Comércio | Mannings fecha todas as lojas no Interior

Na terça-feira, o Grupo Mannings anunciou o encerramento de todas as lojas físicas no Interior assim como da loja online e nas plataformas electrónicas Tmall, JD e Pinduoduo. O encerramento das lojas físicas vai acontecer a 15 de Janeiro.

No caso das lojas online, a desactivação vai decorrer na próxima semana. Os encerramentos foram explicados com a necessidade de ajustar a estratégia comercial.

Apesar destes encerramentos, os clientes do Interior vão poder continuar a comprar os produtos através do portal de Hong Kong do grupo. Segundo os dados da empresa, a Mannings tem mais de 320 lojas em Hong Kong e Macau. Desde 2004, o grupo entrou no mercado do Interior, e o número de lojas chegou às 200 unidades, do período com maior procura. Actualmente, o número de lojas é de 120 unidades.

18 Dez 2025

Comércio | Electrodomésticos Tai Peng anuncia encerramento

A conhecida cadeia de venda de electrodomésticos Tai Peng Rádio anunciou o encerramento no final deste ano, de acordo com um anúncio publicado no jornal Ou Mun, numa altura em que vários negócios locais enfrentam cada vez mais concorrência do Interior da China.

No anúncio é indicado que o encerramento se deve ao facto de o proprietário se pretender reformar. Na mensagem de despedida, a empresa, que tinha pelo menos três lojas em Macau, agradeceu a todos os clientes e indicou que os últimos 56 anos de operação “passaram num piscar de olhos”. A empresa deixou ainda o desejo que os electrodomésticos vendidos ao longo dos anos continuem a servir os cidadãos.

26 Nov 2025

Grupo Sa Sa | Menos vendas mas maiores lucros

Entre Abril e Junho, o grupo Sa Sa apresentou uma redução anual de 1,4 por cento nas vendas a retalho e de 3,6 por cento na venda de medicamentos e cosméticos em Macau. Os números constam dos resultados dos primeiros seis meses do ano, que foram divulgados ontem pela cadeia de lojas de Hong Kong.

Apesar das menores vendas em Macau, a situação em Hong Kong, no Interior e em outros países, como Singapura, Malásia ou nas Filipinas, apresentou melhorias que contribuíram para um lucro de 50,2 milhões de dólares de Hong Kong, um aumento anual de 54,8 por cento.

Na apresentação dos resultados, o grupo reconhece que os novos vistos para turistas do Interior visitarem Macau e Hong Kong estão a beneficiar os dois mercados. No entanto, as deslocações dos residentes de Macau e Hong Kong para o Interior são vistas como um desafio, dado que levam a uma diminuição do consumo. Os dados de Hong Kong mostram deslocações recorde para o Interior. Em Macau, as deslocações também estão a aumentar, mas o grupo indica que o Governo não revela os dados.

Ao mesmo tempo, em relação ao aumento do turismo do Interior, o relatório reconhece que os novos turistas estão cada vez mais interessados em “vivenciar novas experiências”, em vez de estarem tão focados nas compras, sendo indicado que estes novos padrões de consumo podem ter impacto nos resultados do grupo.

Além disso, é pedido um maior acesso à mão-de-obra local: “O Grupo Sa Sa continua cautelosamente optimista em relação aos mercados de Hong Kong e Macau. No entanto, os governos das RAE de Hong Kong e Macau precisam resolver a escassez de mão-de-obra local para manter altos padrões de serviço e acomodar os clientes durante a noite”, foi alertado.

21 Nov 2025

Galaxy Macau | Loja “Pop-up” com marcas de moda locais

Pode ser visitada até ao dia 18 de Novembro uma nova loja de roupa em formato “Pop-up”, ou seja, com funcionamento temporário, e que apresenta várias marcas de moda locais. A loja irá funcionar no Promenade East do Galaxy Macau, apresentando-se 15 marcas diariamente entre as 10h e as 22h.

As marcas escolhidas são a “Common Comma”, “C/W Collective”, “Earlyink”, “ella épeler”, “Joya Ma”, “Jump Off”, “Lexx Moda”, “Mosq.”, “MULTIPLIER”, “Nega C.”, “No. 42、SANCHIALAU”, “SHEFEELING”, “Stardust Journey” e “VATIC”.

Esta é uma iniciativa conjunta do Instituto Cultural (IC) com a Galaxy no apoio à moda que se faz em Macau. Promete-se a apresentação de produtos tão variados como bolsas, lenços de seda, carteiras, sapatos femininos, entre outros acessórios, “em estilos distintos, como estilo moderno e elegante, estilo juvenil e doce, estilo de rua ou estilo vanguardista e desconstrutivista”.

O objectivo é “promover as marcas de moda originais de Macau junto dos turistas e dos residentes, no sentido de aumentar a visibilidade das marcas e ajudar o sector a expandir o mercado da indústria”.

Antes deste evento em Macau, o IC estabeleceu o mesmo formato de loja “Pop-up” com colecções locais nas zonas de Hengqin e Guangzhou, “tendo o evento sido muito bem acolhido pelo próprio sector e pelo público”. O mesmo evento irá estender-se, em Dezembro, a Shenzhen, “com vista a alargar os canais de venda no mercado da Grande Baía Guangdong–Hong Kong– Macau”, descreve a organização.

11 Nov 2024

Praia Grande | Moradores exigem demolição de loja considerada ilegal

Os moradores do edifício Lap Heng, situado ao lado do Banco Luso Internacional, exigem a demolição de uma loja de conveniência situada à entrada do prédio. A DSSOPT já confirmou a ilegalidade do negócio, cujo funcionamento tem causado, segundos moradores, problemas de higiene

 

[dropcap]O[/dropcap] edifício Lap Heng, localizado na zona da Praia Grande, ao lado do edifício do Banco Luso Internacional, tem registado problemas de higiene e drenagem causados, alegadamente, pelo funcionamento da loja de conveniência Chun Kei, que se situa à entrada do prédio, bloqueando uma zona de circulação.

A situação foi ontem denunciada por moradores numa conferência de imprensa, onde pediram a demolição da loja, uma vez que esta está a funcionar de forma ilegal. O filho do proprietário apareceu na conferência e assegurou que tem vontade de cooperar para a resolução do problema, mas que é preciso que os serviços públicos tratem da questão da propriedade da loja.

De acordo com o representante dos moradores, de apelido Wong, o edifício tem vindo a ser afectado por problemas de higiene desde 2017, causados por problemas no sistema de drenagem, que afectam não só o dia-a-dia dos residentes como dos estabelecimentos comerciais.

“Para melhorar o sistema de drenagem, é necessário que as máquinas das obras venham para dentro, mas o espaço onde a loja se situa impede a entrada de veículos”, explicou. O assunto já terá sido exposto aos proprietários da loja, mas ainda não se chegou a um consenso quanto à resolução do problema.

Confirmação da DSSOPT

Além dos problemas de higiene, coloca-se a questão da propriedade do espaço. O ano passado, os moradores não encontraram qualquer registo de propriedade da loja de conveniência Chun Kei. Um outro morador consultou junto da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) que a loja não deveria estar naquele espaço, uma das saídas do edifício, de passagem pública.

A DSSOPT terá dito aos moradores que vão proceder à demolição da loja, mas o representante dos moradores exige que o processo seja mais célere, uma vez que estão em causa problemas de higiene e segurança.

Na conferência de imprensa estiveram presentes o filho e a mulher do proprietário da loja. A esposa, de apelido Lok, referiu que os moradores prestaram declarações falsas, tendo garantido que a loja tem registo comercial e que, até ao momento, não recebeu da DSSOPT nenhuma ordem de demolição. Lok disse que a loja foi adquirida a um outro proprietário no final da década de 70.

O filho, de apelido Ng, disse que, no passado, as leis permitiam o funcionamento de várias lojas no mesmo sistema em que opera a Chun Kei.

Ng disse que tem vontade de cooperar e que é necessário que os serviços públicos esclareçam a questão da propriedade, para determinar o seu funcionamento no futuro.

12 Dez 2018

Mini Wong, gerente da loja de produtos criativos P.M & Salon

Numa rua estreita perto do Templo do Bazar, há um espaço de grande dimensão cheio de vidros com produtos originais. A P.M & Salon, ajuda artistas a vender os seus produtos a troco de uma comissão, mas também quer ser uma galeria de arte e um espaço de workshops

[dropcap style=’circle’]“[/dropcap]P.M & Salon é um espaço onde os artistas podem vender os seus produtos, com marcas originais, sem terem grandes despesas.” Esta é a ideia por detrás da loja gerida por Mini Wong, situada na Rua das Estalagens. Lá dentro estão produtos diversos de 20 marcas originais, sendo a maioria de Macau, embora existam outras marcas de Hong Kong.
Mini Wong é uma jovem com cerca de 30 anos que decidiu, em Outubro do ano passado, abrir a empresa Prism Creative e a loja, em conjunto com outro sócio. Localizada num antigo bairro, perto da Rua Cinco de Outubro, a P.M & Salon mostra, logo à entrada, uma série de acessórios, cartões postais, cadernos. Há também velas esculpidas e peças encaixadas como se fossem legos e que representam os principais monumentos de Macau, como as Ruínas de São Paulo, o Templo de A-Má ou Templo de Na Tcha. [quote_box_left]“Cooperamos com os artistas para que realizem workshops sobre como fazer pulseiras, colares ou velas esculpidas. A participação é muito positiva”[/quote_box_left]
A P.M & Salon não cobra aos artistas por exporem os seus produtos, mas recebe uma comissão quando estes conseguem vendê-los. Mini Wong não tem dúvidas de que essa forma de negócio apresenta vantagens e desvantagens.
“A principal vantagem é que ajudamos os artistas a mostrar as suas obras sem que tenham de pagar muito por isso, mas há uma desvantagem: sem a pressão, os artistas tendem a criar novos produtos devagar, sem que tenham motivação”, explicou ao HM. P.M & Salon
A ideia de abrir a P.M & Salon surgiu porque Mini Wong trabalhou durante dez anos na área do design gráfico, numa agência de publicidade. Até que decidiu criar a sua própria marca – a Something.
“Desisti do trabalho e quis dedicar-me à área das indústrias culturais e criativas e ter mais tempo livre. O meu sócio propôs a criação de um estúdio, mas, como podíamos não ter rendimento suficiente, surgiu a ideia de juntar os produtos criativos e vendê-los no mesmo sítio.”

Não basta vender, há que expor

Para além dos produtos para venda, a loja acolhe neste momento uma exposição de pinturas feitas com vernizes para unhas e produtos de maquilhagem, da autoria de uma artista local. As pinturas, expostas em toda a loja, são para serem apreciadas, mas também vendidas.
“Esta ideia é para nos libertarmos do conceito de que só podemos assistir a exposições nos museus ou galerias de arte. Espero que esta loja possa vir não só a expor mas a vender obras de arte, para que possamos aproximar mais os artistas aos residentes”, acrescentou Mini Wong. P.M & Salon
Para além das vendas e exposições, a loja pretende ser um espaço para a organização de workshops, sendo que cada workshop recebe um máximo de oito pessoas. “Cooperamos com os artistas para que realizem workshops sobre como fazer pulseiras, colares ou velas esculpidas. A participação é muito positiva. Muitas vezes as pessoas compram os produtos mas não conhecem o contexto criativo. Quando participam nos workshops conseguem descobrir esse lado.”

Dificuldades contornadas

“Temos sorte”, diz Mini Wong quando o HM a questiona sobre a renda da loja. Esta é suportável porque é dividida com outra empresa. Ainda não houve recrutamento de funcionários, então o arranque do negócio não precisou de muito investimento inicial. Enquanto Mini Wong gere a loja, o sócio é o principal investidor.
O movimento da Rua das Estalagens não é grande e só é mais preenchida por turistas aos fins-de-semana, sobretudo vindos de Taiwan e Hong Kong. Nos primeiros dois meses, foi difícil ter rendimentos, mas os clientes têm vindo a crescer, apesar dos lucros ainda não serem os ideais.
No futuro a loja vai sofrer mudanças e poderá transformar-se num estúdio de criações. Meses após a criação da P.M & Salon, Mini Wong adquiriu as novas experiências e conheceu mais amigos, o que não conseguiu fazer no tempo em que foi designer gráfica.

Endereço: Rua das Estalagens, rés do chão do Edifício Wo Fat, número 37º

19 Ago 2015