Ucrânia | Pequim pede contenção após míssil ter atingido a Polónia

O míssil de fabrico russo que atingiu ontem território polaco parece afinal ter sido disparado pela Ucrânia. Pequim pede tranquilidade a todas as partes envolvidas

 

A China pediu ontem “calma” a todas as partes na sequência das informações sobre o míssil de fabrico russo que atingiram a Polónia e que colocaram o exército polaco em estado de alerta.

“Na situação actual, todas as partes envolvidas devem manter a calma e a contenção para que seja evitada uma escalada”, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em Pequim.

Da mesma forma, o secretário-geral ONU defendeu na terça-feira à noite que é “absolutamente essencial” evitar o agravamento da guerra na Ucrânia, mostrando-se “profundamente preocupado” com a queda de um míssil de fabrico russo na Polónia.

Numa breve declaração transmitida pelo porta-voz da ONU, António Guterres apelou a uma “investigação exaustiva” sobre a queda do míssil que matou duas pessoas na Polónia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia confirmou na noite de terça-feira que um “projéctil de fabrico russo” atingiu o território deste país da Nato junto à fronteira com a Ucrânia, causando a morte a duas pessoas.

“Na vila de Przewodów (…), um projéctil de fabrico russo caiu, matando dois cidadãos da República da Polónia”, salienta-se num comunicado do porta-voz do ministério, Lukasz Jasina.

Na mesma nota, acrescenta-se que o embaixador russo na Polónia foi convocado para prestar “explicações detalhadas”.

Entretanto, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que é improvável que o míssil que atingiu a Polónia e matou duas pessoas tenha sido disparado a partir da Rússia.

“Há informações preliminares que contestam isso”, disse Biden aos jornalistas quando questionado se o míssil foi disparado da Rússia.

“É improvável nas linhas da trajectória que tenha sido disparado da Rússia, mas veremos”, acrescentou.
Por outro lado, os líderes do G7 e da Nato (Organização do Tratado do Atlântico Norte) decidiram apoiar uma investigação sobre a queda do míssil de fabrico russo, disse o Presidente dos EUA.

Céu vigiado

Ontem, a estação de televisão norte-americana CNN noticiou que um avião da Nato, que sobrevoava o espaço aéreo da Polónia, rastreou o míssil que explodiu no país na terça-feira e matou duas pessoas.

“A informação com pistas de radar [do míssil] foi fornecida à Nato e à Polónia”, acrescentou a mesma fonte, que não foi identificada.

Os aviões da Nato têm realizado vigilância regular em torno da Ucrânia desde o início da invasão russa, a 24 de Fevereiro.

Mais tarde, o secretário-geral, Jens Stoltenberg, disse que a explosão que matou duas pessoas na Polónia “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano.

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