Galaxy Macau | Loja “Pop-up” com marcas de moda locais

Pode ser visitada até ao dia 18 de Novembro uma nova loja de roupa em formato “Pop-up”, ou seja, com funcionamento temporário, e que apresenta várias marcas de moda locais. A loja irá funcionar no Promenade East do Galaxy Macau, apresentando-se 15 marcas diariamente entre as 10h e as 22h.

As marcas escolhidas são a “Common Comma”, “C/W Collective”, “Earlyink”, “ella épeler”, “Joya Ma”, “Jump Off”, “Lexx Moda”, “Mosq.”, “MULTIPLIER”, “Nega C.”, “No. 42、SANCHIALAU”, “SHEFEELING”, “Stardust Journey” e “VATIC”.

Esta é uma iniciativa conjunta do Instituto Cultural (IC) com a Galaxy no apoio à moda que se faz em Macau. Promete-se a apresentação de produtos tão variados como bolsas, lenços de seda, carteiras, sapatos femininos, entre outros acessórios, “em estilos distintos, como estilo moderno e elegante, estilo juvenil e doce, estilo de rua ou estilo vanguardista e desconstrutivista”.

O objectivo é “promover as marcas de moda originais de Macau junto dos turistas e dos residentes, no sentido de aumentar a visibilidade das marcas e ajudar o sector a expandir o mercado da indústria”.

Antes deste evento em Macau, o IC estabeleceu o mesmo formato de loja “Pop-up” com colecções locais nas zonas de Hengqin e Guangzhou, “tendo o evento sido muito bem acolhido pelo próprio sector e pelo público”. O mesmo evento irá estender-se, em Dezembro, a Shenzhen, “com vista a alargar os canais de venda no mercado da Grande Baía Guangdong–Hong Kong– Macau”, descreve a organização.

11 Nov 2024

Praia Grande | Moradores exigem demolição de loja considerada ilegal

Os moradores do edifício Lap Heng, situado ao lado do Banco Luso Internacional, exigem a demolição de uma loja de conveniência situada à entrada do prédio. A DSSOPT já confirmou a ilegalidade do negócio, cujo funcionamento tem causado, segundos moradores, problemas de higiene

 

[dropcap]O[/dropcap] edifício Lap Heng, localizado na zona da Praia Grande, ao lado do edifício do Banco Luso Internacional, tem registado problemas de higiene e drenagem causados, alegadamente, pelo funcionamento da loja de conveniência Chun Kei, que se situa à entrada do prédio, bloqueando uma zona de circulação.

A situação foi ontem denunciada por moradores numa conferência de imprensa, onde pediram a demolição da loja, uma vez que esta está a funcionar de forma ilegal. O filho do proprietário apareceu na conferência e assegurou que tem vontade de cooperar para a resolução do problema, mas que é preciso que os serviços públicos tratem da questão da propriedade da loja.

De acordo com o representante dos moradores, de apelido Wong, o edifício tem vindo a ser afectado por problemas de higiene desde 2017, causados por problemas no sistema de drenagem, que afectam não só o dia-a-dia dos residentes como dos estabelecimentos comerciais.

“Para melhorar o sistema de drenagem, é necessário que as máquinas das obras venham para dentro, mas o espaço onde a loja se situa impede a entrada de veículos”, explicou. O assunto já terá sido exposto aos proprietários da loja, mas ainda não se chegou a um consenso quanto à resolução do problema.

Confirmação da DSSOPT

Além dos problemas de higiene, coloca-se a questão da propriedade do espaço. O ano passado, os moradores não encontraram qualquer registo de propriedade da loja de conveniência Chun Kei. Um outro morador consultou junto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) que a loja não deveria estar naquele espaço, uma das saídas do edifício, de passagem pública.

A DSSOPT terá dito aos moradores que vão proceder à demolição da loja, mas o representante dos moradores exige que o processo seja mais célere, uma vez que estão em causa problemas de higiene e segurança.

Na conferência de imprensa estiveram presentes o filho e a mulher do proprietário da loja. A esposa, de apelido Lok, referiu que os moradores prestaram declarações falsas, tendo garantido que a loja tem registo comercial e que, até ao momento, não recebeu da DSSOPT nenhuma ordem de demolição. Lok disse que a loja foi adquirida a um outro proprietário no final da década de 70.

O filho, de apelido Ng, disse que, no passado, as leis permitiam o funcionamento de várias lojas no mesmo sistema em que opera a Chun Kei.

Ng disse que tem vontade de cooperar e que é necessário que os serviços públicos esclareçam a questão da propriedade, para determinar o seu funcionamento no futuro.

12 Dez 2018

Mini Wong, gerente da loja de produtos criativos P.M & Salon

Numa rua estreita perto do Templo do Bazar, há um espaço de grande dimensão cheio de vidros com produtos originais. A P.M & Salon, ajuda artistas a vender os seus produtos a troco de uma comissão, mas também quer ser uma galeria de arte e um espaço de workshops

[dropcap style=’circle’]“[/dropcap]P.M & Salon é um espaço onde os artistas podem vender os seus produtos, com marcas originais, sem terem grandes despesas.” Esta é a ideia por detrás da loja gerida por Mini Wong, situada na Rua das Estalagens. Lá dentro estão produtos diversos de 20 marcas originais, sendo a maioria de Macau, embora existam outras marcas de Hong Kong.
Mini Wong é uma jovem com cerca de 30 anos que decidiu, em Outubro do ano passado, abrir a empresa Prism Creative e a loja, em conjunto com outro sócio. Localizada num antigo bairro, perto da Rua Cinco de Outubro, a P.M & Salon mostra, logo à entrada, uma série de acessórios, cartões postais, cadernos. Há também velas esculpidas e peças encaixadas como se fossem legos e que representam os principais monumentos de Macau, como as Ruínas de São Paulo, o Templo de A-Má ou Templo de Na Tcha. [quote_box_left]“Cooperamos com os artistas para que realizem workshops sobre como fazer pulseiras, colares ou velas esculpidas. A participação é muito positiva”[/quote_box_left]
A P.M & Salon não cobra aos artistas por exporem os seus produtos, mas recebe uma comissão quando estes conseguem vendê-los. Mini Wong não tem dúvidas de que essa forma de negócio apresenta vantagens e desvantagens.
“A principal vantagem é que ajudamos os artistas a mostrar as suas obras sem que tenham de pagar muito por isso, mas há uma desvantagem: sem a pressão, os artistas tendem a criar novos produtos devagar, sem que tenham motivação”, explicou ao HM. P.M & Salon
A ideia de abrir a P.M & Salon surgiu porque Mini Wong trabalhou durante dez anos na área do design gráfico, numa agência de publicidade. Até que decidiu criar a sua própria marca – a Something.
“Desisti do trabalho e quis dedicar-me à área das indústrias culturais e criativas e ter mais tempo livre. O meu sócio propôs a criação de um estúdio, mas, como podíamos não ter rendimento suficiente, surgiu a ideia de juntar os produtos criativos e vendê-los no mesmo sítio.”

Não basta vender, há que expor

Para além dos produtos para venda, a loja acolhe neste momento uma exposição de pinturas feitas com vernizes para unhas e produtos de maquilhagem, da autoria de uma artista local. As pinturas, expostas em toda a loja, são para serem apreciadas, mas também vendidas.
“Esta ideia é para nos libertarmos do conceito de que só podemos assistir a exposições nos museus ou galerias de arte. Espero que esta loja possa vir não só a expor mas a vender obras de arte, para que possamos aproximar mais os artistas aos residentes”, acrescentou Mini Wong. P.M & Salon
Para além das vendas e exposições, a loja pretende ser um espaço para a organização de workshops, sendo que cada workshop recebe um máximo de oito pessoas. “Cooperamos com os artistas para que realizem workshops sobre como fazer pulseiras, colares ou velas esculpidas. A participação é muito positiva. Muitas vezes as pessoas compram os produtos mas não conhecem o contexto criativo. Quando participam nos workshops conseguem descobrir esse lado.”

Dificuldades contornadas

“Temos sorte”, diz Mini Wong quando o HM a questiona sobre a renda da loja. Esta é suportável porque é dividida com outra empresa. Ainda não houve recrutamento de funcionários, então o arranque do negócio não precisou de muito investimento inicial. Enquanto Mini Wong gere a loja, o sócio é o principal investidor.
O movimento da Rua das Estalagens não é grande e só é mais preenchida por turistas aos fins-de-semana, sobretudo vindos de Taiwan e Hong Kong. Nos primeiros dois meses, foi difícil ter rendimentos, mas os clientes têm vindo a crescer, apesar dos lucros ainda não serem os ideais.
No futuro a loja vai sofrer mudanças e poderá transformar-se num estúdio de criações. Meses após a criação da P.M & Salon, Mini Wong adquiriu as novas experiências e conheceu mais amigos, o que não conseguiu fazer no tempo em que foi designer gráfica.

Endereço: Rua das Estalagens, rés do chão do Edifício Wo Fat, número 37º

19 Ago 2015