Hoje Macau China / ÁsiaRelatora da ONU teme “violência genocida de Israel” também na Cisjordânia A relatora especial da ONU para os territórios palestinianos, a italiana Francesca Albanese, alertou na segunda-feira que “a violência genocida de Israel” em Gaza corre o risco de se alastrar à Cisjordânia. A perita independente, mandatada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas que não fala em nome da organização, tem acusado repetidamente Israel de genocídio dos palestinianos em Gaza. Numa nova declaração, Francesca Albanese frisou que “a violência genocida de Israel corre o risco de se estender para fora de Gaza e de se espalhar por todo o território palestiniano ocupado”. “O apartheid israelita visa Gaza e a Cisjordânia simultaneamente, como parte de um processo global de eliminação, substituição e expansão territorial”, acusou, citada pela agência France-Presse (AFP). Após o ataque do Hamas, a 07 de Outubro, que desencadeou a guerra em Gaza, o Exército israelita intensificou as suas já frequentes incursões na Cisjordânia ocupada e, desde então, mais de 660 palestinianos morreram em incidentes violentos com Israel, incluindo cerca de 150 menores, segundo um balanço da agência Efe com dados dos serviços de saúde palestinianos. Vivem na Cisjordânia cerca de 490 mil israelitas em colonatos, entre três milhões de palestinianos. Acção obrigatória Israel prosseguiu na segunda-feira, pelo sexto dia consecutivo, a incursão militar quer na cidade, quer no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, que já causou perto de 30 mortos, de acordo com as autoridades palestinianas. “A impunidade há muito concedida a Israel permite a ‘despalestinização’” dos territórios ocupados, “deixando os palestinianos à mercê das forças que procuram eliminá-los enquanto grupo nacional”, frisou ainda Albanese. A relatora da ONU acredita que a comunidade internacional deve “fazer tudo o que estiver ao seu alcance para acabar imediatamente com o risco de genocídio contra o povo palestiniano” e, “em última análise, pôr fim à colonização do território palestiniano por Israel”. O ataque sem precedentes levado a cabo pelo movimento islâmico palestiniano em Israel, a 7 de Outubro, resultou na morte de 1.205 pessoas do lado israelita, sobretudo civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. Durante este ataque, 251 pessoas foram raptadas, 97 ainda estão detidas em Gaza, incluindo 33 declaradas mortas pelo exército. Em retaliação, Israel realizou uma devastadora ofensiva aérea e terrestre em Gaza que até ao momento fez pelo menos 40.786 mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. A maioria das mortes são mulheres e menores, de acordo com a ONU.
Hoje Macau China / ÁsiaGuiné-Bissau | PR leva governantes e empresários ao Fórum China-África O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, viajou na segunda-feira para Pequim, na companhia de quatro governantes e três empresários, para participar no Fórum sobre a Cooperação China – África (FOCAC), anunciou fonte do Governo, em Bissau. Acompanham Sissoco Embaló os ministros Carlos Pinto Pereira, dos Negócios Estrangeiros, Soares Sambu, da Economia, Plano e Integração Regional, Malam Sambu, dos Recursos Naturais, e Fatumata Djau, secretária de Estado da Cooperação Internacional. Antes de embarcar para Pequim, ainda no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, de Bissau, Embaló afirmou que, “desta vez”, não vai à China pedir. “Não, desta vez não levo nada para pedir. Não podemos ser um país de pedintes”, disse o Presidente guineense, ao responder à pergunta sobre se vai voltar a abordar os pedidos que fez aquando da sua visita oficial à China, em Julho último. Na altura, entre outros assuntos, Umaro Sissoco Embaló disse ter pedido à China a construção de, pelo menos, 300 quilómetros de estradas, um campus universitário para 12 mil estudantes e o reforço de bolsas de estudos para alunos guineenses. O Presidente guineense salientou o facto de ser um dos oradores durante o FOCAC, encontro que “juntará quase todos os chefes de Estado e de Governo” africanos. Na quinta-feira, Umaro Sissoco Embaló fará uma comunicação sobre o tema: “Industrialização da agricultura em África”. “É uma questão ‘júnior’ [de menor importância] ter calhado a mim, como Presidente da Guiné-Bissau, podia ter calhado a outro chefe de Estado guineense”, declarou. Embaló disse esperar que os empresários guineenses e os chineses aproveitem o fórum para desenvolver parcerias. O Presidente guineense anunciou que, após o FOCAC, vai realizar visitas de Estado ao Vietname, um dos principais compradores da castanha do caju guineense, e aos Emirados Árabes Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaShandong | Pelo menos 11 mortos e 24 feridos em acidente Pelo menos 11 pessoas morreram e 24 ficaram feridas ontem quando um autocarro escolar atropelou um grupo de alunos no leste da China, informou a agência de notícias Xinhua num novo balanço. Dos 11 mortos, seis são pais e cinco alunos, referiu a agência oficial chinesa. Num balanço anterior, a Xinhua tinha indicado que 10 pessoas tinham morrido ou ficado feridas no acidente. O acidente ocorreu às 07:27 num cruzamento perto da entrada da Escola Secundária Foshan, em Tai’an, na região de Dongping, província de Shandong. O autocarro, com uma lotação máxima de 52 pessoas, perdeu o controlo e subiu o passeio, atropelando vários estudantes e pais que se dirigiam para a escola, disseram as autoridades locais. Entre os feridos, um encontra-se em estado crítico. As autoridades de Dongping, juntamente com vários departamentos governamentais, estão no local para as operações de socorro e resgate, bem como para gerir a área do acidente, que permanece isolada. O condutor do autocarro foi detido pela polícia, estando em curso uma investigação sobre as causas do acidente. De acordo com meios de comunicação social locais, a escola negou que tenha havido qualquer conflito entre o motorista e os alunos ou o pessoal docente. As autoridades locais anunciaram que vão emitir uma declaração oficial e realizar uma conferência de imprensa esta tarde. Cerca de 60 mil pessoas morrem anualmente em acidentes nas estradas chinesas, disseram os meios de comunicação locais.
Hoje Macau China / ÁsiaFOCAC | Presidente Xi promete a homólogos africanos investimentos sem interferências internas Em diversos encontros bilaterais com responsáveis africanos, o líder chinês deixou a promessa de aumentar o investimento no continente e de não interferir nos assuntos internos das nações africanas. Até ao fim da semana, são esperados em Pequim cerca de 50 chefes de Estado e de governo O Presidente chinês, Xi Jinping, manteve na segunda-feira várias reuniões bilaterais com líderes africanos, no âmbito do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), prometendo mais investimento e cooperação sem interferir nos assuntos internos dos países africanos. De acordo com as agências internacionais de notícias, pelo menos 50 chefes de Estado e de governo são esperados em Pequim até ao final da semana, incluindo os líderes da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tshisekedi, da Nigéria, Bola Tinubu, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, sendo também esperado um encontro com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que esteve em Xangai no âmbito do fórum económico China-Moçambique. Os encontros de segunda-feira foram marcados pelas promessas chinesas de investimento, sendo que no caso da RDCongo, uma das maiores fontes de recursos naturais necessários para a transição energética, e fornecedor de mais de 60 por cento do cobalto comprado pela China, o gigante asiático comprometeu-se a “aprofundar a cooperação em matéria de agricultura e processamento de minérios”. Na reunião com o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, os dois países anunciaram que elevaram o nível de cooperação à categoria de “associação de cooperação estratégica integral para a nova era”. Nas reuniões, Xi Jinping adaptou o discurso público a cada um dos países, tendo defendido, no caso da reunião com o chefe militar do Mali, na sequência do golpe de Estado, “o direito à autodeterminação do povo africano na hora de decidir o seu destino futuro”, o que contrasta com as exigências ocidentais de uma eleição para escolher os líderes locais. O Presidente do Mali, coronel Assimi Goita, de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros chineses, citado pela agência espanhola de notícias, a EFE, elogiou a posição de Pequim de “opor-se à interferência nos assuntos internos de outros países”. Parceiros de valor A cimeira desta semana tem como pano de fundo a crescente competição entre os Estados Unidos e a China em África pela influência política e pelo acesso aos recursos naturais. O FOCAC deste ano terá também uma cimeira empresarial e terminará com dois documentos – uma declaração e um plano de acção para guiar a cooperação entre China e África nos próximos anos. A China é o maior parceiro económico de África, e desde o início deste século até 2022 já emprestou mais 170 mil milhões de dólares para 1.243 iniciativas, de acordo com os dados do Centro de Desenvolvimento Global de Políticas, da Universidade de Boston. Desse total, quase 60 mil milhões de dólares foram canalizados para projectos na área da energia e quase 50 mil milhões foram para projectos no sector dos transportes. Apesar de ainda ser o maior parceiro do continente africano, o financiamento chinês aos países africanos caiu para menos de mil milhões de dólares em 2022, o último ano para o qual há dados compilados, representando o valor mais baixo em quase duas décadas. Desde o pico de 28,5 mil milhões de dólares atingido em 2016, em 2021 a China fez apenas sete empréstimos no valor de 1,22 mil milhões de dólares, e em 2022 o valor caiu para 994 milhões de dólares, com apenas nove financiamentos, o nível mais baixo desde 2004.
Hoje Macau China / ÁsiaFerrovia | Temporada de Verão termina com recorde de viagens A temporada de viagens de Verão de 62 dias da China foi concluída, com as ferrovias a contabilizarem um recorde de 887 milhões de viagens de passageiros entre 1 de Julho e 31 de Agosto – um aumento de 6,7 por cento ano a ano – segundo indicou a China State Railway Group Co., Ltd. (China Railway) no domingo. Durante este período, o número médio diário de viagens de passageiros transportados pelos caminhos-de-ferro do país foi de 14,31 milhões, de acordo com a empresa, indica o Diário do Povo. Entretanto, mais de 14,32 milhões de passagens de estudantes foram vendidas durante a temporada de viagens de Verão, de acordo com a China Railway. Um total de 670 milhões de toneladas de mercadorias foram também transportadas pelos caminhos-de-ferro, incluindo 250 milhões de toneladas de carvão térmico durante este período, segundo a empresa. Para garantir viagens seguras e organizadas e operações estáveis, a empresa preparou um plano de transporte, aumentou a capacidade e implementou medidas favoráveis aos passageiros com bastante antecedência, acrescenta a publicação estatal. A azáfama das viagens de Verão costuma ser uma temporada movimentada para o sistema ferroviário do país, pois os estudantes universitários retornam a casa para as férias de Verão. As visitas familiares e as viagens turísticas também aumentam durante este período.
Hoje Macau China / ÁsiaPALOP | Trocas comerciais com China sobem 22% até Junho O volume das trocas comerciais entre a China e os países africanos de língua oficial portuguesa nos primeiros seis meses do ano reflectem o fortalecimento das relações entre o gigante asiático e o continente africano As trocas comerciais entre a China e os países africanos lusófonos subiram, em média, 22 por cento no primeiro semestre deste ano, para 13,7 mil milhões de dólares, segundo dados da alfândega chinesa. O volume de 13,7 mil milhões de dólares em trocas comerciais é liderado por Angola, o maior parceiro económico da China no continente, muito por efeito da venda de petróleo angolano ao gigante asiático, que valeu a quase totalidade das exportações de Angola para a China, num total de 10,6 mil milhões de dólares. Já as exportações da China para Angola valeram apenas 1,5 mil milhões de dólares. Em segundo lugar entre os maiores parceiros chineses nos lusófonos africanos está Moçambique, que vendeu 721 milhões de dólares em bens e serviços, e comprou o equivalente a 1,6 mil milhões de dólares. Na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o período homólogo do ano passado, constata-se, segundo os dados das autoridades chinesas, uma subida de 22 por cento nas trocas comerciais, tendo havido, ainda assim, uma quebra de 12,8 por cento e 6 por cento nos casos da Guiné Equatorial e de Moçambique, respectivamente. O aumento das trocas comerciais dos países lusófonos com o ‘gigante asiático’ reflecte um objectivo da China de aumentar não só o relacionamento comercial com África, mas principalmente o volume de importações, para contrapor à crítica de desequilíbrio na balança comercial a favor da China. Em 2021, no mais recente Fórum sobre a Cooperação China-África (FOCAC), a China prometeu aumentar as importações de produtos africanos para 300 mil milhões de dólares até 2024, acima dos 275 mil milhões de dólares exportados nos três anos anteriores, ou seja, entre 2019 e 2021. “Não sendo uma meta demasiado ambiciosa, foi importante, primeiro porque foi a primeira meta de importações africanas, e depois porque foi o primeiro objetivo de importações africanas estipulado por qualquer parceiro de desenvolvimento”, escreveu a analista Rosie Wigmore, da consultora Development Reimagined, num dossier especial feito em conjunto com a revista African Business. No artigo, a propósito de mais um FOCAC, que vai decorre esta semana em Pequim, a analista diz que faltam apenas 14 mil milhões de dólares para a meta ser atingida. Destaca, contudo, que apesar de ter havido um aumento das exportações africanas para a China, as compras dos africanos cresceram mais depressa, agravando o défice da balança comercial. “A boa notícia é que a meta deve ser cumprida, mas a má notícia é que desde 2022 o défice comercial na verdade agravou-se, de 39 mil milhões de dólares em 2021 para 63 mil milhões de dólares em 2023”, escreve Rosie Wigmore. No ano passado, acrescenta, 83 por cento do volume das exportações para a China foram feitas por apenas oito países, todos eles ricos em recursos naturais. Entre as medidas que os líderes africanos e chineses podem aprovar esta semana em Pequim, a analista sugere mecanismos para financiar os bancos africanos, diminuir as taxas alfandegárias e aproveitar as potencialidades do acordo de livre comércio continental em África.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Docentes estrangeiros regressam a universidade norte-coreana Professores estrangeiros da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST) regressaram à Coreia do Norte, quatro anos depois de terem sido obrigados a sair devido à política anti-pandemia, disse ontem o Governo sul-coreano. Pyonyang aprovou, no final de Agosto, vistos de entrada para alguns dos professores estrangeiros que trabalharam para a instituição de ensino, a única semiprivada na Coreia do Norte, antes do encerramento do país em 2020, indicou o secretário-geral do conselho consultivo para a Unificação Pacífica, Thae Yong-ho, à agência de notícias sul-coreana Yonhap. A permissão mostra que o regime está disposto a garantir “a segurança” dos académicos, disse Thae, antigo diplomata norte-coreano que desertou para o Sul em 2016 e citou fontes em Genebra, onde a Coreia do Norte tem uma das principais embaixadas na Europa. “De momento é difícil confirmar esta informação”, respondeu um porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul à agência de notícias espanhola EFE. Desde que a Coreia do Norte começou a reabrir parcialmente as fronteiras, em Agosto do ano passado, já aprovou a entrada de alguns estrangeiros, como diplomatas de países próximos, como China e Cuba, e permitiu a entrada de grupos de turistas de nacionalidade russa. A confirmar-se, a entrada dos académicos marca a primeira vez, desde o início da pandemia, que a Coreia do Norte concede acesso a pessoas de países não alinhados com o regime do líder, Kim Jong-un. Todo o corpo docente estrangeiro da PUST, constituído por europeus e norte-americanos, foi obrigado a abandonar a Coreia do Norte quando o Governo encerrou as fronteiras em 2020. Desde então, as aulas, leccionadas em inglês, têm sido ministradas ‘online’. A PUST funciona nos arredores da capital norte-coreana desde 2010 e é o resultado de um acordo entre instituições norte-coreanas e uma organização evangélica coreano-americana.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Tempestade Yagi faz dois mortos em Luzon Pelo menos duas pessoas morreram e 10 ficaram feridas quando uma tempestade tropical atingiu a ilha de Luzon, no norte das Filipinas, forçando a emissão de alertas de inundação em Manila, declararam ontem as autoridades. A tempestade Yagi, baptizada de Enteng nas Filipinas, trouxe chuvas torrenciais para o norte do país e tem ventos sustentados de 75 quilómetros por hora e rajadas máximas de até 90 quilómetros por hora, disse o gabinete meteorológico. Prevêem-se inundações e aluimentos de terras, de acordo com um comunicado da mesma agência. O Conselho Nacional para a Redução e Gestão do Risco de Catástrofes filipino registou duas mortes e dez feridos na primeira avaliação. A tempestade levou também ao cancelamento de dezenas de voos domésticos devido às condições meteorológicas adversas, indicou a autoridade aeroportuária de Manila. As autoridades da capital suspenderam todas as aulas na área metropolitana, onde se receia que a tempestade provoque inundações. As Filipinas registam cerca de 20 tufões e tempestades tropicais por ano, especialmente durante a estação das chuvas, que normalmente começa em Junho e termina em Novembro ou Dezembro.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Vinte e cinco detidos em manifestação sob custódia policial Vinte e cinco manifestantes que participaram, no domingo à noite, em Telavive, num protesto pelo cessar-fogo em Gaza, para permitir o retorno dos reféns no enclave, estão sob custódia policial, informou ontem o jornal israelita Haaretz. Alguns continuam a ser interrogados, avançou o diário. A polícia israelita deteve na noite de domingo 29 pessoas durante a grande manifestação em Telavive, declarou a polícia num relatório. “A polícia deteve 29 suspeitos por conduta desordeira, agressão a agentes e vandalismo brutal na autoestrada Ayalon e no local do protesto na passagem de Azrieli”, disseram as autoridades. O Haaretz citou um grupo de manifestantes médicos que afirmaram que a carga policial deixou várias pessoas feridas, incluindo um manifestante com golpes no peito e na cabeça, um jovem atingido por uma granada de atordoamento, um manifestante que caiu de um lugar alto e partiu as duas pernas e uma idosa com ferimentos no rosto. De acordo com a polícia, os tumultos começaram no final da manifestação, quando “centenas de manifestantes abandonaram a zona autorizada e marcharam em direção à autoestrada Ayalon com a intenção de perturbar o trânsito e a ordem pública”. No domingo à noite, centenas de manifestantes marcharam ao longo da autoestrada, sempre seguidos por um cordão policial e polícias a cavalo. O grupo era constituído maioritariamente por jovens manifestantes, cuja presença no protesto geral foi considerada por outros participantes como um sinal positivo, uma vez que as habituais manifestações de sábado em Telavive reúnem um público mais adulto. Nos momentos finais do protesto na autoestrada, a polícia e os militares agarraram e atiraram por diversas vezes ao chão manifestantes violentos, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE, presente no local. No total, de acordo com estimativas do jornal Haaretz, cerca de 300 mil pessoas manifestaram-se no domingo em Telavive, num dos maiores protestos de sempre para exigir ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, um cessar-fogo na Faixa de Gaza. As forças armadas israelitas anunciaram, no domingo, que recuperaram em Gaza os corpos de seis das mais de 250 pessoas raptadas nos ataques do movimento islamita palestiniano Hamas em Israel, a 07 de Outubro de 2023, que desencadearam a guerra em curso e mataram cerca de 1.200 pessoas.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Detidas mais de 160 pessoas em rusga contra jogo ilegal As autoridades filipinas invadiram um complexo suspeito de jogos ilegais e fraudes cibernéticas numa província central e detiveram mais de 160 pessoas, a maioria chinesas e indonésias, que cometiam crimes na internet, foi ontem anunciado. A operação, realizada no sábado por mais de 100 agentes do Governo, apoiados pelos serviços secretos militares, num resort na cidade de Lapu-Lapu, fez parte da repressão contínua ordenada pelo Presidente Ferdinand Marcos Jr. contra jogos ‘online’ dirigidos sobretudo a clientes da China, onde estes jogos são proibidos. Marcos disse que a prática massiva de jogos ilegais ignorou as leis das Filipinas, com violações das normas em larga escala, além de serem cometidos outros crimes, incluindo esquemas financeiros, tráfico humano, tortura, raptos e mortes. A rusga no ´Tourist Garden Resort´, que tem 10 edifícios com piscinas, bares e restaurantes de karaoke, ocorreu depois de a Embaixada da Indonésia em Manila requisitar o resgate de oito indonésios forçados a trabalhar no sector dos jogos ‘online’, segundo a Comissão Presidencial Anticrime Organizado. Pelo menos 162 estrangeiros foram “encontrados a trabalhar em três fazendas separadas dentro do complexo”, afirmou a comissão, sem fornecer detalhes. Estes crimes incluem esquemas fraudulentos de amor, jogos e investimento, que defraudaram vítimas em grandes quantias de dinheiro, de acordo com as autoridades filipinas. A mesma fonte adiantou que 83 chineses, 70 indonésios, seis cidadãos de Myanmar, dois de Taiwan e um da Malásia vão ser enviados para Manila para enfrentarem um processo do Departamento de Imigração e possivelmente deportados, segundo a informação divulgada. O dono do complexo hoteleiro foi preso e pode enfrentar acusações criminais.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão protesta após navio chinês entrar nas suas águas O Japão apresentou sábado um protesto formal junto da China, através da embaixada no país, depois de um navio de pesquisa chinês ter entrado em águas territoriais japonesas, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês. O ministério manifestou “grande preocupação” depois de o navio ter sido avistado perto da prefeitura de Kagoshima, no sudoeste do Japão, ao início da manhã. O navio chinês, confirmado em águas territoriais às 06:00 locais, partiu pouco antes das 08:00, de acordo com o Ministério da Defesa do Japão, acrescentando que foi monitorizado por um navio e um avião militares japoneses. A divisão marítima das Forças de Auto-Defesa do Japão (Exército) enviou dois navios para monitorizar os movimentos do navio chinês. O Governo japonês transmitiu à China, por via diplomática, o seu protesto e a sua “forte preocupação” face às frequentes incursões de navios chineses nas suas águas, muitas das quais ocorrem perto das ilhas Senkaku, administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim, que lhes chama Diaoyu. Recentemente, a actividade cada vez mais assertiva da China em torno das águas e do espaço aéreo japoneses causou inquietação entre os oficiais de defesa japoneses, também preocupados com a crescente cooperação militar entre as forças aéreas chinesas e russas. Por via aérea A China tem vindo a aumentar a sua actividade em torno das águas japonesas, e na segunda-feira um avião militar chinês terá entrado brevemente no espaço aéreo do sudoeste do Japão. Foi a primeira vez que a Força de Auto-Defesa nipónica detectou um avião militar chinês no espaço aéreo do Japão. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou na terça-feira que o seu país não tem “qualquer intenção” de violar o espaço aéreo de qualquer país. A tomada de posição seguiu-se ao Japão ter protestado junto de Pequim contra essa incursão, realizada por um avião chinês Y9 em torno da costa das ilhas Danjo, um pequeno arquipélago desabitado ao largo da prefeitura de Nagasaki, no sudoeste do país, a primeira violação deste tipo no arquipélago por um avião do país vizinho. O avião permaneceu no espaço aéreo japonês durante dois minutos, entre as 11:29 e as 11:31 locais, antes de partir, informou o Ministério da Defesa num comunicado. Em reacção à intrusão, as Forças Aéreas de Auto-Defesa japonesas responderam com manobras de “scramble” “e emitindo notificações e avisos”, disse. Durante a última década, as intrusões chinesas nas Zonas de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) japonesas multiplicaram-se à medida que a assertividade militar da China na região aumentou. No entanto, a intrusão de segunda-feira foi a primeira no espaço aéreo japonês, que, ao contrário da ADIZ – cujos limites não são estabelecidos por tratado – começa a 12 milhas náuticas da costa. Os laços comerciais bilaterais entre os dois países, bem como os intercâmbios entre académicos e empresários, entre outros, continuam fortes.
Hoje Macau China / ÁsiaMoçambique | Concessionado terminal portuário a grupo chinês O Governo moçambicano concessionou por 15 anos, como parceria público-privada, a construção, operação, manutenção e gestão do Terminal Portuário de Chongoene, província de Gaza, a uma sociedade constituída pelos chineses Desheng Port e a estatal moçambicana CFM. “Havendo necessidade de estabelecer a base legal que permita a concessão, em regime de parceria público-privada, a operador privado, para construção, operação, manutenção, gestão e devolução das infra-estruturas do Terminal Portuário de Chongoene, na província de Gaza, para exploração comercial do serviço público portuário”, justifica um decreto do conselho de ministros, de 26 de Agosto, a que a Lusa teve anteontem acesso. A concessão é atribuída à Sociedade Terminal de Minérios de Chongoene SA, constituída pelas empresas Desheng Port e Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), ficando a concessionária “autorizada” a “projectar, financiar, construir, possuir, operar, gerir, reabilitar, manter, explorar comercialmente e devolver a infra-estrutura portuária do Terminal Portuário de Chongoene e todas as infraestruturas conexas e auxiliares”. “A exploração, em regime de exclusividade dentro do perímetro da concessão, da infra-estrutura portuária no Terminal Portuário de Minérios, tem como principal actividade o armazenamento e manuseamento de areias pesadas nacionais a granel”, acrescenta o decreto, apontando que o terminal “deve ter uma capacidade mínima de oito milhões de toneladas métricas por ano, para exportação de areias pesadas nacionais a granel, podendo aumentar em função da demanda”. Segundo dados oficiais anteriores, a primeira fase do investimento na construção Terminal Portuário de Chongoene está orçada em 55 milhões de dólares, sendo expectativa dos promotores potenciá-lo com as exportações de areias pesadas de Chibuto.
Hoje Macau China / ÁsiaIndústria | Actividade transformadora volta a contrair A actividade da indústria transformadora da China contraiu pelo quarto mês consecutivo em Agosto, de acordo com dados oficiais divulgados ontem pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (NBS) do país asiático. O índice dos gestores de compras (PMI), o indicador de referência do sector) situou-se em 49,1 pontos, menos 0,3 pontos do que no mês anterior e abaixo da previsão dos analistas, que era de 49,5. Neste indicador, uma leitura acima do limiar de 50 pontos significa um crescimento da actividade no sector, em comparação com o mês anterior, enquanto abaixo representa uma contracção. Todos os cinco sub-índices que compõem o PMI da indústria transformadora ficaram todos abaixo do limiar dos 50 pontos: produção, novas encomendas – chave para medir a procura -, reservas de matérias-primas, emprego e prazos de entrega. Zhao Qinghe, estatístico do NBS, atribuiu o “declínio do nível de prosperidade” a factores como temperaturas elevadas ou inundações em áreas que afectaram a produção em Agosto. “A produção e a procura abrandaram”, sublinhou Zhao, que destacou ainda as descidas consideráveis registadas no índice de preços de compra das principais matérias-primas e fábricas, afectadas “pela falta de procura e pelas flutuações do preço do petróleo bruto”. No entanto, o responsável apontou também dados positivos como o facto de o PMI das grandes empresas transformadoras ter continuado a expandir-se ou o aumento registado em sectores como o fabrico de produtos de alta tecnologia. O NBS também divulgou ontem o PMI que mede a actividade nos sectores dos serviços e da construção, índice que acelerou de 50,2 pontos para 50,3 pontos, permanecendo na zona de expansão, tal como no resto do ano.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim critica “colisão deliberada” de barco filipino A China acusou ontem um barco filipino de causar uma “colisão deliberada” contra um navio da guarda costeira perto de um recife disputado no mar do Sul da China, após uma série de incidentes na zona. “Às 12:06, o barco filipino n.º 9701 colidiu deliberadamente com o navio chinês 5205”, disse o porta-voz da guarda costeira chinesa, Liu Dejun, citado pela televisão estatal CCTV. O incidente ocorreu durante uma patrulha nas águas que rodeiam o recife de Xianbin, conhecido nas Filipinas como Sabina, disse o porta-voz, criticando o barco filipino por uma atitude “pouco profissional e perigosa”. Este recife, localizado a 140 quilómetros a oeste da ilha filipina de Palawan e a 1.200 quilómetros da ilha chinesa de Hainan, tem sido palco de vários incidentes nos últimos dias. No domingo passado, Manila acusou navios chineses de abalroar um barco de pesca filipino e de usar canhões de água contra a embarcação perto do recife. O porta-voz Liu Dejun reiterou que “a China exerce uma soberania indiscutível” nesta área. Pequim reivindica, por razões históricas, quase todas as ilhotas do mar do Sul da China, enfrentando outros países vizinhos além das Filipinas, como o Vietname, Brunei e Malásia, com reivindicações contrárias. Desde a chegada ao poder, em 2022, do Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., Manila tem afirmado com mais firmeza as suas reivindicações de soberania sobre determinados recifes disputados, enfrentando Pequim, que não pretende ceder às exigências. Os confrontos entre os dois países multiplicaram-se nos últimos meses, também em torno do atol Second Thomas. Soldados filipinos estão aí estacionados num navio militar que foi deliberadamente encalhado por Manila, em 1999, para fazer valer as suas reivindicações de soberania. Este confronto China-Filipinas alimenta receios de um potencial conflito que poderá levar à intervenção dos Estados Unidos da América devido ao seu tratado de defesa mútua com Manila. Escalada de tensão O secretário da Defesa das Filipinas acusou na segunda-feira a China de ser “o maior perturbador” da paz no Sudeste Asiático e apelou para uma censura internacional mais forte contra Pequim. Gilberto Teodoro Jr. falava numa conferência militar internacional organizada em Manila, tendo depois acrescentando aos jornalistas que as declarações internacionais de preocupação contra as acções da China em águas disputadas e noutros locais “não eram suficientes”. O mar do Sul da China recebe cerca de 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Tufão mais forte do ano faz pelo menos três mortos O tufão Shanshan, com rajadas que podem atingir 200 quilómetros por hora, já fez três vítimas mortais e quase 30 feridos no sul do arquipélago O tufão mais forte do ano atingiu ontem o sul do Japão, trazendo chuvas torrenciais e ventos fortes que causaram pelo menos três mortes e 28 feridos no arquipélago, disseram autoridades locais. Antes da chegada do tufão Shanshan, as fortes chuvas já tinham provocado, na noite de terça-feira, um deslizamento de terras que soterrou uma casa em Gamagori, no centro do Japão, matando três pessoas da mesma família e ferindo outras duas, de acordo com o departamento de gestão de catástrofes da cidade costeira. As autoridades do departamento de Miyazaki disseram à agência de notícias France-Presse que foram registados 26 feridos – incluindo dez causados por um tornado – e mais de 150 edifícios danificados. A maioria dos ferimentos foi causada por janelas partidas ou queda de objectos devido a ventos fortes. Na ilha de Amami, no sul, por onde já passou o tufão, uma pessoa ficou ferida após ser levada por uma rajada de vento enquanto andava de moto, informou a Agência de Gestão de Incêndios e Desastres japonesa. O Shanshan atingiu a costa por volta das 08:00 perto de Satsumasendai, no sul de Kyushu, a segunda maior ilha do país, onde vivem 12,5 milhões de pessoas. A Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês) previu que podem cair até 60 centímetros de chuva em 24 horas em Kyushu e emitiu o nível de alerta mais elevado devido a ventos fortes e ondas altas. O porta-voz do Governo, Yoshimasa Hayashi, sublinhou que eram “esperados ventos violentos, ondas altas e tempestades de uma magnitude nunca antes sentida por muitas pessoas”. As autoridades aconselharam mais de 56 mil pessoas a procurar abrigo em centros comunitários e outras instalações públicas. Velocidade furiosa O tufão Shanshan estava a deslocar-se para norte a 15 quilómetros por hora com ventos sustentados de 144 quilómetros por hora e rajadas que podem atingir 200 quilómetros por hora, disse a JMA. A aproximação da tempestade tropical levou a Toyota a suspender a produção nas 28 linhas de produção das 14 fábricas japonesas da gigante automóvel e das suas filiais pelo menos até ao final do dia de ontem. A Japan Airlines cancelou mais de 300 voos, enquanto a concorrente ANA anunciou o cancelamento de mais de 250 voos até sexta-feira. As linhas de alta velocidade Shinkansen e alguns serviços ferroviários locais foram suspensos. Os serviços postais e de entrega foram suspensos em Kyushu e prevê-se que os supermercados e outras lojas também fechem. A operadora de serviços públicos de Kyushu disse que 254.610 casas estavam sem energia na ilha. De acordo com um estudo publicado em Julho, os furacões na região estão a formar-se mais perto da costa do que no passado, intensificando-se mais rapidamente e permanecendo mais tempo sobre terra, em consequência das alterações climáticas.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor/25 anos | Presidente condecora oito jornalistas portugueses José Ramos-Horta homenageou os jornalistas da Lusa, SIC, RTP e Rádio Renascença que, segundo o líder timorense, fizeram com que a voz do povo fosse ouvida em Portugal e no mundo O Presidente timorense condecorou ontem oito jornalistas portugueses, no âmbito das comemorações dos 25 anos do referendo pela independência, destacando o seu contributo para que a voz do povo de Timor-Leste fosse ouvida no mundo. No decreto presidencial da condecoração, José Ramos-Horta refere que os jornalistas “foram capazes de divulgar ao mundo a resistência e o sofrimento do povo de Timor-Leste e a sua vontade de autodeterminação”. “Os jornalistas portugueses contribuíram para que a voz do povo timorense fosse ouvida em Portugal e em todo o mundo” e “captaram a história de um povo que queria a liberdade e que, na sequência dos resultados do referendo, necessitava de uma intervenção internacional imediata para estabelecer a paz e a segurança”, disse o Presidente. Foram condecorados Paulo Nogueira, Pedro Sousa Pereira e Fernando Peixeiro, da agência Lusa, Pedro Miguel Duarte Costa e Silvestre Bento Rodrigues, da SIC, António Pedro Valador, da RTP, e Pedro Manuel Mesquita e José Luís Ramos Pinheiro, da Rádio Renascença. Os jornalistas foram condecorados com o Grau Medalha da Ordem de Timor-Leste, “que visa distinguir personalidades nacionais e internacionais que serviram a nação timorense em prol do reforço da ordem social e cujas acções contribuíram de modo significativo para a paz e estabilidade nacional”. A força da resistência Em declarações aos jornalistas após a cerimónia, que decorreu no Palácio Presidencial Nicolau Lobato, em Díli, José Ramos Pinheiro referiu que a resistência timorense foi “algo muito especial e muito diferente” que “se foi impondo à realidade”. “Não foi a agenda internacional que impôs esta situação, foi a situação descoberta por poucos jornalistas […] que impuseram a situação à agenda internacional”, disse o antigo director de informação e actual gerente do Grupo Renascença Multimédia. Para José Ramos Pinheiro, esta distinção “é uma forma de o jornalismo ser associado àquilo que é o sucesso de um caso como este que, como disse o secretário-geral das Nações Unidas, talvez já não fosse possível nos dias de hoje”. Por seu lado, Paulo Nogueira destacou que a Lusa só fez o seu trabalho e que “os heróis aqui são os timorenses”. “Nós, na Lusa, só fizemos o nosso trabalho, os timorenses é que lutaram, eles é que tiveram coragem para resistir durante 24 anos numa situação de grande ameaça e de grande violência para dizerem que queriam ser independentes”, sublinhou. Sobre a evolução de Timor-Leste em 25 anos, o jornalista da Lusa referiu que “um país não se constrói de um dia para o outro”, mas, tendo em conta que “começou praticamente do chão pela destruição das infraestruturas após o referendo”, “as diferenças são imensas”. “Este é o país que os timorenses querem e por isto lutaram, para serem livres, para serem independentes, para escolherem o seu caminho. É isso que eles estão a fazer e, portanto, está tudo bem”, disse Paulo Nogueira. Em 30 de Agosto de 1999, apesar da violência perpetrada pelas milícias que apoiavam a integração, 344.580 das 446.666 pessoas registadas escolheram a independência do país e consequentemente o fim da ocupação da Indonésia, que invadiu Timor-Leste em 07 de Dezembro de 1975. Com o resultado do referendo, a Indonésia abandonou Timor-Leste, com as milícias pró-indonésias a deixarem um rasto de horror e violência, tendo entrado a autoridade de transição das Nações Unidas, que geriu o país até à restauração da independência, em 20 de maio de 2002.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Biden desejoso de falar com Xi nas próximas semanas O Presidente dos EUA, Joe Biden, está desejoso de conversar com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, nas próximas semanas, disse ontem o enviado dos EUA, Jake Sullivan, aos jornalistas. “O Presidente Biden aguarda com expectativa a oportunidade de voltar a falar consigo nas próximas semanas”, disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca ao Presidente chinês durante uma reunião em Pequim. Na quarta-feira, a Casa Branca anunciou que o Presidente dos EUA e o seu homólogo chinês deverão conversar telefonicamente nas próximas semanas, depois de trabalhos de preparação diplomáticos, anunciou ontem a Casa Branca. Ontem, o Presidente chinês recebeu o conselheiro de segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, a quem transmitiu que o empenho da China em manter relações “estáveis, saudáveis e sustentáveis” com os Estados Unidos mantém-se como “uma prioridade”. “O empenho da China em manter relações estáveis, saudáveis e sustentáveis com os Estados Unidos continua a ser uma prioridade. Esperamos que os Estados Unidos trabalhem na mesma direcção que a China”, acrescentou o chefe de Estado. “A China e os Estados Unidos devem ser responsáveis perante a história e uma fonte de estabilidade para a paz mundial”, afirmou Xi Jinping, segundo uma breve declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Sullivan, que efectua a primeira visita à China de um conselheiro de segurança dos EUA em oito anos, encontrou-se com o principal diplomata chinês, Wang Yi, nos últimos dias, em conversações descritas como “construtivas”, nas quais houve críticas mútuas.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | UE critica condenação de dois jornalistas A União Europeia (UE) criticou ontem a condenação de dois jornalistas independentes em Hong Kong, considerando que é “mais um sinal do enfraquecimento da liberdade da imprensa” no território administrativo chinês. Em comunicado, a porta-voz do Serviço de Ação Externa da UE Nabila Massarali condenou a decisão judicial aplicada a Chung Pui-kuen e Lam Shiu-tung, dois antigos editores do agora encerrado Stand News, um órgão de comunicação social independente que pertencia ao grupo Best Pencil (Hong Kong) Limited, também encerrado. Os dois jornalistas foram considerados culpados dos crimes de conspiração para produzir e publicar material que incita à sedição. Nabila Massarali também criticou o processo que conduziu à condenação, já que o julgamento durou 57 dias, em vez dos habituais 20.
Hoje Macau China / ÁsiaCO2 | China corta emissão em 3 mil milhões de toneladas na última década A China reduziu a emissão de CO2 em 3 mil milhões de toneladas na última década, num esforço para promover o consumo verde, assinala ontem um livro branco. A economia de energia da China nos últimos dez anos foi equivalente a cerca de 1,4 mil milhões de toneladas de carvão, já que a sua reestruturação e actualização industriais e tecnologias de redução de carbono aumentaram muito a eficiência energética, segundo o livro branco intitulado “Transição Energética da China” emitido pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado, indica o diário do Povo. Controlar tanto o volume como a intensidade do uso de energia tornou-se uma medida institucional crucial do país, diz o documento. A China intensificou os esforços para melhorar a conservação e a eficiência energéticas em sectores-chave, desde a produção industrial até à construção e ao transporte. Na última década, o consumo de energia por unidade de valor agregado das empresas industriais com receita anual de 20 milhões de yuans, ou mais, caiu mais de 36 por cento. O consumo energético abrangente por unidade de produto no aço, alumínio electrolítico, cimento e vidro diminuiu em mais de 9 por cento em média. Em 2023, o valor total da produção da indústria de serviços de conservação energética ultrapassou 500 mil milhões de yuans, o dobro de 2013. Em transição Como a China atravessa o maior processo de urbanização do mundo, o país implementou padrões mais altos de eficiência energética para novos edifícios e está a avançar estavelmente no reequipamento dos edifícios existentes para economia energética, acrescenta a publicação estatal. Até ao final de 2023, a área de piso dos edifícios com eficiência energética ultrapassou 32,68 mil milhões de metros quadrados, representando mais de 64 por cento do total dos edifícios urbanos, um aumento de quase 30 pontos percentuais em relação a 2013. Edifícios com consumo de energia ultrabaixo ou quase zero ultrapassaram 43,7 milhões de metros quadrados. No final de 2023, a China tinha mais de 20,4 milhões de veículos de nova energia e quase 8,6 milhões de instalações de carregamento e mais de 450 estações de abastecimento de hidrogénio em todo o país. O consumo energético abrangente por unidade de carga para o transporte ferroviário em 2023 caiu cerca de 19 por cento face a 2013. O país também promoveu activamente modelos verdes de consumo de energia, com esforços para incentivar o consumo de energia renovável, promover a electrificação e a transição de baixo carbono do consumo final de energia e adoptar modos de vida verdes e de baixo carbono. Tanto os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022 como os Jogos Asiáticos de Hangzhou 2023 utilizaram 100 por cento de electricidade verde, indica o livro branco.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Promovido financiamento ao longo do Rio Yangtzé Criada em 2016, a iniciativa Faixa Económica do Rio Yangtzé, pretende transformar o corredor ao longo da maior hidrovia do país numa região ecológica de sucesso O governo chinês reiterou recentemente o seu compromisso de promover o financiamento verde ao longo da Faixa Económica do Rio Yangtzé com o objectivo de apoiar o desenvolvimento verde, de baixo carbono e de alta qualidade da região. Conforme um conjunto de directrizes divulgadas por várias agências governamentais, incluindo o Banco Popular da China (banco central) e o Ministério da Ecologia e Meio Ambiente, o país fará uso total das ferramentas estruturais de política monetária e incentivará mais investimentos sociais na transformação verde e de baixo carbono da região económica, indica o Diário do Povo. As instituições financeiras e as empresas ao longo da região serão orientadas a emitir títulos verdes de acordo com os padrões nacionais e internacionais, facilitando a participação global na transição de baixo carbono do país, de acordo com as directrizes. As empresas verdes e de baixo carbono elegíveis terão permissão para obter financiamento através de formas como ofertas públicas iniciais, refinanciamento e fusões e aquisições. O país usará o seu fundo nacional de desenvolvimento verde para impulsionar a redução da poluição, a restauração ecológica e o desenvolvimento de redes de transporte verde e energia limpa ao longo da região económica, acrescenta a publicação estatal. Boas intenções A China lançou a iniciativa da Faixa Económica do Rio Yangtzé no início de 2016, com o objectivo de transformar a região numa faixa dourada com uma ecologia mais bonita, redes de transporte mais fluidas, uma economia mais coordenada, um mercado mais bem integrado e uma quantidade maior de mecanismos científicos. O rio Yangtzé é a maior hidrovia da China, com mais de 6.300 quilómetros de extensão, passando por 11 regiões de nível provincial antes de desaguar no Mar do Leste da China. Várias potências económicas, megacidades e grandes áreas produtoras de arroz da China estão localizadas dentro e ao redor da bacia do rio.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio | Pequim verifica se algum dos seus aviões violou espaço aéreo japonês A China divulgou ontem estar a “verificar” se algum dos seus aviões militares violou na segunda-feira o espaço aéreo do Japão, como acusou Tóquio, apelidando a acção como uma “grave violação” da sua soberania. “As autoridades chinesas competentes estão em processo de investigação e verificação”, informou Lin Jian, porta-voz da diplomacia chinesa, quando questionado sobre o assunto. Um dia após o incidente junto às ilhas Danjo, na província de Nagasaki, o porta-voz do governo japonês, Yoshimasa Hayashi, tinha referido tratar-se além de uma “violação grave da soberania”, “uma ameaça à segurança”. “E é completamente inaceitável”, acrescentou aos jornalistas. De acordo com o Ministério da Defesa japonês, um “avião espião de reconhecimento do tipo Y-9” do exército chinês entrou no espaço aéreo japonês às 11:29 de segunda-feira, durante cerca de dois minutos. O Japão enviou caças e emitiu avisos após a incursão, mas, de acordo com a televisão pública NHK, não foi disparada qualquer arma, como foguetes sinalizadores. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Masataka Okano, convocou na segunda-feira o embaixador interino da China no país, a quem apresentou um “forte protesto”, além de solicitar medidas para evitar a repetição de tais incidentes, de acordo com um comunicado da tutela da diplomacia de Tóquio. O diplomata chinês respondeu que o assunto seria comunicado a Pequim, segundo o ministério. As autoridades chinesas não tinham comentado até agora a situação. O Japão aumentou as despesas com a defesa, adquirindo capacidades de contra-ataque e flexibilizando as regras sobre exportação de armas, além de fornecer financiamento e equipamentos, como navios de patrulha, a países da região e, em Julho, concluiu um acordo com as Filipinas.
Hoje Macau China / ÁsiaMar do Sul | Pequim rejeita acusações de Manila de destruir a paz A China rejeitou ontem as acusações das Filipinas de destruir a paz no Mar do Sul da China, considerando que o “rótulo” utilizado pelo ministério da Defesa filipino não pode ser aplicado. Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, sublinhou que os países da região sabem claramente que a China não é culpada pela instabilidade. “Quem está realmente a infringir e a provocar no Mar do Sul da China? Quem está a introduzir forças externas, minando a paz e a estabilidade regionais?”, questionou. Lin instou as Filipinas a “reconhecerem a raiz do problema, a evitarem provocações e a não continuarem com falsas acusações”, notando que qualquer tentativa de inverter a verdade irá aumentar as tensões na região. A China garantiu ontem que a sua guarda costeira agiu “legal e profissionalmente” depois de Manila ter relatado que um navio filipino foi atacado com canhões de água pelas forças chinesas no Mar do Sul da China. O secretário da Defesa das Filipinas acusou na segunda-feira a China de ser “o maior perturbador” da paz no Sudeste Asiático e apelou a uma censura internacional mais forte contra Pequim. Gilberto Teodoro Jr. falava numa conferência militar internacional organizada em Manila, tendo depois acrescentando aos jornalistas que as declarações internacionais de preocupação contra as acções da China em águas disputadas e noutros locais “não eram suficientes”. “O antídoto é uma acção multilateral colectiva mais forte contra a China”, disse Teodoro, afirmando que os diplomatas e as autoridades de defesa deveriam aplicar medidas mais fortes. Entretanto, os Estados Unidos admitiram ontem a possibilidade de escoltar navios filipinos, dependendo de consultas no âmbito do Tratado de Defesa Mútua de 1951 dos aliados, segundo o chefe do Comando Indo-Pacífico norte-americano, Samuel Paparo. A hipótese foi avançada durante uma conferência de imprensa, em Manila, com a presença do chefe das Forças Armadas das Filipinas, general Romeo Brawner Jr. “Certamente, no contexto das consultas”, respondeu quando questionado sobre a hipótese de escolta, referindo ser “inteiramente razoável dentro do Tratado de Defesa Mútua, através desta estreita aliança” entre os dois países, sem dar mais detalhes. Mar agitado A chegada ao poder de Ferdinand Marcos Jr. fez aumentar a pressão diplomática de Manila para recuperar a sua soberania marítima através, nomeadamente, das denúncias públicas de presença chinesa em águas disputadas. As Filipinas acusaram no sábado a China de disparar duas vezes foguetes de aviso contra um dos seus aviões de patrulha civil sobre ilhotas disputadas no mar do Sul da China. Na sexta-feira, Pequim tinha anunciado contramedidas contra aviões militares filipinos acusados de terem entrado no seu espaço aéreo nas proximidades do recife de Subi em 22 de Agosto, também reivindicado por Manila. O Mar do Sul da China recebe cerca de 30 por cento do comércio global e abriga 12 por cento dos pesqueiros mundiais, além de possuir potenciais depósitos de petróleo e gás.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Pequim quer discussões “substantivas” com conselheiro de Biden A China quer discussões “substantivas” com os Estados Unidos, afirmou ontem o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, antes do encontro com o conselheiro de segurança do Presidente norte-americano, num contexto de tensões bilaterais e regionais. Jake Sullivan chegou ontem à China, naquela que é a primeira visita de um conselheiro de segurança nacional da Casa Branca desde 2016. “Como sempre, espero que este intercâmbio não seja apenas estratégico, mas também substantivo e construtivo”, afirmou Wang Yi. Por seu lado, o responsável norte-americano afirmou-se “impaciente” para iniciar as conversações, indicando que serão abordadas várias questões. “Aquelas nas quais concordamos e aquelas (…) em que ainda existem divergências”, indicou. Jake Sullivan e Wang Yi encontraram-se cinco vezes nos últimos 18 meses, incluindo uma vez em Washington e outra durante a cimeira de Novembro entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Califórnia (EUA). As relações bilaterais entre os dois países continuam tensas, com obstáculos devido a disputas comerciais, às querelas no Mar do Sul da China e à questão de Taiwan, território reivindicado pela China. A visita de Sullivan, que se prolonga até amanhã, decorre numa altura em que o Japão, signatário de um tratado de segurança com os Estados Unidos, acusou a China de “grave violação” da sua soberania depois de um avião ter entrado no seu espaço aéreo. Por seu lado, as Filipinas, ligadas aos Estados Unidos por um tratado de defesa mútua, acusaram Pequim de ser o “maior perturbador” da paz na região. A China já respondeu negando as acusações.
Hoje Macau China / ÁsiaMadeira / Incêndios | Timor-Leste concede donativo de 2,2 milhões de euros O Governo de Timor-Leste aprovou ontem um donativo de 2,2 milhões de euros de apoio à Madeira, segundo o comunicado do Conselho de Ministros. O projecto de resolução foi apresentado pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e o donativo tem como objectivo apoiar a “recuperação dos danos causados pelo incêndio”. “O Governo da República Democrática de Timor-Leste, no espírito de solidariedade e compromisso com a cooperação entre os povos, expressa o seu apoio ao povo irmão português e à população da ilha da Madeira, concedendo este donativo para auxiliar na recuperação dos danos causados pelos incêndios”, salienta o Governo timorense no comunicado. O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou a 14 de Agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Na terça-feira, ao fim de 13 dias, a protecção civil regional indicou que o fogo estava “totalmente extinto”. Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida. Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa. O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infra-\estruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais. A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.