Hoje Macau EventosMúsica | Felipe Fontenelle lança disco “Não Digas Nada” Felipe Fontenelle, músico brasileiro e ex-residente de Macau, anteriormente ligado à Casa de Portugal em Macau, acaba de lançar um novo álbum, “Não Digas Nada”, um trabalho que “reflecte a sua trajectória cultural e musical, repleto de diferentes sonoridades”. O disco, que já está disponível em formato físico e nas plataformas digitais, combina influências do samba, bossa nova, MPB e música portuguesa numa mágica fusão de ritmos e estilos dos países e regiões por onde o artista passou e viveu, como Brasil, Portugal, Macau e Estados Unidos. “Não Digas Nada” conta com a presença de “convidados ilustres”, incluindo um “dueto singular” com a cantora e compositora portuguesa Luísa Sobral. Destaque para a “participação do célebre violoncelista Jaques Morelenbaum, que com a sua assinatura musical única dá um toque especial a este conjunto de canções”, descreve uma nota. O álbum será lançado este domingo no Centro Cultural de Cascais, em Portugal, que o artista promete ser uma “noite memorável em que o público poderá vivenciar de perto a atmosfera e as sonoridades da nova obra”. “Não Digas Nada” é um “convite à diversidade musical, à poesia e à troca cultural entre continentes, proporcionando uma experiência que transita entre o aconchego familiar e o deslumbramento do moderno”, é descrito.
Andreia Sofia Silva EventosMúsica | Poema de Adé cantado no novo disco de Felipe Fontenelle Há dez anos sem gravar um álbum de originais, o músico brasileiro Felipe Fontenelle regressou às gravações com “M de Memória”. Lançado em Portugal e já disponível em Macau, é um trabalho intimamente ligado ao território, ao ponto de ter uma música em patuá, com poesia de Adé [dropcap style≠’circle’]“M[/dropcap] de Memória” não é apenas um regresso ao passado de Felipe Fontenelle e das vivências pessoais que teve no seu país de origem, o Brasil. É também um regresso ao passado por conseguir relembrar o dialecto de patuá, já esquecido por muitos. O segundo disco de originais do músico da Casa de Portugal em Macau, lançado ao fim de dez anos, é o reflexo dos quatro anos e meio da estadia de Felipe Fontenelle a Oriente. Em entrevista, o músico fala deste novo trabalho discográfico, recentemente lançado em Portugal. “Este trabalho tem a ‘Música de Encantar’, um poema do Adé [José dos Santos Ferreira]. Achei engraçado por ser um dialecto quase extinto e, depois, foi uma experiência cantar numa língua diferente”, explicou o músico. Felipe resolveu aventurar-se numa língua completamente nova, tendo contado com a ajuda de Miguel de Senna Fernandes, director da companhia teatral Dóci Papiaçám di Macau. “Deu-me umas dicas de como se fala o patuá. Não tinha muitas referências e tive de ter ajuda para que a dicção fosse a melhor possível”, apontou. De resto, este trabalho está cheio de nomes bem conhecidos e experientes da música portuguesa e brasileira. Felipe Fontenelle trabalhou com os produtores de Chico Buarque e do fadista António Zambujo (que produziu todo o disco), e não esqueceu a poesia de Fernando Pessoa. “É um disco que surgiu nos últimos dois anos, com as últimas composições que fiz em Macau. Tem vários poemas de Fernando Pessoa e outros poetas que escolhi, que fizeram letras específicas para eu poder compor as músicas. É um retrato da minha fase de composição aqui em Macau”, referiu. A história do primeiro single Apesar de “M de Memória” ser a canção que dá nome ao disco, o músico radicado no território optou por escolher outra música para a apresentação do novo trabalho. “Deus também Sorri” é, portanto, o single de lançamento, e a sua produção implicou uma viagem entre Portugal e o Brasil. “Fiz esta música com um poeta português que conheci, António Ladeira. Já conhecia o trabalho dele através da cantora de jazz Stacey Kent. Ele já tinha feito três poemas para ela musicar, gostou muito da minha voz, e então escreveu dois poemas. Achei que essa era a música mais forte do disco.” Esse single acabou por levar outros arranjos. “Na verdade extraí do disco esta música e pedi a outro produtor, Luís Cláudio Ramos [que trabalha há 40 anos com Chico Buarque], para fazer um arranjo diferente. Este tema foi gravado no Rio de Janeiro.” “M de Memória” tem como “base principal a voz e o violão”, assegura Felipe Fontenelle, que fala ainda da canção “Esmeralda” como aquela que mais o faz lembrar da sua infância. “Fiz uma música em homenagem à minha avó, Esmeralda, que fala da minha infância no Brasil e de como eram passadas as minhas tardes e fins-de-semana na casa dela, e as coisas que aprendi com ela. Essa talvez seja a música que tem mais esse carácter de lembrança da infância.” Disco infantil a caminho Em dez anos, Felipe Fontenelle passou a ter mais tempo para compor novas músicas. “M de Memória” é o espelho dessa nova fase da sua vida. “Macau ajudou-me a desbloquear bastante em termos de composição. Passei uma fase em que, em Portugal, tinha muitos trabalhos diferentes e não tinha espaço na cabeça para fazer coisas. Foi interessante o processo desde que cheguei a Macau, porque passei a ter um ritmo mais calmo de vida, que me permitiu começar a fazer músicas para mim e para o projecto Sunny Side Up.” O facto de ter mais tempo livre tem levado Felipe Fontenelle para vários mundos da composição musical. Depois de ter lançado o álbum “Tributo a Macau”, a banda que mantém com Tomás Ramos de Deus e Miguel Andrade, prepara-se para apresentar, já no próximo fim-de-semana, o quarto disco de originais. Trata-se de um álbum com músicas infantis, que será apresentado em concerto no Centro Cultural de Macau.
Hoje Macau EventosFelipe Fontenelle apresenta novo álbum em Portugal [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] músico brasileiro Felipe Fontenelle, radicado em Macau, acaba de lançar um novo trabalho discográfico. Intitulado “M de Memória”, o disco tem como single de lançamento “Deus Também Sorri”, sendo, no seu todo, “um trabalho recheado de surpresas [onde] não faltam detalhes com ecos do seu percurso de vida entre o Brasil, Portugal e Macau”. A música “Deus Também Sorri” será apresentada na próxima quarta-feira em Lisboa, estando já agendados espectáculos noutras cidades do país. O single de estreia do novo trabalho conta com letra de António Ladeira, tendo sido produzido no Rio de Janeiro, Brasil. “Gravado com a velha guarda do Samba e da Bossa Nova, traz-nos um ‘cheiro’ moderno de outros tempos. Essa foi também a inspiração para o videoclip de apresentação de ‘Deus Também Sorri’, realizado por Pedro Varela (Os Filhos do Rock e A Canção de Lisboa)”, aponta um comunicado enviado pelo músico e compositor. O novo trabalho de Felipe Fontenelle, que em Macau tem estado ligado a projectos da Casa de Portugal em Macau, constitui “uma viagem ao passado entre memórias de infância”, onde existem “os vinis dos seus pais no apartamento da Paulista, em São Paulo, e os textos de autores que marcam a literatura portuguesa”. “M de Memória” tem o poeta Fernando Pessoa, “que dá corpo a cinco músicas originais”, tendo ainda participações de nomes como Cristina Branco, Joana Espadinha e António Ladeira (letrista de Stacey Kent). O disco conta com a colaboração de diversos músicos que já tocaram com Chico Buarque ou Cesária Évora. É, portanto, “um disco melodioso e cheio de emoções que nos surpreende com conversas de família e, até, algum dialecto macaense”. Após um percurso musical em Portugal e no Brasil, Felipe Fontenelle gravou, em Macau, em 2015 e 2016, os discos “Tributo a Macau”, “Pessoa” e “Rua 25 de Abril”, este último com a banda Sunny Side Up.