau não está tão desenvolvido como Hong Kong neste âmbito. É um conceito novo para o território e queremos mostrar isso”, adiantou a responsável pelo evento. Para já, a adesão do público ao TEDX Senado Square parece ser muita. “A nossa lista de registos está acima das expectativas neste momento. Esta não está limitada a pessoas de Macau, embora Macau seja sempre a nossa prioridade em termos de público.” Além dos discursos e debates, o evento conta também com a presença musical do DJ Akitsugu Fukushima e espectáculo com uma associação de dança. Mesmo com os desafios da pandemia, Venus Loi assume querer continuar a organizar este evento anual, procurando captar novos membros para a edição de 2021.
Hoje Macau SociedadeCURB integra Aliança de Designers Urbanos da Grande Baía [dropcap]U[/dropcap]ma associação de Macau ligada a projectos de arquitectura, liderada por Nuno Soares, integrou uma aliança de organizações para melhorar o espaço urbano no projecto da Grande Baía. “O objectivo é muito claro: promover a qualidade do desenho urbano, planeamento urbano, da arquitectura da Grande Baía e fazer com que as populações e os governos dêem mais valor à qualidade do planeamento urbano no desenvolvimento das cidades”, disse à Lusa o presidente do CURB – Center for Architecture and Urbanism, o arquitecto Nuno Soares. Na quarta-feira, a organização não-governamental criada em Macau em 2014 para promover pesquisa, educação, produção e disseminação de conhecimento nas áreas de arquitectura, urbanismo, design e cultura urbana integrou a fundação da Aliança de Designers Urbanos da Grande Baía (GBAUDA, na sigla em inglês). A cerimónia de assinatura dos cinco institutos fundadores teve de ser feita ‘online’, devido às contingências da covid-19, e contou com a participação da Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam. “Esta aliança surge num contexto de desenvolvimento urbano estratégico desenvolvido pelo Governo Central da China de fazer com que esta zona do Rio das Pérolas passe a ser a Grande Baía”, explicou Nuno Soares. Contexto esse que criou a necessidade de se criarem políticas e colaborações entre as várias cidades, acrescentou. No futuro, frisou o arquitecto português, “estas cidades vão ter um planeamento coordenado (…) vão ser criadas bastantes sinergias e interdependências e isso vai espoletar uma série colaborações ao nível da academia, institutos profissionais”. Esta ‘aliança’ surge por isso mesmo: “instituições profissionais no campo do desenho urbano da Grande Baía que resolveram juntar-se, fazer uma aliança, para com isso promoverem a qualidade do espaço urbano, desenho urbano, na Grande Baía”. Muito no pouco Neste momento, a associação conta com representantes de cinco das 11 cidades, mas o objectivo é alargar a cooperação aos restantes territórios, sublinhou Nuno Soares. O arquitecto português explicou ainda que o objectivo da GBAUDA não é uniformizar a arquitectura na Grande Baía, mas sim dar mais importância ao espaço público. “Cada uma das cidades vai continuar a ter a sua idiossincrasia e a sua especificidade”, disse. Nuno Soares acredita que Macau tem condições para se promover um desenvolvimento urbano de excelência, apesar das limitações impostas pela elevada densidade populacional. Macau cresceu muito em termos económicos e em Produto Interno Bruto, disse, “mas não melhorou ainda a qualidade de vida. Acho que Macau tem de se concentrar em melhorar a qualidade de vida”. Mais espaços verdes, melhores transportes, melhores espaços públicos, deve ser o foco, concluiu.