Hoje Macau China / ÁsiaUm morto e vários feridos num voo da Singapore Airlines devido a turbulência Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas quando um voo da Singapore Airlines proveniente de Londres sofreu fortes turbulências e teve de ser desviado para Banguecoque, anunciou a companhia aérea. “Podemos confirmar que há feridos e uma morte a bordo”, declarou a companhia aérea nas redes sociais, segundo a agência francesa AFP. O Boeing 777-300ER que fazia o voo SQ321 entre Londres e Singapura aterrou na capital da Tailândia durante a tarde (hora local), no aeroporto de Suvarnabhumi. O avião transportava 211 passageiros e 18 tripulantes, segundo a companhia aérea, citada pela agência norte-americana AP. As equipas de emergência locais do Hospital Samitivej Srinakarin estiveram no local para acolher os feridos. Vídeos publicados numa plataforma de mensagens pelo aeroporto de Suvarnabhumi mostravam uma fila de ambulâncias a chegar ao local. “A Singapore Airlines apresenta as mais profundas condolências à família do falecido”, disse a companhia aérea num comunicado citado pela agência espanhola Europa Press. “A nossa prioridade é prestar toda a assistência possível aos passageiros e à tripulação a bordo”, acrescentou. A companhia enviou uma equipa para a Tailândia para facilitar a assistência. Não foi divulgada a nacionalidade da vítima mortal nem dos feridos.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Barreira instalada para bloquear vista do Monte Fuji face a excesso de turistas Fujikawaguchiko, uma cidade do centro do Japão, começou ontem a instalar barreiras metálicas e uma cortina para bloquear uma vista popular do famoso Monte Fuji, devido ao fluxo excessivo de turistas. Uma cortina preta de 2,5 metros de altura e 20 metros de largura irá cobrir a vista de onde parece que a montanha mais emblemática do Japão se eleva sobre uma loja de conveniência em Fujikawaguchiko, localidade situada na província de Yamanashi. Além disso, seis barreiras de ferro com três metros de largura vão impedir que as pessoas cheguem ao local exacto onde a popular fotografia pode ser tirada, algo que implica atravessar a rua fora da passadeira, um acto alvo de censura social no Japão. Os turistas, que vêm a Fujikawaguchiko precisamente devido às vistas do Monte Fuji, começaram a tirar fotografias neste ponto específico depois de um influenciador estrangeiro ter captado a cena em 2020, que se tornou viral nas redes sociais. O excesso de visitantes causou crónicos bloqueios na circulação tanto de peões como de veículos na rua onde se localiza a loja, numa estrada estreita, incapaz de lidar com o volume de turistas. Antes de bloquear completamente a vista, a cidade japonesa tinha tentado outras medidas, como afixar avisos em inglês ou destacar funcionários para controlar as multidões, mas que se revelaram ineficazes. Respeito em falta Fujikawaguchiko depende em grande parte do turismo que atrai devido à proximidade do Monte Fuji, mas os cerca de 25.495 habitantes da cidade tinham vindo a criticar o comportamento de alguns visitantes, especialmente estrangeiros. Os residentes tinham acusado turistas de atirar lixo para o chão, fumar fora das áreas autorizadas, estacionar de forma indiscriminada e até de subir ilegalmente ao telhado de uma clínica dentária para tirar fotos. A instalação da cortina e das barreiras metálicas ocorre um dia após ter sido lançado um sistema de reservas para subir ao topo do Monte Fuji através de uma das rotas mais comuns, chamada Yoshida e localizada em Yamanashi. O sistema, que implica o pagamento de 12 euros e limitado a quatro mil pessoas por dia, tornou-se este ano obrigatório pela primeira vez, numa tentativa de lidar com o congestionamento da rota para subir ao pico da montanha, com 3.776 metros de altura.
Hoje Macau China / ÁsiaLíder de Taiwan acusado pela imprensa chinesa de “promover descaradamente independência” A imprensa oficial chinesa acusou ontem o novo líder de Taiwan, William Lai, de “provocar o confronto” e “promover descaradamente a independência” do território no seu discurso de tomada de posse. Em editorial, o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, acusou Lai de “incitamento ao ódio contra o povo chinês” e de “unir-se em torno da bandeira da independência de Taiwan”. Lai “promoveu vigorosamente falácias separatistas, incitou ao confronto e à hostilidade entre os dois lados do Estreito de Taiwan”, lê-se no editorial, que denunciou o discurso “repleto de retórica provocatória”. Em particular, o Diário do Povo condenou o apoio de Lai à teoria dos dois Estados e à ideia de que a ilha não está subordinada à República Popular da China. O jornal oficial das Forças Armadas chinesas, o PLA Daily, observou que as palavras de Lei “estão repletas de intenções sinistras” e acusou o novo líder em Taiwan de “procurar a independência através de meios externos e de utilizar a força militar para a conseguir, revelando mais uma vez a sua posição obstinada sobre a ‘independência de Taiwan’”. O artigo advertiu que as palavras de Lai só serviriam para dividir ainda mais a ilha do continente e aumentar as tensões entre as duas partes. William Lai afirmou no seu discurso inaugural que a República da China e a República Popular da China “não estão subordinadas uma à outra” e que a soberania da ilha cabe aos seus 23 milhões de habitantes. A agência noticiosa oficial Xinhua advertiu que “quem brinca com o fogo, queima-se”. O Diário do Povo acusou o líder de estar “há muito envolvido em actividades separatistas, mas fingir ser um defensor da paz”. “Este é o acto mais descarado e sem escrúpulos”, acusou. O jornal oficial do regime chinês escreveu que a nação chinesa partilha a convicção de que “o seu território não pode ser dividido, o seu Estado não pode ser caótico, o seu povo não pode ser disperso e a sua civilização não pode ser quebrada”. “Esta é uma necessidade histórica e uma lógica interna que conduzirá inevitavelmente à reunificação da China”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaTPI | Pequim quer objectividade em processos contra dirigentes de Israel e Hamas A China defendeu ontem que o Tribunal Penal Internacional (TPI) se mantenha objectivo, após os mandados de captura solicitados por um procurador contra dirigentes israelitas, incluindo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e do movimento islamita Hamas. “Esperamos que o TPI mantenha a sua posição objectiva e imparcial e exerça os seus poderes em conformidade com a lei”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, apelando ao fim da “punição colectiva do povo palestiniano”. Na segunda-feira, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, solicitou mandados de captura para o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, o seu ministro da Defesa e três líderes do Hamas por alegados crimes cometidos na Faixa de Gaza e em Israel. Pequim afirmou que existe “um consenso esmagador no seio da comunidade internacional para parar imediatamente a guerra em Gaza e pôr fim à crise humanitária do povo palestiniano”. “A China esteve sempre do lado da justiça e do Direito internacional na questão palestiniana”, afirmou Wang, acrescentando que Pequim apoia “os esforços para promover uma solução global, justa e duradoura para a questão palestiniana”. Crimes perversos O procurador do TPI, Karim Khan, anunciou na segunda-feira que pediu mandados de captura para Netanyahu e para o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes como “matar deliberadamente civis à fome”, “homicídio intencional” e “extermínio e/ou assassínio”, relacionados com a operação israelita em Gaza. Karim Khan solicitou igualmente a emissão de mandados de captura contra três dirigentes do Hamas – Ismail Haniyeh, Mohammed Deif e Yahya Sinouar – por crimes como “extermínio”, “violação e outras formas de violência sexual” e “tomada de reféns como crime de guerra”, relacionados com o ataque de 7 de Outubro em Israel. A China há muito que apoia a causa palestiniana e uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano. O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou à realização de uma “conferência internacional de paz” para pôr fim à guerra.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim impõe sanções a empresas dos EUA que vendem armas A China impôs novas sanções contra três empresas dos EUA que vendem armas a Taiwan, avançou ontem a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, no dia em que o novo líder da ilha, William Lai Ching-te, tomou posse. As empresas General Atomics Aeronautical Systems, General Dynamics Land Systems e Boeing Defense, Space & Security foram colocadas na lista de “entidades não confiáveis”, informou a agência, citando o Ministério do Comércio chinês. As empresas “serão proibidas de qualquer actividade de importação-exportação ligada à China e de qualquer novo investimento na China”, de acordo com a Xinhua. “Os principais executivos destas empresas estão proibidos de entrar na China e as suas autorizações de trabalho serão revogadas”, acrescentou a agência. O anúncio surgiu no dia em que William Lai assumiu o cargo de líder de Taiwan, substituindo Tsai Ing-wen (2016-2024). Lai, de 64 anos, tomou posse ao lado da vice-líder, Hsiao Bi-khim, durante uma cerimónia na capital, Taipé. Pequim defende que qualquer contacto oficial com Taipei deve ser realizado com base no “consenso de 1992” e no “princípio de Uma Só China”, que define o Partido Comunista Chinês como o único representante legítimo da China no mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaVaga de calor atinge capital da Índia com temperaturas recorde superiores a 47 graus Uma forte onda de calor está a atingir Nova Deli e as regiões vizinhas, com temperaturas recorde superiores a 47 graus Celsius, com as autoridades indianas a emitirem um alerta vermelho e a pedirem máximo cuidado nos próximos dias. Os termómetros da estação meteorológica de Najafgarh, na capital indiana, registaram no domingo a temperatura mais elevada de sempre no país asiático, com 47,8 graus Celsius. Seguiu-se a cidade de Agra, onde se encontra o famoso monumento Taj Mahal, com 47,7 graus, informou ontem o Departamento Meteorológico da Índia (IMD). “Esta é a temperatura máxima mais elevada desta época estival”, sublinhou o IMD no seu boletim mais recente. As autoridades meteorológicas emitiram um aviso vermelho de calor tanto em Nova Deli como nos estados do norte de Rajastão, Punjab, Uttar Pradesh, Haryana e Chandigarh, onde as temperaturas variaram entre os 43 graus e 46 graus Celsius no domingo. “É muito provável que as condições de uma onda de calor severa continuem nas planícies do noroeste da Índia e as condições de onda de calor no norte de Madhya Pradesh e no estado de Gujarat permaneçam durante os próximos cinco dias”, indicou o IMD. Para continuar Os fenómenos meteorológicos extremos, como as ondas de calor, têm um impacto directo na saúde das pessoas e, de acordo com um estudo publicado em 2021 por meteorologistas indianos, mais de 17.000 pessoas morreram nos últimos 50 anos devido a estes períodos de temperaturas extremas. A subida das temperaturas coincide também com as eleições gerais na Índia, que começaram a 19 de Abril e terminam a 01 de Junho, ameaçando reduzir a participação dos eleitores. A capital indiana vota no próximo sábado, na sexta e penúltima fase das eleições gerais, quando se prevê uma sensação térmica de 47 graus Celsius. Ontem decorreu a quinta fase para a eleição de 49 lugares da câmara baixa do parlamento em seis estados e dois territórios unificados. As próximas fases do acto eleitoral decorrem a 25 de Maio e a 01 de Junho, estando prevista a contagem de votos a 04 de Junho, altura em que devem também ser conhecidos os resultados das eleições, nas quais o actual primeiro-ministro, Narendra Modi, procura o seu terceiro mandato.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim adverte que busca pela independência é “um beco sem saída” A China advertiu ontem que os esforços para alcançar a independência conduziriam Taiwan a um “beco sem saída”, após a tomada de posse do novo líder do território, William Lai. “A independência de Taiwan é um beco sem saída”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, em conferência de imprensa. “Independentemente da forma ou da bandeira que assuma, a busca da independência e da secessão de Taiwan está condenada ao fracasso”, acrescentou o porta-voz. O território de 23 milhões de habitantes opera como uma entidade política soberana, com diplomacia e exército próprios, apesar de oficialmente não ser independente. Lai foi descrito por Pequim como um “separatista perigoso” pelas suas declarações anteriores a favor da independência de Taiwan, embora o novo líder tenha suavizado a sua retórica e, no discurso da tomada de posse se tenha comprometido a manter o status quo, sem declarar independência. Antes da tomada de posse de Lai, o Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês declarou que “a independência de Taiwan e a paz no Estreito” eram “como a água e o fogo”.
Hoje Macau China / ÁsiaJiangxi | Pelo menos cinco feridos num ataque à faca em escola primária Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas num ataque ocorrido hoje numa escola primária na cidade de Guixi, na província de Jiangxi, no centro da China. O incidente ocorreu por volta das 12:00 horas locais durante o intervalo do almoço, informou a agência noticiosa oficial Xinhua. As identidades e idades dos feridos ainda não foram confirmadas. As autoridades locais e os serviços competentes estão no local, que foi isolado. O departamento de segurança pública da cidade está a levar a cabo uma investigação para determinar a causa do incidente e a identidade do autor, sobre o qual ainda não foi divulgada qualquer informação, nem se sabe se foi detido. O governo local lançou um apelo de emergência a dadores de sangue para ajudar os feridos. Embora a China seja geralmente um país seguro, os ataques em locais públicos – como escolas – são relativamente comuns. A lei chinesa proíbe rigorosamente a venda e posse de armas de fogo, pelo que os ataques são geralmente feitos com facas, explosivos de fabrico artesanal ou por atropelamento. No início do mês, um ataque à faca num hospital na província de Yunnan resultou em dois mortos. Em Julho passado, um homem atacou um jardim-de-infância na cidade de Lianjiang, na província de Guangdong, no sudeste do país, matando seis pessoas e ferindo outra.
Hoje Macau China / ÁsiaMorte de Raisi é uma “grande perda para o povo iraniano”, diz Xi Jinping O Presidente chinês, Xi Jinping, classificou ontem a morte do homólogo iraniano Ebrahim Raisi como trágica e uma “grande perda para o povo iraniano”, divulgou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “O Presidente Xi Jinping sublinhou que a sua morte trágica foi uma grande perda para o povo iraniano e que o povo chinês perdeu um bom amigo”, disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, em conferência de imprensa. A última visita de Estado do Presidente chinês ao Irão ocorreu em Janeiro de 2016, mas Xi comprometeu-se a visitar novamente o país, durante uma visita de Raisi a Pequim, no ano passado. Parceiros políticos e económicos, os dois países enfrentam pressões por parte do Ocidente, nomeadamente devido às suas posições face à invasão da Ucrânia pela Rússia. O Irão enfrenta também duras sanções dos Estados Unidos, devido ao seu programa nuclear. O conflito em Gaza veio agravar as tensões entre Teerão e Washington. Durante a visita de Raisi a Pequim, os dois países apelaram ao levantamento das sanções, dizendo que “garantir os dividendos económicos do Irão” é uma “parte importante” do acordo nuclear, assinado em 2015. As duas partes assinaram então uma série de documentos de cooperação bilateral que abrangem áreas como a agricultura, comércio, turismo, proteção ambiental, cultura ou desporto. Pequim já tinha assinado em 2021, um vasto acordo estratégico de 25 anos com Teerão. Esta importante parceria abrange áreas tão variadas como a energia, segurança, infra-estruturas e comunicações. Nação inabalável As equipas de socorro iranianas recuperaram ontem os restos mortais de Ebrahim Raisi e dos outros oito passageiros que seguiam no helicóptero que se despenhou no domingo no noroeste do Irão, anunciou o Crescente Vermelho. O helicóptero que transportava também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, despenhou-se na zona de Kalibar e Warzghan, na província do Azerbaijão Oriental, no noroeste do país. Poucas horas antes, o Governo iraniano confirmava a morte de Rasi, acrescentando que o desastre não vai causar “qualquer perturbação na administração” do país.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Cazaquistão e China em sintonia na véspera de reunião de bloco de segurança regional Os representantes da diplomacia dos dois países acertaram agulhas para o encontro que junta ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da Organização de Cooperação de Xangai na próxima terça-feira em Astana O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão, Murat Nurtleu, e o seu homólogo chinês, Wang Yi, manifestaram ontem o seu entendimento antes da reunião dos chefes da diplomacia dos países da Organização de Cooperação de Xangai, que arranca na terça-feira, em Astana. “Apesar das dificuldades e desafios da actual situação internacional, os nossos países partilham posições semelhantes em muitas questões da agenda internacional e regional”, afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão, Murat Nurtleu, após uma reunião com Wang Yi. Nurtleu acrescentou que Astana e Pequim se apoiam mutuamente e interagem no âmbito da ONU, da Organização de Cooperação de Xangai, da Conferência sobre Interação e Medidas de Confiança na Ásia, bem como em outras plataformas internacionais. “A China é o nosso maior parceiro comercial e económico. No final do ano passado, o volume do comércio bilateral aumentou 30 por cento, atingindo um nível recorde de 41 mil milhões de dólares”, recordou o ministro cazaque. Sublinhou também que Pequim está também entre os cinco maiores investidores na economia do Cazaquistão. Wang salientou que o comércio entre as duas partes está a crescer mais rapidamente do que o previsto e que os dois países estabeleceram objectivos “mais ambiciosos”. “Entre os 45 projectos de cooperação na esfera industrial, 25 já foram concluídos”, disse, apontando iniciativas nos domínios da metalurgia, energia ou engenharia mecânica. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou que a “confiança política” entre Pequim e Astana está a reforçar-se e que os dois países se ajudam mutuamente quando um deles “enfrenta dificuldades”. Sublinhou ainda que Astana apoia a posição da China sobre Taiwan, “uma parte inalienável da China”, no mesmo dia em que o novo líder da ilha tomou posse. Ponto estratégico O Cazaquistão ocupa uma posição-chave na iniciativa chinesa “Faixa e Rota”, que visa abrir novas vias comerciais através da construção de portos, auto-estradas, linhas ferroviárias e outras infra-estruturas, visando ligar o leste da Ásia à Europa, Médio Oriente e África. A Organização de Cooperação de Xangai foi criada em 2001 e reúne China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Índia, Paquistão e Irão. A Bielorrússia, com estatuto de observador, deve juntar-se, em breve. A Rússia e a China fundaram o bloco em 2001, como contrapeso às alianças dos Estados Unidos no sudeste da Ásia e Índico. Não se tratando de uma aliança formal, o grupo coopera em assuntos de segurança regional.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang | Lançado novo míssil e prometido reforço de “força nuclear” O líder da Coreia do Norte prometeu aumentar “a força nuclear” do país, informou sábado a agência de notícias estatal KCNA, confirmando ainda o lançamento, na sexta-feira, de um míssil balístico tático. Kim Jong-un supervisionou o teste de lançamento no mar do Japão, no âmbito de uma missão para avaliar a “precisão e fiabilidade” de um novo sistema de navegação autónomo, de acordo com a KCNA. O líder norte-coreano disse estar “muito satisfeito” com o teste. No mesmo dia, Kim visitou uma fábrica de produção militar e apelou para que “a força nuclear seja reforçada com maior rapidez (…) sem interrupção ou hesitação”, ainda segundo a agência estatal. “Os inimigos terão medo e não se atreverão a brincar com o fogo até testemunharem o sistema de combate nuclear do nosso Estado”, afirmou Kim. O Estado-Maior Conjunto sul-coreano disse na sexta-feira que a Coreia do Norte disparou um míssil balístico ao largo da costa oriental do país. Especialistas avaliam que a Coreia do Norte poderá pensar que um arsenal de armas ampliado vai aumentar a influência de Pyongyang em futuras conversas com Washington, escreveu a agência de notícias norte-americana Associated Press. Na sexta-feira, a Coreia do Norte negou também que o país tenha exportado armas para a Rússia, ao definir a especulação sobre a transferência de armamento entre Pyongyang e Moscovo como “o paradoxo mais absurdo”, de acordo com ‘media’ estatais. “Não temos intenção de exportar as nossas capacidades técnicas militares para qualquer país ou de as abrir ao público”, disse Kim Yo-jong, influente irmã do líder norte-coreano, num comunicado divulgado pela imprensa. Especialistas estrangeiros acreditam que a recente série de testes de artilharia e mísseis de curto alcance da Coreia do Norte se destina a examinar ou publicitar as armas que planeava vender à Rússia.
Hoje Macau China / ÁsiaRússia | Putin oferece energia barata e vantagens a investidores chineses O Presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu na passada sexta-feira à China a possibilidade de se abastecer com energia a preços acessíveis e prometeu vantagens para as empresas do país asiático que invistam em território russo. “A Rússia está pronta e é capaz de fornecer à economia, às empresas, às cidades e às aldeias da China energia, luz e calor a preços acessíveis e respeitadores do ambiente, de forma ininterrupta e fiável”, afirmou Putin, no seu discurso de abertura da oitava Expo Rússia-China, na cidade de Harbin, província de Heilongjiang, no nordeste chinês. O Presidente russo sublinhou que a parceria entre os dois países no sector energético, que considerou um “apoio fiável ao mercado mundial da energia”, continuará a crescer no futuro. Saudando o interesse das empresas chinesas em produzir na Rússia, Putin disse que oferecerá aos investidores “vantagens económicas, assistência e apoio” e a utilização da tecnologia do país e “pessoal altamente qualificado”. O Presidente russo voltou a enaltecer a relação comercial entre Moscovo e Pequim, numa altura em que ambos os países estão sujeitos a sanções económicas e taxas alfandegárias punitivas impostas por terceiros devido à guerra da Ucrânia, no caso do primeiro, e por razões comerciais, no caso do segundo. “Penso que podemos estar orgulhosos dos resultados dos nossos laços económicos”, afirmou Putin. O comércio entre China e Rússia registou, em 2023, um crescimento homólogo de 26,3 por cento, para 240 mil milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim anuncia medidas para combater crise imobiliária após queda de quase 10% nos preços A China anunciou na sexta-feira novas medidas para revigorar o sector imobiliário, depois de os últimos dados terem revelado que os preços da habitação caíram quase 10 por cento desde o início do ano. O banco central anunciou que vai reduzir a entrada para hipotecas e o limite mínimo das taxas de juro para a primeira e segunda habitação. O mercado da habitação na China está em declínio há vários anos, após Pequim ter adoptado medidas contra o endividamento excessivo das construtoras, arrastando consigo um vasto leque de outros sectores – como o mobiliário e electrodomésticos. Muitos projectos estão agora parados, por acabar. He Lifeng, vice-primeiro-ministro, disse que as autoridades vão implementar políticas adequadas a cada cidade e “travar a dura batalha de lidar com o risco de habitação inacabada”. “Vamos avançar solidamente com tarefas – chave como a garantia de entrega de habitação e a absorção da habitação comercial existente”, disse He Lifeng, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, durante uma teleconferência de alto nível sobre políticas imobiliárias. O esforço para atrair mais famílias para a compra de casa ganhou ímpeto depois de medidas anteriores, como a redução das taxas de juro e o financiamento apoiado pelo Governo, não terem conseguido atrair compradores para o mercado, numa altura em que os promotores imobiliários se debatem com a entrega de habitações já prometidas e pagas. A crise tem fortes implicações para a classe média do país. Face a um mercado de capitais exíguo, o sector concentra uma enorme parcela da riqueza das famílias chinesas – cerca de 70 por cento, segundo diferentes estimativas. Procura-se procura O Banco Popular da China anunciou que, a partir de sábado, a taxa de juro para empréstimos de cinco anos para compra de habitação vai ser reduzida em 0,25 por cento para 2,35 por cento. A taxa para os empréstimos a mais de 5 anos cai também 0,25 por cento, passando para 2,85 por cento. A entrada mínima para os empréstimos para primeira habitação será de 15 por cento do preço de compra. Para as segundas habitações, será de 25 por cento, segundo a agência. O Gabinete Nacional de Estatística do país reconheceu que a procura interna – despesas dos consumidores e das empresas – continua a ser “insuficiente” e afirmou que o Governo está a estudar novas formas de revitalizar a indústria imobiliária, depois de os preços da habitação terem caído 9,8 por cento entre Janeiro e Abril, em termos homólogos. “A complexidade, a gravidade e a incerteza da actual conjuntura externa estão a aumentar significativamente. A procura interna efectiva é insuficiente, a pressão sobre as empresas é elevada e existem muitos riscos e perigos ocultos”, afirmou Liu Aihua, porta-voz do gabinete. “A base para a recuperação precisa de ser reforçada”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim critica Estados Unidos por “procurarem inimigos em vez da paz” A mentalidade de “guerra fria” continua a ser apontada por Pequim como um erro crasso dos Estados Unidos que são igualmente acusados de alimentarem a guerra em vez de procurarem soluções de paz A China criticou na passada sexta-feira os Estados Unidos pela sua “lógica de preto e branco” e por “procurar inimigos em vez da paz”, referindo-se às recentes declarações de um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano sobre a guerra na Ucrânia. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, acusou Washington de manter uma “mentalidade de Guerra Fria” e de ser “parcialmente responsável pela eclosão e escalada do conflito na Ucrânia”. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, afirmou na passada quinta-feira que a China não pode “ter o seu bolo e comê-lo também”, afirmando simultaneamente ter “relações boas, fortes e profundas” com a Europa, enquanto “alimenta a maior ameaça à segurança europeia desde há muito tempo”, referindo-se à aproximação de Pequim a Moscovo. Wang disse em conferência de imprensa que a China “não é nem criadora nem parte” do conflito e que “sempre promoveu a paz e o diálogo”. O porta-voz chinês instou os EUA a “não culparem a China pelo conflito”, a “não tentarem criar divisões entre China e Europa” e a “não deitarem achas para a fogueira”. Wang apelou a Washington para que “tome medidas práticas para a resolução política da crise ucraniana”, evitando mais uma vez chamar guerra ao conflito e mantendo a equidistância enquanto o Presidente russo, Vladimir Putin, está em visita oficial ao país asiático. Pressão ocidental Num encontro em Pequim, na quinta-feira, o líder russo e o Presidente chinês, Xi Jinping, reafirmaram as suas boas relações, frustrando as esperanças ocidentais de que Pequim fosse pressionar Moscovo a pôr fim à guerra. As declarações da China surgem num período de tensões crescentes entre o país asiático e os Estados Unidos sobre a guerra. Washington acusou Pequim de fornecer a máquina de guerra russa, enquanto a China negou essas acusações e apelou a um cessar-fogo e a negociações “tendo em conta os interesses de todas as partes”.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim acusa barco de guerra filipino encalhado de causar “poluição irreversível” O casco e as instalações interiores de um navio de guerra das Filipinas encalhado em Ren’ai Jiao (também conhecido como recife de Ren’ai) estão gravemente corroídos, segundo um conjunto de imagens da Guarda Costeira da China (CCG) obtidas recentemente e divulgadas pelo Global Times. Especialistas chineses alertaram que o navio de guerra pode causar danos irreversíveis e contínuos à vida marinha no Mar do Sul da China. Segundo a China, desde 2023, as Filipinas “agiram de má-fé e forneceram secretamente materiais de construção ao navio de guerra encalhado através de vários meios. Os repetidos suplementos das Filipinas expuseram totalmente sua intenção de violar descaradamente a sua promessa de rebocar o navio de guerra e sua tentativa de ocupar ilegalmente o Ren’ai Jiao da China com intenção maliciosa”. As imagens mostram que o casco do navio de guerra encalhado apresenta danos e fugas, com uma grande quantidade de tinta a descascar do casco e muitas ferrugens corroídas, com a água a escorrer directamente para o mar. O navio inteiro quase se transformou numa pilha de ferro-velho enferrujado, com vários objectos pessoais e lixo colocados casualmente no convés descoberto. Os militares filipinos estão a pescar no recife pouco profundo de Ren’ai Jiao. Uma das imagens mostra um militar filipino de pé sobre o navio de guerra encalhado, suspeito de urinar na lagoa de Ren’ai Jiao. Vários vídeos captados no início deste ano mostram que os militares filipinos que se encontravam no navio de guerra encalhado não só despejavam águas residuais directamente no mar, como também se reuniam no convés de proa para queimar lixo. Yang Xiao, vice-director do Instituto de Estudos de Estratégia Marítima do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, disse que, devido ao facto de o navio de guerra ter estado imobilizado durante quase 25 anos, a tinta do casco do navio, a dissolução da ferrugem do metal do casco, a descarga da combustão de combustíveis fósseis e os resíduos domésticos a bordo do navio foram descarregados durante muito tempo nos recifes e nas águas à volta de Ren’ai Jiao. “Estas toxinas continuam a espalhar-se em torno dos pontos de ligação à terra do navio encalhado ilegalmente, causando danos irreversíveis e contínuos à vida marinha circundante. Isto não só causa a morte de animais marinhos, como peixes e camarões, mas também provoca danos cumulativos nas plantas aquáticas marinhas. Além disso, através da cadeia alimentar, tem efeitos adversos significativos no ecossistema marinho do Mar do Sul da China e, por extensão, na humanidade”, afirmou Yang. Com dolo “No caso dos navios que se deslocam constantemente no mar, a tinta e a poluição do navio podem ser continuamente diluídas pela água do mar. No entanto, se o navio estiver atracado ou encalhado em pontos fixos durante muito tempo, a poluição é difícil de ser diluída pela água do mar devido à falta de movimento da água, resultando num gradiente de toxinas centrado no navio de guerra”, observou Yang. “Entre eles, os poluentes mais importantes são o óxido de mercúrio, os compostos organoestânicos [TBT] e os compostos de cobre. Há investigação científica suficiente para mostrar que estas toxinas podem causar poluição patogénica irreversível à vida marinha. Mais importante ainda, com o enriquecimento da cadeia alimentar, estes poluentes podem entrar no círculo de vida humano”, afirmou Yang. Yang afirmou ainda que o Governo filipino encalhou deliberadamente um navio militar degradado nos belos recifes do Mar da China Meridional e não cumpriu a sua promessa de o remover durante 25 anos. Além disso, “as Filipinas não conseguem e não querem levar a cabo a protecção ambiental e o controlo da poluição no navio, o que leva a que uma grande quantidade de poluentes naturais e artificiais seja descarregada directamente nos recifes e nas águas circundantes, o que é extremamente irresponsável e incivilizado”, concluiu Yang.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin agradece, Xi cita Carta da ONU O Presidente russo, Vladimir Putin, agradeceu ontem a Xi Jinping as iniciativas da China para resolver o conflito na Ucrânia, num encontro em Pequim, no qual o líder chinês disse esperar que a Europa regresse à paz. Putin garantiu que vai informar Xi em pormenor sobre a “situação na Ucrânia” e afirmou que o seu país “está grato pela iniciativa dos colegas e amigos chineses para resolver a situação”. “A China espera que a Europa regresse rapidamente à paz e à estabilidade e vai continuar a desempenhar um papel construtivo nesse sentido”, apontou Xi. O primeiro ponto do plano chinês destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia. “O Direito internacional, universalmente reconhecido, incluindo os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, deve ser rigorosamente observado”, lê-se na proposta. Mas o Governo chinês apelou ainda ao fim da “mentalidade da Guerra Fria” – um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados Unidos. “A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares”, lê-se, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. “Os legítimos interesses e preocupações de segurança de todos os países devem ser levados a sério e tratados adequadamente”. Xi afirmou que os dois países estão a aprofundar as suas relações como “bons vizinhos, bons amigos, bons parceiros”, ecoando o seu compromisso com a amizade “sem limites” que proclamaram em 2022, pouco antes de a Rússia lançar a invasão. Pequim é agora o maior mercado para o petróleo e gás russos e uma importante fonte de importações, que incluem bens de dupla utilização civil e militar, que mantêm a máquina militar russa operacional, apesar de a China ter banido a venda de armamento ao país vizinho. Abertos a negociações Citado pela agência noticiosa estatal russa RIA-Novosti, Putin afirmou que as relações Rússia – China “não são dirigidas contra ninguém”. “A nossa cooperação nos assuntos mundiais é hoje um dos principais factores de estabilização do cenário internacional”, realçou. Na véspera da visita, Putin afirmou, numa entrevista à imprensa oficial chinesa, que o Kremlin quer negociar uma solução para o conflito na Ucrânia. “Estamos abertos a um diálogo sobre a Ucrânia, mas essas negociações devem ter em conta os interesses de todos os países envolvidos no conflito”, afirmou. A deslocação do líder russo ocorre numa altura em que as forças do seu país têm vindo a intensificar uma ofensiva na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, que teve início na semana passada, na incursão fronteiriça mais significativa desde o início da invasão em grande escala. Juntamente com os esforços de Moscovo para aproveitar os seus ganhos na região vizinha de Donetsk, a guerra de dois anos entrou numa fase crítica para as forças armadas ucranianas, que aguardam novos fornecimentos de mísseis antiaéreos e cartuchos de artilharia dos Estados Unidos. “Estamos a procurar uma solução abrangente, sustentável e justa para este conflito”, afirmou Putin, citado pela Xinhua.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin em Pequim | Xi Jinping define estado das relações com a Rússia O presidente chinês atribuiu ao cumprimento de cinco pontos o sucesso das relações China-Rússia Ao dar as boas-vindas ao presidente russo, Xi comentou que a visita de Estado de Putin à China é a sua primeira visita ao estrangeiro desde o início de um novo mandato presidencial. Para ele, este facto demonstra a “grande importância” que o Presidente Putin e a parte russa atribuem às relações com a China. Em conferência de imprensa, Xi afirmou que tinha acabado de concluir com Putin uma reunião “sincera e cordial”, que abrangeu muitos temas. Uma análise exaustiva da experiência bem-sucedida de desenvolvimento das relações entre a China e a Rússia nos últimos 75 anos, desde o estabelecimento das relações diplomáticas, procederam a uma troca de pontos de vista aprofundada sobre as relações e sobre as principais questões internacionais e regionais de interesse mútuo e traçaram o rumo a seguir para as relações e a cooperação sino-russas em todos os domínios. Xi acrescentou que também assinaram e emitiram a “Declaração Conjunta da República Popular da China e da Federação Russa sobre o Aprofundamento da Parceria Estratégica Abrangente de Coordenação para a Nova Era no Contexto do 75º Aniversário das Relações Diplomáticas China-Rússia”, e testemunharam a assinatura de uma série de importantes documentos de cooperação intergovernamental e interagências, que “injectam um novo e forte impulso no desenvolvimento sólido das relações China-Rússia”. Xi sublinhou que as relações entre a China e a Rússia tornaram-se um excelente exemplo de uma nova forma de relações internacionais, bem como de relações de boa vizinhança entre dois grandes países. O presidente chinês atribuiu este “progresso notável” nas relações China-Rússia “ao empenhamento dos dois países em cinco princípios”. Assim, em primeiro lugar, afirmou Xi, a China e a Rússia estão empenhadas no “respeito mútuo como princípio fundamental das relações” e apoiam sempre os interesses fundamentais da outra parte. Os dois presidentes concordam que a chave para que os dois países encontrem um novo caminho para o crescimento das relações entre países importantes e vizinhos reside no respeito mútuo e na igualdade, bem como no apoio mútuo firme em questões relacionadas com os interesses fundamentais e as principais preocupações de cada um. Este aspecto é “fundamental” para a parceria estratégica global de coordenação China-Rússia para a nova era. “As duas partes continuarão a defender os princípios da não aliança, da não confrontação e de não visar terceiros, aprofundar a confiança política, respeitar a escolha recíproca da via de desenvolvimento e a realizar o desenvolvimento e a revitalização com o apoio firme da outra parte”, acrescentou Xi. Em segundo lugar, disse Xi, “a China e a Rússia estão empenhadas na cooperação vantajosa para ambas as partes como a força motriz das relações e trabalham para promover um novo paradigma de benefício mútuo”. No ano passado, o comércio bilateral ultrapassou os 240 mil milhões de dólares americanos, cerca de 2,7 vezes mais do que há uma década. Esta é uma boa indicação da cooperação global de benefício mútuo que continua a aprofundar-se entre os dois países. Os presidentes concordam que os dois países precisam de procurar áreas em que os seus interesses convergem, aproveitar os seus pontos fortes comparativos, aprofundar a integração de interesses e permitir o sucesso um do outro. “Os dois países precisam de melhorar ainda mais a sua cooperação em termos estruturais, consolidar a boa dinâmica no comércio e noutras áreas tradicionais de cooperação, apoiar a formação de plataformas e redes de investigação fundamental, continuar a desbloquear o potencial de cooperação em áreas de fronteira, intensificar a cooperação em matéria de portos, transportes e logística e ajudar a manter estáveis as cadeias industriais e de abastecimento globais”, afirmou Xi. Em terceiro lugar, a China e a Rússia estão empenhadas em “manter uma amizade duradoura como base das relações e em levar por diante a tocha da amizade sino-russa. Tanto a China como a Rússia têm uma história consagrada pelo tempo e uma cultura esplêndida. As obras de Pushkin e Tolstoi são conhecidas na China e a Ópera de Pequim e o Tai Chi são muito apreciados pelo povo russo. Ao concentrarem-se na implementação do Roteiro para a Cooperação China-Rússia em matéria de intercâmbios interpessoais e culturais antes de 2030, os dois países estão a expandir os laços interpessoais e culturais”, afirmou Xi. Os dois presidentes definiram 2024 e 2025 como os Anos Culturais China-Rússia, propuseram uma série de actividades culturais que são realistas, próximas do coração das pessoas e populares entre elas, e “encorajaram interacções mais estreitas entre vários sectores e a nível subnacional, de modo a aumentar a compreensão mútua e a afinidade entre os dois povos”, observou Xi. Em quarto lugar, disse Xi, “a China e a Rússia estão empenhadas na coordenação estratégica como base das relações, e orientam a governação global na direcção certa. Os dois países estão firmemente empenhados em salvaguardar o sistema internacional centrado nas Nações Unidas e a ordem internacional sustentada pelo direito internacional. Mantêm uma estreita coordenação e colaboração em plataformas multilaterais, como a ONU, a APEC e o G20, e promovem a multipolaridade e a globalização económica no espírito do verdadeiro multilateralismo”. Com a Rússia presidindo os BRICS este ano e a China assumindo a presidência da Organização de Cooperação de Xangai no final deste ano, “os dois lados apoiarão a presidência um do outro, construirão uma parceria de alta qualidade que seja mais abrangente, próxima, prática e inclusiva, e construirão a unidade e a força do Sul Global”, acrescentou. Por último Em quinto lugar, “a China e a Rússia estão empenhadas na equidade e na justiça como objectivo das relações e dedicadas à resolução política dos pontos críticos. A mentalidade da Guerra Fria ainda existe e o unilateralismo, o hegemonismo, o confronto entre blocos e a política de poder ameaçam a paz mundial e a segurança de todos os países”. Os dois presidentes são de opinião que é urgente resolver o conflito israelo-palestiniano. “As resoluções da ONU devem ser implementadas com seriedade e a questão da Palestina deve ser resolvida com base na solução de dois Estados”, disse Xi. Quanto à Ucrânia, “a posição da China sobre esta questão é coerente e clara, incluindo a observância dos objectivos e princípios da Carta das Nações Unidas, o respeito pela soberania e integridade territorial de todos os países, o respeito pelas preocupações legítimas de segurança de todas as partes e a construção de uma nova arquitectura de segurança que seja equilibrada, eficaz e sustentável. A China espera que a paz e a estabilidade regressem ao continente europeu numa data próxima e está pronta a desempenhar um papel construtivo para esse fim”, afirmou. Xi salientou que, como diz um ditado chinês, “uma montanha é formada pela acumulação de solo e um oceano é formado pela acumulação de água”. “Após 75 anos de sólida acumulação, a amizade duradoura e a cooperação global entre a China e a Rússia constituem um forte impulso para os dois países avançarem apesar do vento e da chuva. Tendo alcançado um novo ponto de partida, a China e a Rússia manter-se-ão sempre empenhadas no seu objectivo fundador e assumirão conjuntamente a responsabilidade de criar mais benefícios para os seus povos e dar o devido contributo para a segurança e estabilidade globais”, concluiu Xi.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste | PR defende recrutamento local de timorenses para trabalharem em Portugal O Presidente de Timor-Leste defendeu ontem que o recrutamento de timorenses para trabalharem em Portugal devia ser feito localmente ou à chegada ao país, para evitar “falsas agências de emprego” e “combater o “tráfico humano”. O que “faria todo o sentido é que qualquer timorense que queira trabalhar em Portugal, chegando lá, fosse apoiado por agências vocacionadas para o efeito e fossem logo trabalhar”, disse José Ramos-Horta, quando questionado pela Lusa sobre a decisão de Portugal de passar a exigir comprovativo de meios de subsistência para atribuir visto de trabalho a cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). “Eu compreendo, do lado de Portugal que haja precauções”, disse o chefe de Estado, dando como exemplo o Japão, que abriu um programa para contratar trabalhadores estrangeiros, mas que chegam ao país já com contrato e emprego garantido. O objectivo, explicou Ramos-Horta, é “evitar que vão milhares de pessoas de repente e só depois é que começam a procurar emprego”. Nesse sentido, o Presidente timorense defendeu também que deviam instalar-se em Timor-Leste agências portuguesas de contratação de trabalhadores. “Fazem entrevistas e recrutamento aqui, toda a papelada é feita, para evitar falsas agências de emprego, combater o tráfico humano, falsas agências de viagens. Muitos timorenses que foram para Inglaterra, há 20 anos, primeiro foram para Portugal e foi uma agência portuguesa que organizou tudo e que continua a apoiar timorenses”, salientou. O secretário das Comunidades Portuguesas, José Cesário, anunciou terça-feira que os cidadãos lusófonos que pretendam entrar em Portugal com um visto de trabalho da CPLP vão ter de comprovar meios de subsistência até arranjarem trabalho, ao contrário do que estava anteriormente previsto.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Pequim anuncia “medidas disciplinares” contra taiwaneses por “espalharem boatos” O Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado (Executivo) da China anunciou ontem que vai tomar “medidas disciplinares” contra cinco pessoas na ilha por “divulgarem informações falsas” sobre Pequim. O porta-voz do Gabinete, Chen Binhua, disse em conferência de imprensa que “certos indivíduos em Taiwan ignoraram as realizações e os progressos da China continental”, o que, segundo ele, “induziu em erro alguns cidadãos da ilha, fomentando a hostilidade e prejudicando as relações entre os dois lados do estreito”. O porta-voz respondia a uma pergunta que se referia a declarações de algumas pessoas influentes na ilha que afirmaram que os assentos dos comboios de alta velocidade na China não têm encostos ou que os cidadãos chineses são tão pobres que não se podem dar ao luxo de comprar ovos cozidos mergulhados em chá. Chen recordou que “qualquer acto de fabricação ou difusão de rumores que perturbe a ordem social e prejudique a honra e os interesses do país enfrentará consequências legais”. O porta-voz afirmou que as autoridades chinesas vão adoptar “medidas disciplinares” contra Huang Shicong, Li Zhenghao, Wang Yi-chuan, Yu Beichen e Liu Baojie, bem como contra os seus familiares.
Hoje Macau China / ÁsiaPutin pede política externa sino-russa para alcançar “ordem mundial justa” O Presidente russo, Vladimir Putin, destacou ontem a necessidade de coordenação entre Moscovo e Pequim para estabelecer uma “ordem mundial multipolar justa”, na véspera de uma visita de Estado de dois dias à China. Putin sublinhou, em entrevista à agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, que a “relação estratégica e amigável” entre os dois países se mantém “independentemente da situação política”, num contexto de aumento das sanções contra Moscovo por causa da guerra na Ucrânia e de apelos para que Pequim não apoie a Rússia. Sobre as relações económicas, o líder russo referiu o grande potencial dos laços financeiros entre Rússia e China, sublinhando o crescimento do comércio bilateral e a “forte imunidade aos desafios e crises externas”. A importância da “cooperação económica e cultural entre as duas nações” e a promoção da “prosperidade e igualdade nos domínios económico e cultural” são outros aspectos destacados pelo Presidente russo. A China é o maior parceiro comercial da Rússia há 13 anos consecutivos, enquanto a Rússia foi classificada como o quarto maior parceiro comercial da China em 2023. Mais de 90 por cento das transacções entre os dois países são realizadas nas respectivas moedas nacionais, sublinhou o líder russo. No contexto do BRICS, o bloco de economias emergentes fundado pelos dois países, para além do Brasil, da Índia e da África do Sul, Putin valorizou a cooperação entre a Rússia e a China e manifestou o seu empenho em integrar novos membros durante a sua presidência do grupo em 2024, para alargar a representatividade da plataforma. Putin sublinhou igualmente o papel do bloco, juntamente com a Organização de Cooperação de Xangai (OCX), nas questões internacionais. Criada em 2001, a SCO, que reúne mais de metade da população mundial, centra-se na segurança regional, na luta contra o terrorismo regional, o separatismo étnico e o extremismo religioso. Putin sublinhou a promoção da igualdade, da transparência e das reformas no sistema de governação mundial e rejeitou “as tentativas ocidentais de impor uma ordem baseada na mentira e na hipocrisia”. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, lembrou na segunda-feira que este ano se assinala o 75.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e que Pequim valoriza “muito a orientação estratégica da diplomacia dos dois chefes de Estado” nas suas relações bilaterais.
Hoje Macau China / ÁsiaVistos | Anunciada isenção para quem chegar ao país em navios de cruzeiro A China anunciou ontem que vai isentar de visto grupos turísticos que cheguem ao país em navios de cruzeiro, reflectindo os esforços de Pequim para aumentar o número de visitantes estrangeiros. A medida, que entrou ontem em vigor, aplica-se a portos de cruzeiros de 13 cidades chinesas, incluindo Xangai, Tianjin, Cantão, Shenzhen, Xiamen, Qingdao ou Sanya. De acordo com a Administração Nacional de Imigração da China, os membros destes grupos turísticos devem entrar na China em conjunto e todo o grupo deve também seguir para o porto seguinte a bordo do mesmo navio de cruzeiro. Os turistas vão ser autorizados a permanecer na China por um período não superior a 15 dias. Esta é mais uma das medidas para apoiar o turismo estrangeiro que a China tem vindo a lançar nos últimos meses. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês anunciou, este mês, que o país asiático vai prolongar a isenção de visto para os cidadãos de França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Malásia, Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo até Dezembro de 2025. Em Novembro passado, a China anunciou que os cidadãos de França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha e Malásia beneficiariam de uma isenção unilateral de vistos até Dezembro de 2024, uma lista à qual as autoridades foram acrescentando gradualmente mais países. Especialistas defendem que a morosidade dos procedimentos de pedido de visto e o preço dos bilhetes de avião são as principais razões pelas quais o turismo estrangeiro ainda não atingiu os níveis anteriores à pandemia da covid-19, durante a qual a China impôs um encerramento quase total das fronteiras.
Hoje Macau China / ÁsiaEspionagem | Académico radicado no Japão condenado a seis anos de prisão O académico chinês Yuan Keqin, ex-professor na Universidade de Educação de Hokkaido, no Japão, foi condenado a seis anos de prisão na China por acusações de espionagem, informou ontem a imprensa japonesa. Yuan, que ensinou política do Leste Asiático durante 25 anos, foi detido durante uma estadia temporária no seu país natal, para assistir ao funeral da mãe, e mais tarde acusado de estar envolvido em espionagem ao serviço da agência de inteligência do Japão, de acordo com Pequim. Fontes próximas do académico disseram à televisão estatal japonesa NHK que Yuan foi condenado em Janeiro por um tribunal da cidade de Changchun, na província de Jilin, no centro da China, mas os pormenores do veredicto não foram divulgados. O académico tenciona recorrer da sentença, segundo as mesmas fontes. Questionado em conferência de imprensa sobre a situação de Yuan, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, disse: “Podem consultar as autoridades competentes para obter informações específicas. O que vos posso dizer é que a China é um país que respeita o Estado de direito e trata os casos relevantes em conformidade com a lei”. Colegas, familiares e amigos de Yuan, que têm vindo a expor o caso e a acompanhar as notícias relacionadas, que partilham através de um portal criado para apelar à sua libertação imediata, afirmam que o académico está inocente.
Hoje Macau China / ÁsiaReunião entre Pequim e EUA sobre riscos da IA foi “profunda e construtiva” A reunião entre os Estados Unidos e a China em Genebra, Suíça, para partilharem as respectivas abordagens nacionais no desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA), foi “profunda, profissional e construtiva”, descreveu ontem a parte chinesa. A reunião foi copresidida pelo director do Departamento para a América do Norte e Oceânia do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Yang Tao, e pelo enviado especial adjunto para as Tecnologias Críticas e Emergentes do Departamento de Estado dos EUA, Seth Center. Sublinhando que a IA é a tecnologia emergente que “atrai actualmente mais atenção”, a delegação chinesa indicou que Pequim quer que esta se “centre nas pessoas” e “seja benéfica, segura e justa”, de acordo com o comunicado divulgado pela diplomacia chinesa. A China “apoia o reforço da governação global da IA”, defende “o papel das Nações Unidas como o principal canal” e está disposta a “reforçar a comunicação e a coordenação com a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, para formar um quadro de governação global” para esta tecnologia, lê-se na mesma nota. Os funcionários chineses também declararam a “posição firme contra restrições e pressões dos Estados Unidos no domínio da IA”, embora “ambas as partes reconheçam as oportunidades e os riscos associados ao desenvolvimento” desta nova tecnologia. Batalha artificial Washington impôs, no ano passado, controlos de exportação para a China de ‘chips’ semicondutores avançados e do equipamento necessário para os fabricar. Os semicondutores são essenciais para a produção de sistemas de Inteligência Artificial, mas têm também utilização militar, incluindo no desenvolvimento de mísseis hipersónicos. O encontro em Genebra foi a primeira reunião do Diálogo Intergovernamental China – EUA sobre Inteligência Artificial. As negociações, que os líderes norte-americano e chinês, Joe Biden e Xi Jinping, respectivamente, concordaram em lançar durante um encontro em São Francisco, em 2023, visam abrir o diálogo bilateral entre as duas maiores economias do mundo – e cada vez mais, rivais geopolíticos – sobre uma tecnologia em rápida evolução que já está a ter consequências para o comércio, estilos de vida, cultura, política, segurança ou defesa nacional. A China defendeu anteriormente que o futuro da Inteligência Artificial deve ser “decidido por todos os países” e que as suas regras não devem ser “ditadas pelos países desenvolvidos”. Pequim também sublinhou o “respeito pela soberania e não interferência nos assuntos dos outros países” e a “garantia de que a Inteligência Artificial permanece sob controlo humano”.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Putin apoia plano chinês para resolução da guerra Putin chega hoje à China para uma visita de dois dias. A guerra na Ucrânia deverá ser uma questão central no encontro entre o Presidente russo e Xi Jinping que regressou recentemente à China depois de um périplo euroopeu que incluiu visitas a França, Sérvia e Hungria O Presidente russo, Vladimir Putin, apoiou ontem a proposta de resolução da guerra na Ucrânia apresentada pela China, país onde inicia hoje uma visita oficial de dois dias. Em entrevista à agência noticiosa oficial chinesa Xinhua, Putin expressou uma opinião favorável à posição de Pequim sobre uma solução política para o conflito. O líder russo apreciou o facto de a China compreender “as raízes e o impacto geopolítico” da guerra, referindo-se a um documento publicado em Fevereiro de 2023 que delineia a posição de Pequim sobre a “Resolução Política da Crise Ucraniana”, como o conflito é designado no país. Este documento, que inclui uma proposta de 12 pontos, reflecte o “desejo sincero da China de estabilizar a situação” e sugere uma abordagem que evita a “mentalidade da Guerra Fria”, segundo Putin. O líder russo sublinhou os “quatro princípios para a resolução pacífica” da guerra promovidos há um mês pelo seu homólogo chinês, Xi Jinping, que “se enquadram perfeitamente” na proposta chinesa e garantem “uma segurança indivisível e o respeito pelo direito internacional e pela Carta das Nações Unidas”. Putin sublinhou que o seu país “não se recusou a negociar” para resolver o conflito que dura há mais de dois anos. “Estamos abertos ao diálogo sobre a Ucrânia, mas essas negociações devem ter em conta os interesses de todos os países envolvidos no conflito, incluindo o nosso”, afirmou. A visita de Putin à China, que começa hoje e se prolonga até amanhã, segue-se a uma recente viagem de Xi à Europa, no meio de pressões do Ocidente para que o líder chinês use a sua influência junto do homólogo russo para pôr fim à ofensiva na Ucrânia. A digressão de Xi, que não visitava a Europa há cinco anos, incluiu paragens em França, Sérvia e Hungria. Triângulo de forças Pequim, que aprofundou os seus laços com Moscovo desde o início do conflito, apelou à realização de uma conferência internacional “reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia” para retomar o diálogo. O primeiro ponto do plano chinês destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia. “O Direito internacional, universalmente reconhecido, incluindo os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, deve ser rigorosamente observado”, lê-se na proposta. “A soberania, independência e integridade territorial de todos os países devem ser efectivamente preservadas”, apontou. O Governo chinês apelou ainda ao fim da “mentalidade da Guerra Fria” – um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados Unidos. “A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares”, afirma-se no documento, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. “Os legítimos interesses e preocupações de segurança de todos os países devem ser levados a sério e tratados adequadamente”. A visita de Putin surge também depois de, no final de Abril, o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter apelado a Pequim para que “não ajude a Rússia” e não forneça ao país vizinho componentes que possam ser utilizados na sua guerra contra a Ucrânia. Pequim negou ter vendido armas à Rússia e afirma ter uma relação comercial “normal” com Moscovo. No entanto, as autoridades norte-americanas alertaram nas últimas semanas que as empresas chinesas estão a ajudar a indústria de armamento da Rússia, vendendo equipamento que pode ser utilizado para produzir mísseis balísticos.