Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte ratifica acordo de defesa com Rússia A Coreia do Norte ratificou um acordo histórico de defesa com a Rússia, selando a aproximação no contexto da guerra de Moscovo na Ucrânia, informou ontem a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. O acordo “foi ratificado sob a forma de um decreto” assinado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, na segunda-feira, disse a KCNA. O Presidente russo, Vladimir Putin, também assinou o tratado de defesa mútua, anunciou o Kremlin no fim de semana. Concluído durante a visita de Putin a Pyongyang, em Junho, o tratado entre os dois países prevê uma “assistência militar imediata” recíproca em caso de ataque a um dos dois. De acordo com Kiev, cerca de 11 mil soldados norte-coreanos já foram destacados para a Rússia e começaram a combater os ucranianos em território russo, na região de Kursk, uma pequena parte da qual está ocupada pelas forças ucranianas desde uma ofensiva lançada em Agosto. Até à data, o Kremlin tem evitado questões sobre a presença de reforços norte-coreanos. Cooperação estreita O acordo formaliza meses de aprofundamento da cooperação em matéria de segurança entre os dois países, que foram aliados durante a Guerra Fria. “Pyongyang e Moscovo vão reivindicar a legitimidade do destacamento do exército norte-coreano na Rússia e afirmar que esta acção é justificada pelo tratado ratificado entre as duas partes”, antecipou Hong Min, do Instituto para a Unificação Nacional, sediado na Coreia do Sul, “mesmo que o tratado não anule as resoluções da ONU que proíbem essa cooperação”. De acordo com o especialista, a ratificação do tratado abre a perspectiva de “destacamentos adicionais e potencialmente maiores” de soldados norte-coreanos na Rússia. Moscovo e Pyongyang tornaram-se consideravelmente mais próximos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022. O acordo também obriga os dois países a cooperar a nível internacional para se oporem às sanções ocidentais e coordenarem posições na ONU. A ministra dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Choe Son-hui, afirmou, durante uma visita recente a Moscovo, que Pyongyang ia “apoiar firmemente os camaradas russos até ao dia da vitória”, descrevendo a ofensiva contra a Ucrânia como uma “luta sagrada”.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Manipulação norte-coreana de sinais GPS afectou navios e aviões civis Seul acusou sábado Pyongyang de levar a cabo “uma campanha provocatória” de interferência nos sinais GPS, que afectou vários navios e dezenas de aviões civis na Coreia do Sul. “A Coreia do Norte realizou uma campanha provocatória de interferência no GPS a partir de Haeju e Kaesong, ontem [sexta-feira] e hoje [sábado]”, afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em comunicado. Navios e dezenas de aviões civis estão a sofrer “algumas perturbações operacionais”, acrescentou. O exército sul-coreano pediu prudência aos navios e aviões civis sul-coreanos que se deslocam na região do mar Amarelo, entre a China e a península coreana. “Exortamos veementemente a Coreia do Norte a cessar de imediato as provocações com o GPS e avisamos que será responsabilizada por quaisquer problemas daí resultantes”, continuou. A interferência consiste na transmissão de sinais desconhecidos que saturam os receptores GPS e os tornam inutilizáveis para a navegação. A Coreia do Sul acusou o Norte de ter efectuado este tipo de interferência em várias ocasiões nos últimos anos. Desde Maio, Pyongyang enviou também milhares de balões com lixo para a Coreia do Sul, sendo que alguns perturbaram o tráfego no aeroporto internacional de Incheon, a noroeste de Seul, cerca de quarenta quilómetros da Coreia do Norte. As interferências ocorrem alguns dias depois de Pyongyang ter testado um míssil balístico intercontinental (ICBM), descrito pelo regime de Kim Jong-un como o mais avançado do arsenal do país. O lançamento, efectuado poucas horas antes das presidenciais norte-americanas, na terça-feira, foi o primeiro teste de armamento da Coreia do Norte desde que foi acusada de enviar tropas para ajudar a Rússia na guerra na Ucrânia. A Coreia do Sul retaliou na sexta-feira, disparando um míssil balístico para o mar, mostrando “forte determinação” em responder a “qualquer provocação norte-coreana”.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Irmã de líder acusa Ucrânia e Seul de serem “cães malcriados dos EUA” Kim Yo Jong, a irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, acusou a Ucrânia e a Coreia do Sul de “provocarem” o país, qualificando-os de “cães malcriados dos Estados Unidos”. “Uma provocação militar contra um Estado com armas nucleares pode levar a uma situação horrível, inimaginável para os políticos e peritos militares de qualquer país grande ou pequeno do mundo”, afirmou Kim Yo Jong, segundo a agência noticiosa estatal KCNA. Acusando Kiev e Seul de fazerem “comentários imprudentes sobre Estados com armas nucleares”, a responsável argumentou que esta parece ser “uma característica comum dos cães malcriados dos Estados Unidos”. A irmã do líder informou ainda que os serviços secretos norte-coreanos investigam a utilização de ‘drones’ contra a Coreia do Norte e acusou Seul de medidas propagandísticas contra Pyongyang. “Ninguém sabe como a nossa retaliação e vingança serão concluídas”, afirmou. Denunciou ainda o lançamento de panfletos na Coreia do Norte através da fronteira, numa altura em que as tensões aumentam entre os dois países que estão tecnicamente em guerra desde 1950.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang adverte Seul sobre “desastre” se voltar a enviar ‘drones’ para o Norte A Coreia do Norte advertiu ontem a Coreia do Sul de que enfrentará um “horrível desastre” se voltar a enviar ‘drones’ para sobrevoar Pyongyang. “A próxima vez que um ‘drone’ da República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] for avistado no céu sobre a nossa capital irá certamente desencadear um desastre horrível”, avisou a irmã do líder norte-coreano, Kim Yo-jong, num comunicado divulgado pela agência de notícias estatal norte-coreana. Na sexta-feira, Pyonyang afirmou que o Sul tinha enviado ‘drones’ que sobrevoaram a capital norte-coreana pelo menos três vezes na última semana, numa grave violação militar da soberanía. A KCNA afirmou que os ‘drones’ transportavam panfletos de propaganda contra o regime de Kim Jong-un. “Desencadearemos uma forte retaliação, independentemente dos factores envolvidos nos ‘drones’ que transportam propaganda política da República da Coreia e que se infiltram no nosso território”, afirmou a também vice-directora do Departamento de Propaganda e Agitação da Coreia do Norte. “Não estamos preocupados em saber quem é a principal força provocadora por trás do recente incidente com o ‘drone'”, acrescentou Kim, na mesma nota. Trocas aéreas A KCNA publicou também uma imagem em que alegadamente mostra um dos ‘drones’ e um pacote de panfletos a sobrevoar o céu nocturno, classificando a acção como uma “violação flagrante” da soberania e segurança norte-coreanas e uma “violação violenta do direito internacional”. O Ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong-hyun, negou estas afirmações no mesmo dia e disse “desconhecer a situação” quando questionado pelos deputados, na sequência da publicação da KCNA. Por seu lado, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul indicou que “não pode confirmar a veracidade das alegações da Coreia do Norte”, estando a investigar se organizações civis podem ter enviado panfletos por ‘drone’. Nos últimos meses, a Coreia do Norte enviou mais de 5.000 balões de lixo para o Sul, em resposta aos balões de propaganda antirregime enviados regularmente por activistas do Sul. Estes grupos de activistas dos direitos humanos afirmaram que, por vezes, também conseguiram enviar ‘drones’ carregados de panfletos para a Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Norte volta a lançar balões com lixo para o Sul As provocações norte-coreanas voltaram a invadir os vizinhos do Sul. Pyongyang considera a Coreia do Sul como o seu pior inimigo A Coreia do Norte voltou ontem a lançar balões com detritos para o território sul-coreano, no mesmo dia em que deverá rever a Constituição do regime para eliminar referências à reunificação e redefinir fronteiras. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS) afirmou que o país vizinho voltou a lançar balões que podiam ser dirigidos contra a província de Gyeonggi, no norte, que rodeia Seul, e partes da capital do sul, de acordo com um comunicado. Desde Maio, o Norte lançou mais de 5.000 balões no total, em mais de 20 lançamentos, em resposta aos balões de propaganda contra o líder norte-coreano, Kim Jong-un, enviados por activistas do Sul. Entretanto, os meios de comunicação norte-coreanos não noticiaram o início da sessão da Assembleia Popular Suprema convocada para ontem. Não se sabe como serão anunciadas as alterações à Constituição, uma vez que, em ocasiões anteriores, os meios de comunicação social estatais norte-coreanos apenas divulgaram pormenores básicos e o conteúdo completo das alterações legislativas só foi conhecido algum tempo depois. Mudança de atitude A convocação da sessão responde à vontade de Kim Jong-un de formalizar o que disse há nove meses sobre a Coreia do Sul, com a qual os laços são inexistentes há cinco anos e que qualificou como o principal inimigo da Coreia do Norte. O líder norte-coreano também fechou a porta à reconciliação e à reunificação com o Sul, o que representa uma mudança importante na estratégia diplomática que o governo de Pyongyang articulou durante mais de três décadas. Especialistas disseram acreditar que a vontade expressa por Kim de abandonar o diálogo, formalizar a existência de dois Estados claramente diferenciados na península e definir unilateralmente as fronteiras do Norte pode piorar ainda mais o terrível ambiente na região.
Hoje Macau China / ÁsiaCuba | Diplomata norte-coreano deserta para a Coreia do Sul Um diplomata norte-coreano colocado em Cuba desertou para a Coreia do Sul em Novembro, poucos meses antes de Seul e Havana estabelecerem relações diplomáticas, noticiou ontem o jornal sul-coreano Chosun Daily. Ri Il-kyu estava encarregado dos assuntos políticos na embaixada de Pyongyang em Cuba desde 2019 e tinha como missão “obstruir o estabelecimento de relações diplomáticas entre a Coreia do Sul e Cuba”, de acordo com o diário. Ri desertou para a Coreia do Sul com a mulher e os filhos no início de Novembro, sendo o diplomata norte-coreano de mais alto nível conhecido a desertar para o Sul desde que Thae Yong-ho, vice-embaixador de Pyongyang em Londres, fugiu em 2016, acrescentou. Os Ministérios da Unificação e dos Negócios Estrangeiros sul-coreanos disseram não poder confirmar a deserção. Em entrevista ao Chosun Daily, Ri disse ter decidiu desertar depois de Pyongyang ter rejeitado o pedido para tratamento médico no México devido a um ferimento, embora não tenha podido receber o tratamento necessário em Cuba devido à falta de equipamento especializado. O jovem também alegou ter sido objecto de relatórios de avaliação injustos, depois de ter rejeitado um pedido de suborno de um responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano. “Todos os norte-coreanos pensam, pelo menos uma vez, em viver na Coreia do Sul”, afirmou ao Chosun Daily. “A desilusão com o regime norte-coreano e um futuro sombrio levaram-me a considerar a possibilidade de desertar”, considerou.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang condena de exercícios entre EUA, Japão e Coreia do Sul A República Popular Democrática da Coreia denunciou ontem os exercícios militares conjuntos entre a República da Coreia, Japão e Estados Unidos, chamando-os de “versão asiática da NATO” e alertou para “consequências fatais”. Os três aliados completaram, no sábado, as manobras militares “Freedom Edge” que se prolongaram por três dias envolvendo mísseis balísticos, defesa aérea, guerra submarina e defesa cibernética. Numa cúpula tripartida realizada no ano passado, os líderes dos Estados Unidos, República da Coreia e Japão concordaram em realizar exercícios anuais como um sinal de unidade diante das ameaças da República Popular Democrática da Coreia com armas nucleares e da crescente influência da China na região. “Denunciamos veementemente (…) provocações militares” contra a República Popular Democrática da Coreia, referiu o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, num comunicado publicado pela agência Central de Notícias da Coreia (ACNC). “As relações entre os Estados Unidos, o Japão e a República da Coreia assumiram a aparência de uma versão asiática da NATO”, acrescentou, deixando ainda um alerta para “consequências fatais”. Poder de fogo O porta-aviões de propulsão nuclear norte-americano USS Theodore Roosevelt, o contratorpedeiro japonês de mísseis guiados JS Atago e caças sul-coreanos KF-16 foram mobilizados para os exercícios. Pyongyang vê exercícios combinados deste tipo como ensaios para uma invasão. A República da Coreia rejeitou as acusações de Pyongyang, sublinhando que os últimos exercícios eram uma continuação de exercícios conjuntos regulares entre os três aliados. “É absurdo que a Coreia do Norte, principal fonte de tensão na Península Coreana, critique o exercício ‘Freedom Edge’ como “NATO asiática”, referiu o Ministério da Defesa da República da Coreia, em comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte / Rússia | Seul, Tóquio e Washington condenam pacto A troca de armas entre as duas ações foi energicamente criticada pela Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos A Coreia do Sul, o Japão e os EUA condenaram ontem, “nos termos mais fortes possíveis”, o acordo entre a Coreia do Norte e a Rússia, que prevê a assistência mútua em caso de agressão. Os três países lamentaram as “contínuas transferências de armas” de Pyongyang para as forças russas, num comunicado conjunto publicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul. Estas armas “prolongam o sofrimento do povo ucraniano, violam múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e ameaçam a estabilidade tanto no nordeste da Ásia como na Europa”, de acordo com o documento. A parceria entre a Coreia do Norte e a Rússia “deve ser motivo de grave preocupação para todos os interessados em manter a paz e a estabilidade na península coreana, em defender o regime global de não proliferação e em apoiar o povo da Ucrânia na defesa da liberdade e independência contra a brutal agressão da Rússia”, acrescentou. Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão prometeram “reforçar ainda mais a cooperação diplomática e de segurança para combater as ameaças representadas pela RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte] à segurança regional e global e evitar uma escalada da situação”. O compromisso dos EUA com a defesa dos dois aliados “permanece firme” e Seul, Washington e Tóquio “reafirmam que o caminho para o diálogo permanece aberto e instam a RPDC a cessar novas provocações e a regressar às negociações”, acrescentou o comunicado. Nova era Na quarta-feira passada, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse em Pyongyang que “o acordo de parceria global (…) prevê igualmente a prestação de assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes do acordo”. De acordo com a agência de notícias russa TASS, Putin referiu declarações dos Estados Unidos e de outros países da NATO sobre o fornecimento à Ucrânia de armas de longo alcance, aviões F-16 e outro armamento para, segundo disse, atacar o território russo. “Não se trata apenas de uma declaração, isto já está a acontecer e tudo isto é uma violação grosseira das restrições assumidas pelos países ocidentais no âmbito de vários tipos de obrigações internacionais”, afirmou. Depois das conversações com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, Putin descreveu o acordo como um “documento verdadeiramente revolucionário” e disse que Moscovo “não exclui a possibilidade de cooperação técnico-militar” com Pyongyang. Por seu lado, o líder norte-coreano afirmou que o acordo com a Rússia era puramente defensivo, de acordo com as agências de notícias russas. Kim descreveu Putin como “o melhor amigo” da Coreia do Norte e saudou o início de uma “nova era” nas relações com a Rússia. Também expressou “total apoio e solidariedade para com o Governo, o exército e o povo russo na condução da operação militar especial na Ucrânia para proteger a soberania, os interesses de segurança e a integridade territorial” da Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim rejeita acusações dos EUA e NATO sobre apoio à Rússia A República Popular da China acusou ontem os Estados Unidos de “difundir informações falsas”, depois de o secretário de Estado norte-americano ter instado Pequim a “deixar” de apoiar o esforço de guerra russo na Ucrânia. “Opomo-nos veementemente a que os Estados Unidos divulguem informações falsas sem qualquer prova e culpem a China”, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa, em Pequim. “No que diz respeito à crise ucraniana, a China nunca deitou ‘achas para a fogueira’ nem procurou tirar partido da situação e sempre se dedicou às conversações de paz”, respondeu o porta-voz da diplomacia chinesa, questionado pelos jornalistas. “A China não fornece armas a nenhuma das partes em conflito, controla rigorosamente a exportação de bens civis e militares e tem sido elogiada pela comunidade internacional”, acrescentou Lin Jian. Terça-feira, numa conferência de imprensa conjunta, em Washington, com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, Antony Blinken denunciou o apoio da República Popular da China à guerra da Rússia na Ucrânia. “A China fornece um apoio essencial ao complexo militar e industrial da Rússia”, afirmou, acrescentando que “70 por cento das máquinas importadas pela Rússia são provenientes da China” e “90 por cento da microelectrónica” chinesa. “Permite à Rússia manter uma base militar e industrial, manter a máquina de guerra, manter a guerra. Portanto, isto tem de acabar”, disse. A República Popular da China não fornece armas directamente à Rússia, mas os Estados Unidos acusam as empresas chinesas de fornecerem componentes e equipamento à indústria de armamento russa. A China absteve-se de participar na cimeira sobre a paz na Ucrânia, realizada no passado fim de semana na Suíça, devido à ausência de Moscovo.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Seul pede a Pequim para mediar aproximação entre Pyongyang e Moscovo A visita de Putin à Coreia do Norte vem adensar as preocupações de Seul que pede a intervenção do Governo chinês para garantir a paz regional A Coreia do Sul está “profundamente preocupada” com a visita do Presidente russo à Coreia do Norte e pediu à China que actue como mediador na aproximação entre Pyongyang e Moscovo, declarou ontem o Governo sul-coreano. “As tensões na península coreana resultantes do reforço da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte são contrárias aos interesses da China e pedimos à China que desempenhe um papel construtivo em prol da paz, da estabilidade e da desnuclearização da península”, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano. O texto é um resumo de uma reunião, na terça-feira, entre funcionários dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, da Coreia do Sul e da China, em Seul, e foi publicado horas antes do encontro entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Em resposta, a China disse que “não haveria qualquer mudança na sua política em relação à península coreana e que iria desempenhar um papel construtivo na resolução da questão da península”, referiu ainda o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano. Pouco depois da publicação deste texto, Putin e Kim reuniram-se na capital norte-coreana, com o objectivo de assinar um novo tratado de parceria estratégica. Proximidade e afastamento Outro dos objectivos da viagem é a criação de um “sistema recíproco de comércio e pagamentos não controlado pelo Ocidente”, de acordo com um editorial publicado na terça-feira pelo diário norte-coreano Rodong. As trocas entre Pyongyang e Moscovo intensificaram-se desde a cimeira, na Rússia, em Setembro, e acredita-se que, desde então, Pyongyang forneceu milhares de contentores de armas a Moscovo, utilizadas na Ucrânia. Em troca, o regime terá obtido assessoria para o programa de lançamento de satélites espiões.
Hoje Macau China / ÁsiaDezenas de soldados norte-coreanos atravessam fronteira com a Coreia do Sul Várias dezenas de soldados norte-coreanos atravessaram a fronteira com a Coreia do Sul antes de se retirarem depois de tiros de advertência do exército sul-coreano, anunciou ontem o Estado-Maior sul-coreano. “Dezenas de soldados norte-coreanos atravessaram a linha de demarcação militar e recuaram para norte depois de terem sido disparados tiros de aviso” pelo Sul, declarou o Estado-Maior. A incursão ocorreu poucas horas antes da chegada do Presidente russo, Vladimir Putin, à Coreia do Norte para uma rara visita de Estado. Noutro incidente, vários soldados norte-coreanos ficaram feridos quando minas explodiram perto da fronteira, disse a mesma fonte. Os soldados realizavam trabalhos de desminagem e de colocação de minas ao longo da fronteira, mas “sofreram numerosas baixas em resultado de repetidas explosões de minas terrestres durante o trabalho”, de acordo com um responsável do Estado-Maior sul-coreano. Apesar disso, os militares do Norte “parecem estar a prosseguir as operações de forma imprudente”, acrescentou a mesma fonte. Nos últimos meses, a Coreia do Norte tem estado a trabalhar no sentido de desmantelar as estradas e os caminhos-de-ferro que ligavam o país ao Sul quando as relações entre os dois países eram melhores. Pyongyang está também a reforçar as fortificações do lado norte-coreano, ao colocar minas, construir novas barreiras antitanque e limpar grandes áreas florestais, ainda de acordo com os militares do Sul. “As actividades da Coreia do Norte parecem ser uma medida destinada a reforçar o controlo interno, nomeadamente ao impedir as tropas norte-coreanas e os norte-coreanos de desertarem para o Sul”, declarou o chefe do Estado-Maior. Esta é a segunda vez em menos de duas semanas que soldados norte-coreanos atravessam a linha de demarcação intercoreana, que separa os dois Estados. Tensões acumuladas A 9 de Junho, soldados norte-coreanos entraram por breves momentos em território sul-coreano, retirando-se após avisos sonoros e tiros de advertência dos soldados sul-coreanos. As duas Coreias estão separadas por uma zona desmilitarizada (DMZ) com quatro quilómetros de largura. Os lados norte e sul-coreanos da DMZ estão fortemente fortificados, mas a linha de demarcação propriamente dita, situada no meio desta zona cheia de minas, está apenas assinalada de forma simples. As relações entre o Norte e o Sul atravessam actualmente um dos períodos mais tensos dos últimos anos. Os dois países continuam tecnicamente em guerra, tendo o conflito de 1950-1953 terminado num armistício e não num tratado de paz. Nas últimas semanas, Pyongyang enviou para a Coreia do Sul centenas de balões carregados de lixo, como pontas de cigarro, papel higiénico e excrementos de animais. A intenção de Pyongyang era retaliar contra o envio, por associações de desertores do Norte, de balões com panfletos hostis a Kim Jong-un e à família do líder, dólares, além de séries e música sul-coreanas. O Norte e o Sul também instalaram altifalantes perto da fronteira com o objectivo de retomar as emissões de propaganda, suspensas desde 2018.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Anunciado fracasso de lançamento de satélite A Coreia do Norte anunciou ontem o fracasso de uma nova tentativa de colocar em órbita um satélite espião, devido a um alegado problema no motor do propulsor. O propulsor do satélite de reconhecimento Malligyong-1-1 “explodiu durante a primeira fase do voo e falhou”, declarou o vice-director da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial (NATA) norte-coreana num comunicado divulgado pelos meios de comunicação oficiais, acrescentando que “a causa do acidente foi a fiabilidade do novo motor a oxigénio líquido e querosene”. O responsável norte-coreano indicou que uma análise preliminar do acidente apontou um problema num dos motores da primeira fase. A Coreia do Norte demorou pouco mais que 90 minutos a informar sobre o fracasso do lançamento do foguetão espacial, efectuado pelas 22:44 locais de ontem, segundo o Exército sul-coreano. Em comunicado, o Estado-Maior sul-coreano afirmou ter detectado pela primeira vez às 22:44 locais (o rasto do projéctil lançado da zona de Tongchang-ri – no noroeste do país, onde se situa a base de lançamento espacial de Sohae – em direção ao mar Ocidental (nome dado nas duas Coreias ao mar Amarelo). Apenas dois minutos depois de localizar o lançamento, os radares sul-coreanos voltaram a detectar o projéctil “como um grande aglomerado de fragmentos nas águas norte-coreanas”, indicando que o foguetão falhou em pleno voo. A Coreia do Norte somou assim mais um fracasso ao seu programa espacial, após dois lançamentos falhados do foguetão Chollima-1 na Primavera e no Verão de 2023. O porta-voz do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, disse numa conferência de imprensa que o projéctil “desapareceu [do radar)] em pleno voo sobre o mar Amarelo”. “Por isso, acreditamos que não atingiu a órbita terrestre”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Lançado novo míssil e prometido reforço de “força nuclear” O líder da Coreia do Norte prometeu aumentar “a força nuclear” do país, informou sábado a agência de notícias estatal KCNA, confirmando ainda o lançamento, na sexta-feira, de um míssil balístico tático. Kim Jong-un supervisionou o teste de lançamento no mar do Japão, no âmbito de uma missão para avaliar a “precisão e fiabilidade” de um novo sistema de navegação autónomo, de acordo com a KCNA. O líder norte-coreano disse estar “muito satisfeito” com o teste. No mesmo dia, Kim visitou uma fábrica de produção militar e apelou para que “a força nuclear seja reforçada com maior rapidez (…) sem interrupção ou hesitação”, ainda segundo a agência estatal. “Os inimigos terão medo e não se atreverão a brincar com o fogo até testemunharem o sistema de combate nuclear do nosso Estado”, afirmou Kim. O Estado-Maior Conjunto sul-coreano disse na sexta-feira que a Coreia do Norte disparou um míssil balístico ao largo da costa oriental do país. Especialistas avaliam que a Coreia do Norte poderá pensar que um arsenal de armas ampliado vai aumentar a influência de Pyongyang em futuras conversas com Washington, escreveu a agência de notícias norte-americana Associated Press. Na sexta-feira, a Coreia do Norte negou também que o país tenha exportado armas para a Rússia, ao definir a especulação sobre a transferência de armamento entre Pyongyang e Moscovo como “o paradoxo mais absurdo”, de acordo com ‘media’ estatais. “Não temos intenção de exportar as nossas capacidades técnicas militares para qualquer país ou de as abrir ao público”, disse Kim Yo-jong, influente irmã do líder norte-coreano, num comunicado divulgado pela imprensa. Especialistas estrangeiros acreditam que a recente série de testes de artilharia e mísseis de curto alcance da Coreia do Norte se destina a examinar ou publicitar as armas que planeava vender à Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaKim Jong-un visita fábricas de armas e destaca capacidade produtiva “de nível mundial” O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, visitou no fim de semana várias fábricas de armamento e destacou “capacidades técnicas de nível mundial”, informou a agência de notícias estatal norte-coreana. Kim visitou uma fábrica que produz espingardas de atirador furtivo, tendo utilizado uma para praticar tiro ao alvo, e uma fábrica que aparentemente produz material para o novo sistema de lançadores múltiplos de foguetes de 240 milímetros do país, de acordo com um artigo e fotografias publicadas pela agência KCNA. O líder norte-coreano também conduziu pessoalmente um dos lançadores deste sistema, que o regime testou na sexta-feira, pela terceira vez este ano, antes de anunciar que o vai começar a utilizar ainda este ano. Durante as visitas, o líder norte-coreano falou de automatização, racionalização e modernização dos processos de produção e da importância da produção em massa, referindo que as fábricas de armamento norte-coreanas possuem actualmente “capacidades técnicas de nível mundial”. “O considerável avanço a nível mundial alcançado actualmente pela indústria bélica é produto da integridade e vitalidade da estratégia do Partido para o desenvolvimento económico da indústria de defesa nacional”, afirmou Kim, ainda de acordo com a KCNA. Kim “exortou todas as empresas industriais de defesa sob a Segunda Comissão Económica a empreender uma campanha para estabelecer uma cultura de vida e de produção, e a continuar a estabelecer e a melhorar a cultura exemplar do novo século para a classe trabalhadora da indústria de munições”. Fonte de fogo A Segunda Comissão Económica é um órgão-chave dos programas de desenvolvimento de armas de destruição maciça da Coreia do Norte. A atenção dos analistas dirige-se para esta nova entidade da indústria de defesa norte-coreana numa altura em que Pyongyang continua a fornecer a Moscovo contentores de armamento, incluindo artilharia e mísseis balísticos de curto alcance para serem utilizados na Ucrânia, de acordo com a agência de notícias EFE. Aumentam ainda os sinais de que o braço armado do Hamas e o regime iraniano também obtiveram armas norte-coreanas, escreveu a EFE.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Pyongyang vai instalar novo lançador múltiplo de foguetes A Coreia do Norte vai equipar o exército com um novo lançador múltiplo de foguetes, a partir deste ano, informou sábado a agência de notícias estatal norte-coreana, acrescentando estar em curso outra “grande mudança” nas capacidades de artilharia. Este sistema será “instalado em unidades do Exército Popular da Coreia (…) entre 2024 e 2026”, disse a KCNA. Na sexta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, supervisionou um teste do sistema de foguetes, submetido a uma “actualização técnica” depois de um primeiro teste no final de Abril. Kim disse querer “levar a produção desta nova arma ao mais alto nível” e anunciou também “uma importante mudança” para “reforçar a capacidade de combate da artilharia do país”, sem dar mais pormenores, indicou a KCNA. Por seu lado, Pyongyang afirmou que oito projécteis “atingiram o alvo”, ilustrando “o poder destrutivo do sistema actualizado de lançadores múltiplos de foguetes de 240 mm”. O Ministério da Defesa sul-coreano disse à agência de notícias France-Presse não estar em condições de confirmar os testes norte-coreanos. Em Fevereiro, o regime afirmou ter desenvolvido um novo dispositivo de controlo para os lançadores múltiplos de foguetes de 240 mm. O anúncio destes últimos exercícios surgiu quando observadores disseram suspeitar que Pyongyang está a testar novas armas e a aumentar a produção de artilharia e mísseis de cruzeiro antes de os enviar para a Rússia para a guerra na Ucrânia. A Coreia do Sul e os Estados Unidos acusaram a Coreia do Norte de fornecer armas a Moscovo, apesar das sanções da ONU que a proíbem de o fazer.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente da Assembleia Popular Nacional visita Coreia do Norte esta semana Um alto dirigente chinês vai chefiar uma delegação numa visita à Coreia do Norte esta semana, anunciaram ontem os dois países. Zhao Leji, presidente da Assembleia Popular Nacional (órgão máximo legislativo da China) e considerado o número três do Partido Comunista Chinês, vai visitar a Coreia do Norte entre amanhã e sábado, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O enviado de Pequim representa a mais significativa visita, em termos do peso político de Zhai Leji, à Coreia do Norte dos últimos cinco anos, desde a visita do Presidente Xi Jinping em 2019 e a primeira de um membro do Comité Permanente do Politburo desde a pandemia. Recorde-se que Zhao é um dos sete membros do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, a cúpula do poder na China, chefiado pelo líder chinês, Xi Jinping. Não foram divulgados pormenores sobre o que foi descrito como uma visita de “boa vontade”, excepto que a delegação vai participar na cerimónia de abertura do “Ano da Amizade China – Coreia do Norte” e que a visita acontece no ano em que se celebram 75 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, ou seja, desde a fundação da República Popular da China. “Os preparativos específicos para a visita ainda estão a ser negociados”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning. Um despacho da agência noticiosa oficial da Coreia do Norte, KCNA, anunciou igualmente a viagem. Estreitar relações O líder norte-coreano, Kim Jong-un, tem vindo a insistir no reforço das parcerias com a China e a Rússia, numa tentativa de fortalecer a sua posição regional e de se juntar numa frente unida contra os Estados Unidos. Kim viajou para a Rússia em Setembro para uma cimeira com o Presidente russo, Vladimir Putin. Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e outros países acusam a Coreia do Norte de fornecer armas convencionais para a guerra da Rússia na Ucrânia, em troca de tecnologias avançadas de armamento e de outros apoios. “A China e a Coreia do Norte são bons vizinhos ligados por montanhas e rios, e os nossos dois partidos e países sempre mantiveram uma tradição de comunicação amigável”, afirmo a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. “Com os esforços conjuntos de ambas as partes, esta visita será um sucesso total e promoverá o aprofundamento e o desenvolvimento das relações entre a China e a Coreia do Norte”, acrescentou Mao Ning.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte testou míssil hipersónico de médio e longo alcance A Coreia do Norte fez na terça-feira o lançamento de um míssil hipersónico de médio e longo alcance, informaram os meios de comunicação estatais do país. Segundo as mesmas fontes, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, esteve presente no teste. “Um novo teste de lançamento de um míssil hipersónico de médio e longo alcance, com valor estratégico, foi realizado com sucesso”, disse a agência oficial de notícias KCNA, um dia após o ensaio militar. Kim Jong Un afirmou que a Coreia do Norte tinha agora “obtido mísseis estratégicos com combustível sólido, ogiva manobrável e capacidade nuclear”. O exército sul-coreano afirmou que o míssil, lançado na madrugada de terça-feira, percorreu cerca de 600 quilómetros antes de se despenhar nas águas entre a Coreia do Sul e o Japão. Segundo a KCNA, o projéctil teria percorrido cerca de mil quilómetros. O último lançamento de Pyongyang, de um míssil Hwasong-16, ocorre menos de duas semanas depois de os meios de comunicação social estatais norte-coreanos terem anunciado que Kim Jong Un tinha supervisionado um teste bem-sucedido de um motor de combustível sólido para um “novo tipo de míssil hipersónico de alcance intermédio”. Velocidade furiosa Há muito que a Coreia do Norte tenta dominar tecnologias hipersónicas e de combustível sólido mais avançadas, com o objectivo de tornar os seus mísseis mais capazes de neutralizar os sistemas de defesa antimíssil da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, bem como ameaçar as bases militares regionais americanas. Os mísseis hipersónicos deslocam-se a uma velocidade de pelo menos Mach 5, mais de 6 mil quilómetros por hora e são capazes de manobrar em pleno ar, tornando-os mais difíceis de seguir e de interceptar. Dependendo do modelo, podem transportar ogivas convencionais ou nucleares. Os mísseis de combustível sólido não precisam ser reabastecidos antes do lançamento, o que torna a sua utilização mais rápida e mais difíceis de identificar e de destruir pelos adversários. O Ministério da Defesa sul-coreano afirmou ter feito um exercício aéreo conjunto com Washington e Tóquio, envolvendo um bombardeiro B-52H com capacidade nuclear e caças F-15K perto da península coreana.
Hoje Macau China / ÁsiaMar Amarelo | Coreia do Norte dispara mísseis de cruzeiro As tensões entre as duas Coreias mantêm a rota ascendente, à medida que o Norte continua a disparar mísseis na região A Coreia do Norte disparou ontem vários mísseis de cruzeiro para o mar Amarelo, de acordo com o exército sul-coreano, numa altura em que a tensão entre Seul e Pyongyang tem vindo a aumentar. “O nosso exército detectou vários mísseis de cruzeiro lançados pela Coreia do Norte em direcção ao mar Amarelo” por volta das 07:00, declarou, em comunicado, o Estado-maior sul-coreano. “As especificações detalhadas estão a ser analisadas de perto pelos serviços secretos sul-coreanos e norte-americanos”, acrescentou. Os testes de mísseis de cruzeiro não são abrangidos pelas sanções impostas pela ONU à Coreia do Norte, ao contrário de mísseis balísticos e de armas nucleares. Os lançamentos ocorrem numa altura em que a Coreia do Sul realiza, até hoje, um exercício das forças especiais, ao largo da costa oriental do país, “à luz dos graves problemas de segurança” com o Norte, de acordo com a marinha sul-coreana. “Vamos cumprir a nossa missão de nos infiltrarmos profundamente em território inimigo e neutralizá-lo completamente, sejam quais forem as circunstâncias”, afirmaram as autoridades militares, em comunicado. As tensões entre as duas Coreias aumentaram nos últimos meses, quando os dois vizinhos riscaram acordos alcançados em 2018 para evitar incidentes armados, aumentaram os recursos militares na fronteira e realizaram exercícios de artilharia com munições reais perto do território um do outro, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP). Pólos rivais Na semana passada, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, declarou o Sul como “principal inimigo” do país. Dissolveu, além disso, as agências governamentais dedicadas à reunificação e aos contactos com o Sul e ameaçou com guerra se Seul invadir território norte-coreano, “nem que fosse 0,001 mm”. Kim pediu ainda alterações constitucionais para permitir ao Norte ocupar Seul em caso de guerra, de acordo com a agência de notícias oficial da Coreia do Norte. No final de Dezembro, o dirigente ordenou a aceleração dos preparativos militares para uma guerra que podia “ser lançada a qualquer momento” e denunciou uma “situação de crise persistente e incontrolável”, iniciada por Seul e Washington com exercícios militares conjuntos na região, disse. O discurso também subiu de tom na Coreia do Sul, com o Presidente Yoon Suk-yeol a avisar que Seul vai retaliar “várias vezes” em caso de provocação e a salientar as “capacidades de resposta esmagadoras” do exército do país. Nos últimos meses, a Coreia do Norte intensificou os testes de armas proibidas pela ONU. No início de Janeiro, Pyongyang lançou um míssil hipersónico, de combustível sólido, além de ter disparado munições reais perto da fronteira marítima com o Sul, provocando ordens de evacuação em várias ilhas sul-coreanas próximas da costa norte-coreana. Seul retaliou com exercícios na mesma região, na costa oeste da península. Na sexta-feira, Pyongyang anunciou ter testado um “sistema de armas nucleares submarinas” em resposta às manobras navais efectuadas pela Coreia do Sul, pelos Estados Unidos e pelo Japão nas águas a sul da península. A Coreia do Norte também conseguiu colocar em órbita um satélite de reconhecimento militar no final de 2023, após ter recebido ajuda tecnológica da Rússia em troca do fornecimento de armas para a guerra na Ucrânia, acusou Seul.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang confirma lançamento de míssil balístico A Coreia do Norte anunciou ontem que lançou um míssil balístico de alcance intermédio com combustível sólido, confirmando as declarações avançadas no domingo por Seul e Tóquio. O lançamento ocorre alguns dias após Pyongyang ter realizado exercícios de artilharia com munições reais. O disparo do míssil no domingo, que Pyongyang disse estar equipado com uma ogiva hipersónica, destinava-se a “verificar as capacidades de deslocação e de manobrabilidade”, bem como “a fiabilidade do novo motor de combustível sólido”, explicou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse no domingo, em comunicado, que o Norte “disparou um míssil balístico não identificado em direcção ao Mar do Leste”, referindo-se a uma área também conhecida como Mar do Japão. O Ministério da Defesa do Japão disse ter detectado um possível lançamento de um míssil balístico de curto alcance, que terá caído fora da zona económica especial do país. Este é o primeiro lançamento de um míssil por parte de Pyongyang desde que testou o míssil balístico intercontinental de combustível sólido Hwasong-18, a arma mais avançada do Norte, em 18 de Dezembro. O Hwasong-18 foi projectado para atacar o território continental dos Estados Unidos. Após Pyongyang realizar, na semana passada, exercícios de artilharia em torno da fronteira marítima ocidental com o Sul durante três dias, Seul realizou exercícios de tiro semelhantes na mesma área. A subir de tom Nos últimos dias, a Coreia do Norte tem intensificado a retórica bélica. Na semana passada, o líder Kim Jong-un descreveu o Sul como o “principal inimigo” e ameaçou aniquilar o país vizinho se fosse provocado. Especialistas dizem que Kim provavelmente aumentará ainda mais a tensão ao testar novos mísseis para tentar influenciar os resultados das eleições parlamentares da Coreia do Sul, em Abril, e das eleições presidenciais dos EUA em Novembro. Numa importante reunião do partido único norte-coreano, no final de dezembro, Kim prometeu expandir o arsenal nuclear de Pyongyang e lançar satélites espiões adicionais para fazer face ao que chamou de movimentos de confronto liderados pelos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Ministra faz visita de três dias à Rússia Choe Son-hui vai estar três dias em Moscovo numa visita que, embora não tenham sido adiantados detalhes, pressupõe dar seguimento à cooperação militar acordada entre os dois países aquando do encontro entre Putin e Kim Jong-un em Setembro passado A ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana partiu no domingo para uma visita de três dias à Rússia, numa altura em que a comunidade internacional condena a transferência de armas de Pyongyang para Moscovo utilizar na Ucrânia. “Uma delegação governamental da República Popular Democrática da Coreia [nome oficial do país], liderada pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Choe Son-hui, partiu no domingo para uma visita oficial à Federação Russa a convite do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov”, informou ontem a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. Embora o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia e a agência de notícias russaTASS tenham confirmado a visita de Choe entre 15 e 17 de Janeiro, não forneceram mais detalhes. Lavrov visitou a Coreia do Norte em Outubro, por ocasião do 75.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. A visita de Choe surge depois de terem sido reveladas novas provas de que a Coreia do Norte e a Rússia concordaram em cooperar militarmente durante uma cimeira entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, em Setembro, e que inclui a transferência de armas de Pyongyang para Moscovo, em violação das sanções impostas pela ONU ao país asiático. Últimos disparos Na semana passada, a Casa Branca disse que a Rússia disparou recentemente mísseis balísticos norte-coreanos contra a Ucrânia, somando-se aos já utilizados nos ataques de 30 de Dezembro e 02 de Janeiro. Mas Pyongyang e Moscovo negam esta transferência de armamento. Em troca, acredita-se que o regime de Kim Jong-un recebeu assistência técnica russa no lançamento do primeiro satélite de reconhecimento militar em novembro passado. A Coreia do Sul estima que o número de contentores – carregados com mísseis balísticos, lançadores e centenas de milhares de munições de artilharia – transferidos desde o Verão pela Coreia do Norte para a Rússia ultrapassa agora os 5.000.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Lançado míssil balístico em direcção ao mar O anúncio daquele que poderá ser o primeiro lançamento deste mês chegou pelas vozes das autoridades sul-coreanas e japonesas A Coreia do Norte disparou ontem um míssil balístico em direcção ao mar no domingo, naquele que poderá ser o primeiro lançamento do regime de Pyongyang em cerca de um mês, disseram Seul e Tóquio. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse num comunicado que o Norte “disparou um míssil balístico não identificado em direcção ao Mar do Leste”, referindo-se a uma área também conhecida como Mar do Japão. O Ministério da Defesa do Japão disse ter detectado um possível lançamento de um míssil balístico de curto alcance, que terá caído fora da zona económica especial do país. A confirmar-se, será o primeiro lançamento de um míssil por parte de Pyongyang desde que testou o míssil balístico intercontinental de combustível sólido Hwasong-18, a arma mais avançada do Norte, em 18 de dezembro. O Hwasong-18 foi projectado para atacar o território continental dos Estados Unidos. Em exercícios Na semana passada, Pyongyang realizou exercícios de artilharia em torno da fronteira marítima ocidental com o Sul durante três dias, levando Seul a realizar exercícios de tiro semelhantes na mesma área. Nos últimos dias, a Coreia do Norte tem intensificado a sua retórica bélica. No início da semana, o líder Kim Jong Un descreveu o Sul como o “principal inimigo” e ameaçou aniquilar o país vizinho se fosse provocado. Especialistas dizem que Kim provavelmente aumentará ainda mais a tensão ao testar novos mísseis para tentar influenciar os resultados das eleições parlamentares da Coreia do Sul, em Abril, e das eleições presidenciais dos EUA em Novembro. Numa importante reunião do partido único norte-coreano, no final de Dezembro, Kim prometeu expandir o arsenal nuclear de Pyongyang e lançar satélites espiões adicionais para fazer face ao que chamou de movimentos de confronto liderados pelos EUA.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul considera filha de Kim Jong-un “sucessora mais provável” O chefe do Serviço Nacional de Inteligência (NIS) indigitado da Coreia do Sul disse ontem que considera a filha do líder norte-coreano Kim Jong-un a “sucessora mais provável”. “Com base na análise das suas actividades públicas e no nível de respeito que lhe foi demonstrado no Norte desde a primeira aparição pública, [a filha] Kim Ju-ae parece ser a sucessora mais provável”, afirmou Cho, durante uma audição parlamentar perante a comissão encarregue de ratificar a sua nomeação no NIS. Ainda assim, Cho disse que o NIS deixa em aberto todas as possibilidades sobre a sucessão do regime de Kim, uma vez que o actual líder ainda é jovem – acredita-se que tenha 41 anos – e não parece ter problemas de saúde graves, havendo muitas outras variáveis, incluindo a existência de mais filhos de Kim Jong-un. É a primeira vez que um representante dos serviços secretos sul-coreanos faz uma declaração deste tipo sobre a filha do líder, que terá cerca de 11 anos e que fez a primeira aparição pública em Novembro de 2022. Futuro incerto Este ano, diferentes autoridades sul-coreanas sublinharam o facto de a filha ter aparecido principalmente em eventos militares, desde desfiles a lançamentos de mísseis, embora também tenha sido repetidamente sublinhada a teoria de que Kim Jong-un poderá ter optado por se mostrar ao lado da filha para reforçar a imagem de pai preocupado com o futuro do país. Do mesmo modo, foi também levantada a hipótese de, dada a forte tradição patriarcal do país, o possível futuro herdeiro poder ser um irmão homem, embora não se saiba ao certo o número de filhos de Kim e o sexo das crianças. Kim Jong-un tornou-se o terceiro membro da família a ascender ao poder, depois de suceder ao pai, Kim Jong-il, que morreu em 2011 e que, por sua vez, sucedeu a Kim Il-sung, fundador do país, que morreu em 1994, após 36 anos no poder.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul, Washington e Tóquio partilham dados sobre mísseis norte-coreanos em tempo real Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão anunciaram ontem o lançamento de um sistema para partilhar informações em tempo real sobre mísseis norte-coreanos e um plano de exercícios regulares para enfrentar avanços militares de Pyongyang. “Verificou-se a plena capacidade operacional do sistema de partilha de informações em tempo real (…) através dos resultados de uma recente inspeção preliminar e está actualmente a funcionar normalmente”, declarou em comunicado o Ministério da Defesa sul-coreano. Os líderes dos três países, Joe Biden, Yoon Suk-yeol e Fumio Kishida, dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, respetivamente, concordaram em implementar a plataforma numa cimeira trilateral em Camp David, em agosto, num novo passo para reforçar a coordenação de segurança entre Washington, Seul e Tóquio. Os Estados Unidos já trocavam informações separadamente com os aliados na região asiática, mas até agora não existia uma ligação directa de dados entre as três nações, devido às disputas existentes entre o Japão e a Coreia do Sul sobre a colonização nipónica da península coreana entre 1910 e 1945. Com esta iniciativa, “a cooperação trilateral será regularizada e conduzida de uma forma mais sistemática e eficiente”, defenderam as partes, que também decidiram estabelecer um plano plurianual para a realização de exercícios militares trilaterais a partir de 2024, num novo passo para reforçar a dissuasão contra os testes de armamento de Pyongyang. O lançamento do sistema acontece um dia depois do mais recente teste de mísseis da Coreia do Norte, que lançou um projétil balístico de longo alcance, o quinto em 2023, um número recorde que sublinha o progresso do programa de armamento e a escalada militar na região. Avisos e desafios O regime norte-coreano afirmou ontem que o projéctil lançado era um míssil balístico intercontinental Hwasong-18 de combustível sólido e disse que o líder Kim Jong-un “observou o lançamento no terreno” para “enviar um aviso” a Washington e aliados. Seul, Washington e Tóquio reiteraram que vão continuar a reforçar a cooperação “para responder aos desafios regionais” e garantir a segurança na região do Indo-Pacífico. Após o fracasso das negociações para a desnuclearização com os EUA, em 2019, a Coreia do Norte aprovou um plano de modernização de armamento – que inclui a instalação de satélites militares e o teste de numerosos mísseis – além de ter rejeitado a retoma do diálogo e de ter reforçado os laços com a China e a Rússia. Por outro lado, a Coreia do Sul, o Japão e os EUA reforçaram a cooperação em matéria de segurança, sendo que Washington aumentou o envio periódico de meios estratégicos para a península.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder da Coreia do Norte já consegue espiar bases militares dos EUA em Guam A Coreia do Norte revelou ontem que obteve fotografias de bases militares norte-americanas na ilha de Guam, no Oceano Pacífico, tiradas pelo satélite espião que lançou na terça-feira a bordo de um foguetão espacial. A agência estatal KCNA noticiou que o líder Kim Jong-un viu “imagens da Base Aérea de Anderson, do Porto de Apra [onde se encontra uma base naval] e de outras áreas de importantes enclaves militares dos Estados Unidos”. As fotografias foram “tiradas do céu sobre a ilha de Guam, no Pacífico, e recebidas às 09:21 de 22 de Novembro”, precisou, segundo a agência espanhola EFE. Kim terá visto as imagens durante uma visita ao centro de controlo geral da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial (NATA), em Pyongyang. Os técnicos disseram a Kim que o satélite Malligyong-1 começará oficialmente a funcionar a 1 de Dezembro, depois de sofrer ajustes durante os próximos “7-10 dias”, segundo a KCNA. A Coreia do Sul e os Estados Unidos ainda não confirmaram que o satélite está numa órbita correcta. À terceira é de vez A KCNA publicou uma foto de Kim a visitar o centro na companhia do marechal Kim Jong-sik, vice-director do Departamento da Indústria de Munições, uma das principais figuras do programa de mísseis norte-coreano. Foi também divulgada outra foto das instalações mostrando apenas painéis de controlo gerais, que foram desfocados antes da publicação. Se as afirmações do regime forem verdadeiras, as capacidades de vigilância da Coreia do Norte terão dado um grande salto em frente com a instalação deste satélite, segundo a EFE. O Malligyong-1 permitirá detectar movimentos de tropas no nordeste asiático a diferentes horas, uma vez que o aparelho, situado numa órbita polar, dará mais de uma volta completa à Terra todos os dias. O lançamento de terça-feira seguiu-se a duas tentativas falhadas, em Maio e Agosto, e foi supervisionado por Kim Jong-un. A iniciativa foi condenada pelo Japão, pela Coreia do Sul e pelos Estados Unidos. O lançamento desencadeou a activação do sistema nacional antimíssil do Japão durante alguns minutos, através do qual foi enviada uma mensagem aos habitantes da prefeitura de Okinawa recomendando-lhes que procurassem abrigo. Os três países recordaram ontem que as sanções do Conselho de Segurança da ONU proíbem a Coreia do Norte de efectuar lançamentos espaciais, uma vez que utiliza a sua própria tecnologia de mísseis balísticos intercontinentais. A Coreia do Sul admitiu que, para resolver os problemas técnicos registados pelo Chollima-1 em Maio e Agosto, Pyongyang tenha recebido assistência técnica de Moscovo em troca de armas para utilização na Ucrânia. Seul afirmou que o Pyongyang enviou a Moscovo cerca de 2.000 contentores de equipamento militar, incluindo mais de um milhão de cartuchos de artilharia e, possivelmente, também munições para tanques, mísseis guiados antitanque ou mísseis terra-ar portáteis. Em reacção a este lançamento, a Coreia do Sul suspendeu parcialmente um acordo militar com o vizinho do Norte.