Habitação | Preços descem ligeiramente

Entre Novembro de 2024 e Janeiro de 2025, o índice global de preços da habitação apresentou uma redução de 1,3 por cento, face ao período entre Outubro e Dezembro, para 204,2. Os dados foram revelados na sexta-feira pelos Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

O índice de preços de habitações da Taipa e Coloane (212,7) caiu 7,2 por cento, contudo, o índice da Península de Macau (202,1) subiu 0,4 por cento.

O índice de preços de habitações construídas (223,6) ascendeu 0,1 por cento, em relação ao período anterior. No entanto, o índice de habitações em construção (222,2) desceu 16,8 por cento, informam os Serviços de Estatística e Censos.

Quanto ao índice de preços de habitações construídas, o da Península de Macau (210,3) subiu 0,3 por cento, relativamente ao período precedente, porém, o da Taipa e Coloane (276,4) caiu 0,4 por cento. No período em análise, o índice global de preços da habitação decresceu 11,8 por cento, em comparação com o período de Novembro de 2023 a Janeiro de 2024.

10 Mar 2025

Habitação | Novo regime de despejo em vigor

O novo regime torna mais fácil as acções de despejo de arrendatários com três rendas, ou mais, em atraso entrou em vigor no sábado. De acordo com a Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), o “novo regime de despejo destina-se a responder à situação de atraso prolongado no pagamento de rendas, tendo introduzido um novo procedimento mais simples e célere”.

Com as mudanças, os senhorios passam a ter direito ao pagamento de indemnizações pelas rendas em atraso, quando estas atingem os três meses, além de poderem exigir os pagamentos devidos, acrescidos de juros de mora, assim como a possibilidade avançarem para a resolução do contrato.

As alterações legais permitem ainda aos juízes abdicar da fase de julgamento nos processos de despejo.

3 Mar 2025

JLL estima que habitações vão continuar a perder valor ao longo do ano

A agência imobiliária JLL estima que ao longo este ano o valor da habitação vai cair até 5 por cento, de acordo com o relatório mais recente sobre o mercado de Macau.

As quebras, que podem chegar a 5 por cento, foram estimadas tanto para a habitação de luxo, que em 2024 desvalorizou 11,4 por cento, como para as casas de médio e pequeno valor, que em 2024 perderam 9,7 do seu valor. “Os preços das casas em Macau caíram a pique desde a pandemia, com os preços globais a descerem mais de 20 por cento em relação ao pico do mercado. Algumas unidades registaram mesmo descidas no valor de 30 por cento”, afirmou Mark Wong, director de Consultoria de Valor e Risco da JLL em Macau.

A agência imobiliária admite que os compradores da habitação para revenda ficaram a perder dinheiro: “A correcção de preços no mercado da habitação levou a perdas substanciais para os proprietários de apartamentos que compraram apartamentos residenciais nos últimos anos, o que também afectou os seus interesses em investir ou só comprar habitação. Além disso, apesar de uma oferta adequada de habitação, a procura continua a ser limitada”, foi apontado.

Outras desvalorizações

Também os escritórios deverão perder valor ao longo deste ano, com a JLL a prever reduções que podem, tal como na habitação, chegar a 5 por cento, em termos do mercado como um todo, que desvalorizou 10,9 por cento em 2024, e dos escritórios de luxo, que desvalorizaram 8 por cento.

A JLL perspectivou ainda reduções que podem chegar a 5 por cento em termos dos espaços comerciais, depois de ter indicado que os valores das lojas foi encurtado em 9,4 por cento no último ano.

Apesar de prever desvalorizações generalizadas, a JLL acredita que em termos do mercado do arrendamento, deverá haver uma ligeira subida nas rendas de habitação, que podem aumentar até 13,7 por cento no segmento de luxo e 2,5 por cento nos restantes segmentos.

Nos escritórios, espera-se que as rendas desçam entre 4,5 e 6,0 por cento, enquanto nas lojas espera-se a manutenção do valor.

21 Fev 2025

Habitação | Custo médio com redução de 17,5 por cento

Os dados divulgados pela Direcção de Serviços de Finanças revelam que no espaço de um ano as casas ficaram mais baratas, com a diferença do metro quadrado a atingir 15.278 patacas

 

Em Janeiro, o preço médio do metro quadrado da habitação registou uma redução de 17,5 por cento face ao período homólogo, de acordo com a Direcção de Serviços de Finanças (DSF).

Segundo os dados divulgados pelas autoridades, no primeiro mês do ano, o preço médio do metro quadrado da habitação foi de 71.917 patacas, o que representa uma redução de 17,5 por cento, em comparação com Janeiro de 2024. Nesse mês, o metro quadrado era comprado e vendido a uma média de 87.195 patacas, o que representa uma diferença de 15.278 patacas por metro quadrado.

Quando a comparação é feita entre Janeiro deste ano e Dezembro do ano passado, o preço médio do metro quadrado apresentou uma redução de 9,7 por cento, dado que em Dezembro de 2024 o preço médio foi de 79.619 patacas por metro quadrado. No espaço de um mês a diferença foi de 7.702 patacas.

Face a estes números, um apartamento com 75 metros quadrados avaliado em 5,97 milhões de patacas em Dezembro, valeria em Janeiro 5,39 milhões de patacas.

No que diz respeito ao número de transacções, Janeiro apresentou uma ligeira recuperação em relação ao que acontecia há um ano. No primeiro mês deste ano, registou-se um total de 270 transacções de habitação, um crescimento de 2,7 por cento, face às 263 transacções registadas em 2024.

O crescimento do número de transacções é mais significativo se a comparação for realizada entre Janeiro e Dezembro. No último mês do ano passado foram registadas 190 transacções. Janeiro representou, assim, um crescimento de 42,1 por cento no número de transacções, ou seja, mais 80 compras e vendas de habitação.

Taipa mais cara

Ao contrário da tendência normal, em Janeiro as habitações mais caras foram compradas e vendidas na Taipa, onde o preço por metro quadrado atingiu 78.744 patacas. Em comparação, em Janeiro de 2024, a média na Taipa era de 93.954 patacas por metro quadrado, enquanto em Dezembro de 2024 foi de 85.923 patacas.

Coloane, que é o local de Macau onde as casas tendem a ser mais caras, viu o metro quadrado ser negociado por 75.866 patacas, quando em Dezembro o valor médio foi de 99.972 patacas por metro quadrado. Em Janeiro de 2024, o preço do metro quadrado em Coloane era de 103.478 patacas.

Em relação à Península de Macau, o preço do metro quadrado foi de 67.023 patacas, enquanto em Dezembro de 2024 foi de 70.756 patacas. Em Janeiro de 2024, o preço por metro quadrado na Península de Macau era de 83.063 patacas.

19 Fev 2025

Imobiliário | Associação prevê que recuperação só chegue em 2027

A Associação Comercial de Fomento Predial de Macau não está optimista quanto à possibilidade de o mercado imobiliário recuperar ainda este ano, prevendo que a crise se arraste por mais um ano e meio a dois anos, antes da retoma efectiva.

O presidente da associação, Lok Wai Tak, considera que a população passou a encarar a habitação de uma forma diferente, indo além da tradicional solução de comprar casa.

Como tal, o representante duvida que as transacções imobiliárias voltem às tendências do passado. Em declarações citadas pelo jornal Ou Mun, Lok Wai Tak defendeu que a recuperação completa do mercado imobiliário depende também da evolução económica, incluindo a capacidade de consumo dos turistas e da situação da economia mundial.

Rumo à retoma, o dirigente recomenda que o Governo importe mais quadros qualificados para Macau e que pondere a atribuição de residência por investimento, de forma a atrair capital do exterior.

14 Fev 2025

Habitação | Empréstimos hipotecários caíram 17,9% em Dezembro

A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou ontem que os novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados pelos bancos de Macau em Dezembro caíram 17,9 por cento em relação a Novembro, para um total de 1,01 mil milhões de patacas. Destes empréstimos, 96,6 por cento foram contraídos por residentes locais, num montante total de 975,39 milhões de patacas, menos 17,7 por cento do que em Novembro. Também o componente não-residente decresceu 22,6 por cento.

A AMCM indica que, “até finais de 2024, atendendo a que se verificou, neste período, o reembolso de vários empréstimos de elevado montante, o saldo bruto dos empréstimos hipotecários para habitação chegou a 218,14 mil milhões de patacas, correspondendo a uma diminuição de 0,5 por cento relativamente ao mês anterior e 4,9 por cento em termos anuais.

Os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias ainda caíram mais em Dezembro face a Novembro, com um decréscimo 22,7 por cento para 685,51 milhões de patacas.

A AMCM indica também que no final do ano passado, o crédito malparado nos empréstimos hipotecários para habitação atingiu 3,5 por cento, valor que corresponde a um aumento de 0,1 por cento face a Novembro e a uma subida de 2,7 por cento em termos anuais.

O crédito malparado para empréstimos comerciais está num valor ainda mais elevado, correspondendo a 5,3 por cento do valor total destes empréstimos, um aumento de 0,5 por cento em relação a Novembro e mais 2,3 por cento em termos anuais.

12 Fev 2025

Chongqing | Anuladas restrições à compra e venda de casas

A metrópole chinesa de Chongqing, uma das mais populosas do país, anunciou no domingo o fim das últimas restrições à compra de casas, visando contrariar uma prolongada crise no sector imobiliário.

Em comunicado, a Comissão Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano – Rural da cidade anunciou a abolição da última isenção remanescente, na sequência da eliminação de uma política que exigia que a propriedade fosse detida durante pelo menos dois anos antes de poder ser vendida.

Segundo a imprensa local, isto significa que deixam de existir restrições à venda de casas em Chongqing, que tem quase 32 milhões de habitantes, numa área semelhante à da Áustria, embora inclua muitas zonas rurais divididas em 12 vilas.

No final de 2022, a metrópole, situada no centro da China, começou a flexibilizar as restrições que tinha imposto nos anos anteriores, face a um mercado sobreaquecido. A cidade proibia, por exemplo, as famílias de possuírem mais do que uma casa.

A situação financeira de muitas empresas imobiliárias chinesas agravou-se depois de Pequim ter anunciado, em Agosto de 2020, restrições ao acesso ao financiamento bancário para os promotores que tinham acumulado um elevado nível de dívida, incluindo a Evergrande, com um passivo de quase 330 mil milhões de dólares.

Nos últimos meses, o governo local anunciou várias medidas de apoio, com os bancos estatais a abrirem também linhas de crédito multimilionárias a vários promotores, visando financiar a conclusão de projectos vendidos em planta, uma questão que preocupa Pequim pelas implicações na estabilidade social, dado que o imobiliário é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.

No entanto, o mercado não está a reagir: as vendas comerciais medidas por área útil caíram 8,5 por cento, em 2023, e 12,9 por cento, em 2024.

11 Fev 2025

Habitação | Média de preços caiu 11,7% em 2024

Em 2024, o índice médio global de preços da habitação desceu 11,7 por cento, face a 2023, segundo dados divulgados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). As quebras nos índices de preços foram mais acentuadas para habitações já construídas (-11,3 por cento) do que para edifícios em construção (-6,1 por cento).

Em termos trimestrais, entre Outubro e Dezembro, o índice global de preços da habitação no último trimestre do ano passado cresceu 0,1 por cento, face Setembro a Novembro do ano passado. Refira-se que o índice de preços de habitações da península de Macau subiu 0,2 por cento e na Taipa e Coloane foi idêntico ao do período precedente.

Entre Outubro e Dezembro, o índice de preços de habitações do escalão igual ou superior a 100 metros quadrados de área útil ascendeu 3,1 por cento, em relação ao período anterior, contudo, no escalão dos 75 aos 99,9 metros quadrados e inferior a 50 metros quadrado houve descidas de 3,9 e 1 por cento, respectivamente.

10 Fev 2025

Habitação | Custo por metro quadrado cai 17 por cento

Pela primeira vez, desde Setembro de 2024, o custo médio das habitações ficou abaixo das 70 mil patacas por metro quadrado. Os preços na Taipa ultrapassaram os praticados em Coloane

 

Na primeira metade do mês de Janeiro, o preço médio das transacções de habitações sofreu uma redução de 17 por cento face ao ano anterior, de acordo com os dados mais recentes na Direcção dos Serviços de Finanças (DSF).

Segundo a informação oficial, no início de Janeiro o preço médio da compra e venda de habitação foi de 69.882 patacas por metro quadrado, uma redução de 17 por cento, em comparação com o preço da primeira metade de Janeiro de 2024. Nessa quinzena, a média do metro quadrado atingiu as 84.325 patacas.

Pela primeira vez, desde Setembro do ano passado, o preço médio da habitação por metro quadrado ficou abaixo das 70.000 patacas.

Em comparação com os preços da primeira metade de Dezembro do ano passado, quando o metro quadrado era comercializado a uma média de 82.383 patacas, Janeiro representa uma redução de 15,17 por cento do valor das casas.

Na primeira metade de Janeiro deste ano, o preço médio por metro quadrado mais elevado foi registado na Taipa, com uma média de 79.474 patacas por metro quadrado. Em Coloane, o local onde tradicionalmente o preço atinge os valores mais altos, o valor médio não foi além das 72.252 por metro quadrado. Na Península de Macau, o preço médio foi de 66.753 patacas por metro quadrado.

Aumento reduzido

Ao mesmo tempo que os preços do imobiliário ficaram mais baratos, registaram-se mais transacções de habitação. Na primeira quinzena deste ano, houve 125 compras e vendas, o que representou um aumento de 20 transacções, ou 19,05 por cento, em comparação com o período homólogo, quando tinha sido contabilizadas 105 compras e vendas de habitação.

Quando a comparação é feita tendo em conta a primeira metade de Dezembro de 2024, houve mais 31 transacções, dado que nesse período tinha havido um total de 94 compras e vendas de habitação.

Em termos de transacções, o maior número de compras e vendas de habitações aconteceu na Península de Macau, com 96 transacções, seguido pela Taipa onde tiveram lugar 20 negócios. Finamente, em Coloane registaram-se nove transacções. O início de Janeiro confirmou as tendências do final de Dezembro, quando também na Península tinha ocorrido o maior número de transacções, com 53 compras e vendas, seguido pela Taipa, com 37 transacções, e por Coloane, onde aconteceram seis operações.

5 Fev 2025

Edifício do Lago | Apontada responsabilidade de proprietários na manutenção

O Instituto de Habitação (IH) e a Direcção dos Serviços de Obras Públicas (DSOP) defendem que os proprietários do Edifício do Lago precisam de assumir as responsabilidades de manutenção e reparação do edifício. A posição foi tomada em comunicação, depois do Governo ter arquivado uma investigação à queda de azulejos em espaços comuns no Edifício do Lago.

As autoridades recordaram também que em Junho de 2022 o empreiteiro propôs um projecto de reparação para uma parede, com parte dos azulejos a ser reparada, e parte da parede a ser substituída por tinta. No entanto, o projecto foi vetado pelos moradores, nas reuniões da assembleia geral do condomínio entre Dezembro de 2022 e Março de 2023.

No comunicado, o IH garante que vai continuar a ajudar os proprietários a realizar uma reunião para discutir a manutenção do prédio e pedirem apoio financeiro e de crédito sem juros para reparação as partes afectadas.

Na mesma mensagem, as autoridades recordaram que o condomínio do Edifício Ip Heng, que teve também problemas com a queda de azulejos em espaços comuns, aproveitou o plano da reparação proposto por empreiteiro, o que fez com que em Novembro do ano passado a obra tenha sido realizada.

20 Jan 2025

Imobiliário | Vendas aumentam pelo segundo mês consecutivo

Em Novembro o número de transacções imóveis para habitação cresceu em comparação com o mês anterior e com Novembro do ano passado. Contudo, os preços das fracções caíram

 

No último mês o número de transacções de imóveis para habitação registou uma subida de 18 por cento face ao mês anterior, naquele que foi o segundo mês consecutivo de crescimento. Os números foram actualizados na segunda-feira, no portal da Direcção de Serviços de Finanças (DSF).

No mês passado, foram registadas 299 compras e vendas de habitação no território, mais 46 do que em Outubro, quando o número de transacções tinha sido de 253.

Em comparação com o ano anterior, o aumento é mais significativo. Em Novembro de 2023, o número de compras e vendas de habitação tinha sido de 157, pelo que os valores mais recentes representam um aumento de 142 transacções, equivalente a 90,4 por cento.

Apesar do que aparenta ser uma ligeira recuperação, face aos anos anteriores, o mercado ainda está muito longe dos níveis praticados antes da pandemia. Em Novembro de 2019, o número total de compras e vendas de habitação tinha sido de 590, praticamente o dobro do que aconteceu no mês mais recente. Se por um lado, o número de transacções mostrou uma ligeira recuperação, por outro, as casas estão a ser vendidas ou compradas a preços mais reduzidos.

Preços a caírem

Os dados mais recentes indicam que a médio do preço do metro quadrado em Novembro foi de 74.364 patacas, uma redução de 6,6 por cento, em comparação com Outubro, quando o metro quadrado foi comercializado a 79.641 patacas. Em comparação com o período homólogo, a redução do preço é mais acentuada, dado que nessa altura, o metro quadrado custava em média 86.021 patacas, uma diferença de 13,6 por cento.

Também no que diz respeito ao preço, em comparação com 2019 o cenário está bastante diferente. Em Novembro de 2019, o preço médio do metro quadrado era de 111.539 patacas, o que significa uma desvalorização de um terço. Por exemplo, se em Novembro de 2019 uma casa custava 9 milhões de patacas, actualmente o preço estará nos 6 milhões de patacas.

Os dados da DSF mostram também que a zona com mais transacções foi a Península de Macau, com 208 compras e vendas de habitação, com um custo médio de 70.562 patacas por metro quadrado. Na Taipa houve 68 transacções, com um custo de 78.144 patacas por metro quadrado, enquanto em Coloane houve 23 compras e vendas de habitação, com uma média de 93.970 patacas por metro quadrado.

18 Dez 2024

Habitação | Preços voltam a cair entre Agosto e Outubro

O índice global de preços da habitação caiu 0,4 por cento no período entre Agosto e Outubro, face ao período anterior (entre Julho e Setembro), revelou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). Os dados indicam que os preços na Península de Macau desceram 0,9 por cento, mas aumentaram na Taipa e Coloane (1,2 por cento).

As quebras são mais abruptas face ao ano anterior, com a DSEC a referir que no período em análise os preços da habitação decresceram 12,4 por cento, em comparação com o período de Agosto a Outubro de 2023, com os preços na Península a caírem 13,6 por cento e na Taipa e em Coloane a descerem 8,2 por cento.

Em termos de área útil, os preços de habitações do escalão dos 75 aos 99,9 metros quadrados registaram a maior quebra face ao período anterior, com a descida dos preços a atingir 3,6 por cento. Os preços de apartamentos mais pequenos, com área útil inferior a 50 metros quadrados, caíram 0,8 por cento entre Agosto de Outubro. Contudo, o índice do escalão dos 50 aos 74,9 metros quadrados subiu 0,9 por cento.

10 Dez 2024

Imobiliário | Preço médio continua a cair, mas vendas aumentam

A primeira metade de Novembro trouxe uma recuperação no nível de transacções, mas os preços continuam em quebra, com o metro quadrado médio a valer menos de metade do que valia nos anos dourados do mercado imobiliário, em 2019, antes da pandemia

 

O número de compras e vendas de habitação mais do que duplicou na primeira quinzena de Novembro em comparação com o período similar do ano passado. Os dados foram divulgados na segunda-feira, no portal da Direcção de Serviços de Finanças (DSF).

De acordo com os dados oficiais, nos primeiros 15 dias de Novembro foram transaccionadas 145 habitações, o que representa mais do dobro das transacções face aos primeiros 15 dias de Novembro do ano passado, quando foram vendidas 72 fracções.

Este é o melhor registo para o início de Novembro desde 2021, quando tinham sido transaccionadas 182 habitações. Desde que o portal da DSF apresenta estatísticas de transacções por quinzena, o que começou em 2018, o registo de maior número de compras e vendas ocorreu em 2019, quando nos primeiros 15 dias de Novembro foram transaccionadas 282 casas.

No entanto, se for tida em conta a média de vendas, antes da apresentação dos dados por quinzena, o recorde está em 2020, os dados mais antigos no portal da DSF, quando durante todo o mês houve um total de 1.680 transacções, o que representa uma média de 840 compras e vendas na primeira metade do mês.

Em comparação com o início e Outubro, os dados mostram também um crescimento, dado que nesse período tinham sido registadas 80 vendas de habitação. O maior número de vendas aconteceu em Macau, com 102 negócios, seguido da Taipa, 36 transacções, e Coloane, onde foram registadas sete.

Preços a caírem

Apesar do maior número de transacções, na primeira metade de Novembro, o preço médio do metro quadrado apresentou uma redução de 9,5 por cento, face a Novembro do ano passado. Na primeira metade do mês passado, o preço médio do metro quadrado foi de 72.982 patacas, quando há um ano tinha sido de 79.932 patacas.

As estatísticas da DSF revelam também que o recorde do preço para a primeira metade de Novembro foi estabelecido em 2019, quando a média do preço do metro quadrado chegou a 113.690 patacas. Face aos valores mais recentes, a diferença é superior a 55 por cento.

Quando a comparação é feita com a primeira quinzena de Outubro deste ano, a diferença é de 20,1 por cento, dado que no início do décimo mês do ano, o preço médio do metro quadrado tinha chegado a 87.668 patacas.

4 Dez 2024

Habitação | Vendas em Outubro quase duplicam em termos anuais

No mês passado, foram vendidas 253 fracções autónomas para habitação, mais 60 do que em Setembro e quase o dobro das transacções registadas em Outubro de 2023. Se por um lado, as vendas aumentaram, o preço médio por metro quadrado continua a descer. Face a 2022, o custo da habitação caiu 28,5 por cento

 

O passado mês de Outubro fez brilhar uma luz ao fundo do túnel em que o mercado do imobiliário para habitação entrou nos últimos anos. De acordo com as estatísticas referentes à liquidação do imposto do selo por transmissões de bens, da Direcção dos Serviços de Finanças (DSF), 253 casas foram vendidas no mês passado, mais 60 do que em Setembro, representando um aumento mensal de 31 por cento.

Em termos anuais, o crescimento é ainda maior, 88,8 por cento, com as vendas em Outubro deste ano a acrescentarem 119 fracções ao registo de Outubro de 2023.

Do total de vendas no mês passado, mais de dois terços (72,3 por cento) foram referentes a fracções localizadas na península de Macau, onde se concentram os apartamentos com menor área e preços mais acessíveis. Importa indicar que no mês passado só as vendas na península de Macau, deixando de fora Taipa e Coloane, ultrapassaram em quase meia centena o registo do território inteiro da RAEM em Outubro de 2023.

Destas 183 casas vendidas na península, as zonas onde o mercado imobiliário esteve mais activo foram Areia Preta (incluindo novos aterros) e Iao Hon, onde se registaram 46 transacções, e o ZAPE. Na ilha da Taipa, quase todas as fracções vendidas aconteceram na zona da Baixa da Taipa, com 42 vendas num total de 57. Em Coloane, foram vendidas 13 fracções.

Metros ao quadrado

Os dados divulgados pela DSF mostram que o preço médio por metro quadrado continua em retracção. No passado mês de Outubro, o metro quadrado de uma casa custou 79.641 patacas, uma ligeira descida (0,92 por cento) face a Setembro, quando o metro quadrado tinha um preço de 80.384 patacas. Apesar da ligeira quebra mensal, a área útil das fracções vendidas aumentou, passando de 77 metros quadrados em Setembro, para 89 metros quadrados no mês passado.

As discrepâncias acentuam-se à medida que recuamos no tempo. Comparando os preços com Outubro do ano passado, os dados da DSF mostram uma depreciação de 6,4 por cento, face às 85.132 patacas que custava em média um metro quadrado. A diferença torna-se ainda mais contrastante quando se comparam os dados do último Outubro com o mesmo mês de 2022, altura em que o mercado imobiliário para habitação aprofundou a crise, com a quebra a situar-se em 28,5 por cento.

Apesar de em Outubro de 2022 se terem vendido menos casas do que no mesmo mês em 2019, há dois anos o preço médio do metro quadrado era quase 10 por cento superior ao último Outubro antes da pandemia da covid-19.

20 Nov 2024

Crime | Homem detido por burla com infiltrações

Um homem do Interior da China foi detido pela suspeita da prática de burla, depois de ter cobrado dinheiro a dois residentes locais para resolver problemas de infiltrações, que ficaram por solucionar.

O caso aconteceu em Julho do ano passado, quando o homem colocou um anúncio online e foi contactado por dois residentes para resolver problemas com infiltrações.

No início, o detido apresentou um orçamento de 1.280 patacas e 3.000 patacas aos residentes. Porém, o homem de 41 anos acabou por aumentar os orçamentos para 25 mil patacas e 40 mil patacas, com a justificação de que precisava usar materiais mais caros do que o inicialmente previsto.

Os residentes pagaram, mas dias depois verificaram que o problema das infiltrações não tinha sido resolvido, pelo que apresentaram queixa às autoridades, depois e terem perdido o contacto com o alegado burlão. Ontem, a polícia anunciou a detenção do homem quando tentava entrar em Macau.

7 Nov 2024

Habitação | Apesar de estímulos, vendas mantêm-se fracas até Setembro

Em Setembro, foram vendidas 193 fracções para habitação, uma quebra mensal ligeira, mas um aumento anual de quase um terço. Ainda assim, os primeiros nove meses de 2024 foram piores do que no ano passado, apesar das isenções fiscais lançadas pelo Governo. A confirmar-se a tendência, este ano será um dos anos mais fracos das últimas quatro décadas

 

Apesar das isenções fiscais aprovadas em Abril deste ano, destinadas a revigorar o mercado imobiliário, as vendas de fracções para habitação continuam em níveis quase sem paralelo em Macau. No passado mês de Setembro, foram vendidas 193 casas, pelo preço médio de 80.384 patacas por metro quadrado, de acordo com dados estatísticos publicados no portal da Direcção dos Serviços de Finanças. Em termos mensais, o registo do mês passado foi inferior a Agosto, quando foram vendidos 200 apartamentos (- 3 por cento) com um preço médio por metro quadrado de 79.568 patacas (+ 1,02 por cento).

Apesar da pouca flutuação em termos mensais, comparando com Setembro de 2023, no mês passado as vendas de imobiliário para habitação cresceram 32,2 por cento, enquanto o preço do metro quadrado caiu 0,8 por cento. Porém, analisando o volume de vendas nos primeiros nove meses do ano, o registo deste ano é inferior ao do ano passado com menos 68 fracções vendidas. Comparando com 2022, o pior ano desde que há registos estatísticos (1983), nos primeiros nove meses de 2024 foram vendidos mais 150 imóveis, apesar da quebra de mais de 36 por cento no período entre Junho e Setembro. Contudo, as vendas continuam em níveis bastante inferiores aos tempos antes da pandemia. Nos primeiros nove meses de 2019 foram vendidas 6.074 fracções, muito mais do dobro das 2.315 vendas entre Janeiro e Setembro deste ano, registo que representa uma quebra de 61,9 por cento. Importa referir que também o preço dos imóveis registou quebras de 22,28 por cento entre os primeiros nove meses deste ano e de 2019.

O estado das coisas

Numa perspectiva mais alargada, o terceiro trimestre deste ano encerrou com a venda de 749 casas, com um preço médio por metro quadrado de 86,048 patacas, números que se traduzem em quebras a toda a linha face ao trimestre anterior, quando foram vendidas 1.028 casas (- 27,14 por cento), com um preço médio por metro quadrado 93.118 patacas (- 7,59 por cento).

Porém, face ao registo do ano passado, o terceiro trimestre deste ano registou um aumento de vendas perto de 27 por cento, enquanto o preço caiu 7,56 por cento. A comparação torna-se menos optimista face ao terceiro trimestre de 2019, com o mesmo período deste ano a ser sinónimo de quebras de vendas (- 65,2 por cento) e dos preços (- 22,28 por cento).

Visto à lupa

Tendo em conta as diferentes zonas do território, durante o mês de Setembro a península continua a ser a zona onde mais fracções são vendidas, quase 62 por cento das vendas globais da RAEM, enquanto Coloane continua a registar o preço mais elevado com o metro quadrado a atingir 121.190 patacas.

As zonas mais baratas da região no mês em análise foram as zonas Ferreira do Amaral (Guia), onde o metro quadrado valia 42.636 patacas, e a Baixa de Macau onde o metro quadrado custou em média 48.893 patacas.

Como é habitual, as vendas nas ilhas foram bastantes inferiores às da península. No mês em análise, foram vendidas 39 casas na Taipa e 35 em Coloane. Em relação ao volume de vendas, as zonas onde se registaram mais transacções foram a Cidade e Hipódromo da Taipa (39 transacções), seguido de Coloane (35 transacções) e a Baixa da Taipa (25 transacções).

Na península, as zonas com mais vendas de apartamentos foram os Novos Aterros da Areia Preta, onde em Setembro foram comprados 14 apartamentos. O segundo lugar do pódio foi para a área da Tamagnini Barbosa, com 12 vendas. A “medalha de bronze” acabou por ser dividida entre as zonas Barra/Manduco e Areia Preta/Iao Hon, com 11 apartamentos vendidos.

22 Out 2024

China | Anunciadas medidas para apoiar mercado imobiliário em dificuldades

A China anunciou ontem que vai aumentar o crédito disponível para o sector imobiliário e fornecer apoios para a renovação de um milhão de casas, parte de uma série de medidas destinadas a impulsionar a economia.

Os sectores da habitação e da construção representam mais de um quarto do PIB da segunda maior economia do mundo, mas desde 2020 que sofrem com o apertar das condições de crédito para os promotores imobiliários por parte de Pequim, o que colocou algumas grandes construtoras à beira da falência e fez com que os preços das casas caíssem a pique.

As autoridades continuam a contar com um crescimento de “cerca de 5 por cento” este ano, mas os analistas consideram este objectivo optimista, tendo em conta os muitos obstáculos que a segunda maior economia do mundo enfrenta actualmente.

Numa conferência de imprensa em Pequim, o ministro da Habitação, Ni Hong, anunciou que as autoridades vão “aumentar a escala de crédito dos projectos da lista branca para 4.000 milhões de yuan” até ao final de 2024.

O sistema de “lista branca”, anunciado no início do ano, é um mecanismo através do qual os municípios recomendam projectos imobiliários aos bancos para financiamento prioritário. Ni Hong acrescentou que “um milhão de casas degradadas, localizadas em aldeias urbanas, serão renovadas” graças à reestruturação do financiamento.

“As aldeias urbanas apresentam muitos riscos de segurança e más condições de vida. As pessoas estão ansiosas por renovar”, explicou. O conceito de aldeias urbanas na China consiste em aldeamentos antigos, que subsistiram em áreas que foram urbanizadas nas últimas décadas.

Novas medidas

No mês passado, os dirigentes chineses, incluindo o líder Xi Jinping, reconheceram novos “problemas” para a segunda maior economia do mundo e revelaram um dos maiores pacotes de medidas de estímulo desde há vários anos.

As medidas incluem reduções das taxas de juro, nomeadamente dos empréstimos à habitação existentes, e a flexibilização das restrições à aquisição de habitação. Na conferência de imprensa de ontem, as autoridades afirmaram que as taxas dos empréstimos hipotecários existentes “baixarão em média cerca de 0,5 pontos percentuais” no âmbito das reduções.

Isto “beneficiará 50 milhões de famílias e 150 milhões de pessoas”, disse Tao Ling, vice-governador do banco central da China. Estimular a procura de habitação é uma das prioridades das autoridades para garantir uma recuperação sustentável.

Nas últimas semanas, algumas das principais cidades do país, como Pequim, Xangai, Chengdu e Tianjin, reduziram as restrições à compra de imóveis.

18 Out 2024

Fim dos junkets e pouco impacto da redução de juros explicam crise no imobiliário

O desemprego e o fim dos ordenados elevados associados ao desaparecimento da indústria junket é um dos principais factores que está a levar à redução do preço das casas e do número de vendas. O cenário foi traçado por Lok Wai Tak, presidente da Associação Comercial de Fomento Predial de Macau, em declarações ao jornal Ou Mun.
Segundo o dirigente associativo e empresário, com o fim das grandes empresas de junkets “uma parte considerável das pessoas com rendimentos médios e elevados ficou desempregada ou mudou de emprego”, o que levou à diminuição “significativa” dos seus rendimentos. Com a população mais pobre, perderam-se “alguns dos grupos dos consumidores com rendimentos médios e elevados”, que conseguiam adquirir casas a preços mais caros.
Lok Wai Tak indicou ainda que o desaparecimento não foi compensado pela diversificação da economia, dado que as pessoas estão a consumir fora do território e porque os turistas gastam menos do que passado. “A recuperação económica global não está a progredir tão bem como deveria”, vincou.
Lok Wai Tak fez uma antevisão da redução das taxas de juro, quando ainda não tinha sido revelado a proporção da diminuição. No entender do empresário, o mercado só vai sentir os efeitos mais fortes, quando a redução acumulada chegar aos 100 pontos base, qualquer valor abaixo dos 100 pontos apenas poderá contribuir para evitar uma redução maior dos preços. Horas depois, a redução anunciada foi de 50 pontos de base.

Medidas “digeridas”
Por sua vez, Chong Sio Kin, presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau, defendeu que o levantamento das restrições fiscais aplicado em Abril deixou de produzir efeito, porque foi “digerido” pelo mercado.
Chong explicou também que as transacções de novos imóveis estão em quebra, com pouca procura e que por esse motivo os preços vão continuar a diminuir, independentemente dos juros serem mais baixos.
Sobre a descida dos juros, o dirigente afirmou não ter expectativas sobre um impacto positivo para o mercado imobiliário local. Para o empresário, o cenário só vai sofrer alterações caso os juros continuem a ser reduzidos no próximo ano.

19 Set 2024

Habitação | Preço médio atingiu valor mais baixo desde Junho de 2016

Apesar do preço médio do metro quadrado na habitação ter caído para 79.568 patacas, nem tudo são más notícias para quem quer vender ou comprar uma casa. Ontem, a AMCM confirmou a redução da taxa de juros, o que pode tornar os créditos mais baratos

O preço médio por metro quadrado do imobiliário para habitação atingiu em Agosto o valor mais baixo desde Junho de 2016, de acordo com os dados disponibilizados no portal da Direcção de Serviços Financeiros (DSF). No mês passado, o metro quadrado foi negociado por 79.568 patacas, em média, enquanto em Junho de 2016 tinha sido transaccionado a 78.416 patacas.
Como é normal no mercado imobiliário de Macau, o metro quadrado é mais caro em Coloane, onde foi transaccionado a uma média de 87.453 patacas, enquanto na Península a média do preço foi de 77.565 patacas. Na Taipa o custo foi de 82.996 patacas por metro quadrado.
Estes valores só encontram paralelo com Junho de 2016, quando houve um total de 794 transacções a um preço médio de 78.416 patacas por metro quadrado. Coloane foi o local onde o metro quadrado foi mais caro, com uma média de 99.629 patacas. No pólo oposto, na Península o metro quadrado custou 75.516 patacas e na Taipa 84.064 patacas.
O oitavo mês do ano representou também o preço médio mais barato a nível do imobiliário desde o início do ano, apesar de desde Abril a Assembleia Legislativa ter aprovado um pacote de medidas, proposto pelo Governo, para eliminar impostos que visavam aumentar a procura.
Até Agosto, o valor médio mais baixo do mercado imobiliário tinha sido registado em Março, quando foi de 82.734 patacas, superior em 4.318 patacas em comparação com o registo mais recente.

Sinal de luz
Apesar da redução do preço a nível das transacções, nem tudo são más notícias para quem pretende vender casa ou para os agentes imobiliários. Ontem, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) confirmou que a taxa de juro básica foi reduzida em 50 pontos base, para 5,25 por cento.
Como consequência destas medidas, o custo dos novos créditos para a habitação podem ter um custo menor, o que poderá contribuir para uma maior procura pela compra de casa em Macau.
A medida de redução do valor dos juros era esperada, depois de na quarta-feira a Reserva Federal dos Estados Unidos da América (EUA) ter anunciado um corte de 50 pontos base na taxa de juro básica. A taxa de juro básica de Macau segue a tendência dos EUA, dado que está indexada à taxa de Hong Kong, que por sua vez está indexada à Reserva Federal.
Desde o início do ano foram transaccionadas 2.122 habitações Macau, com o preço médio do metro quadrado a ser de 88.417 patacas.

19 Set 2024

Habitação | Metro quadrado no valor mais baixo dos últimos sete anos

Os dados da primeira metade de Agosto do mercado de habitação mostram uma redução de quase um terço no valor do preço médio do metro quadrado, em comparação com 2019. O mês passado foi também marcado pelo abrandamento face ao início de Julho

 

Na primeira metade de Agosto, o preço médio do metro quadrado na compra e venda de habitação caiu para o valor mais baixo dos últimos sete anos, de acordo com a Direcção de Serviços de Finanças (DSF). Os dados oficiais revelados na terça-feira mostram que o preço médio das compras e vendas caiu para 80.815 patacas por metro quadrado.

Quando a comparação é feita com a primeira quinzena de Agosto de 2023, os números mais recentes mostram uma diminuição no valor médio do metro quadrado de 11.204 patacas para 92.019 patacas. A redução é mais acentuada, quando se analisa a primeira metade de Agosto dos anos de 2022 e 2021, alturas em que os preços médios por metro quadrado se cifravam em 94.088 patacas (uma redução de 11.204 patacas) e 104.088 patacas (diminuição de 23.398 patacas).

O abrandamento do mercado imobiliário é ainda mais visível quando se recua a 2019, o último ano antes do impacto da pandemia da covid-19. Na primeira metade de Agosto de 2019, o metro quadrado médio era comercializado a 119.351 patacas, o que face aos valores mais recentes significa uma quebra de quase um terço do valor (32,2 por cento), ou de 38.536 patacas.

A primeira quinzena de Agosto de 2019 ficou marcada pelo valor mais elevado do metro quadrado desde que os dados relativos às metades dos meses começaram a ser publicados, o que aconteceu em 2018.

Transacções em quebra

Também o número de compras e vendas de habitações mostra tendência negativa. Na primeira metade do último mês foram concluídos 99 negócios, uma diminuição de 36 negócios face ao período homólogo de 2023, quando o registo foi de 135 compras e vendas.

O número de Agosto está acima do que tinha sido registado em 2022, quando as transacções concluídas totalizaram 74. No entanto, o cenário está longe do que acontecia até 2021, apesar de em Abril a Assembleia Legislativa ter aprovado uma proposta do Governo para abolir vários impostos aplicados às transacções de habitação. Na primeira metade de Agosto desse ano, tinham sido concluídas 272 compras e vendas de habitação. A diferença é mais significativa face à primeira quinzena de Agosto de 2019, quando se registaram 443 transacções de imóveis para habitação.

A comparação entre a primeira quinzena de Agosto deste ano e a primeira quinzena de Julho também mostra igualmente um mercado em abrandamento. A diferença entre o preço médio do metro quadrado foi de 9.498 patacas, dado que em Julho tinha sido de 90.313 patacas por metro quadrado. A nível das transacções, o início de Agosto teve menos uma transacção que o início de Julho.

4 Set 2024

Habitação | Rendas subiram 1,7% no segundo trimestre

A renda média por metro quadrado de fracções habitacionais subiu 1,7 por cento no segundo trimestre deste ano, em relação aos primeiros três meses do ano, anunciou ontem a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). As zonas onde os preços subiram mais foram Coloane (+5,5 por cento), Novos Aterros da Areia Preta (+4,6 por cento) e NAPE e Praia Grande (+2 por cento). A média das rendas foi equilibrada com as descidas na Baixa de Macau (0,4 por cento) e zona da Rua da Barca (0,2 por cento).

Em termos de área útil, as rendas médias do escalão inferior a 50 metros quadrados e as do escalão dos 50 aos 99,9 metros quadrados subiram 1,7 e 1,9 por cento, respectivamente, em termos trimestrais.

Apesar de o comércio já ter vivido dias melhores em Macau, as rendas das fracções para lojas e espaços comerciais subiram 0,6 por cento entre o primeiro e o segundo trimestre. As zonas com maiores aumentos foram a Baixa de Macau (+3,5 por cento) e Areia Preta e Iao Hon (+1,9 por cento). A DSEC explica a subida das rendas com a não renovação de bastantes contratos de arrendamento de valor mais baixo durante o trimestre em análise.

Em termos anuais, as rendas das habitações aumentaram 3,8 por cento no segundo trimestre, enquanto as rendas das lojas e fracções industriais subiram 1,6 e 1,5 por cento em relação ao segundo trimestre de 2023. Já as rendas dos escritórios diminuíram 2,1 por cento.

16 Ago 2024

Imobiliário | Sector pede regresso de residência por investimento

A Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau defende, segundo o jornal Ou Mun, que deveria voltar a medida da atribuição de residência por investimento, sobretudo para não residentes que comprem imóveis para fins comerciais no valor mínimo de 30 milhões de patacas.

A ideia é que, com este programa, se possam atrair quadros qualificados e capital para o território. A proposta foi feita pelo presidente da associação, Chong Sio Kin, à margem da cerimónia de aniversário da associação. Este justificou que as transacções de imóveis comerciais permanecem fracas devido aos elevados juros na banca e reduzido consumo por parte de residentes, ainda que o Executivo tenha alterado a lei que acabou com os limites à procura de casa, com redução de impostos.

Chong Sio Kin disse que as empresas necessitam de mais tempo para recuperarem da crise económica causada pela pandemia, sugerindo que a banca mantenha as políticas de apoio ao sector empresarial, com avaliação flexível dos imóveis ou mais facilidade para empresas que pedem dinheiro emprestado.

20 Jun 2024

Habitação | Empréstimos subiram mais de 50% em Abril

A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) revelou ontem que os novos empréstimos hipotecários para habitação cresceram 53,7 por cento em Abril, face ao mês anterior, atingindo um valor de 1,39 mil milhões de patacas. Destes empréstimos contraídos em Abril, 99 por cento foram pedidos por residentes, segmento que cresceu 52,4 por cento em termos mensais, totalizando 1,38 mil milhões de patacas. Os dados da AMCM indicam também que o componente não-residente cresceu para 13,39 milhões de patacas.

Entre Fevereiro e Abril deste ano, o número médio mensal de novos empréstimos hipotecários para habitação aprovados chegou a 993,4 milhões de patacas, montante que representa um aumento de 7 por cento face ao período anterior (de Janeiro a Março).

Também os empréstimos comerciais aprovados para actividades imobiliárias cresceram 73,5 por cento em Abril, face ao mês anterior, atingindo um total de 1,24 mil milhões de patacas. Entre os empréstimos comerciais aprovados, 53,4 por cento foram concedidos a residentes. Este segmento registou um aumento mensal de 4,4 por cento, totalizando 661 milhões de patacas, enquanto o componente não-residente cresceu para 576,8 milhões de patacas.

Os rácios das dívidas não pagas para empréstimos hipotecários para habitação e comércio mantiveram-se inalterados face ao mês anterior, fixando-se em 3,6 e 3,5 por cento, respectivamente. Porém, em termos anuais, a AMCM dá conta de um aumento anual do valor de crédito malparado nos empréstimos para habitação de 2,9 por cento e de 2 por cento nos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias.

11 Jun 2024

A tirania dos inquilinos

Face ao aumento do grave problema dos “Inquilinos Tiranos” (inquilinos que só pagam renda aos senhorios se considerarem que têm uma razão válida), o Governo de Macau reviu recentemente o “Código do Processo Civil”, focando-se a emenda nas “acções de despejo”.

A nova lei permite aos senhorios elegíveis despejar os inquilinos que tenham rendas de cinco meses consecutivos em atraso, através de um procedimento simples e rápido. A nova lei passou na Assembleia Legislativa durante a votação e o debate na generalidade, representando um passo firme dado por Macau para resolver o problema dos “inquilinos tiranos”.

André Cheong, secretário da Administração e Justiça, afirmou que este problema perturba a sociedade há já bastante tempo. No ano passado, os tribunais receberam 59 casos de “inquilinos tiranos”, mas o número é muito inferior à situação real. Antes da revisão da lei, os senhorios tinham frequentemente de esperar bastante tempo para reaverem as suas propriedades quando se deparavam com “inquilinos tiranos”, porque a antiga legislação tendia a proteger o direito dos arrendatários.

Ao abrigo da nova lei, será adoptado um sistema de intimação mais simples, sendo dispensada a presença de um advogado e os juízes podem tomar decisões sem ouvir questões de fundo. O Governo prevê que o tempo para os senhorios reaverem as suas propriedades através das “acções de despejo” seja significativamente encurtado, vindo a estar o processo concluído num prazo máximo de seis meses.

A finalidade legislativa das “acções de despejo” é simples e directa. Desde que ambas as partes do contrato de arrendamento cumpram três condições, o proprietário pode pressionar directamente os “inquilinos tiranos” e reduzir o valor das rendas em atraso. Estas três condições são as seguintes:

1. Que o inquilino deva ao senhorio pelo menos cinco meses consecutivos de rendas;
2. Que a renda seja paga por transferência bancária;
3. Que o senhorio tenha notificado o inquilino por carta do atraso nos pagamentos.
4. Estas três condições não são difíceis de reunir. No entanto, na prática, há vários pontos que merecem destaque:

Em primeiro lugar, quando um proprietário aluga uma casa pretende receber um aluguer que o inquilino terá de pagar. O contrato de arrendamento estipula o direito do primeiro, que é simultaneamente a obrigação do segundo.

O inquilino é obrigado a pagar a renda na data estipulada no contrato e esta obrigação não muda enquanto o contrato estiver em vigor. A nova legislação dá aos inquilinos um período de graça de cinco meses, e aos senhorios um igual período de espera para puderem receber as rendas em atraso. Se o proprietário precisar do dinheiro das rendas para pagar ao banco as prestações pela compra da casa sofrerá uma enorme pressão financeira, enquanto o inquilino não lhe pagar o que deve. Não seria mais razoável reduzir os cinco meses para três?

Em segundo lugar, a nova lei determina que os inquilinos têm de pagar a renda ao senhorio por transferência bancária, condição que é fácil de respeitar. Para a acção ser implementada, o contrato de arrendamento tem de incluir esta cláusula, caso contrário o senhorio terá dificuldade em respeitar esta condição. Por conseguinte, quando de futuro o novo sistema estiver em vigor, os senhorios têm de estar atentos e incluir esta cláusula nos contratos de arrendamento. De outra forma, não conseguirão proteger os seus direitos e interesses ao abrigo da nova legislação.

Por último, a nova lei exige que os senhorios notifiquem os inquilinos por escrito dos atrasos das rendas. Na prática, se o inquilino não aceitar a carta a notificação volta para trás e o senhorio deixa de poder cumprir esta condição. Talvez que, quando se vier a actualizar este sistema futuramente, se possa considerar que a notificação deva ser enviada em carta registada.

Por outro lado, o senhorio também poderia publicar um anúncio nos jornais a notificar o atraso nas rendas. A maior vantagem deste método, independentemente do motivo, é permitir que a “acção de despejo” possa decorrer sem problemas, mesmo que o inquilino não aceite a notificação enviada por carta. Desta forma, a “acção de despejo” completar-se-á ainda mais rapidamente.

A implementação da nova lei irá, sem dúvida, fornecer aos senhorios de Macau uma arma poderosa para resolver o problema dos “inquilinos tiranos”. No entanto, para que este sistema seja implementado sem problemas, é necessário reforçar a sua divulgação. Só se tanto os senhorios como os inquilinos compreenderem e cumprirem plenamente o novo sistema é que ambas as partes poderão obter maior protecção jurídica.

Consultor Jurídico da Associação para a Promoção do Jazz em Macau
Professor Associado da Universidade Politécnica de Macau
Blog: http://blog.xuite.net/legalpublications/hkblog
Email: legalpublicationsreaders@yahoo.com.hk

11 Jun 2024