João Santos Filipe Manchete PolíticaZhuhai | Wong Kit Cheng quer circulação livre de ambulâncias No final de Agosto foi anunciado um programa experimental entre Hong Kong e Shenzhen que permite a circulação de pacientes, sem necessidade de trocar ambulância na fronteira. A deputada quer saber quando serão implementadas medidas semelhantes entre Macau e Zhuhai A deputada Wong Kit Cheng quer que o Governo trabalhe num plano que permita que ambulâncias viajem entre Macau, Guangdong e Hong Kong, no âmbito da Grande Baía. O assunto faz parte de uma interpelação escrita em que a legisladora ligada à Associação Geral das Mulheres aponta que “alguns residentes” de Macau no Interior preferem recorrer ao Serviço de Saúde da RAEM. Segundo a deputada, com os residentes cada vez mais no Interior, para “trabalhar, viver, cuidar dos idosos e até por motivos de lazer”, “é inevitável a procura de serviços de primeira necessidade, entre os quais os serviços de saúde”. “No entanto, existem certas diferenças entre os sistemas de saúde dos três locais e alguns residentes ainda têm o hábito de utilizar os serviços de saúde dos seus locais de origem”, reconheceu. A circulação de ambulâncias é assim encarada como uma das preocupações para quem atravessa a fronteira mais regularmente, devido aos vários condicionamentos nas fronteiras. “Os serviços de ambulância transfronteiriços são muito importantes em circunstâncias especiais, por exemplo, quando ocorre um acidente infeliz e o doente tem de regressar ao seu local de origem para ser tratado, ou quando o doente tem de ser encaminhado para um hospital”, realçou. “Mas, embora existam actualmente corredores verdes nos pontos de controlo fronteiriço de Guangdong e Macau para a passagem rápida da fronteira em caso de emergência, continua a ser necessário mudar e ambulâncias na fronteira, o que pode representar riscos para os doentes durante o processo”, lamentou. A seguir Hong Kong Em 24 de Agosto, o Governo de Hong Kong e o Governo Municipal de Shenzhen anunciaram um programa experimental que permite a circulação sem que os pacientes tenham de trocar de ambulância. Agora, Wong Kit Cheng questiona o Governo sobre quando vai seguir o exemplo, e implementar um programa semelhante. Deixando de lado a possibilidade da circulação para Hong Kong, a deputada das Mulheres pretende saber quando Zhuhai e Macau adoptam um programa semelhante ao existente entre Hong Kong e Shenzhen. A legisladora destaca também que estes programas experimentais fazem mais sentido, se forem implementados ao mesmo tempo: “Segundo se sabe, as conversações com Hong Kong e Macau ainda estão em curso, pelo que vale a pena prestar atenção para a importância de Guangdong, Hong Kong e Macau virem a implementar o regime-piloto em causa ao mesmo tempo”, destacou. Neste sentido, Wong Kit Cheng pede que seja avançada uma data para o início do programa experimental.
Andreia Sofia Silva PolíticaSaúde | Ambulâncias de Macau vão entrar em HK e China O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, adiantou na sexta-feira, no debate sectorial das Linhas de Acção Governativa (LAG) para a sua tutela, que as ambulâncias de Macau vão passar, em breve, a poder circular no Interior da China e Hong Kong. “As nossas ambulâncias vão ter uma matrícula para entrar no Interior da China. Já tínhamos esse mecanismo, mas nunca foi concretizado. Também chegámos ao consenso com Hong Kong e as nossas ambulâncias também vão poder entrar [no território], mas os pormenores estão ainda por acertar. Falei com o responsável pela área da Segurança de Hong Kong no início do ano, realizámos alguns trabalhos de coordenação e depois obtivemos consenso, mas os pormenores vão ser agora acertados entre os Serviços de Polícia Unitários e os Serviços de Saúde. É uma medida que vai entrar em vigor em breve”, apontou. O deputado Pereira Coutinho questionou “até onde estas ambulâncias podem ir, e se as ambulâncias do Interior da China podem entrar em Macau”.
João Santos Filipe Manchete SociedadeEmergências | Bombeiros com menos trabalho na primeira metade do ano O fim da pandemia foi um dos motivos apontados para a redução do número de saídas de ambulância. Porém, em comparação com o ano passado, também se registaram menos incêndios Nos primeiros seis meses deste ano, o número de acções que exigiram a intervenção do Corpo de Bombeiros diminuiu 7,26 por cento, de acordo com dados oficiais apresentados ontem. Entre Janeiro e Junho deste ano, os Bombeiros foram chamados para acorrer a 24.551 casos, uma redução face ao período homólogo, quando tinham sido chamados para 26.472 ocorrências. A nível dos incêndios, o Corpo de Bombeiros foi chamado 411 vezes nos primeiros meses do ano, entre os quais houve 313 ocasiões em que as chamas foram extintas sem necessidade de utilizar mangueiras. Ainda entre as 411 ocorrências, 82 foram motivadas por comida queimada. “Os motivos dos incêndios deveram-se essencialmente ao esquecimento de desligar os aparelhos de fogão, a chamas esquecidas, curto-circuitos nas instalações eléctricas e queima de incensos e velas/papéis votivos”, foi explicado em comunicado. Em comparação com o ano passado, houve menos 19 incêndios em que os bombeiros foram chamados a intervir, dado que em 2022 os registos apontam para 430 casos, uma redução de 4,42 por cento. Entre estes, 305 fogos tinham sido extintos sem a utilização de mangueiras e 97 motivados por comida queimada. Menos saídas de ambulâncias Os casos que exigiram a saída de ambulâncias registaram igualmente um decréscimo em comparação ao período homólogo. Nos primeiros seis meses, houve 20.913 ocorrências que exigiram a deslocação de 22.392 ambulâncias, uma redução de 4,55 por cento e 5,74 por cento, respectivamente. No ano anterior, o Corpo de Bombeiros registou 21.9111 deslocações de 23.756 ambulâncias. Parte da redução da saída das ambulâncias foi explicada com o fim das medidas de covid-19 zero. “À medida que a sociedade voltou ao normal, os casos confirmados de covid-19 também diminuíram. Actualmente, o número de saídas de ambulância voltou ao nível anterior à epidemia”, foi justificado. Segundo o comunicado, as saídas das ambulâncias foram motivadas por situações como “dificuldades respiratórias, tonturas, dores abdominais, febre, palpitações” que contribuíram para 12.002 casos, o que ocupou 57,39 por cento do número total da saída de ambulância. Também o número de operações de salvamento diminuiu para um total de 931 casos, uma redução de 9,35 por cento face às 1.027 ocorrências registadas entre Janeiro e Junho do ano passado. Igual tendência foi registada nos “serviços especiais”, que tiveram uma redução de 26,03 por cento para 2.296 casos, quando anteriormente tinham sido contabilizadas 3.104 ocorrências.
João Luz SociedadeSaúde | Adolescente intoxicada com monóxido de carbono Os Serviços de Saúde indicaram ontem terem sido notificados de mais um caso de intoxicação por monóxido de carbono num apartamento em Macau, depois de na semana passada terem falecido três pessoas devido à inalação de gases produzidos por um esquentador. Desta feita, não se registaram mortes e apenas uma rapariga de 13 anos foi afectada pelo incidente. O caso ocorreu num apartamento na Areia Preta, mais concretamente no Complexo Residencial LA CITÉ, na Avenida 1.º de Maio, quando uma jovem residente secava o cabelo depois de tomar duche numa casa-de-banho onde está instalado um esquentador a gás. Passada uma hora, começou a sentir tonturas e fraqueza e acabou por cair inanimada no chão. Depois de ser encontrada por um familiar, foi chamada uma ambulância que a levou para as urgências do Hospital Kiang Wu para tratamento. Após a realização de testes laboratoriais, foram detectadas concentrações de hemoglobina de monóxido de carbono, e a jovem foi diagnosticada como um caso de intoxicação por monóxido de carbono. A doente recebeu tratamento de oxigenoterapia hiperbárica e encontra-se neste momento em estado estável. Os familiares co-abitantes não apresentaram sintomas de indisposição. Os Serviços de Saúde concluíram que o incidente foi causado pela acumulação de gás residual nocivo num ambiente com má ventilação.