Governo assina acordos com o China Media Group – CCTV

O Governo da RAEM assinou na segunda-feira múltiplos acordos de cooperação com o China Media Group, o gigante conglomerado de media estatal a que pertencem a CCTV, CNR, CGTN e CRI.

A cerimónia de assinatura dos protocolos, realizada em videoconferência, contou com a participação de vários membros do Executivo, o director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, o vice-ministro do departamento de propaganda do comité central do Partido Comunista Chinês, entre outros altos dignitários.

Ho Iat Seng destacou a “sólida cooperação existente” entre o Executivo de Macau e o China Media Group na produção de conteúdos que mostrem “o ambiente da cidade única, que é Macau”, onde se pode testemunhar “a fusão da cultura oriental e ocidental.” O Chefe do Executivo mostrou-se esperançado que os acordos estabelecidos revelem “a imagem e paisagem cultural distinta e rica de Macau, consolidando a base para a construção de “um centro, uma plataforma e uma base” para a RAEM, bem como para “contar bem a história da China ao exterior e mostre a implementação bem-sucedida de ‘Um País, Dois Sistemas’ com características de Macau”.

Voz de Pequim

Por outro lado, o presidente do China Media Group, Shen Haixiong, recordou que “o Presidente Xi Jinping se preocupa sempre com os residentes de Macau e presta atenção à prosperidade de Macau”. O dirigente comprometeu-se em “desempenhar em pleno o papel de difundir a voz principal em Hong Kong e Macau, bem como a transmitir bem a voz do Governo Central e contar bem história de Macau com efeitos positivos”.

Destacando que o acordo irá aprofundar a integração da RAEM na conjuntura nacional, “sublinhou que a pátria é boa, e que Macau vai ficar cada vez melhor”. Um dos acordos foi assinado com a TDM, representada pela presidente da Comissão Executiva da TDM – Teledifusão de Macau, S.A., Lo Song Man, para o acesso a conteúdos do canal desportivo CCTV-5.

17 Ago 2022

China Media Group e RAEM em parceria para promover o território no mundo

O Governo espera que uma parceria com o China Media Group, proprietário do canal CCTV, ajude a divulgar ao mundo os “elementos mais maravilhosos, histórias e cultura de Macau”. O desejo foi deixado por Ho Iat Seng, durante a cerimónia de parceria com o grupo estatal chinês, que serviu também para a estreia do documentário “Sabor de Macau”, que apresenta parte da história gastronómica da RAEM.

No discurso da cerimónia, o Chefe do Executivo sublinhou também que no âmbito da construção da Grande Baía, a RAEM tem de criar “uma base de intercâmbio e cooperação que, tendo a cultura chinesa como predominante, promova a coexistência de diversas culturas”. O multiculturalismo com predominância da cultura chinesa foi de resto apontado como “vantagem única de Macau”.

Ho Iat Seng garantiu que “Macau é uma cidade turística segura e adequada para viajar” e todos os turistas são convidados a “experimentar o encanto único e multicultural do território”.

Contar bem a história

Por sua vez, Shen Haixiong, vice-ministro do departamento de publicidade do Comité Central do Partido Comunista da China e presidente do China Media Group, considerou que a parceria vai permitir não só “contar bem a história de Macau na nova era”, mas “divulgar a execução bem-sucedida do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ com características de Macau e apoiar activamente a integração da RAEM na conjuntura do desenvolvimento nacional”.

Shen Haixiong explicou também que a parceria entre o Governo da Macau e o China Media Group cumpre o espírito do discurso de Xi Jinping durante as celebrações do 20.º aniversário da RAEM, de concretizar “um maior alargamento das áreas de cooperação com o Governo da RAEM” e ainda o “o enriquecimento da implementação pelos média do princípio de ‘um país, dois sistemas’”.

O documentário estreia a 20 de Dezembro, no canal CCTV-9 do China Media Group, com transmissão simultânea no China Media Group Mobile e CCTV.COM. No exterior a transmissão vai ficar a cabo do CGTN.

26 Nov 2021

Turismo | Número de visitantes a subir e CCTV elogia Macau

Um “ponto iluminado”. É desta forma que um dos principais órgãos estatais chineses elogiou a RAEM e as medidas de controlo da pandemia

 

A RAEM é um “ponto iluminado” para o turismo, devido à segurança e às medidas aplicadas para controlar a pandemia. Os elogios partiram de um artigo publicado na segunda-feira no canal estatal CCTV, citado pela Reuters, sobre o mercado do turismo do Interior este ano.

A região de Macau é assim destacada no que diz respeito às previsões sobre o crescimento do turismo por parte dos cidadãos do Interior. De acordo com as estimativas oficiais, apresentadas pela CCTV, até ao final do ano o mercado do turismo do Interior deverá ser de 25,62 milhões de viajantes, o que representa um aumento de 25 por cento face a 2020, quando o número registado foi de 20,34 milhões de viajantes.

No entanto, grande parte dos turistas não viajaram para Macau. De acordo com as estatísticas oficiais, entre Janeiro e Setembro, a RAEM foi visitada por 5,24 milhões de pessoas do Interior.

O número de 25,62 milhões de viajantes está muito longe dos níveis pré-pandemia, quando o mercado do turismo do Interior representava um valor superior a 100 milhões de turistas e 255 mil milhões de dólares norte-americanos em despesas nos lugares visitados.

Macau tem sido um dos destinos mais afectados com a queda do turismo do Interior. No ano de 2019, o último antes da pandemia, a RAEM tinha recebido 27,93 milhões de turistas do Interior. Em 2020, os visitantes foram “apenas” 4,75 milhões.

E o futuro?

As estatísticas oficiais não apresentam estimativas para o mercado do turismo no próximo ano. No entanto, a mensagem transmitida é que as viagens podem ser facilitadas, dependendo das medidas de controlo da pandemia adoptadas pelos diferentes destinos.

Segundo a CCTV, citada pela Reuters, o ritmo da recuperação em 2022 vai “depender de como cada destino lidar com a pandemia”. Com as medidas restritivas de circulação em Macau e o encerramento ao exterior, tal poderá indicar que o mercado vai continuar a crescer.

Macau é uma das poucas jurisdições com uma bolha de viagem com o Interior, que dispensa o cumprimento de medidas de quarentena. Estas só são implementadas quando são detectados casos em regiões específicas ou na própria RAEM.

O Governo já mostrou vontade de recuperar entradas ao nível das visitas de excursionistas, suspensas desde o início da pandemia. Esta retoma seria um reforço para o turismo local.

Contudo, Ho Iat Seng já indicou que a taxa de vacinação entre a população vai ter de subir para 80 por cento. Por outro lado, o esforço pode implicar que a RAEM vai continuar a exigir quarentenas elevadas a destinos considerados de risco elevado, como é classificado todo o mundo, à excepção do Interior, Hong Kong e Taiwan.

24 Nov 2021

Televisão estatal chinesa não difunde início da temporada da NBA

[dropcap]A[/dropcap] televisão estatal chinesa CCTV não difundiu os jogos inaugurais da 74ª temporada da NBA, após o atrito entre o Governo chinês e a liga norte-americana de basquetebol, suscitado por um comentário de apoio aos protestos em Hong Kong.

O grupo de tecnologia chinês Tencent, que faz transmissão ‘online’, reduziu a programação prevista e difundiu apenas a partida entre os Staples Center Los Angeles Lakers e os Clippers.

A decisão surge após a polémica iniciada por uma mensagem difundida na rede social Twitter, que está bloqueada na China, pelo director-geral dos Houston Rockets, Daryl Morey.

No início do mês, Morey escreveu “Luta pela liberdade. Força Hong Kong”, ecoando uma máxima das manifestações anti-governamentais que se prolongam há cinco meses na região semi-autónoma chinesa.

Inicialmente as medidas de retaliação atingiram apenas os Houston Rockets, com vários parceiros comerciais chineses a suspenderam os seus negócios com o clube e a venda de equipamento dos Rockets a ser retirada das lojas.

Mas o Governo chinês voltou-se para toda a liga após o comissário da NBA Adam Silver ter defendido a “liberdade de expressão política” de Daryl Morey. Silver apoiou também o direito à liberdade de expressão de Joe Tsai, proprietário do clube Nets e co-fundador do grupo de tecnologia chinês Alibaba, que afirmou que Morey apoiou um “movimento separatista”.

O comissário da NBA disse ainda que a decisão da liga de pedir desculpas aos adeptos na China “não é inconsistente em apoiar o direito de alguém a ter o seu ponto de vista”.

Lamentos e ameaças

A NBA tentou inicialmente distanciar-se do incidente através de uma declaração em inglês em que classificou como “lamentável” a mensagem difundida por Morey.

Num comentário difundido este fim de semana, a CCTV disse que Adam Silver “pagará mais cedo ou mais tarde”, após este ter revelado, na semana passada, que as autoridades chinesas deixaram claro que queriam que Morey fosse afastado do seu cargo. O Governo chinês negou a alegação de Silver.

24 Out 2019

CCTV | Emissora estatal suspende jogos da NBA

O apoio do comissário da NBA, Adam Silver, à “liberdade de expressão política” do patrão dos Houston Rockets levou a televisão estatal chinesa a suspender a transmissão dos jogos da mais famosa liga de basquetebol do mundo

 

[dropcap]A[/dropcap] televisão estatal chinesa suspendeu a difusão de jogos da liga norte-americana de basquetebol NBA, após um comissário ter defendido o direito à liberdade de expressão do director de uma das equipas que apoiou os protestos em Hong Kong.

Em comunicado, a CCTV disse que se “opõe fortemente” ao apoio demonstrado pelo comissário da NBA Adam Silver à “liberdade de expressão política” de Daryl Morey, director-geral dos Houston Rockets.

Na semana passada, Daryl Morey escreveu no Twitter “Luta pela liberdade. Força Hong Kong”, ecoando uma máxima das manifestações antigovernamentais que se prolongam há quatro meses na região semiautónoma chinesa.

“Qualquer comentário que aborde a soberania e a estabilidade social de uma nação está fora do desígnio da liberdade de expressão”, considerou a emissora.

Silver, que apoiou também o direito à liberdade de expressão de Joe Tsai, proprietário do clube Nets e co-fundador do grupo de tecnologia chinês Alibaba que afirmou que Morey apoiou um “movimento separatista”, disse que a decisão da liga de pedir desculpas aos adeptos na China “não é inconsistente em apoiar o direito de alguém a ter o seu ponto de vista”.

As consequências estendem-se assim à maior liga de basquetebol do mundo, depois de terem atingido apenas os Houston Rockets.

Após as condenações por adeptos chineses e pela imprensa estatal, vários parceiros comerciais chineses dos Rockets suspenderam os seus negócios com o clube.

Emissoras chinesas anunciaram ainda que não vão difundir jogos da equipa. A principal plataforma de comércio electrónico da China, o Taobao, suspendeu ainda a venda de equipamento dos Rockets.

Famosos solidários

Várias celebridades chinesas disseram também ontem que vão boicotar eventos da NBA no país, incluindo um evento com os adeptos marcado para esta quarta-feira e um jogo amigável entre os Los Angeles Lakers e os Brookyn Nets, que estava previsto realizar-se no dia seguinte.

A NBA tentou inicialmente distanciar-se do incidente através de uma declaração em inglês em que classificou como “lamentável” a mensagem difundida por Morey.

A mensagem na versão em chinês adoptou um tom ainda mais severo, afirmando que Morey “feriu os sentimentos dos adeptos chineses”, uma acusação frequentemente usada pelas autoridades chinesas em caso de disputa com entidades estrangeiras.

A reacção da NBA foi criticada por vários políticos dos EUA, que alegaram que a liga abandonou o valor norte-americano de liberdade de expressão para proteger os seus contratos na China.

9 Out 2019

CCTV | Emissora estatal suspende jogos da NBA

O apoio do comissário da NBA, Adam Silver, à “liberdade de expressão política” do patrão dos Houston Rockets levou a televisão estatal chinesa a suspender a transmissão dos jogos da mais famosa liga de basquetebol do mundo

 
[dropcap]A[/dropcap] televisão estatal chinesa suspendeu a difusão de jogos da liga norte-americana de basquetebol NBA, após um comissário ter defendido o direito à liberdade de expressão do director de uma das equipas que apoiou os protestos em Hong Kong.
Em comunicado, a CCTV disse que se “opõe fortemente” ao apoio demonstrado pelo comissário da NBA Adam Silver à “liberdade de expressão política” de Daryl Morey, director-geral dos Houston Rockets.
Na semana passada, Daryl Morey escreveu no Twitter “Luta pela liberdade. Força Hong Kong”, ecoando uma máxima das manifestações antigovernamentais que se prolongam há quatro meses na região semiautónoma chinesa.
“Qualquer comentário que aborde a soberania e a estabilidade social de uma nação está fora do desígnio da liberdade de expressão”, considerou a emissora.
Silver, que apoiou também o direito à liberdade de expressão de Joe Tsai, proprietário do clube Nets e co-fundador do grupo de tecnologia chinês Alibaba que afirmou que Morey apoiou um “movimento separatista”, disse que a decisão da liga de pedir desculpas aos adeptos na China “não é inconsistente em apoiar o direito de alguém a ter o seu ponto de vista”.
As consequências estendem-se assim à maior liga de basquetebol do mundo, depois de terem atingido apenas os Houston Rockets.
Após as condenações por adeptos chineses e pela imprensa estatal, vários parceiros comerciais chineses dos Rockets suspenderam os seus negócios com o clube.
Emissoras chinesas anunciaram ainda que não vão difundir jogos da equipa. A principal plataforma de comércio electrónico da China, o Taobao, suspendeu ainda a venda de equipamento dos Rockets.

Famosos solidários

Várias celebridades chinesas disseram também ontem que vão boicotar eventos da NBA no país, incluindo um evento com os adeptos marcado para esta quarta-feira e um jogo amigável entre os Los Angeles Lakers e os Brookyn Nets, que estava previsto realizar-se no dia seguinte.
A NBA tentou inicialmente distanciar-se do incidente através de uma declaração em inglês em que classificou como “lamentável” a mensagem difundida por Morey.
A mensagem na versão em chinês adoptou um tom ainda mais severo, afirmando que Morey “feriu os sentimentos dos adeptos chineses”, uma acusação frequentemente usada pelas autoridades chinesas em caso de disputa com entidades estrangeiras.
A reacção da NBA foi criticada por vários políticos dos EUA, que alegaram que a liga abandonou o valor norte-americano de liberdade de expressão para proteger os seus contratos na China.

9 Out 2019

China vai facilitar acesso de turistas estrangeiros ao Tibete

[dropcap]A[/dropcap] China vai facilitar o acesso dos turistas estrangeiros ao Tibete, visando aumentar em 50% as visitas à Região Autónoma, enquanto o acesso por diplomatas e correspondentes continuará a ser limitado, informou a televisão estatal CCTV.

As autoridades pretendem reduzir para metade o tempo que demora a emissão da autorização necessária para turistas estrangeiros entrarem na região, um processo que demora, actualmente, pelo menos 15 dias, revelou o presidente do governo regional, Qi Zhala, citado pela CCTV.

Além do visto chinês, os estrangeiros precisam da uma autorização especial para visitar o Tibete, uma exigência que as autoridades justificam com as “tradições únicas da etnia tibetana, o património cultural, a capacidade de receber turistas e as necessidades de protecção ambiental”.

No ano passado, o número de turistas que visitou a região registou um crescimento homólogo de 31,5%, para 33,68 milhões de pessoas, mas apenas 270.000 dos visitantes foram estrangeiros, segundo dados oficiais.

Com cerca de três milhões de habitantes, o Tibete tem uma área equivalente ao dobro da Península Ibérica, mas é há várias décadas palco de protestos e revoltas contra o domínio chinês, desde a sua ocupação por tropas da República Popular, em 1951.

A região é mantida sob rigoroso controlo pelo Governo central e as autoridades locais, enquanto Pequim proíbe diplomatas e jornalistas estrangeiros de entrarem na região, excepto em visitas organizadas pelas autoridades ou pelo departamento de propaganda do Partido Comunista. Os turistas estrangeiros que querem visitar o Tibete, incluindo a capital Lhasa, têm de fazê-lo em grupo e acompanhados de um guia.

O plano para facilitar o acesso à região surge depois de, em Dezembro passado, o senado dos Estados Unidos aprovar a Lei de Acesso Recíproco do Tibete (“Reciprocal Access to Tibet Act”).

A normativa, que deverá ser aprovada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, prevê a proibição de entrada nos EUA de funcionários chineses que impeçam funcionários, jornalistas e outros cidadãos norte-americanos de viajarem livremente no Tibete.

Segundo a organização com sede em Washington International Campaign for Tibet, mais de 150 tibetanos imolaram-se pelo fogo desde fevereiro de 2009, em protestos contra o que classificam de opressão do Governo Chinês. Pequim considera que a região é desde há séculos parte do território chinês.

O líder político e espiritual dos tibetanos, o Dalai Lama, que Pequim acusa de ter “uma postura separatista”, vive exilado na vizinha Índia, na sequência de uma frustrada rebelião contra a administração chinesa em 1959.

Seguidores do Dalai Lama, que em 1989 foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz, acusam Pequim de tentar destruir a identidade religiosa e cultural do Tibete.

14 Jan 2019