CCM | Kayhan Kalhor e amigos sobem ao palco em Setembro

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Centro Cultural de Macau (CCM) apresenta, em Setembro, Kayhan Kalhor e Amigos, para um concerto de música indo-persa. Os cantores sobem ao palco do CCM no dia 4 de Setembro, pelas 20h00.
Intitulado “A Reinvenção da Música Persa”, o concerto traz ao território Kayhan Kalhor (Kamancheh), Ali Bahrami Fard (Santur), Sandeep Das (Tabla) e Narendra Mishra (Cítara), que prometem transportar o público “de volta ao berço de civilizações antigas”. O espectáculo apresenta “melodias exóticas do dastgah persa e do raga do Norte da Índia”.
Kayhan, considerado o mestre iraniano de kamancheh, viaja com um grupo de músicos fundindo duas tradições que há séculos se vêm cruzando histórica, geográfica e culturalmente. O ensemble vai tocar um conjunto raro de instrumentos incluindo os sons do santur, da tabla e da cítara. PRINCIPAL
Quatro vezes nomeado para os Grammy, Kalhor tem feito colaborações com o Silk Road Ensemble de Yo-Yo Ma e com o compositor Osvaldo Golijov. “Combinando precisão clássica e arrojo criativo, as suas frequentes incursões performativas têm-lhe permitido tocar com regularidade com grupos de referência como o Kronos Quartet, Brooklyn Rider ou com a Filarmónica de Nova Iorque e, além de ter gravado com grandes instrumentistas iranianos, Kalhor compôs para cinema e televisão, incluindo a banda sonora de Youth Without Youth (2007) de Francis Ford Coppola”, explica a organização em comunicado.
Para os que queiram saber um pouco mais sobre este artista, realiza-se ainda uma tertúlia pré-espectáculo moderada em Inglês pelo músico mexicano Raul Saldaña. A sessão tem entrada livre e acontece também no CCM uma hora antes do concerto. O orador vai abordar o percurso e repertório de Kayhan Kalhor com destaque para as músicas do mundo e seus instrumentos.
Para o concerto, os bilhetes já estão à venda, com preços que vão desde as 150 às 300 patacas.

13 Jul 2015

Ilustração | André Carrilho vence World Press Cartoon 2015

O português André Carrilho venceu o Grande Prémio do World Press Cartoon (WPC) 2015, com uma imagem sobre o vírus ébola

[dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m desenho do cartoonista André Carrilho, publicado no jornal Diário de Notícias a 10 de Agosto de 2014, venceu o World Press Cartoon deste ano. A imagem retrata a forma como o vírus ébola é visto pela comunicação social fora de África.
O juri justificou o prémio referindo que o desenho de André Carrilho “não expõe apenas o problema de uma doença devastadora, mas sobretudo denuncia a dualidade de critérios da imprensa europeia e norte-americana perante a origem das vítimas”.
Na altura, o cartoon do português foi analisado e comentado em vários jornais e partilhado nas redes sociais.
Ao Público, o ano passado, o cartoonista explicou a ideia por detrás do desenho. “Parece-me que a atenção que se dá às epidemias nos média ocidentais não tem a ver com uma medida universal de sofrimento humano, mas com a maior ou menor possibilidade de nos atingirem. Os meios de comunicação social tendem a passar de alguma indiferença para a sobreexposição e pânico, sem nunca deixarem de tratar o assunto numa perspectiva que opõe ‘eles’ [África] a ‘nós’ [EUA e Europa].”
O vírus ébola e o Mundial de Futebol no Brasil foram os grandes temas de destaque desta edição do World Press Cartoon, que em 2013 abandonou Sintra passando agora a realizar-se em Cascais, com um Grande Prémio estabelecido de dez mil euros.
Na categoria de “Caricatura”, o vencedor foi o brasileiro Cau Gomez por um retrato caricaturado do futebolista Messi e o Papa Francisco, enquanto o segundo prémio coube a Dalcio (Brasil) que retratou o músico David Bowie, e o terceiro prémio foi para Riber (Francês).
No “Desenho de Humor”, o primeiro prémio foi atribuído ao grego Michael Kountouris, vencedor do Grande Prémio da edição de 2013, numa caricatura sem título, mas que tem dois homens a segurar dois cartazes com peixes de diferentes tamanhos.
Na categoria “Editorial”, que deu a vitória ao português André Carrilho, no segundo lugar ficou o búlgaro Tchavdar e, em terceiro, o ucraniano Cost.
O júri que seleccionou as obras integrou António Antunes (Portugal), Agim Sulaj (Albânia), Xaquin Marin Formoso (Espanha), Firoozeh Mozaffari (Irão) e Augusto Cid (Portugal).

13 Jul 2015

Entrevista | Mané Crestejo, músico, regressa a Macau 20 anos depois

Vencedor da Academia de Estrelas da TVI em 2002 e com honras de abrir um noticiário devido à sua vitória, Mané Crestejo está de volta à terra que o viu nascer 20 anos depois. Ao HM, o músico – que ainda esteve numa final do Chuva de Estrelas e numa eliminatória do Festival da Canção – falou do sonho da música, relembrou tempos difíceis em Portugal e falou da sua identidade macaense

Quem é Mané Crestejo?
Sou um macaense que nasceu em 1976 numa Macau completamente diferente do que é hoje. Aqui cresci e desde muito novo tive o sonho de ser músico.

Mais do que ser cantor, ser músico?
Sim, ser músico. Esse lado de ser cantor surgiu mais tarde porque comecei com oito anos a tocar piano, depois aos dez anos comecei a tocar bateria e aos 14 peguei definitivamente na guitarra e foi com a guitarra, como auto-didacta, que comecei a tentar compor. Naturalmente que as primeiras músicas eram semelhantes a muitas das coisas que ouvia. A partir de determinada altura, e já a viver em Portugal, comecei a procurar compor, em Português e em Inglês, num estilo próprio mas claro, com influências do multiculturalismo cá de Macau. Desde então, procuro manter esse contacto.

Já vamos falar do seu percurso musical, que conheceu o apogeu no início deste milénio. Voltando à Macau do antigamente. Quais são as suas recordações?
Saí de Macau com 20 anos e, por isso, lembro-me de muita coisa (risos). Essencialmente lembro-me das coisas culturais da cidade como as corridas dos Barcos-Dragão, os meus tempos como jogador de futebol… Joguei como guarda-redes e cheguei a representar a Selecção de Macau. Recordo também com saudade os tempos passados no Liceu [Nacional Infante Dom Henrique], com os meus amigos e colegas. E ainda o tempo que passei como animador da Rádio Macau, em 1995 e 1996.

Nesse tempo ia a Portugal com regularidade?
Naquela altura, íamos a Portugal de três em três anos. Dependia sempre das licenças especiais que os meus pais tinham.

São os dois macaenses?
Não. O meu cruzamento deriva de pai macaense, da família Sales, e de mãe portuguesa. Eles conheceram-se em Moçambique, onde casaram. O meu irmão mais velho, com ano e meio de diferença, nasceu lá mas eu já vim nascer a Macau. Mané Crestejo_GLP_01

Depois foram 20 anos em Macau. Então, saiu de Macau antes da transferência de soberania.
Sim, um pouco antes, em 1996. Até 1999, ainda vim duas vezes de férias e na cerimónia de transferência até estava em Macau.

Que sentiu nesse dia?
Foi triste. Andei a percorrer as ruas e, em certos momentos, senti aquela tristeza do fim de um era, do fim de um período de convívio e de experiências da comunidade portuguesa. Porque, na verdade e desde então, as coisas mudaram drasticamente na sociedade de Macau. Ainda voltei a Macau, de férias, em 2005 e já foi um choque para mim, quanto mais o ano passado quando decidi regressar.

Foi exactamente ao encontro do que lhe ia perguntar a seguir, isto é, a Macau em que cresceu nada tem a ver com esta Macau do século XXI.
Sim, muito diferente. Claro que falo de diferenças mais ao nível físico. Existem certas zonas em que o património se mantém e as coisas estão quase iguais ao que eram em 1999 e aí, sim, a gente sente-se muito mais aconchegada. Contudo, no geral, Macau está muito diferente. Em 2005, ainda havia um campo de futebol no Tap Seac e, o ano passado, quando regressei já não. Grande parte do meu tempo era passado naquele campo a jogar futebol e basquetebol. Foi um choque tremendo, já para não falar dos diversos amigos que perdi.

Como foi regressar às origens 20 anos depois?
A readaptação está a ser gradual. Vim para cá de férias e sem intenção de ficar. Voltei em Julho de 2014 com viagem de regresso em Setembro mas surgiu a possibilidade de trabalhar no Consulado de Portugal e, como estava a acompanhar a minha mãe que estava doente, decidi aceitar o convite. Essa decisão ia sempre sendo a prazo. Primeiro até final do ano, depois até ao Verão, agora, novamente, até final do ano. Se renovarem o contrato, não coloco de parte a possibilidade de ficar mais tempo. Tem sido uma experiência gratificante pois acabei por me reunir com muitos dos meus antigos colegas e amigos do liceu e do Dom Bosco.

[quote_box_right]“Aconteceram muitas coisas em Portugal que marcaram e muito a minha vida, desde a carreira musical a amigos. Claro que estando de volta [a Macau] estou a criar novas memórias e a tentar tirar algum partido deste meu regresso”[/quote_box_right]

A caminho dos 40 anos, tendo vivido metade aqui e metade em Portugal, sente mais saudades de Portugal ou está bem em Macau?
É uma pergunta difícil. Sinto-me dividido. Quando fui para Portugal sentia-me um emigrante e agora, voltando para cá, tenho a mesma sensação, apesar de aqui ter nascido. Aconteceram muitas coisas em Portugal que marcaram e muito a minha vida, desde a carreira musical a amigos. Claro que estando de volta estou a criar novas memórias e a tentar tirar algum partido deste meu regresso.

Como já foi dito anteriormente, voltou a Portugal em 1996. O que é que aconteceu daí para frente?
Fui-me envolvendo com a música. Comecei a participar em alguns programas de televisão como o Chuva de Estrelas, em 1999, onde cheguei à final com uma interpretação de “Iris” dos Goo Goo Dolls. Mas o mais marcante foi, sem sombra de dúvidas, a Academia de Estrelas, em 2002, da qual saí vencedor. Era um programa da TVI, ao estilo da Operação Triunfo mas, fora a componente do canto, também com a vertente da representação e da dança. Lembro-me perfeitamente dos professores de representação que eram o António Feio e a Margarida Marinho. Tínhamos o Luís Madureira como professor de voz e o Paulo Jesus como coreógrafo.

Essa foi a grande alavanca na sua carreira.
Sim, claro. Como fui o vencedor, o prémio incluía um carro…

Ainda tem esse carro?
Não. Troquei-o na altura por um melhor. Parte do prémio foi ainda um curso na Oficina de Actores na NBP e a gravação de um disco, que foi o meu primeiro álbum de originais intitulado “Longe”, através da Farol.

Com isso, o seu sonho de criança tornou-se realidade. Essa componente de representação foi sempre secundária?
Sim, era acessória. A minha presença em representação na televisão é muito residual. Logo ao início, tive duas participações em duas novelas da TVI – Saber Amar e Anjo Selvagem -, mas era mais como músico e cantor. Depois, envolvi-me no teatro musical e participei em dois musicais com o Fernando Mendes e, mais tarde, participei no musical dos Xutos & Pontapés, intitulado “Sexta-feira 13”.

Esses musicais aconteceram quando?
Os que fiz com o Fernando Mendes foram em 2003 e 2005. O do Xutos aconteceu em 2006, no Music Box, um espaço aberto junto às Docas. Actualmente, pode ver-se o espectáculo na íntegra no YouTube. Depois desse espectáculo fiz uma pausa e comecei a dedicar-me novamente à composição, começando a preparar o meu próximo projecto.

Esse projecto, que acabou por ser o seu segundo trabalho musical, viu a luz do dia em que ano?
Em 2008, não a solo, mas com o projecto Mariária. Trata-se de um projecto de música do mundo, com influências tradicionais e celtas.

Há influências de Macau?
Também. Fui beber aqui e ali. Aliás, um dos temas que tem bastantes influências de Macau e da China é o tema “Ao Seu Lugar” que venceu o segundo lugar no International Songwriting Competition em 2009, na categoria de World Music. Foi o tema que nos permitiu dar a conhecer o projecto.

Quantos álbuns editou?
Um álbum a solo completo que foi o primeiro. Dois de projecto e um EP, o último que lancei no final do ano passado, em Outubro de 2014, que são só cinco temas.

Que mais fez em Portugal?
Tive algumas participações aqui e ali, em diversos outros projectos. Cantei em coros, em programas de televisão e em galas. Paralelamente, e como engenheiro de som, estive ligado à produção de álbuns de Paulo Gonzo e Madredeus.

Participou no Festival da Canção?
Sim, em 2001, se a memória não me falha, numa eliminatória da Madeira, antes da participação na Academia de Estrelas. Interpretei a música “Fechar os Olhos (e Olhar)”.

O facto de ter vindo para Macau em 2014, por entre diversas razões, pode também ter a ver com o facto de estar a atravessar um momento de menos trabalho em Portugal?
Provavelmente, sim. Aproveitei para vir precisamente porque não estava a ter tanto trabalho lá, numa fase mais baixa. Estar cá também me permite auscultar o que há de oportunidades na música. Macau é um mercado totalmente diferente, onde temos de ter em conta a multiculturalidade. Aqui, não posso pensar apenas no mercado português e na comunidade portuguesa.

Mas o sonho, apesar de algumas dificuldade, mantém-se.
Sim, o sonho mantém-se. Sempre.

O que é que tem feito por aqui, relacionado com a área artística?
Por enquanto ainda nada, ou muito pouco. Em Outubro de 2014, fiz uma actuação de uma hora no Hard Rock Café, no âmbito do Pink Oktober, através do convite da Vera Fernandes. E, agora, a convite do Miguel de Senna Fernandes também participei no espectáculo dos Dóci Papiaçam di Macau, uma experiência fantástica.

Tem composto? Trouxe instrumentos consigo? Que tempo tem reservado ao seu sonho, se é que podemos dizer assim?
Não trouxe nada. Tive que comprar uma viola acústica aqui (risos) para poder continuar a tocar. A minha guitarra e todo o meu equipamento de produção ficou em Portugal. Em Macau, estou a reinvestir um pouco e comprei a viola precisamente para manter o contacto com a música e fui compondo algumas coisas. Ninguém me sondou para mais projectos e, na verdade, sou eu quem está a sondar e tentar perceber que músicos é que estariam interessados em criar qualquer coisa de novo, porque existem muitos músicos por cá. Contudo, a maioria toca mais covers, algo que não tenho problema, mas queria mesmo era criar coisas novas. A criação original sempre foi o meu interesse principal.

E Portugal? Neste ano que aqui esteve, surgiu algum convite?
Sim, têm perguntado mas perguntam sempre muito por cima. Normalmente questiono quantos concertos são, que projectos. Porque a viagem daqui para Lisboa é muito longa e cara. Teria de valer a pena. Recusei alguns trabalhos, uma vez que a minha ida não compensava só para fazer um concerto. Se houvesse uma sequência de espectáculos, sim, estaria interessado em ir.

O que é que acha que pode ter acontecido na sua vida/carreira para que nos primeiros anos, depois da vitória na Academia de Estrelas, ter tido tanto trabalho e agora estar a passar por um momento menos bom?
Foram várias circunstâncias. A crise talvez tenha sido a maior de todas. Houve uma altura em que as Câmaras Municipais organizavam festas e ofereciam os concertos às populações. Nessa altura, havia muito trabalho mas essa prática foi prejudicial uma vez que as pessoas começaram a ser habituadas a não pagar espectáculos. Depois, quando os Municípios deixaram de oferecer esses espectáculos, tudo se complicou. Os concertos começaram a diminuir assim como a formação das próprias bandas. Muitas das bandas, mesmo de artistas consagrados como Rui Veloso ou Luís Represas, diminuíram as suas formações para fazer face aos gastos. Mas nem sempre é a mesma coisa. Não há nada que pague a verdadeira dinâmica do tocar ao vivo, até porque o público entranha-se mais na música.

Portanto, voltar a Portugal só houver algo aliciante na música?
Sim. Claro que, se houver trabalho na música, voltarei a Portugal. Ou então, se não houver oportunidade para continuar por Macau, procurarei noutro lado como Londres ou Nova Iorque. E sempre foi minha intenção experimentar a realidade desses locais.

Quando venceu a Academia de Estrelas, iludiu-se ou é uma pessoa de pés firmes no chão?
Não. Sempre tive os pés bem assentes no chão e, por isso, nunca me iludi e nunca me desiludi. Repare, até mesmo nos momentos menos bons são essas alturas que nos definem. Ou mantemos a convicção daquilo que nós queremos ou deixamo-nos seguir o caminho das editoras, muitas vezes diferente daquele que idealizamos.

A música deu-lhe mais amigos ou mais inimigos?
Mais amigos. Sinto que ganhei mais amigos até porque conheci vários músicos com quem tive a oportunidade de trabalhar e aprender. Músicos dos Pólo Norte, da Rita Guerra, dos Madredeus, e esse convívio permitiu-me enriquecer musicalmente.

Quais são as suas influências e os seus ídolos?
Quando era mais novo gostava mais de rock. Ouvia Guns n’ Roses, Bon Jovi… Mas a partir do momento que fui viver para Portugal tive contacto com vários outros estilos e passei a ouvir o José Afonso, Trovante, Loreena McKennitt, Carlos Núñez, Dulce Pontes, entre outros.

Gosta de Fado?
Gosto de fadistas. Para ouvir Fado tudo depende do fadista que esteja a cantar. Do lado masculino, admiro muito o Ricardo Ribeiro e do lado feminino, ouço a Ana Moura que, para além de muito bonita, tem um calor de voz que gosto.

Em que estado está a música portuguesa? É necessário cantar em Inglês como os Moonspell para ser reconhecido mundialmente?
Não penso que seja necessário. Esta é uma luta de anos mas o que está em jogo são as quotas dedicadas à música portuguesa nas rádios lusas, que nunca chegam àquilo que é estabelecido por lei. Por isso, as pessoas estão mais habituadas a ouvir em Inglês e a rádio acaba sempre por definir os gostos. Repare que uma pessoa pode ouvir uma música na rádio e dizer “detesto isto” mas, depois dessa música passar dez vezes, já se começa a cantarolar. Daí que quando surge um projecto como os D.A.M.A., mais recente e que me recordo, é de louvar pois cantam em Inglês e começam a ter algum público fiel, mesmo que seja um mercado muito específico como o hip-hop. Penso que, a haver uma crise na música portuguesa, ela será mais relacionada com a forma como a música é apresentada ao público, porque havendo um controlo mais afincado das editoras e das rádios, eles é que acabam por influenciar o público.

E em Macau, como está a indústria musical?
Está numa fase pré-natal. Ainda não há investimento e cultura de edição musical. Só ultimamente é que começaram a surgir apoios, quer do Instituto Cultural quer da Fundação Macau para produções de artistas locais. Ainda assim, é muito pouco. Fora o estúdio da Casa de Portugal, não conheço mais qualquer estúdio que permita aos músicos arranjarem um produtor e gravar um trabalho. É preciso isso – e muito mais – para que, pelo menos, possamos estar ao nível de Hong Kong. Mas a região vizinha tem as editoras mundiais lá estabelecidas, tem outra orgânica e até mesmo os músicos de lá são mais ouvidos em Macau que os locais. É preciso pro-actividade. Os músicos têm de começar a criar mais em Macau, seja em Cantonês, em Mandarim, em Português ou em Inglês. Isso iria dar mais destaque àquilo que é a cultura de Macau, a diversidade.

O que é para si ser macaense?
Para mim ser macaense é ser muito paciente, se calhar mais paciente que o chinês (risos). Na verdade, sinto-me especial por pertencer a uma comunidade que é única no mundo e que tem as suas especificidades. Ser capaz de interagir com as mais diversas culturas é um ponto forte do ser macaense. Posso falar Chinês, posso falar Português e até posso falar Inglês. Temos muita felicidade em adequarmo-nos.

As tradições macaenses sempre estiveram presentes em sua casa?
Sim. Lá em Portugal, fazia e comia minchi (risos). Aprendi com a minha mãe. Fazia também chao min e cheguei a cozinhar comida macaense para os meus amigos. Eles adoravam até porque fazia a massa chinesa estaladiça com molho.

Fala chinês?
Falo. E agora mais uma vez que com o regresso tenho falado muitas vezes em Cantonês. O Mandarim já é mais complicado mas no Cantonês estou a falar cada vez melhor.

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Discografia

1996 – Participação na colectânea Made in Macau
2002 – “Longe”, primeiro CD de originais
2008 – “Mariária”, primeiro CD do projecto homónimo
2012 – “Terra de Sal”, segundo CD com o projecto Mariária
2014 – “Comeback”, EP a solo

10 Jul 2015

LMA | Festival “Kill The Silence” chega a Macau para quatro dias de festa

Música ao vivo, filmes e sessões com artistas. Está aí o Festival “Kill The Silence”, que traz a Macau quatro dias de entretenimento no espaço da LMA

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]steve em Hong Kong nos últimos dois anos, quando começou, mas agora chega a Macau. O Festival “Kill The Silence” – “O Silêncio Não é Opção, em Português” – acontece na Live Music Association (LMA) durante quatro dias este mês e promete trazer música, filmes e muito mais ao território.
“Kill The Silence” é um festival experimental de arte, que mistura diferentes géneros de actividades. Este ano, à RAEM, chegam artistas de Portugal, EUA, Suíça e Itália, além dos locais que representam Macau e Hong Kong. rtistas1
A abrir, no dia 12 de Julho, está o tema “Música em Filmes”. Das 21h00 à meia-noite, pode assistir-se a espectáculos musicais que vão actuar como bandas sonoras ao vivo, já que acompanham filmes e vídeos experimentais de Macau e Hong Kong. A banda de rock local ‘Forget the G’ vai acompanhar os filmes do produtor cinematográfico de Macau Ao Ieong Weng Fong, enquanto Kai-Ho, realizador de Hong Kong, apresenta as suas curtas-metragens pela primeira vez, ao som da música de improviso de Wilmer Chan.
O segundo dia, 14 de Julho, e o terceiro, 17 de Julho, são dedicados ao tema “Swiss Underground” e apresentam, das 20h00 às 24h00, o grupo LUFF – Lausanne Underground Film & Music Festival e o So-so Film de Macau com curtas metragens seleccionadas. O evento terá ainda música ao vivo, com o co-programador musical . . . (a.k.a. Nikola Mounoud) e será seguido de uma sessão sobre cinema.
O quarto dia, marcado para o dia 18, encerra o “Kill The Silence” e prolonga-se, por isso, das 19h00 às 4h00 com música ao vivo. Nesta noite, actuam Mounoud (da Suíça), Caligine + Callum Duo (Itália e EUA), Underture (Hong Kong e Macau), Grand Guignol (Macau), open& (Portugal), KUNG Chi-Shing + Nerve (Hong Kong) e Faslane, Sinking Summer, N1D, Noise808 e Faye, todos de Macau. artistas2
“Convidámos artistas que cobrem uma abrangente diversidade de géneros, desde o experimental, ao Freeform Jazz ao EDM”, explica a organização, da qual faz parte o grupo MoWave, em comunicado “Nos últimos dois anos, conseguimos trazer mais de 42 grupos de artistas de diferentes locais à volta do mundo. O ‘Kill The Silence’ vai permitir aos espectadores ter acesso a estilos de músicas diferentes e de diferentes locais do mundo.”
Os bilhetes estão já à venda, sendo que o passe de quatro dias – à venda até 11 de Julho – custa 250 patacas. Os bilhetes individuais custam 120 patacas para o dia 12, 50 para os dias 14 e 17 de Julho e 180 patacas para o dia do encerramento. Os bilhetes podem ser comprados na Livraria Portuguesa e na Livraria Pinto, podendo ainda ser adquiridos na porta da LMA.

9 Jul 2015

CCM | Peça de teatro “A Falta” no palco em Setembro

A peça de teatro “A Falta” sobe ao palco do Centro Cultural de Macau (CCM) em Setembro. Concebida pelo Teatro Gecko, a obra – “uma peça de teatro físico” – envolve dança, arte circense e mímica.
“Levando o público às profundezas da psique de Lily, uma mulher que decide voltar atrás no tempo para explorar as suas memórias mais íntimas, ‘A Falta’ é uma combinação de imagens e movimentos, música e efeitos sonoros, já descrita como uma manta viva de ilusões visuais”, realça a organização.
Apresentada através de diversas expressões artísticas, a peça é dirigida pelo director artístico Amit Lahav. O Teatro Gecko é uma companhia britânica multi-premiada e internacionalmente reconhecida. A peça que traz agora a Macau já “foi um sucesso no Festival Show Case de Edimburgo em 2013 e aplaudida desde então em diversas salas e festivais, tendo andado em digressões pelo Reino Unido e entre continentes, da América do Sul à Ásia”. ccm2_ccm
Além do espectáculo, os actores do Teatro Gecko orientam ainda um workshop de teatro físico concebido para explorar fisicalidade, foco, trabalho de equipa e improvisação. Dedicada a participantes com experiência teatral, a sessão decorre no dia 4 de Setembro de 2015 e as inscrições custam cem patacas. Incluída na mesma série de actividades, o CCM apresenta uma tertúlia pré-espectáculo sobre teatro físico, que tem entrada livre.
A peça está marcada para o dia 5 de Setembro, pelas 20h00 e é aconselhável para maiores de 13 anos. Os bilhetes custam 180 patacas e estão já à venda.

9 Jul 2015

Cabo Verde | Exposição na Casa Garden para celebrar independência

Uma figura incontornável que merece destaque no dia em que se celebra a independência de Cabo Verde. É o que diz a Associação de Divulgação da Cultura Cabo-verdiana sobre Amílcar Cabral, cujos pensamentos vão estar expostos em diversos materiais na Casa Garden

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Casa Garden recebe a partir deste fim-de-semana e até ao final do mês uma exposição para celebrar a independência de Cabo Verde. “O Legado de Amílcar Cabral” é o título da mostra, que inaugura amanhã e fica patente até 31 de Julho.
Organizada pela Associação de Divulgação da Cultura Cabo-verdiana, a exposição assinala o 40º aniversário da independência de Cabo Verde, que se comemorou a 5 de Julho, e traz 27 cartazes e um catálogo, construídos a partir do material documental recolhido pela associação junto da Fundação Amílcar Cabral, com sede na cidade da Praia, e da Unidade de Coordenação da Reforma do Estado do Governo de Cabo Verde. Na exposição estão reunidos documentos, imagens, escritos e testemunhos que procuram não só evidenciar a actualidade do pensamento de Amílcar Cabral, mas também a sua importância para Cabo Verde e como líder africano, como indica a organização. Amilcar-Cabral
Nascido na Guiné, Amílcar Cabral mudou-se aos oito anos para Cabo Verde. Em Setembro de 1956 cria, em conjunto com outros, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, também conhecido pela sigla PAIGC. Foi este o movimento que organizou a luta pela independência de Cabo Verde (e da Guiné Bissau), que era colónia de Portugal.
A 20 de Janeiro de 1973, Amílcar Cabral é assassinado em Conacri, por dois membros de seu próprio partido. Amílcar Cabral profetizara seu fim, ao afirmar: “Se alguém me há de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios.”
A Associação de Divulgação da Cultura Cabo-verdiana pretende “homenagear essa figura incontornável da história africana do século XX que foi Amílcar Cabral e, por via dele, todo o povo cabo-verdiano e a sua História”. Uma história que chega à RAEM, já que o povo de Cabo-Verde, relembra a organização, “ousou construir uma pátria feita, hoje, de uma nação dispersa pelo mundo e presente também aqui em Macau”.
A abertura da exposição, que decorre na Casa Garden, está marcada para as 18h30 de amanhã e tem entrada livre. Está patente até ao fim do mês.

8 Jul 2015

Exposição | Artista local Wu Lusheng inaugura mostra amanhã

[dropcap style=’circle’]S[/dropcap]ão quadros a óleo com traços de pintura chinesa, onde os animais têm um papel de destaque. É assim a obra de Wu Lusheng, que a partir de amanhã poderá ser visitada pelo público na Sala de Exposições do Centro UNESCO de Macau. A iniciativa, integrada no Projecto de Promoção de Artistas de Macau, é organizada pela Fundação Macau (FM) e tem o nome de “Cavalos Banhados a Tinta – Obras de Wu Lusheng”. O mesmo nome serve para um álbum, que será lançado também amanhã.
Nascido em 1965 em Kashi, na região autónoma Uigur de Xinjiang, China, Wu Lusheng fez a sua formação superior no Instituto de Artes de Xinjiang em 1982, tendo estudado depois na Faculdade de Educação de Belas-Artes da Universidade Normal de Xinjiang, em 1986. cavalos_Fundação Macau
Residente em Macau, Wu Lusheng é professor convidado da Universidade Cidade de Macau (UCM) e membro da Associação de Artistas de Belas Artes da China, bem como presidente da Associação de Comunicações dos Professores de Arte de Macau. O artista é ainda pintor residente na Galeria de Belas-Artes de Fenghuangling, em Pequim.
Com um leque de exposições individuais no continente e em Macau, Wu Lusheng já conta com várias obras premiadas, tendo também muitos trabalhos publicados em livros de pinturas. Segundo um comunicado, “o artista gosta de animais e de pintar animais, e prefere, sobretudo, pintar cães e cavalos, tanto em pintura a óleo como com pintura tradicional chinesa”.
Aberta amanhã, a exposição poderá ser visita até ao dia 16 deste mês, diariamente, na sala de exposições da UNESCO, situada na Alameda Doutor Carlos D’Assumpção, no NAPE. A entrada é gratuita.

7 Jul 2015

Fotografia | Artista de Singapura expõe na FRC

[dropcap sryle=’circle’]Y[/dropcap]vonee Ng apresenta, a partir da próxima semana na Fundação Rui Cunha, a exposição “Inflorescence”. A fotógrafa de Singapura reúne numa mostra cerca de uma dezena de fotografias que captam especificamente flores frescas. A exposição pode ser visitada de 7 a 25 de Julho.
Yvonne Ng nasceu numa família apaixonada já por si pela arte de fotografar. Licenciada em três diferentes cursos – Design, Artes Visuais e Fotografia -, Yvonne Ng venceu ainda prémios internacionais, por exemplo cinco prémios na competição de fotografias Prix De La Photographie Paris, um dos eventos mais importantes ao nível da fotografia.
A fotógrafa da Singapura mudou-se depois para a cidade americana de Nova Iorque, onde começou a sua carreira profissional, fotografando para revisitas famosas como a “Vogue”, “Glamour”, “Travel and Leisure” e “Style”, enquanto tirava ainda o curso de mestrado de Cinema na The City College of New York. flores
Em cooperação com a artista Flávia Cardoso, Yvonne Ng expõe agora em Macau oito fotografias de flores frescas, cuja ideia, salienta a organização, é a de que as imagens foram “congeladas no tempo” e os autores “captaram precisamente a beleza das flores”.
O organizador principal da exposição é a Associação de Comunicação de Culturas e Artes Yu Yi, a qual se tem dedicado à promoção da arte e cultura em Macau, tendo já realizado diversas actividades. “Inflorescence” tem ainda apoio do Instituto Cultural (IC) e da Fundação Rui Cunha. O evento de inauguração começa às 18h30 do dia 7 de Julho e a mostra, de entrada livre, fica exposta até dia 25 de Julho. 

2 Jul 2015

CEM | Lançado concurso de fotos sobre economia de energia

De agora até Setembro, habilite-se a ganhar prémios: só preciso de poupar energia e mostrar como o faz, diz a CEM

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Companhia de Electricidade de Macau organiza até Setembro o Concurso de Fotos Instantâneas sobre Poupança de Energia. A ideia é encorajar os cidadãos a identificar situações de poupança de energia no seu quotidiano, a fotografá-las e a ganhar prémios, de forma a que também se apercebam da necessidade de se poupar luz.
“Uma pequena mudança pode fazer uma grande diferença para a Terra. Recordar os momentos fotografados instantaneamente através do telemóvel e imediatamente partilhá-los através das redes sociais tornou-se num dos meios de comunicação na sociedade moderna. [O concurso serve] para permitir que os cidadãos de Macau se consciencializem sobre a poupança de energia e entendam a importância de se preservar os recursos”, adianta a empresa em comunicado.
As fotos a concurso deverão estar relacionadas com o conceito de poupança de energia e poderão ser tiradas através de telemóvel ou câmara fotográfica. Os participantes deverão colocar as fotos na página de fãs da CEM no Facebook “Macao Energy Saving Contest” em www.facebook.com/energysavingmacao, com uma legenda com menos de 50 caracteres chineses ou cem palavras em inglês por cada foto. cem
Após fazer o upload das fotos, o participante poderá partilhá-las na sua página pessoal no Facebook para receba mais “likes”.

“Likes” dão prémio

O vencedor da “A Minha Eco-Foto Favorita”, que obtiver o maior número de “likes”, será premiado com um relógio da Apple. Além disso, três de entre todos os votantes ganharão um prémio pecuniário de mil patacas cada, sendo estes apurados através de sorteio.
Não há restrições quanto ao limite de participações, mas são aceites apenas participações individuais. Os prémios incluem valores pecuniários entre as três mil e as seis mil patacas para os vencedores do concurso geral.
O Concurso de Fotos Instantâneas sobre Poupança de Energia da CEM tem início agora e termina a 15 de Setembro, enquanto que a votação do público no Facebook também termina a 30 de Setembro.
Os resultados serão anunciados na página de Internet da CEM no dia 20 de Outubro de 2015. A Associação de Fotografia Digital de Macau e a Associação de Salão Fotográfico de Macau foram convidadas como co-organizadores.

2 Jul 2015

Melco | Anúncio de vencedor para estágio com Zaha Hadid este mês

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap] já este mês que se sabe quem é o estudante de Arquitectura de Macau escolhido para estagiar com a designer e arquitecta Zaha Hadid – autora da quinta torre do City Of Dreams. Entre os seleccionados estão Stephanie Choi, Jeff Lei, Ives Ma, Rui Chen e Ka-hou Wu, pelo que um deles estará, no próximo mês, a trabalhar sob mestria de Hadid.
Os concorrentes foram escolhidos por um painel de júris que incluiu o arquitecto macaense Carlos Marreiros, Michele Pasca di Magliano, Hélder Santos, David Clarke e a própria Hadid.
Este é apenas um dos vários concursos desenvolvidos em 2012 pela equipa “Atreve-te a sonhar”, da Melco Crown. Esta tem, de acordo com a empresa, o objectivo de atrair jovens talentosos e investir na indústria das artes e da criatividade. “Expondo os feitos e a proximidade com mestres reconhecidos mundialmente, faz com que o impossível se torne possível”, refere a Melco.
O concurso de Design Zaha Hadid arrancou no ano passado e desafiou jovens estudantes de Macau a participarem com o desenho de uma habitação integrado num espaço de paisagem. A avaliação foi feita com base na capacidade dos concorrentes lidarem com complicações, saberem lidar com tecnologia de impressão a três dimensões e, claro, a sua criatividade. Para Carlos Marreiros, foi “um prazer” ser parte deste painel, para um projecto que diz ser visionário.
“A exposição que a Melco Crown Entertainment dá aos jovens locais vai ao encontro da nossa em cultivar a próxima geração de arquitectos, encorajando-os a ir mais além e a retirar o melhor da tecnologia mais avançada”, disse o arquitecto e artista local. Já Michele Magliano considera que o nível de criatividade destes estudantes é “fascinante” e mostra a sua capacidade de juntar factores como a paixão, a visão e a ousadia para ir mais longe. Magliano vai, juntamente com Hadid, trabalhar com o estudante finalista na sede da empresa no final deste ano.

1 Jul 2015

Pintura | Artistas de Macau e da China no Venetian

O Venetian organiza em Agosto a segunda mostra de pinturas a aguarela, com artistas locais e do continente a apresentarem mais de 80 obras

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]m Agosto, mais de duas dezenas de artistas apresentam no Venetian a exposição “Masters in Painting – Contemporary Watercolors”. A mostra, de pintura, junta 81 peças feitas em aguarelas.
Ao todo, são 39 os artistas que contribuem para a exposição, que tem lugar de 7 a 15 de Agosto no Florence Ballroom do Venetian. Entre paisagens, pessoas, animais e flores, são vários os temas dos quadros apresentados. De acordo com a orgainzação, a mostra vai trazer uma oportunidade única de admirar “não só o incrível talento que tem estado a trabalhar em Macau e no continente, mas também diversos estilos de pintura”.
Da China continental chegam Liu Dawei, líder da Associação de Artistas da China, Wu Changjiang, Wang Qijun, Li Xiaolin, Zhao Yunlong, Tian Haipeng, Jiang Zhinan e Ding Sizhong. De Macau, são Lai Ieng, presidente da Sociedade Artística de Macau, Poon Kamling e Ng Waiki.
Lai Ieng é um pintor contemporâneo nascido em Macau, que se especializou em aguarela, técnica que ensina no Museu de Arte de Macau. Foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural pelo Governo. Já Poon Kamling, também nascida em Macau, é artista de profissão, sendo a responsável por muito do design dos selos locais.
Esta não é a primeira vez que o Venetian leva a cabo uma exposição de pintura. Com esta, diz a organização, a ideia é continuar a dar hipótese tanto a turistas como a residentes de “admirarem as obras-primas dos melhores artistas de Macau e da China”.
O evento é de entrada livre, sendo co-organizado pela Associação de Artistas de Macau, a Beijing Hong Bao Bo Yi Cultural Development Company Limited, entre outros. A mostra vai estar patente durante oito dias, das 11h00 às 19h00, à excepção do dia 15, em que vai estar aberta apenas até às 16h00.

1 Jul 2015

Património | Farol da Guia vai estar aberto nos fins-de-semana de Julho

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Farol da Guia faz no próximo mês 150 anos e o Instituto Cultural (IC) festeja a data com a abertura do local, até ao topo, todos os sábados e domingos, até final de Julho. Durante a sessão de apresentação da iniciativa, o IC descreveu o Farol enquanto “testemunha silenciosa” da evolução desta cidade. Os visitantes vão assim ter a oportunidade de experienciar um das vistas mais únicas de Macau, tanto em termos de perspectivas paisagística, como de oportunidade, já que o edifício do Farol está normalmente vedado ao acesso público.
A abertura acontece das 10h00 às 17h30, entre 4 e 26 de Julho deste mês, sendo a entrada gratuita. “Durante o período de abertura ao público, os cidadãos poderão visitar o interior do Farol, normalmente não aberto aos visitantes, podendo inclusivamente subir ao topo do mesmo e apreciar a paisagem de Macau”, referiu o IC.
O Farol terá ainda em exposição antigos sistemas de luzes, “dando oportunidade aos cidadãos para compreenderem a história e o desenvolvimento” da utilização daquele local, tão emblemático no desenho urbano da cidade. Nos dias 18 e 19 de Julho vai realizar-se um workshop de construção de um modelo mais pequeno do farol em barro e um jogo de manipulação de embarcações na água, no Museu Marítimo. Além disso, vai ainda ser lançada, em conjunto com os Correios, uma emissão filatélica de selos, no próximo dia 8. Foi Wong Ho Sang, fotógrafo contemporâneo de Macau, que ficou encarregue pela ilustração. “Esta emissão é composta por um conjunto de dois selos e um bloco filatélico, cujo design ilustra, de vários ângulos, o Farol da Guia, o ponto mais elevado da península de Macau, dentro da Fortaleza da Guia e ao lado da Capela de Nossa Senhora da Guia.
A iniciativa compreende também a entrada gratuita noutros locais, como são o Quartel dos Mouros, as Oficinas Navais, o Museu Marítimo e a Doca da Ilha Verde.

30 Jun 2015

Yogaloft | Workshops de meditação gratuitos em Julho

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]espaço Yogaloft vai oferecer workshops de meditação gratuitos em Julho. Os mini-cursos ficarão a cargo de Kim Hughes, praticante da actividade e autora do livro “The Journey Within – Extraordinary Conversations with Uncommon People”, focado no mesmo tema.
Os workshops acontecem na sexta-feira, dia 3 de Julho, pelas 19h30, havendo ainda duas sessões no sábado, dia 4 de Julho, às 9h30 e às 19h30. Uma sessão adicional acontece ainda no dia 5 de Julho, sendo esta especialmente dedicada à Meditação em Grupo. Neste dia, marcada para as 10h00, a actividade é virada para aqueles que completem o workshop de três dias. Sahaj Marg
“Se houver interesse, levaremos a cabo meditações em grupo e sessões de purificação mais regulares e gratuitas, semanalmente, com base no que for mais conveniente para os membros do grupo”, avança ainda a organização em comunicado.
Os interessados podem inscrever-se a partir de hoje e, ainda que o possam fazer em sessões individuais, é aconselhável a participação nos três workshops, como alerta a responsável pelos mini-cursos. “O workshop é gratuito, mas os participantes deverão participar nas três sessões para um maior benefício. Se não puderem participar nas três sessões, o nome ficará numa lista de espera”, pode ler-se num comunicado enviado pela organização. Os interessados podem enviar a inscrição para kim4meditation@gmail.com, já que as vagas são limitadas.

[quote_box_left]Os mini-cursos ficarão a cargo de Kim Hughes, praticante da actividade e autora do livro “The Journey Within – Extraordinary Conversations with Uncommon People”, focado no mesmo tema[/quote_box_left]

Contra o stress

O tipo de meditação a ser ensinado vai seguir os princípios do Sahaj Marg, literalmente “O Caminho Natural”, uma forma de “raja yoga facilmente integrado nos horários de uma vida ocupada, ajudando a lidar com o stress e a manter o equilíbrio”.
Kim Hughes é uma académica norte-americana a residir em Macau há mais de uma década, tendo lançado recentemente o livro “The Journey Within: Extraordinary Conversations with Uncommon People”, uma obra que reúne 16 entrevistas com praticantes deste tipo de meditação e onde estes se debruçam sobre a sua vida antes e depois da meditação e experiências no Sahaj Marg.
Os workshops têm lugar no Yogaloft, perto do Leal Senado.

30 Jun 2015

São João | Arraial com balanço positivo. Maior dimensão em 2016

Em 2016 celebram-se dez anos desde a primeira realização do arraial de São João no Bairro do São Lázaro. Organizadores querem trazer novidades e criar um evento ainda maior, com mais música, participantes e barraquinhas

[dropcap style=’circle’]É[/dropcap]certo que ainda se está na ressaca da edição deste ano do arraial de São João, que decorreu no passado fim-de-semana no Bairro de São Lázaro, mas os seus organizadores já estão a pensar na organização do evento em 2016. A festa será especial, uma vez que se comemoram dez anos desde a sua primeira realização. Ainda sem poderem adiantar detalhes, Miguel de Senna Fernandes, presidente da Associação dos Macaenses (ADM), e Amélia António, da Casa de Portugal em Macau (CPM), garantiram ao HM que pretendem expandir o que se tem vindo a fazer.
“Seguramente vai ser uma festa bem comemorada, porque é um marco. Dez anos não é muito tempo mas é um passo significativo, por isso no próximo ano, haja sol ou chuva, vamos arranjar uma festa de arromba. Vai com certeza ter outras dimensões e tudo depende da afluência das pessoas. Estamos apostados em ter um maior número de tendas e mais espaço de festa”, disse Miguel de Senna Fernandes. “A nossa intenção é dar mais força e visibilidade, ter algo diferente e novo, mas não podemos adiantar”, frisou Amélia António. são joão

Mais e melhor

Em jeito de balanço do evento deste ano, a presidente da CPM fala de maior participação, com a meteorologia a dar uma ajuda. “Houve mais gente a querer estar presente em termos de representação de barraquinhas e os visitantes também foram mais. O que tentamos é que as pessoas tenham uma grande expectativa, de encontrarem bons petiscos e a parte de animação. Nota-se que de ano para ano essa procura e esse gosto de aproveitar aquele espaço e o tempo.”
“Foi uma coisa boa, o tempo ajudou imenso, aquilo é para ficar e crescer ainda mais. Vamos ver o que vamos fazer no próximo ano, porque precisamos de apoios”, acrescentou Miguel de Senna Fernandes.

Sair de São Lázaro?

Com uma festa ainda maior, será que o arraial de São João poderá sair do Bairro de São Lázaro? Miguel de Senna Fernandes mostra-se aberto a todas as possibilidades. “São sempre hipóteses em aberto, porque no fundo não tem de ser São Lázaro. Mas escolheu-se [o Bairro] porque nos dá aquele ambiente arquitectónico e ligado à cultura portuguesa. Mas pode haver outros sítios, desde que se reúnam condições. Quanto a mim estou aberto [a uma mudança].”
Já Amélia António considera que o Bairro de São Lázaro é o espaço ideal para continuar a receber o arraial. “É difícil haver espaços com aquelas características. Nada daquilo terá a mesma graça noutro espaço mais largo, incaracterístico, sem identidade própria. Já várias vezes foi abordado, mas penso que descaracteriza a festa.”
Olhando para os últimos dez anos, ambos os dirigentes associativos falam de uma festa que nem sempre foi compreendida e que ainda não chamou toda a atenção da comunidade chinesa.
“Nos primeiros tempos, se calhar o Governo não sabia o que isto era, as pessoas não estavam sensibilizadas, ainda olhavam com alguma desconfiança. Oxalá que dentro de pouco tempo consigamos que os moradores compreendam a festa. Este é um arraial de Macau e não é de portugueses em Macau”, disse Miguel de Senna Fernandes.
Em termos de apoios institucionais, Amélia António apenas se queixa da falta de colaboração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). “Sempre houve uma falta de colaboração total do IACM, em termos do fornecimento de equipamentos. Mas das outras entidades oficiais temos tido todo o apoio. Não temos do que nos queixar”, rematou.

30 Jun 2015

MAM | Série de actividades para miúdos e graúdos começa em Julho

[dropcap style’circle’]O[/dropcap] Museu de Arte de Macau enche Julho e Agosto de actividades semanais relacionadas com a arte e que exploram técnicas de arquitectura, de bordar, de criar instalações multimédia, de pintar e até mesmo de fazer bules de argila. As vagas são limitadas
O Museu de Arte de Macau (MAM) apresenta uma série de cursos e workshops de Verão focados na Arte e embora a maioria se destine a adultos, há também espaço para as crianças. Da pintura à fotografia e passando pela arquitectura e plataformas multimédia, o MAM quer dar a oportunidade aos residentes de mostrarem o seu lado mais talentoso, com sessões de aprendizagem que vão até final do Verão.

Para as crianças, existem dois cursos distintos: o primeiro é um workshop de “figuras maravilhosas” e o segundo ensina a pintura com toalha papel. “Neste workshop, pais e filhos irão pintar em lenços de papel com tintas acrílicas. Para além disso terão ainda oportunidade de criar padrões e com eles através da repetição criar grande painéis em mosaicos”, refere o MAM.

A iniciativa, que tem lugar todos os domingos, até inícios de Agosto, custa 200 patacas e destina-se a crianças até aos 12 anos de idade, tendo como professor Dennis Murrell. Para os adolescentes, o MAM oferece um curso de encadernação de livros, embora seja leccionado em Cantonês. Este tem início a 13 do próximo mês e prolonga-se até 5 de Agosto, com Bonnie Leong como tutora.

“Os alunos irão aprender as diferentes técnicas de encadernação e também a tingir papel e a imprimir padrões, obtendo assim livros de formato peculiar a partir de materiais variados”, explica a organização.

Para adultos há dez cursos disponíveis, mas apenas três deles são em língua inglesa, pelo que os restantes acontecem em Cantonês ou Mandarim. No entanto e embora a língua seja a principal ferramenta de comunicação, é a arte que aqui importa. Além de workshops de pintura como são o de Caligrafia Ocidental, de Pintura de Sacos Pequenos ou Pintura de Acrílico e Caixas de Ovos, há espaço para um curso de Fotografia em Relevo, de Desenho dos Templos de Macau e Apreciação Arquitectónica e de Introdução à Arte em Vídeo e Instalação.

A maioria destas actividades requer que os participantes levem os seus próprios materiais, pelo que as informações estão disponíveis no website oficial do MAM. A 13 de Julho estreia o curso sobre Bules de Areia Púrpura, que o museu diz serem tipicamente chineses. Os alunos poderão, depois de aprenderem as técnicas tradicionais, fazer o seu próprio bule, com recursos a argila de cor púrpura. A Arte do Bordado Criativo acontece às quintas-feiras, a partir de 16 de Julho e é dado em Inglês.

Estes workshops custam entre 200 e 550 patacas, dependendo da mestria, do tema, do tutor e da dificuldade do workshop. Estas informações podem ser igualmente consultadas no website do MAM.

29 Jun 2015

CCM | Teatro para bebés convida pais e pequeninos para experiência mútua

[dropcap style=’circle’]Q[/dropcap]uem disse que o teatro é só para os mais crescidos, desengane-se. O Centro Cultural de Macau (CCM) quer provar isso mesmo e estende, de 23 a 26 de Julho, o evento “O Céu Aqui Tão Alto”, dedicado especialmente a bebés e “gatinhantes” até aos 12 meses.
A actividade vai permitir aos bebés ficar à solta num mundo de almofadas, balões e luzes suaves, diz a organização, concebido especialmente para satisfazer os sentidos.
“Ansiosos por descobrir uma miríade de formas, cores, sombras e cheiros, os nossos tesourinhos estarão livres para explorar uma atmosfera sonora e visual em movimento”, indica o CCM.
A ideia é fazer com que pais e crianças partilhem uma experiência mútua, com “O Céu Aqui Tão Alto” a proporcionar uma aventura imersiva, “criada para ser a primeira experiência performativa do seu bebé”. Uma sessão de teatro, “especialmente concebida para apaziguar a curiosidade natural dos bebés”.
Com estreia no Festival de Melbourne em 2012, o espectáculo é uma peça contemporânea e uma experiência de arte participativa para pequenos bebés e famílias. A peça é levada ao palco pelo Teatro Polyglot, uma companhia australiana que tem utilizado ideias simples e abordagens arrojadas para conceber este tipo de actividades.
“Os pais e as mães vão-se divertir a valer e talvez até se revejam quando eram ainda pequeninos, a preparar-se para a vida”, explica o CCM.
O espaço onde decorre o espectáculo inclui uma zona de interacção para os bebés e de quem cuida deles, com lugares de observadores montados especialmente para outros membros da família. Os bilhetes para as crianças custam 250 patacas, sendo que os pais pagam 60 como observadores. Os horários ainda não estão disponíveis, sendo que podem ser consultados no site do CCM.

29 Jun 2015

Exposição | João Jorge Magalhães apresenta “Pantone” na Creative

[dropcap]A[/dropcap]exposição “Pantone 0022 M”, do pintor de Macau João Jorge Magalhães, está desde ontem aberta ao público na Creative Macau. A mostra, que se foca na arte da cor e na forma como esta influencia as vivências humanas, está em exibição até 18 de Julho.

A ideia para o nome da mostra partiu da conhecida empresa de escala de cores, a Pantone. As pinturas ali expostas ganharam vida há alguns anos, aquando da publicação de um livro de João Aguiar, ilustrado por Magalhães. No entanto, as obras sofreram alterações, não só para condizer com o seu estilo de pintura mais moderno, mas também para dar outro impacto às mesmas.

“Os quadros, antes de o serem, eram ilustrações de um livro de João Aguiar sobre Macau, no qual foi criada uma história que eu ilustrei, a preto e branco. Agora pensei que seria interessante apresentar alguma cor e daí o nome da exposição”, disse Magalhães ao HM. “Cada uma das ilustrações tem uma cor e a ideia veio do facto de sermos capazes de nos lembrarmos de sítios, espaços ou situações através da cor. Como nasci em Macau, se me perguntarem onde fica o [antigo] Palácio do Governador, digo que fica ali na Praia Grande e é um edifício rosa-salmão”, explica. As Casas-museu da Taipa, descreve-as como sendo “verde-pistácio”. Os desenhos anteriores foram então transformados em quadros, mas não sem antes serem tratados com novos adereços e muita cor.

A soma de todos os nomes

Foi a formação em Design que deu a João Jorge Magalhães a ideia de usar a Pantone como ponto de partida. Em exposição estão oito trabalhos divididos em duas zonas, que ajudam a fazer a distinção entre dois estilos artísticos diferentes. O nome, esse, foi inspirado em três elementos: o primeiro alude à empresa referida, a numeração ‘0022’ é o paralelo geográfico do território e a letra ‘M’ é a inicial de Macau. Questionado sobre o nome dado a cada uma das obras, o autor conta que, conjuntamente fazem um puzzle. “Se as pessoas tiverem atenção, verão que ao juntar todas as letras de cada quadro faz uma palavra”, diz.

A entrada na mostra é livre e, de acordo com o pintor e designer, a recepção do público foi positiva, pelo que as pessoas se mostraram “curiosas” em perceber a alma deste projecto.

28 Jun 2015

BNU | Celebrar 113 anos com exposição histórica

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Banco Nacional Ultramarino (BNU) inaugurou ontem uma exposição para celebrar os seus 113 anos, intitulada “Um novo século juntos consigo”, na Residência Consular. O evento de comemoração teve lugar ontem e contou com a presença do CEO do BNU, Pedro Cardoso, várias outras personalidades locais e o director da Caixa Geral de Depósitos (CGD), José Agostinho Matos.
Para Cardoso, a mostra pretende contar aos visitantes a história da instituição bancária, uma das mais antigas do território e a primeira emissora de notas. “A ideia surgiu há vários anos, mas diversos factores fizeram com que fosse agora e até 31 de Julho”, começa o responsável por explicar.
No rés-do-chão da Residência Consular podem ver-se artefactos históricos, alguns que datam do início do século XX, demonstrando o percurso do BNU ao longo dos anos. Em exposição estão também notas antigas e um mapa cronológico interactivo que conta a história do desenvolvimento da instituição.
“Esta exposição tem quatro áreas e uma parte transversal, sendo que a primeira é o BNU como banco emissor, a segundo retrata o BNU como banco comercial, a terceira fala do papel do banco como plataforma de cooperação entre a China e os países de expressão Portuguesa e, por último, temos o BNU como parte importante da responsabilidade social de Macau”, descreve o dirigente.
Pedro Cardoso não quis esquecer o papel que o banco tem desempenhado no seio da comunidade, colaborando com várias instituições educativas, entre outras.
A primeira fase da mostra é composta por uma série de notas antigas. Entre os artefactos estão a primeira nota emitida pelo banco em 1905, alguns certificados e facturas que aqui circularam durante a Segunda Guerra Mundial, altura conturbada principalmente devido à escassez e bloqueio à entrada de notas. Outros dos elementos interessantes é a descrição de como a moeda local veio a chamar-se Pataca, sem esquecer a exposição do primeiro livro de contas do BNU, com dados de 1902 a 1905.
“Penso que conseguimos uma boa perspectiva daquilo que foi a evolução da nota ao longo destes últimos anos”, aponta Cardoso.

25 Jun 2015

Literatura | Isham Cook apresenta obra na Livraria Portuguesa

[dropcap style=’circle’]“[/dropcap]Não há passatempo mais esquizofrénico do que aplicar óleo na pele.” E é com esta ideia que Isham Cook apresenta, no sábado, a sua mais recente obra “Massage and The Writer” (A Massagem e o Escritor), na Livraria Portuguesa.
O novelista, norte-americano mas a viver na China desde 1994, é autor de outros livros, onde a sua filosofia de escrita se debruça sobre o provocante, o discriminatório, o ultrajante, o que arrepia, o que é sórdido. Influenciado por Franz Kafka, Marquês de Sade e Herman Hesse, entre tantos outros, Cook quer mostrar o mundo das casas de massagem, algo que nos é tão familiar em Macau.
“Não há passatempo mais esquizofrénico do que aplicar óleo na pele. Seja por uma questão de relaxamento ou alívio, uma forma de sedução ou uma maneira de se prostituir, faz tempo que a massagem fascina e repugna”, começa por explicar o autor, citado na nota da organização. “Mas, e se estes aspectos contraditórios desta prática – o terapêutico e o erótico – fossem vistos como inseparáveis?”
Apimentado com descrições de viagens no Oriente, em busca da massagem ideal, incisivo e provocante. É assim descrito “Massage and The Writer”, que vai, como assegura o autor, apelar aos mais aficionados pelo sexo radical, enquanto “enfurece” os novos negócios de massagens que tentam a todo o custo separar massagens e sexo.
Isham Cook publicou este ano “At The Teahouse Café”, um livro que fala sobre a China moderna e as suas semelhanças com o passado. No ano passado, foi a vez de “The Exact Unknown and Other Tales of Modern China” e em 2012 a de “Lust & Philosophy”.
“Massage and The Writer” é apresentado às 17h00, na Livraria Portuguesa e o evento tem entrada livre.

25 Jun 2015

MAM | Exposição de Robert Cahen inaugura esta sexta-feira

Imagens e sons que transmitem histórias. É assim a mais recente mostra de Robert Cahen, que usa a vídeo-arte para mostrar que é possível cada um compreender a arte à sua maneira

[dropcap style=’circle’]I[/dropcap]naugura na sexta-feira a mais recente exposição de Robert Cahen, no Museu de Arte de Macau (MAM). Intitulada “Transversal: Instalação Vídeo de Robert Cahen”, a mostra reúne de uma dezena de trabalhos do autor.
“O famoso artista de vídeo-arte irá revelar-nos um novo mundo, através das suas interpretações e justaposições de imagens e sons”, começa por dizer o comunicado da organização, conjunta entre o MAM e o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Instituto Cultural e o Consulado Geral da França em Hong Kong e Macau.
Inserida no Festival Le French May, a exposição reúne 17 dos seus trabalhos realizados entre 1978 e 2015, com destaque para duas instalações utilizando elementos visuais de Macau.
Através de câmara lenta – a sua assinatura – e explorando as interacções entre sons e elementos gráficos, Cohen cria uma ambiência poética servindo-se das imagens mais corriqueiras. Com técnicas de inserir, saltar, recuar, fading out e in, entre outros processos de pós-produção e alongando os tempos, o artista apresenta aos espectadores uma nova consciência sobre a realidade, indicando novos rumos para a arte vídeo.

Novos espaços

“Cada peça da minha arte faz uso da câmara lenta”, diz Robert Cahen, citado em comunicado. “E tenta ampliar um novo espaço entre as coisas, invisíveis entre si. Os meus trabalhos são como uma palestra aberta, na qual os espectadores acabarão por encontrar as suas próprias projecções na câmara lenta, que eventualmente será capaz de contar as suas próprias histórias.” robert cahen
Robert Cahen nasceu em Paris em 1945 e formou-se pelo Conservatório Nacional Superior de Música (CNSM), sendo um pioneiro tanto da música electrónica como da video-arte a nível internacional. Iniciou as suas criações ainda na década de 1970, utilizando os seus conhecimentos profissionais e métodos criativos da música para produzir vídeos, esbatendo as fronteiras entre os dois média e tornando-se uma referência mundial no campo da arte vídeo.
Foi a partir de meados do século XX, com o florescimento das tecnologias, que o vídeo se tornou uma parte integrante da vida diária e é isso que “Transversal” quer mostrar.
“Transversal apresenta uma selecção de 37 anos de trabalho de Cahen, incluindo ‘O Tempo Suficiente’, a aclamada obra marcante da vídeo-arte internacional da década de 1980 e as suas duas instalações que operam sobre elementos visuais de Macau, ‘5 Olhares e Aparição’.”
A exposição estará patente até 20 de Setembro, sendo que a inauguração está marcada para as 18h30 de sexta-feira. Poderá ser visitada diariamente, das 10h00 às 19h00, e a entrada é gratuita aos domingos e feriados, tendo o custo de cinco patacas nos restantes dias.

25 Jun 2015

Casa Garden | José Drummond e Peng Yun em exposição relâmpago única

José Drummond e Peng Yun juntam-se às 18h00 da próxima sexta-feira para apresentar uma exposição “pop-up”, cujo conceito é único na cidade. As artes performativas dão forma ao corpo da mulher, sem deixarem de explorar conceitos de dor, amor, prazer e atitude

[dropcap stgyle =’circle’]O[/dropcap] conceito da próxima exposição conjunta do artista José Drummond e Peng Yun dá pelo nome de “pop-up show” e vai durar exactamente quatro horas, com direito a um jogo de fotografias que versam sobre o erotismo, o corpo e a figura feminina e sentimentos e sensações como a dor, o prazer e o amor.

“Sonho de uma Noite de Verão” realiza-se na próxima sexta-feira e começa às 18h00, com encerramento marcado para as 22h00 desse mesmo dia. Este projecto inovador, explica Drummond, teve o seu nome baseado na conhecida peça teatral de William Shakespeare, de nome homónimo. Nesta, os protagonistas estão hipnotizados até quase à última cena, até que finalmente seguem o caminho que devem, explica. São os temas da peça original que parece terem inspirado aquela que toma forma daqui a dois dias, na Casa Garden.

“[A exposição] tem um certo lado performativo precisamente por durar tão pouco tempo e acredito que vai ser interessante ver a adesão do público a um evento deste género, uma vez que não há a possibilidade de lá ir no dia seguinte”, comentou o artista ao HM. No entanto, este projecto único apenas foi possível através da colaboração entre os dois artistas, sendo Drummond português e Peng Yun chinesa.

Sombras, luz, erotismo e a Mulher

130589_1_87207 (The Winker)

Este tipo de exposição conjunta tem vindo a ser debatida há já algum tempo, diz o artista ao HM, explicando no entanto que a ideia desta “pop-up” só teve pernas para andar no final de Abril deste ano. Peng irá apresentar as séries relativas ao Verão de Xiaoduo, que “entram em diálogo” com os trabalhos “The Ghost” e “The Winker”, do artista português.

São as artes plásticas que aqui desempenham um papel crucial, numa mostra que promete encantar durante quatro horas de intensidade, seguidas de um cocktail. Também a ideia da dicotomia artística tem um papel crucial: serão confrontados e explorados dois pontos de vista “sobre o corpo da mulher onde o visível e o invisível, sombras e luzes, fantasia e realidade, desencanto e sedução entram em jogos e tensões”, totalmente levadas à interpretação dos presentes.

Dos quatro cantos à Casa Garden

Embora José Drummond tenha já os temas e o tipo de exposição mentalmente bem montados, será decerto um conceito inovador, uma vez que esta é uma das primeiras deste género em Macau. O artista vive em Macau há vários anos e já expôs nos quatro cantos do mundo, incluindo Tailândia, China, Alemanha, EUA, Austrália, Itália e Hungria.

Actualmente, frequenta o doutoramento em Artes Visuais no Transart Institut, que inclui residências artísticas em cidades como Nova Iorque e Berlim. Espelhados na Casa Garden estarão sensações e sentimentos comuns e básicos do ser humano e das suas relações, sendo esse o tema que mais aproxima os autores. Além de contar com a exibição de um total de 40 fotografias, serão ainda passados quatro vídeos, dois de cada artista.

Peng Yun nasceu em Sichuan, mas vive em Macau há vários anos. Licenciou-se em Pintura a óleo na sua terra-natal. Tal como as de Drummond, também as suas peças percorreram meio mundo, tendo ocupado lugar em galerias de Singapura, Taiwan, Bélgica, Roterdão, EUA, Holanda, Veneza, Pequim e Xangai.

A entidade curadora da mostra é a BABEL, uma organização cultural sem fins lucrativos. A mostra é organizada pela Xiang Art, tendo como parceiros a já referida BABEL, a Fundação Oriente e a Casa de Portugal. A pouca duração da mostra tem, também ela, uma mensagem: uma noite de exibições equivale à duração de muitos amores, conquistas e dissabores, explica a BABEL em comunicado.

24 Jun 2015

Workshop | Ana Jacinto Nunes orienta técnica milenar

A artista portuguesa desenvolve no próximo sábado, na EPM, um workshop de Suminagashi, uma arte de desenhar japonesa que é tida como uma das técnicas mais antigas de marmorear papel

[dropcap type=”circle”][/dropcap]A artista plástica Ana Jacinto Nunes vai dirigir um workshop de Suminagashi – uma técnica milenar japonesa – de pintura na água. O momento acontecerá nas instalações das Escola Portuguesa de Macau já no próximo sábado, dia 27 de Junho pelas 10 horas na sala de desenho.

O suminagashi é uma técnica de pintura na água em que é utilizada tinta e adicionada terebintina, um solvente vegetal. “Esta é uma técnica muito antiga em que se coloca a tinta à superfície da água e quando se coloca o papel na água, para fazer a impressão, este bate primeiro na tinta que é absorvida imediatamente e só depois é que chega a água”, explica ao HM Ana Jacinto Nunes.

O resultado é uma espécie de “marmoreado que se vê na contra capa dos livros antigos”. O suminagashi, conta-nos a artista plástica, foi um das primeira técnicas de marmorear papel e é por isso considerada uma das formas mais antigas.

A artista plástica não esconde que “gostaria muito de ver continuidade na técnica”, acreditando que os professores podem depois continuar a leccionar esta vertente. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pela Associação de Pais da Escola Portuguesa. O momento criativo é aberto à população e tem um custo de 50 patacas para os sócios e 100 para não sócios.

Bichos até ao fim do mês

Ana Jacinto Nunes está no território até ao final do presente mês com a exposição “Desta vez os bichos não dormem” no Albergue da Santa Casa da Misericórdia que termina também no sábado. Em exposição estão à venda desenhos em funcionam como base de um projecto que posteriormente resulta na criação de uma vida nova.

A autora portuguesa, vive actualmente na Alemanha, mas da sua história já fez parte Macau, em 1996, local que permitiu a Ana Jacinto Nunes desenvolver o gosto pelos pincéis, técnicas, papéis e tintas chinesas. Arte que fundiu com o registo português criando azulejos de tecido, agora expostos no território.

Ana Jacinto Nunes deu os primeiro passos no ballet, arte que considera ser uma mais valia para o desenho, devido à linguagem corporal, e formou-se em várias áreas técnicas, desde animação, pintura, serigrafia e ilustração.

Com algum prémios angariados, a artistas plástica já expôs em Portugal, Macau, EUA e Alemanha.

23 Jun 2015

Exposição | “Saudade” inaugurou ontem com organização da AFA e do MGM

Com o artista José Drummond na linha da frente, o MGM inaugurou ontem a primeira mostra totalmente portuguesa, sob o tema do sentimento mais luso do mundo: a saudade. Esta é a primeira vez que uma operadora de Jogo investe numa exibição colectiva de expressão totalmente portuguesa

[dropcap type=”2″]“S[/dropcap]audade” é o nome da exposição que inaugurou ontem no MGM, com a particularidade de ser uma das primeiras mostras colectivas de expressão totalmente portuguesa. O intuito, explicou o curador José Drummond, é tentar transmitir o significado deste sentimento para cada um dos 12 artistas convidados.

Nela participam os fotógrafos Carmo Correia e António Mil-homens, o pintor Victor Marreiros, a artista plástica Sofia Arez, Adalberto Tenreiro, Rui Calçada Bastos, Marta Ferreira e a dupla fundadora do Lines Lab, Clara Brito e Manuel Correia da Silva.

Ao HM, Drummond explicou que a ideia passa por transmitir o amor e sentimento de pertença com que os portugueses que por aqui passam, ficam. Quase como uma espécie de dicotomia saudosista que se sente por Macau quando se está em Portugal e vice-versa. “O tema da saudade surgiu porque os portugueses que cá estão há muito tempo têm saudades de Portugal e o contrário também acontece, não esquecendo que é também o mais português dos sentimentos, difícil de explicar, mesmo na Língua Portuguesa”, começou por dizer ao HM o curador da mostra.

Uma dúzia em um

São 12 os artistas que se unem sob o tema da saudade, sentimento único que vai além do que é “sentir falta de uma pessoa ou de alguma coisa”, diz Drummond. No MGM estarão expostas mais de 40 obras, algumas delas já parte de exposições ou obras lançadas.

É o caso das fotografias seleccionadas de Carmo Correia, que estão também presentes na sua mais recente obra sobre a presença portuguesa no Oriente. Fazem parte de “Saudade” dez fotografias da sua mais recente mostra individual, que teve lugar na Casa Garden.

Para Carmo Correia, a aceitação do convite passa não só pela identificação com o tema, mas também pela diferenciação de público, comparando com aquele que visitou a mostra anterior. “Normalmente não gosto de repetir um trabalho dentro de Macau, mas esta foi uma excepção, porque o público-alvo do MGM não é, de forma alguma, aquele que tinha na Casa Garden, porque são dois espaços completamente diferentes”, avança a fotógrafa. Outro dos artistas convidados é António Mil-Homens, também fotógrafo de profissão. As suas peças do MGM têm, no entanto, uma particularidade: trata-se de uma sobreposição de planos de imagem que tentam reflectir o passado e presente, expor a dicotomia entre a memória e o distanciamento. “O meu tema pessoal é a Metamorfosis e tem três trabalhos que têm que ver com transformações – concretamente de três pontos da cidade – que também são saudade do antigo Macau”, começa por explicar.

Uma das imagens problematiza o desaparecimento de uma conhecida barbearia do território, aliada à eternização do presente. “São duas fotografias impressas separadamente em tela para dar o efeito tridimensional do antes e depois, onde apliquei uma distorção para dar o aspecto de queda”, continuou Mil-Homens.

Se Victor Marreiros opta pela apresentação de pinturas que reflectem figuras e sentimentos humanos, a artista plástica Sofia Arez preferiu concentrar-se em fenómenos mais naturais, através de uma espécie de ensaio de luz.

“[Os meus trabalhos] são fragmentos de copas de árvores vistos de baixo ao longo do dia, desde o amanhecer até ao anoitecer”, esclarece. Trata-se, no fundo, de um trabalho que discursa sobre a luz e a passagem do tempo. “Captado o momento, fica ali eternizado”, continua. Saudade é, para a artista, a palavra que “nos une a todos”, sejam artistas ou simplesmente portugueses que estão num país estrangeiro que, ainda que tenha um pedaço da terra de Camões, não o é verdadeiramente. “É uma aposta [do MGM] na arte que espero que continue e seja só a primeira de muitas”, acrescentou.

Saudade é quando um artista quiser

Aqui, a saudade assume diferentes formas, inspirações, histórias, passados e memórias para cada um dos autores, apresentando uma série de trabalhos variada, mas que se une através de um mesmo tema. É o “objecto” que mais importa, mas são vários os meios artísticos empregues, nomeadamente instalações, pintura, fotografia e trabalhos de outra natureza, que estão, directa ou indirectamente relacionados com o verter da saudade na arte.

O próprio curador tem também quatro fotografias em exposição. Todas elas são de grande dimensão e tentam espelhar um pouco mais do que apenas a saudade. “O meu trabalho tem uma ligação muito forte com temas bastante existenciais, como a solidão, o amor, o sonho e, em virtude disso, também a memória”, conta. Para “Saudade” especificamente, o artista vai apresentar trabalhos que mostram a “tensão do que é visível e invisível, do que é e não é perceptível e de reportar um lado de sonho e de memórias que se começam a desvanecer”.

Do público ao apoio das artes

Também Drummond diz rever-se “completamente” na questão da saudade dicotómica que existe em quem vive entre dois mundos: Portugal dos portugueses e Portugal de Macau. A exposição, frisa, não se destina apenas à comunidade portuguesa, mas sim a todo o público em geral, pretendendo-se com ela dar a conhecer um pouco de Portugal em Macau.

Para Carmo Correia, a iniciativa é “bastante interessante e bem escolhida para Macau”, não esquecendo que “se adapta perfeitamente” aos trabalhos da fotógrafa. “Quem deixa Macau ou por cá passa fica sempre com saudade”, confessa ao HM.

Já António Mil-Homens concorda com Carmo Correia e mostra-se satisfeito com a iniciativa do MGM, deixando a sugestão de que os seus pares sigam as pegadas da operadora. “Acho que isto tem que ver com a predisposição do MGM em apoiar a arte, algo que me agrada sobremaneira”, diz. A mostra tem entrada gratuita e estará em exibição até 30 de Setembro.

18 Jun 2015

Ciência | UM acolhe palestras com Prémios Nobel de Química

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s professores e vencedores do Prémio Nobel de Química, Ada Yonath e Aaron Ciechanover, estarão em Macau nos dias 10 e 11 de Julho para falar sobre a sua área de especialização. No total, estão organizadas duas palestras distintas a acontecer às 9h00 e às 9h30 de sexta-feira e de sábado, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Macau.

Ada Yonath vai discursar sobre a resistência aos antibióticos e a preservação dos micróbios, enquanto Ciechanover se debruça sobre a problemática da cura de todas as doenças do mundo, colocando a questão do que tal vai poderá custar. 

Ada Yonath
Ada Yonath

Yonath foca-se em Cristalografia, ou seja, a ciência que estuda átomos e sua transformação em cristais. Em 2013, a académica israelita foi apontada directora do Centro de Estrutura Biomolecular Helen & Milton Kimmelman e da Assembleia do Instituto de Ciência Weizmann. Foi juntamente com outros dois cientistas que Yonath venceu o Nobel em Química, sendo reconhecida como a primeira mulher do Médio Oriente a receber este galardão de ciências e a primeira, em 45 anos, a ganhar este especificamente.

Aaron Ciechanover tem no seu portefólio o estudo da degradação das células e reciclagem de proteínas, tendo recebido o Prémio Nobel de Química em 2004.

Aaron Ciechanover
Aaron Ciechanover

Também de Israel, o académico é professor da Faculdade de Medicina Ruth & Bruce Rappaport e no Instituto de Investigação de Technion. Ciechanover é também membro da Academia de Ciências e Humanidades de Israel, da Academia Pontífice de Ciências e da associação estrangeira Academia Nacional Norte-Americana de Ciências. A entrada nas palestra é livre e o website oficial da Universidade dispõe de um formulário de registo de participação nos eventos.

17 Jun 2015