Imobiliário | Vendas de casas caíram 18,2 % em Julho

No passado mês de Julho, foram vendidas 291 fracções para habitação, total que representou um decréscimo de 18,2 por cento face ao mesmo mês de 2024 quando foram vendidas 356 casas.

Os dados constam no portal da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) de acordo com o número das fracções autónomas destinadas à habitação que foram declaradas para liquidação do imposto do selo por transmissões de bens em Julho.

Também o preço médio do metro quadrado registou uma quebra anual de 18,8 por cento, de 93.374 patacas em Julho de 2024 para 75.806 patacas. Em termos mensais, os dados da DSF mostram uma evolução positiva, com o aumento de 32 por cento das vendas, ou mais 72 fracções vendidas. Também o preço médio do metro quadrado subiu 9 por cento face a Junho.

20 Ago 2025

Imobiliário | Mais transacções no segundo trimestre

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que no primeiro trimestre deste ano foram transaccionadas 801 fracções autónomas destinadas a habitação, um aumento de mais 47 casas face ao trimestre anterior, por um valor total de 3,69 mil milhões de patacas, um aumento ligeiro de 0,2 por cento.

Deste grupo de vendas, 756 dizem respeito a fracções autónomas habitacionais de edifícios construídos, o que constitui um aumento trimestral de 17,4 por cento. Também neste segmento, o valor das transacções, de 3,48 mil milhões de patacas, aumentou 8,8 por cento entre o primeiro e segundo trimestre.

Mas se houve mais transacções de casas por um preço mais elevado, a verdade é que o preço médio por metro quadrado de área útil das fracções destinadas a habitação registou, entre o primeiro e segundo trimestre, uma quebra de 4,2 por cento. A DSEC revela que a maior quebra foi nas casas da Taipa, com o preço médio por metro quadrado a ser de 73.477 patacas, menos 6,5 por cento.

Por sua vez, em Coloane o preço médio subiu 9,5 por cento, para 83.741 patacas no segundo trimestre. O preço médio das fracções autónomas habitacionais de edifícios construídos situou-se em 68.093 patacas, menos 3,8 por cento em termos trimestrais.

19 Ago 2025

China | Preços das casas caem pelo 26º mês consecutivo

Os preços da habitação nova na China caíram pelo vigésimo sexto mês consecutivo em julho, apesar das medidas governamentais para travar a prolongada crise que afeta o setor, segundo dados oficiais divulgados ontem.

Nas 70 cidades analisadas, os preços recuaram 0,31% face a junho, de acordo com cálculos feitos com base nos dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China, que apontaram uma queda de 0,27% no mês anterior.

Sessenta cidades registaram descidas nos preços da habitação nova, contra 56 em junho, enquanto seis – incluindo Xangai – registaram aumentos, menos do que as 14 no mês anterior. Em quatro cidades, os preços permaneceram inalterados.

Os cálculos mostram ainda que o preço das habitações em segunda mão caiu 0,51% em julho face a junho, um abrandamento relativamente à descida de 0,61% do mês anterior. Neste segmento, praticamente todas as cidades analisadas registaram quebras, exceto Xining, capital da província de Qinghai (oeste), onde os preços não variaram, e Taiyuan (centro), que registou uma ligeira subida.

Nos últimos anos, as autoridades chinesas anunciaram várias medidas para conter o colapso do mercado imobiliário, cuja estabilização é vista como crucial para a estabilidade social, dado que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.

A crise do sector imobiliário, que representa cerca de 30% do produto interno bruto da China, incluindo efeitos indiretos, é apontada como um dos principais factores da recente desaceleração da economia do país.

17 Ago 2025

Habitação | Nova quebra do preço das casas

Dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) revelam que os preços da habitação continuam a cair. A queda foi de 3,1 por cento face ao primeiro trimestre, destacando-se uma maior queda nas habitações já construídas

 

As casas estão mais baratas, após a segunda queda de preços este ano. Os dados mais recentes são divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), que fala de uma quebra de 3,1 por cento do Índice de Preços da Habitação (IPH), situado nos 196,1 pontos, em relação aos meses de Janeiro e Março de 2025.

Por sua vez, a queda foi maior nas habitações já construídas, com o IPH a situar-se nos 213,4 pontos, menos 3,7 por cento no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses deste ano. Já o IPH das habitações em construção, foi de 214,9 pontos, mais 2,7 por cento, o que mostra que neste segmento as casas encareceram.

A DSEC avança ainda que entre Abril e Junho o IPH baixou 2,3 por cento face aos meses de Março a Maio, com uma maior quebra nas casas da ilha da Taipa, de 2,4 por cento. Por sua vez, a quebra do IPH entre Abril e Junho na ilha de Coloane foi de 2 por cento face ao trimestre anterior.

Se olharmos para as diferenças em termos anuais, verificamos que a quebra do IPH é ainda maior, uma vez que entre os meses de Abril e Junho deste ano o IPH baixou 10,4 por cento em relação ao período homólogo do ano passado. “Destaca-se que o índice de preços de habitações da Península de Macau e o índice da Taipa e Coloane diminuíram 10,1 por cento e 11,6 por cento, respectivamente”, aponta a DSEC, também nos mesmos meses e em comparação com igual período do ano passado.

Sempre a descer

Os dados estatísticos da DSEC mostram que o IPH das casas construídas baixou globalmente 2,2 por cento, sendo que a maior quebra diz respeito às casas com 11 a 20 anos de construção, registando-se, também no segundo trimestre do ano, uma quebra de 3,3 por cento face ao primeiro trimestre. Segue-se uma quebra de 2,2 por cento nas casas com cinco ou com mais de 20 anos.

Em termos de área útil das fracções autónomas, o IPH de casas do escalão inferior a 50 metros quadrados de área útil baixou 3,6 por cento. Por sua vez, o índice do escalão igual ou superior a 100 metros quadrados desceu 2,1 por cento, também entre os dois primeiros trimestres do ano.

A DSEC apresenta ainda dados dos preços por altura de edifícios, com o IPH dos prédios com sete ou menos pisos a baixar 2,9 por cento. Já em edifícios de altura superior, a quebra foi de 2,1 por cento.

Além dos preços das casas estarem mais baixos, também o número de transacções apresenta uma tendência de descida. Segundo dados divulgados pela DSEC no último mês, as transacções de imóveis para habitação registaram uma quebra anual de quase 50 por cento. Em Junho deste ano houve 219 negócios de compra e venda de habitação, o que representa uma redução de 47 por cento.

11 Ago 2025

Habitação pública | Defendida atribuição a quadros qualificados

Lei Choi Hong, directora-executiva do grupo imobiliário Sun City, defendeu que os apartamentos de habitação pública que sobram dos concursos devem ser atribuídos a quadros qualificados.

Segundo o Jornal do Cidadão, a responsável lembrou que a procura por habitação pública já não é tão elevada como no passado, tomando como referência os concursos de habitação social mais recentes ou da habitação económica na Zona A dos Novos Aterros Urbanos.

Lei Choi Hong destacou a projecto em curso do Novo Bairro de Macau em Hengqin que procura atrair moradores entre os residentes de Macau, pelo que existem, na sua opinião, bastante oferta habitacional no mercado neste momento.

Ao mesmo jornal, Ng Ka Teng, membro do Conselho para os Assuntos de Habitação Pública, argumentou que a procura por casas públicas mudou e que o Governo deve actualizar as políticas nesta área. A responsável recordou que os mais recentes números de pedidos de habitação económica caíram de forma significativa, sendo que na candidatura de 2019, 487 agregados familiares acabaram por desistir na fase de escolha da casa. Isso significa mais de dez por cento das famílias candidatas.

Ng Ka Teng pede, por isso, o relançamento de algumas medidas habitacionais, nomeadamente o plano da primeira aquisição de imóveis para jovens com idades compreendidas entre 21 e 44 anos. Outra política que pode ser lançada novamente, na visão da responsável, é o regime de bonificação de juros de crédito concedido para aquisição de habitação própria.

30 Jul 2025

Habitação | Transacções com quebra anual de quase 50%

No espaço de um ano, o território registou menos 194 transacções no sector da habitação, uma quebra anual de 47 por cento. Em termos mensais, o mercado apresentou sinais de estabilidade, com o número de transacções a subir ligeiramente

 

No passado mês de Junho, o número de compra e venda de habitação foi de 219 negócios, o que significou uma redução de 47 por cento, em comparação com Junho do ano passado. No período homólogo tinha sido registado um total de 413 transacções de habitação. Os dados foram divulgados ontem pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF).

A península foi o local do território com mais transacções, como normalmente acontece, com 158 compras e vendas de habitação. Apesar disso, em comparação com o período homólogo houve uma redução de 19 compras e vendas de casas e apartamentos.

A grande diferença encontra-se na Taipa, onde no espaço de um ano se registaram menos 165 transacções. Em 2024, tinha havido 216 transacções, no que também representou um registo atípico. Todavia, em Junho deste ano, o número não foi além das 51 transacções.

Em Coloane, a redução do número de transacções foi de 50 por cento, de 20 em Junho de 2024 para 10 em Junho deste ano.

Em Junho, o mercado do imobiliário não encolheu apenas no número das transacções, o mesmo aconteceu com o valor do metro quadrado. Em geral, o valor do metro quadrado teve uma redução de 30,3 por cento. Os dados mais recentes mostram que o metro quadrado foi negociado por 69.707 patacas, quando no período homólogo era negociado por 99.489 patacas.

Na península, o preço médio do metro quadrado foi de 69.707 patacas, uma redução anual de 18.358 patacas, na Taipa de 64.761 patacas, menos 47.064 patacas, e em Coloane de 90.069 patacas, uma diminuição de 11.386 patacas.

Comparação mensal

A nível mensal o mercado imobiliário apresentou sinais mistos. No número de transacções, registou-se um crescimento entre Maio e Junho, com mais 23 transacções, o que representou um aumento de 11,7 por cento. Os aumentos foram registados na península, onde houve mais oitos transacções, e na Taipa com mais 15 transacções. O mercado manteve-se estável em Coloane, com as mesmas 10 compras e vendas nos dois meses.

Em relação ao preço do metro quadrado, no espaço de um mês verificou-se uma ligeira redução de 0,7 por cento, de 69.735 patacas para 69.254 patacas.

Na península, os preços registaram uma subida mensal de 67.386 patacas para 69.707 patacas por metro quadrado. No entanto, tanto na Taipa como em Coloane, houve reduções no valor do metro quadrado. Na Taipa, a redução foi de 70.934 patacas para 64.761 patacas, enquanto em Coloane foi de 92.184 patacas para 90.069 patacas.

20 Jul 2025

Novos empréstimos para actividades imobiliárias afundam 80,2%

Em Maio, os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias afundaram 80,2 por cento para 573,6 milhões de patacas, em comparação com Maio de 2024. Os dados foram revelados ontem pela Autoridades Monetária de Macau, com “Estatísticas relativas aos empréstimos hipotecários – Maio de 2025”.

Em Maio do ano passado, o valor dos novos empréstimos para actividades imobiliárias foi de 2.890 milhões de patacas.

Quando a comparação é feita entre Maio e Abril deste ano, os novos empréstimos para actividades imobiliárias mostram uma redução 62,1 por cento.

Em relação aos empréstimos para habitação, de acordo com os dados da AMCM, em Maio os novos empréstimos aprovados pelos bancos de Macau apresentaram um aumento de 7,2 por cento, face a Abril, para 946,5 milhões de patacas. No entanto, quando a comparação é feita com o período homólogo também houve uma redução, neste caso de 7,2 por cento, dado que nesse período os novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados pelos bancos atingiram 1.020 milhões de patacas.

 

Dívidas a subir

Ao mesmo tempo, o rácio das dívidas não pagas dos novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias atingiu os 5,4 por cento, o que representou um aumento de 0,8 pontos percentuais face ao período homólogo. Os dados foram divulgados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM).

Quando o rácio das dívidas não pagas dos novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias é comparado com Abril deste ano, o número apresentou uma redução de 0,1 pontos percentuais.

Em relação aos novos empréstimos hipotecários para habitação, o rácio das dívidas não pagas foi de 3,6 por cento, o que constituiu um aumento de 0,1 pontos percentuais face ao período homólogo. Em comparação com Abril deste ano, o rácio das dívidas não pagas não apresentou alterações.

No final de Maio, o saldo bruto dos empréstimos hipotecários para habitação atingiu 213,58 mil milhões de patacas, uma redução de 0,4 por cento face a Abril e 5,4 por cento face a Maio do ano passado.

O saldo bruto dos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias fixou-se em 146,64 mil milhões de patacas, uma diminuição de 1,0 por cento face a Abril e de 5,9 por cento em comparação com Maio do ano passado.

 

 

16 Jul 2025

Iao Hon | Proprietária denuncia más condições de apartamento

Reboco a cair do tecto e vigas de ferro à mostra. Foi este o cenário descrito por uma proprietária de um apartamento no edifício Son Lei, um dos setes prédios do bairro Iao Hon à espera de reconstrução da Macau Renovação Urbana, cujo início estava previsto para o ano passado.

Em declarações ao programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, a residente, de apelido Lai, revelou insatisfação com a demora das autoridades e pediu que seja anunciado o mais brevemente possível o calendário para as obras de reconstrução do prédio onde mora.

Outra situação que preocupa a residente é a demora no anúncio do valor da renda que terá de pagar quando se mudar para o apartamento de habitação temporária, disponibilizado para residentes de prédios do Iao Hon sujeitos a renovação urbana. Recorde-se que o prédio onde vão ficar alojados temporariamente será no Lote P do Areia Preta, no prédio construído no terreno onde esteve para ser erigido o projecto do Pearl Horizon.

Lai não só não desconhece a renda da casa temporária, como também não sabe quando terá de se mudar. Para já, a única comunicação concreta surgiu na forma de um convite para visitar as fracções do edifício de habitação temporária.

Em Abril do ano passado, o Governo de Ho Iat Seng garantiu que as obras de reconstrução do edifício Son Lei iriam arrancar ainda em 2024.

9 Jul 2025

Habitação | Índice de Preços desceu 1,4 por cento

Entre Março e Maio de 2025, o índice global de preços da habitação registou uma redução de 1,4 por cento, em comparação com o período de Fevereiro a Abril, caindo para 200,7. O índice de preços de habitações foi divulgado ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), através de um comunicado.

De acordo com a mesma fonte, o índice de preços de habitações construídas (218,3) caiu 1,4 por cento e o índice de habitações em construção (212,9) teve uma redução 0,8 por cento.

No índice de preços de habitações construídas, o da Península de Macau (207,3) e o da Taipa e Coloane (262,0) desceram 0,9 por cento e 2,9 por cento, respectivamente, face ao período precedente.

Em termos do ano de construção dos edifícios, o índice de preços de habitações construídas pertencentes ao escalão dos 11 aos 20 anos de construção e o índice do escalão dos 6 aos 10 anos baixaram 2 por cento e 1,6 por cento.

No período em análise, o índice global de preços da habitação decresceu 8,7 por cento, em comparação com o período de Março a Maio de 2024. Destaca-se que o índice de preços de habitações da Península de Macau (198,7) e o índice da Taipa e Coloane (208,7) diminuíram 8,5 por cento e 9,5 por cento, respectivamente.

7 Jul 2025

Habitação | Vendas e preços continuam em queda

Depois de um mês de Abril animador, Maio voltou a registar quebras a toda a ordem nas vendas e preços da habitação. No mês passado, foram vendidas 195 casas em Macau, total que representou uma quebra mensal de 31 por cento e menos 43,6 por cento em termos anuais. Os preços levaram um corte anual de quase um quarto do valor

 

Os sinais positivos do mercado imobiliário para a habitação que se registaram em Abril, dissiparam-se em Maio. A negra realidade do mercado é comprovada pelos mais recentes dados respeitantes às fracções autónomas destinadas à habitação que foram declaradas para liquidação do imposto do selo por transmissões de bens, publicados no site da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF).

No passado mês de Maio, foram vendidas na RAEM 195 fracções para habitação, das quais 150 estão localizadas na península. Este total de vendas representa uma quebra mensal de 31 por cento, descida mais acentuada quando comparada com Maio de 2024 (-43,6 por cento). Também nos preços, os dados da DSF demonstram descidas face ao preço médio do metro quadrado do mês passado, 78.143 patacas. Em termos mensais o preço diminuiu 7,3 por cento, mas a comparação anual revela uma quebra de 24 por cento.

Na zona onde se registaram mais vendas, a península, foram transaccionadas menos 69 fracções, ou 31,5 por cento, face a Abril deste ano. A quebra é mais acentuada (-33,6 por cento) face a Maio de 2024.

Números insulares

A performance do mercado imobiliário para habitação em Maio não foi melhor nas Ilhas. No mês em análise, foram vendidas 36 casas na Taipa, quase metade das transacções registadas em Maio de 2024, quando foram vendidas 73, resultando numa quebra anual de 50,7 por cento. Face a Abril deste ano, a quebra de vendas foi de 30,8 por cento.

Os preços seguiram a mesma tendência. Em Maio deste ano o preço do metro quadrado na Taipa atingiu 70.934 patacas, valor que representou uma descida de 14,1 por cento em relação a Abril deste ano, e uma quebra de 36,6 por cento em termos anuais.

Na zona mais cara do território, Coloane, foram vendidas apenas uma dezena de fracções para habitação em Maio. A fraca performance reflectiu uma quebra de vendas de 16,7 por cento em termos mensais. Em termos anuais, o mercado de habitação em Coloane registou uma quebra de 78,7 por cento na venda de fracções.

Porém, Coloane registou a única flutuação positiva nos dados estatísticos de Maio, com a subida mensal dos preços das habitações de 4,6 por cento, para um preço médio de 92.184 patacas por metro quadrado. Ainda assim, o preço médio do metro quadrado em Coloane caiu 8,6 por cento face a Maio de 2024.

20 Jun 2025

Habitação | Mercado encolhe mais de 50% num ano

O mercado da habitação continua em contracção e no espaço de um ano o preço médio do metro quadrado desvalorizou 23,8 por cento. Se a comparação for feita com o período pré-pandemia, os preços caíram 39,5 por cento

 

No início de Maio, o número de transacções no mercado de habitação caiu para menos de metade, com uma redução de 57,6 por cento, em comparação com a primeira quinzena de Maio do ano passado. A informação consta das estatísticas da Direcção de Serviços de Finanças (DSF).

Segundo os dados mais recentes, na primeira metade de Maio deste ano houve um total de 78 compras e vendas de habitação, o que contrasta com as 184 transacções registadas nos primeiros quinze dias de Maio de 2024. Esta é uma diferença de 106 negócios.

As alterações no espaço de um ano não se ficaram pelo número de transacções, o mesmo aconteceu com o preço médio do metro quadrado. Na primeira metade de Maio deste ano o preço médio da habitação foi de 69.634 patacas por metro quadrado, o que significa uma redução de 23,8 por cento face ao período homólogo, quando o preço médio era de 91.361 patacas por metro quadrado.

A redução significa que se uma pessoa pagou, no ano passado, 5,80 milhões de patacas por uma habitação, a mesma casa valeria em Maio deste ano 4,42 milhões de patacas, o que implica uma desvalorização de 1,38 milhões de patacas.

No início de Maio deste ano, Coloane foi a região com as casas mais caras, onde o preço médio foi de 90.755 patacas por metro quadrado. Ao invés, na Península de Macau o preço médio por metro quadrado foi de 69.132 patacas por metro quadrado, o mais reduzido.

Outras realidades

Se a comparação for feita com a primeira metade de Abril deste ano, a redução tanto ao nível do número de transacções como do preço é mais moderada. Em termos do preço da habitação, no espaço de um mês a redução foi de 11 por cento, dado que no início de Abril deste ano o preço médio do metro quadrado foi fixado em 78.204 patacas.

Quando se analisa a tendência ao nível do número de transacções, a redução foi de 34,6 por cento, superior a um terço, dado que no início de Abril tinham sido registadas junto da DSF um total de 133 transacções. O número mais recente de transacções foi apenas de 78 compras e vendas, o que significa uma diferença de 55 transacções.

As comparações com o período pré-pandemia mostram um contraste ainda mais acentuado. Ao nível do preço do metro quadrado, a comparação com o início de Maio de 2019 mostra uma redução de 39,5 por cento, de 115.071 patacas por metro quadrado para 69.634 patacas por metro quadrado. Tendo em conta estes números, se uma pessoa tivesse comparado uma habitação no início de Maio de 2019 por 5,80 milhões de patacas, essa mesma casa estaria agora avaliada em 3,51 milhões de patacas, uma diferença de 2,29 milhões de patacas.

6 Jun 2025

Habitação | Gabinete de Estudos promete equilíbrio no mercado

O Governo promete acompanhar o mercado imobiliário ao longo do ano para manter um equilíbrio entre procura e oferta, assegurar o “desenvolvimento sustentável” e a habitação para os residentes.

Foi desta forma que Cheong Chok Man, director dos Serviços de Estudo de Políticas e Desenvolvimento Regional (DSEPDR) respondeu a uma interpelação de Lei Chan U, sobre a política de habitação para os próximos anos.

“No Relatório das Linhas de Acção Governativa para o Ano Financeiro de 2025 propôs-se a revisão e optimização da política de habitação, ajustando os planos de oferta de diferentes tipos de habitação, no sentido de melhor responder às necessidades habitacionais dos residentes com diferentes níveis de rendimento”, foi acrescentado. Todavia, ao contrário do que era questionado, Cheong Chok Man não respondeu se vai haver uma revisão do Estudo sobre a Política de Habitação para Fins Residenciais.

26 Mai 2025

Imobiliário | Centaline prevê continuação de queda de preços

Nos primeiros três meses deste ano, o preço das fracções para habitação caiu 5,5 por cento face ao último trimestre de 2024. O director da agência imobiliária Centaline prevê a continuação da queda, estimando uma depreciação de 10 por cento, e pede novas medidas de apoio ao sector

 

O mercado imobiliário continua a sofrer, com vendas a níveis que não se comparam com o período antes da pandemia e os preços a caírem. E, segundo o director da agência imobiliária Centaline, Roy Ho, o sector ainda não bateu no fundo.

Segundo os dados oficiais divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, no primeiro trimestre de 2025 o preço das fracções autónomas para habitação desceu 5,5 por cento face aos últimos três meses do ano passado. A queda foi mais acentuada em termos anuais, com as casas a desvalorizarem 15,5 por cento.

Roy Ho espera que o mercado continue a cair no futuro próximo, estimando uma descida de cerca de 10 por cento. Em declarações ao jornal Exmoo, o empresário revelou preocupações com a tendência negativa da evolução do mercado imobiliário. “Não existem, actualmente, factores que sustentem a recuperação do sector, ou a subida dos preços. As transacções que se fazem nesta altura resultam, basicamente, dos preços mais baratos”, lamentou.

Seguindo esta inclinação, Roy Ho prevê que no próximo trimestre, entre Maio e Julho, cheguem ao mercado ofertas de desconto para habitações novas, factor que pode ser determinante para o preço das fracções ser “mais leve” durante esse período.

Importa referir que nos dois primeiros períodos deste ano, o mercado de compra de habitação foi dominado pela venda de fracções em edifícios novos. O director da agência salientou que a variação de preços pode oscilar bastante, dependendo da variação de vendas de apartamentos novos ou em segunda mão, que são, naturalmente, mais baratos.

Resposta do mercado

O responsável argumenta ainda que se o preço das habitações a estrear sofrer um corte, os dados estatísticos irão reflectir uma diminuição de vendas de fracções usadas. Face a este cenário, e apesar de não prever quebras de preços na ordem de 30 a 50 por cento, caso as habitações novas apresentem preços mais competitivos, Roy Ho considera que as maiores desvalorizações se devem verificar em imóveis localizados em prédios mais degradados.

O empresário aponta também para a possibilidade de compradores, que possam oferecer um valor de entrada maior, estarem em condições favoráveis para negociar preços mais competitivos com proprietários que precisem de verbas urgentemente.

Em relação às políticas para impulsionar o sector, Roy Ho entende que o Governo de Macau deve ir além das isenções fiscais e lançar um subsídio para a troca de casa, à semelhança do que foi feito por várias províncias de cidade chinesas e Hong Kong.

20 Mai 2025

Habitação | Rendas aumentam 0,4% no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses do ano, as rendas de habitação registaram um aumento de 0,4 por cento, face ao período entre Outubro e Dezembro, de acordo com “estatísticas das rendas referentes ao primeiro trimestre de 2025”, divulgadas ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Os maiores aumentos ocorreram na Baixa da Taipa, onde se registou um crescimento de 1,1 por cento, para uma renda média por metro quadrado de 140 patacas, na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE), com as rendas a crescerem 0,8 por cento, para 120 patacas por metro quadrado, e no NAPE e Aterros da Baía da Praia Grande, onde as rendas subiram 0,7 por cento, para uma média de 144 patacas por metro quadrado.

À excepção das rendas da habitação, a DSEC aponta que todos os outros espaços apresentaram reduções, entre o quarto trimestre do ano passado e o primeiro de 2025.

Em relação às rendas das lojas, os dados mais recentes mostram uma redução de 0,9 por cento, para uma renda mensal de 485 patacas por metro quadrado. A renda média dos espaços utilizados como escritórios teve uma diminuição de 1,3 por cento para 290 patacas por metro quadrado. Finalmente, as rendas médias dos edifícios industriais caíram cerca de 0,2 por cento, para um preço médio de 123 patacas por metro quadrado.

15 Mai 2025

Imobiliário | Preços de casas novas caem pelo 22º mês consecutivo

Os preços das casas novas na China caíram pelo 22º mês consecutivo em Março, apesar das medidas do Governo para travar a prolongada crise no sector. Os preços em 70 cidades seleccionadas caíram 0,11 por cento, em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados ontem pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) do país asiático. A queda em Fevereiro foi do mesmo valor percentual.

Entre as localidades mencionadas, 41 registaram descidas nos preços das casas novas em comparação com 45 em Fevereiro. Entre estas, 24 – incluindo algumas importantes como Xangai ou Shenzhen – registaram aumentos, mais do que no mês anterior (18).

Os dados do GNE também revelaram uma queda de 0,2 por cento no preço das casas em segunda mão em Março, um ritmo mais moderado do que o registado no mês anterior (0,3 por cento). No caso deste tipo de imóveis, 56 das 70 cidades registaram descidas, quatro mantiveram-se ao mesmo nível que em Dezembro e dez registaram subidas.

Nos últimos meses, as autoridades chinesas continuaram a anunciar medidas para travar a queda do mercado imobiliário, uma questão que preocupa Pequim devido às suas implicações para a estabilidade social, uma vez que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.

Uma das principais causas do recente abrandamento da economia chinesa é precisamente a crise do sector imobiliário, cujo peso no PIB nacional – somando os factores indirectos – foi estimado em cerca de 30 por cento, segundo alguns analistas.

17 Abr 2025

Habitação | Pedido apoio para quem está em lista de espera

Em plena pré-campanha eleitoral, Nick Lei tem insistido no tema da habitação. O deputado divulgou ontem uma interpelação escrita onde pede o retorno do subsídio para quem espera por uma fracção de habitação social, e a redução do tempo de espera pela entrega de uma casa

 

A mais de três meses do início da campanha para as próximas eleições que vão seleccionar o elenco futuro da Assembleia Legislativa, Nick Lei parece ter escolhido uma das suas prioridades: a habitação pública.

Depois de na segunda-feira, o deputado ligado à comunidade de Fujian ter divulgado uma resposta do Instituto de Habitação a uma interpelação escrita sobre habitação económica, ontem foi a vez de endereçar a habitação social.

Nick Lei insiste no retorno do subsídio para ajudar a pagar a renda a candidatos que esperam por uma fracção. O chamado “abono de residência” foi criado no segundo mandato de Edmund Ho na liderança do Governo, para ajudar famílias que cumpriam os critérios de acesso a uma habitação social, mas que se encontravam em lista de espera, por não existir apartamentos disponíveis.

Na última ronda do apoio, em 2022, o valor do subsídio era de 1.650 patacas por mês, para agregados com um ou dois membros, e de 2.500 patacas por mês, para agregados familiares com mais de duas pessoas.

O deputado reconhece que num futuro próximo, a oferta de habitação social poderá satisfazer a procura. Mas, para já, há quem espere por uma fracção há mais de dois anos e meio.

“Importa realçar que as famílias que esperam por habitação social são todas compostas por residentes desfavorecidos economicamente. Apesar de o Governo ter garantido que a espera por uma fracção foi reduzida para um ano, depois da implementação do mecanismo de candidatura permanente, isso continua a não reflectir a espera real entre os vários tipos de tipologia de apartamentos”, afirmou o deputado.

Mais vale sós

Nick Lei dá o exemplo das candidaturas a apartamentos T1 de habitação social, que largamente excedem a oferta. Mas admite que os blocos deste tipo de habitação pública na Zona A dos Novos Aterros, que devem estar concluídos entre 2026 e 2027, podem ajudar a solucionar a situação, oferecendo cerca de 4.088 apartamentos, dos quais 3.276 são T1. Além disso, também o complexo de habitação social da Avenida Venceslau de Morais, o Edifício Mong Son irá ajudar a colmatar as lacunas do lado da oferta. Este prédio é composto por três blocos, com 24 a 35 pisos, três pisos em cave, disponibilizando 885 fracções de tipologia T1 e 705 fracções de tipologia T2, num total de 1.590 fracções de habitação social.

O deputado defende que a pressão financeira provocada pelo mercado de arrendamento afecta seriamente as famílias mais pobres, principalmente face à subida anual de 3,9 por cento das médias das rendas no ano passado.

Outra das exigências do deputado, prende-se com a garantia máxima que o Governo deu de quatro anos, entre o momento em que uma candidatura a habitação social é aceite e a entrega de uma casa. Nick Lei gostaria que este período de garantia fosse reduzido.

9 Abr 2025

Habitação | Centaline avisa que preços vão cair até 20 por cento

A agência imobiliária traça um cenário negativo do mercado imobiliário, que afecta o preço das habitações, mas também as rendas das lojas. Segundo a empresa, após anos em negação, os senhorios de lojas começam a perceber que vão perder dinheiro

 

A agência imobiliária Centaline prevê que os preços da habitação apresentem quebrad de 10 a 20 por cento ao longo do ano. A previsão consta do mais recente relatório da agência sobre o mercado do imobiliário local, publicado no final da semana passada, e que aponta que o sector atravessa uma “idade do gelo”.

“O mercado imobiliário de Macau está a atravessar uma fase de desenvolvimento em forma de ‘U’, pelo que se espera que a pressão para reduzir os preços da habitação se prolongue”, é referido. “Os preços da habitação vão atravessar uma nova vaga de quebras entre 10 e 20 por cento”, foi acrescentado.

Ao referir a forma de “U”, a Centaline prevê que a queda seja seguida de um período de crescimento, após uma fase de estagnação. No entanto, é necessário atingir o fundo. E esse momento é difícil de prever: “A dimensão da queda vai depender de vários factores, incluindo o ritmo da redução dos juros nos Estados Unidos, assim como das políticas de auxílio ao mercado”, foi explicado.

Com base nesta tendência, a agência admite que se vive uma “idade do gelo”: “O mercado imobiliário entrou na idade do gelo, com os preços da habitação e o volume de transacções a caírem”, foi escrito. “No segundo trimestre, as nossas estimativas apontam para que o volume das transacções seja de cerca de 200 transacções por mês”, foi previsto.

Acordar para a realidade

Em relação ao mercado de arrendamento de lojas, a situação não é muito diferente, e a Centaline indica que os proprietários das lojas vão ter de aceitar a nova realidade, e possivelmente desfazer-se das lojas. “No ano passado, muitos dos investidores ainda acreditavam que a queda do preço das rendas se devia à pandemia ou ao aumento das taxas de juro. Acreditavam que tudo ia voltar à ‘normalidade’, pelo que preferiam pagar os juros [das hipotecas] e manter a aposta nos seus investimentos”, foi explicado.
“Recentemente, começaram a aperceber-se que os dias dos bons de investimentos nas lojas chegaram ao fim, o sector da venda a retalho sofreu uma transformação e a dependência das lojas físicas diminuiu consideravelmente. Por isso, o valor das lojas está a diminuir gradualmente. No caso de segurarem os seus investimentos, muito dificilmente vão obter bons resultados”, foi acrescentado.

A Centaline traça assim um cenário a duas velocidades. Nas zonas mais centrais para o turismo, admite que houve perto de 20 arrendamentos em que o valor da renda ficou acima das 100 mil patacas. No entanto, nos bairros comunitários a situação é muito diferente, principalmente ao nível das lojas no NAPE ou Horta e Costa.

7 Abr 2025

Habitação | Preços descem ligeiramente

Entre Novembro de 2024 e Janeiro de 2025, o índice global de preços da habitação apresentou uma redução de 1,3 por cento, face ao período entre Outubro e Dezembro, para 204,2. Os dados foram revelados na sexta-feira pelos Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

O índice de preços de habitações da Taipa e Coloane (212,7) caiu 7,2 por cento, contudo, o índice da Península de Macau (202,1) subiu 0,4 por cento.

O índice de preços de habitações construídas (223,6) ascendeu 0,1 por cento, em relação ao período anterior. No entanto, o índice de habitações em construção (222,2) desceu 16,8 por cento, informam os Serviços de Estatística e Censos.

Quanto ao índice de preços de habitações construídas, o da Península de Macau (210,3) subiu 0,3 por cento, relativamente ao período precedente, porém, o da Taipa e Coloane (276,4) caiu 0,4 por cento. No período em análise, o índice global de preços da habitação decresceu 11,8 por cento, em comparação com o período de Novembro de 2023 a Janeiro de 2024.

10 Mar 2025

Habitação | Novo regime de despejo em vigor

O novo regime torna mais fácil as acções de despejo de arrendatários com três rendas, ou mais, em atraso entrou em vigor no sábado. De acordo com a Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), o “novo regime de despejo destina-se a responder à situação de atraso prolongado no pagamento de rendas, tendo introduzido um novo procedimento mais simples e célere”.

Com as mudanças, os senhorios passam a ter direito ao pagamento de indemnizações pelas rendas em atraso, quando estas atingem os três meses, além de poderem exigir os pagamentos devidos, acrescidos de juros de mora, assim como a possibilidade avançarem para a resolução do contrato.

As alterações legais permitem ainda aos juízes abdicar da fase de julgamento nos processos de despejo.

3 Mar 2025

JLL estima que habitações vão continuar a perder valor ao longo do ano

A agência imobiliária JLL estima que ao longo este ano o valor da habitação vai cair até 5 por cento, de acordo com o relatório mais recente sobre o mercado de Macau.

As quebras, que podem chegar a 5 por cento, foram estimadas tanto para a habitação de luxo, que em 2024 desvalorizou 11,4 por cento, como para as casas de médio e pequeno valor, que em 2024 perderam 9,7 do seu valor. “Os preços das casas em Macau caíram a pique desde a pandemia, com os preços globais a descerem mais de 20 por cento em relação ao pico do mercado. Algumas unidades registaram mesmo descidas no valor de 30 por cento”, afirmou Mark Wong, director de Consultoria de Valor e Risco da JLL em Macau.

A agência imobiliária admite que os compradores da habitação para revenda ficaram a perder dinheiro: “A correcção de preços no mercado da habitação levou a perdas substanciais para os proprietários de apartamentos que compraram apartamentos residenciais nos últimos anos, o que também afectou os seus interesses em investir ou só comprar habitação. Além disso, apesar de uma oferta adequada de habitação, a procura continua a ser limitada”, foi apontado.

Outras desvalorizações

Também os escritórios deverão perder valor ao longo deste ano, com a JLL a prever reduções que podem, tal como na habitação, chegar a 5 por cento, em termos do mercado como um todo, que desvalorizou 10,9 por cento em 2024, e dos escritórios de luxo, que desvalorizaram 8 por cento.

A JLL perspectivou ainda reduções que podem chegar a 5 por cento em termos dos espaços comerciais, depois de ter indicado que os valores das lojas foi encurtado em 9,4 por cento no último ano.

Apesar de prever desvalorizações generalizadas, a JLL acredita que em termos do mercado do arrendamento, deverá haver uma ligeira subida nas rendas de habitação, que podem aumentar até 13,7 por cento no segmento de luxo e 2,5 por cento nos restantes segmentos.

Nos escritórios, espera-se que as rendas desçam entre 4,5 e 6,0 por cento, enquanto nas lojas espera-se a manutenção do valor.

21 Fev 2025

Habitação | Custo médio com redução de 17,5 por cento

Os dados divulgados pela Direcção de Serviços de Finanças revelam que no espaço de um ano as casas ficaram mais baratas, com a diferença do metro quadrado a atingir 15.278 patacas

 

Em Janeiro, o preço médio do metro quadrado da habitação registou uma redução de 17,5 por cento face ao período homólogo, de acordo com a Direcção de Serviços de Finanças (DSF).

Segundo os dados divulgados pelas autoridades, no primeiro mês do ano, o preço médio do metro quadrado da habitação foi de 71.917 patacas, o que representa uma redução de 17,5 por cento, em comparação com Janeiro de 2024. Nesse mês, o metro quadrado era comprado e vendido a uma média de 87.195 patacas, o que representa uma diferença de 15.278 patacas por metro quadrado.

Quando a comparação é feita entre Janeiro deste ano e Dezembro do ano passado, o preço médio do metro quadrado apresentou uma redução de 9,7 por cento, dado que em Dezembro de 2024 o preço médio foi de 79.619 patacas por metro quadrado. No espaço de um mês a diferença foi de 7.702 patacas.

Face a estes números, um apartamento com 75 metros quadrados avaliado em 5,97 milhões de patacas em Dezembro, valeria em Janeiro 5,39 milhões de patacas.

No que diz respeito ao número de transacções, Janeiro apresentou uma ligeira recuperação em relação ao que acontecia há um ano. No primeiro mês deste ano, registou-se um total de 270 transacções de habitação, um crescimento de 2,7 por cento, face às 263 transacções registadas em 2024.

O crescimento do número de transacções é mais significativo se a comparação for realizada entre Janeiro e Dezembro. No último mês do ano passado foram registadas 190 transacções. Janeiro representou, assim, um crescimento de 42,1 por cento no número de transacções, ou seja, mais 80 compras e vendas de habitação.

Taipa mais cara

Ao contrário da tendência normal, em Janeiro as habitações mais caras foram compradas e vendidas na Taipa, onde o preço por metro quadrado atingiu 78.744 patacas. Em comparação, em Janeiro de 2024, a média na Taipa era de 93.954 patacas por metro quadrado, enquanto em Dezembro de 2024 foi de 85.923 patacas.

Coloane, que é o local de Macau onde as casas tendem a ser mais caras, viu o metro quadrado ser negociado por 75.866 patacas, quando em Dezembro o valor médio foi de 99.972 patacas por metro quadrado. Em Janeiro de 2024, o preço do metro quadrado em Coloane era de 103.478 patacas.

Em relação à Península de Macau, o preço do metro quadrado foi de 67.023 patacas, enquanto em Dezembro de 2024 foi de 70.756 patacas. Em Janeiro de 2024, o preço por metro quadrado na Península de Macau era de 83.063 patacas.

19 Fev 2025

Imobiliário | Associação prevê que recuperação só chegue em 2027

A Associação Comercial de Fomento Predial de Macau não está optimista quanto à possibilidade de o mercado imobiliário recuperar ainda este ano, prevendo que a crise se arraste por mais um ano e meio a dois anos, antes da retoma efectiva.

O presidente da associação, Lok Wai Tak, considera que a população passou a encarar a habitação de uma forma diferente, indo além da tradicional solução de comprar casa.

Como tal, o representante duvida que as transacções imobiliárias voltem às tendências do passado. Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun, Lok Wai Tak defendeu que a recuperação completa do mercado imobiliário depende também da evolução económica, incluindo a capacidade de consumo dos turistas e da situação da economia mundial.

Rumo à retoma, o dirigente recomenda que o Governo importe mais quadros qualificados para Macau e que pondere a atribuição de residência por investimento, de forma a atrair capital do exterior.

14 Fev 2025

Habitação | Empréstimos hipotecários caíram 17,9% em Dezembro

A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou ontem que os novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados pelos bancos de Macau em Dezembro caíram 17,9 por cento em relação a Novembro, para um total de 1,01 mil milhões de patacas. Destes empréstimos, 96,6 por cento foram contraídos por residentes locais, num montante total de 975,39 milhões de patacas, menos 17,7 por cento do que em Novembro. Também o componente não-residente decresceu 22,6 por cento.

A AMCM indica que, “até finais de 2024, atendendo a que se verificou, neste período, o reembolso de vários empréstimos de elevado montante, o saldo bruto dos empréstimos hipotecários para habitação chegou a 218,14 mil milhões de patacas, correspondendo a uma diminuição de 0,5 por cento relativamente ao mês anterior e 4,9 por cento em termos anuais.

Os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias ainda caíram mais em Dezembro face a Novembro, com um decréscimo 22,7 por cento para 685,51 milhões de patacas.

A AMCM indica também que no final do ano passado, o crédito malparado nos empréstimos hipotecários para habitação atingiu 3,5 por cento, valor que corresponde a um aumento de 0,1 por cento face a Novembro e a uma subida de 2,7 por cento em termos anuais.

O crédito malparado para empréstimos comerciais está num valor ainda mais elevado, correspondendo a 5,3 por cento do valor total destes empréstimos, um aumento de 0,5 por cento em relação a Novembro e mais 2,3 por cento em termos anuais.

12 Fev 2025

Chongqing | Anuladas restrições à compra e venda de casas

A metrópole chinesa de Chongqing, uma das mais populosas do país, anunciou no domingo o fim das últimas restrições à compra de casas, visando contrariar uma prolongada crise no sector imobiliário.

Em comunicado, a Comissão Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano – Rural da cidade anunciou a abolição da última isenção remanescente, na sequência da eliminação de uma política que exigia que a propriedade fosse detida durante pelo menos dois anos antes de poder ser vendida.

Segundo a imprensa local, isto significa que deixam de existir restrições à venda de casas em Chongqing, que tem quase 32 milhões de habitantes, numa área semelhante à da Áustria, embora inclua muitas zonas rurais divididas em 12 vilas.

No final de 2022, a metrópole, situada no centro da China, começou a flexibilizar as restrições que tinha imposto nos anos anteriores, face a um mercado sobreaquecido. A cidade proibia, por exemplo, as famílias de possuírem mais do que uma casa.

A situação financeira de muitas empresas imobiliárias chinesas agravou-se depois de Pequim ter anunciado, em Agosto de 2020, restrições ao acesso ao financiamento bancário para os promotores que tinham acumulado um elevado nível de dívida, incluindo a Evergrande, com um passivo de quase 330 mil milhões de dólares.

Nos últimos meses, o governo local anunciou várias medidas de apoio, com os bancos estatais a abrirem também linhas de crédito multimilionárias a vários promotores, visando financiar a conclusão de projectos vendidos em planta, uma questão que preocupa Pequim pelas implicações na estabilidade social, dado que o imobiliário é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.

No entanto, o mercado não está a reagir: as vendas comerciais medidas por área útil caíram 8,5 por cento, em 2023, e 12,9 por cento, em 2024.

11 Fev 2025