João Santos Filipe Manchete SociedadeExposições e Convenções | Alerta para falta de mão-de-obra O presidente da Federação Comercial de Macau das Associações das Indústrias de Convenções e Exposições afirma que é preciso encontrar quadros qualificados para as áreas do planeamento de eventos e da digitalização Com o território a atravessar a época alta convenções e exposições, o presidente da Federação Comercial de Macau das Associações das Indústrias de Convenções e Exposições, Che Fok Sang, alertou para a falta de mão-de-obra no sector. Em declarações ao Jornal Ou Mun, Che indicou que a carência é mais sentida ao nível dos trabalhadores especializados no planeamento dos eventos e nas áreas da digitalização. De acordo com o cenário traçado por Che Fok Sang, actualmente o número de eventos registados indica uma recuperação para os níveis pré-pandemia de 2019. É esperado que ao longo do ano seja realizados cerca de 1.500 exposições e convenções, um aumento de 50 por cento face ao ano passado e um regresso aos valores de 2019, quando foram realizados 1.536 eventos. Todavia, com a recuperação em curso as empresas estão a sentir dificuldades para conseguir contratar trabalhadores para posições específicas. Segundo Che, no que diz respeito aos recursos humanos, o sector está a funcionar aos níveis de 70 ou 80 por cento do que acontecia antes da pandemia. Com base nos relatos das empresas ligadas à Federação Comercial de Macau das Associações das Indústrias de Convenções e Exposições, o responsável indicou que há pelo menos uma falta de 20 trabalhadores, a nível do planeamento dos eventos e da vertente digital dos mesmos. Para responder à falta de mão-de-obra, as empresas começaram a aumentar os salários, para evitarem a saída dos trabalhadores, mas também para atraírem quadros qualificados a curto prazo. Segundo uma fonte anónima citada pela publicação, em algumas empresas os aumentos atingiram 30 por cento. Outra das medidas tem passado pela realização de formações, porém, o responsável reconheceu que esta opção demora mais tempo a surtir efeito, até porque muitas vezes a prática acaba por ser fundamental. Competição apertada O presidente da associação deixou também o aviso para que se este problema não for resolvido a expansão da indústria pode estar ameaçada. Esta informação foi complementada por outra fonte anónima, citada pelo Ou Mun, que indicou que com a competição internacional pelas exposições e convenções a ser cada vez mais apertada, a falta de mão-de-obra pode ser o calcanhar de Aquiles num sector que se pretende pujante e a contribuir para a diversificação económica, além jogo. Em relação à recuperação pós-pandemia, Che Fok Sang comentou que os eventos realizados têm uma natureza diferente do que acontecia até 2019. Segundo o responsável, actualmente as exposições tendem a ser mais internacionais e viradas para o segmento de luxo. Anteriormente, os eventos eram mais orientados para o consumo e vendas. Recentemente, a cidade de Macau foi nomeada pelo segundo ano consecutivo como o melhor destino da Ásia para a organização de Exposições e Convenções, uma distinção atribuída pela M&C Asia Stella Awards.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Convenções e exposições a crescer 34,5% Na primeira metade do ano o território recebeu 702 convenções e exposições o que representou um crescimento de 34,5 por cento dos eventos realizados em termos anuais. De acordo com os dados da Direcção Serviços de Estatística e Censos (DSEC) este ano foram realizados mais 180 eventos em comparação com o período homólogo. A DSEC indicou também que, em comparação com a primeira metade de 2019, o último ano antes dos efeitos da pandemia, houve uma recuperação de 95,6 por cento do número de convenções e exposições, que na primeira metade de 2019 tinha sido de 734 eventos. A DSEC estimou ainda que na primeira metade de 2024 as receitas económicas não jogo ligadas às convenções e exposições atingiram 47 mil milhões de patacas, mais 35,8 por cento, face ao período homólogo, quando se tinham cifrado em 1,82 mil milhões de patacas. Apesar de haver mais eventos, registou-se um menor número de visitantes. Segundo a DSEC, no primeiro semestre do ano o número de participantes e visitantes fixou-se em 479 mil, menos 29,1 por cento, em termos anuais. Em relação aos temas em discussão, o número de eventos sobre comércio e gestão foi o mais elevado (260), representando 37,0 por cento do total. Houve ainda 93 eventos de turismo, 77 de tecnologias de informação e 75 de finanças, o que representou 13,2 por cento, 11,0 por cento e 10,7 por cento do total, respectivamente.
Hoje Macau SociedadeConvenções | Mais 31,2% de eventos até Março Nos primeiros três meses deste ano, foram realizados 307 eventos de convenções e exposições, mais 73 eventos em termos anuais, total que representou um aumento de 31,2 por cento face ao mesmo período de 2023. Segundo um comunicado emitido ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), no primeiro trimestre do ano “as receitas dos ramos de actividade económica não-jogo de Macau provenientes dos eventos de convenções e exposições atingiram aproximadamente 900 milhões de patacas no primeiro trimestre de 2024. Este valor é 50 por cento superior ao registado no ano passado, “graças essencialmente ao acréscimo das despesas efectuadas em Macau pelos visitantes que participaram nas convenções e exposições”, indica a DSEC. Por segmentos, os serviços de estatísticas apontam que no primeiro trimestre realizaram-se 289 reuniões e conferências, mais 30,2 por cento em termos anuais, com os participantes a aumentaram 39,1 por cento para 34 mil. As reuniões e conferências com menos de 50 participantes representaram 50,5 por cento do total deste tipo de eventos. Porém, as reuniões e conferências de grande dimensão, com mais de 200 participantes, foram as que registaram o maior crescimento em termos anuais, com um aumento de 58,6 por cento. A DSEC salienta que entre os temas das convenções e exposições realizados nos primeiros três meses do ano “comércio e gestão” foi o tema mais concorrido, com 127 eventos que representaram mais de 40 por cento do total. Os eventos sobre finanças, tecnologia informática e saúde representaram 12,7, 11,7 e 8,5 por cento do total, respectivamente.
Hoje Macau SociedadeExposições e convenções | Sector satisfeito com política de vistos Alan Ho, presidente da Associação dos Sectores das Convenções, Exposições e Turismo de Macau, disse estar satisfeito com a política de emissão de vistos com múltiplas viagens entre Macau e Hengqin. Segundo o jornal Ou Mun, o dirigente associativo destacou que a política vai beneficiar o sector da organização dos eventos nas duas regiões, proporcionando ainda maiores possibilidades de escolha quanto a percursos turísticos e alojamento para quem participa nestes eventos. Alan Ho disse ainda que o sector vai continuar a promover o desenvolvimento do conceito “convenções e exposições + turismo”, no âmbito da política local “1+4”, apontado como um dos pilares dos esforços para diversificar a economia de Macau. O responsável acredita que, no futuro, o sector das exposições e convenções poderá expandir o seu raio de acção para a organização de festivais, espectáculos e competições organizadas entre Macau e Hengqin. Recorde-se que o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, confirmou recentemente na Assembleia Legislativa que serão publicados em breve os detalhes sobre a nova política de vistos com múltiplas entradas entre Macau e a ilha de Hengqin.
Hoje Macau SociedadeDSEC | 245 exposições e convenções entre Julho e Setembro No terceiro trimestre deste ano realizaram-se 245 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo, o que significou um crescimento de 231,1 por cento face ao período homólogo, quando o território dificultavas as entradas e saídas, por motivos da política de covid zero. Os números publicados ontem pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) demonstraram que em termos anuais, no período em análise deste ano foram organizados mais 171 eventos, do que entre Julho e Setembro do ano passado. O número de participantes e visitantes fixou-se em 545 mil, aumentando 59,9 por cento, em termos anuais. Durante o terceiro trimestre efectuaram-se 221 reuniões e conferências, mais 262,3 por cento (crescimento de 160 eventos), face ao terceiro trimestre do ano passado. Também o número de participantes (48.000) subiu, na proporção de 633,1 por cento. A duração média das reuniões e conferências foi de 1,2 dias, mais 0,3 dias, em termos anuais e a área utilizada total correspondeu a 166.000 metros quadrados, aumentando 385,1 por cento. No mesmo período, realizaram-se 20 exposições, mais 8, em termos anuais e o número de visitantes (493.000) cresceu 47,3 por cento. A duração média das exposições fixou-se em 3,2 dias, menos 0,1 dias, em termos anuais e a área total utilizada situou-se em 103.000 metros quadrados, mais 53,4 por cento. Quanto a eventos de incentivo no trimestre em análise, houve quatro que contaram com 5.035 participantes. A duração média dos eventos de incentivo foi de 2,5 dias e a área utilizada total atingiu 12.000 metros quadrados.
João Luz PolíticaConvenções | Eventos geram 12 milhões de prejuízo no 2º trimestre As exposições e convenções realizadas no território no segundo trimestre deste ano resultaram, de modo geral, em prejuízos para as entidades organizadoras, apesar de subsidiadas pelo Governo da RAEM. Segundo dados apresentados ontem pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), depois de subtraídas as despesas das receitas das exposições organizadas por entidades não governamentais, registou-se o prejuízo de 7,45 milhões de patacas, perdas que sobem para 11,95 milhões de patacas se forem excluídos os subsídios concedidos pelo Governo/instituições públicas. Durante o segundo trimestre deste ano realizaram-se 263 reuniões, conferências, exposições e eventos de incentivo, volume que representa um aumento de 185,9 por cento face ao mesmo período do ano passado, quando a pandemia ainda paralisava o território. O número de participantes e visitantes fixou-se em cerca 509 mil, aumentando significativamente (66,4 por cento) em termos anuais, devido ao número de exposições de grande envergadura ter crescido, informou ontem a DSEC. Durante o trimestre em análise efectuaram-se 245 reuniões e conferências, mais 163, face ao segundo trimestre do ano passado e o número de participantes (45.000) subiu notavelmente 299 por cento. A duração média das reuniões e conferências foi de 1,1 dias, mais 0,3 dias, em termos anuais e a área utilizada total correspondeu a 157.000 metros quadrados, o aumento de 218,3 por cento.
João Luz Manchete SociedadeConvenções | Sector espera que medidas nacionais não afectem negócio Um representante do sector das exposições e convenções espera que as recomendações da Comissão Nacional de Saúde não afectem os eventos planeados para breve. As autoridades nacionais encorajaram os cidadãos a evitar viagens e aglomerações de grande dimensão durante a Semana Dourada Depois de meio ano crítico para a indústria das exposições e convenções de Macau, a época alta aproxima-se com os feriados de Outubro, mas também com o fantasma da pandemia a pairar no horizonte. O presidente da Associação dos Sectores de Convenções, Exposições e Turismo de Macau, Ho Hoi Meng, acredita que as recomendações da Comissão Nacional de Saúde para conter os múltiplos surtos que afectam o Interior não serão prejudiciais para os eventos vindouros. Na passada quinta-feira, as autoridades chinesas emitiram recomendações a desencorajar viagens, aconselhando mesmo os cidadãos a permanecer na cidade onde habitam durante a Semana Dourada. Este período costuma ser uma época alta do turismo no Interior da China e também em Macau. O responsável da Comissão Nacional de Saúde, Wu Liangyou, sublinhou que a China irá manter-se firme na estratégia dinâmica de zero covid-19 para prevenir surtos de grande escala durante os feriados nacionais. Wu indicou que as pessoas não devem sair das cidades onde habitam e que foram reforçadas exigências relativas a testes e fiscalização de código de saúde. As medidas vão ser aplicadas até ao final de Outubro. As autoridades de transportes chinesas indicaram que as viagens diárias durante o Festival Lunar caíram este ano 32 por cento em relação a 2020 e 53 por cento em comparação com 2019. Delegações reduzidas Ho Hoi Meng afirmou ao jornal Ou Mun que não teve conhecimento até agora de eventos cancelados em Macau e que, apesar das recomendações das autoridades nacionais, graças ao princípio “Um País, Dois Sistemas” as empresas de Macau não estão obrigadas a cumprir as instruções. Além disso, o dirigente associativo indicou que a emissão de vistos de negócios para expositores e clientes se mantém normal e que a RAEM pode inclusive ser beneficiada com cancelamentos na China. As medidas e recomendações da Comissão Nacional de Saúde não surpreenderam o sector em Macau, que tem assistido a várias situações deste género nas cidades da Grande Baía, incluindo uma grande convenção em Shenzhen que foi adiada para Novembro. O dirigente realçou que as exposições organizadas pelo Governo da RAEM foram bem-sucedidas e conseguiram cativar investimento chinês, uma vez que Macau é o único território que não implica o cumprimento de quarentena no regresso ao Interior da China e que a RAEM pode representar uma oportunidade para captar mercados exteriores. Porém, Ho Hoi Meng afirmou que as delegações oficiais de autoridades provinciais ou de cidades chinesas sofreram reduções ao nível da comitiva, existindo também casos em que a deslocação ficou a cargo de empresas, sem a participação de autoridades oficiais.
João Santos Filipe PolíticaDeputados preocupados com empregos no sector das exposições e convenções O impacto da pandemia da covid-19 no sector das exposições e convenções, e as consequências de desemprego e subemprego, estiveram ontem em foco na Assembleia Legislativa, com o Executivo a ser criticado por permitir, sem critério, a importação de trabalhadores não-residentes. O tema foi abordado por vários deputados, como Si Ka Lon, ligada à comunidade de Fujian, e a deputada Ella Lei, representante dos Operários de Macau. Si Ka Lon, no encalço de uma questão levantada pela colega de bancada Song Pek Kei, questionou o Governo sobre as políticas dos últimos anos no sector, que permitem que não residentes venham a Macau montar as bancadas das feiras. “Os trabalhos de montagem das bancas são para os não residentes que vêm fazem esse trabalho e depois vão embora, não deixando oportunidades de emprego para locais. É preciso garantir que também nas Pequenas e Médias Empresas que desenvolvem estas tarefas há postos de trabalho para os locais”, alertou o deputado. Ella Lei também recordou que no passado as empresas prejudicaram os locais, indo contra as políticas do Executivo: “No passado, os organizadores de eventos nem sempre recorreram as empresas locais, nem contrataram trabalhadores locais. Houve casos em que os profissionais, e de todas as áreas envolvidas, era trabalhadores não residentes”, afirmou a legisladora. “O Governo tem formado trabalhadores para estas áreas, mas mesmo assim os locais não são contratados. Também, muitas vezes, o Governo autoriza com demasiada rapidez todas as quotas de trabalhadores não residentes para estes eventos. Estas decisões retiram oportunidades de emprego aos residentes. E isto foi no passado, ainda antes da covid-19”, rematou. Prioridade local Em resposta, o Executivo afirmou que sempre adoptou uma política de beneficiar trabalhadores locais e que apenas em último recurso permite contratação de não residentes. Contudo, explicou, que em 2019 o número de exposições e convenções foi tão elevado que obrigou ao recurso de não residentes. “Saliento que em 2019 houve mais de 1000 convenções e exposições, que envolveram trabalhos de montagem e desmontagem de bancas e equipamentos. “Naquela altura, tivemos de atender às necessidades reais. Se há falta de profissionais do sector locais, temos de oferecer as oportunidades de trabalho a quem consegue resolver o problema”, justificou Lei Wai Nong. “Os Serviços para os Assuntos Laborais asseguram sempre a supervisão da contratação da mão-de-obra. Porém, se os organizadores dos eventos não conseguem contratar trabalhadores locais, então permitimos que os trabalhos sejam feitos por não residentes”, sublinhou. Os deputados não se mostraram apenas preocupados com a mão-de-obra, mas também com as empresas do sector. Neste sentido, Lei Wai Nong prometeu que vai continuar com os apoios que permitiram o desenvolvimento actual. O secretário elogiou ainda os resultados e disse que a RAEM teve de criar um sector “do nada”, após a transição.
Hoje Macau SociedadeGalaxy Macau | Centro de convenções pode abrir na segunda metade do ano O Centro Internacional de Convenções do Galaxy Macau pode abrir faseadamente a partir da segunda metade deste ano, de acordo com o director da Galaxy Entertainment Group Joey Pather, responsável pelo sector MICE, de conferências e exposições. Num evento da Câmara de Comércio França – Macau, Pather adiantou que a abertura será gradual e que o processo vai depender da resposta do mercado, num contexto de recuperação do mercado de turismo da crise provocada pela pandemia. “Temos recebido solicitações, mas ainda não decidimos qual o sector que vai abrir primeiro. Ainda estamos na fase de licenciamento e de testes”, referiu Pather, citado pelo portal GGRAsia. O centro de convenções vai ter uma área de 40 mil metros quadrados.
Hoje Macau PolíticaExposições e convenções | Secretário pede novas estratégias para recuperação do sector [dropcap]O[/dropcap] secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, defendeu ontem que o sector das exposições e convenções de Macau necessita de “definir estratégias e planos para reiniciar as actividades”, a fim de recuperar da crise causada pela pandemia da covid-19. Citado por um comunicado oficial, o secretário disse ainda que o sector “deve repensar o seu rumo de desenvolvimento no futuro, por exemplo, aproveitar melhor os elementos das tecnologias electrónicas, orientar a integração on-line e off-line e promover a reconversão e a valorização”. Tudo para que haja “um novo modelo da indústria de convenções e exposições após a epidemia”. Lei Wai Nong disse ainda esperar que este sector “continue a avançar com a confiança, inovação, mudança positiva e espírito pioneiro e empreendedor”, para que “continue a elevar a sua competitividade”. O secretário falou no âmbito da sessão de esclarecimento sobre o Guia Global para a Reabertura do Sector de Feiras da UFI, onde referiu números pré-crise, que revelam que este é o sector que mais desenvolvimento tem conhecido nos últimos anos. “O valor acrescentado bruto das actividades de convenções e exposições de Macau aumentou de 1,37 mil milhões de patacas em 2015 para 3,52 mil milhões de patacas em 2018, um aumento de cerca de 1,6 vezes.”