HK | Circuito citadino ainda nos planos para 2016

[dropcap style=’circle’]H[/dropcap]ong Kong ainda não desistiu do seu circuito citadino. Apesar dos sucessivos revés, o território vizinho espera entrar no calendário da terceira temporada do Campeonato FIA de Fórmula E. A antiga colónia inglesa chegou a fazer parte do calendário provisório da primeira temporada da competição destinada a monolugares eléctricos, porém diversas dificuldades em homologar o traçado em redor da Lung Wo Road têm adiado o projecto bandeira da actual direcção da Associação Automóvel de Hong Kong. Isto, numa altura em que as entidades de Hong Kong querem promover o uso de viaturas amigas do ambiente, há quem veja como positiva a realização de um evento desta natureza.  Na primeira metade de 2015, o número de veículos eléctricos registados já tinha ultrapassado as duas mil unidades, um número que mesmo assim continua aquém das expectativas.

A melhor divulgação

Em entrevista à revista Driven, Dr Lawrence Cheung, Director Geral de Peças e Acessórios Automóveis no Conselho de Produtividade de Hong Kong, afirmou que “não há melhor publicidade do que uma corrida de EV (sigla inglesa para veículos eléctricos). Ambos, indústria automóvel e automobilismo, têm seguido a tendência, até a Fórmula 1 utiliza motores híbridos. Embora as pessoas de Hong Kong adorem corridas de automóveis, devido às limitações geográficas, não há uma pista ou um recinto para os que condutores possam acelerar legalmente. Uma prova de Fórmula E seria em certa medida uma compensação”. Apesar dos esforços dos grandes construtores automóveis, como a Audi, Renault ou BMW, os consumidores ainda têm uma percepção errada sobre os EV. “Há muita gente que ainda pensa que um EV é um brinquedo. A realização de uma corrida em Hong Kong irá permitir que as pessoas vejam uma imagem agressiva e a velocidade espectacular dos EV”, concluiu o dirigente. Mesmo contando com o apoio de alguns quadrantes de Hong Kong, o presidente da HKAA, Lawrence Yu, sente-se ainda desapoiado.
“Apesar do governo falar muito em promover os EV, nós temos a sensação que é tudo conversa, pois quando a HKAA, como membro da FIA,  quis pegar o touro pelos cornos ao tentar organizar uma corrida de Formula E desde 2013 uma das razões em que falhamos, não uma vez, mas duas vezes, foi a falta de apoio do governo e isso supera-nos”, afirmou no editorial da publicação. Contudo, Yu e seus pares não querem deixar cair a ideia. “Nós estamos determinados a ser uma das cidades que acolherá a Fórmula E em 2016 e a HKAA começou a pavimentar o caminho há bastante tempo. Lung Wo Road continua a ser a nossa primeira escolha. Não só pela vista impecável do Victoria Harbour, mas também porque o investimento é comparativamente pequeno e estimado em cerca de 1.5 mil milhões de dólares de Hong Kong, tudo incluído”. O dirigente também disse que apenas os custos de repavimento do traçado seriam cobertos pelo governo, sendo que existe um leque de patrocinadores privados interessados em cobrir o resto das despesas. Para começar a preparar o futuro, a HKAA tem organizado cursos para comissários de pista, a exemplo do que Macau faz anualmente para preparar aqueles que ajudam em pista a tornar o Grande Prémio possível. A associação também tem usado os eventos dos campeonatos de carros de turismo locais, realizados na China Continental, para ganhar experiência. Envolvida nos desportos motorizados desde 1950, a HKAA teve um papel primordial na organização do Grande Prémio de Macau até ao início da década de oitenta do século passado, onde a sua posição perdeu relevância em prol da actual Comissão da prova. A decisão da FIA sobre o calendário da terceira época da Fórmula E só será conhecida no primeiro trimestre de 2016. A segunda temporada da Fórmula E arranca em meados de Outubro em Pequim. O brasileiro Nelson Piquet Jr foi o primeiro campeão da disciplina, aos comandos um dos monolugares do Team China.

28 Ago 2015

GP Internacional de Karting chega em Dezembro

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] RAEM voltará a organizar este ano um evento internacional de Karting, o Campeonato CIK-FIA KF Ásia-Pacífico. Esta prova, a que a Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC) se candidatou no início do Verão do passado e foi aceite pela Comissão Internacional de Karting no final de 2014, estava prevista para ter lugar de 8 a 11 de Outubro, no entanto, será realizada de 10 a 13 de Dezembro. De acordo com a Comissão Internacional de Kart da Federação Internacional de Automobilismo (CIK-FIA), “o organizador, a Associação Geral Automóvel de Macau – China, pediu uma reunião no início do ano com as partes envolvidas, sobre o timing e a (nova) data proposta é provavelmente de maior interesse para pilotos e equipas internacionais, incluindo os europeus”. Sabendo que as categoria KF e KF-Junior não têm números elevados na região e que a categoria KZ não goza de particular sucesso neste ponto do globo, a participação europeia é extremamente importante para o evento do território. Por outro lado, dado que o transporte da Europa demora pelo menos duas semanas, não era possível às principais equipas enviar o seu material a tempo para Macau se esta fosse disputada a 10 de Outubro, pois o Campeonato do Mundo KF e KF-Junior termina a 27 de Setembro em La Conca (Itália).

De volta à ribalta

Este evento marcará o regresso do à ribalta do karting internacional do Kartódromo de Coloane, aquela que é reconhecidamente uma das melhores infra-estruturas no continente asiático para a prática da modalidade. A AAMC vai novamente apostar forte neste evento e quer atrair uma panóplia forte de concorrentes estrangeiros. A CIK-FIA publicou uma nota no final de Julho na sua página electrónica dizendo que a AAMC vai oferecer aos pilotos internacionais das classes KZ/KF um subsidio em dinheiro no valor de pelo menos 3,000 dólares americanos, cerca de 24,000 patacas por participante. Para além disso, cada concorrente irá ter direito a dois quartos duplos por cinco noites na Pousada Marina Infante. Transporte e desalfandegamento local estão incluídos, e serviço de transporte do Kartódromo de Coloane até ao hotel oficial da prova durante o evento também parte do pacote que terão direito os concorrentes que se deslocarem a Macau.

21 Ago 2015

Pilotos do WTCC interessados em voltar à Corrida da Guia

[dropcap style=’circle’]T[/dropcap]iago Monteiro, Rob Huff, Tom Coronel e Yvan Muller são alguns dos nomes que nos habituamos a ouvir nas notícias no mês de Novembro. Por dez anos consecutivos, o Campeonato do Mundo FIA de Carros de Turismo (WTCC) visitou Macau e alguns destes senhores, todos eles conceituados pilotos de carros de turismo, fizeram parte do quotidiano da semana do Grande Prémio.

Contudo, o WTCC despediu-se no final de 2014 do Circuito da Guia e este ano a principal corrida de turismo, cujos regulamentos abrem a porta ao novo conceito de carros de turismo TCR, terá outros intervenientes. A boa notícia é que o WTCC viu-se obrigado a mudar de data da sua última corrida no Qatar, que coincidia com o Grande Prémio do território, permitindo agora aos pilotos do mundial de carros de turismo participarem na “Corrida da Guia de Macau 2.0T – Suncity Grupo”. E o interesse existe.

“Mesmo que o WTCC não volte, não quer dizer que eu não venha cá! Tenho de arranjar alguma coisa para vir a Macau. Há muitas corridas por aí…”, disse Tiago Monteiro ao HM no passado mês de Novembro, enquanto acrescentava que esta decisão vai depender da Honda. “Só tenho 38 anos e vencer em Macau é sempre uma esperança”, relembrou o português.

Monteiro é piloto oficial da Honda no WTCC e foi a sua equipa, a italiana JAS Motorsport, quem construiu e é responsável pelo desenvolvimento dos Honda Civic do novo campeonato TCR International Series.

Ambição de vencer

Esta semana, ao saber das alterações do calendário do WTCC, também Rob Huff mostrou interesse em regressar à RAEM. “Sou o piloto de carros de turismo com mais vitórias [no Circuito da Guia] e gostaria de tentar estender esse recorde” disse Huff ao portal TouringCarTimes.com.

O vencedor de sete corridas do WTCC no Circuito da Guia lembra que há “obviamente mais oportunidades” de voltar agora em carros de turismo e disse acreditar nesta hipótese para regressar à sua “pista favorita”. O piloto britânico está confiante que terá ofertas para voltar à prova, porém terá ainda que ter a autorização do construtor automóvel russo Lada, com quem tem contrato no WTCC e que não está envolvido no TCR.

O regulamento da “Corrida da Guia de Macau 2.0T – Suncity Grupo” ainda não está acessível, no entanto, de acordo com Chong Coc Veng, Coordenador da Subcomissão Desportiva da Comissão do Grande Prémio de Macau, este ano, “a Corrida da Guia será realizada sob os regulamentos de carros 2.0T. Muitas marcas e modelos estarão aptas a competir, incluindo as que participam no TCR”. O responsável acredita que se pode esperar “esperar uma competição acérrima, o que já é habitual na Corrida da Guia”.

25 Jun 2015