ONU | Cuba e China eleitos para o Conselho de Direitos Humanos

China e Cuba estão entre os 15 países ontem eleitos para o mandato 2024-2026 do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), numa votação em que a Rússia não conseguiu recuperar o seu assento. Albânia, Brasil, Bulgária, Burundi, China, Costa do Marfim, Cuba, República Dominicana, França, Gana, Indonésia, Japão, Kuwait, Malawi e Países Baixos foram os Estados-membros da ONU ontem eleitos para o mandato pela Assembleia Geral (AG) das Nações Unidas.

Em Abril do ano passado, a AG da ONU já havia aprovado uma resolução em que suspendia a Rússia do Conselho de Direitos Humanos devido a acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Ucrânia. A resolução, apresentada na ocasião pelos Estados Unidos e apoiada pela Ucrânia e outros aliados, obteve 93 votos a favor, 24 contra e 58 abstenções entre os 193 Estados-membros das Nações Unidas.

Na eleição de hoje, a Rússia competia com a Albânia e com a Bulgária por dois assentos no Conselho dos Direitos Humanos, com sede em Genebra, representando o grupo regional do leste da Europa. Numa votação secreta, a Bulgária conseguiu 160 votos, Albânia 123 e a Rússia 83, assim falhando por larga margem a eleição. A única outra disputa nas eleições de ontem ocorreu no grupo da América Latina e Caraíbas, em que Cuba, Brasil, República Dominicana e Peru disputavam três lugares, com Lima a sair derrotada.

As eleições nos restantes grupos e regiões decorreram sem competição, com a China, Japão, Kuwait e Indonésia a ocuparem os quatro assentos disponíveis no grupo asiático. Burundi, Malawi, Gana e Costa do Marfim foram eleitos para ocupar os quatro assentos africanos; e França e os Países Baixos ocuparão os dois assentos destinados à Europa Ocidental.

Os Estados Unidos e outros países enviaram cartas a muitos dos 193 Estados-membros da AG da ONU a pedir um voto contra a Rússia, segundo diplomatas. O Embaixador da Albânia na ONU, Ferit Hoxha, também apelou àqueles que se preocupam com os direitos humanos e com “a credibilidade do Conselho de Direitos Humanos e do seu trabalho” a que se opusessem a um país que “mata pessoas inocentes, destrói infraestruturas civis, portos e silos de cereais “e depois se orgulha de fazer isso”.

O Conselho de Direitos Humanos, criado em 2006, é o principal fórum das Nações Unidas responsável por promover e monitorizar esta área, sendo composto por 47 Estados-membros, eleitos pela AG das Nações Unidas.

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