Saúde | Zheng Anting quer sincronia médica entre Macau e Hengqin

O deputado ligado à comunidade de Jiangmen espera que hospitais e clínicas possam marcar consultas transfronteiriças, para satisfazer as necessidades de residentes que circulam diariamente entre as duas zonas. Além disso, critica a inconveniência de repetir exames médicos dos dois lados da fronteira

 

O deputado Zheng Anting apelou às autoridades para que tomem medidas para implementar o reconhecimento mútuo dos processos médicos entre instituições de saúde de Macau e de Hengqin. Numa opinião partilhada no jornal Exmoo, o representante da comunidade de Jiangmen considera que ainda há muito para fazer no campo da saúde de forma a tornar mais fácil a vida dos residentes que se deslocam entre Macau e a Zona de Cooperação Aprofundada todos os dias.

Um dos aspectos em que considera ser necessário melhorar é o reconhecimento mútuo dos processos médicos. Segundo as explicações do legislador, actualmente os residentes têm de repetir no Interior os exames médicos feitos em Macau, e vice-versa, porque as instituições não reconhecem os resultados.

A repetição dos exames é considerada excessiva e redundante, não só devido à necessidade de pagar duas vezes pelo mesmo exame, a maior parte das vezes com resultados iguais, mas também pelo tempo perdido antes do tratamento.
Para responder ao problema, Zheng Anting propõe o reconhecimento entre instituições, assim como a possibilidade de os processos clínicos serem transferidos entre Macau e o Interior, para as instituições terem acesso ao historial clínico dos pacientes.

O deputado de Jiangmen recordou mesmo que o Programa Piloto eHR (Electronic Health Record), que permite a partilha dos processos entre o Centro Hospitalar Conde de São Januário e o Hospital Kiang Wu, foi lançado há oito anos, mas que desde então não teve mais desenvolvimentos.

Marcação de consultas

Por outro lado, o deputado defendeu a criação de um mecanismo que permita a marcação de consultas em Macau, a partir das instituições médicas de Guangdong e vice-versa.

Segundo o legislador, se fosse possível realizar marcações transfronteiriças de consultas, os serviços seriam muito mais convenientes para os residentes que vivem entre as duas regiões. Para implementar este sistema, o deputado defendeu a criação de um programa piloto na Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin.

Zheng Anting espera assim que o Governo acelere a articulação do sistema e dos serviços de saúde entre a Ilha da Montanha e Macau, destacando que é o assunto mais importante para os residentes locais e também um factor para medir as metas do desenvolvimento da Grande Baía.

26 Jul 2023

Jiangmen | Quase 250 empresas locais mostraram-se na Feira de Cantão

A companhia Guangmingyuan Light Technology revelou uma nova lâmpada inteligente de desinfecção de elevadores, que foi utilizada durante os Jogos Olímpicos de Inverno

Um total de 247 empresas de Jiangmen participaram na 131.ª Feira de Cantão, que foi realizada entre Abril e Maio em formato online. A cidade fez-se representar na maior feira do país, que visa a promoção das importações e exportações, em diferentes áreas como electrodomésticos, produtos de iluminação, materiais de construção e decoração, equipamento sanitário, entre outros.

Com o tema os ciclos económicos doméstico e internacional da China, a exposição contou com 637 stands online que se dividiram por 31 áreas de produtos. Além disso, o evento foi separado em três grandes áreas partes para acompanhar as tendências mundiais: plataformas de promoção de produtos online, serviços de fornecimento de produtos e ainda zonas e comércio electrónico transnacional.

Uma das participantes foi a empresa Guangmingyuan Light Technology, também de Jiangmen, que aproveitou o evento online para lançar dois produtos novos: uma lâmpada medicinal de halogéneo e uma lâmpada de desinfecção ultravioleta inteligente para elevadores.

Sobre a lâmpada medicinal de halogéneo, um porta-voz da empresa explicou que “pode ser aplicada ao analisador de sangue” que vai permitir “uma melhor precisão dos exames médicos”. Por sua vez, a lâmpada de desinfecção ultravioleta nos elevadores permite esterilizar os produtos, com uma tecnologia que foi utilizada em vários locais nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim.

Aposta multimédia

A participar desde 1998, a empresa de loiças para a casa-de-banho Huayi, com sede em Jiangmen, voltou a estar presente. Ao portal do município de Jiangmen, um representante da companhia afirmou que este ano o formato online exigiu que as preparações fossem diferentes.

“Como a Feira de Cantão decorreu num formato online e queríamos a apresentar-nos de forma profissional, apostámos numa equipa com grande know-how na selecção de produtos, filmagens publicitárias e publicidade multimédia, que fez um trabalho muito intenso”, afirmou o responsável. “Acho que conseguimos mostrar bem a força na nossa marca e dos nossos produtos de forma mais abrangente”, acrescentou.

Também representantes da empresa Guangdong Daye Motorcycle Technology destacaram a importância de para o formato online serem desenvolvidos conteúdos digitais. “Vamos mostrar os nossos produtos, e como sabemos que o formato e diferente de um formato físico, tivemos muito cuidado para nos promover bem, num formato multimédia”, disse um representante da empresa ao portal das autoridades de Jiangmen.

20 Mai 2022

Turismo | Autoridades de Jiangmen lançam medidas de incentivo à economia

Na cidade de Jiangmen, as autoridades criaram um programa de cupões para o turismo, que vai distribuir até um milhão de yuan em descontos. A iniciativa surge depois de outra semelhante, para o consumo interno, no início do ano

O Departamento de Cultural de Jiangmen lançou no final do mês passado vales de consumo no valor de um milhão de yuan, de forma a apoiar a indústria do turismo. A medida foi anunciada pelas autoridades locais, e os cupões, que podem ser acedidos através do Wechat, vão permitir obter descontos em locais de interesse ou hotéis e pensões.

Com a medida a abranger 68 atracções e hotéis, o lançamento da segunda fase do programa surge após o sucesso da primeira iniciativa. Os cupões são distribuídos no modelo de lotaria, podem ser utilizados até 30 de Junho, e os contemplados foram informados sobre o sucesso da participação “no concurso” através das respectivas contas electrónicas na aplicação Wechat.

O turismo interno é uma das principais actividades de Jiangmen, tendo como principal atracção as fortificações e a vila de Kaiping Diaolou, um monumento classificado pela UNESCO, devido à mistura de influências chinesas e com elementos ocidentais.

Entre 2014 e 2018 as receitas do turismo cresceram mais de 20 por cento, ao ano, e alcançaram 58,8 mil milhões de yuan. Nesse último ano, o número de visitantes ultrapassou os 27 milhões, entre os quais 25,6 milhões provenientes do mercado interno.

Os novos tempos

No entanto, nos últimos tempos, a pandemia tem condicionado em todo o mundo a circulação de pessoas, e as autoridades de Jiangmen têm recorrido a cupões, de forma incentivar um maior consumo interno e a recuperação das indústrias locais.

O primeiro programa dos cupões de consumo foi lançado a tempo do Ano Novo Lunar, entre 28 de Janeiro e 15 de Fevereiro com a distribuição de 15 milhões de yuan, que puderam ser utilizados em vários locais de consumo, como restaurantes, supermercados, entre outros.

A iniciativa foi considerada um sucesso para as autoridades locais, uma vez que levou à emissão de 1,28 milhões de cupões, entre os quais 1,11 milhões foram efectivamente utilizados, o que levou a um gasto de 12,9 milhões de yuan dos 15 milhões inicialmente alocados. No entanto, o investimento de 12,9 milhões levaram aumentou o consumo na cidade em 184 milhões de yuan.

O primeiro programa de cupões teve um grande impacto nos mercados locais, com mais de 80 espaços comerciais a fazerem 140 actividades promocionais com descontos. Face às movimentações as autoridades afirmaram que o investimento levou a um verdadeiro “boom” da procura interna, o que serve também para justificar a aposta no turismo.

23 Abr 2022

Covid-19 | Jiangmen arregimenta esforços para ajudar Hong Kong a lidar com surto

Depois da mais recente vaga de covid-19 que afectou Hong Kong, a cidade de Jiangmen envolveu-se numa campanha para recolher material e donativos

 

A cidade de Jiangmen mobilizou-se para promover várias acções de recolha de donativos de material de combate à covid-19. Depois do número de casos ter começado a subir em Hong Kong, em Fevereiro, a cidade do Interior mobilizou-se com organização da Frente Unida do Comité Municipal Local.

No decorrer da campanha, que durou alguns dias, foram recolhidos comprimidos da marca Liahuan Qingwen, que as autoridades do Interior dizem minimizar os sintomas da covid-19, testes PCR, testes rápidos e máscaras.

Também a empresa Jiangmen Yinxing Robot Co. fez o donativo de robots que servem para desinfectar o material individual e os quartos onde estiveram pessoas infectadas.

Segundo os dados oficiais, até 19 de Fevereiro, a campanha levou à recolha de material avaliado em quase 4 milhões de yuan. “Num momento crítico para Hong Kong face ao avançar da epidemia, a Câmara do Comércio de Jiangmen e as empresas locais juntaram-se e tomaram acções concretas para ajudar Hong Kong”, pode ler-se num comunicado oficial. “Estamos ansiosos para ver Hong Kong alcançar uma vitória madrugadora sobre a pandemia e podermos assistir aos desbotar das flores da primavera”, foi acrescentado.

Por sua vez, a Associação de Mulheres Empresárias de Xinhui também participou no esforço e conseguiu amealhar cerca de 380 mil yuan em material de resposta à pandemia. “Com este gesto estamos a dar o nosso pequeno compatriota para ajudar os compatriotas de Hong Kong a enfrentarem as dificuldades”, afirmou Yu Jiangying, representante da Associação de Mulheres Empresárias de Xinhui. “Esperamos que Hong Kong possa ultrapassar o novo surto tão depressa quanto possível, e que a vida das pessoas possa regressar à normalidade”, acrescentou.

Ligações a Macau

A campanha organizada pela Frente Unida do Comité Municipal de Zhuhai estendeu-se à RAEM, através das ligações à Associação de Jiangmen.

Segundo Ian Soi Kun, presidente da associação local ligada à cidade, as pessoas de Jiangmen, Hong Kong e Macau fazem todas partes da mesma família e a situação na RAEHK “atingiu Macau e de Jiangmen no coração”.

No apoio a Hong Kong através de Jiangmen, a associação com sede de Macau contou com o apoio da Associação da Amizade Ultramarina de Jiangmen-Wuyi. Esta última associação contou com a ajuda dos seus membros presentes em Hong Kong para compreender melhor as dificuldades, o material de protecção em falta e permitir direccionar os materiais recolhidos para o auxílio comum.

14 Mar 2022

Governador de Jiangmen diz que residentes podem investir com confiança

[dropcap]L[/dropcap]iu Yi, Governador do Município de Jiangmen, afirmou que os residentes de Macau podem confiar no mercado do município e que os investidores estão “protegidos pela lei”. Foi desta forma que o responsável reagiu, em declarações ao Jornal do Cidadão, ao caso do empreendimento falido Guang Bo Hui, que lesou 70 residentes de Macau.

De acordo com Liu, todos os projectos de investimento envolvem riscos e ninguém pode garantir a 100 por cento que os investidores vão ter lucros. Contudo, frisou que a República Popular da China tem leis que protegem as pessoas e que a confiança da população de Macau para investir no outro lado da fronteira não vai sair afectada. “Mesmo no passado, no presente e no futuro houve, há e vão haver projectos com resultados diferentes devido não só a factores do mercado, mas também porque ninguém pode garantir que sejam bem feitos”, afirmou Liu. “Todo este acidente está protegido pela lei, pelo que no caso de haver falhas deve recorrer-se aos instrumentos legais para processar e tratar as queixas”, acrescentou.

Liu Yi apontou ainda que as pessoas não se devem focar apenas nos casos negativos: “Não estou preocupado que o caso afecte a confiança dos residentes de Macau a investir em Jiangmen, dado que no local, há cerca de mil empresas com capitais de pessoas de Macau. Não nos devemos focar apenas num exemplo de fracasso”, sublinhou.

Segundo dados apresentados anteriormente pelos deputados Ella Lei e Leong Sun Iok, com base em queixas, cerca de 70 residentes de Macau investiram 20 milhões de patacas para adquirir lojas e habitações no empreendimento GBH. No entanto, na altura, os legisladores alertaram que o número poderia ultrapassar os 300 lesados.

A empresa Jiangmen Teda Real Estate Development, com capitais de Macau, tem como principal accionista Chan Hac Kim, responsável pelo empreendimento Guang Bo Hui. O empresário nasceu no território, mas mudou-se posteriormente para Jiangmen [Kong Mun, em cantonês].

Ainda antes de falir, o empreendimento Guang Bo Hui ganhou visibilidade pelo facto de a imagem de Chui Sai On ter sido utilizada para promover as vendas. O gabinete do Chefe do Executivo fez mesmo um comunicado a desmentir qualquer envolvimento, apesar de ter estado em visita oficial duas vezes ao empreendimento.

O Governo de Jiangmen esteve em Macau na segunda-feira e assinou um contrato com a Companhia de Construção e Engenharia Omas Limitada e a China Construction Third Engineering Bureau. O objectivo do acordo é captar mais investimento.

31 Jul 2019

Imobiliário | Projecto que usou imagem do CE oficialmente falido

O Supremo Tribunal Popular da China declarou a empresa Jiangmen Teda Real Estate Development falida e começou a aceitar os pedidos de recuperação dos investimentos dos credores. Em Macau há cerca de 70 compradores de fracções no projecto Guang Bo Hui (GBH)

 

[dropcap]O[/dropcap] Supremo Tribunal Popular da China aceitou o pedido de falência da empresa proprietária do empreendimento Guang Bo Hui (GBH), a Jiangmen Teda Real Estate Development. Segundo a informação que fez a manchete do Ou Mun Iat Pou, desde o dia 15 deste mês que o tribunal começou a aceitar as queixas dos lesados. Para 26 de Agosto, ficou agendada a primeira conferência em tribunal entre os credores.

As obras do projecto GBH estavam paradas há cerca de dois anos e entre os lesados contam-se cerca de 70 residentes de Macau que, de acordo com os deputados Ella Lei e Leong Sun Iok, investiram 20 milhões de patacas para adquirir lojas e habitações no empreendimento GBH. No entanto, para os legisladores o número poderá ultrapassar os 300 lesados.

Ainda de acordo com a informação de ontem do jornal Ou Mun, as dívidas aos bancos e a outros credores privados superam os 889 milhões de yuan. Foi este montante que levou ao pedido do processo de falência para os credores poderem recuperar o dinheiro emprestado. Além deste problema estrutural, juntaram-se outros como demoras na construção, pagamentos atrasados a fornecedores e várias disputas laborais.

Com dedo local

O lançamento do projecto contou com a presença de Chui Sai On, naquele que foi um empreendimento aproveitado para promover o investimento de capitais de Macau no Interior da China. Contudo, a imagem do Chefe do Governo acabaria por ser utilizada por alguns agentes para promover as vendas, segundo a versão de alguns compradores. Chui Sai On sempre negou qualquer envolvimento com o projecto, porém não é conhecido nenhum processo judicial iniciado pelo Governo no Interior da China.

Recorde-se que a empresa Jiangmen Teda Real Estate Development, responsável pelo empreendimento Guang Bo Hui (GBH), iniciou o procedimento de falência a 25 de Janeiro deste ano, segundo o Supremo Tribunal Popular da China.

De acordo com a informação divulgada na altura, a empresa tem um capital social de 88 milhões de dólares norte-americanos, activos avaliados em 1,68 mil milhões de yuan e uma dívida acumulada de 236 milhões de yuan.

A Jiangmen Teda Real Estate Development conta com capitais de Macau e tem como principal accionista Chan Hac Kim. O empresário nasceu no território, mas mudou-se posteriormente para Jiangmen [Kong Mun, em cantonês]. Contudo, mantém ligações a Macau, com destaque para os cargos de presidente honorário da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau e vice-presidente da Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau, de acordo com os portais de ambas as associações.

Fé no continente

A falência da Jiangmen Teda Real Estate Development, proprietária do projecto Guang Bo Hui (GBH) não vai afectar as relações de cooperação entre Macau e Guangdong. A ideia foi deixada ontem pelo director dos Serviços de Estudos de Políticas e Desenvolvimento Regional, Mi Jian, após a reunião em que foram assinados nove protocolos de cooperação entre as duas regiões.

Mi Jian destacou ainda as relações próximas entre Macau e Jiangmen, enfatizando que o caso em questão é “individual e específico”, pelo que cabe aos investidores de Macau manterem a “confiança” e serem “corajosos” nos investimentos no continente.

28 Mai 2019

Imobiliário | Empresa do projecto Guang Bo Hui entra em insolvência

Foi com pompa e circunstância que, em 2012, Chui Sai On foi a Jiangmen lançar a primeira pedra do empreendimento Guang Bo Hui, visto como um exemplo de cooperação regional. Sete anos depois, a empresa está em processo de insolvência. Só em Macau contam-se 70 lesados

[dropcap]A[/dropcap] empresa Jiangmen Teda Real Estate Development, responsável pelo empreendimento Guang Bo Hui (GBH), iniciou o procedimento de falência, de acordo com um documento publicado no portal para falências do Supremo Tribunal Popular da China.

Segundo a informação publicada, o tribunal abriu um concurso público, que vai decorrer até Abril, para escolher duas firmas como administradoras de falência. Já o processo de insolvência teve início a 25 de Janeiro deste ano: “O tribunal iniciou o processo de insolvência da empresa Jiangmen Teda Real Estate Development a 25 de Janeiro de 2019”, pode ler-se.

A informação divulgada revela também que a empresa tem um capital social de 88 milhões de dólares norte-americanos, activos avaliados em 1,68 mil milhões de yuan e uma dívida acumulada de 236 milhões de yuan. Entre os principais activos, o tribunal destaca o “Centro Internacional de Exposições e Comércio Luz Verde – China (Jiangmen)”, com uma área total de 318.666 metros quadrados.

Da informação publicada no portal do tribunal, verifica-se que a companhia foi registada no departamento de comércio de Jiangmen a 15 de Janeiro de 2008 e tem actualmente nos seus quadros 25 empregados.

A Jiangmen Teda Real Estate Development conta com capitais de Macau e tinha como principal accionista Chan Hac Kim. O empresário nasceu no território, mas mudou-se posteriormente para Jiangmen [Kong Mun, em cantonês]. Contudo, mantem ligações a Macau, com destaque para os cargos de presidente honorário da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau e vice-presidente da Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau, de acordo com os portais de ambas as associações.

Residentes em risco

A falência da Jiangmen Teda Real Estate Development pode vir a afectar vários residentes locais que investiram no mais recente projecto do imobiliário: o Guang Bo Hui (GBH).

Segundo dados apresentados pelos deputados Ella Lei e Leong Sun Iok há, pelos menos, 70 residentes de Macau que investiram 20 milhões de patacas para adquirir lojas e habitações no empreendimento GBH. No entanto, os legisladores alertaram que o número poderia ultrapassar os 300 lesados.

As obras do GBH, que, entretanto, pararam por falta de dinheiro, arrancaram em 2012. Chui Sai On esteve presente na cerimónia de lançamento da primeira pedra. Mais tarde, já em 2015, o Chefe do Executivo voltou a liderar uma delegação que se deslocou ao projecto, que era visto como um exemplo da cooperação regional.

No entanto, a polémica à volta da Jiangmen Teda Real Estate Development começou em Dezembro do ano passado. Nessa altura, vários compradores de fracções de Macau e Hong Kong contaram, ao jornal Apple Daily, que a imagem de Chui Sai On tinha sido utilizada para promover as vendas. Segundo os relatos, os agentes imobiliários teriam mesmo dito que Chui era um dos investidores. Contudo, o Chefe do Executivo de Macau emitiu, posteriormente, um comunicado a negar qualquer envolvimento.

Ainda na terça-feira a Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau realizou uma conferência de imprensa, que contou com a participação dos deputados e membros da associação Mak Soi Kun e Zheng Anting, com o objectivo de informar que o Governo da Cidade de Jiangmen ia intervir para resolver a situação dos lesados de Macau.

28 Fev 2019

Governo de Jiangmen envolve-se no projecto Guang Bo Hui

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Associação dos Conterrâneos de Kong Mun [Jiangmen, em mandarim] de Macau, ligada aos deputados Mak Soi Kun e Zheng Anting, esteve na cidade e garante que o governo da metrópole do Interior da China está a fazer tudo para resolver a situação do empreendimento Guang Bo Hui.

Este é um projecto que foi promovido com recurso indevido à imagem do Chefe do Executivo de Macau, Chui Sai On, e que envolve o investimento um mínimo de 70 pessoais locais, num total de 20 milhões de patacas.

De acordo com uma conferência de imprensa realizada ontem, citada pelo canal chinês da Rádio Macau, o Governo da cidade de Jiangmen está a procurar uma solução com o promotor.

Além da procura de uma solução, as autoridades da cidade do Interior da China estiveram também a reunir informação para responder a todas as dúvidas dos pequenos investidores, segundo a informação divulgada no evento que contou com a participação dos deputados Mak Soi Kun e Zheng Anting.

27 Fev 2019

Chui Sai On nega envolvimento em projecto de Jiangmen

O Gabinete do Porta-Voz do Governo de Macau já tinha negado, mas agora é a vez do próprio Chui Sai On garantir que não teve nenhum envolvimento no projecto imobiliário de Jiangmen que deixou centenas de investidores lesados

 

[dropcap]C[/dropcap]hui Sai On afirma que não investiu nenhum dinheiro no projecto imobiliário de Jiangmen. De acordo com a TDM, o Chefe do Executivo sublinhou ainda que não está preocupado com o impacto que o caso possa ter para a imagem do território e a razão é simples: trata-se de uma notícia falsa. “Não estou preocupado que os casos que não sejam verídicos possam afectar a imagem de Macau”, apontou à mesma fonte. “Este caso não tem a participação do Governo da RAEM nem do Chefe do Executivo”, acrescentou Chui.

Chui nega assim a notícia avançada na passada segunda-feira pelo jornal de Hong Kong Apple Daily que denunciava a associação do Chefe do Executivo a um projecto de imobiliário falhado em Jiangmen, ligado a um empresário de Macau e que envolve 4 mil milhões de renminbi. O empreendimento seria destinado a exposições, lojas, hotéis, e espaços de entretenimento.

O projecto em causa, com a denominação em inglês de GBH faz parte dos investimentos vistos como estratégicos para a Grande Baía e, de acordo com o jornal Apple Daily, já conta com 300 lesados, entre investidores de Macau, Hong Kong e Interior da China.

Sempre presente

As obras do GBH, que entretanto estão paradas por falta de dinheiro, arrancaram em 2012 e, de acordo com o Apple Daily, Chui Sai On esteve mesmo presente na cerimónia de lançamento da primeira pedra. Mais tarde, já em 2015, o Chefe do Executivo de Macau voltou a liderar uma delegação que se deslocou ao local onde o empreendimento iria ser construído.

Segundo o jornal de Hong Kong, as fotografias de Chui Sai On durante as visitas foram utilizadas pela equipa de vendas até ao princípio de Novembro deste ano, altura em que os lesados, que já foram ao local protestar várias vezes nos últimos dois anos, repararam que as fotografias tinham sido retiradas.

18 Dez 2018

Grande Baía | Chefe do Executivo associado a projecto falhado

Chui Sai On apadrinhou o lançamento de um projecto de imobiliário em Jiangmen, ligado a um empresário de Macau. As fotos do Chefe do Executivo foram usadas para promover a venda de lojas e houve agentes que terão dito que até Chui tinha investidos milhões no projecto. O Governo nega o investimento, mas as obras pararam por falta de fundos e há 300 lesados

 

[dropcap]O[/dropcap] Chefe do Executivo está a ser associado a um projecto de imobiliário falhado em Jiangmen, ligado a um empresário de Macau, que envolve 4 mil milhões de renminbis e que seria destinado a exposições, lojas, hotéis, e espaços de entretenimento. O projecto em causa, com a denominação em inglês de GBH – tradução fonética do nome 光博匯, que se lê Guang Bo Hui, em mandarim –, faz parte dos investimentos vistos como estratégicos para a Grande Baía e, de acordo com o jornal Apple Daily, conta com 300 lesados, entre investidores de Macau, Hong Kong e Interior da China.

No centro do projecto, como principal investidora e construtora, está a empresa Jiangmen Teda Real Estate Development, financiada com capitais de Macau, que tem como principal accionista Chan Hac Kim (tradução fonética de 陳克儉). Este empresário nasceu em Macau, onde é presidente honorário da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau e vice-presidente da Associação dos Conterrâneos de Kong Mun de Macau, de acordo com os portais de ambas as associações. Kong Mun é a pronúncia em cantonense para Jiangmen, a que Chan está ligado devido às suas origens familiares. 

As obras do projecto GBH, que entretanto estão paradas por falta de dinheiro, arrancaram em 2012 e, de acordo com o Apple Daily, Chui Sai On esteve mesmo presente na cerimónia de lançamento da primeira pedra. Mais tarde, já em 2015, o Chefe do Executivo de Macau voltou a liderar uma delegação que se deslocou ao projecto.

Segundo o jornal de Hong Kong, as fotografias de Chui Sai On durante as visitas foram utilizadas pela equipa de vendas até ao princípio de Novembro deste ano. Só nessa altura é que os lesados, que já foram ao local para diferente protestos várias vezes nos últimos dois anos, reparam que as fotografias tinham finalmente sido retiradas.

Imagem de Chui usada

No entanto, a utilização da imagem do Chefe do Executivo para fins de marketing não terá ficado por aqui. Alguns compradores de Hong Kong, cuja identidade foi protegida, disseram ao mesmo jornal que os agentes imobiliários ligados ao projecto não tiveram problemas em definir o Chefe do Executivo, na altura das vendas, como “amigo pessoal” de Chan Hac Kim. A frase “Até Chui Sai On investiu milhões de renminbis. Não tenha medo!”, também terá sido utilizada na altura de convencer os investidores a adquirirem lojas e outros espaços.

Por sua vez, o Gabinete do Porta-Voz do Governo de Macau negou ao Apple Daily que Chui Sai On ou o Governo da RAEM tenham investido de qualquer forma nesse projecto. Sobre as ligações de amizade entre Chui e Chan não há referências.

Em relação ao investidor Chan Hac Kim, o próprio terá admitido o problema de financiamento do projecto, cujas obras estão paradas. Contudo, o empresário terá prometido a devolução de pelo menos parte do dinheiro.

“Não tenho dinheiro [para concluir o projecto]. Não tenho mesmo dinheiro e sei que estou a falhar no prometido, mas estou a fazer tudo para resolver o problema”, terá dito Chan, numa das aparições públicas nos protestos dos compradores.

O empresário nascido em Macau terá também afirmado que foi recentemente encontrado um novo accionista para o projecto e que vai permitir com que todos 300 compradores possam ver parte do dinheiro investido devolvido. Chan definiu Abril como a data limite para as devoluções. O restante dinheiro do novo accionista vai ser utilizado para concretizar o projecto, que o empresário diz ser o maior investimento de Macau no Interior da China.

Empresa inexistente

No entanto, ainda há mais informação por esclarecer. A Jiangmen Teda Real Estate Development, liderada por Chan Hac Kim, foi sempre apresentada como uma subsidiária de uma empresa de Macau. A entidade da RAEM teria alegadamente o nome de Teda Construction Engineering Co. Ltd. Só que o jornal consultou o registo comercial e não encontrou a empresa-mãe. Mesmo em relação a Jiangmen Teda Real Estate Development existem dúvidas. A companhia tem um centro de vendas e além desse espaço tem uma sede. Mas nessa tal sede funciona antes uma fábrica têxtil. Em relação a estes assuntos as perguntas do jornal de Hong Kong ficaram sem resposta.

Segundo as informações da empresa, as obras do projecto GBH estão planeadas para duas fases. A primeira já arrancou e está parada e envolve as zonas C, D e espaço de exposições. Além de áreas de negócio, a primeira fase tem ainda escritórios, hotéis, apartamentos e casas. Os 300 lesados de Macau, Hong Kong e China são pessoas que compraram espaços nesta fase. A principal prejudicada é uma mulher do Interior da China que terá investido um pouco mais de um milhão de renminbis.

Já a segunda fase, segundo a informação do portal, ainda está a ser projectada mais vai ter uma área de 500 mil metros quadrados. As duas fases juntas vão ter capacidade para receber seis mil empresas ou lojas e têm ainda cerca de oito mil espaços de estacionamento.

17 Dez 2018

Grande Baía | Chefe do Executivo passou ontem por Jiangmen

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Chui Sai On, esteve ontem em Jiangmen a liderar uma delegação, no âmbito de uma visita oficial relativa à política da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

De acordo com um comunicado oficial, foi feita uma visita à base de galvanoplastia de New Fortune Environmental Protection Co. Ltd.Yamen, tendo sido feita uma apresentação da Zona Piloto de Cooperação Industrial Guangdong-Macau (Jiangmen). Wen Yan, um dos responsáveis pela empresa, terá explicado que “a zona piloto estará dividida em três parques destinados à indústria de protecção ambiental, intitulados Parque de Empreendedorismo para Jovens de Macau e de Países da Língua Portuguesa, Parque desenvolvimento do turismo costeiro e de cuidados de saúde da medicina chinesa”.

No que diz respeito ao Parque de Empreendedorismo para Jovens de Macau e de Países da Língua Portuguesa, pode ajudar a cidade de Jiangmen a “servir de local de intercâmbio no desenvolvimento dos respectivos programas entre Macau e Países da Língua Portuguesa, bem como servir de corrente numa indústria que trará benefícios mútuos para as duas cidades, criando mais espaços de desenvolvimento”.

26 Jun 2018