Hoje Macau EventosEstreia de novo filme James Bond adiada para Novembro devido a epidemia do Covid-19 A estreia de “007: Sem tempo para morrer”, novo filme da saga James Bond, foi adiada para Novembro por causa da epidemia de Covid-19, anunciaram ontem os produtores. “Depois de uma cuidada ponderação e de uma avaliação do mercado global de distribuição, a estreia de ‘No time to die’ [título original] foi adiada para Novembro”, afirmaram os produtores na rede social Twitter. O filme “007: Sem tempo para morrer”, de Cary Fukunaga, protagonizado por Daniel Craig, no papel do agente secreto 007, deveria estrear-se nos cinemas em Abril, sendo agora adiado por preocupações com a propagação do novo coronavírus. Segundo os produtores, o filme estrear-se-á a 12 de Novembro no Reino Unido e a 25 desse mês nos Estados Unidos, não tendo sido divulgadas as datas nos restantes mercados. Em Portugal, “007: Sem tempo para morrer” tinha estreia marcada para 08 de abril, com distribuição pela NOS Audiovisuais. Este é o 25.º filme da saga James Bond e o quinto protagonizado pelo ator britânico, depois de “Casino Royale” (2006), “Quantum of Solace” (2008), “Skyfall” (2012) e “Spectre” (2015). Na terça-feira, a publicação Hollywwod Reporter dava conta de que a epidemia Covid-19 pode causar um prejuízo de pelo menos cinco mil milhões de dólares de receitas de bilheteira, com milhares de salas de cinema encerradas. Só na China, o país mais afectado pelo vírus, 70.000 salas foram fechadas. Nos últimos dias têm sido cancelados ou adiados vários eventos culturais por causa do Covid-19. A Bienal de Arquitetura de Veneza (Itália), prevista para começar em maio, foi adiada para agosto. Foram canceladas as feiras do livro de Londres e de Leipzig (Alemanha) e o Salão do Livro de Paris. A Feira do Livro Infantil de Bolonha, também em Itália, foi adiada para maio. O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infectou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal. Das pessoas infectadas, cerca de 50 mil recuperaram. Há ainda registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, Filipinas e Iraque. Um português, tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção. Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa. A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
Hoje Macau EventosIC decide cancelar 31ª edição do Festival de Artes de Macau [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) anunciou ontem o cancelamento da 31ª edição do Festival de Artes de Macau (FAM) devido ao “impacto da propagação do novo tipo de coronavírus em todo o mundo”. De acordo com um comunicado, foi feita uma “avaliação cuidadosa dos riscos da epidemia” para se chegar a uma decisão, uma vez que grande parte do cartaz é composta por músicos oriundos de países estrangeiros. “Actualmente a situação epidemiológica internacional está em constante evolução, sendo que Macau ainda está numa fase crítica de prevenção e controlo. Relativamente ao FAM, metade do programa vem do exterior, e o calendário de ensaios, originalmente agendado pelos grupos artísticos locais a partir de Fevereiro, também foi afectado. Além disso, existem vários factores incertos nos aspectos de transporte, logística e ensaios.” O FAM regressa, assim, em 2021. “O IC agradece a compreensão e o apoio das diversas entidades e irá colaborar com os trabalhadores culturais e artísticos na luta contra a epidemia. No futuro, continuará a apresentar aos residentes espectáculos diversificados e extraordinários, e a criar mais condições e espaços para apoiar grupos de arte locais, trabalhando em conjunto para a recuperação social”, aponta o mesmo comunicado. A 30ª edição do FAM aconteceu o ano passado em Maio e teve como tema “tributo aos clássicos”. A abertura do festival fez-se com a performance de “Vertikal”, co-produzida por dançarinos franceses e por um grupo mundialmente famoso de hip-hop. O espectáculo “Rain”, uma produção belga, e o “Karl Valentin Labarett”, escrito pelo comediante Karl Valentin, também fizeram parte do cartaz.
Hoje Macau EventosQueda de avião na Etiópia e protestos sociais entre finalistas do World Press Photo [dropcap]O[/dropcap] acidente de avião da Ethiopian Airlines, que matou 157 pessoas, em 2019, e protestos sociais em países como Sudão e Argélia, marcam as fotografias nomeadas para o World Press Photo, cujos premiados são conhecidos em Abril. A principal categoria desta competição – a World Press Photo of the Year ou Fotografia do Ano – fica marcada pela representação de situações que envolvem, na sua maioria, jovens, como a imagem do fotógrafo alemão Farouk Batiche, de um protesto antigovernamental em Argel, e de Ivor Prickett, fotografo do The New York Times, que mostra a visita da namorada a um soldado internado com queimaduras graves num hospital de Al-Hasakah, na Síria. Já o polaco Tomek Kaczor, da Gazeta Wyborcza, retratou uma adolescente arménia de 15 anos que acordou de um estado catatónico num campo de refugiados, na Polónia. Yasuyoshi Chiba, da Agência France-Presse, mostra, por sua vez, um jovem iluminado por luzes de telemóvel, que recita poesia durante uma falha de energia geral, no Sudão. São também candidatas as imagens de Mulugeta Ayene, fotojornalista da Associated Press, que mostra o desespero de um familiar de uma vítima do acidente de avião do Boeing 737, da companhia aérea da Etiópia, ocorrido em março do ano passado, assim como a fotografia onde se vê um homem a guardar lançadores anti-tanque, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, da autoria do russo Nikita Teryoshin. A edição deste ano do World Press Photo volta a contar com a nova categoria Story of the Year (História do Ano) que se traduz numa sequência de imagens. O dinamarquês Nicolas Asfouri (AFP) é o autor de uma série de imagens que retratam os protestos realizados em Hong Kong, no final de março, em resposta às propostas do governo de alterar a legislação existente e permitir a extradição para a China continental. O voo 302 da Ethiopian Airlines volta a estar presente nesta categoria com uma ‘história’ fotografada pela etíope Mulugeta Ayene, em que se vê a operação de retirada de corpos dos destroços do avião, cruzada com momentos da homenagem prestada às vítimas. A terceira série de fotos a concurso pertence ao francês Romain Laurendeau, chama-se “Kho, a génese de uma revolta”, e é sobre o facto dos jovens, que representam mais da metade da população da Argélia, sofrerem com o desemprego uma vez que de acordo com um relatório da UNESCO, 72% das pessoas com menos de 30 anos estão desempregadas neste país. Somam-se categorias como Temas Contemporâneos, Meio Ambiente, Retratos, Desporto ou Notícias. Os vencedores daquele que é considerado o mais importante concurso internacional de fotojornalismo será anunciado no dia 16 de abril, em Amesterdão, na Holanda.
Andreia Sofia Silva EventosFilme de Carlos Fraga alerta para discriminação de chineses em Portugal [dropcap]U[/dropcap]m grupo de jovens chineses, residentes em Portugal há vários anos, pediu ao realizador Carlos Fraga para fazer um vídeo com o objectivo de combater a discriminação de que a comunidade chinesa em Portugal está a ser vítima devido ao surto do novo coronavírus. O filme passa-se na zona do Chiado, em Lisboa, onde o grupo de jovens, com máscaras, enverga cartazes que apelam à não discriminação. No final, vários transeuntes dão abraços e apertos de mão, solidários com a acção. Ao HM, Carlos Fraga diz que resolveu dar o seu contributo a esta causa por conhecer de perto vários casos de discriminação. “Falo principalmente de discriminação no trabalho. Alguns estão dispensados do trabalho durante dois ou três meses, quando são pessoas que nasceram cá ou que vivem cá há vários anos. Não há explicação. Não vieram da China, nem estão cá temporariamente. São diversos os empregos que têm, mas trabalham por conta de outrem. Os que têm negócios próprios, como lojas ou restaurantes, também se estão a ressentir seriamente.” Com férias e sem trabalho Anting Xiang, uma das promotoras do vídeo, vive em Portugal há vários anos e trabalha numa loja de uma conhecida marca de alta costura na Avenida da Liberdade há cinco anos. Apesar de não ter viajado para a China recentemente, os chefes pediram-lhe para tirar férias durante dois meses assim que começou a crise do coronavírus. Anting acabou por tirar apenas um mês de férias. “Ligaram-me a dizer que podia tirar as férias todas naquele momento. Mas tenho uma amiga que tem uma filha na escola e os colegas não querem aproximar-se dela, dizem-lhe coisas más. Os colegas não se querem aproximar no recreio. Por isso quis fazer este vídeo para dizer às pessoas de todo o mundo para nos dar apoio e para dizer que não somos um vírus”, disse ao HM. A jovem assegura que as lojas na Avenida da Liberdade se ressentiram muito com a falta de turistas chineses. Já Lucas Borges, um colega de trabalho brasileiro, diz ter assistido a muitas cenas na loja, em que clientes estrangeiros evitaram aproximar-se de clientes chineses. Xu Ye, com 23 anos, também participa no vídeo e viu-se obrigado a deixar de trabalhar temporariamente como agente de viagens. Daniela Yin, trabalhadora num escritório de contabilidade, não foi vítima de discriminação, pois o patrão é chinês. Mas a jovem deseja que o racismo não estrague a boa relação que portugueses sempre tiveram com chineses. “A relação entre a China e Portugal é muito boa e vai desenvolver-se”, adiantou ao HM.
Hoje Macau EventosIC | Rota das Letras e outros eventos adiados devido ao surto do Covid-19 [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem uma nota onde dá conta do cancelamento de todas as actividades programadas para o próximo mês, onde se inclui o festival literário Rota das Letras, que habitualmente se realiza em Março. “A epidemia do novo tipo de coronavírus está ainda em fase importante de prevenção e controlo. O IC cancelou todas as actividades externas programadas para Março e considerou que os locais culturais sob a égide do IC são espaços interiores, a fim de reduzir o risco da propagação da epidemia na comunidade e evitar o contacto e a concentração de pessoas, todos os locais culturais permaneceram fechados até novo aviso”, pode ler-se no comunicado. Numa outra nota, a direcção do Rota das Letras explica que, para já, não existe uma data pensada para a realização do festival. “Iremos acompanhar de perto o desenvolvimento da epidemia e trabalhar de forma próxima com o Governo e com os nossos patrocinadores, a fim de definir uma data exacta após este cancelamento.” Em relação aos bilhetes de espectáculos já comprados pelos espectadores, o IC promete assegurar o reembolso até ao dia 31 de Maio deste ano. Os espectáculos que envolvem a aquisição de bilhetes incluem o Concerto de Cordas “O Fascínio dos Sopros e das Cordas”, pela Orquestra Chinesa de Macau, no dia 14 de Março e o Concerto “Sinfonia do Destino”, pela Orquestra de Macau, no dia 21 de Março. Além disso, vários espectáculos de entrada gratuita serão cancelados e adiados.
admin EventosIC | Rota das Letras e outros eventos adiados devido ao surto do Covid-19 [dropcap]O[/dropcap] Instituto Cultural (IC) emitiu ontem uma nota onde dá conta do cancelamento de todas as actividades programadas para o próximo mês, onde se inclui o festival literário Rota das Letras, que habitualmente se realiza em Março. “A epidemia do novo tipo de coronavírus está ainda em fase importante de prevenção e controlo. O IC cancelou todas as actividades externas programadas para Março e considerou que os locais culturais sob a égide do IC são espaços interiores, a fim de reduzir o risco da propagação da epidemia na comunidade e evitar o contacto e a concentração de pessoas, todos os locais culturais permaneceram fechados até novo aviso”, pode ler-se no comunicado. Numa outra nota, a direcção do Rota das Letras explica que, para já, não existe uma data pensada para a realização do festival. “Iremos acompanhar de perto o desenvolvimento da epidemia e trabalhar de forma próxima com o Governo e com os nossos patrocinadores, a fim de definir uma data exacta após este cancelamento.” Em relação aos bilhetes de espectáculos já comprados pelos espectadores, o IC promete assegurar o reembolso até ao dia 31 de Maio deste ano. Os espectáculos que envolvem a aquisição de bilhetes incluem o Concerto de Cordas “O Fascínio dos Sopros e das Cordas”, pela Orquestra Chinesa de Macau, no dia 14 de Março e o Concerto “Sinfonia do Destino”, pela Orquestra de Macau, no dia 21 de Março. Além disso, vários espectáculos de entrada gratuita serão cancelados e adiados.
Andreia Sofia Silva EventosMúsico belga fez canção para ajudar vítimas do Covid-19 [dropcap]M[/dropcap]uito próximo da China, que diz ter visitado 150 vezes, o músico e compositor Jean-françois Maljean decidiu recorrer à sua arte para ajudar a mudar as mentalidades em relação ao novo surto do coronavírus, mas também ajudar as vítimas da epidemia. Em declarações ao HM, o compositor belga explicou como surgiu a oportunidade de compor uma balada ao piano. “Foi uma decisão tomada entre duas pessoas. Tenho um amigo, um parceiro em Wuhan, que tem uma empresa de produção e costumamos trabalhar juntos. E foi-me sugerido fazer uma canção sobre esta crise. No início hesitei, mas depois achei que compor uma canção poderia ajudar a aumentar a consciência dos ocidentais em relação a este problema.” Tendo actuado na cidade de Wuhan “três ou quatro vezes” e assumindo uma identificação com a China e os chineses, o músico belga diz não compreender a discriminação que se tem verificado com o surto do novo coronavírus. “O primeiro motivo pelo qual fiz a canção foi dar coragem à população chinesa para que lutem contra a epidemia, para dar força às famílias dos doentes que faleceram. Quis ajudar, juntar algum dinheiro para ajudar a combater esta crise. Mas vejo algumas reacções dos ocidentais que não aprovo. Adoro a China e tenho muitas histórias com chineses e fiquei desapontado com tudo isto. Espero que as atitudes das pessoas mudem para que não haja discriminação.” Sons antigos Jean-françois Maljean, que diz sempre ter feito música de fusão, decidiu incorporar o som de uns sinos tradicionais chineses, famosos na província de Hubei. Três pessoas trabalharam na letra, incluindo o autor inglês Robert Muray, que finalizou o texto. A interpretação está a cargo de Noemie Manjou, filha do músico, que é cantora profissional. “Esta é a primeira vez que trabalhamos juntos. Quando o projecto da canção apareceu pensei naturalmente nela [para interpretar a música]. A sua voz é perfeita para a canção e é muito fácil trabalhar com ela”, concluiu. Esta música terá uma versão chinesa “em breve”. “Não espero ter sucesso para mim próprio”, rematou Jean-françois Maljean.
Hoje Macau EventosCinemateca Paixão | Produções locais vão a concurso [dropcap]E[/dropcap]stão abertas as inscrições de produções locais para apresentação no festival “Panorama do Cinema de Macau 2020”. A informação foi divulgada ontem em comunicado pela Cinemateca Paixão, acrescentando que serão aceites todos os géneros, de longas metragens a documentário e animação, desde que as obras tenham sido produzidas não antes de 2018. O festival terá lugar dentro de alguns meses e as inscrições podem ser feitas até 3 de Março. Albert Chu, Director Artístico da Cinemateca, mostra-se confiante acerca do papel que o festival detém na promoção da arte cinematográfica local. “Em anos recentes, todo um conjunto de produções demonstrou vigorosamente a paixão e trabalho incansável da sua equipa. Em termos de escrita de argumento, realização, actuação e outras capacidades, foram muitos os que atingiram um nível profissional. Agora no seu quarto ano, o Panorama do Cinema de Macau prossegue o seu papel de liderança na promoção do cinema e cineastas locais”, pode ler-se no comunicado. Já Rita Wong espera que a edição deste ano possa trazer novidades, sobretudo com a experiências coleccionadas além-fronteiras. No ano passado, ‘O Poder do Cinema Local Independente Local’ mostrou dois tipos de aventuras: as diferentes experiências e exploração de cineastas que continuaram os seus estudos no Reino Unido, Polónia, Austrália, Taiwan e outras regiões; e o aperfeiçoar da capacidade narrativa dos cineastas locais. É absolutamente empolgante assistir à energia que tem lugar durante o festival”.
admin EventosCinemateca Paixão | Produções locais vão a concurso [dropcap]E[/dropcap]stão abertas as inscrições de produções locais para apresentação no festival “Panorama do Cinema de Macau 2020”. A informação foi divulgada ontem em comunicado pela Cinemateca Paixão, acrescentando que serão aceites todos os géneros, de longas metragens a documentário e animação, desde que as obras tenham sido produzidas não antes de 2018. O festival terá lugar dentro de alguns meses e as inscrições podem ser feitas até 3 de Março. Albert Chu, Director Artístico da Cinemateca, mostra-se confiante acerca do papel que o festival detém na promoção da arte cinematográfica local. “Em anos recentes, todo um conjunto de produções demonstrou vigorosamente a paixão e trabalho incansável da sua equipa. Em termos de escrita de argumento, realização, actuação e outras capacidades, foram muitos os que atingiram um nível profissional. Agora no seu quarto ano, o Panorama do Cinema de Macau prossegue o seu papel de liderança na promoção do cinema e cineastas locais”, pode ler-se no comunicado. Já Rita Wong espera que a edição deste ano possa trazer novidades, sobretudo com a experiências coleccionadas além-fronteiras. No ano passado, ‘O Poder do Cinema Local Independente Local’ mostrou dois tipos de aventuras: as diferentes experiências e exploração de cineastas que continuaram os seus estudos no Reino Unido, Polónia, Austrália, Taiwan e outras regiões; e o aperfeiçoar da capacidade narrativa dos cineastas locais. É absolutamente empolgante assistir à energia que tem lugar durante o festival”.
Hoje Macau Eventos“Parasitas”, do sul-coreano Bong Joon-ho, venceu Óscar de Melhor Filme [dropcap]O[/dropcap] Presidente sul-coreano Moon Jae-in felicitou hoje toda a equipa de “Parasitas”, que hoje ganhou o Óscar para Melhor Filme, e especialmente o diretor Bong Joon-ho por realizar o que considerou ser “uma história coreana única”. “Uno-me a todos os coreanos para felicitar o filme” Parasita”, escreveu hoje Moon Jae-in na rede social Twitter. O Presidente sul-coreano disse estar “orgulhoso do realizador Bong Joon-ho, dos atores e da equipa “depois destes terem ganhado quatro estatuetas (Melhor Argumento Original, Melhor Filme Internacional, Melhor realizador e Melhor Filme). “’Parasita’ tocou os corações das pessoas de todo o mundo com uma história coreana única”, disse o Presidente sul-coreano. Os quatro Óscares e a Palma de Ouro de Cannes, que o filme ganhou no ano passado, “podem ser atribuídos aos esforços acumulados de cada cineasta coreano nos últimos 100 anos”, disse Moon em referência ao centenário que o cinema coreano celebrou recentemente. O chefe de Estado considerou que o filme “transmite mensagens sociais de maneira inovadora, notável e bem-sucedida” e prometeu apoio institucional aos membros da indústria nacional. O filme “Parasitas”, do realizador sul-coreano Bong Joon Ho, venceu o Óscar de Melhor Filme, na 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, de Hollywood. Os outros candidatos ao Óscar de Melhor Filme eram “Le Mans’66: O Duelo”, “O Irlandês”, “Jojo Rabbit”, “Joker”, “Mulherzinhas”, “Marriage Story”, “1917” e “Era Uma Vez em… Hollywood”. A distinção fez história porque nunca um título estrangeiro tinha vencido o Óscar de “Melhor Filme, tendo o favoritismo recaído em “1917”, de Sam Mendes. “Parasitas” já tinha arrecadado o prémio na categoria internacional. “Parasitas”, que partiu com seis nomeações para os Óscares, conquistou os quatro mais importantes para os quais estava indicado: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Filme Internacional e Melhor Argumento Original. De fora ficaram melhor cenografia e melhor montagem, que cedeu a “Era Uma Vez… em Hollywood” e “Le Mans ’66: O Duelo”, respetivamente. A longa-metragem, uma comédia negra sobre injustiças sociais, soma já perto de duas centenas de prémios, desde a estreia em Cannes, em maio do ano passado, onde conquistou a Palma de Ouro. Joaquin Phoenix venceu o Óscar para “Melhor Actor” em “Joker” e René Zellweger em “Judy” arrecadou o prémio de “Melhor Actriz”. Laura Dern em ‘Marriage Story’ e Brad Pitt, pela sua interpretação em “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino, ganharam os prémios de “melhor Actriz Secundária” e “Melhor Actor Secundário”. A 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos, decorreu no Dolby Theatre, em Los Angeles, no domingo à noite, na Califórnia.
admin Eventos"Parasitas", do sul-coreano Bong Joon-ho, venceu Óscar de Melhor Filme [dropcap]O[/dropcap] Presidente sul-coreano Moon Jae-in felicitou hoje toda a equipa de “Parasitas”, que hoje ganhou o Óscar para Melhor Filme, e especialmente o diretor Bong Joon-ho por realizar o que considerou ser “uma história coreana única”. “Uno-me a todos os coreanos para felicitar o filme” Parasita”, escreveu hoje Moon Jae-in na rede social Twitter. O Presidente sul-coreano disse estar “orgulhoso do realizador Bong Joon-ho, dos atores e da equipa “depois destes terem ganhado quatro estatuetas (Melhor Argumento Original, Melhor Filme Internacional, Melhor realizador e Melhor Filme). “’Parasita’ tocou os corações das pessoas de todo o mundo com uma história coreana única”, disse o Presidente sul-coreano. Os quatro Óscares e a Palma de Ouro de Cannes, que o filme ganhou no ano passado, “podem ser atribuídos aos esforços acumulados de cada cineasta coreano nos últimos 100 anos”, disse Moon em referência ao centenário que o cinema coreano celebrou recentemente. O chefe de Estado considerou que o filme “transmite mensagens sociais de maneira inovadora, notável e bem-sucedida” e prometeu apoio institucional aos membros da indústria nacional. O filme “Parasitas”, do realizador sul-coreano Bong Joon Ho, venceu o Óscar de Melhor Filme, na 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, de Hollywood. Os outros candidatos ao Óscar de Melhor Filme eram “Le Mans’66: O Duelo”, “O Irlandês”, “Jojo Rabbit”, “Joker”, “Mulherzinhas”, “Marriage Story”, “1917” e “Era Uma Vez em… Hollywood”. A distinção fez história porque nunca um título estrangeiro tinha vencido o Óscar de “Melhor Filme, tendo o favoritismo recaído em “1917”, de Sam Mendes. “Parasitas” já tinha arrecadado o prémio na categoria internacional. “Parasitas”, que partiu com seis nomeações para os Óscares, conquistou os quatro mais importantes para os quais estava indicado: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Filme Internacional e Melhor Argumento Original. De fora ficaram melhor cenografia e melhor montagem, que cedeu a “Era Uma Vez… em Hollywood” e “Le Mans ’66: O Duelo”, respetivamente. A longa-metragem, uma comédia negra sobre injustiças sociais, soma já perto de duas centenas de prémios, desde a estreia em Cannes, em maio do ano passado, onde conquistou a Palma de Ouro. Joaquin Phoenix venceu o Óscar para “Melhor Actor” em “Joker” e René Zellweger em “Judy” arrecadou o prémio de “Melhor Actriz”. Laura Dern em ‘Marriage Story’ e Brad Pitt, pela sua interpretação em “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino, ganharam os prémios de “melhor Actriz Secundária” e “Melhor Actor Secundário”. A 92.ª edição dos prémios da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas, dos Estados Unidos, decorreu no Dolby Theatre, em Los Angeles, no domingo à noite, na Califórnia.
Hoje Macau EventosMorreu o actor Kirk Douglas, o incansável trabalhador do cinema [dropcap]K[/dropcap]irk Douglas, que morreu na quarta-feira aos 103 anos, nunca esqueceu as origens e foi um trabalhador incansável que só abandonou o cinema aos 80 anos na sequência de uma apoplexia grave. Issur Danielovitch Demsky nasceu em 9 de Dezembro de 1916, em Amesterdão, uma localidade do estado de Nova Iorque, filho de um casal de emigrantes judeus de origem bielorrussa, Herschel e Bryna Danielovitch. Cresceu num bairro pobre, mas era bom estudante e formou-se em Letras na Universidade de St. Lawrence, em 1934. Concluídos os estudos, mudou-se para Nova Iorque, onde até 1939 estudou na Academia Americana de Arte Dramática. Desempenhou pequenos papéis em obras na Broadway antes de se alistar na Marinha em 1941 para combater na Segunda Guerra Mundial. Dois anos depois foi dispensado do serviço devido aos ferimentos sofridos em combate e voltou a Nova Iorque, onde participou em várias produções teatrais e actuou em emissoras de rádio. A recomendação da atriz Lauren Bacall, com quem estudou teatro em Nova Iorque, abriu as portas de Hollywood e em 1946 participou na meca do cinema, no primeiro filme “O estranho amor de Marta Ives” de Lewis Milestone, em que os protagonistas em Barbara Stanwyck e Van Heflin. Foi o início de uma longa carreira, que se estendeu por seis décadas e mais de 90 filmes, além de produzir uma dezena de películas e dirigir duas longas-metragens, “Scalawag” (1973) e “Cavalgada dos Destemidos” (1975). Douglas trabalhou com vários realizadores, Vincent Minelli, Jacques Tourneur, King Vidor, Otto Preminger, Billy Wilder, Elia Kazan, Howard Hawks e William Wyler, entre outros, mas foi Stanley Kubrick quem mais marcou a carreira do ator com “Horizontes de Glória” (1957) e “Spartacus” (1960). Nesta longa carreira, só conseguiu um Oscar honorário em 1996. Honorários foram também os prémios Cecil B. de Mille, em 1968, o César da Academia Francesa em 1980 e o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim em 2001. Foi também condecorado com a Ordem das Artes e das Letras, concedida pelo Governo de França em 1979, e com a Medalha Presidencial da Liberdade em 1981 e em 2011 recebeu a Medalha Nacional dos Estados Unidos de Arte e Humanidades. Além do cinema, Kirk Douglas trabalhou nos palcos e na televisão. A última interpretação teatral foi em Março de 2009 na sala com o seu nome em Culver City (Los Angeles, Califórnia) em “Antes que me esqueça”, comédia sobre a vida do actor. Douglas apareceu pela última vez em público há dois anos, na gala dos Globos de Ouro, na companhia da nora Catherine Zeta-Jones, para entregar o prémio para o melhor argumento. Durante algum tempo foi também porta-voz do centro Simon Wiesenthal, especializado em estudos sobre o holocausto judeu. Do primeiro casamento com Diana Dill, em 1943, nasceram dois filhos: o ator Michael Douglas e Joel Andre. Em 1945, voltou a casar-se com Anne Buydens e teve mais dois filhos: Peter e Eric Anthony, que em julho de 2004, foi encontrado morto devido a excesso de álcool e medicamentos.
João Luz EventosMúsica | Veteranos Black Flag tocam pela primeira vez em Hong Kong Os Black Flag, uma das mais influentes bandas da história do punk, estreiam-se em Hong Kong no próximo dia 26 de Março, no This Town Needs. Com mais de quatro décadas de luta contra o status quo e o conformismo, a banda chega à região vizinha em forma, mas sem Henry Rollins no alinhamento [dropcap]A[/dropcap]o mesmo tempo que em Londres os Sex Pistols explodiam, e a revolução do movimento punk ganhava força, em 1976 na Califórnia nascia uma banda que iria rebentar todos as barreiras conceptuais e estilos musicais – os Black Flag. Ao contrário dos Pistols, a banda norte-americana cedo assumiu uma postura de intervenção social muito além do circo de aparências que fazia crescer cristas e multiplicava alfinetes nas roupas dos punks. Além disso, os Black Flag acrescentaram velocidade e agressividade ao som, aclamados por muitos como pioneiros do hardcore, e voz à dissidência política. Passados mais de 40 anos da explosão do punk na pequena comunidade de Hermosa Beach, na Califórnia, a formação sobrevivente dos Black Flag chega a Hong Kong, no dia 26 de Março, para um concerto no espaço This Town Needs, em Yau Tong. Antes dos veteranos subirem ao palco, o público que se deslocar a Kowloon terá como aperitivos duas bandas. Os Round Eye, um quinteto de punk experimental baseado em Xangai. Formados em 2012, os Round Eye já tocaram um pouco por todo o lado, além das tours no Interior da China, correram palcos nos Estados Unidos, México, Coreia do Sul, Japão, etc. Na discografia da banda, destaque para o EP “Full Circle”, que além da aclamação crítica, contou com a participação de Greg Ginn, fundador e principal compositor dos Black Flag. A outra banda que terá o privilégio de partilhar palco com a histórica banda californiana são os Dagger, um quarteto de agitadores de Hong Kong que usam o hardcore para passar mensagens sociopolíticas. Teoria da evolução Saindo fora dos habituais cânones do punk rock, os Black Flag evoluíram ao longo dos anos sem nunca terem receio de perder fãs ou de se comprometerem artisticamente. Apesar de no centro estar sempre o punk hardcore, a criatividade de Greg Ginn e a forma como evoluiu como guitarrista, aliada às várias personalidades que passaram pela banda, com Henry Rollins à cabeça, levou sempre os Black Flag para terrenos nunca antes pisados. Além de terem sido dos primeiros a incorporar influências de heavy metal no punk, dois estilos antagónicos para a grande maioria dos puristas, nos discos da banda californiana há de tudo um pouco: free jazz, breakbeat, spoken word e mesmo laivos de música clássica contemporânea. Dos sons mais crus de “Damaged” e “My War”, em “Slip it in” a banda aproximou-se de atmosferas sonoras mais densas e metálicas, e podia-se sentir já algumas sementes de grunge a germinar no som da banda. E depois, em “Slip it in”, surge a faixa “Obliteration”, um bom exemplo do experimentalismo e coragem que a banda sempre teve em abrir portas para o desconhecido e a acrescentar complexidade a uma corrente musical marcada por padrões. Para os fãs, fiquem a saber que os concertos da banda têm terminado com “Rise Above” e a cover de Richard Berry “Louie Louie”, ou seja, we gotta go. As portas do This Town Needs abrem às 19h, e os bilhetes custam 450 HKD comprados antecipadamente e 500 HKD à porta.
admin EventosMúsica | Veteranos Black Flag tocam pela primeira vez em Hong Kong Os Black Flag, uma das mais influentes bandas da história do punk, estreiam-se em Hong Kong no próximo dia 26 de Março, no This Town Needs. Com mais de quatro décadas de luta contra o status quo e o conformismo, a banda chega à região vizinha em forma, mas sem Henry Rollins no alinhamento [dropcap]A[/dropcap]o mesmo tempo que em Londres os Sex Pistols explodiam, e a revolução do movimento punk ganhava força, em 1976 na Califórnia nascia uma banda que iria rebentar todos as barreiras conceptuais e estilos musicais – os Black Flag. Ao contrário dos Pistols, a banda norte-americana cedo assumiu uma postura de intervenção social muito além do circo de aparências que fazia crescer cristas e multiplicava alfinetes nas roupas dos punks. Além disso, os Black Flag acrescentaram velocidade e agressividade ao som, aclamados por muitos como pioneiros do hardcore, e voz à dissidência política. Passados mais de 40 anos da explosão do punk na pequena comunidade de Hermosa Beach, na Califórnia, a formação sobrevivente dos Black Flag chega a Hong Kong, no dia 26 de Março, para um concerto no espaço This Town Needs, em Yau Tong. Antes dos veteranos subirem ao palco, o público que se deslocar a Kowloon terá como aperitivos duas bandas. Os Round Eye, um quinteto de punk experimental baseado em Xangai. Formados em 2012, os Round Eye já tocaram um pouco por todo o lado, além das tours no Interior da China, correram palcos nos Estados Unidos, México, Coreia do Sul, Japão, etc. Na discografia da banda, destaque para o EP “Full Circle”, que além da aclamação crítica, contou com a participação de Greg Ginn, fundador e principal compositor dos Black Flag. A outra banda que terá o privilégio de partilhar palco com a histórica banda californiana são os Dagger, um quarteto de agitadores de Hong Kong que usam o hardcore para passar mensagens sociopolíticas. Teoria da evolução Saindo fora dos habituais cânones do punk rock, os Black Flag evoluíram ao longo dos anos sem nunca terem receio de perder fãs ou de se comprometerem artisticamente. Apesar de no centro estar sempre o punk hardcore, a criatividade de Greg Ginn e a forma como evoluiu como guitarrista, aliada às várias personalidades que passaram pela banda, com Henry Rollins à cabeça, levou sempre os Black Flag para terrenos nunca antes pisados. Além de terem sido dos primeiros a incorporar influências de heavy metal no punk, dois estilos antagónicos para a grande maioria dos puristas, nos discos da banda californiana há de tudo um pouco: free jazz, breakbeat, spoken word e mesmo laivos de música clássica contemporânea. Dos sons mais crus de “Damaged” e “My War”, em “Slip it in” a banda aproximou-se de atmosferas sonoras mais densas e metálicas, e podia-se sentir já algumas sementes de grunge a germinar no som da banda. E depois, em “Slip it in”, surge a faixa “Obliteration”, um bom exemplo do experimentalismo e coragem que a banda sempre teve em abrir portas para o desconhecido e a acrescentar complexidade a uma corrente musical marcada por padrões. Para os fãs, fiquem a saber que os concertos da banda têm terminado com “Rise Above” e a cover de Richard Berry “Louie Louie”, ou seja, we gotta go. As portas do This Town Needs abrem às 19h, e os bilhetes custam 450 HKD comprados antecipadamente e 500 HKD à porta.
Hoje Macau EventosIPOR, Camões e UM lançam concurso de tradução literária [dropcap]O[/dropcap] Instituto Português do Oriente (IPOR), o Instituto Camões (IC) e a Universidade de Macau (UM) vão lançar um concurso de tradução, a primeira de “várias iniciativas”, a realizar no âmbito de um novo protocolo, que assinaram ontem em Macau. “Vamos lançar um concurso para jovens tradutores que será tutelado por académicos reconhecidos”, afirmou o director do IPOR, Joaquim Coelho Ramos, em declarações aos jornalistas à margem da assinatura de um novo protocolo de cooperação com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e a UM. A iniciativa, de carácter anual, destina-se sobretudo à tradução literária e os tópicos – poesia, contos, ou crónicas – “são rotativos”, adiantou o responsável. A tradução será feita de português para chinês e vice-versa. “A cada ano será dado um tema [diferente]. A muito breve prazo concluiremos as negociações e avançamos para a abertura do concurso”, garantiu. Sobre o protocolo agora assinado, no centro de formação bilingue da UM, Joaquim Ramos destacou as oportunidades da cooperação entre as instituições, que descreveu como “três das mais altas e reconhecidas instituições na promoção da língua portuguesa a nível global”. “Não podemos senão aproveitar a oportunidade e explorar todas as potencialidades que este protocolo possa vir a trazer”, afirmou. Outras negociações Além do concurso de tradução, outras actividades na área da formação estão já a ser negociadas entre as três partes, disse o vice-reitor da UM, Rui Martins, sem avançar pormenores. “Estou certo de que teremos grande sucesso nestas actividades até porque o interesse pela língua portuguesa continua a crescer nesta região”, acrescentou. Por sua vez, o Camões, como uma “instituição transversal para o desenvolvimento de programas de promoção da língua portuguesa”, aporta a esta colaboração local “uma vertente institucional complementar”, afirmou o vogal do conselho directivo João Neves. “Já temos uma rede [de ensino de português no estrangeiro] que abrange cerca de 80 países – e temos hoje, felizmente, a língua portuguesa a caminho de um objectivo de chegar aos 40 países com o português como língua curricular no ensino não superior”, disse. Nesse sentido, a entrada do Camões no protocolo coloca à disposição do IPOR e da UM “ferramentas, saberes e experiências”, afirmou.
Hoje Macau EventosGastronomia | Cozinha portuguesa chega a Guangdong com parceria luso-turca É mais um caso de sucesso da comida portuguesa em terras chinesas. O chef português Dário Silva uniu-se a um empresário turco e juntos querem criar uma cadeia de restaurantes portugueses aqui ao lado [dropcap]U[/dropcap]m gestor portuense, um ‘chef’ lisboeta e um empresário turco uniram-se para criar uma cadeia de restaurantes portugueses na província chinesa de Guangdong, numa aposta inédita no crescente cosmopolitismo da emergente classe média local. “Guangdong é a melhor província para fazer negócios: há dinheiro, há cultura de consumo e as pessoas têm a mente mais aberta do que em outras partes da China”, descreve à agência Lusa Dário Silva, natural do Porto e radicado no país asiático há dez anos. O projecto arrancou este mês com a abertura de um restaurante piloto, o Lusitano, num clube exclusivo de Foshan, centro industrial adjacente a Cantão, a capital de Guangdong. Propriedade do grupo de luxo e entretenimento New World, que tem sede em Hong Kong, o Foshan Golf Club cobra uma anuidade de 200 mil yuan pela filiação e tem mais de 500 membros, sobretudo empresários, executivos e oficiais do Exército. O complexo inclui um campo de golfe e um outro restaurante, que serve comida cantonesa, mas onde os vinhos são todos importados de Portugal, incluindo produtores do Douro ao Alentejo. No corredor que dá acesso ao edifício principal, revestido a mármore e circundado por jardins, surgem quadros de cidades e paisagens portuguesas. “Acho que faz sentido explorar este mercado”, explica à Lusa o ‘chef’ de cozinha, Fábio Pombo, que trabalhou dois anos no Casa Lisboa, restaurante português em Hong Kong antes de rumar ao continente chinês. “A China abre toda uma nova porta”, diz. “Há dez anos seria mais complicado: as pessoas viajavam menos, tinham menos contacto com o exterior. Agora que o poder económico é mais repartido e a classe média mais forte, já viajam e começam a perceber diferentes tipos de cozinha e a apurar os gostos”, observa. Pratos do dia Além de Bacalhau, o Lusitano serve arroz de caranguejo, arroz de pato e outros pratos típicos. Ao contrário dos restaurantes chineses, as mesas aqui são quadradas. Pratos, copos e talheres são ‘Made in Portugal’. Painéis de azulejo cobrem as paredes até meia altura. Música portuguesa completa o ambiente. O ‘chef’ avisa, no entanto, que o sabor vai ser adaptado ao paladar local. “Não são todos os pratos que entram aqui: têm que ser um bocado mais gourmet, mas não em demasia, porque a cozinha portuguesa não é ‘super’ gourmet, é de um estilo caseiro”, explica. “Mas temos que ter uma imagem que lhes permita tirar a fotografia para mostrar aos amigos”, aponta. Encontrar os ingredientes certos, até o arroz, é um desafio para quem cozinha comida portuguesa na China. “Há tantos tipos de arroz, mas o ‘chef’ precisa de um tipo específico”, conta o empresário turco Bahadur Tokayev, nascido no Reino Unido, e que se apaixonou pela cultura e cozinha portuguesas após uma visita a Portugal com Dário Silva. “A boa comida é uma forma fácil de aproximar as pessoas”, explica. “Com um prato podes fazer com que alguém se apaixone por uma cultura”. Para já, o grupo conseguiu encontrar um fornecedor de bacalhau seco e salgado – na China, apenas a importação de bacalhau fresco é permitida – através de um centro de processamento da Riberalves no nordeste do país. “É o mesmo bacalhau que vai para Portugal”, realça Dário. O grupo vai abrir este mês um segundo restaurante, em Cantão, e, até ao final do ano, conta abrir um terceiro, na mesma cidade. A partir daí serão franchisados. “É a forma correcta, do meu ponto de vista, de desenvolver o mercado para os produtos portugueses na China”, aponta o gestor.
admin EventosGastronomia | Cozinha portuguesa chega a Guangdong com parceria luso-turca É mais um caso de sucesso da comida portuguesa em terras chinesas. O chef português Dário Silva uniu-se a um empresário turco e juntos querem criar uma cadeia de restaurantes portugueses aqui ao lado [dropcap]U[/dropcap]m gestor portuense, um ‘chef’ lisboeta e um empresário turco uniram-se para criar uma cadeia de restaurantes portugueses na província chinesa de Guangdong, numa aposta inédita no crescente cosmopolitismo da emergente classe média local. “Guangdong é a melhor província para fazer negócios: há dinheiro, há cultura de consumo e as pessoas têm a mente mais aberta do que em outras partes da China”, descreve à agência Lusa Dário Silva, natural do Porto e radicado no país asiático há dez anos. O projecto arrancou este mês com a abertura de um restaurante piloto, o Lusitano, num clube exclusivo de Foshan, centro industrial adjacente a Cantão, a capital de Guangdong. Propriedade do grupo de luxo e entretenimento New World, que tem sede em Hong Kong, o Foshan Golf Club cobra uma anuidade de 200 mil yuan pela filiação e tem mais de 500 membros, sobretudo empresários, executivos e oficiais do Exército. O complexo inclui um campo de golfe e um outro restaurante, que serve comida cantonesa, mas onde os vinhos são todos importados de Portugal, incluindo produtores do Douro ao Alentejo. No corredor que dá acesso ao edifício principal, revestido a mármore e circundado por jardins, surgem quadros de cidades e paisagens portuguesas. “Acho que faz sentido explorar este mercado”, explica à Lusa o ‘chef’ de cozinha, Fábio Pombo, que trabalhou dois anos no Casa Lisboa, restaurante português em Hong Kong antes de rumar ao continente chinês. “A China abre toda uma nova porta”, diz. “Há dez anos seria mais complicado: as pessoas viajavam menos, tinham menos contacto com o exterior. Agora que o poder económico é mais repartido e a classe média mais forte, já viajam e começam a perceber diferentes tipos de cozinha e a apurar os gostos”, observa. Pratos do dia Além de Bacalhau, o Lusitano serve arroz de caranguejo, arroz de pato e outros pratos típicos. Ao contrário dos restaurantes chineses, as mesas aqui são quadradas. Pratos, copos e talheres são ‘Made in Portugal’. Painéis de azulejo cobrem as paredes até meia altura. Música portuguesa completa o ambiente. O ‘chef’ avisa, no entanto, que o sabor vai ser adaptado ao paladar local. “Não são todos os pratos que entram aqui: têm que ser um bocado mais gourmet, mas não em demasia, porque a cozinha portuguesa não é ‘super’ gourmet, é de um estilo caseiro”, explica. “Mas temos que ter uma imagem que lhes permita tirar a fotografia para mostrar aos amigos”, aponta. Encontrar os ingredientes certos, até o arroz, é um desafio para quem cozinha comida portuguesa na China. “Há tantos tipos de arroz, mas o ‘chef’ precisa de um tipo específico”, conta o empresário turco Bahadur Tokayev, nascido no Reino Unido, e que se apaixonou pela cultura e cozinha portuguesas após uma visita a Portugal com Dário Silva. “A boa comida é uma forma fácil de aproximar as pessoas”, explica. “Com um prato podes fazer com que alguém se apaixone por uma cultura”. Para já, o grupo conseguiu encontrar um fornecedor de bacalhau seco e salgado – na China, apenas a importação de bacalhau fresco é permitida – através de um centro de processamento da Riberalves no nordeste do país. “É o mesmo bacalhau que vai para Portugal”, realça Dário. O grupo vai abrir este mês um segundo restaurante, em Cantão, e, até ao final do ano, conta abrir um terceiro, na mesma cidade. A partir daí serão franchisados. “É a forma correcta, do meu ponto de vista, de desenvolver o mercado para os produtos portugueses na China”, aponta o gestor.
Pedro Arede EventosI Nyoman Suarnata, pintor | A sustentável procura do ser “Eksploring of Identity, between Imagination and Reality” é a exposição do artista balinense, I Nyoman Suarnata, que abre ao público a partir de amanhã na Casa Garden. Desde super-heróis às alterações climáticas, passando pelas influências de Basquiat, o HM procurou compreender o que está na génese de uma obra, no mínimo, peculiar [dropcap]A[/dropcap] arte pode ser quase um sonho onde o passado e o presente convivem com a imaginação e a realidade numa sinergia que tenta encontrar explicações para o mundo que nos rodeia. É desta forma que I Nyoman Suarnata resume em traços gerais a constante busca por aquilo que considera ser a sua identidade artística, onde residem, não poucas vezes, a renovação hinduísta através da reencarnação, memórias de infância, a exploração animal e a esperança na construção de um mundo melhor. Natural de Tampaksiring, na região de Ubud, na indonésia, o artista de 39 anos de sorriso fácil, que vai ver a sua obra exposta na galeria principal da Casa Garden até ao próximo dia 23 de Fevereiro, contou ao HM como gosta de incluir nos seus trabalhos, mensagens que pretendem ser críticas sociais do mundo à sua volta. Materializando a sua criativade espontânea na pintura de figuras humanas inseridas em vastas multidões e animais “prontos a consumir”, o artista formado pelo Indonesia Institute of Arts combina a técnica mista de pintura a óleo, acrílico, recortes de papel e escritos, para dar vida aos seus trabalhos. Esporadicamente, confidencia, conta até com a ajuda do sobrinho para embelezar alguns trabalhos. Como descreve a sua obra à luz do que resulta do encontro entre a imaginação e a realidade? A imaginação e a realidade são o ponto de encontro da exploração da minha técnica nas obras que faço. Através da pintura pretendo transmitir mensagens ao público. A imaginação surge para dar vida a imagens abstractas que também pretendem ser mensagens para o público, como por exemplo, o tema da exploração animal que pode ser vista, por exemplo, no quadro onde represento uma galinha a ser transformada numa salsicha pronta para ser consumida. Da imaginação, faz parte tudo o que está dentro da minha cabeça e as obras, são a materialização disso mesmo. Do lado da realidade procuro usar no meu trabalho o que vejo à minha volta e os problemas que existem no sítio onde vivo. Estando atento à realidade consigo transmitir mensagens ao público através das minhas obras, procurando fazer com que o público entenda o meu passado e presente. Que mensagem pretende passar com os seus trabalhos? Existem muitas mensagens diferentes nas minhas obras e tento pensar de forma global, ao invés de tentar focar-me num único problema, conceito ou tema, pois não gosto disso. Nas minhas obras abordo, por exemplo, o tema da exploração animal intensiva ou outras situações culturais, sociais ou políticas. Quanto às alterações climáticas que têm resultado ultimamente nalgumas tragédias, penso que existe um problema global que tem de ser resolvido por todos e não apenas em Jacarta [no caso das cheias] ou [dos incêndios] na Austrália. Acho que a humanidade e o estilo de vida das pessoas têm contribuído drasticamente para o aparecimento deste tipo de problemas. Já o tema da exploração animal que tento transmitir através da minha obra, aborda a superioridade humana sobre os animais, que acaba por legitimar a possibilidade de fazer tudo. Tenho pena que se tenha de matar animais atrás de animais para servir de alimento. Gostava que homens e animais vivessem de forma harmoniosa e convivessem, sem interesses. Qual o papel que a arte pode desempenhar na resolução de problemas sociais? Acho que cada artista tem o seu próprio estilo, alguns mais interessados em pintar paisagens, outros mais virados para a crítica social e penso que não há problema nenhum nessa variedade. Mas penso ser importante que possa haver crítica através da arte para tentarmos mudar o mundo através das mensagens que queremos transmitir. É preciso continuar a tentar. Uma “ideia” recorrente nesta exposição diz respeito à busca feita por uma multidão que tenta ir para um novo planeta. Porque acha que a humanidade precisa de encontrar uma nova casa? Por um lado, resulta da minha própria experiência de vida em Bali onde as multidões e a falta de espaço são uma constante. Por outro, acho que o planeta Terra tem demasiadas pessoas e que está a chegar ao limite para acolher tanta gente. O que tento representar é que, como não há espaço para todos, existe a missão de encontrar um novo planeta, uma nova casa para as pessoas que vivem na Terra. Existe esperança, mas, nestas obras, desenho sempre as nuvens carregadas e com cores escuras também por que penso que existe demasiada poluição e isso faz com que as pessoas queiram procurar uma nova casa. Quais os principais desafios que encontra no processo de produção das suas obras? Não tenho encontrado dificuldades a nível técnico. A maior dificuldade que encontro passa sobretudo por arranjar ideias para as minhas obras, de forma a que público possa compreender as mensagens subjacentes ao meu trabalho. Esse é o meu maior problema e é muito difícil para mim passar a mensagem. Por exemplo, ao ver o trabalho não deve ser preciso perguntar sobre o tema que retrata, deve ser compreensível por si só e por toda a gente. As ideias surgem normalmente, através da minha imaginação, através de livros ou jornais que leio ou através do contacto com situações do dia a dia. Por outro lado, às vezes fico cansado ou aborrecido de pintar e preciso de parar por exemplo três meses até encontrar novamente a disposição certa para voltar ao trabalho. Quando deixo de ter ideias páro outra vez. Além disso, não trabalho todos os dias. Tenho a sorte de poder parar quando quero e recomeçar quando sinto que é o momento certo. Como é que decidiu enveredar por uma carreira no meio artístico? Desde pequeno, sempre gostei de desenhar e todos os dias desenhava, mesmo mais tarde durante a adolescência. A zona onde eu vivo, em Tampaksiring, Ubud, é uma zona culturalmente forte em Bali e onde estão os artistas todos. Originalmente queria ser arquitecto, mas não fui bem sucedido nos exames de admissão à universidade e acabei por ingressar o Indonesian Institute of the Arts, em Denpasar e fiz aí a minha formação. Por outro lado, por ter crescido em Bali, influenciado por muitas culturas fortes e pela filosofia própria da região, aprendi que o trabalho deve ser levado muito a sério e vem do coração, vem de deus. O trabalho em Bali é uma das muitas formas do Taksu, um conceito que significa “carisma” ou “vida” das artes retidas pelos olhos, mentes ou corações, tanto humanos como divinos. Quais são as suas principais referências artísticas? Tenho muitas referências, mas sublinho em primeiro lugar a influência de Basquiat. Entre artistas indonésios tenho de citar Made djirna, um artista de Bali de que gosto muito. Os filmes e os desenhos-animados que via quando era pequeno na televisão também foram uma influência forte, como é possível ver nalgumas obras onde retrato esse imaginário. Por vezes uso estes super-heróis nas minhas obras de forma distorcida e crítica, como por exemplo na obra do rei falso, que conta a história de uma eleição de fachada para um cargo político, onde o ex-dirigente que abandona o cargo é representado com uma capa vermelha e super-poderes. Além disso, o Hinduísmo está também presente no meu trabalho. A religião hindu é como uma confidente com quem podemos falar e que tem subjacente a ideia da reencarnação. Eu acredito que nós morremos e nascemos como se fosse um rolo de renovação contínua e por isso mesmo é que abordei esse tema da morte como um novo recomeço em algumas das minhas obras. É verdade que o seu sobrinho de seis anos deu o seu contributo nalgumas obras? Sim, às vezes encontro-me com o meu sobrinho para colaborarmos porque ele diz que gosta muito de desenhar, como eu. É um processo totalmente espontâneo, em que ele aparece e desenha se tiver vontade. Para mim não há problema nenhum que ele desenhe nos meus quadros, até gosto disso.
admin EventosI Nyoman Suarnata, pintor | A sustentável procura do ser “Eksploring of Identity, between Imagination and Reality” é a exposição do artista balinense, I Nyoman Suarnata, que abre ao público a partir de amanhã na Casa Garden. Desde super-heróis às alterações climáticas, passando pelas influências de Basquiat, o HM procurou compreender o que está na génese de uma obra, no mínimo, peculiar [dropcap]A[/dropcap] arte pode ser quase um sonho onde o passado e o presente convivem com a imaginação e a realidade numa sinergia que tenta encontrar explicações para o mundo que nos rodeia. É desta forma que I Nyoman Suarnata resume em traços gerais a constante busca por aquilo que considera ser a sua identidade artística, onde residem, não poucas vezes, a renovação hinduísta através da reencarnação, memórias de infância, a exploração animal e a esperança na construção de um mundo melhor. Natural de Tampaksiring, na região de Ubud, na indonésia, o artista de 39 anos de sorriso fácil, que vai ver a sua obra exposta na galeria principal da Casa Garden até ao próximo dia 23 de Fevereiro, contou ao HM como gosta de incluir nos seus trabalhos, mensagens que pretendem ser críticas sociais do mundo à sua volta. Materializando a sua criativade espontânea na pintura de figuras humanas inseridas em vastas multidões e animais “prontos a consumir”, o artista formado pelo Indonesia Institute of Arts combina a técnica mista de pintura a óleo, acrílico, recortes de papel e escritos, para dar vida aos seus trabalhos. Esporadicamente, confidencia, conta até com a ajuda do sobrinho para embelezar alguns trabalhos. Como descreve a sua obra à luz do que resulta do encontro entre a imaginação e a realidade? A imaginação e a realidade são o ponto de encontro da exploração da minha técnica nas obras que faço. Através da pintura pretendo transmitir mensagens ao público. A imaginação surge para dar vida a imagens abstractas que também pretendem ser mensagens para o público, como por exemplo, o tema da exploração animal que pode ser vista, por exemplo, no quadro onde represento uma galinha a ser transformada numa salsicha pronta para ser consumida. Da imaginação, faz parte tudo o que está dentro da minha cabeça e as obras, são a materialização disso mesmo. Do lado da realidade procuro usar no meu trabalho o que vejo à minha volta e os problemas que existem no sítio onde vivo. Estando atento à realidade consigo transmitir mensagens ao público através das minhas obras, procurando fazer com que o público entenda o meu passado e presente. Que mensagem pretende passar com os seus trabalhos? Existem muitas mensagens diferentes nas minhas obras e tento pensar de forma global, ao invés de tentar focar-me num único problema, conceito ou tema, pois não gosto disso. Nas minhas obras abordo, por exemplo, o tema da exploração animal intensiva ou outras situações culturais, sociais ou políticas. Quanto às alterações climáticas que têm resultado ultimamente nalgumas tragédias, penso que existe um problema global que tem de ser resolvido por todos e não apenas em Jacarta [no caso das cheias] ou [dos incêndios] na Austrália. Acho que a humanidade e o estilo de vida das pessoas têm contribuído drasticamente para o aparecimento deste tipo de problemas. Já o tema da exploração animal que tento transmitir através da minha obra, aborda a superioridade humana sobre os animais, que acaba por legitimar a possibilidade de fazer tudo. Tenho pena que se tenha de matar animais atrás de animais para servir de alimento. Gostava que homens e animais vivessem de forma harmoniosa e convivessem, sem interesses. Qual o papel que a arte pode desempenhar na resolução de problemas sociais? Acho que cada artista tem o seu próprio estilo, alguns mais interessados em pintar paisagens, outros mais virados para a crítica social e penso que não há problema nenhum nessa variedade. Mas penso ser importante que possa haver crítica através da arte para tentarmos mudar o mundo através das mensagens que queremos transmitir. É preciso continuar a tentar. Uma “ideia” recorrente nesta exposição diz respeito à busca feita por uma multidão que tenta ir para um novo planeta. Porque acha que a humanidade precisa de encontrar uma nova casa? Por um lado, resulta da minha própria experiência de vida em Bali onde as multidões e a falta de espaço são uma constante. Por outro, acho que o planeta Terra tem demasiadas pessoas e que está a chegar ao limite para acolher tanta gente. O que tento representar é que, como não há espaço para todos, existe a missão de encontrar um novo planeta, uma nova casa para as pessoas que vivem na Terra. Existe esperança, mas, nestas obras, desenho sempre as nuvens carregadas e com cores escuras também por que penso que existe demasiada poluição e isso faz com que as pessoas queiram procurar uma nova casa. Quais os principais desafios que encontra no processo de produção das suas obras? Não tenho encontrado dificuldades a nível técnico. A maior dificuldade que encontro passa sobretudo por arranjar ideias para as minhas obras, de forma a que público possa compreender as mensagens subjacentes ao meu trabalho. Esse é o meu maior problema e é muito difícil para mim passar a mensagem. Por exemplo, ao ver o trabalho não deve ser preciso perguntar sobre o tema que retrata, deve ser compreensível por si só e por toda a gente. As ideias surgem normalmente, através da minha imaginação, através de livros ou jornais que leio ou através do contacto com situações do dia a dia. Por outro lado, às vezes fico cansado ou aborrecido de pintar e preciso de parar por exemplo três meses até encontrar novamente a disposição certa para voltar ao trabalho. Quando deixo de ter ideias páro outra vez. Além disso, não trabalho todos os dias. Tenho a sorte de poder parar quando quero e recomeçar quando sinto que é o momento certo. Como é que decidiu enveredar por uma carreira no meio artístico? Desde pequeno, sempre gostei de desenhar e todos os dias desenhava, mesmo mais tarde durante a adolescência. A zona onde eu vivo, em Tampaksiring, Ubud, é uma zona culturalmente forte em Bali e onde estão os artistas todos. Originalmente queria ser arquitecto, mas não fui bem sucedido nos exames de admissão à universidade e acabei por ingressar o Indonesian Institute of the Arts, em Denpasar e fiz aí a minha formação. Por outro lado, por ter crescido em Bali, influenciado por muitas culturas fortes e pela filosofia própria da região, aprendi que o trabalho deve ser levado muito a sério e vem do coração, vem de deus. O trabalho em Bali é uma das muitas formas do Taksu, um conceito que significa “carisma” ou “vida” das artes retidas pelos olhos, mentes ou corações, tanto humanos como divinos. Quais são as suas principais referências artísticas? Tenho muitas referências, mas sublinho em primeiro lugar a influência de Basquiat. Entre artistas indonésios tenho de citar Made djirna, um artista de Bali de que gosto muito. Os filmes e os desenhos-animados que via quando era pequeno na televisão também foram uma influência forte, como é possível ver nalgumas obras onde retrato esse imaginário. Por vezes uso estes super-heróis nas minhas obras de forma distorcida e crítica, como por exemplo na obra do rei falso, que conta a história de uma eleição de fachada para um cargo político, onde o ex-dirigente que abandona o cargo é representado com uma capa vermelha e super-poderes. Além disso, o Hinduísmo está também presente no meu trabalho. A religião hindu é como uma confidente com quem podemos falar e que tem subjacente a ideia da reencarnação. Eu acredito que nós morremos e nascemos como se fosse um rolo de renovação contínua e por isso mesmo é que abordei esse tema da morte como um novo recomeço em algumas das minhas obras. É verdade que o seu sobrinho de seis anos deu o seu contributo nalgumas obras? Sim, às vezes encontro-me com o meu sobrinho para colaborarmos porque ele diz que gosta muito de desenhar, como eu. É um processo totalmente espontâneo, em que ele aparece e desenha se tiver vontade. Para mim não há problema nenhum que ele desenhe nos meus quadros, até gosto disso.
Hoje Macau EventosMúsica | Zeca Baleiro prepara novo álbum com “Canções d’Além-mar” de autores portugueses O músico brasileiro Zeca Baleiro deverá começar a gravar em Março um novo álbum que será inteiramente composto por músicas de autores portugueses. “Às Vezes o Amor”, de Sérgio Godinho, é o primeiro single que já está disponível nas plataformas digitais [dropcap]Z[/dropcap]eca Baleiro, conhecido músico brasileiro, tem previsto para Março o início da gravação de um novo álbum, “Canções d’Além-mar”, com composições de autores portugueses, antecedendo uma digressão em Portugal, disse o músico à agência Lusa. A decisão resulta de sucessivas aproximações do músico brasileiro às composições de músicos portugueses, e o primeiro ‘single’ deste projecto, “Às Vezes o Amor”, um original de Sergio Godinho, está já disponível nas plataformas digitais. “Sou um grande fã da música feita em Portugal e, ao longo dos anos, me aproximei mais e mais desse universo. Há pelo menos 15 anos [que tenho] o projecto de fazer esse disco. Chegou a hora, enfim”, disse Zeca Baleiro à Lusa, a partir do Brasil. “’Canções d’Além-mar’ é uma declaração de amor à música feita em Portugal, com ênfase na produção das últimas décadas. É parcial como todo o tributo. Não é uma antologia, mas um recorte afectivo do cancioneiro português feito por um músico brasileiro, uma homenagem sincera e apaixonada”, declarou. O interesse de Baleiro pela música portuguesa despertou na década de 1980, quando lhe ofereceram uma cassete, com algumas canções gravadas. “Uma amiga, Laurinda – por feliz coincidência, o nome de uma linda canção lusitana -, fez uma cassete com canções de Fausto, Vitorino, Sérgio Godinho e José Afonso”, recorda Zeca Baleiro, evocando o nome da canção popularizada por Vitorino. “Tempos depois, no início dos anos 1990, Hiro, amigo designer gráfico que viria a criar a capa do meu primeiro disco, trouxe de Portugal [para o Brasil] o CD ‘Viagens’, de Pedro Abrunhosa e os Bandemónio. Foi assim que a música mais contemporânea produzida na terra de Amália Rodrigues chegou aos meus ouvidos”, prosseguiu o músico, na entrevista à Lusa. Para o intérprete de “Telegrama”, as expressões musicais portuguesa e brasileira “têm pontos de contacto óbvios”. “Em geral são muito diferentes”, adverte, esclarecendo, que, “harmonicamente, por exemplo, a música brasileira bebeu muito no jazz, via bossa nova”. “Já a portuguesa, buscou soluções harmónicas muito específicas, ainda que bebendo de outras fontes como a própria música brasileira, o rock e o blues. Isso a torna um caso muito particular no cenário da música internacional”, acrescentou. Assim, através destes autores, Zeca Baleiro foi-se aproximando do que, musicalmente, se fazia em Portugal. Ligação a Fernando Pessoa Em 1998, um ano depois de lançar o seu CD de estreia, “Por Onde Andará Stephen Fry?”, participou no projecto “Navegar é Preciso”, em São Paulo, no Brasil, série de concertos que tomava para nome o verso de Fernando Pessoa. “A proposta era promover encontros entre artistas brasileiros e portugueses, e fui escalado para dividir a noite com, vejam só… Pedro Abrunhosa”, lembrou. A partir de 1999, quando apresentou o seu segundo disco, “Vô Imbolá”, actuou várias vezes em Portugal. “A cada viagem, voltava carregado de CD portugueses (e africanos também, mas aí já é assunto para outra história), buscando enriquecer meu repertório e tomando contacto com artistas de vários matizes musicais – canção tradicional, rap, rock, fado, música experimental, música pimba, etc.. Alguns desses álbuns e algumas dessas canções trazidos d’além-mar passaram a fazer parte da minha discoteca afectiva, de tal modo que passei a contagiar amigos e familiares com esse repertório”, disse à Lusa. Entretanto, “em 2000, Sérgio Godinho, em digressão pelo Brasil, assistiu a um ‘show’ meu em Salvador”. “Não nos conhecíamos até então. Depois do ‘show’, conversámos longamente e Sérgio me fez um convite irresistível: participar do ‘show’ que ele faria na Festa do Avante! [em Portugal], no ano seguinte. Foi a minha primeira apresentação para um público massivo em terras portuguesas, que abriu portas para as digressões seguintes, dos discos ‘Líricas’ (2000) e ‘Pet Shop Mundo Cão’ (2002)”, recordou. A parceria com Sérgio Godinho prosseguiu no disco “Irmão do Meio” (2003), do músico português, “no qual dividimos os vocais de ‘Coro das Velhas’, com a colaboração de músicos da minha banda”. “Pouco tempo depois participei no álbum ‘Jacarandá’, do guitarrista e compositor Pedro Jóia, interpretando a canção ‘Calçada Portuguesa’ [de Tiago Torres da Silva e Jóia] e, na sequência, fiz um dueto virtual com Teresa Salgueiro, no disco ‘Brizzi do Brasil’, do maestro italiano Aldo Brizzi”. Baleiro colaborou também com Manuel Paulo, no CD “O Assobio da Cobra”. Mais perto Em declarações à Lusa, o músico brasileiro expressou o desejo de haver “uma maior reciprocidade” entre as expressões musicais lusófonas do denominado triângulo atlântico – Portugal África e Brasil. “Ainda há pouca interacção musical entre esses mundos, infelizmente. Alguns projectos estão sendo levados a cabo, o que é óptimo, mas é pouco, diante da grandeza e riqueza desse cosmo lusófono”, afirmou. Com artistas portugueses, Baleiro prosseguiu as colaborações. No seu quinto álbum de originais, “Baladas do Asfalto e Outros Blues”, de 2005, a edição portuguesa inclui uma faixa-bónus, “Frágil”, de Jorge Palma. “Nos anos seguintes, fiz colaborações com vários artistas portugueses, como a banda Clã, com ‘shows’ em São Paulo e Lisboa, Ala dos Namorados, para um especial da RTP, Susana Travassos, em ‘shows’ e disco, em Portugal e no Brasil. Em 2010, dividi o palco com Jorge Palma no Rock in Rio Lisboa, numa noite para mim memorável”, contou. Referindo-se ao novo disco, afirmou: “Não foi feito com esta intenção, mas se conseguir aproximar as músicas brasileira e portuguesa, então vou me sentir premiado. Eu lamento que compositores maiúsculos como Sérgio Godinho, Fausto, Jorge Palma e Pedro Abrunhosa não sejam devidamente conhecidos por estas bandas [no Brasil]”.
admin EventosMúsica | Zeca Baleiro prepara novo álbum com "Canções d’Além-mar" de autores portugueses O músico brasileiro Zeca Baleiro deverá começar a gravar em Março um novo álbum que será inteiramente composto por músicas de autores portugueses. “Às Vezes o Amor”, de Sérgio Godinho, é o primeiro single que já está disponível nas plataformas digitais [dropcap]Z[/dropcap]eca Baleiro, conhecido músico brasileiro, tem previsto para Março o início da gravação de um novo álbum, “Canções d’Além-mar”, com composições de autores portugueses, antecedendo uma digressão em Portugal, disse o músico à agência Lusa. A decisão resulta de sucessivas aproximações do músico brasileiro às composições de músicos portugueses, e o primeiro ‘single’ deste projecto, “Às Vezes o Amor”, um original de Sergio Godinho, está já disponível nas plataformas digitais. “Sou um grande fã da música feita em Portugal e, ao longo dos anos, me aproximei mais e mais desse universo. Há pelo menos 15 anos [que tenho] o projecto de fazer esse disco. Chegou a hora, enfim”, disse Zeca Baleiro à Lusa, a partir do Brasil. “’Canções d’Além-mar’ é uma declaração de amor à música feita em Portugal, com ênfase na produção das últimas décadas. É parcial como todo o tributo. Não é uma antologia, mas um recorte afectivo do cancioneiro português feito por um músico brasileiro, uma homenagem sincera e apaixonada”, declarou. O interesse de Baleiro pela música portuguesa despertou na década de 1980, quando lhe ofereceram uma cassete, com algumas canções gravadas. “Uma amiga, Laurinda – por feliz coincidência, o nome de uma linda canção lusitana -, fez uma cassete com canções de Fausto, Vitorino, Sérgio Godinho e José Afonso”, recorda Zeca Baleiro, evocando o nome da canção popularizada por Vitorino. “Tempos depois, no início dos anos 1990, Hiro, amigo designer gráfico que viria a criar a capa do meu primeiro disco, trouxe de Portugal [para o Brasil] o CD ‘Viagens’, de Pedro Abrunhosa e os Bandemónio. Foi assim que a música mais contemporânea produzida na terra de Amália Rodrigues chegou aos meus ouvidos”, prosseguiu o músico, na entrevista à Lusa. Para o intérprete de “Telegrama”, as expressões musicais portuguesa e brasileira “têm pontos de contacto óbvios”. “Em geral são muito diferentes”, adverte, esclarecendo, que, “harmonicamente, por exemplo, a música brasileira bebeu muito no jazz, via bossa nova”. “Já a portuguesa, buscou soluções harmónicas muito específicas, ainda que bebendo de outras fontes como a própria música brasileira, o rock e o blues. Isso a torna um caso muito particular no cenário da música internacional”, acrescentou. Assim, através destes autores, Zeca Baleiro foi-se aproximando do que, musicalmente, se fazia em Portugal. Ligação a Fernando Pessoa Em 1998, um ano depois de lançar o seu CD de estreia, “Por Onde Andará Stephen Fry?”, participou no projecto “Navegar é Preciso”, em São Paulo, no Brasil, série de concertos que tomava para nome o verso de Fernando Pessoa. “A proposta era promover encontros entre artistas brasileiros e portugueses, e fui escalado para dividir a noite com, vejam só… Pedro Abrunhosa”, lembrou. A partir de 1999, quando apresentou o seu segundo disco, “Vô Imbolá”, actuou várias vezes em Portugal. “A cada viagem, voltava carregado de CD portugueses (e africanos também, mas aí já é assunto para outra história), buscando enriquecer meu repertório e tomando contacto com artistas de vários matizes musicais – canção tradicional, rap, rock, fado, música experimental, música pimba, etc.. Alguns desses álbuns e algumas dessas canções trazidos d’além-mar passaram a fazer parte da minha discoteca afectiva, de tal modo que passei a contagiar amigos e familiares com esse repertório”, disse à Lusa. Entretanto, “em 2000, Sérgio Godinho, em digressão pelo Brasil, assistiu a um ‘show’ meu em Salvador”. “Não nos conhecíamos até então. Depois do ‘show’, conversámos longamente e Sérgio me fez um convite irresistível: participar do ‘show’ que ele faria na Festa do Avante! [em Portugal], no ano seguinte. Foi a minha primeira apresentação para um público massivo em terras portuguesas, que abriu portas para as digressões seguintes, dos discos ‘Líricas’ (2000) e ‘Pet Shop Mundo Cão’ (2002)”, recordou. A parceria com Sérgio Godinho prosseguiu no disco “Irmão do Meio” (2003), do músico português, “no qual dividimos os vocais de ‘Coro das Velhas’, com a colaboração de músicos da minha banda”. “Pouco tempo depois participei no álbum ‘Jacarandá’, do guitarrista e compositor Pedro Jóia, interpretando a canção ‘Calçada Portuguesa’ [de Tiago Torres da Silva e Jóia] e, na sequência, fiz um dueto virtual com Teresa Salgueiro, no disco ‘Brizzi do Brasil’, do maestro italiano Aldo Brizzi”. Baleiro colaborou também com Manuel Paulo, no CD “O Assobio da Cobra”. Mais perto Em declarações à Lusa, o músico brasileiro expressou o desejo de haver “uma maior reciprocidade” entre as expressões musicais lusófonas do denominado triângulo atlântico – Portugal África e Brasil. “Ainda há pouca interacção musical entre esses mundos, infelizmente. Alguns projectos estão sendo levados a cabo, o que é óptimo, mas é pouco, diante da grandeza e riqueza desse cosmo lusófono”, afirmou. Com artistas portugueses, Baleiro prosseguiu as colaborações. No seu quinto álbum de originais, “Baladas do Asfalto e Outros Blues”, de 2005, a edição portuguesa inclui uma faixa-bónus, “Frágil”, de Jorge Palma. “Nos anos seguintes, fiz colaborações com vários artistas portugueses, como a banda Clã, com ‘shows’ em São Paulo e Lisboa, Ala dos Namorados, para um especial da RTP, Susana Travassos, em ‘shows’ e disco, em Portugal e no Brasil. Em 2010, dividi o palco com Jorge Palma no Rock in Rio Lisboa, numa noite para mim memorável”, contou. Referindo-se ao novo disco, afirmou: “Não foi feito com esta intenção, mas se conseguir aproximar as músicas brasileira e portuguesa, então vou me sentir premiado. Eu lamento que compositores maiúsculos como Sérgio Godinho, Fausto, Jorge Palma e Pedro Abrunhosa não sejam devidamente conhecidos por estas bandas [no Brasil]”.
Hoje Macau EventosAno Novo Chinês | Chegada do Ano do Rato celebra-se em Lisboa Um arraial na Alameda D. Afonso Henriques com música, comida e as tradicionais lanternas chinesas e inúmeras actividades no Museu do Oriente. É assim que se celebra mais um Ano Novo Chinês em Lisboa, com actividades para todos os gostos, que decorrem este fim-de-semana [dropcap]A[/dropcap] capital portuguesa não vai deixar passar em claro a chegada do Ano do Rato, naquela que é a época mais importante para a comunidade chinesa, por representar o arranque de um novo ciclo. O Ano Novo Chinês acontece apenas a 25 de Janeiro, mas em Lisboa o programa oficial das festividades acontece este fim-de-semana, nos dias 18 e 19, e foi preparado pela Câmara Municipal de Lisboa em parceria com associações locais. O desfile com dois grupos artísticos acontece este sábado por volta das 11h, começando na Igreja dos Anjos e terminando nos jardins da Alameda D. Afonso Henriques. Os grupos, oriundos de Shanxi e de Macau (Grupo Estudantil da Universidade de Macau), prometem levar a Lisboa danças folclóricas e músicas tradicionais alusivas ao ano novo. Nos jardins da Alameda irá decorrer uma espécie de feira temática onde, além de diversas barracas com comidas e bebidas chinesas, haverá ainda espectáculos de artes marciais, bailados e teatro. A festa está marcada para o período entre as 10 e 17h numa das zonas de Lisboa onde a comunidade chinesa está mais presente. Além de Lisboa, haverá também celebrações um pouco por todo o país, em cidades como Lagoa, Coimbra, Vila do Conde e Braga. FO também celebra A chegada do Ano do Rato também não passa despercebida para a Fundação Oriente (FO), que no sábado, dia 25, terá o Museu do Oriente de portas abertas gratuitamente. “Entre tradições familiares, oferendas aos deuses, rituais de purificação e propiciatórios da sorte e da prosperidade, o Museu do Oriente preparou um conjunto de actividades para todas as idades”, descreve a FO, em comunicado. Para a FO, tendo em conta a chegada do Ano do Rato, “considera-se que 2020 será propício a novos projectos, iniciativas e oportunidades”. “Para iniciar o ano da melhor maneira, sugere-se, entre outras tradições, comer alimentos apreciados pelo rato (frutos secos e queijos) ou usar as nossas roupas e acessórios mais luxuosos, pois o rato gosta de opulência”, acrescenta a mesma nota. Amanhã, entre as 11h30 e 12h30, decorre a oficina para crianças intitulada “Os Deuses são Gulosos?”, que vai tentar com que os mais pequenos descubram os deuses e as tradições chinesas do Ano Novo. No domingo, dia 19, será feita uma visita performativa para toda a família que inclui música, canto, artes marciais e acrobacias. “O actor de ópera chinesa tem de dominar várias artes. Só assim poderá triunfar em palco. Um relato para ouvir, na primeira pessoa, entre trajes e maquilhagens”, descreve a FO. Na terça-feira, 21, é dia de atelier para bebés, o evento intitulado “E o vencedor é…o Rato!”, onde os 12 anos do zodíaco chinês entram numa corrida, explorada pelos mais pequenos. No sábado, 25 de Janeiro, celebra-se “Uma festa das lanternas”, onde a FO convida os participantes a construírem as suas próprias lanternas tradicionais. O programa das celebrações proposto pela FO termina a 28 e inclui ainda, no sábado 25, um concerto intitulado “A voz lírica: árias e canções”, um recital com Isabel Alcobia e a pianista chinesa Shao Ling, que interpretam árias de ópera e zarzuela europeias, bem como canções eruditas e populares, incluindo tradicionais chinesas celebrando o Ano Novo. Também a Casa de Macau em Lisboa faz o seu habitual almoço de Ano Novo Chinês num restaurante Dim Sum, em Oeiras, com membros da comunidade chinesa e macaense.
admin EventosAno Novo Chinês | Chegada do Ano do Rato celebra-se em Lisboa Um arraial na Alameda D. Afonso Henriques com música, comida e as tradicionais lanternas chinesas e inúmeras actividades no Museu do Oriente. É assim que se celebra mais um Ano Novo Chinês em Lisboa, com actividades para todos os gostos, que decorrem este fim-de-semana [dropcap]A[/dropcap] capital portuguesa não vai deixar passar em claro a chegada do Ano do Rato, naquela que é a época mais importante para a comunidade chinesa, por representar o arranque de um novo ciclo. O Ano Novo Chinês acontece apenas a 25 de Janeiro, mas em Lisboa o programa oficial das festividades acontece este fim-de-semana, nos dias 18 e 19, e foi preparado pela Câmara Municipal de Lisboa em parceria com associações locais. O desfile com dois grupos artísticos acontece este sábado por volta das 11h, começando na Igreja dos Anjos e terminando nos jardins da Alameda D. Afonso Henriques. Os grupos, oriundos de Shanxi e de Macau (Grupo Estudantil da Universidade de Macau), prometem levar a Lisboa danças folclóricas e músicas tradicionais alusivas ao ano novo. Nos jardins da Alameda irá decorrer uma espécie de feira temática onde, além de diversas barracas com comidas e bebidas chinesas, haverá ainda espectáculos de artes marciais, bailados e teatro. A festa está marcada para o período entre as 10 e 17h numa das zonas de Lisboa onde a comunidade chinesa está mais presente. Além de Lisboa, haverá também celebrações um pouco por todo o país, em cidades como Lagoa, Coimbra, Vila do Conde e Braga. FO também celebra A chegada do Ano do Rato também não passa despercebida para a Fundação Oriente (FO), que no sábado, dia 25, terá o Museu do Oriente de portas abertas gratuitamente. “Entre tradições familiares, oferendas aos deuses, rituais de purificação e propiciatórios da sorte e da prosperidade, o Museu do Oriente preparou um conjunto de actividades para todas as idades”, descreve a FO, em comunicado. Para a FO, tendo em conta a chegada do Ano do Rato, “considera-se que 2020 será propício a novos projectos, iniciativas e oportunidades”. “Para iniciar o ano da melhor maneira, sugere-se, entre outras tradições, comer alimentos apreciados pelo rato (frutos secos e queijos) ou usar as nossas roupas e acessórios mais luxuosos, pois o rato gosta de opulência”, acrescenta a mesma nota. Amanhã, entre as 11h30 e 12h30, decorre a oficina para crianças intitulada “Os Deuses são Gulosos?”, que vai tentar com que os mais pequenos descubram os deuses e as tradições chinesas do Ano Novo. No domingo, dia 19, será feita uma visita performativa para toda a família que inclui música, canto, artes marciais e acrobacias. “O actor de ópera chinesa tem de dominar várias artes. Só assim poderá triunfar em palco. Um relato para ouvir, na primeira pessoa, entre trajes e maquilhagens”, descreve a FO. Na terça-feira, 21, é dia de atelier para bebés, o evento intitulado “E o vencedor é…o Rato!”, onde os 12 anos do zodíaco chinês entram numa corrida, explorada pelos mais pequenos. No sábado, 25 de Janeiro, celebra-se “Uma festa das lanternas”, onde a FO convida os participantes a construírem as suas próprias lanternas tradicionais. O programa das celebrações proposto pela FO termina a 28 e inclui ainda, no sábado 25, um concerto intitulado “A voz lírica: árias e canções”, um recital com Isabel Alcobia e a pianista chinesa Shao Ling, que interpretam árias de ópera e zarzuela europeias, bem como canções eruditas e populares, incluindo tradicionais chinesas celebrando o Ano Novo. Também a Casa de Macau em Lisboa faz o seu habitual almoço de Ano Novo Chinês num restaurante Dim Sum, em Oeiras, com membros da comunidade chinesa e macaense.
Hoje Macau EventosLíngua portuguesa | Primeiro festival internacional acontece em Lisboa em Maio [dropcap]A[/dropcap] primeira edição do Festival Internacional de Literatura e de Língua Portuguesa – Lisboa Cinco L decorre entre 5 e 10 de Maio, e será programado e coordenado pelo livreiro e criador do Folio, José Pinho, foi ontem anunciado. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) revelou que José Pinho foi o autor da proposta escolhida pela autarquia “no âmbito do concurso público realizado para a Direcção Artística do Festival Lisboa Cinco L” e que a ele “caberá a programação e a coordenação geral deste evento de dimensão internacional, que visa celebrar a Língua, os Livros, a Literatura, as Leituras e as Livrarias em Lisboa”. Na nota, a CML explica que “o primeiro dia coincide com a data escolhida pela UNESCO para assinalar o Dia Mundial da Língua Portuguesa, que este ano se celebra pela primeira vez”. A programação do festival “abrangerá diversas expressões artísticas e vai distribuir-se por diferentes espaços da cidade, desde bibliotecas e teatros municipais a cinemas, livrarias e cafés, entre outros”. A CML recorda que José Pinho é o “criador, director, curador e coordenador dos festivais literários Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos e Latitudes: Viagens e Viajantes”. Além disso, José Pinho “desempenhou também funções de livreiro e editor” e “foi co-fundador da Ler Devagar, projecto que teve início no Bairro Alto e que, durante os últimos 20 anos, passou por seis espaços na cidade de Lisboa, sendo o último a LX Factory”. “Instalou as Livrarias de Portugal País Convidado nas Feiras do Livro de Sevilha e de Madrid, em Espanha, e de Guadalajara, no México, e participou em festivais literários e conferências internacionais em vários países por todo o mundo, como Espanha, Itália, França, Brasil, Canadá, Austrália, entre outros”, refere a CML.