Hoje Macau China / ÁsiaContrabando| Alfândegas interceptam 7,48 toneladas de presas de elefante A luta contra o contrabando de produtos de espécies protegidas não parece ter fim à vista, apesar das várias campanhas de sensibilização. Só em Hong Kong, no passado mês de Fevereiro, foram interceptadas 2,1 toneladas de presas de elefante e 8,3 toneladas de escamas de pangolim [dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas anunciaram ontem terem interceptado 7,48 toneladas de presas de marfim contrabandeado, na maior apreensão dos “últimos anos” no país, que baniu todo o comércio e transformação de presas de elefante em 2018. O vice-director da Administração Geral das Alfândegas, Hu Wei, anunciou, em conferência de imprensa, que a operação, em grande escala, decorreu em 30 de Março e terminou com o desmantelamento de um “grupo criminoso internacional que há muito tempo traficava marfim”. A investigação, de dois meses, resultou na prisão de mais de 20 suspeitos e no confisco de 2.748 peças de marfim. A operação decorreu de forma coordenada entre várias cidades, incluindo Pequim e Qingdao, e envolveu um total de 238 agentes da polícia, detalhou o director da agência chinesa de combate ao contrabando, Sun Zhijie. Segundo os dados oficiais, este ano já foram apreendidas 8,48 toneladas de produtos de marfim ou marfim em bruto, além de 500 toneladas de animais e plantas em risco de extinção. Durante os primeiros três meses do ano, as autoridades chinesas investigaram 182 casos de contrabando de espécies protegidas, envolvendo 171 suspeitos. Estes dados não incluem as alfândegas de Hong Kong, onde em Fevereiro passado foram interceptadas 2,1 toneladas de presas de elefante e 8,3 toneladas de escamas de pangolim, que, segundo as autoridades, se destinavam ao continente chinês. Duas semanas depois, as alfândegas de Hong Kong apreenderam 24 chifres de rinoceronte, com um peso total de 40 quilos, um número recorde, que durou apenas até 7 de Março, quando foi apreendido um carregamento de 82,5 quilos. Passos curtos Pequim baniu todo o comércio e transformação das presas de elefante no início do ano passado. Porém, a China é, tradicionalmente, o maior consumidor mundial de marfim, símbolo de estatuto e parte importante da cultura e arte tradicionais chinesas. Antes da entrada em vigor da nova lei, Pequim lançou várias campanhas de sensibilização e o preço de presas de elefante caiu 65 por cento, enquanto todas as lojas e oficinas envolvidas no comércio foram encerradas até ao final de 2017, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua. A actuação das autoridades chinesas pode ter um impacto significativo em Angola e Moçambique, que nos últimos anos se tornaram destinos de referência na caça ao elefante. Em Moçambique, entre 2011 e 2015, a caça furtiva custou à reserva do Niassa sete mil elefantes. Em Angola, as autoridades queimaram cerca de 1,5 toneladas de marfim, bruto e trabalhado, em Julho de 2017, que tinham como destino a Ásia. Existem actualmente cerca de 450.000 elefantes no continente africano, calculando-se em mais de 35.000 os que são mortos anualmente.
Hoje Macau BrevesIlegal apanhado de mota com contrabandista [dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]egundo o Jornal Ou Mun, um residente local de nome Wai, taxista de 29 anos, e um empresário do Interior da China, com 38 anos e de nome Lau, foram apanhados ao tentarem “despachar” um imigrante ilegal de volta para o continente. O sujeito tinha vindo a Macau jogar nos casinos e iria embarcar debaixo da Ponte da Amizade. O transporte foi feito de mota para não levantar suspeitas mas serviu de pouco, pois a polícia apanhou-os na Avenida de Kwong Tung, na Taipa. O serviço tinha custado 20 mil patacas ao ilegal que, confessou, já antes teria requisitado apoio semelhante. Segundo a PJ, a parelha “Wai-Lau” já andava neste tipo de actividade há cerca de seis meses.
Flora Fong BrevesCotai | Desmantelado contrabando de alimentos [dropcap style=’circle’]F[/dropcap]oram descobertos mais de 500 quilos de alimentos provenientes ilegalmente do interior da China. A mercadoria era vendida em diferentes estabelecimentos de praças de alimentos de um resort no Cotai. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, os Serviços de Alfândega, junto com o Centro de Segurança Alimentar do Instituto para Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), descobriu, depois de uma investigação, 507 quilos de frutas e mais de dois quilos de carne. Os alimentos não receberam autorização de entrada no território mas, ainda assim, entraram de forma ilegal. Em causa estão sete estabelecimentos de comida e ainda algumas bancas de venda de alguns mercados. Os alimentos foram confiscados pelo IACM, entidade que irá também apresenta uma queixa aos proprietários dos sete restaurantes por incumprimento da Lei de Segurança Alimentar, sendo que um dos estabelecimentos será ainda acusado de infracção à Lei do Comércio Externo. As penas vão do pagamento de uma multa de 50 mil patacas ou, à pena máxima, cinco anos de prisão. Além disso, a Alfândega descobriu ainda que um estabelecimento contratou trabalhadores não residentes de forma ilegal. O caso foi transferido para Direcção dos Serviços para Assuntos Laborais (DSAL).