João Luz Manchete SociedadeIlha Verde | Direitos de propriedade preocupam deputado Leong Hong Sai está apreensivo em relação ao Planeamento de Ordenamento Urbanístico da Ilha Verde devido à dispersão de terrenos com múltiplos proprietários. Além de pedir justiça e imparcialidade na resolução destes problemas, o deputado indica que a criação de zonas comerciais, escritórios e hotéis na Ilha Verde pode aliviar áreas como ZAPE e Nam Van O Planeamento de Ordenamento Urbanístico da Ilha Verde, apresentado na passada quarta-feira, deixou o deputado Leong Hong Sai preocupado com possíveis conflitos legais em relação aos terrenos da zona, em particular da Colina da Ilha Verde. Em declarações ao Exmoo, o deputado da União Geral das Associações dos Moradores de Macau referiu temer que os problemas com direitos de propriedade e concessões com múltiplos titulares possam atrasar a execução do planeamento que prevê a saída de quase metade da população daquela zona. O representante dos Moradores recorda que no próprio plano é indicado que, “actualmente, na Colina da Ilha Verde, há muitos terrenos não desenvolvidos, que estão muitos dispersos e existem ainda problemas de diferentes titularidades”. Desde terrenos que são propriedade privada, passando por terrenos concedidos por arrendamento e concessões por aforamento ou a título gratuito, o deputado sublinha que estes casos devem ser tratados com prudência, respeitando os princípios da imparcialidade, justiça e publicidade. Seja através da junção de parcelas de terreno ou permutas, o deputado apelou ao futuro Governo liderado por Sam Hou Fai que aborde este problema, que não se verifica apenas na Ilha Verde, de uma forma equilibrada. Quem te ajuda Recorde-se que o planeamento urbanístico para a Ilha Verde prevê, numa primeira fase, a relocalização do matadouro, e de outros edifícios e armazéns, assim como a redução da densidade populacional dos cerca de 23 mil moradores actuais para 13 mil. Está também prevista a criação de corredores visuais para a Colina da Ilha Verde, hotéis, espaços desportivos e comerciais e novos acessos para veículos e peões. Além de sugerir a realização de um estudo para optimizar o planeamento do trânsito na zona, Leong Hong Sai entende que o reordenamento da Ilha Verde pode ser uma oportunidade para resolver problemas no centro da cidade. A criação de zonas comerciais, hotéis e instalações de turismo, aliada à abertura de escritórios e outros negócios, pode aumentar os empregos na Ilha Verde, aliviando o trânsito no centro da cidade para aceder a áreas como o ZAPE e Nam Van.
João Santos Filipe Manchete PolíticaIlha Verde | Novo plano prevê remoção de edifícios industriais Segundo os planos do Governo, que ainda vão ser alvo de consulta pública, o objectivo passa por tirar da Ilha Verde quase metade das 23 mil pessoas que ali habitam e criar mais zonas verdes Uma área com mais espaços verdes, cultura e maior destaque para as zonas costeiras. É esta a principal direcção do Planeamento de Ordenamento Urbanístico da Ilha Verde, de acordo com a apresentação de quarta-feira do Governo ao Conselho do Planeamento Urbanístico. Segundo o Canal Macau, o plano prevê, numa primeira fase, a relocalização do matadouro, assim como de outros edifícios e armazéns que funcionam naquela zona. “Vamos também fazer a remoção de armazéns, do matadouro […] Por outro lado, quanto à parte Sul da colina vamos tentar desenvolver a política de diversificação da economia 1+4, para transformá-la noma zona cultural dinâmica”, afirmou Leong Io Hong, chefe do Departamento de Planeamento Urbanístico da Direcção de Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU). “Vamos também tentar melhorar o ambiente do bairro, reduzir a densidade populacional, aumentar os equipamentos de utilização colectiva, os espaços verdes e públicos abertos, assim como a rede viária”, acrescentou. Ideal para habitação Em termos de metas concretas, Leong Io Hong revelou que a densidade populacional da Ilha Verde é actualmente de 23 mil pessoas, e que o objectivo passa por proceder a uma redução para 13 mil pessoas, o que equivale a tirar 43,5 por cento da população daquela zona. “Temos uma descida em termos da densidade populacional, por isso vai ser uma área mais ideal para habitação”, destacou o responsável. O plano prevê também a criação de corredores visuais para a Colina da Ilha Verde, hotéis, espaços desportivos e comerciais e novos acessos para veículos e peões. Apesar da apresentação do projecto, nesta fase ainda não há uma data prevista para o início das operações de realocação do matadouro e das fábricas da Ilha Verde. Antes das mudanças avançarem, a próxima etapa passa por integrar o projecto no Plano de Pormenor, que depois vai ser alvo de uma consulta pública. “De acordo com a lei temos de fazer uma consulta pública”, reconheceu Lai Weng Leong, director da DSSCU. O projecto inclui também centros comunitários para idosos e crianças, e instalações culturais e desportivas. Por sua vez, os conselheiros pediram um maior acesso a trilhos, para que as pessoas possam caminhar para a Colina Verde, como acontece com as Colinas de Mong Há e da Guia.
Paul Chan Wai Chi Um Grito no Deserto VozesAlma taurina No dia 4 de Dezembro de 2019, uma vaca que ia ser enviada para o matadouro, escapou da manada, passou pela vedação de ferro, passeou-se nas ruas do Bairro da Ilha Verde e só parou depois de ter sido anestesiada. Por causa da anestesia, a carne ficou imprópria para consumo, por isso os donos do animal entregaram-no ao Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), que o colocou no Parque de Seac Pai Van de Coloane, onde passou a viver alegremente num belo habitat. As suas companheiras que não fugiram, acabaram no matadouro e, finalmente, na mesa dos comensais. Esta história revela-nos duas verdades. Primeira, nunca devemos esperar pela morte, sem antes termos tentado encontrar forma de a evitar. Se não conseguirmos lutar contra a morte, podemos ficar num beco sem saída. Segunda, quando temos o poder de decidir sobre a vida de terceiros, ao optarmos pela vida, o resultado final pode beneficiar ambas as partes. Estas duas verdades são igualmente aplicáveis na política. As lágrimas dos mais fracos nunca geram simpatia nos mais fortes, que só respeitam adversários à sua altura. Quando não existe possibilidade de sobrevivência, a resistência é o único recurso. A vaca que fugiu para o Bairro da Ilha Verde em 2019 ficou conhecida em Macau como “a vaca corajosa”, porque lutou pela vida. A forma como o IAM lidou com a situação também é digna de louvor. Podiam tê-la mandado para o matadouro, depois de ter passado o efeito da anestesia, até porque o animal tinha “vandalizado” e destruído propriedade pública durante a fuga, e podia por isso ter sido “condenado à morte”, mas o IAM pelo contrário albergou-a no Parque de Seac Pai Van, parque esse que ganhou mais uma atracção. No “Ano do Boi”, e no meio da pandemia, as pessoas de Macau vêem na vaca do Parque de Seac Pai Van um símbolo da luta pelo aperfeiçoamento constante, o que as incentiva a ter confiança no auto-fortalecimento e na auto-ajuda. Como diz o ditado, “há um tempo para morrer e há um tempo para viver em paz”. Espanha e Portugal são países onde as touradas já foram muito populares. Lembro-me de ter visto uma em Macau, num Ano Novo Lunar, ainda no tempo da administração portuguesa. No entanto, com a luta pelos direitos dos animais, as touradas foram gradualmente entrando em declínio. Inúmeros touros foram mortos nestas arenas ao longo dos tempos, bem como vários toureiros, já que a tauromaquia é um desporto de alto risco. As touradas desapareceram de Macau após o regresso da cidade à soberania chinesa. Depois disso também houve a promulgação da “Lei de Protecção dos Animais”, e o IAM optou pela “preservação da vida” e não pela “sentença de morte”. Isto significa que Macau é um local que defende uma política de paz e de estabilidade. O mesmo não se passa na vizinha Hong Kong que, embora nunca tenha assistido à violência das touradas, tem assistido no último par de anos a uma violência bem pior, a que lança os homens uns contra os outros. A mentalidade do toureiro (ou morres tu ou morro eu) tornou Hong Kong numa praça de touros, onde acontecem touradas violentas de vez em quando. Ser um lutador não é uma grande virtude, porque em última análise implica a destruição de tudo o que nos rodeia. As vacas são animais gentis e, se forem bem tratadas, permanecem calmas. Mas sem não o forem, o seu poder destrutivo é enorme, especialmente se forem massacradas com bandarilhas. Em 2020, muitas pessoas foram afectadas pela COVID-19 e sofreram imenso. Em 2021, o “Ano do Boi”, vai ser determinante se os governantes possuirem mentalidade de “toureiros” ou de “criadores de gado”. Os “toureiros” vão provocar mortes, mas os “criadores de gado” estão destinados a ter bons resultados. Ficarei feliz se me puder sentar no restaurante que foi instalado no último piso da velha praça de touros de Barcelona, a beber vinho tinto e a comer melão com presunto, em vez de iscas feitas a partir do fígado do touro morto na arena.
Andreia Sofia Silva PolíticaToi San e Ilha Verde | Wong Kit Cheng pede melhores instalações recreativas A deputada Wong Kit Cheng, que também preside à direcção da Associação da Construção Conjunta de um Bom Lar, sugeriu, em comunicado, uma melhoria das instalações recreativas situadas nos bairros de Toi San e Ilha Verde. Segundo a responsável, os espaços recreativos do parque situado na rua central de Toi San estão degradados, o que impede a utilização por parte das crianças. A deputada citou números oficiais que mostram que só no bairro de Toi San residem 4821 crianças com idade inferior a 14 anos, além de funcionarem sete escolas no local, pelo que há uma grande procura por espaços de lazer, apontou. Wong Kit Cheng lembrou que o Instituto para os Assuntos Municipais criou uma zona de lazer provisória no bairro do Iao Hon, tendo renovado também o parque infantil no jardim do mercado do Iao Hon, mas que não existe, até ao momento, um planeamento para Toi San. A deputada disse existirem condições para melhorar também os espaços de lazer da Rua da Missão de Fátima e do Bairro Social de Tamagnini Barbosa.
Salomé Fernandes Grande Plano MancheteIAS | Abrigo de Inverno oferece protecção para quebra de temperatura Quando as temperaturas descem, as portas do Centro de Abrigo de Inverno abrem. Se antes havia em média uma dezena de pessoas de Hong Kong, a pandemia e restrições fronteiriças mudaram o cenário, e agora são principalmente residentes de Macau a recorrer ao serviço. De quarta para quinta-feira o espaço acolheu pelo menos sete homens, um deles residente de Macau que chegou a dormir na bagageira de um autocarro São oito e meia da noite e na Avenida do Conselheiro Borja, na Ilha Verde, o símbolo do centro de acolhimento do Instituto de Acção Social (IAS) contrasta com o escuro da noite. Contornando o edifício, uma mensagem luminosa indica que “o Centro de Abrigo de Inverno, situado na Rua do Asilo da Ilha Verde, será aberto ao público quando a temperatura em Macau descer aos 12 graus”. Também aqui, a pandemia vai ditando medidas de prevenção: a temperatura corporal é medida, desinfectante para as mãos disponibilizado, e exigido o uso de máscara dentro do edifício. Também nos quartos foram tomadas medidas, como o distanciamento social superior a um metro entre cada cama. Cortinas azuis escorrem do tecto a criar divisórias ondulantes entre os utentes, que se deitam em colchões dispersos pelo chão, e as paredes são brancas – à excepção de marcas da passagem do tempo e avisos ocasionais, como da proibição de fumar. Na noite de quarta para quinta-feira, pelo menos sete homens recorreram a este espaço para se escudarem do frio que invadiu a cidade. Um deles foi o senhor Chan. Tem cabelo branco e gesticula com as mãos enquanto explica o que o levou ali. O residente de Macau chegou a alugar um apartamento na China Continental. No entanto, depois de vir trabalhar para Macau teve de encontrar uma alternativa: dormia num autocarro da empresa de transportes para a qual trabalhou. “Habitualmente, dormia no autocarro, porque era funcionário a tempo parcial nesta empresa ao longo dos anos. Mas agora não tenho trabalho devido à pandemia. Nunca assumi trabalho a tempo interno, por isso não podia obter o apoio pecuniário que o Governo concedeu a trabalhadores. Hoje (quarta-feira) está frio. Ouvi que o abrigo já abriu cinco noites, passei cá duas (incluindo esta noite)”, contou ao HM. A possibilidade de dormir no porta-bagagens do autocarro foi-lhe vedada, já que a porta do veículo foi trancada e Chan não tem a chave. Os seus pertences ainda lá estavam e não conseguiu entrar para as buscar. Mas o sorriso resistiu às dificuldades. “Aqui está muito quentinho, tem comida, é muito bom”, disse, referindo-se às condições do abrigo de Inverno. Não é a primeira vez que visita o espaço, onde já ficou em altura de tufão. Faltam dois anos para atingir os 63 anos, a idade da reforma. Até lá, mantém licença com validade para conduzir o veículo. Estender a mão Nem todos os utentes passam várias noites, mas há presenças regulares – que chegam a recorrer ao serviço durante um ou dois anos. Além de ser garantida comida a quem procura esta forma de apoio, o abrigo é também dado a conhecer através de amigos. O espaço do IAS é gerido pela Caritas, sendo que as entidades se mantêm em contacto para ajustar a situação e perceber as necessidades a que importa acorrer. Para Ricardo Chan, assistente social da Caritas, o principal desafio “consiste no estabelecimento de uma relação com os utentes”. De acordo com a experiência do assistente social, há quem fique no abrigo durante um ano ou meio ano e continue sem querer revelar a sua história, ou sequer o nome. O funcionário da Caritas indica de forma clara o valor do abrigo. “Acho que é importante, é uma maneira de manifestar carinho e solidariedade. Uma garrafa de água ou uma tigela de arroz já são um gesto de carinho para estas pessoas”, disse, acrescentando que “podem ser doentes mentais ou não ter família, por isso estes gestos podem ajudar a dar-lhes afectividade”. Em relação aos locais, cerca de metade dos indivíduos não tem vencimento. Angel Ng, chefia funcional substituta da equipa de coordenação de serviços do IAS, revelou ao HM que nem todas as pessoas que usam o abrigo querem pedir subsídios. Questionada se a existência de estigma ou discriminação estará na base do fenómeno, respondeu que é difícil encontrar a razão. A representante do IAS apontou que a recusa em pedir subsídio, por vezes, é justificada pela assumida capacidade para trabalhar, enquanto outras vezes, motivados por dificuldades de relacionamento com familiares, as pessoas que recorrem ao abrigo preferem deixar a família e viver na rua ou outros locais. São também diversos os motivos que levam ao centro. Angel Ng dá como exemplos típicos a pobreza ou não ter casa própria. No seu entender, o local fornece “um ambiente muito bom”, tendo em conta o perigo que situações de calor ou frio muito intenso representam. Mudança de panorama Dos indivíduos que passaram a noite, quatro eram de Macau e três de Hong Kong. Em anos anteriores observou-se que um volume elevado de quem recorria a este serviço era residente do território vizinho. As histórias mais comuns que levava residentes de Hong Kong a pernoitar no abrigo está intimamente ligada à principal fonte de rendimentos de Macau. “É sobretudo por causa de situação familiar. A razão principal é que também são jogadores, por isso não voltam para Hong Kong”, explicou o assistente social. No entanto, em contexto de pandemia que motivou restrições fronteiriças, o tipo de histórias dos que procuram abrigo mudou. “A grande diferença consiste na diminuição do número de estrangeiros e [residentes] de Hong Kong. Agora, são principalmente pessoas de Macau. Antes vinham em média um ou dois estrangeiros, e depois cerca de uma dezena de pessoas de Hong Kong, mas agora está a cair o número”, esclareceu Ricardo Chan. Angel Ng apontou as restrições nas fronteiras como a principal explicação, apontando que é um entrave à vontade de entrar em Macau. Um dos três residentes de Hong Kong que passou a noite no abrigo é desempregado e veio para Macau à procura de uma oportunidade de trabalho ainda antes da pandemia. O contexto dos restantes não se conhece, porque foi a primeira vez que apareceram. Outra razão pela qual este ano menos residentes de Hong Kong recorrem ao abrigo pode ser o subsídio que o Governo de Carrie Lam atribuiu, na óptica de Ricardo Chan. “Nós já temos comparticipação pecuniária, mas este ano Hong Kong também deu um cheque aos residentes no montante de 10 mil dólares de Hong Kong”, explicou, acrescentando algumas pessoas regressaram ao território vizinho para receber esse apoio. Também a necessidade de mostrar resultado negativo no teste de ácido nucleico na entrada dos casinos e o encerramento do terminal marítimo entre Hong Kong e Macau são razões que Ricardo Chan enumera para a diminuição do número residentes do território vizinho no abrigo. Risco de hipotermia Os Serviços de Saúde (SS) emitiram ontem um comunicado a alertar para risco de hipotermia decorrente da descida de temperatura nos próximos dias. Informações recentes da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos revelam que a temperatura deverá “baixar significativamente” para valores abaixo dos dez graus, e prevê-se que o frio se mantenha até à próxima semana. “As principais vítimas são normalmente elementos do sexo masculino, com idade igual ou superior a 65 anos e que vivem em circunstâncias de exclusão social”, indica a nota. Outros factores de risco incluem infecção e consumo de álcool. Face a esta situação, os SS apelaram aos residentes – especialmente idosos e portadores de doenças crónicas para adoptarem medidas de prevenção. Entre as sugestões estão o uso de roupas adequadas contra o frio, alimentos e bebidas quentes ou exercício físico para manter a temperatura do corpo e melhorar a circulação.
Hoje Macau SociedadeIlha Verde | Duas jovens hospitalizadas por intoxicação [dropcap]U[/dropcap]m vazamento de monóxido de carbono num apartamento do Edifício Mayfair Garden, na Ilha Verde, aconteceu na madrugada de sábado para domingo, afectando duas irmãs que se encontravam no local e foram enviadas para o hospital para tratamento médico, informou ontem o canal chinês da Rádio Macau. O incidente ocorreu à 1h da manhã, no Bloco 3 do Edifício Mayfair Garden, quando uma rapariga de 16 anos, residente no apartamento, foi levada para o Hospital Kiang Wu por sentir tonturas, sendo mais tarde confirmada a intoxicação por monóxido de carbono. Às 3h da manhã, a irmã, de 20 anos, também se sentiu indisposta e foi acompanhada ao Hospital pelo pai. Os bombeiros foram então chamados ao local para investigar: testaram o esquentador e detectaram o monóxido de carbono, descobrindo que apesar de ter sido instalado o mais seguro esquentador a gás com chaminé, faltava a instalação do tubo de extracção dos gases para o exterior.
Hoje Macau PolíticaIlha Verde | 80 por cento de portas corta-fogo substituídas [dropcap]E[/dropcap]stá concluída a substituição de cerca de 80 por cento das portas corta-fogo do auto-silo do Edifício do Bairro da Ilha Verde. A informação foi adiantada ontem pelo delegado do Gabinete para o Desenvolvimento de Infraestruturas, Lam Wai Hou, numa visita do secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário. O membro do Governo fez a visita acompanhado pelos deputados da Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas da Assembleia Legislativa à obra na Ilha Verde. Lam Wai Hou adiantou ainda que os trabalhos de substituição das 100 portas corta-fogo vai terminar no mês de Junho.
João Santos Filipe Manchete SociedadeHabitação | Futuros moradores de edifício Bairro da Ilha Verde sairam à rua No ano passado, o Tufão Hato danificou o prédio que, ainda hoje, continua com obras de reparação e sem data de entrega. Ontem, entre 140 e 200 futuros moradores do edifício de habitação económica do Bairro da Ilha Verde manifestaram-se contra a falta de informação quanto ao andamento dos trabalhos [dropcap]E[/dropcap]ntre 140 e 200 pessoas participaram ontem numa manifestação contra o Governo, devido à falta de informação quanto à data para o fim das obras de reparação de um edifício de habitação económica na Ilha Verde. Os futuros moradores ainda não sabem quando podem habitar as fracções. O prédio estava em fase de vistoria no ano passado, mas sofreu vários danos com a passagem do tufão Hato. Ontem, num percurso que começou no Tap Seac e terminou à frente da Sede do Governo, os demonstrantes apelaram à definição de uma data para a entrega das habitações. No final, os participantes deixaram uma carta ao Chefe do Executivo, através de um dos funcionários da Sede do Governo. De acordo com uma das pessoas ouvidas pelo canal chinês da Rádio Macau, a saída à rua justificou-se com o facto de estar à espera de há mais de 10 anos para receber a habitação económica. Por este motivo, o manifestante afirmou que perdeu a confiança nas capacidades do Executivo para resolver os problemas da sociedade e levantou dúvidas sobre se o tufão não foi apenas uma desculpa para cobrir outros atrasos nas obras. Ao mesmo tempo, a residente ouvida pelo Ou Mun Tin Toi defendeu que o Executivo devia dar um subsídio às pessoas que estão à espera de habitação económica e que precisam de pagar renda. A moradora disse ainda que, ao longo deste período de espera, teve várias vezes de mudar de habitação, porque os proprietários das casas onde tem vivido exigem a sua saída para poderem cobrar uma renda mais alta. Manifestação pacífica No final, a PSP declarou que destacou 30 agentes para acompanhar a manifestação e que tudo decorreu dentro da normalidade, com as pessoas a comportarem-se de forma correcta. Como acontece nestas situações, o número de agentes à paisana com câmaras de filmar não foi revelado. A manifestação que terminou por volta das 16h contou também com a participação dos deputados eleitos pelo sufrágio directo da Federação das Associações dos Operários de Macau, Ella Lei e Leong Sun Iok. Segundo o Governo, o Edifício Bairro da Ilha Verde estava em fase de vistoria e recepção, o que implica que seria ocupado brevemente, quando foi afectado pela passagem do Tufão Hato. Devido às inundações naquela zona, foi necessário proceder à limpeza, reparação e reabilitação do edifico que estava quase concluído. De acordo com a informação que foi tornada pública, a “maior parte” dos equipamentos electromecânicos acabou danificada pelas inundações. Em 11 de Setembro do ano passado, o Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) afirmava que estava a trabalhar para apressar as reparações, mas até ao momento não há informação sobre a entrega das fracções.
Hoje Macau SociedadeTufão Hato | Afectada obra sob alçada do GDI [dropcap style≠’circle’]V[/dropcap]árias obras da responsabilidade do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) ficaram afectadas com a passagem do tufão Hato pelo território. Segundo um comunicado oficial, o auto-silo na cave do edifício Bairro da Ilha Verde, que estava “em fase de vistoria e recepção”, terá registado “a maior influência com a intrusão da água do mar, sendo que a maior parte dos equipamentos electromecânicos ficou danificada com a inundação”. Segundo o GDI, “o edifício não preenche os critérios previstos de vistoria e recepção, havendo necessidade de substituição ou recuperação dos equipamentos”. Assim sendo, “o calendário do procedimento de vistoria e recepção e da entrega será afectado”. Ainda sobre o parque de estacionamento, o GDI afirma que, com base numa avaliação preliminar, “a encomenda dos equipamentos envolvidos e a pretensão da recuperação necessitarão de meio ano”. “Este gabinete irá manter comunicação apertada com os serviços responsáveis pela vistoria e recepção, para que os trabalhos possam ser acelerados”. Tudo para permitir “a entrega [da obra] aos serviços interessados para programação dos trabalhos posteriores após conclusão da recuperação”.