Electricidade | Preço deve manter-se estável

O preço da electricidade em Macau deve manter-se estável. Para já, não há planos de aumentos. A garantia foi deixada pelo presidente da Comissão de Ligação CEM-Clientes, Vong Kok Seng, que esteve ontem reunida.
Segundo Vong, por enquanto não há qualquer plano para aumentar o preço da luz, porque Macau está dependente do Interior, onde compra a electricidade, e o renminbi tem-se desvalorizado face à patacas. No entanto, também não há planos para implementar qualquer redução do preço.
O presidente da comissão também apontou que o consumo da electricidade continua a aumentar, indicando que na primeira metade do ano, o consumo subiu 6,6 por cento, em termos anuais. Vong Kok Seng prevê uma subida progressiva neste ano, porque agora a sociedade já voltou à normalidade e o número de turistas continua a aumentar.
Diona Chan, gestora Sénior da Divisão de Gestão de Serviços de Facturação e Contratação da Direcção de Clientes da CEM, indicou que a partir de Agosto, a CEM vai disponibilizar mais meios para enviar a conta da electricidade, recorrendo a mensagens de texto, ao WeChat ou CEM, tudo para reduzir a utilização do papel.
Porém, Diona Chan garantiu que o uso de factura electrónica não é obrigatório, apesar deste meio ser visto como mais vantajoso, por poder ser consultado facilmente e ainda disponibilizar de forma mais acessível o consumo dos utilizadores, através de um gráfico.

2 Jul 2023

CEM | Consumidores queixam-se de custos da luz acima do normal

Diversos consumidores residenciais queixaram-se de ter recebido facturas de electricidade com contas exorbitantes, algumas acima de 3.000 ou 4.000 patacas, apesar de incluírem mais de um mês de consumo. A CEM afirma ter feito os cálculos de acordo com a lei e explica as facturas com o calor que se tem feito sentir e o tempo anormalmente excessivo que as pessoas passaram em casa

 

Uma conta que habitualmente não vai além de 700 patacas, numa casa habitada por quatro pessoas, foi de 2.190 patacas em Julho e 1.160 patacas em Agosto. Estas foram as facturas de electricidade recebidas por Jassy Santos, trabalhadora não-residente (TNR) e presidente da União Progressista dos Trabalhadores Domésticos de Macau. Jassy Santos é uma das consumidoras que se queixa dos elevados valores das facturas de electricidade nos últimos meses. Várias pessoas têm revelado nas redes sociais facturas que, muitas vezes, têm montantes acima das 3.000 e 4.000 patacas, mesmo que digam respeito a mais de um mês de consumo.

“As nossas contas duplicaram no mês passado. É de loucos, porque somos quatro em casa e usamos apenas o ar condicionado à noite, e uma ventoinha durante o dia”, contou ao HM Jassy Santos, que considera que a Companhia de Electricidade de Macau (CEM) tem “exagerado” nas contas que apresenta aos clientes.
Jassy Santos assegura que muitos TNR terão dificuldades acrescidas no pagamento das contas. “As nossas contas da água estão ok [estáveis], bem como a renda. Os trabalhadores migrantes vão procurar formas de pagar as contas, pois não é possível viver numa casa às escuras”, disse.

Contas que custam

Outra residente, que não quis ser identificada, pagou mais de 900 patacas em Agosto depois de ter pago contas mais baixas relativas aos meses de Junho e Julho. “A CEM fala em ajustes, mas não percebo porque paguei mais de 900 patacas. Somos dois adultos e um bebé e penso que não se justifica. Normalmente, a minha conta não excede 350 patacas. Conheço pessoas que pagaram mais de 2.000 patacas, são contas muito altas”, disse.

A residente não tem dúvidas de que muitas famílias, em contexto de crise económica e com a subida da taxa de desemprego, vão ter dificuldades em pagar estas contas, que, em muitos casos, são equivalentes ao montante de uma renda de casa.

“Neste momento, as pessoas estão a sofrer cortes salariais e outras estão desempregadas. Pessoas como eu, com um bebé, ainda gastam mais. São fraldas, leite, toalhitas… e temos de ter em conta que o nível de vida em Macau é super caro para os salários médios. Os valores [das facturas] vão fazer falta para bens de grande necessidade”, adiantou.

Ao HM, a CEM explica que a leitura dos contadores de electricidade foi suspensa entre 20 de Junho e 1 de Agosto devido ao surto epidémico. “Estas facturas estimadas basearam-se no artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 43/91/M [relativo ao contrato-tipo para o fornecimento de energia eléctrica em baixa e média tensão], que determina que, quando o contador não puder ser lido por motivos imputáveis ao cliente ou de força maior, os cálculos sejam efectuados de acordo com o valor médio do consumo real de electricidade do cliente nos últimos 12 meses.”

Sobre as facturas dos meses de Junho e Julho, “a CEM disponibilizou o diferimento do pagamento para clientes residenciais e não residenciais, pelo que o valor da factura de electricidade foi resultado da estimativa de consumo de dois meses”.

Além disso, “com o levantamento das restrições, a CEM retomou de imediato o serviço de leitura de contadores no local, tendo a factura seguinte sido ajustada de acordo com a leitura real. Uma vez que os cidadãos ficaram em casa a maior parte do tempo e o clima estava quente, o valor da factura poderá ter aumentado. Os clientes podem consultar o histórico do consumo de electricidade de dois anos na factura para comparação”, aponta ainda a resposta da empresa.

A CEM pretende ainda alargar, até 2025, a cobertura dos contadores inteligentes por todo o território. “Até lá, as facturas estimadas por falta de leitura dos contadores no local serão eliminadas”, conclui a empresa.

7 Set 2022

Electricidade | Leong Hong Sai preocupado com aumento dos preços

O deputado dos Moradores entende que o Governo deve assumir um maior controlo sobre os preços dos bens essenciais, para evitar aumentos durante períodos de crise

 

Leong Hong Sai defende que o Governo deve tomar medidas para ter um maior controlo dos preços das necessidades mais básicas, como a electricidade e a água, em tempos de crise económica. Numa interpelação divulgada ontem, o deputado dos Moradores pergunta ao Governo se tem planos alterar a legislação actual, e ganhar maiores poderes de controlo.

Esta é a reacção de Leong ao anúncio da Companhia de Electricidade de Macau (CEM) de que o preço do kilowatt-hora vai subir para 40 avos, quando no trimestre passado era de 35 avos. O aumento foi justificado pela empresa com as “alterações no renminbi” e dos “preços dos combustíveis”.

No entanto, apesar de admitir que todo o procedimento foi feito de acordo com a legislação actual, o deputado está preocupado com o impacto deste aumento para o nível de vida da população. “Muitos residentes queixam-se do impacto da pandemia. Os rendimentos estão a diminuir e a pressão sobre a vida a aumentar, por isso, a vida tem sido muito difícil”, afirma Leong Hong Sai. “Todo o ambiente não é fácil, mesmo que o aumento seja pequeno, o impacto para a vida dos residentes é muito grande”, acrescenta.

O deputado quer assim saber se o Governo tem planos para alterar a legislação actual e introduzir cláusulas que lhe permitam ter em conta factores sociais nos aumentos dos bens de primeira necessidade. Leong Hong Sai explica ainda que esta medida é essencial, uma vez que as famílias não conseguem evitar o consumo destes bens.

Gestão de empresas

Outra questão levantada pelo legislador ligado aos Kaifong, prende-se com a situação das empresas com capitais públicos na RAEM. No início do ano, o Governo lançou uma consulta pública através do Gabinete para o Planeamento da Supervisão dos Activos Públicos da Região Administrativa Especial de Macau, liderado pela ex-secretária Sónia Chan.

No entanto, até agora ainda não foi apresentada uma proposta de lei para regular as empresas com capitais públicos. Neste sentido, Leong Hong Sai pergunta se há alguma previsão sobre quando a proposta de lei vai ser apresentada à Assembleia Legislativa.

Ainda em relação às empresas com capitais públicos, o deputado quer saber como é que o Governo equilibra os diferentes interesses nas empresas em que tem uma participação inferior a 50 por cento, como acontece na Companhia de Electricidade de Macau (CEM) e na Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM).

6 Mai 2022

Mais de 90% da energia de Macau vem de zona que enfrenta crise energética

Mais de 90 por cento da energia de Macau vem do Sul da China, num momento em que o país enfrenta uma crise energética que já interrompeu a produção industrial em várias províncias, disse à Lusa fonte da Companhia de Electricidade de Macau – CEM.

Apesar desta conjuntura, o preço da electricidade não aumentou, não houve falhas de fornecimentos visíveis, nem avisos por parte das autoridades.

Em resposta à Lusa, a CEM frisou que os preços da energia em Macau permanecem inalterados há 20 anos.
Segundo a empresa de electricidade, em 2020 foram importados da Rede Eléctrica do Sul da China, representando 90,2 por cento do consumo total de electricidade de Macau, 6,9 por cento do consumo é produzido localmente e os restantes 2,8 por cento são provenientes do centro de incineração de resíduos.

Ainda de acordo com a CEM, a rede eléctrica de Zhuhai está interligada com a rede do território, e a mistura de energia eléctrica para Macau é despachada pela Rede Eléctrica do Sul da China.

Segundo o acordo de cooperação eléctrica assinado entre os dois locais, Macau recebe para consumo cerca de 40 por cento de energia limpa da Rede Eléctrica do Sul e esta “será ajustada em conformidade de acordo com a optimização do cabaz energético na região da Rede Eléctrica do Sul”. A eléctrica fornece energia a Guangdong, Guangxi, Yunnan, Guizhou e Hainão.

Escuridão a norte

Segundo relatos nos órgãos de comunicação social chineses, várias cidades da província de Guangdong tiveram o fornecimento de electricidade restringido durante quase uma semana, na semana passada. A produção industrial esteve por isso parada durante várias horas nesses dias.

Na cidade de Houjie, a cerca de 85 quilómetros de Macau, que conta com mais de 20.000 fábricas, o departamento de Fornecimento de Electricidade avisou, segundo relatos na imprensa chinesa, que “devido ao actual fornecimento apertado de electricidade na província, a fim de assegurar o fornecimento ordenado de electricidade, de acordo com o princípio de proteger a subsistência das pessoas, os serviços públicos, para proteger os pontos-chave, foi implementado o aviso de pico de fornecimento de electricidade a empresas de elevado consumo de energia”.

As restrições energéticas foram registadas em várias empresas e indústrias nas cidades de Foshan, Shantou e Jieyang.

A razão, de acordo com fonte próxima da rede eléctrica de Guangdong, citada nos media chineses, é a escassez de energia, provocada pelo aumento do preço e da diminuição da oferta de carvão, que fez com que centrais térmicas deixassem de funcionar em plena capacidade.

1 Nov 2021

Electricidade é o cancro do povo

Há uns anos os ambientalistas provaram dois factos: que a construção de mais barragens e a instalação de energia eólica seriam um duro golpe no ambiente e em nada iria beneficiar os portugueses no sentido de possuírem um custo mais barato no consumo da energia. Os governantes nunca se incomodaram nada com o que dizem os ambientalistas e estes não entendem para que existe um ministro do Ambiente. A construção de uma série de barragens provocou uma onda de corrupção nunca vista e que, segundo algumas das nossas fontes, o Ministério Público tem andado atrás desses destruidores de valores históricos, tais como as incrustações do neolítico e paleolítico nas rochas das margens de certos rios. Recordo aqui uma visita que fiz em 1973 a Vila Velha de Ródão e ao Fratel. No Fratel o caso era de espanto: centenas de desenhos profundamente visíveis e significativos da vida daqueles tempos, inclusivamente eram visíveis seres humanos com arcos de flechas. Os arqueólogos tudo fizeram para que não fosse destruído um valor tão importante do que aconteceu com os nossos antepassados, mas nada conseguiram. A construção de uma barragem deixou a riqueza de Fratel submersa para sempre. O que se passou recentemente no Tua foi vergonhoso. Tínhamos um dos locais mais belos que percorrido de comboio deixava os turistas estonteados e os residentes locais tinham transporte para o trabalho. Mas a teimosia e a ganância pelo dinheiro levou a que os governantes seguissem para a frente com a construção de mais uma barragem que soterrou a linha ferroviária.

Os magnatas das empresas de energia não pensam no povo. O lucro está sempre em primeiro lugar. Quando se iniciou a instalação da energia eólica, alguns especialistas chamaram a atenção para os prejuízos que a inovação iria provocar, além dos milhões de euros que foram gastos no projecto incluindo o dinheiro que escorreu para certos autarcas autorizarem a instalação das eólicas nos seus terrenos. As eólicas têm sido um desastre ambiental e não só.

O movimento das pás gigantes tem destruído uma variedade de produções agrícolas e certos aldeões ficaram sem nada. O ruído dos geradores que foram instalados perto de habitações obrigou os pobres dos camponeses a mudar de local para poderem dormir. E o pior é pensar a longo prazo: as eólicas são do mais inestético que se pode ver no cimo de uma montanha, a paisagem natural levou uma facada cuja dor é imensa e o pior será daqui a vinte ou trinta anos quando as eólicas já não funcionarem e quem é que retira aquele lixo férreo do cimo das serras? Ninguém, obviamente. Por que não optaram as “cabecinhas pensadoras” em instalar as eólicas no mar, tal como acontece em vários países. Mais efeito energético e mais estético, sem prejudicar e matar o movimento migratório das aves. Têm sido mortas aves aos milhares quando embatem contra as pás das eólicas e nunca ouvimos ninguém da defesa dos animais a protestar contra a contínua instalação de eólicas.

Tudo isto foi anunciado ao povo de que a energia passaria a existir mais limpa e mais barata, e que consequentemente o consumidor teria a electricidade mais barata. Debalde. Somos o país com a energia mais cara da Europa. Como é possível tão triste desiderato num país tão pequeno e com tantas barragens e geradores com energia eólica?

E afinal, em que resultou o gasto de milhares de milhões de euros no sector da energia? A partir de Outubro o povo vai sofrer mais um aumento de 3 por cento no preço da electricidade. Vergonhoso e chocante, quando após uma pandemia milhares de famílias ficaram com a corda na garganta e certas empresas tiveram de fechar a porta. Dizia-me um empresário de uma fábrica de produção média de plásticos que paga 80 mil euros por mês de electricidade e que naturalmente que este aumento no preço da electricidade irá provocar um aumento na venda dos seus produtos ao consumidor. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) determinou uma subida de 1,05 euros por mês, para a maioria dos consumidores em mercado regulado. Isto é infame e os portugueses não entendem, tal como não percebem a razão de o preço de os combustíveis aumentar todas as semanas.

Por outro lado, com a energia eléctrica a bater no início da semana passada novos recordes sucessivos de preço no mercado grossista ibérico (Mibel) e a rebentar a escala com 130,53MWh, a dúvida mantém-se: o que vai acontecer às facturas da luz dos portugueses? A Deco já veio dizer que é certo que as facturas vão subir para todos, tanto no mercado regulado como no livre, mas o Governo promete descidas nas tarifas para 2022. Promessas… em tempo de eleições, porque a vergonha de nada fazer de bom para o povinho continuará para sempre.

20 Set 2021

Primeira quebra no consumo de electricidade desde 1972

Macau registou, em 2020, uma quebra de 6,7 por cento no consumo de electricidade. Segundo o relatório e contas da Companhia de Electricidade de Macau (CEM), esta foi “a primeira quebra observada desde o estabelecimento da CEM, em 1972”, o que se explica com os efeitos da pandemia da covid-19, em 2020, e o respectivo “duro golpe para o turismo e actividades económicas”.

Outra consequência foi o aumento da importação de electricidade, uma vez que, “devido às restrições de viagens, o fabricante não pôde visitar Macau para efectuar a manutenção e reparação da unidade de turbina a gás nº 2 na Central Térmica de Coloane”. Desta forma, “as unidades geradoras ficaram impossibilitadas de operar durante quase um ano inteiro”, o que levou a que a “electricidade em Macau tenha sido principalmente importada da China Continental em 2020, atingindo os 4.853 GWh, responsável por 90,2 por cento do consumo total de energia de Macau”.

A CEM afirma também que “a geração de energia local e a electricidade comprada à Central de Incineração de Resíduos de Macau diminuíram 39,1 e 13,1 por cento em termos anuais, representando 6,9 e 2,8 por cento do consumo total de energia de Macau”.

30 milhões para 200 edifícios

Em 2020 a CEM investiu 605 milhões de patacas, sendo que 74 por cento desse investimento foi feito na expansão e manutenção da rede de transporte e distribuição. “Os principais projectos incluíram a construção da terceira subestação primária do Pac On, conectada com a China Southern Power Grid”, bem como “projectos de larga escala em construção, tais como o Grand Lisboa Palace, o Porto de Qingmao, o [hotel] Lisboeta Macau, a Fase 3 do Galaxy Macau e o Hospital das Ilhas, entre outros”.

A CEM refere que os accionistas atribuíram 30 milhões de patacas para criar o “Programa de Subsídio de Melhoria da Segurança de Instalações Eléctricas em Áreas Comuns de Edifícios Antigos Baixos”, uma vez que “as instalações eléctricas em áreas comuns de muitos edifícios antigos de Macau não têm tido manutenção e reparação há muito tempo, o que pode tornar-se um risco para a segurança pública”. A CEM prevê que cerca de 200 edifícios deverão receber este subsídio até 2023, a fim de poderem renovar os equipamentos eléctricos.

1 Jul 2021

Electricidade | Governo sem data para aumento dos preços

[dropcap]O[/dropcap] Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE) garantiu, em resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei, que não existe um calendário para a alteração das tarifas da electricidade.
O coordenador do GDSE, Hoi Chi Leong, referiu que têm sido feitas “análises sobre o sistema tarifário progressivo de electricidade”, mas que este “tem de ser implementado num ambiente social adequado”. “A tarifa básica de electricidade nunca foi aumentada nos últimos 20 anos, por isso, de momento, ainda não existe uma calendarização específica para a sua implementação”, acrescenta Hoi Chi Leong na sua resposta.
Além disso, o coordenador frisou que, “a longo prazo, a escala de produção de electricidade através de gás natural será aumentada de forma apropriada, dando-se mais um passo com vista a alcançar o objectivo de conservação energética e de redução das emissões”.
A título de exemplo, Hoi Chi Leong adiantou que “o Governo tem igualmente encorajado a produção de electricidade através de interligações de energia solar fotovoltaica e tem vindo gradualmente a substituir, em todas as vias de Macau, as lâmpadas de sódio de alta pressão por luzes de rua LED”.

9 Set 2019

Electricidade | Governo sem data para aumento dos preços

[dropcap]O[/dropcap] Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE) garantiu, em resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei, que não existe um calendário para a alteração das tarifas da electricidade.

O coordenador do GDSE, Hoi Chi Leong, referiu que têm sido feitas “análises sobre o sistema tarifário progressivo de electricidade”, mas que este “tem de ser implementado num ambiente social adequado”. “A tarifa básica de electricidade nunca foi aumentada nos últimos 20 anos, por isso, de momento, ainda não existe uma calendarização específica para a sua implementação”, acrescenta Hoi Chi Leong na sua resposta.

Além disso, o coordenador frisou que, “a longo prazo, a escala de produção de electricidade através de gás natural será aumentada de forma apropriada, dando-se mais um passo com vista a alcançar o objectivo de conservação energética e de redução das emissões”.

A título de exemplo, Hoi Chi Leong adiantou que “o Governo tem igualmente encorajado a produção de electricidade através de interligações de energia solar fotovoltaica e tem vindo gradualmente a substituir, em todas as vias de Macau, as lâmpadas de sódio de alta pressão por luzes de rua LED”.

9 Set 2019

Macau desliga luzes este sábado pela “Hora do Planeta”, incluindo casinos

[dropcap]M[/dropcap] acau vai desligar este sábado, durante 60 minutos, todas as “luzes desnecessárias”, juntando-se mais uma vez à Hora do Planeta, iniciativa global que se estende aos casinos do território.

Entre as 20:30 e as 21:30, Macau vai cumprir o “apagão mundial” de uma hora promovido pelo Fundo Mundial para a Vida Selvagem e Natureza (WWF), apoiando a “conservação de energia e a redução de emissões”, indicou o Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético, em comunicado.

Este ano, juntam-se à iniciativa as três pontes que ligam a península de Macau à ilha da Taipa, as seis operadoras de casinos, os edifícios dos serviços governamentais e alguns dos “edifícios mais emblemáticos da cidade”.

O Governo, que se junta pela 11.ª vez ao movimento global, apelou ainda à participação de todos os cidadãos e das empresas dos sectores industrial e comercial.

A Hora do Planeta começou há 12 anos em Sydney, onde se estima que mais de dois milhões de pessoas colaboraram com o apagão para uma poupança de 2% a 10% da energia consumida na cidade.

No entanto, a Hora do Planeta converteu-se “num movimento que vai muito mais além” do que apagar a luz, explicou à agência de notícias Efe Miguel Ángel Valadares, da WWF, entidade que espera voltar a envolver milhares de cidadãos em todo o mundo.

A novidade este ano inclui três apelos adicionais para todo o dia: não comer carne, não consumir plásticos e não emitir CO2, como contributos particulares para ajudar a reduzir a perda de biodiversidade.

Este sábado, estima-se que milhares de autarquias e empresas de quase 190 países juntar-se-ão a este apagão mundial de uma hora que se realiza desde 2007.

30 Mar 2019

Pequim pronto a ajudar Venezuela após apagão

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China afirmou ontem estar pronta para “prestar assistência técnica” à Venezuela, que sofre desde quinta-feira passada o pior apagão da sua história, no meio de uma grave crise política e social.

O porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang, afirmou que “se o governo venezuelano precisar de ajuda, a China a prestará da melhor maneira possível”.

Lu revelou que Pequim “está muito preocupado” com os apagões e expressou esperança de que a Venezuela “possa descobrir a causa desse problema e restaurar o fornecimento de electricidade e a ordem social”.

“A China está disposta a oferecer assistência e apoio técnico à Venezuela”, disse o porta-voz.

Questionado se Pequim planeia enviar “especialistas” para a Venezuela, em breve, para resolver o problema, Lu limitou-se a afirmar que “não há informações sobre o envio de especialistas”.

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que o apagão se deve a um ciberataque coordenado dos Estados Unidos.

Maduro disse que iria pedir ajuda à ONU e aos seus aliados China, Cuba, Rússia e Irão, para investigar o alegado “ataque cibernético” que terá causado o apagão.

Lu não confirmou, no entanto, se acredita na versão de Maduro.

 

Fases da crise

Entretanto, o chefe do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, reconhecido por cerca de cinquenta países como Presidente do país, liderou na terça-feira protestos da oposição devido à falha na energia elétrica.

Em 24 de Janeiro passado, a China expressou o seu apoio ao Governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, e condenou a “intromissão nos assuntos internos” do país pelos Estados Unidos, depois de Washington ter reconhecido o líder provisório autoproclamado, Juan Guaidó.

No entanto, na semana seguinte, Pequim revelou-se menos enfático no seu apoio a Maduro, afirmando que mantém “contactos estreitos com todas as partes” envolvidas na crise política na Venezuela, “através de vários canais”.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de Janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

14 Mar 2019

Cão morre electrocutado junto a candeeiro público

Apesar do incidente e das razões ainda estarem a ser investigadas, o Governo garante que a rede de candeeiros pública foi analisada, após o incidente, e que não há perigos para a população

 

[dropcap]U[/dropcap]m candeeiro público, junto ao Teatro D. Pedro V, causou a morte de um cão devido um uma descarga eléctrica, no domingo à noite, quando chovia. O incidente foi relatado, ao HM, por Herculano Dillon Jesus, um dos membros da família proprietária do animal.

“A empregada levou o cão da minha mãe a passear. O cão passou ao lado do candeeiro público, junto à Igreja de Santo Agostinho, e sem razão aparente começou a rosnar a e tentar mordê-la [empregada]. Felizmente ela largou-o e o cão ficou pegado ao poste”, contou Herculano Dillon Jesus. “Momentos depois a empregada telefonou-me e fui ao local. Quando cheguei, já lá estava a polícia. Ainda se falou em mexer-se no cão, mas eu avisei logo que era perigoso e que era necessário chamar a CEM”, acrescentou.

Segundo Dillon Jesus, a Companhia de Electricidade de Macau (CEM) deslocou-se rapidamente ao local e cortou a electricidade no candeeiro em causa. Só nessa altura foi possível tocar no canino, de nome Beethoven.

“Foi uma situação muito perigosa. O Beethoven foi o sacrificado e as autoridades competentes têm de dar justificações sobre o que aconteceu. Isto não devia acontecer”, considerou. “Tivemos sorte porque além do Beethoven não houve mais vítimas. Mas a empregada ou a minha irmã, que também esteve no lugar, poderiam ter sido igualmente electrocutadas. Este é um sítio muito turístico e é frequente ver os visitantes a tirar fotos agarrados aos candeeiros, poderia ter acontecido com eles. Neste caso só morreu o Beethoven, mas poderíamos estar a falar de um tragédia com uma dimensão muito maior”, frisou.

O caso foi igualmente confirmado ao HM pela Polícia de Segurança Pública, que revelou ter recebido o alerta para a situação às 21h22. A área à volta do candeeiro foi depois isolada, com um perímetro de segurança, e o corpo do cão entregue ao Instituto de Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), para que a autópsia fosse realizada.

Governo confirma caso

Ao HM, o Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético (GDSE), garantiu que a situação está a ser resolvida e que os candeeiros públicos são seguros: “O GDSE pediu à CEM que fizesse uma investigação ao caso e que reparasse o poste tão depressa quanto possível. Foram detectadas descargas ligeiras de energia no poste do candeeiro público, de estilo clássico, e a CEM procedeu às reparações de forma imediata”, respondeu a direcção de serviços do Executivo. “Também todos os candeeiros do mesmo género foram inspeccionadores e não há outros casos de descargas”, foi acrescentado.

A mesma posição foi assumida pela CEM, que garantiu que a situação é segura: “As luzes em Macau são seguras e vamos continuar a analisar este caso”, foi dito, ao HM. Contudo, ainda não há uma justificação oficial para a descarga. “Estamos a averiguar a situação e ainda não temos uma confirmação sobre as razões que levaram à descarga no poste. Os técnicos têm estado a averiguar o que se passou”, foi explicado, ontem.

Neste momento, ainda não é certo que a família de Herculano Dillon Jesus leve o caso para o tribunal. Contudo, o macaense deixa uma certeza: “É um cão, mas era parte da nossa família. Merece que haja justiça e a verdade é que salvou vidas”, desabafou.

27 Nov 2018

Defendidas melhorias na comunicação aquando de cortes de electricidade

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários (SPU), Ma Io Kun, reconheceu ontem serem necessárias melhorias, que incluem avisar a população com antecedência, aquando da suspensão do fornecimento de energia eléctrica durante inundações graves nas zonas baixas da cidade.

Ma Io Kun, que falava ontem durante o programa Fórum Macau da TDM, reiterou que a decisão da Companhia de Electricidade de Macau (CEM) de suspender o fornecimento de energia eléctrica na zona do Porto Interior durante a passagem do tufão Mangkhut, na semana passada, reduziu ao mínimo os danos, escreveu a Macau News Agency (MNA). Depois de a água ter atingido a linha de alerta, a CEM decidiu suspender o fornecimento de energia eléctrica, uma medida de contingência que afectou aproximadamente 20 mil clientes.

“Estas instalações ficariam completamente danificadas se ficassem inundadas enquanto carregadas com energia”, afirmou o comandante-geral dos SPU, sublinhando que, graças à suspensão do fornecimento, puderam voltar a ser utilizadas rapidamente depois da drenagem da água.

25 Set 2018

Economia | Pequim e Moscovo aumentam cooperação em energia

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] China e a Rússia concordaram reforçar a cooperação de energia pelo mecanismo do Comitê de Cooperação de Energia China-Rússia.

O acordo surgiu quando os vice-primeiros-ministros chinês Han Zheng e o russo Dmitry Kozak presidiram em conjunto a 15ª reunião do Comité, realizada na capital russa.

As políticas energéticas conjuntas são “uma importante parte da parceria estratégica abrangente de coordenação China-Rússia”, referiu Han à Xinhua. A mesma publicação oficial refere que o Comité de Cooperação de Energia China-Rússia vem melhorando o planeamento e a coordenação gerais com destaque para a cooperação de energia. Desde a 14ª reunião do Comité, realizada no ano passado em Pequim, os principais projectos estratégicos têm alcançado progressos estáveis, de acordo com declarações prestadas pelo responsável chinês.

Han propôs três medidas para impulsionar a cooperação bilateral na próxima etapa. Em primeiro lugar, ambos os lados devem implementar efectivamente o actual projeto e também os assinados para tornar o consenso realidade. Em segundo lugar, necessitam expandir novas áreas e métodos de cooperação de acordo com um princípio orientado pelo Governo, impulsionado pelo mercado e liderado pelas empresas, a fim de criar uma parceria energética de ganho mútuo. Em terceiro lugar, os dois lados precisam impulsionar intercâmbios sobre tecnologia, padrões, recursos humanos e informações de energia e aprender um com o outro para elevar o poderio económico das duas potências na área de energia. Durante a reunião, ambos os lados revisaram os importantes projetos entre os dois países nas áreas de petróleo, gás natural, carvão e electricidade, realizaram trocas de opiniões profundas sobre o futuro desenvolvimento e alcançaram consenso amplo.

19 Set 2018

Mangkhut | Electricidade pode ser suspensa

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] fornecimento de electricidade pode vir a ser suspenso de modo a garantir a segurança da rede eléctrica, avança o Centro de Operações de Protecção Civil (COPC). Em causa estão as inundações previstas para as zonas baixas, que podem atingir os 2,5 metro, e interferir com o funcionamento dos postos de transformação eléctrica existentes naquela área. Entretanto já se registaram cortes temporários em algumas zonas da Taipa.

16 Set 2018

Casal português necessita de 200 mil patacas para recuperar casa

Um casal português sofreu um incêndio dentro da sua casa, localizada nos Ocean Gardens, provocado por uma tomada que começou a arder. O senhorio não se responsabiliza pelos estragos e o casal não tem possibilidade de custear as 200 mil patacas necessárias. Já há uma campanha de recolha de fundos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Casa de Portugal em Macau (CPM) lançou uma campanha de recolha de fundos para apoiar um casal português que sofreu um incêndio dentro da sua própria casa, provocado por uma tomada eléctrica que começou a arder. São necessárias 200 mil patacas para reparar um apartamento e recuperar mobílias e electrodomésticos, valor que o senhorio não quer suportar. A viver em casa de amigos, o casal não tem capacidade financeira para pagar as despesas ou alugar um outro apartamento.

O incêndio aconteceu na madrugada do dia 10 de Janeiro, sendo que o apartamento está localizado no edifício Cattleya, nos Ocean Gardens, Taipa. O casal, juntamente com a sua filha, acabaram por ser resgatados pelos bombeiros. Segundo um comunicado, “a família ficou retida à volta da janela do quarto do casal sem possibilidade de escapar ao fogo e fumos tóxicos provocados pelo derretimento de plásticos e demais aparelhos electrónicos até serem resgatados pelos bombeiros”.

Helena Pereira contou ao HM que nenhum alarme de incêndio foi activado no edifício, o que levanta a questão da falta de segurança. “É grave que um apartamento esteja a arder e que o alarme do prédio não toque. Houve vizinhos que acordaram com o fumo na casa deles e que saíram, e houve outros que não acordaram. No corredor de acesso aos apartamentos há três detectores de fogo e nenhum deles foi activado.”

Helena contou que esta não é a primeira vez que sofre um incidente deste género. “Já tive este problema num outro apartamento no mesmo edifício, onde vivi 12 anos, e aconteceu-me exactamente o mesmo, em que as tomadas começarem a arder. Foi durante o dia, estávamos em casa e sentimos o cheiro, e não houve nada. Um vizinho também lhe aconteceu o mesmo”, relatou.

Na madrugada do passado dia 10, um vizinho do casal “ainda subiu as escadas de incêndio para agir, mas o fumo era tão espesso que um agente policial já no local o desiludiu”.

Apesar da família estar, neste momento, bem de saúde, um dos animais domésticos acabou por perder a vida em consequência do incêndio. “A família encontra-se bem de saúde e a recuperar da odisseia. Contudo uma das três gatas de estimação, a que se encontrava na divisão que ardeu, faleceu sábado, no veterinário, vítima das complicações causadas pelos fumos tóxicos do incêndio que lhe destruíram os pulmões.”

Senhorio não paga

A campanha entretanto lançada com a ajuda de amigos através da CPM visa suportar as despesas que o casal tem agora de pagar, uma vez que o senhorio não quer accionar o seguro e assumir responsabilidades.

“A família depara-se agora com o rescaldo do incêndio sem meios financeiros para fazer face às despesas que se somam: todos os têxteis, roupas, calçado, lençóis almofadas, colchões estão contaminados e inutilizáveis pelos fumos tóxicos, cinzas e fuligem, nem todas as mobílias serão recuperáveis, todos os produtos alimentares e variadíssimos electrodomésticos estão inutilizáveis, além da reparação da fracção.”

Helena Pereira disse ao HM que todos os contactos até agora feitos junto do senhorio, no sentido deste pagar as contas, revelaram-se infrutíferas. “O que nos foi comunicado através da representante do senhorio foi que ele não assume qualquer responsabilidade e não paga qualquer despesa. Quando foi feita a limpeza foi necessário tirar os restos dos ares condicionados e as equipas de limpeza não podiam fazer isso. A agente disse que ia tratar do assunto, mas depois a conta foi-nos enviada.”

As despesas relativas à primeira acção de limpeza foram pagas pela Congregação Anglicana em Macau, mas é preciso bastante mais. “Estamos um bocado assustados, porque não temos casa e o mais importante é termos acesso a bens essenciais e ver a situação resolvida. Ainda não temos a resposta do senhorio.”

Helena Pereira assume desde já que não tenciona levar o caso a tribunal, mas alerta que a lei não é clara no que diz respeito ao apuramento de responsabilidades neste tipo de situações.

“Temos de provar que não temos culpa do acidente, mas à partida a lei não é clara quanto à causa dos danos, porque não houve intenção nem negligência, foi um acidente com o sistema eléctrico da casa. Estamos à espera que o senhorio se responsabilize”, rematou.

A campanha já está a decorrer e os fundos podem ser transferidos para a conta 9014444997 do Banco Nacional Ultramarino.

29 Jan 2018

Tufão Hato: Caixas de electricidade danificadas no Fai Chi Kei e Porto Interior

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Companhia de Electricidade de Macau (CEM) explica que tem vindo a normalizar o fornecimento de energia nas últimas horas. No entanto, “nas zonas do Porto Interior e Fai Chi Kei, devido aos danos causados pelas inundações, que danificaram as caixas de electricidade, a CEM irá trabalhar para retomar o abastecimento prevendo uma recuperação progressiva”.

Não há, por enquanto, novas informações sobre o assunto.

Entretanto o Instituto de Acção Social (IAS) garante estar atento à “situação de vida de alguns grupos sociais vulneráveis que se deparam com o corte de fornecimento de electricidade e de água”, tendo sido accionado o mecanismo de resposta a situações de crise.

O IAS afirma que “será intermitente a recuperação do fornecimento de água e de electricidade para os equipamentos sociais” como o Complexo de Serviços de Apoio à Juventude e Família “Pou Tai”, na Taipa, o espaço Fonte da Esperança, também na Taipa, o Lar de Estrela da Esperança do Sheng Kung Hui, a Casa de Petisco “Sam Meng Chi”, a Casa do Arco-Íris Esplendoroso, na Areia Preta, o Centro de Santa Lúcia, na Estrada de Nossa Senhora de Ká-Hó, Coloane.

Há também falhas de fornecimento de água e luz no Lar São Luís Gonzaga e no Centro de Santa Margarita, ambos na Taipa.

“O IAS está a empenhar-se na coordenação com as instituições particulares de serviços sociais, de forma a que estas enviem os respectivos trabalhadores ao domicílio dos grupos sociais vulneráveis com necessidades urgentes, prestando-lhes a respectiva assistência”, afirma ainda.

24 Ago 2017

Negócios | Lucros da CEM subiram quase 13 por cento

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Companhia de Electricidade de Macau (CEM) registou lucros líquidos de 746 milhões de patacas no ano passado, mais 12,8 por cento do que em 2015, segundo dados publicados ontem em Boletim Oficial.

O consumo de energia em Macau aumentou 5,8 por cento no ano passado, atingindo o valor recorde de 5.255 Gigawatt-hora (GWh), com o pico da procura a atingir 932 Megawatt (MW), ou seja, mais 5,6 por cento do que em 2015, de acordo com dados constantes da síntese do desempenho anual da eléctrica que, em Fevereiro, facultou uma série de indicadores, mas não os resultados do exercício.

A produção de energia local aumentou 4,5 por cento para 787 GWh, enquanto a energia importada da China subiu 6,2 por cento em 2016 para 4306 GWh, representando, respectivamente, 15 por cento e 81,9 por cento do total do consumo. Já a energia adquirida à Central de Incineração de Resíduos Sólidos foi de 161 GWh, equivalendo a 3,1 por cento.

“Enquanto os preços do combustível se mantiveram baixos em 2016, o custo de produção foi inferior ao da importação de energia eléctrica” da China, refere a CEM, destacando que “todos os indicadores-chave” excederam os objectivos traçados no contrato de concessão.

“A CEM continuou a investir em infra-estruturas e activos importantes, com o objectivo de apoiar o ritmo do desenvolvimento” de Macau e de “fazer face à sempre crescente procura de energia”, afirma a empresa.

Salientando que “todos os anos o valor do investimento da CEM excede a receita”, a CEM indica que, em 2016, “a despesa de capital atingiu um novo recorde de 1,31 mil milhões de patacas, ou seja, quase mais 77 por cento do que o lucro anual.

No final de 2016, a CEM contava com 253.229 clientes, mais 1,6 por cento comparativamente ao ano anterior.

15 Jun 2017

Associação alerta para problemas na rede eléctrica do território

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação Synergy Macau realizou ontem uma conferência de imprensa onde deixou um alerta sobre os actuais problemas da rede eléctrica de Macau, ao nível das infra-estruturas e fornecimento de energia. Os responsáveis da associação, onde se inclui o coordenador Lam U Tou, também membro da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), denunciaram os problemas existentes com os cabos eléctricos na subestações do Canal dos Patos e Lótus que começaram a funcionar em 2012 e deveriam ter um prazo de validade de 30 anos. Contudo, a associação fala de problemas ao fim de dois anos de funcionamento. Para Lam U Tou, isto faz com que a maioria das zonas do território sofram variações ao nível do fornecimento.

Os referidos cabos eléctricos terão custado 240 milhões de patacas à Companhia de Electricidade de Macau (CEM) e só em 2014 originaram três curto-circuitos, no espaço de um mês.

“Houve elevadores e aparelhos electrónicos que pararam de funcionar por causa disso. Quando ocorreu o segundo curto circuito, o fornecimento de internet também foi afectado”, explicou Lam U Tou.

Na visão da Synergy Macau, faltam respostas por parte das autoridades. “Em 2014 a CEM disse que iria entregar ao Governo um relatório sobre os casos ocorridos e que iria examinar os cabos eléctricos, mas já passaram quase três anos e ainda não foram divulgadas informações”, acrescentou o mesmo responsável.

Obras perigosas

Lam U Tou falou ainda as obras viárias que irão ocorrer ao longo deste ano, as quais incluem trabalhos de reconstrução de cabos eléctricos, tanto na península, como nas ilhas. A associação estima que a reconstrução dos cabos eléctricos irá causar um grande impacto ao trânsito, tal como as restantes obras.

“Normalmente os cabos eléctricos têm um prazo de validade de 30 anos. Porque é que existem tantos problemas ao fim de dois anos de funcionamento, e agora é necessária uma reconstrução? O Governo e a CEM devem dar explicações sobre o assunto”, defendeu Lam U Tou.

A associação quer ainda saber quem vai suportar os custos das reconstruções, e quais são as medidas que a CEM e o Governo vão adoptar para que os problemas não ocorram novamente. A Synergy Macau promete reunir com o Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético e com a CEM, por forma a obter mais informações.

Os membros da Synergy Macao mencionaram que a associação visa prestar atenção aos diversos assuntos políticos e sociais, tendo o objectivo de juntar especialistas das áreas diferentes, para tentar resolver problemas existentes na sociedade.

6 Fev 2017

CEM | Novas instalações e despesas a descer

[dropcap style=’circle’]I[/dropcap]un Iok Meng, Vice-Presidente da Comissão de Ligação CEM-Clientes, defendeu que a Companhia de Electricidade de Macau (CEM) planeia adicionar mais dez estações de carregamento de carros eléctricos em parques de estacionamento público. Numa reunião da Comissão de Ligação, na última quarta-feira, o responsável anunciou ainda que a tarifa de electricidade deverá diminuir em Abril.
Em declarações ao jornal Ou Mun, Iun Iok Meng anunciou que a CEM planeia adicionar entre sete a dez estações de carregamento para os carros eléctricos nos parques de estacionamentos público ainda este ano, já que só existem nove destas estações actualmente. A empresa quer ainda que estas estações sejam também instaladas nos prédios privados, sendo que dois terços dos proprietários de um dos edifícios previstos já concordaram com a instalação. “Espero que se simplifiquem os processo administrativos relativos a essas instalações”, apelou o responsável.
O vice-presidente, que também é assessor da Comissão Executiva da CEM, avançou que as estações vão ser instaladas para responder às medidas governamentais e ajudar ao aumento dos veículos eléctricos em Macau.
Iun Iok Meng prevê ainda que as despesas de electricidade diminuam por causa da depreciação do Renminbi.

Rede de consultas

Na mesma reunião, Billy Chan, director de Operação e Manutenção da Rede da CEM, explicou que os projectos da empresa a curto-prazo envolvem um consulta sobre a utilização de electricidade – como o valor e a forma de utilização, o projecto de instalação de subestações e a utilização de carros eléctricos – e um estudo para utilização dos espaços subterrâneo públicos – bem como a possibilidade de implementar subestações subterrâneas e o projecto de instalação de cabos electrónicos.
Viena Ng, da área de desenvolvimento da CEM, sublinhou que o resultado de um relatório sobre a satisfação face aos serviços da CEM, que feito em Julho e Agosto, demonstrou que 86% entrevistados se sentem satisfeitos com os serviços.

19 Fev 2016

Electricidade | Queixas de pouca produção

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Presidente da Comissão de Ligação da Companhia de Electricidade de Macau (CEM)-Clientes, Vong Kok Seng acusou o Governo de não ter consciência da falta de oferta de electricidade no território. Segundo o Jornal Ou Mun, a comissão visitou na semana passada uma subestação de electricidade na cidade japonesa de Osaka, onde o presidente considerou que vale a pena Macau aprender com o Japão. “Comparado com Macau, o mercado de electricidade depende principalmente da transmissão do interior da China e o localmente é muito passivo. Acompanhando o envelhecimento de geradores e a falta de oferta de gás natural, a capacidade de geração de electricidade não atinge 50% da necessidade total. Já será tarde para adquirir novos geradores quando surgirem problemas no sistema de transmissão da China continental”, apontou.
Vong Kok Seng acha que o Executivo está a limitar demais os recursos, quando exige a manutenção do actual sistema do mercado de electricidade, impedindo a CEM de aumentar a sua capacidade de geradores. Além disso, prevê que a procura por energia eléctrica aumente largamente devido aos novos empreendimentos do Cotai e do novo Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas. Assim, espera que o Governo pense em novas políticas de aplicação eléctrica. O assessor da Comissão Executiva da CEM, Iun Iok Meng concorda com a necessidade do Governo ter uma maior consciência que permita o aumento do número de geradores para colmatar a procura deste tipo de recursos energético.

30 Nov 2015