Ex-presidente do Sporting e Mustafá detidos

[dropcap]O[/dropcap] ex-presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, e Mustafá, um dos líderes da claque Juventude Leonina, foram ontem detidos no âmbito da investigação da invasão à academia do clube, em Alcochete, disse à Lusa fonte da GNR.

A detenção de Bruno de Carvalho e de Mustafá foi também confirmada à agência Lusa pela Procuradoria-geral da República, indicando que os detidos “serão oportunamente presentes ao Juiz de Instrução Criminal para aplicação das medidas de coação”.

“Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, al. b), do Código de Processo Penal, confirma-se que foram efectuadas duas detenções no âmbito do inquérito relacionado com as agressões na Academia do SCP em Alcochete”, refere a PGR em resposta à Lusa.

Uma outra fonte judicial disse à Lusa que os mandatos de detenção foram emitidos pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP) e que “estão a decorrer buscas”.

Em 15 de Maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’.

No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas, tendo posteriormente efectuado mais detenções, estando actualmente em prisão preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes.

Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.

Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de concorrer à presidência do clube, actualmente ocupada por Frederico Varandas.

12 Nov 2018

Candidatura de Bruno de Carvalho reclama de exclusão de eleições

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]candidatura liderada por Bruno de Carvalho apresentou uma reclamação à Mesa da Assembleia Geral (MAG) do clube pela exclusão da lista do presidente destituído, admitindo recorrer à justiça para a reintegração nas eleições de 8 de Setembro. Em carta datada de domingo, assinada por Pedro Proença, a que a agência Lusa teve ontem acesso, a candidatura ‘Feitos de honra, leais ao Sporting’ assinala o incumprimento, por parte do presidente da MAG, Jaime Marta Soares, de “uma formalidade (esta sim) essencial”, de “notificar o primeiro proponente (Dr. Bruno de Carvalho) da decisão abusiva tomada – o que não aconteceu ‘in casu’”.

De acordo com esta missiva, o presidente da MAG notificou Bruno de Carvalho através de um endereço de correio electrónico do clube, alegando que Marta Soares “sabe ou não pode desconhecer, sem culpa, que está desactivado; o primeiro proponente não tem acesso por lhe ter sido vedado; não corresponde ao email constante da ficha de sócio”. “Desde já se alega a invalidade da notificação e a suprema má-fé do PMAGD [presidente da MG demissionário], num acto que demonstra a prepotência e confiança de quem pensa não estar sujeito a regras, mas as constrói a seu bel-prazer”, prossegue a carta.

A candidatura acrescenta que a exclusão da lista “viola o disposto sobre a matéria de forma clara no regulamento eleitoral”, por, alegadamente, serem feitas “interpretações extensivas de requisitos e/ou invalidades que não se encontram plasmadas nos Estatutos e Regulamento” e, por não ter sido “concedida qualquer hipótese de suprimento às alegadas preterições de requisitos estatutários, em clara violação do princípio da igualdade face ao tratamento concedido a outras listas”.

“Do mesmo modo, a suspensão persecutória que foi aplicada ao cabeça de lista e a outros membros da lista não lhes retira a capacidade eleitoral activa e passiva, o que não pode ser olvidado”, refere a carta, requerendo a revogação da exclusão da lista e que, caso contrário, serão “forçados a recorrer aos meios judiciais ao dispor”.

14 Ago 2018

Sporting | Bruno de Carvalho admite estratégia na substituição por Erik Kurgy

 

[dropcap style=’circle’]B[/dropcap] runo de Carvalho assumiu que a troca do seu nome pelo de Erik Kurgy na liderança da lista candidata às eleições do Sporting visa contornar a sua actual indisponibilidade, que espera ver ultrapassada até às eleições de 8 de Setembro.

“Caros sportinguistas, todos continuarão a votar em mim na mesma, mas é tempo de jogar com as mesmas armas de quem neste momento governa o Sporting com sucessivos atropelos à Democracia, Lei, Estatutos e vontade dos Associados”, justifica o ex-presidente.

Em explicação publicada na sua conta de Facebook, Bruno de Carvalho manifestou-se confiante: “A Lei vai colocar-nos novamente na lista, mas até lá não podemos desperdiçar todo o trabalho e esforço efectuados! Isto é uma acção de mobilização. Vamos jogar com as armas com que tentam derrubar-nos”.

Bruno de Carvalho entende que “com a lei” e a ajuda dos sócios voltará a liderar o Sporting, pelo que pede, “a todos”, o “empenho e dedicação” que entende terem sido demonstrados até ao momento em favor do seu propósito. “Com a Lei e com a vossa ajuda, voltarei a estar à frente dos destinos do SCP. Peço-vos a todos empenho e dedicação como até agora, pois as listas serão entregues desta forma, para evitar serem rejeitadas, mas o candidato dia 8 de Setembro serei eu. Conto com todos vós. É momento de união e coesão entre todos pois somos #LeaisaoSporting”, concluiu.

A recomposição da lista e a nova recolha de assinaturas impõe-se, adiantou a candidatura ‘Leais ao Sporting’, porque Bruno de Carvalho, Trindade Barros e Alexandre Godinho “podem não ver a sua condição de sócios reposta” antes de 8 de Agosto, data limite para apresentação de candidaturas

7 Ago 2018

Sporting Clube de Portugal | Bruno de Carvalho volta atrás a assume-se candidato

Bruno de Carvalho, que no sábado foi destituído de presidente do Sporting pelos sócios em Assembleia-Geral (AG), disse no domingo que pretende impugnar a sessão por estar “ferida de tudo” no que diz respeito ao cumprimento dos estatutos, mas voltou ontem atrás. O presidente destituído revelou no Facebook que pretende candidatar-se às eleições de Setembro

 

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]m entrevista à TSF, Bruno de Carvalho explicou que a sessão “não teve os votos necessários para uma AG destitutiva”, mesmo que as assinaturas tenham sido verificadas por um notário, até porque “75 por cento dos sócios que requereram têm de estar presentes, e Jaime Marta Soares [presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral] não tem forma de o comprovar”.

Bruno de Carvalho disse poder apresentar “muitas mais razões”, elencando ainda o facto de que, “para ter validade”, a AG ter de ser publicitada no jornal do clube, e avançou ainda que foi impedido de falar na AG de sábado por Jaime Marta Soares, momento em que iria falar das “razões” e pedir “paz” aos sportinguistas.

Mesmo reforçando que a “forma de ser e estar” que tem tido como presidente dos ‘leões’ foi “votada em Fevereiro e teve 90 por cento a favor”, numa outra assembleia para votar alterações aos estatutos e um ‘voto de confiança’ ao Conselho Directivo, o gestor diz que a equipa que lidera compreendeu há muito tempo o que os sportinguistas queriam.

“Os sportinguistas queriam que reconhecêssemos que querem uma forma diferente de falar, de estar, mas querem uma forma igual de gerir, e nós tiramos ilações, e é isso que queremos continuar a fazer no Sporting”, atirou.

Bruno de Carvalho disse ainda que não consegue “acreditar que os sportinguistas tenham dado justa causa aos atletas e acusado o presidente de ser o mandante do que se passou na Academia”, em que vários jogadores foram agredidos antes da final da Taça de Portugal, perdida para o Desportivo das Aves. Ao candidatar-se a eleições, o dirigente pretende continuar a confiar numa “equipa forte e coesa para a MAG e para o Conselho Fiscal” e diz que estão “calmos, confiantes, e de forma humilde e apaixonada a querer perceber e entender o que foram os erros apontados pelos sportinguistas”.

“As pessoas que votaram sim à destituição votaram sim a uma mudança de forma, não de conteúdo. A uma mudança de discurso e a vontade de eleições, e nós, perante uma conferência de imprensa [da Comissão de Gestão] que em nada dignificou o Sporting, decidimos então que vamos a eleições e que vamos mostrar aos sportinguistas o que é a nossa vontade, que o Sporting seja dos sportinguistas, dos sócios e dos adeptos, e que seja de uma vez por todas um clube popular, do povo, e não de viscondes”, acrescentou.

Golpes de teatro

Para as eleições, previstas para 8 de Setembro, Bruno de Carvalho deixa a promessa de que “os resultados serão fidedignos” e que a sua candidatura irá “acatar claramente aquilo que for a decisão verdadeira dos sportinguistas”.

A fechar, Bruno de Carvalho afirmou ainda que a impugnação pretende “acabar com a história de que em termos jurídicos Torres Pereira, Jaime Marta Soares e Henrique Monteiro têm razão”, além de estar “ferida de ilegalidades”.

Sobre a auditoria forense, uma das medidas anunciadas por Artur Torres Pereira, presidente da Comissão de Gestão do clube, Bruno de Carvalho considera ser “mais um golpe de teatro”, uma vez que a sua direcção ia avançar com uma auditoria.

“Não temos de temer absolutamente nada, temos é de nos sujeitar, e parece que isso é uma vontade dos associados, não pelo resultado de ontem, mas pelo que sentimos, a eleições”, considerou.

A Comissão de Gestão do Clube, liderada por Artur Torres Pereira, anunciou ontem que o antigo presidente do Sporting José Sousa Cintra tinha sido nomeado para a presidência da SAD do emblema lisboeta, em substituição de Bruno de Carvalho, que então anunciou, através do Facebook, que ia impugnar a AG.

Após o término da AG, Bruno de Carvalho tinha dito aos sócios que não se candidatava “de certeza”, depois de a destituição do Conselho Directivo por si liderado ter sido aprovada no sábado com 71,36 por cento de votos favoráveis, contra 28,64 por cento de votos no sentido da sua continuidade.

Artur Torres Pereira explicou, em conferência de imprensa, que a Comissão de Gestão e a solução encontrada para a SAD deverão manter-se até novas eleições para os órgãos sociais do clube, e que os membros deste órgão começarão a trabalhar a partir de segunda-feira nas instalações do Sporting.

26 Jun 2018

Sporting | Bruno de Carvalho diz a sócios que não se candidata “de certeza”

[dropcap style≠’circle’]B[/dropcap]runo de Carvalho disse hoje que não se vai candidatar à presidência do Sporting em resposta aos sócios que o acompanhavam e incentivavam à saída da Assembleia Geral em que foi aprovada a sua destituição do cargo.

“Não me candidato, de certeza”, afirmou Bruno de Carvalho aos sócios, respondendo aos insistentes apelos de sócios, alguns até a chorar, à saída da Altice Arena, em Lisboa, depois de a destituição do Conselho Diretivo por si liderado ter sido aprovada no sábado com 71,36% de votos favoráveis, contra 28,64% de votos no sentido da sua continuidade.

Durante os minutos em que esteve a conversar com um grupo de algumas dezenas de apoiantes, Bruno de Carvalho repetiu diversas vezes que a sua vontade é não voltar a candidatar-se ao cargo. Bruno de Carvalho abandonou depois o local, sem ter falado aos jornalistas.

Mais cedo, numa reunião magna que teve início às 14:30 e que se prolongou até ao início da madrugada de hoje, o presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), Jaime Marta Soares, anunciou que as eleições para os órgãos sociais do Sporting serão marcadas para 08 de setembro. Até lá, os destinos do clube devem ser assumidos pela Comissão de Gestão designada pela MAG.

Numa das mais concorridas assembleias gerais de sempre do Sporting, em que votaram 14.735 sócios, Bruno de Carvalho, que marcou presença e votou pouco depois das 20:00 de sábado, permaneceu no recinto até ao anúncio dos resultados.

De acordo com os resultados finais, a que a Lusa teve acesso, 9.477 dos votantes, com uma correspondência de 53.517 votos, disseram sim ao afastamento de Bruno de Carvalho, enquanto 5.138, correspondentes a 21.475, preferiam a continuidade do presidente.

A AG foi convocada com o objetivo de decidir o afastamento ou a continuidade de Bruno de Carvalho, figura central de uma crise que se agudizou com a perda do segundo lugar na I Liga de futebol e a invasão de adeptos à Academia do Sporting, em Alcochete.

Bruno de Carvalho, que em fevereiro viu uma larga maioria de sócios legitimar o seu mandato – aprovando alterações aos estatutos e ao regulamento disciplinar, e a continuidade dos órgãos sociais – é o primeiro presidente a enfrentar a possibilidade ser afastado em quase 112 anos de história do clube.

Eleito em 2013 e reconduzido em 2017, Bruno de Carvalho considerou, desde o início, que a AG é ilegal, e garantiu, mais tarde, que não marcaria presença no plenário.

Em vésperas da AG, o presidente ‘leonino’ afirmou que se afastava do cargo se a sua destituição fosse votada de forma fidedigna.

A AG foi convocada por Jaime Marta Soares em 24 de maio, numa altura em que presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) já tinha dito publicamente que se demitira, embora nunca tenha formalizado o pedido.

Além da MAG, o clube ficou também sem quórum no Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), e o Conselho Diretivo (CD), liderado por Bruno de Carvalho, perdeu seis membros.

A maioria dos pedidos de demissão surgiram logo após 15 de maio, dia em que vários futebolistas do plantel e elementos da equipa técnica e do staff foram agredidos na Academia por cerca de 40 adeptos encapuzados, dos quais 27 foram detidos e ficaram em prisão preventiva.

Estes acontecimentos, levaram os futebolistas Rui Patrício, William Carvalho, Gelson Martins, Bruno Fernandes, Battaglia, Bas Dost, Podence, Ruben Ribeiro e Rafel Leão a rescindirem contrato alegando justa causa.

Sporting: Cronologia dos acontecimentos

Cronologia dos acontecimentos que levaram à marcação da Assembleia Geral extraordinária de que resultou a destituição do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho:

05 de abril:

– O Sporting perde por 2-0 com o Atlético de Madrid, na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, e o presidente do clube, Bruno de Carvalho, que não se deslocou a Madrid, utiliza o Facebook para criticar “erros grosseiros” de “futebolistas internacionais e experientes”.

06 de abril:

– A maioria dos jogadores divulga nas redes sociais um comunicado conjunto no qual mostra o seu desagrado pelas críticas do presidente e lamenta a falta de apoio da direção.

– Através do Facebook, Bruno de Carvalho anuncia a suspensão dos jogadores que subscreveram o comunicado, manifestando-se “farto de atitudes de miúdos mimados, que não respeitam nada, nem ninguém”.

08 de abril:

– O Sporting vence o Paços de Ferreira por 2-0, na 29.ª jornada da I Liga, com milhares de adeptos a aplaudirem a equipa e a assobiarem Bruno de Carvalho, que vai à sala de imprensa acusá-los de “serem ingratos e de terem memória curta”.

– O presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting (MAG), Jaime Marta Soares, considera “esgotadas as hipóteses de manutenção” de Bruno de Carvalho, e este assegura que a direção vai pedir a marcação de uma Assembleia Geral (AG), acrescentando que Marta Soares é um “foco de problemas”.

– O presidente anuncia o seu afastamento da rede social Facebook, numa publicação em que assinala a traição do presidente da MAG.

11 de abril:

– O Sporting retira os processos disciplinares que tinham sido levantados aos futebolistas do plantel.

13 de maio:

– O Sporting é derrotado por 2-1 no estádio do Marítimo, na última jornada da I liga, e perde o segundo lugar para o Benfica e a possibilidade de disputar a Liga dos Campeões. Os jogadores são insultados à saída do Estádio dos Barreiros, no aeroporto do Funchal, e já à chegada da comitiva ao estádio José Alvalade.

14 de maio:

– A direção da SAD convoca todo o plantel e as equipas técnica e médica, em dia de folga, para reuniões em Alvalade.

15 de maio:

– Durante o primeiro treino da equipa de futebol após a derrota na Madeira, cerca de 40 adeptos ‘leoninos’ encapuzados invadem a Academia de Alcochete e agridem vários jogadores, bem como o treinador Jorge Jesus e outros membros da equipa técnica.

– Bruno de Carvalho considera que o que se passou em Alcochete foi “um crime público”, garante que o clube vai averiguar “internamente” o que aconteceu, para que tal episódio não volte a acontecer, e aponta o dedo ao Governo.

– Os incidentes na Academia são repudiados pelos Presidentes da República e da Assembleia da República, pelo Primeiro-Ministro, pelos partidos com assento parlamentar, e por vários organismos ligados ao futebol.

16 de maio:

– A GNR efetua 23 detenções e apreende cinco viaturas na sequência da invasão à Academia do clube.

– Os futebolistas do Sporting reúnem-se com o sindicato dos jogadores e anunciam que vão disputar a final da Taça de Portugal, independentemente das medidas legais a tomar por cada um após as agressões de que foram alvo na Academia.

17 de maio:

– A MAG anuncia a demissão em bloco, o mesmo acontecendo com o presidente e vários membros do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), que deixa de ter quórum.

– Jaime Marta Soares e Álvaro Sobrinho, presidente da Holdimo, grupo empresarial detentor de 30% das ações da SAD, apelam à demissão de Bruno de Carvalho.

– 17 de maio:

Demitem-se quatro membros do CD: os efetivos António Rebelo e Luís Loureiro, e os suplentes Jorge Sanches e Rita Matos.

– 18 de maio:

Bruno Mascarenhas, responsável pelo pelouro da expansão e núcleos do clube, demite-se do cargo de vogal do CD. O órgão continua a ter quórum.

19 de maio:

– Bruno de Carvalho afirma que o “ato bárbaro” que aconteceu na Academia de Alcochete foi “involuntariamente” criado pelos próprios jogadores, quando dias antes fizeram “frente” a alguns membros das claques, e anuncia que não vai ao Jamor assistir à final da Taça de Portugal, por considerar que não estão reunidas as condições necessárias.

– O presidente acusa José Maria Ricciardi e Álvaro Sobrinho de serem “estrategas” do “terrorismo” que se tem vivido nos ‘leões’, e afirma que a Holdimo já “deveria ter vendido a sua participação” na SAD.

– O líder da Juventude Leonina, Nuno Mendes ‘Mustafá’, garante que não houve qualquer pedido, sugestão ou sequer aval de Bruno de Carvalho à claque para qualquer ação contra os futebolistas do Sporting.

20 de maio:

– O presidente demissionário da MAG esclarece que marcará eleições de imediato para todos os órgãos sociais, e não haverá Comissão de Gestão, se o presidente Bruno de Carvalho se demitir.

– O Sporting é derrotado por 2-1 pelo Desportivo das Aves na final da Taça de Portugal.

– Bruno de Carvalho volta às publicações na rede social Facebook e pede aos adeptos que apoiem a equipa, afirmando que “a frustração nunca pode separar uma família”.

21 de maio:

– O juiz de instrução criminal do Tribunal do Barreiro decreta prisão preventiva para os 23 detidos na sequência das agressões na Academia.

– O Sporting anuncia ter pedido uma reunião com o Primeiro-Ministro e faz saber que reforçará as medidas de segurança na Academia, em Alcochete, e no Estádio José Alvalade, em Lisboa.

22 de maio:

– O Sporting nomeia Augusto Inácio como diretor-geral do futebol do clube.

24 de maio:

– O diretor clínico, Frederico Varandas, anuncia a demissão e mostra-se disponível para se apresentar como futura solução diretiva.

– O presidente demissionário da MAG anuncia que ficou agendada uma AG de destituição dos órgãos sociais do clube para 23 de junho, e Bruno de Carvalho considera que a reunião é uma “bomba atómica”.

28 de maio:

– A MAG anuncia que vai designar uma Comissão de Fiscalização (CF) para exercer transitoriamente as funções que cabem ao Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), que perdeu quórum.

29 de maio:

– O CD entende que não se verificam nenhuma das premissas invocadas pela MAG para ser nomeada uma comissão de gestão do CFD, enquanto a MAG insiste que o mandato do CFD cessou, com a renúncia da maioria dos seus membros, e garante que vai nomear uma CF para evitar vazio neste órgão.

31 de maio:

– O presidente demissionário da MAG anuncia a composição da CF: Henrique Monteiro, João Duque, António Paulo Santos, Luís Pinto de Sousa e Rita Garcia Pereira.

01 de junho:

– O CD anuncia que decidiu substituir a MAG e respetivo presidente através da criação de uma Comissão Transitória (CT) da MAG, para a qual nomeia Elsa Tiago Judas, Bernardo Trindade Barros e Yassin Nadir Nobre. O presidente da MAG considera que esta Comissão “não tem cobertura estatutária” e por isso “é ilegal”.

– A Holdimo, segunda maior acionista da SAD, faz saber que entregou em tribunal uma ação especial para destituir a administração liderada por Bruno de Carvalho.

– O presidente da MAG esclarece que não apresentou, formalmente, a demissão do cargo.

– Os futebolistas Rui Patrício e Daniel Podence rescindem unilateralmente, alegando justa causa. Bruno de Carvalho afirma que o guarda-redes está a ser manipulado pelo empresário Jorge Mendes.

– A presidente da CT da MAG, Elsa Tiago Judas, convoca uma AG para 17 de junho, para aprovação do orçamento, e outra para 21 de julho, para eleição da MAG e do CFD.

04 de junho:

– Cerca de 500 adeptos manifestam-se em frente à SAD pedindo a demissão de Bruno de Carvalho e a realização de eleições antecipadas para os órgãos sociais.

– É entregue à CF nomeada pela MAG uma participação disciplinar contra o CD, subscrita por 21 associados, que denuncia a “prática de gravíssimos ilícitos disciplinares que colocam em causa a própria subsistência da instituição”.

05 de junho:

– O treinador Jorge Jesus, que tinha mais um ano de vínculo com o Sporting, assina um contrato de um ano, mais outro de opção, com os campeões sauditas do Al Hilal, na vépera de o Sporting confirmar a rescisão por mútuo acordo.

06 de junho:

– Guilherme Pinheiro renuncia ao cargo do administrador da SAD.

– Quatro pessoas, entre as quais o ex-líder de claque Juventude Leonina Fernando Mendes, são detidas por suspeitas de comparticipação na invasão e agressões aos jogadores e equipa técnica.

08 de junho:

– Os quatro detidos por suspeitas de participação nas agressões na Academia ficam em prisão preventiva.

– É conhecida a decisão de uma primeira providência cautelar apresentada por Jaime Marta Soares que lhe reconhece legitimidade para presidir à MAG sem, no entanto, garantir a realização da reunião magna agendada para 23 de junho.

10 de junho:

– O CD anuncia que vai propor a alteração de três artigos dos estatutos do clube, dois sobre a renúncia de titulares de mandatos, e outro sobre a nomeação de dirigentes, na AG de 17 de junho.

11 de junho:

– Os futebolistas Gelson Martins, William Carvalho, Bas Dost e Bruno Fernandes rescindem os contratos, alegando justa causa.

– Bruno de Carvalho garante que o CD apresenta “imediatamente” a demissão se os seis futebolistas que rescindiram contrato invocando justa causa recuarem para permanecer no clube, mesmo que esta direção vença novas eleições.

– O presidente demissionário da MAG anuncia que vai avançar com duas novas providências cautelares para garantir “tudo o que é importante” para realizar a AG de 23 de junho.

13 de junho:

– A CF designada pela MAG anuncia a suspensão preventiva dos membros do CD, que têm 10 dias úteis para o contraditório e estão impedidos de entrarem nas instalações do clube. A suspensão não tem efeito sobre a presidência da SAD. Na base da decisão está a participação disciplinar subscrita por 21 associados e entregue em 04 de junho.

– A CT da MAG, nomeada por Bruno de Carvalho, reage à suspensão preventiva garantindo que o presidente e todo o CD vão continuar em funções.

14 de junho:

– Os futebolistas Rúben Ribeiro, Battaglia e Rafael Leão apresentam pedidos de rescisão de contrato, aumentando para nove o número de jogadores que saem do clube.

– O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa considera ilegal a CT da MAG, nomeada pela direção, bem como as reuniões magnas marcadas para 17 de junho e 21 de julho.

– Bruno de Carvalho reafirma que não se demite, considera que a AG de 23 de junho está “ferida de legalidade”, mas assegura que vai garantir os meios para a sua realização.

15 de junho:

– O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa obriga a direção a entregar os cadernos eleitorais ao presidente da MAG, para a realização da reunião magna de 23 de junho, e determina que o CD pague as despesas inerentes à sua realização.

16 de junho:

– O presidente demissionário da MAG anuncia a composição da Comissão de Gestão (CG) do clube, que integra 11 elementos e é presidida por Artur Torres Pereira, que até 2017 foi vice-presidente de Bruno de Carvalho.

A comissão, que deverá substituir o CD suspenso, integra ainda Sousa Cintra, Luís Marques, António Sá Costa, Silvino Sequeira, Jorge Lopes Gurita, Alexandre Cavalleri, Rui Nunes Moço, Pedro Roque Reis, António José Rebelo e José Diogo Leitão.

18 de junho:

– O Sporting contrata, por três épocas, o treinador de futebol sérvio Sinisa Mihajlovic.

19 de junho:

– A PWC, auditora da Sporting SAD, considera existir uma ameaça concreta à continuidade das operações da sociedade na sequência das rescisões de contratos de jogadores e uma impossibilidade de realização do valor de venda dos ativos no curto prazo.

– Bruno de Carvalho convida Jaime Marta Soares, um membro da CF, e o presidente da CG para um debate na televisão do clube, em 22 de junho, antes da AG de destituição de sábado.

20 de junho:

– A CG anuncia que os seus elementos foram impedidos de entrar em Alvalade para iniciarem funções no clube, e garante que vai apresentar queixa em tribunal e ao presidente da MAG.

– O CD anuncia a interposição de providências cautelares “contra a legitimidade” das comissões de Fiscalização e de Gestão do clube, e dos membros demissionários da MAG.

23 de junho:

– A destituição de Bruno de Carvalho é aprovada em Assembleia Geral extraordinária por 71,36% dos votos, numa das mais concorridas reuniões magnas do clube, em que estiveram presentes 14.735 sócios.

24 Jun 2018