GPM | André Pires não foi convidado para a prova de Motos

Foi com enorme surpresa que André Pires recebeu a notícia de que não foi convidado para participar na 55.ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau. O piloto de licença portuguesa com mais participações na prova de duas rodas do Grande Prémio de Macau era uma presença assídua na prova desde 2013

 

André Pires explicou ao HM que contactou a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC), a entidade responsável pela parte desportiva do Grande Prémio, e ficou a saber que o seu nome não constava da lista de pilotos seleccionados para a prova, isto por não ter participado este ano nas corridas britânicas North West 200 e Isle of Man TT. Embora os critérios de selecção não sejam do domínio público, a participação nestas provas será um dos principais critérios de selecção.

Com oito presenças no Grande Prémio de Motos de Macau, André Pires confirmou ao HM que lhe foi dito que o seu nome está na lista de reservas e que ainda poderá ser considerado caso apareça uma vaga provocada por uma desistência ou um convite rejeitado.

“É com muita tristeza que recebi a notícia, depois de ter participado oito vezes no Grande Prémio de Macau e de ser o piloto de estrada com mais experiência em Portugal. Além disso, fiquei em 7.º lugar na edição de 2022, e competi no passado com pilotos de estrada experientes que vão às principais provas da especialidade”, referiu ao HM o piloto luso de 34 anos.

André Pires não coloca em causa os critérios de selecção da AAMC, mas lamenta a decisão, pois “sempre fui muito apoiado e acarinhado em Macau. Acredito que a comunidade portuguesa em Macau também vai sentir a falta de um piloto português no paddock na prova de motos. Esta alteração de normas vai penalizar-me a mim e aos pilotos portugueses no futuro.”

O piloto de Vila Pouca de Aguiar foi um dos quinze pilotos que aceitou participar no 69.º Grande Prémio de Macau, no ano passado, mesmo estando sujeito a uma quarentena de duas semanas, tendo terminado a corrida no 7.º lugar, o seu melhor resultado da prova. Aliás, o piloto português foi um dos poucos pilotos que esteve ao lado do AAMC quando a federação nacional da RAEM tentou, em vão, organizar o Grande Prémio de Motos em 2020 e 2021.

Rude golpe

O Grande Prémio de Macau nasceu em 1967, mas a primeira participação de pilotos provenientes de Portugal só aconteceu em 1986, com a presença de Joe Domingues e Pedro Baptista. Desde dessa data até aos dias de hoje, a presença lusitana nas corridas de motos tem sido praticamente ininterrupta. Mas com os critérios da agora única prova de motociclismo no programa do Grande Prémio a obrigarem a presença nas “clássicas” britânicas do “road racing” internacional, a participação dos pilotos portugueses tem-se diluído.

Na pretérita semana, o Macau Daily Times adiantou a informação de que só os quatro primeiros classificados da prova de motociclismo de 2022, assim como a holandesa Nadieh Shoots, foram convidados para a edição de 2023. A confirmar-se, o experiente português nascido na África do Sul e residente no Algarve, Sheridan Morais, que foi o terceiro classificado em 2022, mas que também não participou nas supracitadas provas este ano, poderá ser o único piloto a representar Portugal na prova.

15 Set 2023

Morte e vida nas estradas

As notícias na semana passada indicavam que em Portugal se tinham registado mais mortes do que em qualquer dos últimos anos. É o óbvio. Na Saúde encerram-se urgências e serviços de obstetrícia, nos centros de saúde respondem que não há médicos de família, nos hospitais aguarda-se por tratamento nos corredores. Em certos hospitais os cidadãos já aguardaram 20 horas para serem atendidos.

Chegámos ao ponto de Portugal ter registado o maior número de mortes de sempre num só dia. Na quarta-feira passada, os registos deram conta de 721 óbitos em todo o país sendo o número mais alto desde que há registos e quase o dobro da média diária habitual. Destes 721 mortos registados, 221 foram atribuídos à pandemia. Porém, as estatísticas mostram que nesse mesmo dia, morreram mais 500 pessoas sem ser por Covid – o que pode resultar de um agravamento geral das condições de saúde em Portugal.

Mas, na nossa análise o número de mortes é devido, em grande percentagem, aos acidentes de carro e de moto. Jovens que acabam de comprar um carro desportivo que pode atingir 250 kms/hora, pegam no volante e aceleram sem terem o mínimo de preparação para conduzir a grande velocidade. Quanto a motos é uma desgraça, não havendo uma semana em que não fique uma família de luto. O problema básico é que nas escolas não existe uma disciplina sobre as regras e a sensibilização para quando o estudante tirar a carta de condução.

Não existem escolas de condução de carros e de motos onde os condutores sejam confrontados com curvas perigosas e que possam aprender a dominar o veículo que tiverem nas mãos. Para a Guarda Nacional Republicana o número de acidentes com motociclistas é assustador. Os condutores de moto representam um terço das mortes nas estradas.

Isto é trágico. Normalmente, rapaziada jovem com idade aproximada dos 20 anos. Da auditoria à sinistralidade rodoviária do ano de 2021 até 30 de Setembro, verifica-se que cerca de 10 por cento dos acidentes envolveram veículos de duas rodas a motor.

Uma vez que os condutores de veículos de motos são um grupo de risco porque as consequências dos acidentes com estes veículos são normalmente mais gravosas, e prevendo-se um elevado fluxo de veículos de duas rodas a motor em direcção ao Algarve para acompanhar a corrida de MOTO GP, a GNR irá desenvolver iniciativas de sensibilização em algumas áreas de serviço de norte a sul do país e nas imediações do Autódromo de Portimão.

Mas, é preciso salientar algo de muito importante: milhões de motos rolam nas estradas de todo o mundo. Existem grupos organizados que, por exemplo, levam 30 mil amantes das motos anualmente à concentração de Faro.

Para milhares não há nada melhor do que conduzir uma moto e desde que se saiba conduzir, que se seja cuidadoso e concentrado, penso que a moto não é o mal do planeta. Vimos os circuitos do campeonato de MOTO GP completamente esgotados e a loucura por motos é universal. O que se pede é que os amantes das motos não façam das estradas autênticas pistas quando não têm experiência para conduzir um “motão”.

Em Portugal tem sido uma tragédia também, e é importante referir, o facto de as estradas serem um caminho de cabras ou uma passadeira de buracos, com a agravante de as bermas não estarem tratadas e na maioria das rodovias as bermas tem terra ou areia, o que leva, ao mínimo deslize do condutor, à sua queda e, por vezes, ao acidente fatal.

A segurança nas estradas é o factor mais importante para a redução dos acidentes mortais. E essa segurança começa pelos próprios automobilistas que nem sequer olham para os retrovisores e espelhos laterais provocando desse modo que no momento que uma moto se aproxime para ultrapassar, esse automobilista comete o “crime” de efectuar uma ultrapassagem. Obviamente, que num caso destes o motociclista não tem nada a fazer do que despistar-se para fora da estrada. A moto, por representar liberdade, é que não merece que os inconscientes estraguem a imagem de uma actividade que poderia perfeitamente ser de felicidade. Boa viagem.

22 Ago 2022

Homem danifica seis motas estacionadas ilegalmente e entrega-se à polícia

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m homem de 50 anos alcoolizou-se, na segunda-feira à noite, e danificou seis motas, que se encontravam estacionadas em cima do passeio, na Rua do Canal das Hortas. O acidente na zona do Toi San foi captado por uma câmara de vigilância de um estabelecimento local e colocado a circular nas redes sociais.

Horas depois do ocorrido, já durante a manhã de ontem, o residente entregou-se numa das esquadras das Polícia de Segurança Pública, confessou ser o autor dos danos e declarou estar disponível para compensar os lesados pelos prejuízos causados. A situação foi confirmada pela PSP, ao HM.

“O caso aconteceu ontem [na segunda-feira], por volta das 22h43, na Rua do Canal das Hortas. A polícia recebeu logo algumas denúncias de cidadãos a relatar a situação. Foram logo enviados agentes ao local para investigarem o caso”, contou, ontem, um porta-voz da PSP, ao HM.

“Mas hoje [ontem] de manhã o individuo apareceu na polícia de forma voluntária e confessou que tinha sido ele o responsável pela acção. Ele justificou o comportamento com a ingestão álcool e por ter problemas pessoais”, acrescentou a mesma fonte.

“Quando ele se apresentou de manhã mostrou-se disponível para assumir a sua responsabilidade e compensar os proprietários pelos danos causados nas motas”, sublinhou a fonte da PSP.

Acusação de dano

O caso vai agora ser entregue ao Ministério Público e o residente de 50 anos vai ser acusado da prática de um crime de dano. Este crime é punido com pena de prisão ou multa, mas está dependente de queixa. Caso seja levado a tribunal, a pena é atenuada se o arguido tiver reparado os danos causados até ao início da primeira sessão do julgamento.

No vídeo que começou a circular ontem pode ver-se o homem a dar pontapés em algumas motas e derrubar outras com as mãos. Também há um momento em que se eleva mesmo no ar, antes de pontapear um dos veículos.

Enquanto o acto decorre, o homem está acompanhado por uma mulher, que no final lhe bate com uma mala tiracolo. À PSP, o homem admitiu que a mulher que se vê nas imagens é uma familiar que também o repreendeu face ao ocorrido.

11 Jul 2018

GP | Daniel Hegarty morreu hoje depois de acidente na Curva dos Pescadores

Daniel Hegarty sofreu um acidente na Curva dos Pescadores, uma das zonas mais rápidas do Circuito da Guia.

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] piloto britânico Daniel Hegarty (Honda), que hoje sofreu um acidente a meio da prova no Grande Prémio de Motos de Macau, morreu na ambulância, quando seguia para o hospital, anunciou a comissão organizadora do evento.

“É com grande pesar que a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau informa que o corredor britânico sucumbiu aos ferimentos quando seguia na ambulância a caminho do Hospital Conde S. Januário”, informou o coordenador da Comissão Organizadora, Pun Weng Kun.

Hegarty, de 31 anos, foi retirado de ambulância depois de, às 16:04, a meio da prova, ter batido na barreira na Curva dos Pescadores, de acordo com o relatório de incidentes da organização.

Segundo Pun, o piloto “sofreu ferimentos graves” e foi de imediato transportado para o hospital.

“A comissão já contactou com a família e membros da equipa de Daniel garantindo que lhes será prestada toda a assistência. A Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau manifesta as mais sinceras condolências à família e amigos de Daniel”, disse o responsável, numa comunicação à imprensa sem perguntas.

Esta era a segunda participação de Hegarty no Grande Prémio de Macau.

Acidentes do passado

Desde 2012 que não se registavam fatalidades no Grande Prémio de Macau.

Nesse ano, o português Luís Carreira, de 35 anos, morreu após um despiste durante a qualificação, também na Curva dos Pescadores, a zona mais rápida do Circuito da Guia.

Um dia depois, o piloto de Hong Kong Phillip Yau, de 40 anos, morreu aos comandos de um Chevrolet Cruze, na Taça CTM, ao embater contra uma parede, na curva do Hotel Mandarim, quando seguia a mais de 200 quilómetros por hora.

Foi nesse local que em 2005 morreu o francês Bruno Bonhuil, aos 45 anos, durante o aquecimento para a corrida de motos.

Em 1994, também no Grande Prémio de Motos, o japonês Katsuhiro Tottiori morreu na segunda manga da prova.
O japonês seguia sozinho na recta entre a curva dos Pescadores e a curva R quando uma paragem violenta da moto, devido a um problema mecânico, o projectou para fora da pista, tendo embatido nas rochas junto ao mar e falecido no local.

Em 1967, Dodje Laurel, o piloto filipino que maior projecção internacional conquistou, perdeu a vida na curva do Clube Marítimo, hoje curva do Hotel Mandarim, depois de ter embatido num poste de iluminação pública, capotando o carro que se incendiou de imediato.

18 Nov 2017

51ª edição do Grande Prémio de Motos – Reedição de 2016

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] 51ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau vai ser uma reedição do confronto do ano transacto. Os três primeiros da corrida de 2016 – Peter Hickman, Michael Rutter e Martin Jessopp – assumem o papel de principais intervenientes na prova desta semana.

Este trio, que promete proporcionar um duelo memorável, está munido de BMW S1000RR, a mota de eleição na actualidade nas corridas de estrada. Hickman e Rutter farão equipa na SMT / Bathams, enquanto Jessopp montará pela Riders Motorcycle. Cada um deles tem um objectivo firme. Hickman quer chegar à terceira vitória em Macau, Rutter quer atingir o nono triunfo e Jessopp alcançar o seu primeiro, depois de ter subido ao pódio por cinco ocasiões.

Como acontece todos os anos, são vários os veteranos de Macau à partida, como Gary Johnson, Connor Cummins ou Horst Saiger. Contudo, segundo a imprensa especializada, há dois “novatos”, a ter em conta. Gleen Irwin, em Ducati 1199RS, já o ano passado deu nas vistas com a mota italiana, ao passo que Dean Harrison, em Kawasaki ZX10RR, que este ano vem a fazer uma fortíssima segunda metade de temporada, com triunfos no GP Uslter e na Classic TT.

Será nesta corrida que iremos encontrar o único piloto que representará Portugal no evento. André Pires já prepara o regresso a Macau onde vai tripular a Kawasaki ZX10R, preparada por uma equipa portuguesa, com que competiu ao longo da temporada. Apesar de uma preparação com limitações, o piloto transmontano ambiciona ficar classificado acima do 13º lugar, o seu melhor registo no território.

Para os que seguem com mais atenção esta corrida Grande Prémio certamente irão sentir a falta de nomes familiares como John McGuinness, que correu em Macau por 18 anos consecutivos, ou Ian Hutchinson, ambos ainda a recuperar de mazelas físicas, resultado de acidentes. Já Stuart Easton, outro ex-vencedor no Circuito da Guia, retirou-se das pistas no final do ano passado.

Segurança é prioridade

Quem ao vivo assiste pela primeira vez à única corrida de “duas rodas” do programa, fica deveras impressionado com as velocidades que os pilotos atingem entre os muros do Circuito da Guia. As corridas de motociclismo em circuitos de estrada são das mais perigosas entre as várias especialidades do desporto motorizado, e, como tal, em Macau, a segurança é levada à risca, apesar das particularidades do próprio circuito.

“Este é talvez o único evento nos tempos que correm que conjuga automóveis e motociclos no mesmo programa, sendo este basicamente um circuito montado para automóveis”, explicou ao HM Carlos Barreto, o Director de Corrida do Grande Prémio de Motos. “As medidas de segurança implementadas nos últimos anos, digamos a fase moderna do evento, foram na sua maioria para os automóveis e tendo em conta esses pressupostos, resta-nos trabalhar sobre o que existe, no sentido de assegurar as melhores condições possíveis para os pilotos dos motociclos.”

Há uma série de medidas suplementares que anualmente se implementam, procurando sempre manter uma articulação com a rotina diária da cidade, designadamente, “optimizar o pavimento nas zonas que carecem de reparação para não existirem diferenças no granulado e nas junções, “queimar” a sinalização horizontal rodoviária nas zonas mais críticas, como zonas de travagem, curvas rápidas, por exemplo, onde todos os anos há uma ou outra situação nova fruto do desenvolvimento da cidade”, refere o engenheiro de profissão, reforçando que existe  “um diálogo permanente com os pilotos, informando-os das condições do circuito, que podem alterar-se num mesmo dia.”

Tornar isto tudo possível não é tarefa fácil, visto que a prova da RAEM, ao contrário das principais corridas de “Road Racing”, como a Ilha de Man TT ou a NW200, tem que existir um entendimento com as entidades responsáveis pelas corridas de automóveis. “É necessário muito diálogo interno para se procurar conciliar as propostas da FIA e, por vezes, esse compromisso pode demorar um nadinha mais”, acentua Carlos Barreto, que dá como exemplo “a passadeira para peões ao início da Estrada de São Francisco que foi recolocada uns metros adiante e essa alteração, efectuada a título permanente em 2016, o que contribuiu para melhorar em termos de segurança esta zona do circuito para os pilotos de motociclos.”

Ao longo destes anos a prova do território manteve a sua elevada estima internacional e continua todos os anos a atrair os melhores pilotos da actualidade, no que respeita ao motociclismo de velocidade de estrada.  E isto não acontece por acaso. “Em primeiro lugar, a simpatia da equipa que organiza o evento, o espírito e o apelo da cidade, a atmosfera e a excitação sentida e vivida nesses dias, que podem ser longos, o programa social que lhes é preparado e que serve para promover os pilotos e as equipas nesta parte do globo, a crescente cobertura pelos “media” especializados de todo o mundo”, a que se alia “a glória de conquistar este circuito, um circuito exigente e que pelas suas características constitui um grande desafio à capacidade e adrenalina desses pilotos.”

Apesar de todas medidas segurança que têm vindo a ser implementadas ao longo dos anos, o risco inerente à natureza desta corrida dá inevitavelmente outro valor ao título de vencedor do Grande Prémio de Macau de Motos, continuando este a ser altamente cobiçado e respeitado no “mundo” das corridas de motociclismo.

16 Nov 2017

GP | Motociclistas acidentados na Guia recuperam bem, mas Mountford desiste de correr

[dropcap style=circle’]R[/dropcap]uss ‘Monty’ Mountford foi um dos dois motociclistas azarados na 49ª edição do Grande Prémio de Motos de Macau. O britânico teve um aparatoso acidente na zona sinuosa do Circuito da Guia durante os primeiros treinos de qualificação, que se saldou em várias fracturas na bacia, externo, perna esquerda e algumas vértebras. Depois de ter sido operado por uma equipa de cirurgiões do Centro Hospitalar Conde de São Januário e após uma semana de convalescença em Macau, Mountford regressou a casa, à cidade de Wigan, onde decidiu colocou colocar um ponto final na sua carreira.
Na véspera de Natal, o motociclista britânico anunciou na rede social Twitter que seguiu o conselho do seu cirurgião. “Decidi retirar-me”, escreveu, para depois falar ao jornal Wigan Today, reforçando a ideia deixada na RAEM, onde afirmou aos jornalistas ter sido este “o acidente mais grave da carreira”. Mountford foi operado novamente à bacia no regresso à terra natal, tendo passado mais duas semanas na Wigan Infirmary, sendo que irá novamente ser intervencionado em breve, pois o dedo mindinho esquerdo precisa de mais uma cirurgia.
Os médicos reconhecem que o motociclista de 33 anos, pai de duas crianças, precisará de mais quatro meses para voltar a caminhar normalmente.
“Já praticamente decidi que acabaram as corridas de estrada para mim. Venho a correr há muito tempo e não será justo colocar a minha família na possibilidade de passar por isto outra vez. Nunca tinha experimentado nada parecido com a quantidade de dor em que tenho estado nas últimas cinco semanas”, afirmou Mountford à publicação de língua inglesa. “Obviamente eu fazia isto para viver e agora terei que encontrar um trabalho. Os próximos seis meses vão ser duros, mas eu quero concentrar-me na minha família”, concluiu Mountford, que antes de enveredar profissionalmente pelas corridas de motos trabalhava numa tipografia.

McHale quer continuar

Pelo Centro Hospitalar Conde de São Januário também passou Tom McHale, que protagonizou um acidente ainda mais grave. O estreante britânico perdeu o controlo da sua Honda na Curva do Mandarim a mais de 230km/h, batendo com gravidade nas barreiras de protecção. Segundo os pais do motociclista de 31 anos, que assistiram ao acidente através das televisões colocadas nas boxes, este demorou sete dias até reconhecer a família, fracturou vinte e quatro ossos, incluindo cinco vértebras, rasgou o céu da boca e teve um hematoma no cérebro e outro no fígado.
Segundo a equipa responsável do hospital público do território, as lesões mais graves foram mesmo as duas fracturas na coluna vertebral, que poderiam ter consequências nefastas caso não tivessem sido logo tratadas. Contudo, este acidente no Circuito da Guia não tirou pitada de motivação a McHale, que à imprensa do seu país disse que conta os dias para voltar à competição.
“Preciso de esperar para que o meu braço recupere. Se recuperar bem, vou estar de volta no próximo ano. O objectivo é competir nas provas de estrada no próximo ano. Só o movimento das minhas mãos é que me impedirá”, explicou McHale ao jornal North-West Evening Mail, resumindo assim o por quê de tanta pressa em regressar ao activo: “Quando se gosta mesmo de fazer algo, isto torna-se a nossa paixão.”

29 Dez 2015

Regulamento sobre abate de motas aguarda entrada na AL

[dropcap style=’circle’]F[/dropcap]inalmente, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) já concluiu a elaboração da proposta de revisão ao plano de subsídio para eliminar as motas mais poluentes, uma medida de combate à poluição há muito esperada. A proposta já está na lista de espera para apresentação na Assembleia Legislativa.
A novidade foi dada numa resposta a uma interpelação da deputada Kwan Tsui Hang, que questionou o Governo sobre a calendarização do referido plano de subsídio. O abate deste veículos poluentes deveria ter sido implementado ainda este ano, mas o passo dos trabalhos revela o contrário. O director da DSPA, Vong Hoi Ieong, respondeu que, recentemente, através da recolha de opiniões e sugestões, os residentes concordam com o plano de apoio financeiro para eliminar os veículos altamente poluidores.
No entanto, na parte de abate de veículos a diesel, o director defende que há uma série de aspectos e âmbitos complexos, incluindo o aumento do critério de emissão de veículos para o nível cinco do padrão europeu de emissões, antes da implementação do financiamento. Foi ainda considerada a necessidade da cedência de um grande terreno para colocar os veículos para abate.
“Depois de avaliação e análise integradas, actualmente só existem condições qualificadas para subsidiar a eliminação de motociclos de combustão interna a dois tempos. A DSPA já concluiu a elaboração da proposta do regulamento em relação ao plano de subsídio e já pediu que o documento entre em processo legislativo”, revelou o director na resposta.
Outra proposta do regulamento sobre o critério de emissão de veículos foi também concluída pela DSPA e pela Direcção dos Serviços para Assuntos de Tráfego (DSAT). Sobre esta, Vong Hoi Ieong revelou que está a analisar o resultado de um estudo requerido.

3 Dez 2015