Hoje Macau China / ÁsiaTailândia adverte forças birmanesas contra qualquer violação da fronteira A Tailândia advertiu na sexta-feira que não permitirá qualquer violação do seu território, na sequência de combates junto à fronteira com Myanmar, cujos militares confirmaram a retirada das tropas governamentais de uma cidade fronteiriça estratégica. “Os nossos soldados estão de guarda ao longo da fronteira, mostrando que estamos prontos a proteger e a não permitir que ninguém viole a nossa soberania”, disse o chefe da diplomacia tailandesa, Parnpree Bahiddha-Nukara. As forças da União Nacional Karen (KNU), que combatem os militares no poder na antiga Birmânia, anunciaram na quinta-feira que as tropas governamentais tinham abandonado Myawaddy, uma cidade estratégica para o comércio com a Tailândia. Cerca de 200 soldados birmaneses deixaram a cidade para se refugiarem numa ponte que a liga a Mae Sot, disse o porta-voz do KNU, Padoh Saw Taw Nee, à agência francesa AFP. O porta-voz da Junta Militar, Zaw Min Tun, confirmou aos meios de comunicação birmaneses na quinta-feira à noite que os soldados “tiveram de se retirar”, invocando a segurança das suas famílias. Zaw Min Tun disse à televisão britânica BBC que as autoridades birmanesas e tailandesas estavam em conversações sobre os soldados governamentais, mas sem precisar o número de militares em causa. Reconheceu também que alguns combatentes do KNU tinham entrado em Myawaddy, sem dar mais pormenores. “A Tailândia deixou bem claro que não permitirá que ninguém viole o seu território, que não o aceitará”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês aos jornalistas em Mae Sot, junto à fronteira com Myanmar. Mar de gente Centenas de birmaneses têm-se dirigido à fronteira nos últimos dias para fugir aos combates. A Tailândia tem uma fronteira de 2.400 quilómetros com Myanmar, onde um golpe militar em 2021 reacendeu o conflito com as minorias étnicas. A situação tinha acalmado na sexta-feira de manhã junto ao rio Moei, que separa os dois países do Sudeste Asiático, constataram jornalistas da AFP no local. Uma fonte do KNU disse que os seus combatentes e as Forças de Defesa do Povo aliadas tinham entrado em confronto com o exército em Kawkareik, a cerca de 40 quilómetros de Myawaddy, sem dar mais pormenores. Fontes militares disseram à AFP que a junta birmanesa estava a enviar reforços para Myawaddy.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Mais de 1.000 detidos em operações antifraude A polícia de Hong Kong deteve 1.121 pessoas suspeitas de pertencerem a redes criminosas que roubaram 2,2 mil milhões de dólares de Hong Kong em fraudes telefónicas e na Internet. A operação “Plano de Ataque” decorreu entre 25 de Março e 11 de Abril, disse na sexta-feira à noite (hora local) a polícia da região. Os alegados autores foram acusados de vários crimes de branqueamento de capital, conspiração para defraudar e obtenção de bens através de fraude. De acordo com a polícia, 768 homens e 353 mulheres, com idades compreendidas entre os 14 e os 89 anos, foram detidos em ligação a 952 casos de fraude e crimes tecnológicos, principalmente relacionados com o comércio ou o investimento. O inspector-chefe Tang Kwok-hin, do departamento de cibersegurança e crimes tecnológicos, apelou ao público para utilizar a aplicação “Scameter”, desenvolvida pela polícia e que detecta números de telefone e páginas da Internet fraudulentos. Nos últimos anos, Hong Kong, região vizinha de Macau, adoptou medidas mais rigorosas para combater o branqueamento de capitais, com penas que podem ir até 14 anos de prisão. A polícia de Hong Kong registou um aumento de casos de fraude no ano passado, com 39.824 casos que envolveram perdas de 9,1 mil milhões de dólares de Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Duas empresas dos EUA sancionadas por venda de armas A China anunciou a imposição de sanções contra duas empresas norte-americanas por causa da venda de armas a Taiwan. As sanções implicam o congelamento dos activos da General Atomics Aeronautical Systems e da General Dynamics Land Systems na China e a interdição de entrada no país de membros da direcção das duas empresas. “As vendas contínuas de armas dos Estados Unidos à região chinesa de Taiwan violam gravemente o princípio ‘Uma só China’ (…), interferem nos assuntos internos chineses e minam a soberania e a integridade territorial” do país, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado, sem avançar pormenores sobre o alegado envolvimento das empresas no fornecimento de armas à ilha. A General Dynamics opera meia dúzia de jactos executivos e desenvolve operações em serviços de aviação na China, que continua fortemente dependente da tecnologia aeroespacial estrangeira, mesmo quando tenta construir uma presença própria no sector. A empresa também ajuda no fabrico do tanque Abrams, que está a ser comprado por Taiwan para substituir equipamento obsoleto. A General Atomics produz os veículos aéreos não tripulados (drones) Predator e Reaper, usados pelas Forças Armadas norte-americanas. As sanções foram decretadas ao abrigo da lei de combate sanções estrangeiras, recentemente promulgada por Pequim, para retaliar contra restrições financeiras e de viagem impostas pelos EUA a funcionários chineses acusados de violações dos Direitos Humanos na China e em Hong Kong. As entidades detidas a 100 por cento pela General Dynamics estão registadas em Hong Kong.
Hoje Macau China / ÁsiaMédio Oriente | China expressa “profunda preocupação” com agravamento de tensões A China expressou “profunda preocupação” com o agravamento da situação no Médio Oriente, após o ataque do Irão contra Israel, e pediu “calma e contenção”. 99 por cento dos mísseis e drones lançados por Teerão foram interceptados, não causando grandes danos Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês manifestou preocupação “com a actual escalada da situação” na região e apelou a “todas as partes para que exerçam a calma e a contenção”. O Irão lançou no sábado à noite um ataque com ‘drones’ contra Israel “a partir do seu território”, confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão. As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 1 de Abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios. “Esta é a mais recente manifestação das repercussões do conflito em Gaza. A prioridade máxima é a aplicação efectiva da Resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU e o fim do conflito em Gaza o mais rapidamente possível”, indicou o comunicado de Pequim. A China deixou ainda um apelo à comunidade internacional, “especialmente aos países influentes”, para que desempenhem “um papel construtivo na manutenção da paz e da estabilidade regionais”. O Conselho de Segurança da ONU realizou ontem uma sessão de emergência, a pedido de Israel, para discutir os ataques iranianos de sábado à noite. Na semana passada, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, condenou “de forma veemente” o ataque atribuído por Israel ao consulado iraniano em Damasco. Numa conversa com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Wang pediu ainda respeito pela soberania do Irão e da Síria e sublinhou “a inviolabilidade” das instituições diplomáticas. A China reiterou que a recente escalada das tensões é “uma extensão” do conflito na Faixa de Gaza e que a “prioridade imediata” é “acalmar a situação” na região. Pequim tem manifestado apoio à “causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos e interesses legítimos” e à solução de dois Estados, ao mesmo tempo que manifesta consternação pelos ataques contra civis por parte de Israel. Ataque bloqueado O Corpo de Guardas da Revolução do Irão, o exército da República Islâmica, lançou um ataque “em grande escala” com drones e mísseis contra Israel, anunciou a televisão estatal iraniana. “Em resposta aos numerosos crimes cometidos pelo regime sionista, incluindo o ataque à secção consular da embaixada da República Islâmica do Irão em Damasco e o martírio de um grupo de comandantes militares e conselheiros do nosso país na Síria, a força aérea da Força Aeroespacial do Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica disparou dezenas de mísseis e drones contra alvos específicos dentro dos territórios ocupados”, disse a televisão estatal citando o departamento de relações públicas dos Guardas. Israel, com a ajuda dos principais aliados ocidentais, incluindo os EUA, o Reino Unido e a Jordânia, afirmou ter interceptado cerca de 99 por cento dos lançamentos durante o ataque em massa, mas acrescentou que alguns mísseis balísticos chegaram a Israel, danificando a base aérea de Nevatim, no sul de Israel.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Exportações caíram em Março, depois de subidas em Janeiro e Fevereiro As exportações chinesas sofreram uma contracção em Março, depois de terem crescido nos dois primeiros meses do ano, expondo o desequilíbrio na recuperação da segunda maior economia mundial após a pandemia. Os dados aduaneiros divulgados na sexta-feira mostram que as exportações diminuíram 7,5 por cento, em Março, em relação ao período homólogo, enquanto as importações caíram 1,9 por cento. Ambos os valores ficaram aquém das expectativas dos analistas. No período entre Janeiro e Fevereiro, as exportações aumentaram 7,1 por cento, em termos homólogos, enquanto as importações subiram 3,5 por cento. A China, a segunda maior economia do mundo, registou um excedente comercial de 58,55 mil milhões de dólares em Março. O excedente nos primeiros dois meses do ano foi de 125 mil milhões de dólares. O declínio das exportações reflectiu, em parte, uma base de comparação mais elevada com Março de 2023, quando as exportações aumentaram 14,8 por cento, à medida que a economia reabriu após ter definhado, sob a política de ‘zero casos’ de covid-19. A economia abrandou a médio prazo, em parte devido a uma crise no sector imobiliário. O enfraquecimento das exportações é mais um entrave ao crescimento. “Pensamos que os volumes de exportação aumentarão mais lentamente este ano, dado que o consumo nas economias desenvolvidas está a arrefecer e que o estímulo suscitado pela queda acentuada dos preços das exportações do ano passado está a desaparecer”, afirmou Zichun Huang, economista da Capital Economics para a China, numa nota. Huang disse que as importações provavelmente ganharão impulso, já que o aumento das despesas do Governo impulsiona a demanda. Época de saldos Um inquérito oficial aos gestores de compras das fábricas em Março mostrou que a actividade industrial se expandiu pela primeira vez em seis meses. O inquérito revelou uma expansão das novas encomendas de exportação pela primeira vez em quase um ano. A China estabeleceu um objectivo de crescimento económico de cerca de 5 por cento para este ano, uma ambição que exigirá mais apoio político, segundo os economistas. Os últimos dados desmentem as preocupações de que a China possa aumentar as suas exportações para ajudar a atingir o seu objectivo de crescimento, aumentando o excesso de capacidade em muitas indústrias. O aumento dos envios de veículos eléctricos para a Europa fez soar o alarme sobre a possibilidade de as viaturas eléctricas fabricadas na China poderem vir a substituir os produzidos pelos fabricantes locais. Os exportadores têm vindo a reduzir os preços para aumentar as suas vendas no estrangeiro, mas com o aumento das perdas, a capacidade dos fabricantes para reduzir os preços está a diminuir, disse Huang.
Hoje Macau China / ÁsiaRepórteres sem Fronteiras | Representante impedida de entrar em HK A Repórteres sem Fronteiras (RSF) declarou que um dos seus representantes teve entrada recusada em Hong Kong, onde pretendia assistir ao processo do empresário pró-democracia Jimmy Lai, que está detido. A representante da RSF, Aleksandra Bielakowska, baseada em Taipé, teve a entrada negada no aeroporto internacional de Hong Kong, onde pretendia “reunir com jornalistas e seguir uma audiência no processo de Jimmy Lai”, segundo a organização não-governamental. Bielakowska foi “detida durante seis horas, revistada e interrogada (…), antes de ser expulsa do território”, especificou-se no texto. Esta foi a primeira vez que um representante dos RSF teve a entrada recusada no território ou foi detido à chegada a Hong Kong. A RSF está “consternada por este tratamento inaceitável”, declarou Rebecca Vincent, dirigente da organização em comunicado. “Nunca testemunhámos esforços tão flagrantes das autoridades para se subtraírem ao exame dos processos judiciais”, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Primeiro-ministro e líder do partido no poder demitem-se O primeiro-ministro e o líder do partido no poder na Coreia do Sul demitiram-se ontem, depois da derrota do Partido do Poder Popular nas legislativas, deixando o Presidente numa posição difícil até ao final do mandato O primeiro-ministro Han Duck-soo “manifestou a intenção de se demitir”, disse um funcionário presidencial aos jornalistas, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Também o líder do Partido do Poder Popular (PPP) pediu “desculpas ao povo por não ter sido escolhido”. “Assumo toda a responsabilidade pelos resultados das eleições e vou demitir-me do cargo”, declarou à imprensa Han Dong-hoon. Os principais conselheiros do Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, igualmente do PPP, estão a considerar demitir-se após a derrota eleitoral, informaram meios de comunicação social sul-coreanos, incluindo a Yonhap. Com a maior parte dos votos contados, o Partido Democrático, principal partido da oposição, e o partido satélite deste, deverão ter conquistado um total de 175 lugares na Assembleia Nacional, composta por 300 membros. Um outro pequeno partido liberal da oposição deverá obter 12 lugares, de acordo com os ‘media’ sul-coreanos. Já o PPP e o partido satélite deverão ter alcançado 109 lugares. Ventos liberais Os resultados das eleições de quarta-feira representam um golpe político para Yoon, fazendo recuar a agenda interna do líder e deixando-o perante uma ofensiva política cada vez mais intensa da oposição liberal durante os três anos que lhe restam no cargo, escreveu a agência de notícias Associated Press (AP). Numa reacção aos resultados, Yoon Suk-yeol prometeu reformas: “Honrarei humildemente a vontade do povo expressa nas eleições gerais, reformarei os assuntos do Estado e farei o meu melhor para estabilizar a economia e os meios de subsistência das pessoas”, disse o dirigente, de acordo com o chefe de gabinete Lee Kwan-sup. O resultado significa que as forças liberais da oposição vão alargar o controlo do parlamento, embora seja possível que não consigam alcançar a maioria de 200 lugares que lhes confere poderes legislativos para anular vetos e até mesmo destituir o Presidente, indicou a AP. Na Coreia do Sul, o poder executivo está fortemente concentrado no Presidente, mas o primeiro-ministro é o segundo responsável e dirige o país em caso de incapacidade do chefe do Estado. A eleição de quarta-feira foi vista como um voto de confiança a meio do mandato de Yoon, um antigo procurador de topo que assumiu o cargo em 2022. Yoon tem feito pressão para impulsionar a cooperação com os Estados Unidos e o Japão de forma a enfrentar uma combinação de desafios económicos e de segurança. Mas o Presidente sul-coreano tem-se debatido com baixos índices de aprovação no país e com um parlamento controlado pela oposição liberal.
Hoje Macau China / ÁsiaInflação | Taxa volta a abrandar e fixa-se em 0,1% em Março O principal indicador da inflação chinesa subiu 0,1 por cento em Março, em termos homólogos, abrandando novamente após ter subido 0,7 por cento em Fevereiro, no que constituiu a maior recuperação em quase um ano no contexto de tendência deflacionista. O índice de preços no consumidor (IPC), divulgado ontem pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE), ficou também abaixo das expectativas dos analistas, entre os quais a previsão mais generalizada apontava para uma subida de 0,4 por cento, em termos homólogos. Numa base mensal, os preços no consumidor caíram 1 por cento, a maior descida num só mês desde Março de 2020, quando caíram 1,2 por cento. Os especialistas esperavam que o IPC registasse uma contracção de 0,5 por cento em relação ao valor de Fevereiro. O estatístico do GNE Dong Lijuan atribuiu a situação ao “declínio sazonal da procura dos consumidores” por alimentos ou serviços turísticos, após o período de férias do Ano Novo Lunar. O analista governamental sublinhou que o IPC subjacente – uma medida que exclui os preços dos alimentos e da energia devido à sua volatilidade – subiu 0,6 por cento em Março em termos anuais, “mantendo um aumento moderado”.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim acusa EUA e Japão de difamação após reverem aliança Pequim acusou ontem os Estados Unidos e o Japão de “difamação”, após o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, terem anunciado a maior revisão da aliança militar entre os dois países em 65 anos. “Os Estados Unidos e o Japão ignoraram as graves preocupações da China. Difamaram e atacaram a China relativamente a Taiwan e às questões marítimas, interferindo gravemente nos assuntos internos da China”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa. Para Pequim, as relações entre Washington e Tóquio “não devem ter como alvo ou prejudicar os interesses de outros países, nem minar a paz e a estabilidade regionais”. A reestruturação do comando militar dos EUA no Japão marca a maior actualização da aliança de segurança entre Tóquio e Washington desde a entrada em vigor do tratado de defesa mútua, de 1960, e surge numa altura em que ambos os países procuram conter a ascensão da China. “A China opõe-se firmemente àqueles que se agarram à mentalidade da Guerra Fria ou a palavras e actos que apenas criam e intensificam conflitos e prejudicam a segurança e os interesses estratégicos de outros países”, afirmou. Biden e Kishida sublinharam que a sua posição sobre Taiwan permanece “inalterada” e reiteraram “a importância de manter a paz e a estabilidade no Estreito [de Taiwan] como um elemento indispensável da segurança e prosperidade globais”. Mao disse que “Taiwan é um assunto puramente interno da China” que “não permite qualquer interferência de forças externas”. “Exortamos os Estados Unidos a implementar a promessa do Presidente Biden de que não apoiará a ‘independência’ da ilha”, disse.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Microsoft investe 2,9 mil milhões em Inteligência Artificial A tecnológica norte-americana Microsoft vai investir 2,9 mil milhões de dólares para expandir as infra-estruturas de Inteligência Artificial (IA) no Japão, informou ontem a emissora nipónica NHK. Revelado na terça-feira em Washington e planeado para os próximos dois anos, este investimento contempla ainda a expansão da armazenagem de dados em nuvem e o estabelecimento do primeiro centro de investigação da empresa no país asiático. A aposta da gigante tecnológica passa por expandir a crescente procura de serviços de IA generativa no Japão e vem ampliar um acordo existente entre a Microsoft e Tóquio. Este será o investimento mais significativo da empresa norte-americana no Japão, expandindo as instalações da empresa na capital, Tóquio, (centro) e em Osaka (oeste), para aumentar a capacidade de processamento de informações dos centros de dados essenciais para a IA generativa e introduzir semicondutores de IA de próxima geração, informou a NHK. O presidente da Microsoft, Brad Smith, fez o anúncio durante uma reunião com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na qual foi ainda abordada uma cooperação mais estreita em matéria de cibersegurança e partilha de informações em caso de ciberataques. “A colaboração com empresas globais com infra-estruturas digitais é importante para a indústria japonesa no seu conjunto. Aguardo com expectativa a continuação da cooperação”, afirmou Kishida, que se encontra em Washington em visita oficial. Smith acrescentou que “o Japão tem uma enorme base tecnológica” e que a IA pode constituir uma oportunidade face ao envelhecimento da população, tornando este investimento “essencial para o seu desenvolvimento”.
Hoje Macau China / ÁsiaMigrações | Tailândia vai receber 100 mil refugiados de Myanmar O ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia anunciou ontem que o país está prestes a receber 100 mil refugiados birmaneses na sequência da intensificação dos combates entre o exército e a oposição pelo controlo de uma cidade fronteiriça. A Tailândia partilha uma fronteira de 2.400 quilómetros com Myanmar (antiga Birmânia), um país mergulhado no caos desde 2021, quando uma junta militar tomou o poder através de um golpe de Estado que derrubou o Governo democraticamente eleito. O clima de guerra civil intensificou-se nos últimos meses e as forças que se opõem aos militares avançaram para várias áreas anteriormente pacíficas deste país do Sudeste Asiático. No fim-de-semana, a imprensa local noticiou intensos combates entre o exército birmanês e grupos contrários à junta militar perto da cidade birmanesa de Myawaddy, separada da cidade tailandesa de Mae Sot por um rio. Ao longo da fronteira entre a Tailândia e Myanmar são registados frequentemente combates e dezenas de birmaneses refugiam-se na Tailândia por tempo indeterminado. “Estamos, há algum tempo, em preparação e podemos acomodar temporariamente cerca de 100 mil pessoas na zona de segurança tailandesa”, avançou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, Parnpree Bahiddha-Nukara. Embora não esteja em curso nenhuma “retirada de pessoas em massa”, há muitas já a atravessar a fronteira, referiu o ministro, acrescentando que a fronteira continua aberta e o comércio ainda se efectua entre Mae Sot e Myawaddy. Na terça-feira, o primeiro-ministro da Tailândia, Srettha Thavisin, reuniu-se com vários responsáveis do Governo para discutirem a questão da fronteira. “O primeiro-ministro está preocupado com a possibilidade de a situação piorar”, admitiu Parnpree Bahiddha-Nukara.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Sondagens dão vitória expressiva da oposição nas eleições O Partido Democrático, principal força da oposição, poderá aumentar a maioria no parlamento sul-coreano após as eleições legislativas de ontem, segundo sondagens à boca da urna divulgadas pelas televisões sul-coreanas O maior partido da oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático (PD), deverá reforçar a sua presença no parlamento depois do que aparenta ter sido uma vitória expressiva nas eleições legislativas, segundo as sondagens à boca das urnas. Até ao fecho desta edição, as autoridades ainda estavam a contar os votos, sem terem sido anunciados os resultados finais. De acordo com as previsões, o conjunto dos partidos da oposição poderá obter uma “super maioria” de pelo menos 200 lugares em 300 na Assembleia Nacional, noticiou a agência francesa AFP. A confirmar-se, será suficiente para contrariar o poder de veto do Presidente conservador, Yoon Suk-yeol, ou mesmo para o destituir. As sondagens anteriores às eleições mostravam o partido de Yoon, o Partido do Poder Popular PPP), ligeiramente atrás do PD, que detém actualmente 142 dos 300 lugares na Assembleia Nacional. O PD (centro-esquerda), de Lee Jae-myung, e os seus partidos aliados poderão conquistar até 197 lugares, contra 156 no parlamento cessante. O PPP deverá obter entre 85 e 99 lugares, contra os actuais 114. Fim da linha Um novo partido antissistema, o Rebuilding Korea, do antigo ministro da Justiça Cho Kuk, que está a cumprir uma pena de dois anos de prisão por corrupção, da qual recorreu, deverá obter entre 12 e 14 lugares. Os analistas esperam que Cho junte forças com os democratas para formar uma “super maioria” contra o PPP, segundo a AFP. As sondagens foram realizadas pelos três principais canais de televisão da Coreia do Sul, junto de cerca de 360.000 eleitores em todo o país. A confirmarem-se, os resultados auguram um final de mandato complicado para Yoon, que foi eleito por pouco contra Lee, em 2022, e foi impedido de aplicar o seu programa de direita por falta de uma maioria parlamentar.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Xi avisa que “interferência externa” não pode impedir reunificação O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou ontem, num encontro com o antigo líder taiwanês Ma Ying-jeou (2008-2016), que a “interferência externa” não pode impedir a reunificação de Taiwan com a China. “As diferenças entre os nossos sistemas [políticos] não podem alterar o facto objectivo de pertencermos ao mesmo país e à mesma nação”, disse Xi Jinping, de acordo com um vídeo transmitido pelo canal taiwanês TVBS. “A interferência externa não será capaz de impedir a grande causa histórica do nosso encontro”, sublinhou. Xi recebeu ontem Ma Ying-jeou, responsável pela maior aproximação entre China e Taiwan desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949. O encontro emula a cimeira histórica entre os dois em Singapura, em 2015, mas num contexto diferente, devido ao aumento das tensões entre Taipé e Pequim. Ma, antigo presidente do partido Kuomintang (KMT), actualmente na oposição, está na China para uma digressão que incluiu actividades em várias cidades, incluindo Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaMissão chinesa leva três cargas de projectos internacionais à Lua A China anunciou ontem a inclusão de três cargas com componentes científicos com participação internacional na próxima missão lunar Chang’e 6, que será lançada a partir da província insular de Hainão, sul do país, nas próximas semanas. A missão Chang’e 6, que segue os passos da sua antecessora Chang’e 5, é constituída por quatro componentes: um orbitador, um módulo de aterragem, um módulo de elevação e um módulo de reentrada. O seu objectivo é recolher amostras de poeira e rochas lunares para análise na Terra, algo que até agora só foi conseguido pelos Estados Unidos, pela antiga União Soviética e pela China, mas nunca do lado da Lua não visível a partir da Terra. Entre as cargas seleccionadas está um instrumento de medição de radão da agência espacial francesa, que estudará o movimento da poeira lunar e certos compostos voláteis, informou a Administração Espacial da China. A segunda é um retro reflector laser passivo do Instituto Nacional de Física Nuclear de Itália, que servirá de telémetro laser para o módulo de aterragem Chang’e 6. O terceiro instrumento, desenvolvido pelo Instituto Sueco de Física Espacial com o apoio da Agência Espacial Europeia, será o primeiro instrumento dedicado a iões negativos enviado da Terra, procurando detectar iões negativos emitidos da superfície lunar em resultado da interação com o vento solar. Mais de 20 propostas de agências espaciais e organizações de investigação estrangeiras competiram pela oportunidade de se juntarem à missão Chang’e 6 e aterrarem no lado menos conhecido da Lua, que até agora tem sido objecto de muita especulação por parte dos cientistas. Fronteira do conhecimento Citado pelo jornal oficial China Daily Yang Yuguang, vice-presidente do Comité de Transporte Espacial da Federação Astronáutica Internacional, disse ontem que a abertura das naves espaciais de um país a cargas científicas de outras nações se tornou “prática comum” entre as potências espaciais, uma vez que a cooperação internacional pode “maximizar o valor científico” de uma missão. Está previsto que a Chang’e 6 aterre este ano na Bacia do Polo Sul-Aitken, uma região lunar que há muito intriga os cientistas. Se a missão for bem-sucedida, será a primeira vez que se obtêm amostras da face oculta, o que poderá revelar informações valiosas sobre a história do satélite natural da Terra. A mais recente sonda lunar chinesa, a Chang’e 5, viajou até à Lua em 2020, de onde recolheu 1731 gramas de amostras de solo. O programa Chang’e (nome de uma deusa que, segundo a lenda chinesa, vive na Lua) começou com o lançamento da primeira sonda em 2007. Nos últimos anos, Pequim investiu fortemente no seu programa espacial e alcançou marcos importantes, como a aterragem bem-sucedida das missões lunares referidas e a construção da sua própria estação espacial.
Hoje Macau China / ÁsiaFitch | Pequim lamenta revisão em baixa da sua dívida soberana A China considerou ontem “lamentável” a descida da perspectiva de crédito soberano da China para negativa, depois de a agência de ‘rating’ Fitch ter anunciado a alteração “É lamentável ver a Fitch baixar a perspectiva da notação de crédito soberano da China”, afirmou o Ministério das Finanças chinês, em comunicado. O ministério justifica que “os resultados mostram que o sistema de indicadores da metodologia de notação de crédito soberano da Fitch não reflecte de forma eficaz e proactiva os esforços de Pequim para promover o crescimento económico”. A Fitch baixou ontem a perspectiva para a economia chinesa para ‘negativa’, face aos “riscos crescentes” para as finanças públicas e às incertezas suscitadas pela transição para um modelo de crescimento menos dependente do imobiliário. Num comunicado publicado no seu portal, a agência referiu, porém, que mantém a notação da dívida chinesa em ‘A+’ (“alta qualidade de crédito”), atribuída quando a agência vê baixo risco de incumprimento e avalia a força das capacidades de pagamento. “Os grandes défices orçamentais e o aumento da dívida pública nos últimos anos têm vindo a reduzir as reservas orçamentais”, lê-se na avaliação. “É cada vez mais provável que a política orçamental desempenhe um papel importante no apoio ao crescimento nos próximos anos, o que poderá manter a dívida numa tendência ascendente”, acrescentou. Pequim comprometeu-se a fazer mais para impulsionar o emprego e estabilizar o mercado imobiliário, embora o Ministro da Habitação, Ni Hong, tenha admitido em Março que tal continuava a ser “muito difícil”. As empresas imobiliárias que “têm de falir têm de falir, e as que têm de ser reestruturadas têm de ser reestruturadas”, disse Hong, numa conferência de imprensa à margem da sessão anual da Assembleia Popular Nacional. Processo de reanimação A Fitch confirmou a notação de crédito da China em “A+”, uma decisão que, segundo a agência, reflecte “a economia grande e diversificada do país, as suas perspectivas de crescimento forte e contínuo do PIB em relação aos seus pares, o seu papel integral no comércio global de mercadorias, as suas finanças externas robustas e o estatuto de moeda de reserva do yuan”. No entanto, “estes pontos fortes são descompensados pela elevada alavancagem da economia, crescentes desafios orçamentais, rendimento per capita mais baixo e resultados de governação inferiores aos dos seus pares na categoria +A+”, acrescentou a agência. As autoridades chinesas estão a tentar reanimar a segunda maior economia do mundo, lutando contra uma série de factores adversos, incluindo uma crise prolongada no sector imobiliário, o aumento do desemprego dos jovens e a fraca procura mundial de produtos chineses. Os responsáveis políticos anunciaram uma série de medidas específicas, bem como a emissão de milhares de milhões de dólares de obrigações soberanas, numa tentativa de impulsionar as despesas em infra-estruturas e o consumo, mas os analistas dizem que ainda há muito a fazer. No mês passado, Pequim fixou um objectivo de crescimento económico de 5 por cento para 2024, uma meta ambiciosa que os dirigentes admitiram ser difícil de alcançar.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | Rússia e China acusam EUA de dar “carta branca” a “matança” A Rússia e a China argumentaram ontem que tentaram travar a “matança” em Gaza vetando uma resolução proposta por Washington no Conselho de Segurança da ONU que dava “carta-branca a Israel para continuar a acção desumana” no enclave. Numa sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) em que tiveram de justificar o veto que aplicaram em 22 de Março a uma resolução norte-americana que “determinava” o “imperativo de um cessar-fogo imediato e sustentado” em Gaza, a Rússia e China, ambos membros permanentes do órgão, acusaram Washington de tentar “chantagear” o Conselho de Segurança. “O documento que os nossos colegas americanos tentaram forçar o Conselho de Segurança da ONU a adoptar em 22 de Março através de intriga e chantagem não só não continha uma exigência directa a um cessar-fogo, mas na verdade emitia uma espécie de licença para matar ainda mais palestinianos”, advogou o vice-representante permanente da Rússia na ONU, Dmitriy Polyansky. “É significativo que o documento americano também tenha explicitado a possibilidade de Israel realizar operações futuras em Gaza, desde que minimize os danos aos civis. No contexto dos planos abertos de Israel para atacar Rafah e do terrível número de vítimas civis desde o início do conflito, incluindo mulheres e crianças, a proposta americana foi chocante no seu cinismo”, acrescentou. Também o embaixador chinês Dai Bing declarou que, caso fosse aprovada, a resolução norte-americana significaria a continuação da “matança em Gaza” e das “violações do direito internacional e do direito humanitário internacional”.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi Jinping recebe Sergei Lavrov em Pequim O Presidente chinês, Xi Jinping, recebeu ontem em Pequim o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, no final de uma visita de dois dias ao país asiático O encontro entre Xi e Lavrov teve lugar após uma conferência de imprensa em que o chefe da diplomacia russa e o seu homólogo chinês, Wang Yi, deram conta das conversações oficiais, que incluíram questões como os conflitos na Ucrânia e em Gaza. Os dois ministros concordaram que as relações entre Pequim e Moscovo estão mais fortes, concordaram com um alinhamento de posições sobre os principais desafios geopolíticos mundiais e sublinharam que ambos os países vão combater “comportamentos hegemónicos e intimidatórios”, em referência aos Estados Unidos. “Haverá mais intercâmbios e trabalharemos em conjunto para combater o hegemonismo. Somos contra sanções que têm como alvo países como a Rússia, mas estamos a ver que esta política está a começar a ser utilizada contra a China para limitar as suas oportunidades de desenvolvimento. Estão a fazê-lo apenas para eliminar a concorrência”, afirmou Lavrov. Wang sublinhou o “elevado” nível dos laços bilaterais: “Somos parceiros prioritários, defendemos um espírito de boa vizinhança e mantemos uma cooperação estratégica abrangente”, resumiu. O conteúdo da conversa entre Xi e o ministro russo, que já tinha discutido com o seu homólogo os dois grandes conflitos armados actuais e a estabilidade na região da Ásia -Pacífico, entre outros assuntos, não foi divulgado até ao momento. Relativamente à Ucrânia, Lavrov saudou a “posição imparcial” da China sobre a guerra, bem como “a sua vontade de desempenhar um papel construtivo” na “resolução da crise de uma forma política”. Também concordou com Wang que é “importante ter em conta as posições de todas as partes envolvidas” e sublinhou que o seu país não participará em nenhum evento internacional em que a posição da Rússia sobre a guerra não seja tida em conta. Boa vizinhança Em Fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa na Ucrânia, os presidentes da China e da Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin, respectivamente, proclamaram em Pequim a “amizade sem limites” entre as suas nações. As duas potências têm afirmado que os seus laços “não ameaçam nenhum país” e que “promovem o multilateralismo nas relações internacionais”. Desde a eclosão do conflito na Ucrânia, a China apelou ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, referindo-se à Rússia. Manter boas relações com Moscovo é vista por Pequim como crucial para contrariar a ordem democrática liberal dominada pelos Estados Unidos e países aliados. É também uma forma de assegurar estabilidade na fronteira terrestre com a Rússia, que tem mais de 4.300 quilómetros de extensão, e fornecimento estável de energia. Esta condição permite a Pequim concentrar recursos nas áreas costeiras e mares circundantes, onde os Estados Unidos mantêm várias bases militares em países aliados, segundo analistas de política externa chineses. A China quer afirmar-se como a principal potência no leste da Ásia e diluir o domínio geoestratégico norte-americano na região. A reunificação de Taiwan, localizado entre o Mar do Sul da China e o Mar do Leste da China, no centro da chamada “primeira cadeia de ilhas”, é um objectivo primordial no projecto de “rejuvenescimento da nação chinesa”, lançado pelo Presidente chinês, Xi Jinping. As reivindicações territoriais sobre Taiwan e o Mar do Sul da China suscitaram tensões entre Pequim e quase todos os países vizinhos, desde o Japão às Filipinas. A crescente assertividade da China no Indo-Pacífico levou já à formação de parcerias regionais lideradas pelos Estados Unidos, incluindo o grupo Quad ou o pacto de segurança AUKUS, que propôs esta semana a inclusão do Japão.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente da Assembleia Popular Nacional visita Coreia do Norte esta semana Um alto dirigente chinês vai chefiar uma delegação numa visita à Coreia do Norte esta semana, anunciaram ontem os dois países. Zhao Leji, presidente da Assembleia Popular Nacional (órgão máximo legislativo da China) e considerado o número três do Partido Comunista Chinês, vai visitar a Coreia do Norte entre amanhã e sábado, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. O enviado de Pequim representa a mais significativa visita, em termos do peso político de Zhai Leji, à Coreia do Norte dos últimos cinco anos, desde a visita do Presidente Xi Jinping em 2019 e a primeira de um membro do Comité Permanente do Politburo desde a pandemia. Recorde-se que Zhao é um dos sete membros do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, a cúpula do poder na China, chefiado pelo líder chinês, Xi Jinping. Não foram divulgados pormenores sobre o que foi descrito como uma visita de “boa vontade”, excepto que a delegação vai participar na cerimónia de abertura do “Ano da Amizade China – Coreia do Norte” e que a visita acontece no ano em que se celebram 75 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, ou seja, desde a fundação da República Popular da China. “Os preparativos específicos para a visita ainda estão a ser negociados”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning. Um despacho da agência noticiosa oficial da Coreia do Norte, KCNA, anunciou igualmente a viagem. Estreitar relações O líder norte-coreano, Kim Jong-un, tem vindo a insistir no reforço das parcerias com a China e a Rússia, numa tentativa de fortalecer a sua posição regional e de se juntar numa frente unida contra os Estados Unidos. Kim viajou para a Rússia em Setembro para uma cimeira com o Presidente russo, Vladimir Putin. Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e outros países acusam a Coreia do Norte de fornecer armas convencionais para a guerra da Rússia na Ucrânia, em troca de tecnologias avançadas de armamento e de outros apoios. “A China e a Coreia do Norte são bons vizinhos ligados por montanhas e rios, e os nossos dois partidos e países sempre mantiveram uma tradição de comunicação amigável”, afirmo a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. “Com os esforços conjuntos de ambas as partes, esta visita será um sucesso total e promoverá o aprofundamento e o desenvolvimento das relações entre a China e a Coreia do Norte”, acrescentou Mao Ning.
Hoje Macau China / ÁsiaChanceler alemão regressa à China para segundo encontro com Xi Jinping O chanceler alemão, Olaf Scholz, viajará no sábado para a China, onde se reunirá no dia 16 com o Presidente Xi Jinping, na sua segunda visita ao gigante asiático desde que assumiu o cargo no final de 2021. O porta-voz do Governo alemão, Steffen Hebestreit, anunciou ontem a viagem de três dias, durante a conferência de imprensa habitual do executivo, na qual sublinhou que o programa exacto de Scholz ainda está a ser “intensamente” elaborado. Um encontro com Xi, na terça-feira, dia 16, já está agendado e, mais tarde, com o primeiro-ministro, Li Qiang, com quem participará nas consultas do Comité Consultivo Económico Sino-Alemão. Hebestreit, que se recusou a comentar se Scholz considera Xi um ditador, como a sua ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, tinha afirmado no ano passado, disse que a Alemanha adopta uma abordagem “tripla” em relação a Pequim. Por um lado, a China e a Alemanha são concorrentes e rivais que têm de viver lado a lado e, por outro, são parceiros. “A China é uma potência importante, também nas questões geopolíticas, a começar pelo conflito na Ucrânia, mas também no Mar da China Meridional ou no Pacífico, e nas suas discussões com os Estados Unidos”, afirmou o porta-voz. “Tudo isto será certamente abordado pelo chanceler nas suas conversações” com Xi e Li, afirmou. Hebestreit lembrou que Scholz sempre disse que não pode haver dissociação da China da economia mundial, mas que a Alemanha deve diversificar a sua economia para além do mercado chinês, razão pela qual o chanceler viajou recentemente para o Vietname, Singapura e Indonésia. Scholz já visitou Xi em Novembro de 2022, o que faz dele o primeiro líder europeu a ver pessoalmente o Presidente chinês em mais de dois anos. Nessa reunião bilateral, que fazia parte de uma viagem muito mais curta, tanto o chanceler alemão como o Presidente chinês condenaram a ameaça de armas nucleares na Ucrânia. De acordo com meios de comunicação social como o Financial Times, em Março de 2023, Xi acabou por avisar pessoalmente o seu homólogo russo, Vladimir Putin, em Moscovo, contra a utilização de armas nucleares na Ucrânia. Agenda preenchida A visita de Scholz ocorre poucos dias depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, ter visitado Pequim, um dos aliados mais próximos de Moscovo. A Alemanha não espera qualquer mudança de posição da China, que na altura apresentou uma iniciativa de paz que não agradou nem ao Ocidente nem à Ucrânia, mas Berlim espera que Pequim “exerça a sua influência sobre a Rússia para contribuir para uma solução pacífica do conflito na Ucrânia”. O chefe do Governo alemão viajará sozinho para a China, mas em Pequim terá a companhia do ministro da Agricultura, Cem Özdemir, da ministra do Ambiente, Steffi Lemke, e do ministro dos Transportes e dos Media Digitais, Volker Wissing. A viagem acontece numa altura em que a Comissão Europeia está a investigar os subsídios aos carros eléctricos chineses e no contexto de um debate sobre possíveis tarifas, contra as quais Scholz já se pronunciou, recordou Hebestreit. Scholz, que será também acompanhado por uma delegação de empresários, deslocar-se-á à cidade central chinesa de Chongqing, onde vivem cerca de 33 milhões de cidadãos, antes de aterrar em Pequim no domingo, onde visitará uma fábrica de uma empresa alemã dedicada à produção de propulsores de hidrogénio sustentáveis. Na segunda-feira, dia 15, o chanceler alemão estará em Xangai, onde visitará uma empresa alemã de plásticos que trabalha com tecnologias verdes e sustentáveis e fará um discurso numa universidade, seguido de um debate.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Sul | Lançado segundo satélite espião militar A Coreia do Sul lançou o segundo satélite espião militar para o espaço, anunciou o Governo sul-coreano, dias depois de Pyongyang ter reiterado que irá lançar ainda este ano vários satélites de reconhecimento O lançamento do segundo satélite espião de Seul no domingo ocorre dias depois de a Coreia do Norte ter reafirmado a intenção de lançar vários satélites de reconhecimento este ano. Seul e Pyongyang lançaram, no ano passado, os primeiros satélites espiões, para aumentar a capacidade de vigilância mútua e de ataque com mísseis. A Coreia do Norte concretizou o lançamento em Novembro e a Coreia do Sul no mês seguinte. O segundo satélite espião de Seul foi lançado do Centro Espacial Kennedy, no estado norte-americano da Flórida. O Ministério da Defesa da Coreia do Sul afirmou que o satélite se separou com sucesso do foguetão, de acordo com um comunicado. O departamento governamental sul-coreano vai agora verificar se o satélite funciona correctamente através das comunicações com uma estação terrestre no estrangeiro. Ao abrigo de um contrato com a fabricante norte-americana SpaceX, a Coreia do Sul devia lançar cinco satélites espiões até 2025. O primeiro lançamento, a 1 de Dezembro, foi executado a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. Em 2022, a Coreia do Sul tornou-se a décima nação do mundo a lançar um satélite recorrendo a tecnologia própria e através de um foguetão desenvolvido internamente para colocar em órbita um aparelho denominado “satélite de observação de desempenho”. Especialistas citados pela agência de notícias norte-americana Associated Press (AP) disseram ser “económico utilizar um foguetão SpaceX para lançar um satélite espião e que a Coreia do Sul precisa de mais lançamentos para garantir a fiabilidade de um foguetão”. Olhos no céu A Coreia do Norte também quer adquirir uma rede própria de vigilância espacial para responder ao que identifica como ameaças militares colocadas pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul. Depois de dois lançamentos falhados no início de 2023, a Coreia do Norte colocou o satélite espião Malligyong-1 em órbita, a 21 de Novembro. Desde então, o país afirmou que o satélite transmitiu imagens de locais importantes nos EUA, incluindo a Casa Branca e o Pentágono, e na Coreia do Sul. No entanto, não divulgou nenhuma dessas fotografias de satélite. Peritos estrangeiros disseram duvidar que o satélite norte-coreano possa transmitir imagens de relevância militar, referiu a AP. No final de março, o vice-diretor geral da Administração de Tecnologia Aeroespacial da Coreia do Norte, Pak Kyong-su, afirmou que Pyongyang deverá lançar este ano vários outros satélites de reconhecimento. Durante uma conferência política no final de Dezembro, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, prometeu lançar mais três satélites espiões militares em 2024. A ONU proibiu a Coreia do Norte de efectuar lançamentos de satélites, considerando serem testes disfarçados de tecnologia de mísseis de longo alcance. O lançamento de Novembro agravou as tensões na península coreana, com Pyongyang e Seul a tomarem medidas que violam o acordo de 2018 para reduzir as tensões militares. Nos últimos anos, a Coreia do Norte tem estado envolvida numa série de testes de mísseis para modernizar e expandir o arsenal de armas do país, levando os Estados Unidos e a Coreia do Sul a reforçar os exercícios militares conjuntos.
Hoje Macau China / ÁsiaHK | Filial de banco estatal reclama liquidação do promotor imobiliário Shimao A filial de Hong Kong do banco estatal chinês China Construction Bank apresentou nos tribunais da região um pedido de liquidação contra a promotora de imobiliário chinesa Shimao, informou ontem a empresa. O pedido é relativo a uma obrigação no valor de cerca de 201,8 milhões de dólares, detalhou o grupo. Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a empresa informou que a referida filial, a CCB Asia, apresentou o pedido no dia 5 de Abril e disse que “opor-se-á vigorosamente” ao mesmo, enquanto continua a tentar chegar a um acordo de reestruturação com os seus credores ‘offshore’. Embora vários promotores chineses tenham enfrentado processos semelhantes, o caso da Shimao destaca-se por ser um banco estatal a iniciar as acções judiciais. Nos casos de gigantes do sector como a Evergrande ou a Country Garden foram os credores estrangeiros que iniciaram os processos. A Country Garden vai ter a primeira audiência a 17 de Maio, mas os tribunais de Hong Kong decidiram contra a Evergrande no final de Janeiro. Isto abriu um processo incerto para saber se a ordem de liquidação vai ser reconhecida na China continental, onde o grupo tem a maior parte dos seus activos, uma vez que o sistema judicial de Hong Kong é separado do da China. As acções da Shimao afundaram quase 15 por cento a meio da sessão de ontem na Bolsa de Valores de Hong Kong, aprofundando uma queda de 37 por cento desde o início do ano e de quase 99 por cento desde Agosto de 2020. Queda a pique A promotora anunciou há duas semanas que apresentou propostas aos credores para reestruturar 11,7 mil milhões de dólares de dívida emitida nos mercados internacionais através de quatro opções diferentes: obrigações de curto prazo, obrigações de longo prazo, títulos de capital convertível ou uma combinação destes instrumentos. O plano limitava a emissão de obrigações de curto prazo até seis anos a três mil milhões de dólares e a emissão de títulos de longo prazo até nove anos a quatro mil milhões de dólares. “A empresa acredita que a proposta representa uma solução razoável e realista para um acordo sobre a dívida ‘offshore’, tendo em conta as expectativas sobre as condições do mercado imobiliário na China e a posição de liquidez da empresa”, disse a Shimao na altura. O promotor entrou em incumprimento pela primeira vez em Julho de 2022, depois de ter registado uma queda anual de 72 por cento nas vendas nos primeiros cinco meses desse ano, face à crise do sector na China, o que teve grande impacto nas suas condições de liquidez e financiamento e o obrigou a lançar uma campanha de venda de activos para angariar fundos.
Hoje Macau China / ÁsiaTurismo | Gastos com viagens durante feriado Ching Ming superam 2019 As viagens e os gastos na China durante o feriado do Ching Ming (dia dos mortos) aumentaram mais de 10 por cento em relação aos níveis anteriores à pandemia da covid-19, avançaram ontem as autoridades chinesas Mais de 119 milhões de viagens domésticas foram registadas durante o feriado de três dias que terminou no sábado, marcando um aumento de 11,5 por cento em comparação com o período homólogo de 2019, de acordo com o Ministério da Cultura e Turismo da China. A receita das viagens domésticas totalizou 53,95 mil milhões de yuan, um aumento de 12,7 por cento, em relação a 2019, o último ano antes da pandemia, disse o ministério num artigo publicado ontem. A China está a apostar no turismo e no consumo para impulsionar a recuperação económica pós-pandemia, uma vez que o agravamento da crise no sector imobiliário e a fraca confiança do sector privado e dos investidores estrangeiros continuam a pesar no crescimento do país. O Ching Ming é um dia para honrar os mortos, quando os chineses costumam ir aos cemitérios para limpar os túmulos de entes queridos e depositar flores. Este ano, o festival coincidiu com uma quinta-feira, o que permitiu prolongá-lo até ao fim-de-semana. No ano passado, o feriado durou apenas um dia, tendo caído numa quarta-feira e foi o primeiro desde que a China aboliu a política de ‘zero casos’ de covid-19, que durante três anos pesou sobre a actividade económica. Mais de 23,7 milhões de viagens turísticas domésticas foram efectuadas nesse dia – um aumento de quase um quarto em relação ao ano anterior – e as receitas relacionadas com as viagens aumentaram 29 por cento, de acordo com os dados oficiais. Este ano, os turistas deslocaram-se a Pequim, Xangai e às cidades vizinhas de Nanjing, Hangzhou e Suzhou, bem como a Wuhan e Changsha, no centro da China. Outras cidades que registaram um aumento do número de visitantes foram Tianshui, na província de Gansu, no noroeste da China, que se tornou um destino de viagem popular depois de influenciadores das redes sociais terem elogiado o seu prato de sopa picante. De acordo com o ministério dos Transportes, foram feitas 16 milhões de viagens de comboio por dia, o que representa um aumento de 75,3 por cento no tráfego ferroviário médio diário em comparação com 2023. As viagens diárias de avião atingiram uma média de 1,7 milhões, um aumento de cerca de 24 por cento. A corrida às viagens, que começou um dia mais cedo, na quarta-feira, foi interrompida depois de um terramoto mortal de magnitude 7,3 em Taiwan ter provocado cancelamentos e grandes atrasos nos serviços ferroviários no leste e no sul da China continental. Os serviços voltaram ao normal no dia seguinte. Destinos de eleição Para os chineses que viajam para o estrangeiro, o Japão, Coreia do Sul, Austrália, Indonésia e os Emirados Árabes Unidos contam-se entre os destinos mais populares, de acordo com dados do sector. O mesmo aconteceu com a Tailândia, Malásia e Singapura, que recentemente celebraram acordos mútuos de isenção de vistos com a China. De acordo com o serviço de reservas Tongcheng Travel, os destinos mais populares para os viajantes estrangeiros incluem Xangai, Pequim e Cantão, bem como as cidades orientais de Hangzhou e Qingdao, Xiamen, no sudeste, e Kunming, no sudoeste. Hong Kong e Macau continuam a ser os principais destinos para os viajantes do continente que utilizam os serviços do Tongcheng, enquanto Banguecoque, Kuala Lumpur e Tóquio são populares entre os turistas que saem do país. Os três dias de férias também trouxeram benefícios para o sector do entretenimento, com o total de receitas de bilheteira a atingir um recorde de 850 milhões de yuan, segundo dados oficiais. O filme de animação do realizador japonês Hayao Miyazaki, vencedor de um Óscar, “O Rapaz e a Garça”, liderou com mais de 390 milhões de yuan, ou seja, 46 por cento das receitas.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim disponível para ajudar Timor-Leste em agricultura e indústria O chefe da diplomacia de Timor-Leste disse que a China “assumiu o compromisso” de apoiar o desenvolvimento económico em Timor-Leste, nomeadamente nos sectores das infra-estruturas, agricultura e indústria. O reforço da cooperação entre os dois países foi discutido num encontro entre o chefe da diplomacia timorense, Bendito Freitas, durante uma visita oficial à China, e o seu homólogo chinês, Wang Yi. “Durante o encontro, o Governo chinês assumiu o compromisso de apoiar o desenvolvimento económico de Timor-Leste, com especial ênfase nos sectores das infra-estruturas, agricultura e indústria. Destacou-se também o reforço da capacidade dos recursos humanos timorenses através de bolsas de estudo e formação”, refere o executivo timorense. Segundo o Governo de Díli, os dois ministros manifestaram também a “intenção de reforçar ainda mais as relações diplomáticas e a cooperação bilateral, em prol dos interesses comuns”. A China e Timor-Leste elevaram em Setembro de 2023 as relações bilaterais para uma “parceria estratégica abrangente”, o segundo nível mais alto no protocolo da diplomacia chinesa, em linha com a “Faixa e Rota”. Ajuda na ASEAN A “Faixa e Rota” é uma iniciativa lançada pela China em 2013, inspirada na antiga Rota da Seda, que se tornou no principal programa de política externa do Governo chinês, liderado pelo Presidente Xi Jinping, e à qual já aderiram 150 países. O acordo foi assinado entre o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, e o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem da cerimónia de abertura dos Jogos Asiáticos, evento multidesportivo que se realiza a cada quatro anos. Durante o encontro, foi também proposta a criação de um grupo de trabalho para a “cooperação na área da agricultura e para o desenvolvimento de infra-estruturas de Timor-Leste, bem como o aumento do intercâmbio de recursos humanos e o fortalecimento da cooperação cultural, educacional e profissional”. “A China reiterou o seu apoio à adesão plena de Timor-Leste à Associação das Nações do Sudeste Asiático e ofereceu-se também para fornecer assistência através da Iniciativa de Desenvolvimento Global”, acrescentou o Governo de Timor-Leste.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Primeiro-ministro visita EUA para reforçar laços militares O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, adiantou que pretende fortalecer a cooperação militar e de desenvolvimento de armas com Washington, na véspera de uma visita aos Estados Unidos para se encontrar com o Presidente Joe Biden “A cooperação na indústria de defesa entre o Japão e os Estados Unidos, bem como com países que pensam da mesma forma, é extremamente importante”, frisou Kishida, durante uma entrevista a meios de comunicação social estrangeiros seleccionados, incluindo a agência Associated Press (AP). Kishida salientou que o Japão espera promover a cooperação em segurança em áreas que incluem equipamentos e tecnologia de defesa, que permitam fortalecer “ainda mais” a “capacidade de dissuasão”. Na viagem aos Estados Unidos, que começa hoje a prossegue até 14 de Abril, Kishida manterá conversações com Biden na Casa Branca, na quarta-feira, seguidas por uma cimeira trilateral com o Presidente filipino Ferdinand Marcos Jr., no dia seguinte. Kishida é o primeiro líder japonês a visitar Washington como convidado de Estado desde a viagem do então primeiro-ministro Shinzo Abe, em 2015, que reviu a interpretação da Constituição pacifista do Japão para permitir que o seu princípio de autodefesa também abrangesse o seu aliado, os Estados Unidos. Desde a adopção de uma estratégia de segurança nacional mais abrangente em 2022, o Governo de Kishida tomou medidas ousadas para acelerar a construção militar do país e espera mostrar que está disposto e é capaz de elevar a sua cooperação em segurança com os Estados Unidos. Kishida prometeu duplicar os gastos com a Defesa e aumentar a dissuasão contra uma China cada vez mais assertiva, que o Japão considera uma ameaça à segurança. Unir comandos Espera-se também que os dois líderes concordem em iniciar discussões sobre o estabelecimento de um comando unificado em cada lado, visto como uma grande mudança estrutural para melhorar a interoperabilidade e capacidade de resposta. O Japão e os Estados Unidos estão a intensificar os laços de defesa com as Filipinas devido a preocupações comuns sobre o papel da China na região. Os três líderes devem discutir um fortalecimento da cooperação em segurança à medida que aumentam as tensões entre a China e as Filipinas devido às suas reivindicações territoriais rivais no mar do Sul da China. Já Biden quer mostrar nestes encontros que as três nações estão em sintonia com as suas preocupações sobre a acção cada vez mais agressiva da China contra a guarda costeira filipina e os navios de abastecimento ao largo do disputado Second Thomas Shoal, no mar da China Meridional, de acordo com fontes da administração Biden. Entre outras áreas de cooperação, como planos para aumentar o número de estudantes japoneses em universidades dos EUA, estará em discussão o espaço, esperando-se que Kishida e Biden confirmem a participação do Japão no programa lunar Artemis da NASA e sua contribuição de um veículo espacial lunar desenvolvido pela Toyota Motor Corp.