Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Lançamento de míssil intercontinental confirmado O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, afirmou ontem que o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) demonstra a “determinação de Pyongyang em contra-atacar”. O lançamento de quarta-feira é uma “medida militar apropriada destinada a alertar os rivais, que causaram uma escalada intencional da situação regional e recentemente representaram uma ameaça à segurança nacional”, disse Kim. Num comunicado citado pela agência de notícias oficial norte-coreana KCNA, o líder afirmou ainda que a Coreia do Norte “nunca mudará a sua estratégia de desenvolvimento das suas capacidades nucleares”. O comunicado confirmou que o projéctil testado era um ICBM, algo que já tinha sido avançado tanto pelo Estado-Maior Conjunto (JCS) da Coreia do Sul como pelo ministro da Defesa japonês, Gen Nakatani. Horas antes, Nakatani tinha dito que o míssil podia ter sido de um novo tipo, uma vez que a duração do voo, de 86 minutos, e a altitude máxima registada de mais de sete mil quilómetros excederam os dados de testes anteriores feitos pela Coreia do Norte. O ministro sublinhou ainda que a distância de voo foi estimada em cerca de mil quilómetros. A Guarda Costeira do Japão confirmou que o míssil caiu fora da zona económica exclusiva do país, a cerca de 300 quilómetros a oeste da ilha de Okushiri, na subprefeitura de Hokkaido, referiu a emissora pública japonesa NHK. O JCS disse que a Coreia do Norte poderia ter testado um novo míssil balístico de longo alcance com combustível sólido. Os mísseis com propulsores sólidos incorporados são mais fáceis de mover e esconder e podem ser lançados mais rapidamente do que as armas com combustível líquido. O porta-voz do JCS disse que o lançamento foi possivelmente agendado a pensar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para 5 de Novembro, numa tentativa de fortalecer o poder negocial da Coreia do Norte. Lee Sung Joon disse que o míssil norte-coreano foi lançado de um ângulo elevado, aparentemente para evitar os países vizinhos. Dedo apontado O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA condenou “de forma veemente” o teste e manifestou preocupação com os riscos de desestabilização da região. “Este lançamento constitui uma violação flagrante de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse Sean Savett, em comunicado. O lançamento ocorreu após uma reunião realizada em Washington entre os ministros da Defesa dos EUA e da Coreia do Sul, Lloyd Austin e Kim Yong-hyun, respectivamente. Nessa reunião, ambos os governantes condenaram o envio de tropas norte-coreanas para a Rússia, que, segundo Austin, já se tinham aproximado da frente ucraniana e estão equipadas com uniformes e materiais russos. A Coreia do Norte lançou vários mísseis balísticos de curto alcance a 18 de Setembro, um teste no qual afirmou ter testado com sucesso um novo projéctil tático, capaz de transportar uma grande ogiva.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Disparados mísseis pela segunda vez numa semana A Coreia do Norte disparou ontem vários mísseis balísticos em direcção às águas do leste da península, disseram os militares sul-coreanos e japoneses, no segundo teste no espaço de uma semana O Comando Conjunto dos Chefes de Estado-Maior (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul disse ter detectado que o Norte disparou vários mísseis balísticos de curto alcance a partir do norte da capital, Pyongyang, por volta das 06h50 (05h50 de Macau) e disse que os projécteis voaram para nordeste. Os responsáveis do JCS disseram que estavam a comunicar estreitamente com os Estados Unidos e o Japão sobre os lançamentos, mas não forneceram mais detalhes até ao momento. O Ministério da Defesa do Japão disse ter detectado pelo menos dois lançamentos, mas não disse ainda que tipos de mísseis eram e que distância percorreram. A guarda costeira japonesa disse acreditar que os mísseis tenham caído nas águas entre a península coreana e o Japão, mas instou os navios a estarem atentos à possível queda de objectos. A televisão pública japonesa NHK disse os mísseis deverão ter caído fora da zona económica exclusiva do Japão. Núcleo da questão A Coreia do Norte anunciou ter testado, na quinta-feira da semana passada, lançadores múltiplos de foguetes de 600 milímetros, que o regime descreve como capazes de lançar ogivas nucleares tácticas. No dia seguinte, o regime de Pyongyang divulgou imagens de instalações de enriquecimento de urânio, durante uma visita do líder Kim Jong–un, que pediu um aumento do número de armas nucleares. Kim Jong-un “sublinhou a necessidade de aumentar ainda mais o número de centrifugadoras, de forma a aumentar exponencialmente as armas nucleares para autodefesa”, avançou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. Foi a primeira vez que Pyongyang divulgou imagens de uma instalação de enriquecimento de urânio desde 2010. Há duas semanas, a Coreia do Norte retomou a prática de lançar balões com lixo para a Coreia do Sul. Pyongyang já enviou quase cinco mil balões para o Sul desde Maio. Desde 2022 que a Coreia do Norte tem acelerado de forma significativa as suas actividades de teste de armas. Os EUA e a Coreia do Sul responderam com a expansão das manobras militares conjuntas, que a Coreia do Norte considera serem ensaios para ser invadida.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Pyongyang lança dois mísseis na direcção do mar nipónico O regime norte-coreano dá seguimento com a sua política de lançamento de mísseis balísticos na região. Em menos de uma semana, este foi o segundo lançamento A Coreia do Norte lançou ontem dois mísseis balísticos na direcção do mar do Japão, disse o exército sul-coreano, no segundo lançamento em menos de uma semana. “As nossas forças armadas detectaram dois mísseis balísticos lançados na direcção nordeste às 05:05 e às 05:15 a partir da zona de Jangyeon, na província de Hwanghae do Sul”, declarou o Estado-Maior Conjunto sul-coreano, em comunicado. O projéctil lançado em primeiro lugar voou cerca de 600 quilómetros, enquanto o segundo percorreu cerca de 120 quilómetros, indicaram as autoridades sul-coreanas. “As especificações estão a ser cuidadosamente analisadas” pelos serviços secretos militares sul-coreanos e norte-americanos, acrescentaram. Estes lançamentos podem ser uma resposta às manobras efectuadas na semana passada pela Coreia do Sul, pelo Japão e pelos EUA, que Pyongyang condenou veementemente, alertando para “consequências fatais”. “Condenamos veementemente os Estados Unidos, o Japão e a República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] pelas repetidas demonstrações militares imprudentes e provocadoras contra a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte] e outros Estados independentes da região e, mais uma vez, alertamos seriamente para consequências fatais”, de acordo com um editorial publicado no domingo pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. União não agrada As forças armadas dos três países realizaram, entre quinta-feira e sábado, as manobras “Freedom edge” nas águas a sul da ilha sul-coreana de Jeju. O texto da KCNA de domingo denunciava o acordo entre os líderes dos três países, no Verão passado, para a realização dos exercícios, referindo que “fazia lembrar o princípio de defesa colectiva da NATO, no qual é exigida a mobilização das capacidades de defesa se um país-membro for atacado”. Na semana passada, a Coreia do Norte e a Rússia assinaram um novo acordo de parceria estratégica, com uma cláusula de assistência militar mútua em caso de agressão, num pacto que suscitou preocupações quanto à possibilidade de aprofundar a cooperação militar entre os dois Estados.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Assumido erro no lançamento de satélite espião A Coreia do Norte anunciou na quarta-feira, através dos meios de comunicação estatais, que o lançamento de um veículo espacial para tentar colocar em órbita um satélite espião falhou, informou a agência sul-coreana Yonhap. O lançamento do veículo espacial, identificado pelo Japão como “presumível míssil balístico” e pela Coreia do Sul como um foguetão de longo alcance, falhou devido a um erro na terceira fase, segundo a agência norte-coreana KCNA. A agência espacial de Pyongyang anunciou ainda uma nova tentativa de colocar o satélite em órbita para o mês de Outubro. A Coreia do Norte explicou que o seu satélite espião Malligyong-1 foi lançado a bordo de um novo tipo de foguetão espacial, denominado Chollima-1, e que embora a primeira e segunda fases tenham decorrido “normalmente”, na terceira ocorreu um “erro no sistema de propulsão de emergência”. A Agência Espacial de Desenvolvimento Espacial da Coreia do Norte acrescentou que “a causa do acidente não é um grande problema em termos de fiabilidade do motor” e que irá realizar o novo lançamento “depois de investigar exaustivamente as causas”, segundo informações da KCNA, citadas pela Yonhap. Na terça-feira, a Coreia do Norte informou o Japão da intenção de lançar um satélite nos próximos dias, após um teste anterior, realizado há três meses, ter fracassado. A 31 de Maio, um foguetão apresentado por Pyongyang como de lançamento de um satélite de observação militar despenhou-se no mar Amarelo pouco depois da descolagem, com as autoridades norte-coreanas a invocarem um problema técnico. Pyongyang explicou que pretendia “confrontar as perigosas acções militares dos Estados Unidos e dos seus vassalos”.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Reforçado desenvolvimento de mísseis antes de exercícios EUA-Coreia do Sul O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou um aumento na produção de mísseis, avançou ontem a imprensa estatal, dias antes da Coreia do Sul e dos EUA iniciarem exercícios militares anuais. A agência de notícias estatal norte-coreana KCNA disse que Kim deu a ordem na sexta-feira e sábado, durante uma visita de inspecção às principais fábricas que produzem mísseis tácticos, plataformas móveis de lançamento, veículos blindados e projécteis de artilharia no país. Durante uma paragem numa fábrica de mísseis, Kim estabeleceu uma meta de “aumentar drasticamente” a capacidade de produção para que a instalação possa produzir mísseis em massa e responder às necessidades das unidades militares da linha de frente, disse a KCNA. “O nível qualitativo dos preparativos de guerra depende do desenvolvimento da indústria de munições e a fábrica tem uma responsabilidade muito importante em acelerar os preparativos de guerra” do exército, disse Kim. Em outras fábricas, o líder da Coreia do Norte pediu a construção de plataformas móveis de lançamento de mísseis mais modernas e falou da necessidade urgente de aumentar “de uma forma exponencial” a produção de projécteis para lançadores de foguetes de grande calibre. Kim também conduziu um novo veículo blindado de combate utilitário, disse a KCNA, uma semana depois de outra visita semelhante a várias fábricas de armas do país. Os EUA e a Coreia do Sul irão começar no final do mês exercícios militares anuais, que a Coreia do Norte defenderem serem a preparação de uma invasão, uma acusação que os aliados rejeitam. De acordo com a KCNA, Kim disse que a Coreia do Norte deve ter “uma força militar esmagadora e estar totalmente preparada para enfrentar qualquer guerra” com o poder de “certamente aniquilar” os inimigos do país. Velhos amigos No final de Julho, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, efectuou uma rara visita a Pyongyang, durante a qual se encontrou com Kim Jong-un. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse acreditar que Shoigu estava na Coreia do Norte para garantir o fornecimento de armas necessárias para a guerra na Ucrânia. “Vemos a Rússia a procurar desesperadamente apoio, armas, onde quer que as possa encontrar, para continuar a agressão contra a Ucrânia”, acrescentou o norte-americano. “Vemos isso com a Coreia do Norte, vemos isso com o Irão, que forneceu à Rússia muitos drones, usados para destruir infraestruturas civis e matar civis na Ucrânia”, continuou Blinken. A Rússia, aliada histórica da Coreia do Norte, é um dos poucos países com os quais Pyongyang mantém relações amistosas.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão e EUA vão desenvolver novo sistema antimísseis hipersónicos O Japão e os Estados Unidos decidiram desenvolver conjuntamente um novo sistema antimísseis destinado a interceptar mísseis hipersónicos, perante os avanços da China, Rússia e Coreia do Norte neste campo, noticiaram no domingo os ‘media’ nipónicos. A iniciativa visa melhorar a preparação conjunta para ameaças de armas que seriam difíceis de combater com a actual rede de defesa antimíssil, e poderá ser anunciada durante a visita do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, a Washington no final da semana, disseram fontes governamentais ao diário japonês Yomiuri. Se o projecto for para a frente, será o segundo sistema interceptor de mísseis desenvolvido conjuntamente pelos EUA e pelo Japão, depois do SM3 Block 2A. O objectivo é que o novo sistema seja capaz de interceptar mísseis como os utilizados pela Rússia na guerra da Ucrânia, os testados pela China ou os que estão a ser desenvolvidos pela Coreia do Norte, e que esteja operacional dentro de uma década, segundo o jornal japonês. Parceria defensiva Os mísseis hipersónicos são capazes de voar a velocidades até cinco vezes superiores à velocidade do som (Mach 5) e a baixas altitudes e em trajectórias irregulares, o que os torna particularmente difíceis de detectar e interceptar com as tecnologias actuais. O projecto poderá ser anunciado durante a cimeira entre Kishida e o Presidente dos EUA, Joe Biden, prevista para sexta-feira. O encontro vai acontecer no âmbito da visita do líder japonês a Washington para participar numa reunião trilateral com Biden e o líder sul-coreano, Yoon Suk-yeol. As reuniões poderão também anunciar novos passos no sentido de uma cooperação trilateral mais estreita para melhorar as capacidades conjuntas de detecção de mísseis e aproveitar o que já se alcançou na partilha de dados de radar em tempo real. O Japão também pretende intensificar a colaboração em tecnologia de satélites com os Estados Unidos, com o objectivo de reforçar as capacidades de defesa aeroespacial, como parte da estratégia para expandir o âmbito do poder militar face ao que classifica de ameaças crescentes da China e da Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte disparou dois mísseis de curto alcance em direção ao mar do Japão A Coreia do Norte disparou hoje dois mísseis balísticos de curto alcance em direção ao mar do Japão, numa aparente resposta à chegada de um submarino norte-americano carregado com armas nucleares à Coreia do Sul. O Exército sul-coreano detetou dois mísseis, que foram lançados “no mar do Leste [nome dado ao mar do Japão nas duas Coreias] a partir da zona de Sunan [perto de Pyongyang] entre as 3:30 e as 3:46 de hoje”, explicou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) em comunicado. “Os mísseis balísticos da Coreia do Norte pousaram no mar do Leste após voarem cerca de 550 quilómetros cada, e as especificações detalhadas desses mísseis estão a ser minuciosamente avaliadas pelas autoridades de inteligência da República da Coreia [nome oficial do Sul] e dos EUA”, destaca ainda a mesma fonte. Os lançamentos da Coreia do Norte ocorrem poucas horas depois da primeira reunião do chamado Conselho de Consulta Nuclear (NCG) entre Seul e Washington. Após a sessão, o coordenador para o Indo-Pacífico do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Kurt Campbell, anunciou a chegada a Busan, a cerca de 350 quilómetros a sudeste de Seul, do submarino USS Kentucky, um submarino de propulsão atómica com capacidade para transportar armas nucleares, o primeiro deste género a visitar a Coreia do Sul em cerca de 40 anos. Quer a criação do NCG, quer o envio do submarino foram acordados em abril, com a assinatura da Declaração de Washington pelos presidentes dos EUA e da Coreia do Sul, Joe Biden e Yoon Suk-yeol, respetivamente. No documento, os EUA prometem reforçar a chamada “dissuasão estendida”, através da qual protege o seu aliado e procura desencorajar Pyongyang de continuar com o desenvolvimento de armas de destruição em massa. O Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Norte já tinha condenado o plano dos EUA de enviar o submarino para a Coreia do Sul. Depois, Kim Yo-jong, irmã do líder Kim Jong-un, acusou os EUA de realizar incursões no espaço aéreo norte-coreano e, em 12 de julho, o regime lançou o seu mais sofisticado míssil balístico intercontinental (ICBM), o Hwasong-18. O teste foi condenado pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. A ONU destacou que o míssil testado na semana passada aterrou nas águas da zona económica exclusiva da Rússia e que aqueles 75 minutos supõem potencialmente o voo mais longo desse tipo de míssil entre todos os já testados pelo Exército norte-coreano. A Coreia do Norte compareceu na sexta-feira no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para defender o teste com mísseis balísticos, apesar da condenação por parte da maioria dos Estados-membros. O embaixador norte-coreano junto da ONU, Kim Song, argumentou que o país apenas exerceu o direito de autodefesa “para deter movimentos militares perigosos de forças hostis e salvaguardar a segurança” do Estado. Após a reunião de urgência, dez Estados-membros da ONU defenderam que o Conselho de Segurança “não pode continuar calado diante das provocações” da Coreia do Norte e deve “enviar um sinal coletivo” de desaprovação pelo lançamento de mísseis balísticos. Os lançamentos de hoje ocorrem também depois de um soldado dos EUA ter cruzado a fronteira com a Coreia do Norte, durante uma visita turística, estando atualmente detido.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Lançamento de satélite espião em Junho confirmado A Coreia do Norte vai lançar um satélite de reconhecimento militar em Junho, para “enfrentar as perigosas acções militares dos Estados Unidos”, divulgou na segunda-feira a agência de notícias estatal KCNA. O “satélite de reconhecimento militar n.º 1” será “lançado em Junho” para “lidar com as perigosas acções militares dos Estados Unidos e dos seus vassalos”, referiu Ri Pyong Chol, vice-presidente da comissão militar central do partido, citado pela agência de notícias estatal. O Japão anunciou na segunda-feira que foi informado pela Coreia do Norte sobre o próximo lançamento de um satélite, um projecto que o governo japonês considera que irá ocultar o lançamento de um míssil balístico. De acordo com Tóquio, Pyongyang disse à Guarda Costeira japonesa que lançaria um foguete entre 31 de Maio e 11 de Junho e que este deveria pousar numa área próxima ao Mar Amarelo, Mar da China Oriental e leste da China, Ilha de Luzon, nas Filipinas. A Coreia do Norte já testou mísseis balísticos em 2012 e depois em 2016, que qualificou como lançamentos de satélites e que sobrevoaram o departamento insular de Okinawa, no sul do Japão. Em meados de Maio o líder norte-coreano inspeccionou o satélite de reconhecimento militar que o regime já tinha anunciado que iria lançar este ano, referindo que estava “pronto a ser instalado”. Kim Jong-un visitou com a filha o comité criado na capital do país, Pyongyang, para o lançamento do aparelho, de acordo com imagens divulgadas a 17 de Maio pela agência de notícias estatal KCNA. As imagens divulgadas mostravam o satélite deliberadamente desfocado, colocado numa plataforma e ligado a cabos, enquanto Kim e a filha, de toucas, batas brancas e com umas capas a cobrir os sapatos para evitar a entrada de sujidade no recinto, recebem explicações de cientistas. Têm surgido dúvidas quanto à capacidade deste satélite, com alguns analistas sul-coreanos a afirmarem que nas fotografias que vieram a público este parece demasiado pequeno e mal concebido para suportar imagens de alta resolução. As fotografias que meios de comunicação norte-coreanos divulgaram de lançamentos de mísseis anteriores eram de baixa resolução. Autodefesa e soberania Kim aprovou na altura “o futuro plano de acção do comité preparatório”, referindo que “o lançamento bem-sucedido do satélite de reconhecimento militar é uma exigência urgente, dado o actual ambiente de segurança no país” e acrescentou que seria também “um claro passo em frente” no “campo da investigação espacial” para a Coreia do Norte, notou a agência. O líder norte-coreano afirmou ainda na altura que, “à medida que os imperialistas norte-americanos e os bandidos fantoches sul-coreanos intensificam desesperadamente a campanha de confrontação com a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte], esta exercerá de forma mais digna e ofensiva a sua soberania e direito de autodefesa para os impedir resolutamente e defender o Estado”. No final do ano passado, o regime norte-coreano lançou, a bordo de um projéctil desconhecido, um dispositivo de teste que terá supostamente tirado fotos da capital sul-coreana, Seul, e da cidade portuária vizinha de Incheon, e afirmou que o objectivo era ter o satélite concluído até Abril. Recentemente, foram retomados os trabalhos de modernização da base de lançamento espacial de Sohae, no noroeste do país, embora os peritos considerem que ainda há muito trabalho a fazer antes de poder ser lançado um satélite a partir do local. Alguns peritos, citados pela agência de notícias Efe, não excluem a possibilidade de o regime optar por lançar este satélite de reconhecimento a partir de uma plataforma móvel.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang dispara míssil intercontinental em direção ao mar sul-coreano – Seul A Coreia do Norte disparou hoje um míssil intercontinental em direção a águas da Coreia do Sul, antes do Presidente sul-coreano chegar ao Japão para uma cimeira com o homólogo nipónico, disseram Seul e Tóquio. O míssil percorreu cerca de mil quilómetros, a altitude máxima de seis mil quilómetros, durante 70 minutos, de acordo com avaliações sul-coreanas e japonesas. Estes pormenores são idênticos ao do lançamento, efetuado em fevereiro, de outro míssil balístico intercontinental, sobre o qual especialistas consideraram ter demonstrado alcance para atingir o interior dos Estados Unidos. O míssil caiu nas águas entre a península coreana e o Japão, depois de ser lançado numa trajetória íngreme, aparentemente para evitar os países vizinhos. O Japão disse que o míssil caiu fora da zona económica exclusiva e não houve relatos de danos a navios ou aeronaves. O lançamento ocorreu quando estão a decorrer manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, que Pyongyang vê como um ensaio para uma invasão. Os exercícios começaram na segunda-feira e prevê-se que decorram até 23 de março, incluindo simulações computorizadas e exercícios no terreno com fogo real. Pyongyang já tinha efetuado dois testes esta semana, disparando mísseis de cruzeiro de um submarino e também mísseis balísticos de curto alcance, lançados a partir do território norte-coreano para um alvo no mar oriental. Os testes de armamento eram esperados, uma vez que, na semana passada, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenara aos militares para estarem prontos para repelir aquilo a que chamou “frenéticos exercícios de preparação para a guerra” dos adversários do país. No ano passado, Pyongyang testou mais de 70 mísseis, incluindo alguns com capacidade nuclear para atingir a Coreia do Sul, o Japão e a parte continental dos Estados Unidos, afirmando que muitos desses testes foram avisos, na sequência de anteriores manobras militares conjuntas norte-americanas e sul-coreanas. Antes de partir para Tóquio, o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse: “Haverá um óbvio preço a pagar pelas provocações imprudentes da Coreia do Norte”. A cimeira entre Yoon e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, destina-se a reparar as relações entre os dois países e a consolidar uma cooperação trilateral em matéria de segurança com os Estados Unidos, para combater as ameaças norte-coreanas. Em dezembro, o Governo de Kishida adotou uma nova estratégia de segurança em dezembro, ao abrigo da qual pretende adquirir armamento de ataque preventivo e mísseis de cruzeiro para enfrentar as crescentes ameaças da Coreia do Norte, da China e da Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim pede contenção após míssil ter atingido a Polónia O míssil de fabrico russo que atingiu ontem território polaco parece afinal ter sido disparado pela Ucrânia. Pequim pede tranquilidade a todas as partes envolvidas A China pediu ontem “calma” a todas as partes na sequência das informações sobre o míssil de fabrico russo que atingiram a Polónia e que colocaram o exército polaco em estado de alerta. “Na situação actual, todas as partes envolvidas devem manter a calma e a contenção para que seja evitada uma escalada”, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em Pequim. Da mesma forma, o secretário-geral ONU defendeu na terça-feira à noite que é “absolutamente essencial” evitar o agravamento da guerra na Ucrânia, mostrando-se “profundamente preocupado” com a queda de um míssil de fabrico russo na Polónia. Numa breve declaração transmitida pelo porta-voz da ONU, António Guterres apelou a uma “investigação exaustiva” sobre a queda do míssil que matou duas pessoas na Polónia. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia confirmou na noite de terça-feira que um “projéctil de fabrico russo” atingiu o território deste país da Nato junto à fronteira com a Ucrânia, causando a morte a duas pessoas. “Na vila de Przewodów (…), um projéctil de fabrico russo caiu, matando dois cidadãos da República da Polónia”, salienta-se num comunicado do porta-voz do ministério, Lukasz Jasina. Na mesma nota, acrescenta-se que o embaixador russo na Polónia foi convocado para prestar “explicações detalhadas”. Entretanto, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que é improvável que o míssil que atingiu a Polónia e matou duas pessoas tenha sido disparado a partir da Rússia. “Há informações preliminares que contestam isso”, disse Biden aos jornalistas quando questionado se o míssil foi disparado da Rússia. “É improvável nas linhas da trajectória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos”, acrescentou. Por outro lado, os líderes do G7 e da Nato (Organização do Tratado do Atlântico Norte) decidiram apoiar uma investigação sobre a queda do míssil de fabrico russo, disse o Presidente dos EUA. Céu vigiado Ontem, a estação de televisão norte-americana CNN noticiou que um avião da Nato, que sobrevoava o espaço aéreo da Polónia, rastreou o míssil que explodiu no país na terça-feira e matou duas pessoas. “A informação com pistas de radar [do míssil] foi fornecida à Nato e à Polónia”, acrescentou a mesma fonte, que não foi identificada. Os aviões da Nato têm realizado vigilância regular em torno da Ucrânia desde o início da invasão russa, a 24 de Fevereiro. Mais tarde, o secretário-geral, Jens Stoltenberg, disse que a explosão que matou duas pessoas na Polónia “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Tóquio considera “uma provocação” frequência de lançamento de mísseis de Pyongyang O chefe da diplomacia japonesa considerou na sexta-feira passada “uma provocação” a frequência de lançamento de mísseis pela Coreia do Norte, na sequência do último disparo de um míssil balístico de curto alcance para o mar do Japão. Os lançamentos frequentes de mísseis são “provocadores e indicam que estão a virar as costas à comunidade internacional”, disse Yoshimasa Hayashi, em conferência de imprensa. “Por isso, condenamos estes actos e estamos a considerar uma resposta”, avisou. A Coreia do Norte lançou um míssil balístico de curto alcance na direcção do mar do Japão, chamado mar de Leste pelas duas Coreias, no nono lançamento efectuado nos últimos 20 dias, o que representa mais um passo na escalada da tensão na região. Este último lançamento ocorreu apenas uma hora depois de pelo menos dez aviões norte-coreanos terem realizado manobras perto da fronteira com o Sul, forçando Seul a destacar aviões para uma possível manobra de intercepção. Na quinta-feira, Pyongyang tinha anunciado a realização de um outro teste de mísseis de cruzeiro na direcção do mar Amarelo. O Governo japonês vai trabalhar com a comunidade internacional, especialmente a Coreia do Sul e os Estados Unidos, para ver qual deve ser o próximo passo, acrescentou. Neste sentido, o porta-voz do Governo nipónico, Hirokazu Matsuno, salientou que o Japão está a observar os movimentos militares da Coreia do Norte, mas escusou avançar quaisquer pormenores “para que não seja possível avaliar a capacidade de contra-ataque”. O regime de Kim Jong-un está a realizar testes, desde 25 de Setembro, aos sistemas tácticos de armas nucleares, em resposta a manobras recentes de um porta-aviões norte-americano nas águas ao largo da península coreana.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte diz que lançamentos de mísseis foram “exercícios nucleares táticos” Os lançamentos de mísseis realizados pela Coreia do Norte nas últimas semanas foram “exercícios nucleares táticos”, supervisionados pelo presidente norte-coreano, Kim Jong-un, revelou hoje a agência noticiosa norte-coreana KCNA. Segundo a mesma agência de notícias, as “Unidades do Exército do Povo Coreano, responsáveis pelo uso de armas nucleares estratégicas, organizaram exercícios militares entre 25 de setembro e 09 de outubro, para verificar e avaliar a capacidade de dissuasão e de contra-ataque nuclear do país”. E essa capacidade militar “é um severo aviso aos inimigos”, escreveu a agência oficial da Coreia do Norte. Nas duas últimas semanas, a Coreia do Norte fez pelo menos sete lançamentos de mísseis balísticos, numa série de testes de armamento. O sétimo lançamento ocorreu no sábado, horas depois de os Estados Unidos e a Coreia do Sul terem dado por terminado mais um exercício naval na costa leste da península coreana. Na quinta-feira, a Coreia do Sul informou que 12 aviões norte-coreanos sobrevoaram a região da fronteira comum, levando Seul a acionar 30 aparelhos militares para a mesma zona, como resposta à manobra de Pyongyang.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul diz que Coreia do Norte testou míssil em direção ao mar Os militares da Coreia do Sul dizem que a Coreia do Norte disparou hoje pelo menos um míssil balístico não identificado em direção ao seu mar oriental. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul não disse imediatamente que tipo de míssil era ou quão longe voou. O lançamento ocorreu um dia depois de as autoridades sul-coreanas terem detetado sinais de que a Coreia do Norte estava a preparar-se para testar um míssil projectado para ser disparado de submarinos. A Coreia do Norte acelerou as suas atividades de testes para um ritmo recorde em 2022, testando mais de 30 armas balísticas, incluindo os seus primeiros mísseis balísticos intercontinentais desde 2017, enquanto continua a expandir as suas capacidades militares, no meio de um impasse prolongado na diplomacia nuclear. O lançamento ocorreu quando o porta-aviões nuclear USS Ronald Reagan e o seu grupo de ataque chegaram à Coreia do Sul para o exercício militar conjunto dos dois países para mostrar a sua força contra as crescentes ameaças norte-coreanas. A ameaça norte-coreana também deverá estar na agenda da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, quando esta visitar a Coreia do Sul na próxima semana, depois de participar no funeral, em Tóquio, do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul acusa Coreia do Norte de disparar projétil não identificado em direção ao mar A Coreia do Norte disparou hoje um projétil não identificado em direção ao mar, afirmaram autoridades militares da Coreia do Sul, dias depois de o líder norte-coreano Kim Jong-Un ter pedido maior capacidade de defesa para lidar com ameaças externas. Em comunicado, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse ter detetado, na manhã de hoje, várias trajetórias de voo que acredita serem de artilharia norte-coreana. A autoridade militar acrescentou que a Coreia do Sul mantém uma firme prontidão militar em estreita coordenação com os Estados Unidos. Durante uma reunião do Conselho de Segurança Nacional convocada para discutir os supostos lançamentos, as autoridades sul-coreanas expressaram preocupação de que a Coreia do Norte esteja a atualizar os seus sistemas de armas que podem representar uma ameaça direta à Coreia do Sul. E reafirmaram que irão lidar com estes esforços norte-coreanos com severidade. Normalmente, os testes de artilharia da Coreia do Norte têm menos atenção externa do que os lançamentos de mísseis. Contudo, a artilharia de longo alcance é uma séria ameaça à segurança da populosa região metropolitana da Coreia do Sul, que fica a cerca de 40 a 50 quilómetros da fronteira com a Coreia do Norte. Os alegados lançamentos de artilharia são os mais recentes de uma série de testes de armas executados pela Coreia do Norte este ano, aquilo a que especialistas estrangeiros chamam de uma tentativa de pressionar Washington e Seul a relaxar as sanções internacionais contra Pyongyang e fazer outras concessões. Autoridades sul-coreanas e norte-americanas disseram, recentemente, que a Coreia do Norte está quase a finalizar os preparativos para realizar o seu primeiro teste nuclear em cerca de cinco anos. Em março, a Coreia do Norte testou um míssil balístico intercontinental capaz de atingir os Estados Unidos, violando uma moratória de 2018 em grandes testes de mísseis.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA e Coreia do Sul disparam oito mísseis balísticos em resposta a Pyongyang As forças armadas dos EUA e da Coreia do Sul lançaram hoje oito mísseis balísticos para as águas ao largo da costa oriental da península coreana, um dia após o Norte ter também disparado oito mísseis balísticos. O lançamento envolveu um míssil americano e sete sul-coreanos, disparados 10 minutos após terem sido enviadas notificações para os reguladores de segurança aérea e marítima, de acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul e das Forças dos EUA na Coreia. O lançamento teve como objetivo demonstrar a capacidade de responder com rapidez e precisão a eventuais ataques norte-coreanos, disseram os militares do Sul. O Presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol disse hoje num discurso que o seu governo irá procurar obter “capacidades de segurança fundamentais e práticas” para combater a crescente ameaça de mísseis e armas nucleares por parte de Pyongyang. “Os programas de armas nucleares e mísseis da Coreia do Norte cresceram a um ponto em que não são apenas uma ameaça à península coreana, mas ao nordeste da Ásia e à paz mundial”, disse Yoon. A Coreia do Sul “responderia severamente a qualquer tipo de provocação norte-coreana”, garantiu o Presidente. A Coreia do Norte disparou no domingo oito mísseis balísticos para as águas ao largo da costa oriental, três dias depois de exercícios militares conjuntos das forças armadas norte-americanas e sul-coreanas. Estas foram as primeiras manobras conjuntas dos dois países depois do novo Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, que prometeu uma política mais firme em relação a Pyongyang, ter sido empossado no cargo, no início de maio. Desde novembro de 2017 que um porta-aviões não participava nestes exercícios. Há muito que a Coreia do Norte protesta contra a realização deste tipo de manobras, que vê como um ensaio geral para uma invasão do país. “O exercício reforçou a determinação dos dois países em responder energicamente a qualquer provocação norte-coreana, ao mesmo tempo que demonstrou o empenho dos Estados Unidos em proporcionar uma dissuasão alargada”, de acordo com uma nota divulgada pelas forças armadas sul-coreanas. Há semanas que Seul e Washington advertiram para a possibilidade de Pyongyang realizar um sétimo teste nuclear e o primeiro desde 2017. A Coreia do Norte, que regista um surto de covid-19, retomou entretanto a construção de um reator nuclear, de acordo com novas imagens de satélite. O líder norte-coreano Kim Jong-un tinha suspendido os testes nucleares e de mísseis de longo alcance durante as conversações com o então Presidente norte-americano Donald Trump, mas as conversações fracassaram em 2019. A Coreia do Norte quebrou esta moratória autoimposta ao disparar um míssil intercontinental (ICBM) no final de março.
Hoje Macau China / Ásia MancheteCoreias | Novo teste de míssil intercontinental coloca EUA ao alcance de Pyongyang Desta vez, o teste foi um sucesso e a Coreia do Norte mostrou poder atacar a costa oeste dos EUA. As respostas não se fizeram esperar [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou que o segundo teste com um míssil balístico intercontinental (ICBM), realizado na sexta-feira, coloca o território dos Estados Unidos ao alcance de um ataque de Pyongyang, segundo a agência norte-coreana KCNA. Kim Jong-un afirmou que o teste demonstrou a capacidade da Coreia do Norte para disparar “em qualquer lugar, a qualquer hora”, de acordo com a agência estatal. “O líder declarou orgulhosamente que o teste confirma que o território continental dos Estados Unidos está dentro do nosso alcance de tiro”, acrescentou. A KCNA disse que Kim expressou “grande satisfação” após o míssil Hwasong-14 ICBM, que tinha sido lançado pela primeira vez a 4 de julho, atingir uma altura máxima de 3.725 quilómetros e viajar 998 quilómetros, do ponto de lançamento até cair em águas próximas do Japão. Kim disse que o lançamento de sexta-feira enviou um “sério alerta” aos Estados Unidos, que têm vindo a fazer ameaças de guerras e novas sanções, cita a KCNA. O míssil O míssil foi lançado de Mup’yong-ni e caiu no Mar do Japão. Analistas ocidentais calcularam que o alcance do míssil é de quase 10.000 quilómetros, o que ameaça efectivamente o território americano. “Com base na informação que dispomos, o míssil testado pela Coreia do Norte poderia facilmente alcançar a costa oeste dos Estados Unidos e várias grandes cidades norte-americanas”, disse o especialista em armamento David Wright, da ONG Union of Concerned Scientists. Los Angeles, Denver ou Chicago poderiam estar dentro do raio de impacto do míssil, que poderia inclusive chegar a Boston ou Nova Iorque, completou Wright. Repúdio americano “Os Estados Unidos condenam o teste e rejeitam o argumento do regime de que estes testes e estas armas garantirão a segurança da Coreia do Norte. Na realidade, têm o efeito oposto”, advertiu Trump em um comunicado. Rapidamente, logo na sexta-feira, os Estados Unidos e a Coreia do Sul analisaram “opções de resposta militar”. O general Joe Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto americano, e o almirante Harry Harris, responsável do comando americano no Pacífico, falaram com o general Lee Sun Jin, chefe do Estado-Maior Conjunto sul-coreano. “Durante a ligação, Dunford e Harris expressaram o seu compromisso com a aliança Estados Unidos-Coreia do Sul”, informou o gabinete de Dunford em comunicado. “Os três chefes também analisaram diversas opções de resposta militar”, acrescentou. Militares americanos e a Coreia do Sul tinham alertado nos últimos dias que a Coreia do Norte parecia preparar-se para outro teste de mísseis, provavelmente de um míssil balístico intercontinental (ICBM) ou de um foguete de alcance intermediário. Enquanto isso, militares americanos preparam-se para realizar outro teste de um sistema de interceptação de mísseis no Alasca, que poderia ocorrer no sábado. O teste do sistema de Defesa de Área de Alta Altitude Terminal (THAAD) estava programado antes de se saber do lançamento norte-coreano desta sexta. Os Estados Unidos contam com várias capacidades de defesa antimísseis, com componentes desenhados para derrubar diferentes tipos de mísseis em diferentes fases de voo. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, já convocou uma reunião do Conselho Nacional de Segurança. Trump afirma que Pequim podia “facilmente resolver o problema” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou no sábado a China de inacção face à Coreia do Norte, após o lançamento de um novo míssil balístico intercontinental, considerando que Pequim poderia “facilmente resolver o problema”. “Estou muito decepcionado com a China. Os nossos antigos líderes, ingénuos, permitiram-lhes fazer centenas de milhares de milhões de dólares por ano em comércio e, no entanto, não fazem nada por nós em relação à Coreia do Norte”, escreveu na rede social Twitter. “Não permitiremos que isto continue. A China poderia facilmente resolver este problema!”, acrescentou. Trump condenou na sexta-feira o lançamento de um novo míssil balístico pela Coreia do Norte, e garantiu que vai tomar “todas as medidas necessárias” para proteger o seu país e os aliados na região. O míssil balístico intercontinental lançado pela Coreia do Norte, o segundo deste tipo em menos de um mês, é “a última ação imprudente e perigosa” do regime de Pyongyang, criticou Trump, num comunicado divulgado pela Casa Branca. “Ao ameaçar o mundo, estas armas e testes isolam ainda mais a Coreia do Norte, enfraquecem a sua economia e sacrificam o seu povo”, destacou Trump. Em resposta, a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizaram na sexta-feira um teste com mísseis balísticos. Na quinta-feira, o Congresso dos Estados Unidos deu luz verde a um pacote de sanções contra a Coreia do Norte, Irão e Rússia, que está pendente da assinatura de Trump, que prevê assiná-lo, segundo indicou a Casa Branca na sexta-feira. Após o teste realizado por Pyongyang a 4 de Julho, Trump garantiu que estava a preparar “coisas bastante severas” como resposta à Coreia do Norte, apesar de o seu secretário para a Defesa, James Mattis, ter dito que actualmente não via motivos para ir “para a guerra” com o país. Resposta aérea Os Estados Unidos enviaram no domingo bombardeiros estratégicos B-1B para a península coreana, em resposta ao míssil intercontinental lançado pela Coreia do Norte na sexta-feira, segundo informou o ministro da Defesa do Japão, que participou nestas manobras aéreas. Os exercícios foram realizados por dois bombardeiros norte-americanos e caças japoneses, disse em conferência de imprensa o ministro da Defesa japonês, Fumio Kishida. Não é a primeira vez que o Pentágono decide destacar estes aviões, estacionados na sua base aérea de Andersen, na ilha de Guam, numa demonstração de força militar, em resposta ao que considera provocações norte-coreanas. As aeronaves já tinham sido enviadas para as imediações da península coreana após o primeiro míssil intercontinental, lançado a 4 de Julho, e em finais de Maio, depois de Pyongyang disparar um projéctil de curto alcance. Washington também destacou os bombardeiros a 20 de Junho, após o anúncio da morte do estudante norte-americano Otto Warmbier, que morreu depois de ser devolvido aos Estados Unidos em coma, após 17 meses detido na Coreia do Norte. Pequim pede respeito pelas resoluções da ONU [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China pediu no sábado à Coreia do Norte que respeite “as resoluções pertinentes” do Conselho de Segurança da ONU e suspenda qualquer medida que possa aumentar a tensão na zona, segundo a agência oficial de notícia Xinhua. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, fez estas declarações após a confirmação de que a Coreia do Norte lançou, na noite de sexta-feira, um novo míssil balístico intercontinental, o Hwasong-14. A resposta dada pela China foi bem mais contundente que as opiniões emitidas pelo Governo de Pequim no dia do lançamento, quando outro porta-voz do Ministério, Lu Kang, disse que as “pressões de terceiros” tinham forçado a Coreia do Norte a multiplicar este ano os testes balísticos. “Após tantos anos, o problema na península da Coreia podia resolver-se através de diálogo e consultas, mas devido a pressões e suspeitas de países terceiros, a Coreia do Norte viu-se obrigada a conduzir testes balísticos.” Este ano, em que aumentaram as ameaças mútuas entre os governos da Coreia do Norte e dos Estados Unidos, Pyongyang realizou 12 testes com mísseis, em que testou pelo menos 17 peças de armamento, o que ajudou a melhorar o seu arsenal, segundo analistas militares. Apesar destas justificações, a China reiterou em várias ocasiões a sua oposição a qualquer novo teste de míssil pela Coreia do Norte, em virtude das resoluções das Nações Unidas, bem como, nas palavras de Lu, “qualquer palavra ou acção que possa elevar a tensão”. Seul condena “duramente” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo sul-coreano condenou duramente o novo lançamento de um míssil intercontinental (ICBM) realizado pela Coreia do Norte e alertou que o regime vai enfrentar “isolamento diplomático e pressão económica” se continuar a realizar testes de armamento. “O Governo condena duramente esta última provocação, que constitui uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e representa uma grave ameaça para a paz e segurança, não apenas na região, mas em todo o planeta”, explicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano em comunicado. “A Coreia do Norte devia ter em mente que o que vai obter com as suas contínuas provocações será apenas isolamento diplomático e pressão económica”, acrescenta o comunicado. “O Governo (sul-coreano) vai continuar a reforçar a sua cooperação com a comunidade internacional, incluindo o Conselho de Segurança, de modo a que esta última provocação possa obter uma resposta severa”, indica o comunicado de Seul, que ainda assim mantém a oferta de diálogo apresentada na semana passada a Pyongyang. “Como parte responsável e directamente implicada, continuaremos a trabalhar de forma incansável no sentido da desnuclearização” da península coreana.
Hoje Macau China / ÁsiaPrograma nuclear de Pyongyang é “uma ameaça para todos”, diz Jim Mattis [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, alertou sábado para o acelerado desenvolvimento do programa de armamento da Coreia do Norte, que representa “uma ameaça para todos” e que é encarado pelos Estados Unidos como “um claro perigo”. Em declarações numa conferência sobre segurança internacional em Singapura, Mattis disse que a administração Trump se sente encorajada pelo compromisso renovado da China em trabalhar com os Estados Unidos para impedir o desenvolvimento de armas nucleares pela Coreia do Norte. A China bloqueou as novas e mais severas sanções contra Pyongyang que os Estados Unido propuseram ao Conselho de Segurança da ONU. Ainda assim, o Conselho de segurança votou unanimemente para adicionar 15 indivíduos e quatro entidades ligadas ao programa nuclear e de mísseis norte-coreano à ‘lista negra’ de sanções da ONU. “O contínuo desenvolvimento, pela Coreia do Norte, de armas nucleares e meios para as lançar não é novo, mas o regime acelerou o ritmo e alargou âmbito dos seus esforços”, disse, aludindo aos vários testes de dispositivos nucleares e mísseis que o regime de Kimg Jong-un tem levado a cabo. “Apesar de o regime da Coreia do Norte ter um longo historial de homicídio de diplomatas, sequestros, morte de marinheiros, e actividade criminosa, o seu programa de armas nucleares é uma ameaça para todos. Em termos de segurança nacional, os Estados Unidos consideram que a ameaça da Coreia do Norte é um perigo claro e presente”, afirmou Mattis. No seu discurso, Mattis equilibrou os elogios à China com críticas ao que chamou de desrespeito de Pequim pela lei internacional devido à sua “indiscutível militarização” de ilhas artificiais em zonas disputadas no Mar do Sul da China. “Não podemos e não vamos aceitar mudanças unilaterais e coercivas ao ‘status quo’” no Mar do Sul da China, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte repudia condenação da ONU pelo último míssil [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Norte rejeitou ontem a condenação da ONU do teste de míssil de médio alcance, efectuado no domingo passado, e lembrou que os Estados Unidos também testaram projécteis intercontinentais sem serem alvo de crítica. “O lançamento (…) do ‘Hwasong 12’ é de grande e especial importância para assegurar a paz e a estabilidade na península coreana e na região”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, citado pela agência estatal norte-coreana KCNA. O ‘Hwasong 12’ mostrou um melhor rendimento e novamente os avanços do regime de Kim Jong-un no desenvolvimento de um futuro míssil intercontinental, capaz de alcançar os Estados Unidos. No dia seguinte ao lançamento, o Conselho de Segurança da ONU condenou, em comunicado, a acção e declarou-se disposto a agravar as sanções contra o país asiático. A Coreia do Norte “rejeita de maneira categórica e total o comunicado de condenação do Conselho de Segurança das Nações Unidas que põe em dúvida o reforço da dissuasão nuclear para autodefesa”, acrescentou o mesmo comunicado. Questão de soberania O porta-voz dos Negócios Estrangeiros norte-coreano lembrou que “recentemente e no espaço de uma semana (nos dias 26 de Abril e 3 de Maio), os Estados Unidos realizaram dois lançamentos de testes de mísseis balísticos intercontinentais, apesar de o Conselho de Segurança nunca os mencionar”. O porta-voz disse que a autodefesa é uma questão de soberania nacional em que organismos como a ONU não devem intervir e ameaçou novamente os Estados Unidos com uma resposta imediata a qualquer “provocação militar” de Washington. “Os sistemas de armas mais aperfeiçoados do mundo não serão nunca propriedade exclusiva interna dos Estados Unidos, e certamente chegará o dia em que a RPDC [Coreia do Norte] use meios de represália correspondentes”, afirmou o porta-voz. “Será então que os Estados Unidos vão ver por si mesmos se os mísseis balísticos da RPDC representam uma verdadeira ameaça ou não”, concluiu o texto. O último lançamento norte-coreano aconteceu num momento de especial tensão na península, devido aos insistentes testes de armas do regime, que motivaram um agravamento da retórica da administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, que insinuou a possibilidade de realizar ataques preventivos contra Pyongyang. Seul admite possibilidade de confrontos O novo Presidente sul coreano Moon Jae-In admitiu ontem a possibilidade de confrontos militares fronteiriços com a Coreia do Norte devido às tensões provocadas pelo programa nuclear de Pyongyang. “Vivemos uma realidade em que existe uma elevada possibilidade de confrontos militares”, disse o chefe de Estado referindo-se à fronteira marítima, disputada entre Pyongyang e Seul e à fronteira terrestre entre os dois países, altamente militarizada. Moon Jae-In falou da possibilidade de confrontos com a Coreia do Norte após uma visita ao Ministério da Defesa sul coreano.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul instala partes sistema antimíssil norte-americano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Sul anunciou ontem ter instalado partes do controverso sistema de defesa antimíssil norte-americano, um dia depois da Coreia do Norte ter exibido o seu poderio militar, com exercícios de artilharia com fogo real. Em comunicado, a Coreia do Sul indicou que partes não especificadas do sistema defesa antimíssil norte-americano (THAAD) foram implantadas, e que Seul e Washington têm impulsionado o andamento dos trabalhos de modo a que esteja operacional em breve para lidar com as ameaças por parte de Pyongyang. A agência noticiosa sul-coreana Yonhap detalhou que foram instalados seis lançadores, incluindo alguns para serem usados para interceptar mísseis e pelo menos um radar. O trabalho com vista à montagem ainda este ano do sistema defesa antimíssil norte-americano desagradou a Coreia do Norte, mas também a China e a Rússia. Seul, à semelhança de Washington, garante que tem objectivos meramente defensivos, mas Pequim, por exemplo, considera que o THAAD e o seu potente radar têm capacidade para reduzir a eficácia dos seus sistemas de mísseis. A Coreia do Norte realizou exercícios de artilharia com fogo real de grande dimensão na terça-feira por ocasião do 85.º aniversário do seu exército, segundo Seul. Fontes do Governo sul-coreano, citadas pela agência Yonhap, indicaram na terça-feira que se acredita que o simulacro, realizado perto da cidade de Wonsan, pode ter sido um dos maiores exercícios com fogo real levado a cabo até à data pela Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang lança novo míssil no mar do Japão [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]a véspera do encontro entre Xi Jinping e Donald Trump, a Coreia do Norte disparou novamente, na manhã de ontem, um míssil balístico em direcção ao mar do Japão, anunciou o Ministério da Defesa sul-coreano. O Exército norte-americano confirmou o lançamento de um míssil por Pyongyang. “Às 6:42 de hoje [ontem], a Coreia do Norte disparou um míssil balístico no mar do Japão a patir de Sino”, uma cidade portuária do leste do país, indicou o ministério em comunicado. O comando-chefe das Forças Armadas referiu, em comunicado, que o míssil percorreu cerca de 60 quilómetros, acrescentando que a Coreia do Sul e os Estados Unidos estão a analisar o seu percurso para determinar qual o tipo de míssil. Este foi o quinto míssil disparado desde o início de 2017 pelo regime norte-coreano, que é alvo de sanções internacionais pelos seus programas nuclear e balístico. O disparo coincidiu com as manobras militares anuais que envolvem forças militares sul-coreanas e norte-americanas, que o Norte considera como a preparação para uma invasão. A Coreia do Norte responde com frequência às operações agendadas entre os dois países aliados com treinos militares próprios e uma dura retórica. Há duas semanas militares sul-coreanos e norte-americanos referiram ter detectado o que designaram por um lançamento falhado de um míssil balístico norte-coreano. Japão condena O Governo do Japão foi lesto em condenar o novo lançamento, um teste que considerou uma “clara violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”. O porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga, assinalou que o míssil caiu fora da zona económica exclusiva das águas territoriais japonesas e destacou que o lançamento é “extremamente problemático para a segurança aérea e marítima”. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, deu instruções para se reunir mais informação sobre o novo teste de armamento do regime norte-coreano e ordenou às Forças de Autodefesa (exército) que se “preparem para qualquer eventualidade”, acrescentou o porta-voz do Executivo. Seul precisou que o lançamento se realizou a partir de terra e não do mar, descartando a possibilidade de ser um míssil balístico lançado a partir de um submarino, o tipo que Pyongyang habitualmente testa em Sinpo, onde se encontra o principal centro de desenvolvimento destes projécteis.
Hoje Macau China / ÁsiaUm dos mísseis lançados por Pyongyang caiu a 200 quilómetros da costa japonesa [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m dos quatro mísseis balísticos que a Coreia do Norte lançou na segunda-feira caiu a cerca de 200 quilómetros da costa do Japão, informou ontem o governo japonês, indicando que a ameaça de Pyongyang está “numa nova fase”. O míssil, que caiu no oceano a cerca de 200 quilómetros a noroeste da península de Noto, poderá ser o míssil lançado pelo exército norte-coreano que até à data caiu mais perto do território do Japão. “Este último lançamento mostra claramente que a ameaça da Coreia do Norte entrou numa nova fase”, disse em conferência de imprensa o ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga. Tóquio estima que os quatro mísseis lançados (que se crê serem uma versão dos Scud soviéticos com uma capacidade de alcance alargada de cerca de 1.000 quilómetros) caíram num raio entre 200 e 450 quilómetros da península, que se encontra a cerca de 280 da capital japonesa. Três dos mísseis caíram na Zona Económica Especial do Japão, espaço que se estende a cerca de 370 quilómetros desde as costas e sobre o qual o país ostenta direitos de exploração e gestão de recursos naturais. Pyongyang disse esta semana que se tratou de um ensaio “para alcançar as bases das forças norte-americanas de agressão imperialista no Japão”. E vão dois O lançamento na segunda-feira é o segundo ensaio de mísseis que o regime de Kim Jong-un realiza este ano e desde a chegada da Administração Trump à Casa Branca. A acção surge numa altura de tensão e como resposta às manobras militares anuais que Washington e Seul levam a cabo por estes dias em território sul-coreano e depois do líder norte-coreano ter dito no Ano Novo que o país está a ultimar o desenvolvimento de um míssil intercontinental que lhe permitiria atingir os Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul, Washington e Tóquio coordenam posições após lançamento de mísseis norte-coreano [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]epresentantes dos governos da Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão coordenaram posições a propósito do lançamento de quatro mísseis balísticos levado a cabo ontem pela Coreia do Norte. O responsável do Escritório de Segurança Nacional de Seul, Kim Kwan-jin, manteve uma conversa telefónica com o conselheiro nacional de segurança norte-americano, Herbert R. McMaster, na qual ambos acordaram aumentar a pressão e as sanções sobre Pyongyang, segundo porta-vozes do governo sul-coreano citados pela agência Yonhap. Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, Yun Byung-se, e o seu homólogo japonês, Fumio Kishida, também acordaram por via telefónica reforçar a cooperação entre Seul e Tóquio para parar o que consideram provocações do regime de Kim Jong-un. Por sua vez, o representante de Seul nas negociações para a desnuclearização da península coreana, Kim Hong-kyun, falou ao telefone com os seus homólogos norte-americano, Joseph Yun, e japonês, Kenji Kanasugi. Alta tensão Os quatro mísseis lançados ontem pela Coreia do Norte a partir da sua costa voaram cerca de 1.000 quilómetros e caíram no Mar do Japão. Três deles caíram na Zona Económica Especial do Japão – espaço que se estende a cerca de 370 quilómetros desde as costas nipónicas – perto do litoral de Akita. O ensaio contribui para aumentar ainda mais a tensão na península coreana, onde na semana passada Washington e Seul iniciaram as suas manobras militares anuais, as maiores até à data. Depois do míssil de médio alcance lançado a 12 de Fevereiro, o lançamento de ontem é o segundo ensaio balístico que a Coreia do Norte realiza desde que o seu líder, Kim Jong-un, anunciou no início do ano que Pyongyang estava a ultimar o desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), arma que poderia permitir-lhe no futuro alcançar o território dos Estados Unidos. Pequim condena O Governo chinês condenou o lançamento dos quatro mísseis balísticos realizado pela Coreia do Norte em direcção ao mar do Leste, e apelou a que se evitem provocações. “A China opõe-se aos lançamentos da Coreia do Norte”, declarou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, que alegou também que a acção de Pyongyang “viola as resoluções do Conselho de Segurança” das Nações Unidas. “As resoluções do Conselho de Segurança têm cláusulas claras sobre os lançamentos da Coreia do Norte utilizando a tecnologia de mísseis balísticos”, acrescentou. Geng afirmou ainda que a China está a par dos exercícios militares realizados em conjunto entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul “dirigidos contra a Coreia do Norte”. “As partes envolvidas devem manter a moderação e evitar provocar a outra parte ou agir de uma forma que aumente a tensão”, disse Geng. O porta-voz reiterou a oposição de Pequim à instalação do sistema de defesa antimísseis THAAD pelos EUA e Coreia do Sul na península coreana, que considera ameaçar os interesses da China.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim condena sistema anti-mísseis norte-americano na Coreia do Sul [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China condenou sexta-feira a instalação de um sistema antimísseis norte-americano na Coreia do Sul por considerar que “prejudica seriamente” a segurança na região. Seul e Washington anunciaram sexta-feira um acordo para a instalação na península coreana do sistema THAAD (Terminal High Altitude Area Defence), dadas as crescentes ameaças da Coreia do Norte. Para o Ministério da Defesa chinês, este acordo “prejudica seriamente os interesses estratégicos a nível de segurança de países da região, incluindo a China”. “A China insta fortemente os EUA e a Coreia do Sul a pararem o processo de instalação do sistema antimíssil THAAD”, acrescentou o Ministério, na mesma declaração, feita através de um comunicado. Para Pequim, a instalação deste sistema na Coreia do Sul não ajudará à desnuclearização da península coreana. A China exprime, assim, “a sua forte desaprovação e a sua firme oposição” ao acordo anunciado por Seul e Washington. Região quente Pequim já havia condenado, por diversas vezes, a possível instalação do THAAD em território sul-coreano, temendo que o seu raio de alcance vá muito além das efectivas necessidades de defesa da península coreana e interfira em interesses chineses. Por outro lado, a China teme que acabe por provocar uma corrida ao armamento na região. Os Estados Unidos da América e a Coreia do Sul iniciaram conversações com vista à instalação do sistema norte-americano antimísseis na península coreana em Fevereiro, um mês depois de a Coreia do Norte ter feito o seu quarto teste nuclear. Seul e Washington “fizeram uma aliança para instalar o THAAD”, como “medida de defesa para garantir a segurança” da Coreia do Sul e da sua população, disseram na passada sexta-feira os responsáveis pela Defesa dos dois países, num comunicado conjunto que não avança uma data para a concretização do acordo.