Pedro Arede Manchete SociedadeTurismo | Governo rejeita “bolhas de viagem” e quer dar confiança à China Com a crise instalada, os Serviços de Turismo afastaram a hipótese de criar “bolhas de viagem” para territórios estrangeiros. Ao invés, e enquanto não são reiniciadas as excursões da China para Macau, a aposta passa por “dar confiança” às autoridades centrais. Sobre as agências de viagens não se espera que haja despedimentos em larga escala [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) considera essencial continuar a promover Macau no Interior da China e transmitir confiança às autoridades centrais para revitalizar o sector do turismo e contribuir para a sustentabilidade das agências de viagens do território, que anunciaram recentemente o despedimento de, pelo menos, 200 funcionários. “Não é bom ver despedimentos qualquer que seja o momento. Da nossa parte considero que temos de continuar a fazer mais promoções dentro da China e dar confiança para que os turistas voltem e assim ajudar o nosso sector, porque só com a actividade comercial e mais turistas é que podemos, de facto, ter uma actividade sustentável para as nossas agências de viagem”, sublinhou ontem a directora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes à margem da apresentação 8.ª Expo Internacional de Turismo. Questionada sobre se Macau está a considerar criar “bolhas de viagem” com regiões localizadas no estrangeiro, à semelhança do que está a ser feito entre Hong Kong e Singapura, a responsável negou essa possibilidade, apesar de admitir que já foram feitas “algumas avaliações internas”. “Não é a altura propícia para falar sobre este assunto porque há ainda muitas considerações e incertezas, mesmo relativamente a Hong Kong, onde ainda existem alguns casos que não se sabe de onde vêm”, acrescentou Maria Helena de Senna Fernandes. Sobre o reinício das excursões turísticas do Interior da China para Macau, a directora da DST diz tratar-se de uma “luta” que está dependente do “controlo central sobre a pandemia” e que, por isso, é fundamental continuar a transmitir confiança às autoridades da China. Isto, numa altura em que já foram reiniciadas as excursões entre províncias no Interior da China. “Continuamos a lutar porque o Ministério da Cultura e Turismo está aberto para, no momento certo, falar sobre isto, mas transmitiram-nos também que (…), porque existe um controlo central sobre a pandemia, não estão muito virados para abrir as excursões transfronteiriças. Por isso, temos de continuar (…) a dar confiança às autoridades do Interior da China porque Macau é muito segura e tem muitas medidas em força que também podem evitar qualquer surto epidémico”, explicou. Remodelação a caminho Durante a sessão de perguntas e respostas da conferência de imprensa, o presidente da Associação das Agências de Viagens de Macau, Alex Lao, assegurou que, apesar dos despedimentos recentes motivados pela entrada em vigor da lei do salário mínimo, não haverá uma “onda de falências” nem despedimentos em larga escala. No entanto, o responsável admitiu ser necessário tempo para que sejam feitos ajustes “entre empregadores e empregados”, mais concretamente através da celebração de novos contratos. “Há pessoas que vão deixar de trabalhar depois da lei do salário mínimo entrar em vigor, mas cada um tem a sua maneira de sobreviver e precisamos de tempo”, afirmou Alex Lao. Por seu turno, Helena de Senna Fernandes recordou que desde o início do ano já foram encerradas cinco agências e que, por isso, “nem todos os casos estão relacionados com a entrada em vigor da nova lei”, mas sim por razões comerciais. Além das cinco agências (sedes), foram também encerradas duas sucursais e 13 balcões, estando outras 15 agências de viagem com a actividade suspensa.
Hoje Macau EntrevistaHelena de Senna Fernandes sobre impacto da pandemia no turismo: “Já deixámos de fazer previsões” A directora dos Serviços de Turismo confessou à agência Lusa que a constante alteração dos dados relativos à pandemia da covid-19 fez com que o Governo tenha deixado de fazer previsões. Helena de Senna Fernandes fala de um aumento do desemprego no sector e defende que a normalização do turismo em Macau só vai acontecer depois do surgimento da vacina contra a covid-19 [dropcap]A[/dropcap] normalização do turismo em Macau, território que em 2019 recebeu quase 40 milhões de visitantes, só será possível com uma vacina para a covid-19, disse à Lusa Helena de Senna Fernandes, directora dos Serviços de Turismo. “Muitos países neste momento estão a testar as possíveis vacinas. Espero que as vacinas ajudem a dar confiança a recomeçar o movimento de turistas”, afirmou. As indicações que têm sido dadas por diferentes fontes, explicou a responsável, apontam que a retoma de viagens é “muito condicionada pelo aparecimento de vacinas”. No início da semana, cientistas da Universidade de Oxford afirmaram que os resultados preliminares de testes a uma vacina contra a covid-19 mostraram que provocou uma resposta imunitária em centenas de pessoas. Após testes com cerca de mil voluntários iniciados em Abril, os cientistas disseram que a vacina produziu uma resposta imune dupla em pessoas com idades entre os 18 e 55 anos, que duraram pelo menos dois meses, refere o artigo publicado na revista Lancet. Apesar destes resultados animadores, não só desta vacina, mas também de outras que estão a ser testado, Maria Helena de Senna Fernandes admitiu ser “muito difícil dizer quando essas vacinas com efeito vão ser produzidas e em que quantidade vão ser produzidas”. Macau foi um dos primeiros territórios a identificar casos de covid-19, tem ainda as suas fronteiras praticamente encerradas. Por essa razão, o número de visitantes em Macau caiu mais de 90 por cento em Junho e 83,9 por cento no primeiro semestre, em relação a iguais períodos de 2019. “Em Junho só tivemos 22 mil turistas”, afirmou a responsável, lembrando os últimos dados oficiais, divulgados na segunda-feira. Antes da pandemia, reforçou, o número de turistas diário era muito superior ao registado em todo o mês de Junho. “Já deixamos de fazer previsões” por causa das medidas que vão sendo actualizadas, disse, ao ser questionada sobre qual seria a aposta do número de visitantes até ao final do ano. Nos primeiros seis meses do ano visitaram o território 3.268.900 pessoas, quando no mesmo período de 2019 Macau tinha sido visitado por mais de 16,5 milhões. “Mesmo com o teste nucleico é difícil de ter uma retoma em grande quantidade de turismo. Porque vai ser condicionado pelo número de testes que podem ser possíveis de fazer”, avançou. Macau está a tentar reforçar o número de testes, mas esse número para já só chega a 7.500 pessoas por dia, disse. “Vai ainda haver bastante dificuldade de muita gente ter acesso a testes”, explicou, reforçando: “não estou a prever grandes números de movimentos de turistas” porque ainda há muita gente que precisa destes testes para visitar as famílias no interior da China. Só quando houver testes para estas pessoas é que se pode pensar numa normalização do movimento de turistas, detalhou Maria Helena de Senna Fernandes. Desemprego a subir Relativamente à taxa de desemprego, que já ultrapassou os três por cento, Maria Helena de Senna Fernandes disse que o impacto se verifica sobretudo no sector do turismo, considerado o pilar da economia do território. “A taxa de desemprego em Macau subiu durante os últimos meses. Sabemos nós que agora já ultrapassou os 3 por cento”, revelou, esperando que os dados não piorem no território que sofre dos efeitos sócio-económicos causados pela pandemia desde meados de janeiro de 2020. Os últimos dados oficiais das autoridades de Macau, em finais de Junho, apontavam para uma taxa de desemprego até maio de 2,4 por cento, sendo que os números agora revelados pela responsável da directora dos Serviços de Turismo (DST) representam uma subida de mais de 0,6 pontos percentuais. “Tivemos durante muito anos taxas de desemprego com menos de 2 por cento e esta subida já é violenta para muita gente”, sublinhou Maria Helena de Senna Fernandes, acrescentando que “todos os sectores foram afectados desta vez”. No sector do turismo, detalhou, houve um grande efeito, porque está praticamente parado há mais de seis meses. “Agências de viagens, guias turísticos, condutores de autocarros de turismo. Toda esta gente quase não teve possibilidade de ter qualquer emprego durante vários meses”, disse. Recomeçar o sector do turismo, principalmente através do mercado interno, tem sido o objectivo do Governo de Macau, que, com os vistos individuais chineses suspensos, vê-se agora obrigado a focar-se no consumo dos próprios residentes para alavancar o sector chave de Macau. As autoridades de Macau, recordou Maria Helena de Senna Fernandes, ofereceram cartões de consumo aos residentes, uma medida criada para relançar a economia. Um primeiro montante de três mil patacas foi atribuído aos mais de 600 mil residentes, para ser gasto em Maio, Junho e Julho. A partir de Agosto, os residentes voltam a receber mais cinco mil patacas. “Vai ajudar o sector em grande”, apostou a responsável, salientando que o principal beneficiário foi o sector da restauração. Com as fronteiras ainda praticamente encerradas para visitantes, o Governo de Macau lançou também, a 5 de Junho, a aplicação ‘Macau Ready Go’, que integra as promoções oferecidas por várias indústrias, empresas e lojas. Em paralelo, está em vigor a isenção do imposto turístico durante seis meses e foi criado o plano de turismo doméstico “Vamos Macau”, que contempla 25 roteiros, 13 comunitários e 12 de lazer, com os residentes a receberem 560 patacas caso participem em duas excursões. Uma campanha que vai “até finais de Setembro”, afirmou a directora da DST, data em que espera que o turismo proveniente do exterior possa recomeçar. “Julgo que a partir daí vamos ter turistas a voltar”, afirmou. Promoção com foco na pandemia A entrevista abordou também as novas campanhas promocionais dos Serviços de Turismo, cuja mensagem vai centrar-se na promoção de Macau enquanto destino seguro, sem casos activos e ou registo de um surto local. Depois da pandemia, as pessoas vão alterar a forma como planeiam as suas viagens e o que procuram, afirmou Maria Helena de Senna Fernandes: “Em vez de só avaliar um destino com as atracções turísticas, também vão pensar em viagens porque esses destinos podem dar confiança em termos de protecção”. Por essa razão, a mensagem para o exterior será agora completamente diferente, frisou. “Antigamente só pensávamos em promover Macau com o património, a gastronomia, com o que é que as pessoas podiam usufruir e quais as atracções turísticas que as pessoas podiam ter acesso”, explicou a responsável pelo turismo da capital mundial dos casinos. “Depois da pandemia temos de dar em primeira mão confiança para viagens para Macau. (…) Já estamos a fazer muitas novas mensagens, vídeos de promoção de Macau durante os últimos meses, alguns deles, de facto, como é que Macau está a controlar a situação da pandemia e quais são as medidas que estão implementadas (…) e os efeitos dessas medidas”, detalhou a directora dos Serviços de Turismo. Apesar desta ‘nova imagem’ que está a ser partilhada pelas autoridades do turismo de Macau, a responsável admitiu que “neste momento ainda muitas pessoas têm medo de viajar, sobretudo viagens de longo curso”. “As pessoas vão pensar três vezes antes de viajarem”, afirmou Maria Helena de Senna Fernandes, admitindo ser “difícil saber até quando este efeito vai continuar”. “Até voltar ao nível antes da pandemia ainda vai demorar mais alguns anos”, apostou. Até porque, acrescentou, o grande mercado de Macau, o da China continental, ainda não retomou o turismo para fora e, mesmo o turismo entre províncias, só recomeçou há cerca de uma semana. Para já, o foco da promoção do Governo estará centrado na China. “O interior da China vai ser o primeiro mercado que podemos trabalhar”, salientou Maria Helena de Senna Fernandes. “Hoje em dia, o mercado onde podemos trabalhar está muito condicionado pelas medidas de migração que estão neste momento a ser implementadas em todo o mundo”, explicou a responsável pelo turismo de Macau, sublinhando que agora é necessária “flexibilidade para trabalhar em diferentes mercados”.
João Luz Manchete SociedadeExcursões | Aliança do Povo cancela subsídio extra a inscritos Si Ka Lon e a Aliança do Povo publicaram nas redes sociais um incentivo à participação no programa de excursões locais, com a promessa de subsidiar a taxa residual que deveria ser paga pelos residentes. O Governo exigiu o fim do “subsídio” para evitar concorrência desleal entre agências de viagem e a associação acatou o pedido. O programa arranca hoje com mais de 4 mil inscritos [dropcap]N[/dropcap]a passada quarta-feira, um dia depois da apresentação do programa de apoio às excursões locais e quando começaram as inscrições, Si Ka Lon e a Aliança de Povo de Instituição de Macau publicaram no Facebook e WeChat um anúncio a dar conta de que estavam a receber inscrições de residentes. Com um detalhe: os membros da associação beneficiavam de um “subsídio” extra, além do concedido pelo Governo. “Oferecemos um upgrade ao subsídio, não precisam pagar nada. Inscreva-se para apoiar o sector do turismo de Macau”, referia Si Ka Lon. No Facebook, a associação a que está ligado, a Aliança de Povo de Instituição de Macau, sublinhava que os sócios seriam subsidiados em 18 patacas e os restantes residentes em 3 patacas. Segundo o HM apurou, outras associações lançaram “incentivos” semelhantes. O problema é que a subsidiação complementar pode beneficiar as agências de viagens que recebem as inscrições angariadas e distorcer intenção da medida de apoiar o sector por igual, independentemente do tamanho da empresa e das ligações privilegiadas que tenha. O cartaz partilhado pelo deputado, que é também presidente honorário da Associação de Promoção de Guia Turismo de Macau, exemplifica a vantagem competitiva: a rota, que custa 198 patacas, é subsidiada pela Fundação Macau em 180 patacas. Restando ao residente desembolsar 18 patacas, a mais barata contribuição do “turista” local nas rotas disponíveis. A prática pode constituir concorrência desleal, algo desencorajado pela Direcção dos Serviços de Turismo (DST). Aliás, aquando da apresentação do programa “Vamos! Macau!”, o organismo liderado por Helena de Senna Fernandes referia que o grupo de trabalho que gere o programa, constituído pelas três grandes associações do sector, tinha também como função “evitar a competição desleal”. Em resposta ao HM, a DST esclareceu que “apesar de os subsídios adicionais dados por associações, ou outras organizações, encorajarem a participação no “Vamos! Macau!”, esta intenção é desencorajada pela DST através de uma notificação verbal”. O departamento do Governo foi mais longe e garantiu que, “caso seja encontrada qualquer irregularidade, a agência de viagens recebe primeiro um aviso por escrito e, caso se verifique uma segunda irregularidade, será desqualificada de participar no programa”. Um passo atrás A DST garantiu ao HM que irá, em conjunto com o grupo de trabalho, fiscalizar de perto a situação e levar a cabo reuniões regulares com as agências de viagens de forma a assegurar que as boas práticas profissionais imperam ao longo do programa de apoio ao turismo. O presidente da Aliança de Povo de Instituição de Macau, Lei Leong Wong, revelou ao HM que “o desconto de 18 patacas era só para os associados”, mas foi cancelado. O dirigente referiu que “após consideração que poderia influenciar a intenção original, foi de imediato cancelado o subsídio e explicámos as razões aos sócios”. Lei declarou que a associação não foi contactada pela DST e que a decisão de cancelar o subsídio surgiu do feedback da sociedade, nomeadamente através de opiniões partilhadas na rádio e outros meios de comunicação social, e pelas redes sociais. No entanto, quando o HM contactou a linha de apoio da Aliança do Povo, que recebe inscrições, foi-nos dito que o subsídio extra havia sido cancelado, “porque o Governo disse que as associações não podem dar ofertas aos sócios”. Até ao meio-dia de ontem, a associação tinha angariado cerca de 1.100 inscrições para as excursões locais. O presidente da Aliança do Povo enalteceu o programa de apoio ao sector do turismo, acrescentando que a medida é positiva para o ânimo dos residentes, uma vez que as restrições impostas pela contenção da pandemia obrigam as pessoas a ficarem em Macau. Assim, podem passear e relaxar em família, ao mesmo tempo que ajudam o sector do turismo a atenuar o impacto resultante da covid-19. Além disso, Lei Leong Wong acha que o “Vamos! Macau!” permite aprofundar o conhecimento dos residentes sobre a cultura local e alguns pontos turísticos como, por exemplo, as oito novas maravilhas de Macau, eleitas no ano passado, sobre as quais “os sócios não sabem nada”. Segundo números da DST, o programa arranca hoje com 4000 participantes nas excursões.
Hoje Macau PolíticaVictor Chan sai depois de 20 anos, Inês Chan é a nova directora do GCS [dropcap]O[/dropcap] tempo de Victor Chan à frente do Gabinete de Comunicação Social (GCS) chegou ao fim. De acordo com fontes governamentais citadas pelo Macau Post Daily, duas décadas depois, o departamento do Executivo responsável pela comunicação conhecerá uma nova directora: Inês Chan, chefe do Departamento de Licenciamento e Inspecção da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), e membro desde o início (2007) do Gabinete de Gestão de Crises do Turismo. Nos últimos quatro meses, Inês Chan tornou-se conhecida da população ao ser uma das protagonistas do painel de membros do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus que apresentam as novidades sobre o combate à pandemia. Antes de chegar ao Departamento de Licenciamento e Inspecção da tutela do turismo, Inês Chan desempenhou funções como chefe da Divisão Administrativa e Financeira na mesma direcção e fez parte da Comissão Instaladora da Região Administrativa Especial de Macau em Pequim. Segunda vida De acordo com o Macau Post Daily, Victor Chan abandona o cargo de director do GCS, 20 anos depois de o assumir, e estará de malas aviadas para o gabinete do secretário para a Economia e Finanças. Depois de fazer carreira no jornalismo, e de ter mesmo assumido a direcção do Clube de Jornalistas de Macau, Victor Chan passou a liderar o GCS desde o ano 2000. Com mandatos sucessivamente renovados, o ex-director do departamento de comunicação do Executivo nem sempre teve uma relação pacífica com os profissionais da comunicação social, nomeadamente depois dos recorrentes impedimentos de entrada de jornalistas de Hong Kong no território. Entre outras contendas com “os amigos da comunicação social” contam-se as recentes polémicas como a criminalização da propagação de rumores, a alegação da Associação de Jornalistas de Macau que deu conta de pressões sofridas por órgão de comunicação social de língua chinesa para fazerem uma cobertura positiva da resposta do Governo ao estado da cidade depois da passagem do tufão Hato. Mais recentemente, barrou o acesso ao Govinfo Hub, o portal de comunicados do Governo, à Macau Concealers. Decisão que viria a ser revertida pelo antigo Chefe do Executivo Chui Sai On.
João Luz Manchete SociedadeTurismo | Excursões locais arrancam hoje com 15 roteiros e muitas incógnitas Começa hoje o período de inscrição no novo programa de apoio à economia, desta vez destinado à indústria do turismo. Quinze roteiros pensados para residentes, vão mexer com o sector, em especial com as 148 agências de viagens que aderiram ao plano, assim como os 750 guias turísticos. Para já, não existe versão em português, ou inglês, dos roteiros do programa [dropcap]H[/dropcap]oje é o primeiro dia para a inscrição no programa “Vamos! Macau!”, que oferece excursões locais com o intuito de apoiar o sector do turismo, que se encontra paralisado desde que os efeitos económicos da pandemia se começaram a sentir, em particular com o encerramento das fronteiras. Quem quiser escolher um itinerário terá de saber ler chinês, ou ter o melhor tradutor automático do mercado, uma vez que as informações detalhadas de cada excursão existem apenas em chinês. Além disso, o naipe de excursões e actividade do programa ainda não está fechado. Durante a conferência de imprensa de apresentação do plano, que se realizou ontem, o subdirector dos Serviços do Turismo (DST), Cheng Wai Tong, explicou a razão pela qual a informação sobre as excursões existe apenas chinês. “Na internet só temos em chinês, porque anunciámos o projecto ontem [segunda-feira], mas temos tempo para colocar as informações em português. A comunidade portuguesa pode fazer a inscrição através das agências de viagens. Temos documentos em português”, referiu. O programa “Vamos! Macau!” está disponível online, através de dois códigos QR, um que direcciona o residente para a lista agências de viagens e outro que oferece a consulta detalhada dos 15 roteiros. As 15 excursões vão-se realizar entre os dias 22 de Junho e 30 de Setembro, com a coordenação da DST, financiamento da Fundação Macau, e o contributo operativo da Associação das Agências de Viagens de Macau, Associação das Agências de Turismo de Macau e Associação de Indústria Turística de Macau, para evitar competição desleal no sector. As três associações vão ter a seu cargo a coordenação com as agências de viagens, fixação de preços, controlo de qualidade e o fornecimento de recursos como veículos, motoristas e guias turísticos, integrando, ao mesmo tempo, restaurantes e atracções turísticas. Menu de roteiros Com a Fundação Macau a abrir os cordões à bolsa, cada residente será subsidiado entre 280 patacas por passeio, até um limite de 560 patacas para escolher entre um leque de 15 excursões divididas em dois grupos: roteiros comunitários e roteiros de lazer. Antes de aceitar as inscrições, as agências introduzem o número do BIR na plataforma para ver se a pessoa já usufruiu ou não do benefício. Cada residente tem direito a duas excursões, um roteiro comunitário e um roteiro de lazer. O custo das excursões inclui o passeio, alimentação, guia, seguro, entre outras despesas. Na área do lazer, os roteiros oferecem passeios pelo centro histórico de Macau, ao Centro de Ciência, com passagem por resorts sem dormidas incluídas no pacote. Está previsto um roteiro às instalações da CEM “para as pessoas conhecerem mais sobre energia”, de acordo com Cheng Wai Tong, outro ao aeroporto e museu das telecomunicações. O cartaz ainda não está fechado e contém algumas incertezas, também assumidas por Paul Wong, presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, uma das organizações do grupo de trabalho que coordena o programa. Por exemplo, no programa estão previstas viagens de barco, que ainda não estão garantidas. “Ainda estamos à espera de resposta dos Serviços de Saúde sobre a abertura de passeios de barco e gradualmente vamos adicionar mais elementos”, revela o responsável. O programa pode também contar com o cruzamento com outros eventos do Instituto Cultural. Por exemplo, está em ponderação a possibilidade de incluir no programa de excursões locais os espectáculos da celebração do 15º ano da inscrição do Centro Histórico de Macau na Lista do Património Mundial. Outro evento que se pode cruzar com o programa de excursões locais é o Festival das Luzes, com Paul Wong a levantar a possibilidade de ser adicionado um passeio de barco para apreciar o espectáculo de outra perspectiva. Coisas práticas As excursões têm um limite de participação entre 20 e 40 pessoas, com o máximo a corresponder à lotação de alguns autocarros usados nas excursões. Quando questionado se a DST tinha coordenado com o Corpo da Polícia de Segurança Pública na elaboração do programa, para evitar aglomerados de pessoas perigosos para a saúde pública, o subdirector da DST referiu que “vai manter comunicação e troca de ideias com a polícia sobre a questão”. O responsável também adiantou que os Serviços de Saúde emitiram instruções especiais para a iniciativa. Os participantes vão ter de usar máscaras, excepto às refeições, e no início dos tours, que começam nos dois terminais marítimos (Porto Exterior e Taipa), serão efetuadas medições de temperatura. Além disso, será disponibilizado gel desinfectante. Entre os itinerários disponíveis está uma visita ao Wynn Palace, que começa na Granja do Óscar ou Jardim Ecológico do Trilho de Plantas Medicinais para que os residentes tenham contacto com a natureza. De seguida, o roteiro vai para o SW Steakhouse onde está previsto um espectáculo, ao qual se segue a apreciação de esculturas de flores, a visita a uma suite do Wynn Palace e uma viagem no teleférico para apreciar as fontes que ladeiam o resort. Antes de terminar a excursão é servido o almoço. Para poder usufruir da refeição nas excursões, será dado ao participante um cartão MacauPass carregado com 100 patacas, que terá de ser entregue no final da excursão. Associações | Mulheres e Sabedoria Colectiva encaram apoio como chance para inovar A presidente da Associação das Mulheres de Macau, Lam Un Mui, tem boas expectativas em relação ao programa para apoiar o sector do turismo local e tem esperança que possibilite à população conhecer profundamente Macau e reforçar a relação entre pais e filhos. Além disso, a dirigente associativa referiu no jornal Ou Mun que como o projecto irá recolher mega-dados isso possa representar um contributo para aquilo que chama de “desenvolvimento do turismo inteligente”. Lam Un Mui espera que a iniciativa contribua para criar futuros produtos turísticos e aproveita para sugerir que sejam acrescentados elementos como mercados nocturnos e espectáculos de rua. Por sua vez, o vice-presidente do Centro da Política da Sabedoria Colectiva, Chan Ka Leong, declarou ao Ou Mun que esta iniciativa pode ser usada para limpar um pouco a imagem de Macau, uma vez a reputação de cidade do jogo retira o foco do charme e do papel histórico e cultural de Macau. O dirigente refere mesmo que a própria população pode não ter essa noção da cidade onde reside.
Salomé Fernandes Manchete PolíticaCovid-19 | Governo lança roteiros subsidiados para turismo interno Abrem amanhã as inscrições para um novo plano de apoio do Governo. Vão ser lançados 15 roteiros destinados ao turismo interno, avançou ontem o subdirector dos Serviços de Turismo. Os residentes são apoiados pela Fundação Macau com um subsídio de 280 patacas por excursão [dropcap]O[/dropcap] Governo anunciou ontem o lançamento do plano “Vamos Macau – excursões locais”, com o objectivo de promover o turismo doméstico em Macau. Dado que “o sector turístico sofreu uma grande pressão com a epidemia”, o subdirector dos Serviços de Turismo (DST) indicou que o programa serve “para assegurar o ganha pão dos motoristas, empregados relacionados com o sector turístico e para promover o desenvolvimento turístico em Macau”, bem como proporcionar “produtos turísticos e uma viagem mais económica para os residentes”. Cheng Wai Tong acrescentou que por causa da epidemia os residentes não tiveram oportunidade de viajar, podendo assim “conhecer melhor” Macau. A Fundação Macau vai apoiar financeiramente com um subsídio de 280 patacas por pessoa por cada excursão, num máximo de 560 patacas por pessoa. O preço das actividades inclui despesas de passeios, refeições, guia e seguro. Tendo em conta o número de residentes no território, estima-se que no máximo os subsídios custem 280 milhões de patacas à Fundação Macau. “Depois de terminar projecto vamos fazer o cálculo concreto”, disse Cheng Wai Tong. Só os residentes de Macau é que contam com apoio. Os não residentes podem participar, mas têm de pagar o preço normal. As inscrições podem ser feitas a partir de amanhã através das agências de viagens participantes. “Prevemos a partir de dia 22 começar a ter excursões para viagem”, avançou o responsável da DST. Comunidade e lazer Vão estar disponíveis 15 roteiros turísticos. Destes, seis são roteiros comunitários, destinados a apoiar os estabelecimentos de comidas e bebidas das pequenas e médias empresas nas comunidades locais, em que os participantes recebem um coupon de 100 patacas e escolher onde querem comer. Chen Wai Tong descreveu que os roteiros incluem visitas por zonas antigas ou de contacto com a natureza. Os restantes nove são roteiros de lazer, que levam os residentes a experimentar novos produtos turísticos, resorts e a conhecer os bastidores de espetáculos, equipamentos aéreos e instalações de produção de energia eléctrica. Nestes casos, as refeições vão ser oferecidas nos resorts. Vai ser disponibilizados guias que falam cantonense, mandarim, português e inglês. Para coordenar o plano foi criado um grupo de trabalho, formado pela Associação das Agências de Viagens de Macau, Associação das Agências de Turismo de Macau e Associação de Indústria Turística de Macau. O grupo é composto por uma equipa de coordenação e controlo de qualidade, bem como uma equipa de operação central. As agências de viagem vão fornecer recursos como veículos e guias turísticos. A medida de apoio ao sector servirá também como um caso de estudo. Vão ser analisados os sectores que beneficiaram da actividade, resumido os comentários dos participantes e analisadas as preferências, para servirem de referência à estratégia de promoção turística e criação de itinerários no futuro. Máscaras | Uso vai continuar inalterado “Tínhamos pensado em ajustar a medida de uso de máscara, entretanto, mas em Hong Kong e Pequim dentro de um curto prazo surgiram muitos novos casos confirmados”, disse ontem Leong Iek Hou, do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença. “Depois de avaliarmos a situação real acho que temos de manter inalterado o uso da máscara”, explicou. Durante a habitual conferência de imprensa, disse que no espaço de 15 horas se registaram 21 casos confirmados locais em Pequim, e um suspeito. Desde 11 de Junho, o número chegou a 90 casos.
Hoje Macau EventosTurismo | Festival de Luz começou este domingo e conta Histórias de Macau [dropcap]O[/dropcap] Festival de Luz, que vai decorrer este mês, vai “contar histórias” da cidade através “da interação da luz com o público”, disse este domingo, na inauguração, a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes. “Nos últimos cinco anos, o festival foi continuamente melhorado, procurando inovar o conteúdo do programa, integrando a arte da iluminação não só com a tecnologia, como com construções características, história e cultura, indústrias culturais e criativas, Macau enquanto Cidade Criativa da Gastronomia, entre outros elementos”, afirmou. O objectivo é potencializar “a criatividade interdisciplinar, para em cada edição renovar o Festival de Luz de Macau”, acrescentou a responsável, na cerimónia que decorreu, ao fim da tarde, junto ao lago Nam Van, no centro da cidade. O espectáculo de ‘vídeo mapping’ da equipa portuguesa Ocubo é a primeira exibição do festival. Intitulado “Jornada de Luz de Macau”, aborda momentos históricos do território e vai ser exibido até à próxima terça-feira na igreja do seminário de São José. As restantes exibições de ‘vídeo mapping’ das equipas de Espanha, do Japão, de Shenzhen (cidade adjacente a Hong Kong) e de duas do território vão ser feitas nas ruínas de São Paulo e na igreja do seminário de São José. Os espectáculos concebidos pelas duas equipas de Macau vão também ser mostrados na zona norte da cidade, pela primeira vez incluída no roteiro do festival. Instalações luminosas e jogos interactivos, entre outras actividades, vão celebrar, em 15 locais da cidade, ao longo deste mês e até à meia noite do dia 1 de Janeiro de 2020, os 20 anos do estabelecimento da RAEM. O Festival de Luz é organizado pela Direção dos Serviços de Turismo, Instituto Cultural, Instituto para os Assuntos Municipais e Instituto do Desporto.
admin EventosTurismo | Festival de Luz começou este domingo e conta Histórias de Macau [dropcap]O[/dropcap] Festival de Luz, que vai decorrer este mês, vai “contar histórias” da cidade através “da interação da luz com o público”, disse este domingo, na inauguração, a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes. “Nos últimos cinco anos, o festival foi continuamente melhorado, procurando inovar o conteúdo do programa, integrando a arte da iluminação não só com a tecnologia, como com construções características, história e cultura, indústrias culturais e criativas, Macau enquanto Cidade Criativa da Gastronomia, entre outros elementos”, afirmou. O objectivo é potencializar “a criatividade interdisciplinar, para em cada edição renovar o Festival de Luz de Macau”, acrescentou a responsável, na cerimónia que decorreu, ao fim da tarde, junto ao lago Nam Van, no centro da cidade. O espectáculo de ‘vídeo mapping’ da equipa portuguesa Ocubo é a primeira exibição do festival. Intitulado “Jornada de Luz de Macau”, aborda momentos históricos do território e vai ser exibido até à próxima terça-feira na igreja do seminário de São José. As restantes exibições de ‘vídeo mapping’ das equipas de Espanha, do Japão, de Shenzhen (cidade adjacente a Hong Kong) e de duas do território vão ser feitas nas ruínas de São Paulo e na igreja do seminário de São José. Os espectáculos concebidos pelas duas equipas de Macau vão também ser mostrados na zona norte da cidade, pela primeira vez incluída no roteiro do festival. Instalações luminosas e jogos interactivos, entre outras actividades, vão celebrar, em 15 locais da cidade, ao longo deste mês e até à meia noite do dia 1 de Janeiro de 2020, os 20 anos do estabelecimento da RAEM. O Festival de Luz é organizado pela Direção dos Serviços de Turismo, Instituto Cultural, Instituto para os Assuntos Municipais e Instituto do Desporto.
Hoje Macau SociedadeMacau discute desenvolvimento sustentável do turismo em conferência no Butão [dropcap]A[/dropcap] directora dos Serviços de Turismo de Macau afirmou ontem que o turismo é uma “indústria pilar” da economia do território, mas admitiu que implica “pressão” para os residentes, durante uma conferência mundial dedicada ao sector, a decorrer no Butão. Maria Helena de Senna Fernandes falava hoje numa conferência da Organização Mundial de Turismo (OMT), na capital do Butão, em que vários países e territórios asiáticos debateram políticas de desenvolvimento sustentável naquele sector, anunciaram as autoridades locais em comunicado. Na sua intervenção, a directora dos Serviços de Turismo de Macau sublinhou que o turismo é uma “indústria pilar” da economia do território, mas que o seu rápido desenvolvimento “acarretou também pressão para a vida dos residentes”. Nesse sentido, frisou, o Governo tem procurado desenvolver uma indústria turística compatível com o bem-estar da população, de forma a construir uma cidade sustentável que seja “simultaneamente um bom sítio para viver e viajar”. A conferência arrancou com intervenções do secretário geral da OMT, Zurab Pololikashvili, e do ministro dos Negócios Estrangeiros do Butão, Tandi Dorjientre, e decorreu na véspera da 31.ª reunião conjunta da comissão da OMT para a Ásia Oriental e Pacífico e da comissão para a Ásia do Sul, que reúne dirigentes e representantes de turismo de 25 países e territórios. Macau, um território com cerca de 35 quilómetros quadrados, recebeu em 2018 mais de 35 milhões de turistas, um número que já não está longe do ‘tecto máximo’ de 40 milhões de turistas por ano, segundo o Instituto de Formação Turística (IFT). O turismo da região cresceu 211% entre 1999 e 2018. Em Março, em entrevista à Lusa, Senna Fernandes anunciou que o Governo está a efectuar um estudo para a possível aplicação de uma taxa turística no território, como acontece actualmente em Veneza (Itália) e no Japão.
Hoje Macau SociedadeTurismo | Quatro queixas devido a guias ilegais desde a Ponte do Delta [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Turismo (DST) indicou ontem ter recebido quatro queixas relacionadas com guias turísticos ilegais desde a abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Todas as queixas denunciavam a existência de muitas excursões nas paragens dos autocarros públicos e dos casinos, nomeadamente nas Portas do Cerco. Em comunicado, a DST corrigiu ainda dados relativos ao orçamento anual para 2019 que é de 343,6 milhões de patacas. Já o Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA) corresponde a 736,9 milhões de patacas, com o Fundo de Turismo a contar com 1,17 mil milhões de patacas.
Hoje Macau EventosFestival de Luz | Regresso em Dezembro com música e gastronomia [dropcap]I[/dropcap]nstalações luminosas, espetáculos de ‘vídeo mapping’ e jogos interactivos regressam em Dezembro a Macau no âmbito do Festival de Luz, que adiciona este ano ao programa eventos de música e gastronomia, foi ontem anunciado. O festival, que vai decorrer de 2 a 31 de Dezembro, “combina gastronomia, humanidade, arquitectura, cultura e criatividade (…) demonstrando a essência da fusão das culturas chinesa e ocidental da cidade”, descreve um comunicado dos Serviços de Turismo. Em conferência de imprensa, a directora dos Serviços de Turismo (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, sublinhou que o programa do evento tem sido optimizado todos os anos “em apoio à construção de Macau como um centro mundial de turismo e lazer”. Assim, para a quarta edição, a entidade organizadora “concebeu uma série de novos elementos”, nomeadamente um mercado noturno que será palco, durante os fins de semana, de concertos ao ar livre. Para os espectáculos de ‘vídeo mapping’, que consistem na projecção de vídeo em objectos ou superfícies irregulares, foram convidadas equipas locais de produção de efeitos de luz, mas também de Portugal e da Bélgica, de acordo com a mesma nota. O objectivo é, segundo a responsável, contribuir para “uma plataforma de intercâmbio cultural e criativo entre artistas estrangeiros e locais” e, assim, internacionalizar o festival.
Hoje Macau PolíticaTurismo | Cecília Tse com pausa de dois anos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] vice-presidente da Direcção dos Serviços de Turismo, Cecília Tse Heng Sai, obteve uma licença sem vencimento de aproximadamente dois anos, que começa a 14 de Junho e termina a 13 de Junho de 2020. A informação foi publicada, ontem, no Boletim Oficial e diz respeito a um despacho assinado por Alexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultural, a 18 de Maio. Segundo o estatuto dos trabalhadores da função pública, a licença tem de ter uma duração mínima de um ano e Cecília Tse não poderá regressar à DSAT se na altura não existirem vagas para o cargo que ocupa.
Flora Fong PolíticaFestival das Luzes | Governo não publicou resultado do concurso público [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços de Turismo (DST) concedeu a uma empresa de publicidade a organização de duas sessões do Festival das Luzes, num contrato de cerca de 20 milhões de patacas. No entanto, o resultado do concurso público para a adjudicação do serviço nunca foi publicado. Segundo o anúncio do concurso publicado em Boletim Oficial (BO), analisado pelo HM, a DST exigia candidaturas de empresas para a adjudicação do serviço de organização de “espectáculos de projecção de luz a 3D”, num limite máximo de 20 milhões de patacas para a prestação desse serviço. A abertura do concurso fez-se em Setembro. As duas sessões do Festival das Luzes realizaram-se em Dezembro de 2015 e Fevereiro deste ano e, até ao momento, a DST não publicou o resultado do referido concurso. Segundo o jornal chinês All About Macau, a empresa que ganhou o concurso foi a Creation Advertising. A DST confirmou o nome, mas disse que a “lei não exige a publicação do resultado do concurso público”. Transparência opaca A All About Macau escreveu ainda que a Creation Advertising ganhou 19 contratos com a DST o ano passado, orçados em 50,4 milhões de patacas, destinados a eventos como a Parada de Carros Alegóricos do Ano Novo Chinês, cerimónias de prémios, exposições e convenções. Dos 19 contratos, sete foram conseguidos sem concurso público ou com consulta escrita pelo Governo. Lam Chong In, responsável pela empresa, é também presidente da Associação de Comércio e Exposições de Macau. Os deputados José Pereira Coutinho e Ng Kuok Cheong defenderam ao All About Macau que actualmente a adjudicação de serviços públicos a empresas não é feita de forma transparente, o que faz com que a população não consiga supervisionar o uso de dinheiros públicos. Os dois membros do hemiciclo pedem, por isso, que o Governo esclareça o público sobre o resultado do concurso público.