Hoje Macau China / ÁsiaPartido Comunista Chinês publica edição inglesa da sua história centenária A cerimónia de lançamento da edição inglesa da história centenária do Partido Comunista Chinês (PCC) realizou-se em Pequim na sexta-feira. Os editores disseram que este livro é de “grande significado para ajudar os leitores estrangeiros a aprenderem sobre a história do PCC”, e que estão programadas edições em mais línguas para serem publicadas no futuro. O livro, “100 Anos do Partido Comunista Chinês, foi traduzido pelo Instituto de História e Literatura do Partido do Comité Central do PCC, que também compilou a versão original chinesa que foi publicada em Junho de 2022. Qu Qingshan, reitor do instituto, enfatizou na cerimónia que o livro é a obra oficial que cobre a história do Partido com o mais longo período histórico e o conteúdo mais sistemático e completo entre as obras de história do Partido publicadas até à data. Sean Michael Slattery, um dos editores estrangeiros do projecto, disse que passaram um ano e meio a terminar a edição, e ficou espantado com a história centenária do CPC, e com o processo de como a China se transformou numa economia forte no mundo. “Penso que este livro pode ajudar os leitores estrangeiros em todo o mundo a compreender a essência do PCC. As pessoas no mundo precisam, mais do que nunca, de melhorar a compreensão mútua, e só desta forma poderemos realizar intercâmbios e cooperação e manter a paz e o desenvolvimento mundiais”, disse ele. “Este livro poderá ter uma grande influência no comunismo em todo o mundo, uma vez que o PCC demonstrou os brilhantes feitos da sinicização do marxismo com o seu maravilhoso desenvolvimento centenário”, disse Liu Liang, um tradutor que participou no projecto. Como um dos tradutores, Liu disse que o princípio é transmitir um conteúdo preciso, abrangente e eficaz aos leitores de língua inglesa através da tradução. Ao traduzir expressões cheias de características chinesas, eles fornecem anotações para uma melhor compreensão. Liu disse ainda que o livro pode ser adquirido através de múltiplos canais, incluindo feiras internacionais do livro, tais como a Feira do Livro de Frankfurt, a maior feira mundial do livro. O livro também será promovido durante as visitas de negócios estrangeiros, conferências académicas internacionais e várias actividades de intercâmbio cultural bilateral. Xi Weidong, presidente da Central Compilation and Translation Press, disse na cerimónia que está a planear publicar edições noutras línguas para que mais leitores no estrangeiro possam ler o livro. “100 Anos do Partido Comunista Chinês” está dividido em quatro volumes, segundo a Xinhua, centrando-se na história do CPC na nova revolução democrática; na revolução e desenvolvimento socialista; na reforma, abertura e modernização socialista; e na nova era do socialismo com características chinesas.
Hoje Macau China / ÁsiaPreços da habitação nova na China põem em janeiro fim a 16 meses de quedas Os preços da habitação nova na China puseram fim, em janeiro passado, a 16 meses consecutivos de quedas, segundo dados oficiais divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país. O indicador que acompanha a evolução dos preços nas 70 maiores cidades do país praticamente não registou oscilações, fixando-se nos 6.999,7 pontos em janeiro, face a 7.000 pontos no mês anterior. Em dezembro, os preços caíram 0,25% em relação a novembro. Destas 70 cidades, 36 registaram um aumento mensal nos preços das novas construções residenciais – mais do dobro do registado em dezembro (15), observou a agência noticiosa oficial Xinhua. A construção nova caiu quase 40%, no contexto da crise de liquidez que afeta o setor na China há mais de dois anos. A situação financeira de muitas imobiliárias chinesas deteriorou-se depois de, em agosto de 2020, Pequim ter imposto restrições no acesso ao financiamento bancário, visando reduzir os níveis de alavancagem das empresas, entre as quais se destacou o grupo Evergrande, com um passivo superior a 300.000 milhões de dólares. Nos últimos meses, o Governo mudou de rumo e anunciou várias medidas de apoio, inclusive a abertura de linhas de crédito, cujo objetivo prioritário é finalizar empreendimentos cujas obras ficaram por completar. A falta de liquidez no setor fez com que várias obras em todo o país fossem obrigadas a parar, o que resultou, no verão passado, num “boicote às hipotecas”, que se estendeu a mais de uma centena de cidades, com os compradores de apartamentos inacabados a deixarem de pagar a prestação mensal aos bancos. “As vendas começaram este ano tão deprimidas que é provável que haja uma recuperação cíclica de curta duração”, disse Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da consultora Capital Economics, num relatório, ressalvando que a perspetiva negativa de longo prazo para a procura imobiliária “não se alterou”.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul estima que Pyongyang tenha plutónio para mais de uma dúzia de bombas O exército sul-coreano estima que a Coreia do Norte tenha cerca de 70 quilos de plutónio, suficiente para fabricar mais de 10 bombas atómicas, segundo o Livro Branco da Defesa publicado hoje em Seul. O cálculo é superior aos 50 quilos de plutónio estimados pelas autoridades de defesa do país, na edição anterior do livro. No Livro Branco da Defesa, publicado a cada dois anos, é também referido, sem mais detalhes, que o ‘stock’ de urânio altamente enriquecido é “considerável”. Na análise é destacado o progresso do regime norte-coreano no desenvolvimento de mísseis balísticos de combustível sólido de longo alcance. Atualmente, Pyongyang opera apenas três mísseis de combustível sólido de médio alcance (cerca de 2.000 quilómetros de alcance), dois deles para submarinos (SLBM). No seu plano de modernização de armas aprovado em 2021, o regime propôs-se desenvolver um míssil balístico intercontinental de combustível sólido (ICBM), que torna muito mais fácil e seguro armazenar e disparar um projétil. No desfile com que a Coreia do Norte comemorou o 75.º aniversário do seu exército em 08 de fevereiro, o regime apresentou precisamente um novo suposto ICBM a combustível sólido, embora ainda não o tenha testado. No Livro Branco da Defesa Seul volta a referir-se ao país vizinho como “inimigo”, algo que não acontecia há seis anos. “Como o Norte nos definiu como ‘inimigo indubitável’ na reunião plenária do Comité Central do partido em dezembro de 2022 e continua a representar uma ameaça militar sem desistir do seu programa nuclear, o regime e os militares norte-coreanos são nossos inimigos”, pode ler-se no documento. As relações entre Seul e Pyongyang pioraram dramaticamente nos últimos dois anos, especialmente depois de o conservador Yoon Suk-yeol ter chegado ao poder em maio de 2022. No ano passado, o regime da Coreia do Norte realizou cerca de 50 lançamentos de mísseis, um número recorde, em muitos casos em resposta a manobras militares do Sul e dos EUA e ao posicionamento de meios estratégicos do Pentágono na península coreana.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Lucros das metalúrgicas chinesas caem 72% devido à crise no imobiliário Os lucros das metalúrgicas chinesas caíram 72%, em 2022, devido à crise no setor imobiliário e ao aumento do custo do carvão, combustível fundamental para alimentar os fornos, informou ontem o portal de notícias económicas Caixin. Em 2021, as empresas do setor registaram lucros recorde de 352,4 mil milhões de yuan, mas, em 2022, os lucros caíram, em termos homólogos, para 98,2 mil milhões de yuan, segundo dados da associação do setor China Iron and Steel Association, citados pela Caixin. O volume de negócios das metalúrgicas caiu apenas 6,35% em termos homólogos, mas a sua capacidade de obtenção de lucros foi diminuída pela queda de 13,55% no preço médio do aço e pela subida de 24,91% no preço do carvão, embora a queda no custo de importação de minério de ferro (-24%) tenha aliviado essas pressões. O setor imobiliário responde por quase um terço da procura de aço na China, onde o número de novas construções caiu quase 40%, no ano passado, face a uma crise de liquidez que deixou várias construtoras chinesas perto da falência. A isto somou-se a desaceleração na construção de obras públicas, como linhas ferroviárias de alta velocidade, metropolitanos ou autoestradas, segundo a Caixin.
Hoje Macau China / ÁsiaChina anuncia visita de presidente chinês Xi Jinping ao Irão O presidente chinês, Xi Jinping, vai realizar uma visita de Estado ao Irão, anunciou hoje o ministério dos Negócios Estrangeiros da China, após o líder iraniano, Ebrahim Raisi, ter concluído uma visita de três dias a Pequim. Xi “aceitou com prazer o convite” do seu homólogo para visitar Teerão, segundo um comunicado conjunto, publicado pelo ministério, que não especificou data. A última visita de Estado do presidente chinês ao Irão ocorreu em janeiro de 2016. O anúncio surgiu no terceiro e último dia da deslocação de Raisi a Pequim. Foi a primeira visita de Estado de um presidente iraniano à China em mais de 20 anos. Parceiros políticos e económicos, os dois países enfrentam pressões por parte dos países ocidentais, nomeadamente devido às suas posições face à invasão da Ucrânia pela Rússia. O Irão enfrenta também duras sanções dos Estados Unidos, devido ao seu programa nuclear. No comunicado de quinta-feira, os dois países apelaram ao levantamento das sanções, dizendo que “garantir os dividendos económicos do Irão” é uma “parte importante” do acordo nuclear, assinado em 2015. Pequim e Teerão também pediram a “implementação plena e efetiva” do acordo, culpando a “retirada unilateral dos Estados Unidos” pelas tensões atuais. O Irão é um dos últimos grandes países a oferecer apoio à Rússia, que foi vetada ao isolamento diplomático, desde o início da intervenção militar na Ucrânia, no final de fevereiro de 2022. Os países ocidentais acusam a República Islâmica de fornecer a Moscovo veículos aéreos não tripulados (“drones”) militares armados, que estão a ser usados contra a Ucrânia. Teerão negou aquelas acusações. Na terça-feira, Xi Jinping elogiou a “solidariedade” nas relações China – Irão, dizendo que “perante a situação complexa, provocada pelos desenvolvimentos no mundo, China e Irão apoiam-se, mostram a sua solidariedade e cooperam”. Pequim assinou, em 2021, um vasto acordo estratégico de 25 anos com Teerão. Esta importante parceria abrange áreas tão variadas como a energia, segurança, infraestruturas e comunicações.
Hoje Macau China / ÁsiaChina/Irão | Xi elogia “solidariedade” entre países num mundo “complexo” A visita do Presidente iraniano a Pequim visa fortalecer as relações entre os dois países que sofrem pressões externas face aos novos e complexos desafios da actualidade mundial. Assinados, estão já vários acordos nas áreas de agricultura, comércio, turismo, protecção ambiental, saúde, socorro a desastres, cultura e desportos O Presidente chinês, Xi Jinping, elogiou na terça-feira a “solidariedade” entre a China e o Irão, ao dar as boas-vindas em Pequim ao seu homólogo iraniano, Ebrahim Raissi, que iniciou uma visita oficial de três dias ao país asiático. “Diante da situação complexa provocada pelas mudanças no mundo, dos tempos e da História, a China e o Irão apoiam-se, demonstram a sua solidariedade e a sua cooperação”, afirmou Xi, citado pela televisão estatal chinesa CCTV. “A China apoia o Irão na salvaguarda da sua soberania nacional, independência, integridade territorial e dignidade nacional (…). A China apoia o Irão na resistência ao unilateralismo e à intimidação, opõe-se a forças estrangeiras que interferem nos assuntos internos do Irão e minam a segurança e a estabilidade do Irão”, declarou ainda o líder chinês, ao dirigir-se a Ebrahim Raissi. Esta é a primeira visita de Estado de um Presidente iraniano à China em mais de 20 anos. Ebrahim Raissi, que viajou para Pequim com uma grande delegação com uma forte componente económica e comercial, foi recebido por Xi Jinping no Grande Palácio do Povo, próximo da Praça da Paz Celestial. Após ouvirem os hinos dos respectivos países, os dois dirigentes passaram em revista a guarda de honra chinesa ao som de música militar. Os dois países estão a enfrentar fortes pressões do Ocidente, em particular devido à posição assumida em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia. O regime de Teerão já está a sofrer sanções dos Estados Unidos devido ao seu controverso programa nuclear. O Irão está entre os países que ofereceram apoio à Rússia, cujo isolamento diplomático tem vindo a crescer desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022. Os países ocidentais acusam o Irão de fornecer a Moscovo ‘drones’ militares armados que seriam usados na Ucrânia, situação que Teerão nega. Complexidades modernas A invasão russa da Ucrânia é uma questão embaraçosa para Pequim, porque Moscovo é um dos seus parceiros estratégicos. A China pede respeito pela soberania dos Estados, mas ao mesmo tempo pede que as preocupações de segurança da Rússia sejam levadas em consideração. Os dois países assinaram também vários acordos de cooperação bilateral nas áreas de agricultura, comércio, turismo, protecção ambiental, saúde, socorro a desastres, cultura e desportos, segundo a CCTV. Pequim assinou em 2021 um vasto acordo estratégico de 25 anos com Teerão. Esta importante parceria abrange áreas tão variadas como energia, segurança, infraestruturas e comunicações. A China é o maior parceiro comercial do Irão, de acordo com a agência de notícias Irna, que cita estatísticas das autoridades alfandegárias iranianas ao longo de 10 meses. Neste período, os iranianos exportaram para a China 12,6 mil milhões de dólares em mercadorias e importaram 12,7 mil milhões de dólares de produtos chineses. Pequim é um dos membros do grupo de diálogo que pretende relançar as negociações do acordo nuclear de 2015 entre o Irão e seis grandes potências (China, Rússia, Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido), bem como a União Europeia (UE). Estas negociações, retomadas em Abril de 2021 em Viena, estão agora suspensas.
Hoje Macau China / ÁsiaHospitais chineses registaram 83 mil mortes desde o fim da estratégia ‘zero covid’ Os hospitais chineses registaram 83.150 mortes causadas por infeção pela covid-19, entre 08 de dezembro, altura em que começou a desmantelar a estratégia ‘zero covid’, e 09 de fevereiro, segundo dados oficiais hoje divulgados. Cerca de 90% das mortes foram causadas pelo agravamento de uma doença subjacente combinada com a infeção pelo novo coronavírus, detalhou o Centro de Controlo de Doenças (CDC) da China. As restantes mortes ocorreram sobretudo por insuficiência respiratória causada pelo coronavírus, que se espalhou rapidamente pelo país durante dezembro e janeiro, após Pequim ter posto fim a quase três anos da política de ‘zero casos’ de covid-19. O CDC informou, na semana passada, que o número de mortes por covid-19 em clínicas no país caiu 97,6% até 06 de fevereiro, face ao pico de 4.273 óbitos registado em 04 de janeiro. O número de internamentos devido a infeção pela covid-19 atingiu o pico de 1,6 milhão, em 05 de janeiro, quando começou a cair, até atingir 60 mil, em 06 de fevereiro. No âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, várias cidades chinesas foram submetidas a rigorosos bloqueios, ao longo de semanas ou meses, e impuseram um regime de testes de ácido nucleico obrigatório para toda a população. O levantamento das restrições ocorreu após protestos em larga escala, realizados em várias cidades da China. Alguns dos manifestantes gritaram palavras de ordem contra o Partido Comunista e o líder chinês, Xi Jinping, que assumiu a estratégia ‘zero covid’ como um trunfo político e prova da superioridade do modelo de governação autoritário da China, após o país conter com sucesso os surtos iniciais da doença.
Hoje Macau China / ÁsiaChina diz que registou em 2022 a menor taxa de crimes violentos das últimas décadas A China registou em 2022 a menor taxa de crimes violentos nas últimas duas décadas, anunciou hoje o Supremo Tribunal Popular (STP) chinês, apontando que o país é “um dos mais seguros do mundo”. O vice-procurador-geral do STP, Sun Qian, garantiu em conferência de imprensa que a percentagem de homicídios, sequestros e roubos, entre os delitos ocorridos no país no ano passado foi de 3,9 por cento, face a 25% em 1999. A mesma fonte acrescentou que de todos os processos criminais concluídos no ano passado, 85,5% foram delitos menores, com penas inferiores a três anos. Isto fez com que a sensação de segurança dos moradores na China aumentasse “de 87,5% em 2012, para 98,6%, em 2021”, apontou Sun. Nos últimos cinco anos, os promotores chineses processaram 42.000 casos relacionados ao crime organizado e mais de 3.600 pessoas conhecidas como “guarda-chuvas” – um termo que geralmente se refere a funcionários governamentais envolvidos neste tipo de crime -, disse Sun. Cerca de 78.000 funcionários do governo foram também punidos por corrupção, entre os quais mais de 100 ocupavam cargos provinciais ou de nível ministerial, apontou o STP. Desde que ascendeu ao poder, em 2012, o secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção, hoje considerada a mais persistente e ampla na história da China comunista. Sun Qian acrescentou que os roubos, que durante mais de quatro décadas lideraram a lista dos casos mais graves, foram substituídos, em 2019, por outros como a imprudência ou a embriaguez ao volante. O cibercrime apresentou uma tendência ascendente, com 129 mil pessoas processadas. O ministério Público recorreu de um total de 41.000 casos nos últimos cinco anos, o que representa um aumento de 18,9%, em relação ao quinquénio anterior. O judiciário chinês, que não tem independência face aos poderes executivo ou legislativo, tem uma taxa de condenação de réus de cerca de 99%, segundo dados oficiais de 2013. Organizações como a Amnistia Internacional (AI) denunciam que a tortura continua a fazer parte da rotina policial para extrair confissões forçadas na China.
Hoje Macau China / ÁsiaCrise dos balões | Pequim insiste para EUA explicarem incursões Pequim pediu ontem a Washington que dê explicações e promova “uma investigação profunda” sobre os voos ilegais com balões que os Estados Unidos realizam sobre outros países, nomeadamente na República Popular da China. “Os Estados Unidos deveriam levar a cabo uma profunda investigação e dar explicações sobre os voos ilegais com balões, incluindo na China”, disse ontem em conferência de imprensa o porta-voz da diplomacia de Pequim. Wang reiterou que “pelo menos dez balões (de grande altitude) norte-americanos sobrevoaram a República Popular da China e outros países”, desde o mês de Maio de 2022. “Ontem (segunda-feira) demos esta informação e, pelo que vejo, os Estados Unidos não a negaram completamente. Deveriam dar explicações”, disse na terça-feira o porta-voz. Entretanto, os Estados Unidos indicaram que recuperaram o mecanismo electrónico e os sensores do balão de grande altitude, supostamente da República Popular da China, derrubado no passado dia 4 de Fevereiro. O balão, que Pequim negou ser um dispositivo da República Popular da China utilizado para vigilância, foi neutralizado por um avião de combate norte-americano ao largo da costa da Carolina do Sul, depois de ter sobrevoado os Estados Unidos durante uma semana.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim combate uso de “altos dotes de casamento” no interior As autoridades chinesas emitiram ontem directrizes para combater o uso de “altos dotes de casamento” nas áreas rurais, informou a agência China News Service, face à queda no número de matrimónios e taxa de natalidade. O documento, elaborado pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês e pelo Conselho de Estado (Executivo) também identificou as “festas de casamento em grande escala” como outro problema no interior da China. O alto custo dos dotes, tradicionalmente pagos pelo noivo à família da noiva, e os banquetes de casamento, são identificados como “obstáculos enfrentados pelos homens que procuram esposa”, numa altura em que o número de casamentos e a taxa de natalidade no país estão em queda acelerada. O governo central pediu às localidades que “formulem normas para mudar os costumes, de acordo com as condições de cada local” e que “reforcem a aplicação dos regulamentos” nas zonas rurais. Dia especial Nos últimos anos, alguns governos locais tentaram contrariar a prática dos dotes: um distrito da cidade de Fuzhou, no centro da China, organizou, em Setembro passado, um casamento em grupo, para dez casais, com “dote zero”, que foi transmitido ao vivo pela Internet, para promover este tipo de matrimónio. Um responsável da província central de Jiangxi, citado pelo jornal oficial Global Times, garantiu que o dote nas cidades pode ascender a cerca de 125 mil yuan, mas que, nas zonas rurais, ronda os 230 mil yuan. No total, foram celebrados 7,64 milhões de casamentos na China, em 2021, o número mais baixo desde 1986, quando começaram a ser feitos registos. Trata-se de uma queda de 680 mil, face a 2020, e o oitavo ano consecutivo em que o número de vínculos nupciais caiu. A idade média do primeiro casamento para as mulheres chinesas aumentou de 22 anos, em 1980, para 26,3, em 2020, de acordo com um estudo elaborado pela Associação Chinesa de Planeamento Familiar e o Centro de Pesquisa da População Chinesa, difundido na segunda-feira. A idade média em que as mulheres dão à luz o primeiro filho no país asiático é agora de 27,2 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | Presidente do Irão na China para fortalecer cooperação A visita oficial de três dias de Ebrahim Raisi visa aprofundar a colaboração entre as duas nações em matérias como a energia, segurança, infraestruturas e telecomunicações O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, iniciou ontem uma visita oficial de três dias à China, visando fortalecer a cooperação entre os dois países, num período de tensões com o Ocidente. A China assinou, em 2021, um vasto acordo estratégico com o Irão para os próximos 25 anos, numa altura em que as pesadas sanções impostas pelos Estados Unidos a Teerão estão a sufocar a economia da República Islâmica. Esta parceria abrange várias áreas, incluindo energia, segurança, infraestruturas e telecomunicações. Teerão é também acusado pelos países ocidentais de apoiar a Rússia na invasão da Ucrânia através do fornecimento de veículos aéreos não tripulados (“drones”) armados. O Irão nega categoricamente aquela acusação. Ebrahim Raisi chegou a Pequim no início da manhã de ontem, segundo imagens divulgadas pela televisão estatal iraniana, que mostram o líder a descer do avião. A visita surge também numa altura em que o Irão enfrenta uma vaga de protestos, desencadeada pela morte, a 16 de Setembro, de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos, presa por violar o rígido código de vestuário da República Islâmica. Raisi deve ser recebido com honras de chefe de Estado pelo Presidente chinês, Xi Jinping. O programa completo da sua visita não é conhecido. Laços a fortalecer Os dois líderes encontraram-se, pela primeira vez, em Setembro passado, à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), que se realizou no Uzbequistão. Durante a cimeira, o Presidente iraniano apelou ao reforço das relações económicas com Pequim, nomeadamente nos domínios do “petróleo e energia, agricultura, comércio e investimento”. Pequim há muito que procura fortalecer os laços com Teerão. Xi Jinping descreveu anteriormente o país como o “principal parceiro da China no Médio Oriente”, durante uma rara visita realizada a Teerão, em 2016. Pequim quer “desempenhar um papel construtivo no reforço da unidade e na cooperação com os países do Médio Oriente e na promoção da segurança e estabilidade na região”, disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin, em conferência de imprensa, na segunda-feira. Ebrahim Raisi também deve reunir com empresários chineses e cidadãos iranianos que residem na China, segundo a agência noticiosa oficial iraniana Irna. A China é o maior parceiro comercial do Irão e era um dos principais importadores de petróleo iraniano, antes do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltar a impor sanções contra Teerão, em 2018, após Washington ter-se retirado unilateralmente do acordo nuclear iraniano, assinado em 2015. O Irão iniciou negociações com os EUA, França, Reino Unido, China, Alemanha e Rússia, em Abril de 2021, em Viena, com o objectivo de ressuscitar este acordo internacional, que garante a natureza civil do programa nuclear de Teerão, que é acusado de tentar desenvolver armas atómicas. Estas negociações estão actualmente suspensas.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Pequim acusa Washington de ter sobrevoado a China 10 vezes em 2022 Pequim disse ontem que balões norte-americanos sobrevoaram pelo menos dez vezes a República Popular da China durante o ano passado agravando as tensões após o derrube de um suposto balão espião chinês nos Estados Unidos. “É comum que balões dos Estados Unidos entrem ilegalmente no espaço aéreo de outros países. No último ano, balões de grande altitude norte-americanos sobrevoaram o espaço aéreo chinês mais de dez vezes, sem a aprovação das autoridades (de Pequim). Os Estados Unidos devem reflectir e mudar de atitude antes de iniciarem a confrontação e acusar os outros com calúnias”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China. Wang Wenbin, porta-voz da diplomacia de Pequim, disse que “não tem conhecimento” sobre os últimos objectos voadores não identificados que foram derrubados nos Estados Unidos e no Canadá tendo acusado Washington de “reagir de forma exagerada”. Entretanto, no domingo um avião de combate norte-americano abateu “um objecto (voador) não identificado”, sobre o lago Huron, Michigan, após ordens do chefe de Estado, Joe Biden. De acordo com as autoridades norte-americanas, trata-se do quarto caso em oito dias. O Pentágono, segundo a Associated Presse, afirmou que se trata de “uma extraordinária sucessão de acontecimentos sem precedentes, no espaço aéreo dos Estados Unidos”. Já no domingo, as autoridades de Shandong, no leste do país, anunciaram a descoberta de um “objecto voador não identificado (OVNI)” perto da costa. O referido objecto foi localizado nas águas do mar Amarelo, perto da costa da cidade de Rizhao, de acordo com um comunicado das autoridades marítimas provinciais, divulgado pelo jornal estatal chinês de língua inglesa Global Times. No comunicado, acrescentava-se que o Exército chinês se preparava para abater o objecto, pelo que as autoridades pederam aos pescadores da região que adoptassem as medidas de protecção necessárias.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | País regressa esta semana às aulas presenciais Mais de 300 milhões de pessoas, entre professores e alunos, regressam esta semana às aulas presenciais na China, depois do fim da política de ‘zero covid’ e das férias do Ano Novo Lunar. O semestre arranca em datas diferentes, dependendo do calendário definido por cada província. Trata-se do primeiro período lectivo desde que o país decidiu desmantelar a estratégia ‘zero covid’, no início de Dezembro passado. Em Pequim, mais de um milhão de alunos, desde o ensino primário ao secundário, retornaram ontem às aulas, de acordo com o jornal oficial China Daily. Pela primeira vez em meses, os alunos não vão ter que apresentar resultados negativos em testes de ácido nucleico para a covid-19 para entrar na escola. O início do novo semestre representa mais um passo no regresso à normalidade no país asiático, após as férias do Ano Novo Lunar, que calharam, este ano, entre 21 e 27 de Janeiro, período em que alguns especialistas previam uma nova vaga de infecções e de pressão hospitalar nas zonas rurais, onde os recursos de saúde são mais escassos. No entanto, segundo o Centro de Controlo de Doenças da China (CDC), o pico de mortes em hospitais por covid-19 foi atingido no dia 4 de Janeiro, quando o país somou 4.273 óbitos devido a infecção pela doença. O número de internamentos atingiu o pico no dia 5 de Janeiro, ascendendo a 1,6 milhão. Segundo os últimos números oficiais divulgados pelo CDC este fim de semana, um total de 912 pessoas morreram de covid-19, nos hospitais do país, entre 3 e 9 de Fevereiro.
Hoje Macau China / ÁsiaEstudo| Número médio de filhos desejado mantém-se em queda A expectativa de subida do número médio de filhos continua por cumprir, deixando o país à beira de uma crise demográfica O número médio de filhos desejado pelos casais chineses caiu nos últimos quatro anos de 1,76 para 1,64, número ainda menor entre casais de pessoas nascidas a partir de 1990, segundo um estudo recentemente divulgado. Os casais chineses formados por elementos nascidos na década de 90 esperam, em média, ter 1,54 filhos. A média desce para 1,48, entre aqueles que nasceram no século XXI, de acordo com o estudo, citado pela televisão estatal CCTV, e que contou com a participação da Associação Chinesa de Planeamento Familiar e do Centro de Pesquisa da População Chinesa. O estudo reflecte uma “transição dupla” para “famílias menores” e uma “baixa taxa de fertilidade” na sociedade chinesa, que, durante o ano passado, sofreu um declínio populacional, pela primeira vez em mais de meio século. Em Janeiro passado, o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês anunciou que o país perdeu 850 mil pessoas em 2022, numa contagem que exclui as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e residentes estrangeiros. A China encerrou assim o ano passado com 1.411,75 milhões de habitantes, registando-se 9,56 milhões de nascimentos e 10,41 milhões de mortes, detalhou a mesma fonte. A idade média do primeiro casamento para as mulheres chinesas aumentou de 22 anos, em 1980, para 26,3, em 2020, segundo o estudo citado pela CCTV. A idade média em que as mulheres dão à luz o seu primeiro filho no país asiático é agora de 27,2 anos. Na análise, apurou-se que cerca de 70 por cento das mulheres com menos de 35 anos pensam que a vida só está completa quando se tem filhos. Velhos hábitos O vice-presidente executivo da Associação Chinesa de Planeamento Familiar, Wang Peian, declarou recentemente que é preciso “flexibilizar os horários de trabalho” e incentivar os casais a “partilharem as responsabilidades na criação dos filhos”. Desde que abandonou a política do filho único, que vigorou entre 1980 e 2016, a China tem procurado encorajar as famílias a terem um segundo ou até terceiro filho, mas com pouco sucesso. O maior custo de vida e com a saúde e educação das crianças e uma mudança nas atitudes culturais que privilegia famílias menores estão entre os motivos citados para o declínio nos nascimentos. Os especialistas consideram que a China vai ser ultrapassada em breve pela Índia como a nação mais populosa do planeta. Os dados divulgados pelo GNE no mês passado detalharam ainda que a população chinesa em idade activa — entre os 16 e 59 anos -, ascendeu a 875,56 milhões, representando 62 por cento da população nacional. A população com 65 anos ou mais ascendeu a 209,78 milhões, representando 14,9 por cento do total. O país mais populoso do planeta pode assim enfrentar uma crise demográfica, com a força de trabalho a envelhecer, uma economia em desaceleração e o primeiro declínio populacional em décadas.
Hoje Macau China / ÁsiaDefesa | Pequim recusou telefonema dos EUA porque “atmosfera não era adequada” O ministério da Defesa chinês disse na sexta-feira que recusou um telefonema do secretário da Defesa norte-americano, após os Estados Unidos terem abatido um balão chinês alegadamente usado para espionagem, porque Washington “não criou a atmosfera adequada” para o diálogo. A acção dos EUA “violou gravemente as normas internacionais e estabeleceu um mau precedente”, disse o porta-voz do ministério, Tan Kefei, em comunicado. “Visto que esta abordagem irresponsável e gravemente errada dos EUA não criou a atmosfera adequada para o diálogo e para as trocas entre os dois exércitos, a China não aceitou a proposta dos EUA de realizar um telefonema entre os dois ministros da Defesa”, frisou Tan. A China “reserva-se ao direito de usar os meios necessários para lidar com situações semelhantes”, acrescentou. O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, tentou, no sábado, discutir a questão do balão com o seu homólogo chinês, Wei Fenghe, mas foi recusado, disse o Pentágono. Os EUA dizem que o balão faz parte de um enorme programa de vigilância aérea militar que visa mais de 40 países, sob a direcção do Exército de Libertação Popular, as Forças Armadas da China.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping elogia laços com Camboja e pede que não se interfira nos assuntos do país O Presidente chinês, Xi Jinping, elogiou na sexta-feira os laços da China com o Camboja e pediu que não se interfira nos assuntos internos daquele país, durante um encontro em Pequim com o primeiro-ministro cambojano, Hun Sen. “A China considerou sempre o Camboja como um exemplo importante da diplomacia chinesa com os países vizinhos”, afirmou o líder chinês. “Estamos dispostos a continuar a cooperar estrategicamente, opondo-nos firmemente às forças estrangeiras que interferem nos assuntos internos” de Phnom Penh, acrescentou. Xi Jinping frisou que o “desenvolvimento não é um privilégio de apenas alguns países”. “O confronto ideológico, ou a politização e uso da economia, do comércio ou dos intercâmbios no sector tecnológico, como arma para suprimir o desenvolvimento de outros países é um acto de hegemonia”, afirmou Xi Jinping, citado pela imprensa local, numa critica implícita aos Estados Unidos, quando Pequim e Washington travam uma prolongada guerra comercial e tecnológica. “Este tipo de comportamento não conquista o coração das pessoas”, acrescentou o líder chinês. De acordo com a imprensa oficial chinesa, Hun Sen garantiu que o Camboja apoia o princípio de “Uma só China”, na questão de Taiwan, e os esforços da China para “salvaguardar a sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento”. “Opomo-nos a qualquer interferência estrangeira nos assuntos de Hong Kong, Xinjiang ou Tibete”, afirmou o líder cambojano, citado pelo Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês. Potencial marítimo O Camboja planeia realizar eleições gerais no dia 23 de Julho de 2023. Hun Sen, que está no poder desde 1985, pretende renovar o mandato, em eleições marcadas pela ausência de um forte partido da oposição. A China negou, no ano passado, que esteja a construir uma instalação naval para uso exclusivo da sua marinha na cidade cambojana de Ream. A possibilidade de a China ter uma base no Camboja reforçaria as suas reivindicações territoriais no Mar do Sul da China, por onde circula 30 por cento do comércio global, além de abrigar importantes reservas de petróleo e gás.
Hoje Macau China / ÁsiaAscensão da China exige abordagem “pragmática” e “diálogo”, diz novo embaixador em Pequim Face à nova ordem mundial, que se desenha a cada dia que passa, Paulo Nascimento, embaixador português em Pequim desde Novembro do ano passado, destaca o valor do diálogo no relacionamento entre as duas nações O novo embaixador português em Pequim, Paulo Nascimento, reconhece que a ascensão da China tem um efeito “disruptivo” no cenário internacional, que obriga a uma abordagem “pragmática”, e frisou a importância de manter o diálogo. “O mundo mudou, os países mudaram e as circunstâncias políticas actualmente são diferentes, não só na China, mas em outros países também”, observou o diplomata, que iniciou, em Novembro passado, a segunda estadia em Pequim, depois de ter servido na embaixada portuguesa como chefe de missão adjunto, entre 2009 e 2012. Em entrevista à agência Lusa, Paulo Nascimento reconheceu que a China “posiciona-se hoje de forma diferente daquela que se posicionava há 10 ou 20 anos”. “Há toda uma evolução no posicionamento da China que está associada também ao próprio desenvolvimento [do país] e à sua afirmação no plano internacional”, apontou. Sob a liderança do Presidente chinês, Xi Jinping, a China adoptou uma política externa mais assertiva, que inclui a reivindicação de quase todo o mar do Sul da China ou a tentativa de exercer maior influência nas questões internacionais. Nos últimos anos, Pequim avançou também com fóruns e organizações multilaterais próprias, no âmbito do comércio, investimento ou segurança. “É evidente que isto causa, ou pode causar, quando se fala de um país com a dimensão da China, um efeito disruptivo em determinadas áreas de discussão internacional”, notou Paulo Nascimento. “O que não significa que isso deva impedir o diálogo”, apontou. “Eu acho que hoje em dia o mundo olha para a China e a China olha para o mundo de uma forma que nem é optimista nem pessimista”, explicou. “É talvez mais desapaixonada e realista”. A nível interno, desde a crise financeira global de 2008, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China construiu a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, mais de oitenta aeroportos ou dezenas de cidades de raiz, alargando a classe média chinesa em centenas de milhões de pessoas. O país encetou também um programa industrial, designado “Made in China 2025”, visando assumir a dianteira nos sectores do futuro, incluindo inteligência artificial, energia renovável, robótica ou veículos eléctricos. Os resultados dessa modernização, observou Paulo Nascimento, “são visíveis em vários aspectos: desde o resultado da produção industrial e tecnológica ao capítulo ambiental”. “Eu não posso deixar de confessar que quase me surpreendeu conviver nos últimos dois meses com um céu azul na maior parte dos dias”, disse. “Era algo impensável há onze anos”. Em Pequim, o diplomata destacou também uma evolução a “todos os níveis impressionante” na rede viária e na ordenação da cidade. O metro da capital chinesa, por exemplo, soma hoje 22 linhas, com uma extensão total de 807 quilómetros, onde viajam, em média, quase 14 milhões de pessoas diariamente. “No essencial, porém, a China é uma cultura milenar”, acrescentou. “Os traços que moldam a mentalidade do seu povo estão cá na mesma, continuam permanentes”. Novo paradigma Paulo Nascimento lembrou que existe, no entanto, uma “alteração profunda” nos parâmetros mundiais de produção e de consumo, impulsionada pela pandemia da covid-19 e por questões ambientais, que podem alterar o paradigma do desenvolvimento da China, apontada frequentemente como “campeã da globalização”, à medida que concentrou, nas últimas décadas, grande parte da produção mundial, beneficiando de crescentes excedentes nas trocas comerciais com o resto do mundo e de transferência de tecnologia. “Nós percebemos que se calhar temos que alterar os padrões de produção que estavam definidos há muitos anos com base numa lógica económica”, disse o embaixador, apontando a tendência actual para deslocar os meios de produção para países próximos ou fabricantes domésticos. O diplomata previu assim que o país asiático “passe a estar muito mais apoiado no consumo interno”. Paulo Nascimento frisou também a importância de equilibrar o “fosso” que existe nas trocas comerciais entre Portugal e a China, apontando os sectores agroalimentar, máquinas e aparelhos de precisão ou das pedras ornamentais como áreas que as empresas portuguesas podem explorar no mercado chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | China indica queda de 97,6% no número de mortes O Centro de Controlo de Doenças da China assegurou que o número de mortes por covid-19 nos hospitais do país diminuiu 97,6 por cento face ao pico registado a 4 de Janeiro. O número de mortes em hospitais devido à doença caiu do máximo diário de 4.273 para 102 registadas na segunda-feira, avançou o centro, em um relatório divulgado na quarta-feira à noite. Já o número de internamentos por covid-19, atingiu o valor máximo de 1,6 milhões a 5 de Janeiro, começando depois a cair até aos 60 mil internamentos registados na segunda-feira, o que representa uma quebra de 96,3 por cento, apontou. Especialistas chineses e internacionais alertaram que o período de férias de Ano Novo Lunar, entre os dias 21 e 27 de Janeiro, podia resultar numa nova onda de infecções e pressão hospitalar nas zonas rurais, com recursos de saúde escassos, devido ao elevado número de deslocamentos. A empresa britânica de análise de dados na área da saúde Airfinity previu que o país podia registar cerca de 36 mil mortes por dia, naquela semana de férias. O Centro de Controlo de Doenças chinês indicou recentemente ter registado 3.278 mortes por covid-19 em hospitais entre 27 de Janeiro e 2 de Fevereiro. Desde 11 de Março de 2020 que a covid-19 é uma pandemia e desde 30 de Janeiro de 2020 uma emergência de saúde pública internacional.
Hoje Macau China / ÁsiaChongqing | Esquilos treinados para detectar drogas Uma cidade chinesa treinou um grupo de esquilos para que sejam capazes de detectar drogas em espaços de difícil acesso, como armazéns ou locais muito altos, noticiou ontem a imprensa local. Os seis esquilos, da variedade vermelha eurasiana, vão assumir funções no combate ao tráfico de estupefacientes na cidade de Chongqing, no sudoeste da China, depois de a sua nova capacidade ter sido avaliada por várias instituições científicas, de acordo com o jornal oficial Global Times. “Os esquilos têm um olfato muito bom”, disse Yin Jin, um dos tratadores da brigada canina do departamento de Segurança Pública do distrito de Hechuan, em Chongqing. O especialista assegurou que o método de treino que desenvolveram também é útil para outras espécies animais e acrescentou que os resultados obtidos até agora são positivos e que a unidade de esquilos é capaz de identificar rapidamente a presença de drogas. De acordo com Yin, o tamanho e a agilidade dos esquilos permitem que os animais acedam a áreas de difícil acesso e a locais de grande altitude, inacessíveis aos cães. Os animais foram treinados para arranhar a superfície como forma de indicar aos agentes da polícia que detectaram a presença de drogas. O Ministério da Segurança Pública chinês afirmou anteriormente que a China é o país com o “sistema de controlo de drogas mais rígido do mundo” e com o maior número de substâncias proibidas. O tráfico de drogas em larga escala é um crime punível com pena de morte na China. Considerada um “demónio social”, ao nível da prostituição, a droga está associada ao chamado de “século de humilhação nacional”, iniciado com a “Guerra do Ópio” (1839-42).
Hoje Macau China / ÁsiaAssinado acordo com Rússia para entregas pela rota “Extremo Oriente” A Rússia anunciou ontem um acordo com a China para o fornecimento de gás russo pela rota “Extremo Oriente”, que vai aumentar as entregas anuais deste hidrocarboneto em 10 mil milhões de metros cúbicos. O ministério da Economia da Rússia revelou que o documento foi assinado no dia 31 de Janeiro em Moscovo e Pequim, devendo agora ser ratificado pela Duma e pelo Senado russos, segundo a agência Interfax. O acordo prevê a construção de um trecho transfronteiriço do gasoduto, que vai começar numa estação de medição na Rússia, perto de Dalnerechensk, na região de Primorye, na fronteira com a China, e atravessar o rio Ussuri, terminando na cidade chinesa de Hulin. O gasoduto foi projectado, construído e operado no lado russo pela gigante do gás russa Gazprom, enquanto do lado chinês é administrado pela China National Petroleum Corporation (CNPC). O negócio vai ser consumado nas respetivas moedas nacionais, ao invés de outras moedas, como o dólar norte-americano. Para dar e vender A Rússia começou, em Agosto passado, a projectar um novo gasoduto para a China no Extremo Oriente, depois de a Gazprom ter assinado um acordo para fornecer gás russo, em conjunto com a CNPC, segundo disse então o chefe executivo do consórcio estatal russo, Alexéi Miller. Quando o gasoduto atingir a capacidade máxima, o volume anual de fornecimento de gás russo à China aumentará em 10 mil milhões de metros cúbicos, somando-se aos 38 mil milhões de metros cúbicos por ano que a Gazprom enviará para o país asiático através do gasoduto “Força Siberiana”. No ano passado, as exportações de gás da Rússia através deste gasoduto ascenderam a 15,5 mil milhões de metros cúbicos. A companhia de gás russa está actualmente a trabalhar no aumento da capacidade da “Força Siberiana”, cuja primeira linha foi lançada em Dezembro de 2019 a partir do campo de Chayanda, na região de Yakutia. A Rússia espera que o fluxo de gás do campo de Kovykta para o gasoduto “Força Siberiana” comece em breve, após a conclusão da parte linear de Kovykta-Chayanda. As negociações e os trabalhos técnicos para o futuro gasoduto “Força Siberiana-2”, que passará pelo território da Mongólia antes de chegar à China, continuam desde 2020.
Hoje Macau China / ÁsiaChina-EUA | Pequim critica comentários “totalmente irresponsáveis” de Joe Biden A China criticou ontem os comentários “totalmente irresponsáveis” do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que disse numa entrevista que o seu homólogo chinês, Xi Jinping, enfrenta “enormes problemas” na frente económica. “Essas observações (…) são totalmente irresponsáveis e violam as regras básicas da etiqueta diplomática”, disse Mao Ning, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China. “A China expressa forte insatisfação e firme oposição”, afirmou a porta-voz, em conferência de imprensa. Numa entrevista ao canal público norte-americano PBS, Biden afirmou: “Encontre-me um único líder mundial disposto a trocar de lugar com Xi Jinping. Não consigo encontrar um”. “Este homem tem problemas enormes”, em particular “uma economia que não funciona muito bem”, apontou Joe Biden, lembrando, no entanto, que o líder chinês “também tem muito potencial”. Observando que o apoio chinês à Rússia tem sido relativamente débil, Joe Biden apontou que, ao contrário do que “todos presumiam” no início da invasão russa da Ucrânia, a China não está “totalmente” comprometida com Moscovo. Conselho venenoso As reservas por parte da China advêm do desejo de não sofrer o mesmo destino da Rússia, que foi sujeita a duras sanções económicas impostas pelo Ocidente, apontou o líder norte-americano. “Liguei [a Xi] no Verão para lhe dizer: ‘Isto não é uma ameaça, apenas uma observação, mas veja o que aconteceu à Rússia”, revelou Joe Biden. Em Novembro passado, o inquilino da Casa Branca reuniu-se pessoalmente com Xi Jinping, pela primeira vez desde que iniciou o seu mandato como Presidente, à margem da cimeira do G20, em Bali, na Indonésia. Os dois líderes já tinham falado anteriormente por telefone ou por via videoconferência por cinco vezes. O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, cancelou na semana passada uma visita prevista a Pequim, após a entrada no espaço aéreo dos Estados Unidos de um balão chinês, entretanto abatido pelo exército norte-americano.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim pede aos EUA que não resumam relação à rivalidade Numa reacção ao discurso do Presidente Joe Biden sobre o Estado da União, o Governo chinês recusa definir a relação com os Estados Unidos com base na competição e apela a Washington para que trabalhe em conjunto com Pequim em prol de um relacionamento saudável Pequim disse ontem que vai defender firmemente os seus interesses e pediu a Washington que não veja as relações bilaterais só como rivalidade, em reacção ao discurso do Presidente norte-americano, Joe Biden, sobre o Estado da União. “Vamos defender firmemente a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China”, afirmou a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Mao Ning, em conferência de imprensa. “A China não procura evitar e não teme a concorrência com os Estados Unidos, mas opomo-nos a que toda a relação sino-americana seja definida pela noção única de competição”, sublinhou. Durante o tradicional discurso “Estado da União”, Biden garantiu que os Estados Unidos agirão, caso Pequim “ameace a sua soberania”, após o episódio do balão chinês que sobrevoou o território norte-americano, antes de ser abatido, no sábado passado. “Ganhar a competição com a China deve unir-nos a todos”, disse o líder norte-americano ao Congresso dos EUA, afirmando estar determinado a “trabalhar com a China nas áreas em que possa servir os interesses norte-americanos e beneficiar o mundo todo”. Questionada na quarta-feira sobre os comentários de Joe Biden, a porta-voz da diplomacia chinesa mostrou-se firme e aberta ao diálogo. “Os Estados Unidos devem ver a China de forma objectiva e racional e procurar uma política positiva e pragmática”, frisou. “Apelamos a Washington que trabalhe connosco para colocar as relações bilaterais de volta ao caminho do desenvolvimento saudável e estável”, acrescentou. Maus caminhos As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se rapidamente, nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do Mar do Sul da China. A porta-voz chinesa disse que “caluniar um país em nome da concorrência, restringir os direitos legítimos de desenvolvimento de outros países ou prejudicar cadeias industriais e cadeias de fornecimento globais não são comportamentos dignos de um grande país responsável”. Os militares norte-americanos abateram no sábado, ao largo da costa da Carolina do Sul, um balão chinês que o Pentágono classificou como um dispositivo de espionagem, destinado a recolher informação sensível. Pequim argumentou, por sua vez, que era um aeróstato civil, destinado principalmente a recolher dados meteorológicos.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping profere discurso sobre alternativas de modernização Na passada terça-feira, o presidente chinês proferiu um importante discurso, perante altos membros do PCC, que indica o caminho e os limites da modernização com características chinesas. Uma das conclusões fundamentais indica que a modernização do país não significa que este terá de se “ocidentalizar”. Para Xi, cada civilização, cada país, terá de encontrar o seu próprio caminho para enfrentar os desafios contemporâneos. O Presidente chinês Xi Jinping sublinhou na terça-feira a importância de “compreender correctamente e de avançar vigorosamente na modernização chinesa”. Xi, também secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China (CPC) e presidente da Comissão Militar Central, fez as observações ao dirigir-se à abertura de uma sessão de estudo na Escola do Partido do Comité Central do CPC (Academia Nacional de Governação). A sessão contou com a presença de membros recém-eleitos e membros suplentes do Comité Central do CPC, bem como de funcionários principais a nível provincial e ministerial. A cerimónia de abertura foi presidida por Li Qiang, e contou com a presença de Zhao Leji, Wang Huning, Cai Qi, Ding Xuexiang, e Li Xi. Todos eles são membros do Comité Permanente da Mesa Política do Comité Central do CPC. “A soma e elaboração da teoria da modernização chinesa é uma grande inovação teórica alcançada no 20º Congresso Nacional do CPC, e representa a última grande conquista no desenvolvimento do socialismo científico”, disse Xi. “Perceber o grande rejuvenescimento da nação chinesa tem sido uma aspiração comum do povo chinês desde o início dos tempos modernos”, prosseguiu, acrescentando que “a tarefa histórica de explorar o caminho chinês para a modernização caiu sobre os ombros do PCC”. Xi salientou que desde o 18º Congresso Nacional do CPC em 2012, o Partido fez novos progressos com base em explorações anteriores, conseguiu continuamente inovações e avanços na teoria e na prática, e avançou e expandiu com sucesso a modernização chinesa. “As conquistas e mudanças históricas, particularmente a eliminação da pobreza absoluta e a conclusão da construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos, resultaram em instituições mais robustas, bases materiais mais fortes, e uma fonte de inspiração para tomar maior iniciativa para a modernização chinesa”, acrescentou Xi. Notando que a liderança do Partido é vital para a direcção fundamental, futuro e sucesso da modernização chinesa, e define a natureza fundamental da modernização chinesa, Xi disse que só apoiando a liderança do Partido é que a modernização chinesa pode ter um futuro promissor, salientando que “o processo de modernização de um país precisa de seguir a regra geral da modernização, mas deve ser adequado às suas realidades e caracterizado por características únicas ao seu contexto”. As cinco características Citando o relatório para o 20º Congresso Nacional do CPC, Xi disse que a modernização chinesa é caracterizada por cinco características únicas ao contexto chinês: a modernização de uma enorme população, a prosperidade comum para todos, o avanço material e ético-cultural, a harmonia entre a humanidade e a natureza, e o desenvolvimento pacífico. Xi disse que a modernização chinesa é um novo modelo para o avanço humano, e dissipa o mito de que “a modernização é igual à ocidentalização”, apresenta outro quadro de modernização, expande os canais para os países em desenvolvimento alcançarem a modernização, e fornece uma solução chinesa para ajudar a exploração de um melhor sistema social para a humanidade. “O avanço da modernização chinesa é um esforço sistemático”, salientou Xi, acrescentando que se trata também de um empreendimento exploratório. Uma vez formulada a estratégia, esta deve ser cumprida a longo prazo, afirmou, acrescentando que a direcção certa da modernização chinesa deve ser assegurada. Xi disse ainda que a inovação deve ser colocada numa posição de destaque no desenvolvimento nacional global, e que devem ser feitos esforços para alcançar uma maior eficiência do que o capitalismo, mantendo simultaneamente a equidade na sociedade de forma mais eficaz. Xi exigiu também mais esforços para expandir a abertura de alto nível e envolver profundamente o país na divisão industrial global do trabalho e da cooperação. “A causa da promoção da modernização chinesa, que é um empreendimento sem precedentes e pioneiro, encontrará inevitavelmente todo o tipo de riscos, desafios, dificuldades e mesmo tempestades perigosas, algumas das quais podemos prever e outras não podemos”, disse Xi. “Aproveitemos o nosso espírito de luta indomável para abrir novos horizontes para a nossa causa”. O presidente salientou a importância do trabalho desenvolvido durante este ano no avanço da modernização chinesa. “As decisões e os planos feitos pelo Comité Central do CPC devem ser plenamente implementados e devem ser feitos esforços para alcançar uma melhoria global na economia”, disse. Por seu lado, presidindo à abertura da sessão, Li Qiang afirmou que o importante discurso proferido por Xi enriqueceu e desenvolveu a teoria da modernização chinesa e deve ser cuidadosamente estudado e compreendido.
Hoje Macau China / ÁsiaDois transexuais de Hong Kong ganham recurso sobre mudança de género O tribunal de última instância de Hong Kong decidiu que a cirurgia de mudança completa de sexo não deve ser um requisito para que alguém veja o género alterado nos documentos de identidade oficiais. O activista transexual Henry Edward Tse e uma pessoa identificada apenas como Q recorreram, no mês passado, ao tribunal depois de o Governo ter negado alterar o género nos documentos de identificação, por não terem levado a cabo cirurgias completas de mudança sexo. Tse e Q são homens transexuais que fizeram remoção mamária, receberam tratamentos hormonais e têm levado a vidas como homens, com apoio e orientação profissional, bem como tratamento psiquiátrico. A decisão do tribunal de última instância, tomada na segunda-feira, poderá ter forte impacto na comunidade LGBTQ, já que muitos dos membros transexuais consideram que a operação é desnecessária e arriscada. Vitória final Tse e Q levaram o caso a tribunal, uma vez que a lei vigente permite que homens transexuais mudem o género na documentação apenas caso tenham removido útero, ovários e tenham genitais masculinos. São excepção todos aqueles que não podem ser submetidos a actos cirúrgicos por razões médicas. Tanto os tribunais de primeira e segunda instâncias negaram provimento ao recurso interposto por Tse e Q. Os dois foram autorizados, porém, a comparecer no tribunal de última instância. Num julgamento público, o tribunal disse que a política do Governo é inconstitucional e impõe um “fardo inaceitavelmente duro”. Os juízes afirmaram, além disso, que quaisquer questões administrativas que surgem tendem a dizer respeito à aparência exterior de uma pessoa e não aos genitais. Manter o género no bilhete de identidade sem alterações produz “maior confusão ou constrangimento”. Henry Edward Tse aplaudiu a decisão, dizendo que muitos transexuais têm ansiado por uma “vitória final” há anos. “Agora que tenho um bilhete de identidade masculino, será muito mais fácil para mim aceder a espaços segregados por género”, disse. Liam Mak, co-fundador e presidente da organização local de jovens transexuais Quarks disse que este é um “marco importante” para a comunidade transgénero em Hong Kong. “Dado que cada indivíduo tem preferências ou decisões diferentes na sua própria jornada de transição de género, espero que o Governo se baseie nos conselhos do tribunal para proteger o direito de todas as pessoas transgénero”, disse.