Hoje Macau SociedadePagamentos móveis | Valor das transacções em quebra O valor das transacções com pagamentos móveis registou uma quebra de 1,7 por cento entre o primeiro e o segundo trimestre do ano, de acordo com os dados publicados ontem pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM). No primeiro trimestre, as transacções com pagamentos móveis tinham atingido 7,3 mil milhões de patacas, no entanto, no segundo trimestre caíram para 7,2 mil milhões de patacas. Apesar do montante transaccionado ter registado uma quebra, houve quase mais 5 milhões de transacções entre Abril e Junho do que no período de Janeiro a Março. Como consequência, o valor médio por cada transacção sofreu uma redução de 90,2 patacas por transacção para 83,3 patacas por transacção. Ainda de acordo com a AMCM, até finais de Junho “o número de aparelhos que aceitam o pagamento móvel e os suportes de Código QR em Macau atingiu 102.667 unidades”. Apesar da redução do valor dos pagamentos móveis, numa tendência contrária, o valor utilizado com recurso a crédito registou uma subida de 1 por cento, entre os primeiros trimestres do ano, para 5,9 mil milhões de patacas. No pólo oposto, o valor das transacções com cartões de débito teve uma redução de quase um terço, entre o primeiro e o segundo trimestre. Segundo a AMCM, as transacções com cartão de débito no primeiro trimestre tinham sido de 851,4 milhões de patacas e caíram para 589,6 milhões de patacas, uma quebra de 30,8 por cento.
João Luz SociedadeComércio electrónico | Governo e Douyin tentam seduzir PME locais O Centro de Convenções e Exposições da Doca dos Pescadores de Macau foi ontem palco de uma sessão esclarecimento sobre aquisições globais na plataforma de comércio electrónico Douyin. O evento, organizado em conjunto pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) e o Douyin Group, contou com a participação do responsável por aquisições globais da Douyin que “apresentou as mais recentes políticas de atracção de investimentos às empresas locais, tendo também realizado in loco intercâmbio e negociações com as empresas de Macau”, indicou ontem o Governo. A DSEDT acrescenta que a campanha de procura de investimento da empresa chinesa pode “trazer novas oportunidades às empresas de Macau para explorarem o mercado do comércio electrónico transfronteiriço”, assim como ajudar a “romper os limites do desenvolvimento dos seus negócios, abastecendo produtos, na qualidade de fornecedores, às lojas operadas pelos próprios empresários instaladas na plataforma Douyin”. Foi também indicado que o novo canal de transmissão ao vivo para vendas online pode ser uma alternativa de negócio para que as empresas locais vendam produtos no Interior da China, “aproveitando a vantagem do enorme tráfego de utilizadores da plataforma Douyin”. A DSEDT refere que o objectivo da iniciativa é “construir uma ponte de ligação entre as PME locais e o Grupo Douyin, apoiando ainda mais as PME de Macau na exploração de canais de venda online, bem como optimizar o ambiente de comércio electrónico para o desenvolvimento das empresas”.
Hoje Macau SociedadePME | Lojas características com 8 milhões de acessos online O presidente da Associação Macau Live, José Rodrigues, revelou que no último mês os canais online de transmissão e promoção das “lojas com características próprias” registaram um tráfego de oito milhões de acessos. A iniciativa é desenvolvida no âmbito do programa da divulgação das lojas com características próprias, apoiado pela Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico e organizado pela Associação Industrial e Comercial. O objectivo da iniciativa é promover 30 lojas das zonas norte, central e das ilhas através das redes sociais e influencers. Ao jornal ou Mun, o macaense defendeu que as pequenas e médias empresas (PME) estão cada vez mais atentas às plataformas online de transmissão para dar a conhecer os seus negócios, mas que ainda não mostram vontade de participar activamente, o que contrasta com regiões vizinhas. No entanto, José Rodrigues espera que o Governo continue a incentivar o desenvolvimento destas plataformas e a divulgá-las para que as PME locais consigam obter mais clientes.
Hoje Macau China / ÁsiaGigantes tecnológicas da China reforçam luta interna contra a corrupção [dropcap]A[/dropcap] firma chinesa de anúncios ‘online’ 58.com revelou hoje que dois dos seus altos executivos foram detidos por alegada corrupção, ilustrando os esforços do sector tecnológico chinês no combate ao crime económico, em linha com Pequim. O jornal chinês Caixin revelou hoje que o vice-presidente e o director da divisão de negócios da empresa, Song Bo e Guo Dong, respectivamente, foram detidos por alegadamente terem aceitado subornos. Com sede em Pequim, o 58.com é usado por internautas para publicar classificados ‘online’. A empresa explicou que a “má conduta” foi detectada após uma inspecção interna, no início deste ano, e que envolve valores “enormes” de dinheiro, sem detalhar quanto. Outras empresas tecnológicas chinesas realizaram inspecções, nos últimos anos, à medida que Pequim aposta nos setores de alto valor agregando, visando transformar a economia do país de manufactura barata para potência tecnológica. Desde 2016, o motor de busca Baidu despediu 30 funcionários por corrupção, enquanto, em Agosto passado, o gigante do comércio eletrónico JD.com denunciou 17 funcionários por corrupção e desvio de fundos, entre os quais quatro foram detidos pela polícia para investigação criminal. O combate contra a corrupção é também uma das principais fontes de legitimidade do atual Presidente chinês, Xi Jinping, um dos líderes mais fortes na história da República Popular da China. Após ascender ao poder, Xi lançou uma campanha anti-corrupção, hoje considerada a mais persistente e ampla na história da China comunista, e que puniu já mais de um milhão e meio de funcionários do Partido Comunista Chinês (PCC).
Diana do Mar Manchete SociedadeAlibaba | Mais de 273 milhões para Centro de Computação em Nuvem e Plataforma de Mega-Dados É o primeiro passo concreto para a desejada cidade inteligente. O projecto de design do Centro de Computação em Nuvem e Plataforma de Mega-Dados, adjudicado à Alibaba Cloud, vai custar 273,4 milhões de patacas [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]design do Centro de Computação em Nuvem e Plataforma de Mega-Dados, inserido na ambição de Macau de criar uma cidade inteligente, vai custar aos cofres públicos 273,4 milhões de patacas. O valor do projecto, adjudicado à Alibaba Cloud, sociedade filiada do gigante chinês, diz respeito a dois anos. A primeira “tranche”, de 100 milhões, reporta-se a 2018; enquanto a segunda, no valor de 173,4 milhões, vai ser paga em 2019. Os dados relativos ao projecto, adjudicado pelos Serviços de Administração e Função Pública (SAFP), constam das informações relativas aos encargos plurianuais, autorizados pelo Chefe do Executivo em Junho. A lista foi publicada na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) em Boletim Oficial, como obriga, aliás, a legislação complementar à Lei do Enquadramento Orçamental. O projecto, integrado no Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA), surge no âmbito dos planos do Governo de transformar Macau numa cidade inteligente. Essa ideia começou a materializar-se há sensivelmente um ano com a assinatura de um acordo-quadro de cooperação com a Alibaba Cloud, estabelecida em 2009, que figura como “a maior fornecedora de serviços em nuvem na China” e assume “uma posição de liderança em termos internacionais”, prestando serviços, a governos e empresas, “espalhados por mais de 200 países e regiões”. Ao abrigo do acordo-quadro, essa cooperação divide-se em duas fases e vai desenrolar-se ao longo de quatro anos. A primeira – até Junho de 2019 – prevê precisamente a criação de um centro de computação em nuvem (conjunto de servidores remotos alojados na internet para armazenar, gerir e processar dados em vez dos servidores locais ou de computadores pessoais) e de um plataforma de mega-dados. À luz dos planos, o acordo também contempla o início gradual de projectos de utilização dos mesmos em seis domínios. A saber: promoção do turismo, formação de talentos, gestão do trânsito, serviços de assistência médica, gestão integrada urbana e prestação de serviços urbanos integrados e tecnologia financeira. Passo posterior A segunda etapa – de Julho de 2019 a Junho de 2021 – compreende o aperfeiçoamento do centro de computação em nuvem e da plataforma de mega-dados, abrangendo outras áreas como protecção ambiental, passagem fronteiriça e previsões económicas. A assinatura do acordo foi testemunhada pelo chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, e pelo presidente do grupo Alibaba, Jack Ma, nomeado, em Junho de 2016, consultor dos Conselhos para o Desenvolvimento Económico e de Ciência e Tecnologia de Macau. Aquando do acordo-quadro com a Alibaba Cloud, a chefe do gabinete do Chefe do Executivo, O Lam, afirmou não haver um “orçamento global” para a construção de uma cidade inteligente, uma estratégia definida no plano quinquenal de Macau, apresentado em 2016, indicando que a adjudicação seria feita “projecto a projecto”. Dias depois, o gabinete do porta-voz do Governo divulgou uma estimativa preliminar relativamente à construção da cidade inteligente, apontando para um orçamento na ordem dos 400 milhões de patacas até 2019.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Pagamentos digitais superam os dez biliões de euros em dez meses [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s pagamentos feitos via carteiras digitais na China atingiram os 10,40 biliões de euros, entre Janeiro e Outubro de 2017, ilustrando a rápida extinção do dinheiro vivo no país. O montante gasto em pagamentos móveis, nos primeiros dez meses de 2017, superou o conjunto de 2016, que se fixou em cerca de 4,4 biliões de euros, segundo o ministério da Indústria e Tecnologia de Informação. Para pagar a luz e água, a conta no restaurante ou as compras do supermercado na China é possível recorrer apenas a carteiras digitais. Em Pequim, vários mendigos aderiram já à inovação tecnológica e têm consigo um código QR impresso para transferência directa de doações para as respectivas contas, em aplicativos como o Wechat ou Alipay. Lançado em Janeiro de 2011, pelo gigante chinês da Internet Tencent, o Wechat tem actualmente quase mil milhões de utilizadores, segundo dados da empresa, e funciona simultaneamente como serviço de mensagens instantâneas e carteira digital. O Alipay, outra importante carteira digital na China, pertence ao gigante chinês de comércio eletrónico Alibaba.