Hoje Macau China / ÁsiaAcidente | Quatro mortos e nove desaparecidos após explosão em mina Quatro pessoas morreram e outras nove continuam desaparecidas após uma explosão numa mina de carvão no sudoeste da China causada por uma fuga de gás, informou ontem a agência noticiosa oficial Xinhua. O acidente ocorreu na noite de segunda-feira, na cidade de Panzhou, província de Guizhou, detalharam as autoridades locais, citadas pela agência. As equipas de salvamento continuam a trabalhar para resgatar os nove mineiros desaparecidos. As minas de carvão na China, consideradas na última década as mais perigosas do mundo, registaram o ano passado 219 acidentes, dos quais resultaram 375 mortos, uma descida de 28,7 por cento face a 2016 e 20 vezes menos do que os registados há uma década. O pior ano deste século foi 2003, quando se contabilizaram 6.990 mortes nas minas do país. O encerramento de minas ilegais, muitas delas de pequena dimensão, e o aumento das acções de fiscalização contribuíram para a queda no número de vítimas mortais. Cerca de dois terços da energia consumida na China continuam a assentar no carvão
Hoje Macau China / ÁsiaChina entrega plano para construir túnel ferroviário até Taiwan [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]estudo para construir o mais longo túnel do género no mundo, com 135 quilómetros debaixo do mar, surge num período de crescentes tensões entre Pequim e o Governo de Taiwan. Alguns analistas consideram, no entanto, que a China poderá começar a trabalhar no projecto de forma unilateral. “Será um dos maiores e mais desafiantes projectos de engenharia civil do século XXI”, disse um dos cientistas do Governo chinês ao SCMP, que não refere o seu nome, por se tratar de um “projecto sensível”. A ideia de um túnel a ligar o continente chinês e Taiwan já tem um século, mas só agora cientistas e engenheiros chegaram a um consenso sobre a melhor forma de materializar o projecto. O túnel começaria em Pingtan, na província de Fujian, leste da China, e atingiria 200 metros de profundidade, atravessando espessas camadas de rocha, incluindo granito extremamente duro, e com pelo menos dois desvios de falhas geológicas, regressando à superfície em Hsinchu, uma cidade costeira próxima de Taipé. A construção seria três vezes e meio mais longa do que o Canal da Mancha, que liga França ao Reino Unido, e foi concluído em 1994. O projecto chinês teria características comuns àquela construção, consistindo em três túneis individuais, segundo o SCMP. Dois dos túneis seriam usados por comboios em direcções opostas, enquanto uma terceira passagem, no meio, iria alojar linhas eléctricas, cabos de comunicação e saídas de emergência. O plano inclui ainda a criação de um par de ilhas artificiais a meio do trajecto, onde seria instalada uma estação de tratamento do ar, que canalizaria ar fresco para dentro do túnel. Daqui à lua Desde que há dois anos a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, do Partido Democrata Progressista, pró-independência, ascendeu ao poder, a China tem aumentado a pressão diplomática e militar sobre Taiwan. “Começar a construção sem chegar antes a um acordo com o outro lado iria incitar sentimentos anti-China na ilha”, afirmou Zhao Jian, professor de economia na Universidade Jiaotong, em Pequim, citado pelo SCMP. “Iria fazer com que se afastassem ainda mais, em vez de promover uma maior aproximação”, disse. Zhu Hehua, director de pesquisa sobre túneis e estruturas subterrâneas na universidade de Tongji, em Xangai, considerou que, devido à situação política, o projecto “parece tão distante como ir à Lua”, mas que “eventualmente se realizará”.
Hoje Macau China / ÁsiaIndonésia | Sobe para 98 o número de mortos do sismo na ilha Lombok [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades indonésias elevaram ontem para 98 o número de mortes na sequência do sismo de magnitude 7 na ilha de Lombok, no domingo, e anunciaram o resgate de mais dois mil turistas. O sismo, com o epicentro a dez mil metros de profundidade, ocorreu uma semana após um outro abalo também na ilha turística de Lombok, que provocou 17 mortos e mais de 300 feridos. Sutopo Purwo Nugroho informou que a maioria das mortes foram causadas pelo desabamento de habitações, referindo ainda existirem centenas de feridos e danos em milhares de casas. Diversas fotos divulgadas nas redes sociais revelam escombros nas ruas de Lombok provocados pelo sismo que suscitou também cenas de pânico na ilha vizinha de Bali, no aeroporto internacional. “Houve tsunamis que entraram por terra com alturas de 10 a 13 centímetros. A altura máxima calculada é de meio metro”, já tinha assinalado em comunicado o porta-voz da agência. A 29 de Julho, 17 pessoas morreram e 355 ficaram feridas na sequência de um sismo de magnitude 6,4 e posteriores réplicas em Lombok, que danificou cerca de 1500 edifícios.
Hoje Macau China / ÁsiaLaos | Balanço oficial aponta para 31 mortos após desmoronamento de barragem [dropcap style=’circle’]U[/dropcap]m novo balanço oficial das autoridades do Laos aponta para pelo menos 31 mortos e 130 pessoas desaparecidas na sequência do desmoronamento de uma barragem a 23 de Julho. “Os socorristas encontraram novas vítimas ontem [domingo]. Neste momento foram encontrados 31 corpos e o número de desaparecidos é de 130”, disse no domingo o vice-governador da província de Attapeu, Ounla Xayasith, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). As autoridades do Laos têm sido acusadas de minimizarem o número de vítimas. A água da barragem hidroeléctrica que desmoronou a 23 de Julho no Laos, onde centenas de pessoas continuam desaparecidas, chegou mesmo ao país vizinho Camboja, provocando fortes inundações e milhares de desalojados.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão pede fim de armas nucleares no 73.º aniversário de Hiroshima [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Japão voltou ontem a apelar para o fim das armas nucleares, no 73.º aniversário do bombardeamento atómico de Hiroshima, num clima entre o ressurgimento mundial do nacionalismo e a esperança da desnuclearização da Coreia do Norte. “Se a humanidade esquecer a história ou parar de a confrontar, ainda poderemos cometer um erro terrível, e é exactamente por isso que temos de continuar a falar sobre Hiroshima”, declarou o presidente da câmara, Kazumi Matsui. O Parque Memorial da Paz, em Hiroshima, voltou a ser palco de uma cerimónia de homenagem às vítimas do primeiro bombardeamento atómico mundial, a 6 de Agosto de 1945, que matou 140.000 pessoas. “Certos países proclamam descaradamente o nacionalismo (…) e estão a modernizar os seus arsenais nucleares, reacendendo as tensões que haviam diminuído com o fim da Guerra Fria”, lamentou Matsui, sem identificar os países. No ano passado, o Japão preferiu não assinar um tratado de proibição de armas nucleares, adoptado pela ONU, apontando a ingenuidade do texto e alinhando-se com as potências nucleares que invocavam a ameaça norte-coreana. Ontem, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que, “nos últimos anos, ficou claro que existem diferenças entre os países sobre como proceder com a redução de armas nucleares”, mas assumiu a vontade do seu país em “trabalhar pacientemente para servir de ponte entre os dois lados e liderar os esforços da comunidade internacional para a desnuclearização”, assumiu. Três dias depois da bomba nuclear que atingiu Hiroshima, causando 140 mil mortos, os Estados Unidos lançaram, a 9 de Agosto de 1945, uma segunda bomba atómica sobre Nagasaki, levando à capitulação do Japão e ao fim da Segunda Guerra Mundial. Em Março, o número total de “hibakusha” [sobreviventes] ascendia a 154.859, face aos 372.264 contabilizados em 1980. A idade média dos sobreviventes dos bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagasaki é superior a 82 anos
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Pequim contra evento de imprensa, ex-governador fala em censura [dropcap style=’circle’]N[/dropcap]uma mensagem enviada à agência noticiosa France-Presse (AFP, o último governador da antiga colónia britânica afirmou: “Não há motivo para censurar as pessoas só porque não gostamos do que elas têm a dizer”. Andy Chan, líder do Partido Nacional, em campanha pela independência da região administrativa especial de Hong Kong, foi convidado a discursar no histórico clube de imprensa, que regularmente convida personalidades para realizarem conferências abertas a membros e órgãos de comunicação. No entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês pediu ao FCC para cancelar o evento, indicou a AFP. Este pedido, o primeiro deste tipo desde 1997, data da transferência de soberania do Reino Unido para a China, surge numa altura em que Pequim continua a reforçar o domínio sobre a antiga colónia que, ao abrigo da lei básica local, goza de liberdade de expressão e poder judicial independente. Espalhar falácias A liberdade de expressão é “um dos pilares de uma sociedade aberta que vive no Estado de Direito” e era garantida pelo acordo sino-britânico, lembrou Patten. “Sempre me opus à ideia de defender a independência de Hong Kong”, disse, embora sempre tenha apoiado “as liberdades locais e a autonomia ao mesmo tempo.” “Não é justo que Pequim se envolva em questões que deviam ser decididas por Hong Kong”, acrescentou. Num comunicado divulgado na sexta-feira, o Ministério advertiu que se “opõe a qualquer força externa que forneça aos elementos da ‘independência de Hong Kong’ uma plataforma para espalhar falácias”. Em 17 Julho passado, o Governo de Hong Kong iniciou um processo para ilegalizar o Partido Nacional, fundado em Março de 2016, por considerar estar em perigo a segurança nacional. Na altura, um investigador da organização não-governamental Amnistia Internacional Patrick Poon considerou que a tentativa de banir aquele partido “soa o alarme sobre o que o Governo tentará restringir de uma próxima vez em nome da segurança nacional”.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Consultora portuguesa leva empresas à China [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), consultora com sede no Porto, organiza em Setembro uma visita de negócios a três cidades chinesas, no âmbito do projecto da Comissão Europeia ENRICH. O “ENRICH Matchmaking and Innovation Tour to China” decorre entre 13 e 21 de Setembro e visa “abrir oportunidades de negócio, investigação e cooperação em inovação” entre entidades europeias e chinesas, segundo o comunicado da SPI. A agenda inclui visitas a Pequim, Tianjin (cidade portuária do norte da China) e Chengdu, a capital da província de Sichuan, sudoeste do país, onde os participantes estabelecerão contacto com empresas, institutos de investigação, universidades ou parques científicos locais. A SPI foi a consultora escolhida pela Comissão Europeia para coordenar o Centro de Excelência ENRICH (European Network of Research and Innovation of Centres and Hubs, China), plataforma que apoia empresas tecnológicas europeias no mercado chinês. O ENRICH, financiado no âmbito do “Horizonte 2020”, oferece consultadoria, colaboração e treino especializado para empresas e organizações de investigação europeias. O “Horizonte 2020” é o maior programa público de apoio à investigação e à inovação do mundo, com um orçamento de quase 80 mil milhões de euros.
Hoje Macau China / ÁsiaBangladesh deve reinstalar rohingyas devido a risco de catástrofe Bangladesh deve reinstalar rohingyas devido a risco de catástrofe [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] organização Human Rights Watch (HRW) defendeu ontem que o Governo do Bangladesh deve reinstalar os refugiados rohingya em locais mais seguros, dado que mais de 200.000 enfrentam o risco de catástrofe devido às monções. As Nações Unidas estimam que cerca de 215.000 pessoas que se encontram no que é o maior campo de refugiados do mundo, o de Kutupalong-Balukhali, enfrentam o risco de inundações e deslizamento de terras e que para 44.000 delas esse risco é muito alto. Num relatório intitulado “’O Bangladesh não é o meu país’: a situação dos refugiados rohingya da Birmânia”, divulgado ontem, a HRW defende a reinstalação dos refugiados rohingya “em campos mais pequenos, menos densamente povoados, em terreno plano, acessível e próximo” do mega campo onde estão actualmente. Sendo a densidade recomendada nos campos de refugiados de quatro metros quadrados por pessoa, o de Kutupalong-Balukhali conta com uma média de um metro quadrado por pessoa, o que aumenta em muito os riscos de “doenças transmissíveis, incêndios, tensões na comunidade e violência doméstica e sexual”, segundo um comunicado da organização de defesa dos direitos humanos. O relatório é divulgado quando está prestes a cumprir-se um ano do início da crise que obrigou milhares de muçulmanos rohingya a fugirem da Birmânia para o vizinho Bangladesh. A campanha de repressão do exército birmanês contra os rohingyas, iniciada a 25 de Agosto de 2017, já foi classificada pela ONU como uma limpeza étnica. “O Bangladesh devia registar os rohingyas como refugiados, garantir educação e cuidados de saúde adequados e deixá-los procurar meios de subsistência fora do campo”, adiantou. Face à pressão internacional, a Birmânia e o Bangladesh estabeleceram em Novembro um acordo para o regresso dos rohingyas, mas o processo de repatriamento ainda não começou mais de sete meses depois da data prevista para o início dos regressos. Em resposta a uma carta da HRW, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Bangladesh disse que o Governo iniciará em breve a reinstalação de 100.000 rohingyas na ilha de Bhasan Char, que a organização de defesa dos direitos humanos considera não parecer adequada para o efeito. Além de lembrar que “especialistas preveem que Bhasan Char pode ficar completamente submersa no caso de um forte ciclone durante a maré alta”, a HRW assinala que na ilha deverá ser limitado o acesso à educação e aos cuidados de saúde e poucas as oportunidades de autossuficiência para os refugiados.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Pequim tenta travar especulação com yuan face a desvalorização [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] banco do povo chinês (banco central) anunciou que a partir de ontem os bancos terão de ter um depósito de 20 por cento para contratos de compra ou venda de yuan no futuro. A medida aumenta os custos de apostar na desvalorização do yuan, visando travar a negociação especulativa. Na sexta-feira passada, a moeda chinesa chegou a cair 0,7 por cento, face ao dólar norte-americano, atingindo o valor mais baixo desde maio de 2017. Desde o início de Fevereiro, o yuan caiu já cerca de 8 por cento face ao dólar. A queda apoia os exportadores chineses face à subidas das taxas alfandegárias nos EUA, ao reduzir o preço dos seus bens na moeda norte-americana, mas encoraja os investidores a tirar dinheiro da China, levando a um aumento nos custos de financiamento de outras indústrias domésticas. As crescentes fricções comerciais com Washington sugerem que Pequim continuará a desvalorizar a sua moeda. Analistas afirmam que a desvalorização tem sido suscitada também pelo abrandamento do ritmo de crescimento da economia chinesa e as diferentes direcções das taxas de juro nos EUA e na China. No mês passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, impôs taxas alfandegárias de 25 por cento sobre 34 mil milhões de dólares (mais de 29 mil milhões de euros) de importações oriundas da China, contra o que considera serem “tácticas predatórias” por parte de Pequim, que visam o desenvolvimento do seu sector tecnológico. Pequim retaliou aquelas medidas, levando Trump a ameaçar penalizar mais 200 mil milhões de dólares (173 mil milhões euros) de produtos chineses. A liderança chinesa tem tentado manter os seus planos de desenvolvimento económico a longo prazo, resistindo à exigência de Trump para que altere as suas políticas para a tecnologia, que outros governos acusam de violar os compromissos da China com a abertura do seu mercado. Moeda isolada Jingyi Pan, analista na IG Asia, empresa líder nas transacções de derivados, afirma que o banco central chinês tem sido “muito tolerante” face à desvalorização do yuan, mas que as últimas medidas “sugerem preocupações com a fuga de capital”. Pequim impôs medidas semelhantes em Outubro de 2015, após uma mudança no mecanismo da taxa de câmbio ter levado os mercados a apostar na queda do yuan. A moeda estabilizou temporariamente, mas desvalorizou no ano seguinte. Tornar a aposta na queda do yuan mais difícil “não isola [a moeda] da guerra cambial”, afirma em relatório Philip Wee e Eugene Leow, do banco de Singapura DBS Group. A eficácia dos novos controlos deverá ser limitada, segundo analistas, face às diferentes tendências nas taxas de juro na China e EUA. A Reserva Federal norte-americana está a aumentar as taxas de juro, enquanto Pequim tem impulsionado o acesso ao crédito, visando estimular o crescimento económico. Isto encoraja os investidores a converter o dinheiro em dólares, visando obter maiores lucros.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim volta a ameaçar Estados Unidos com tarifas [dropcap style=’circle’] A [/dropcap] China disse estar pronta para aplicar tarifas de 60 mil milhões de dólares aos Estados Unidos, caso aquele país avance com taxas alfandegárias aos produtos chineses. Em causa estão 5.207 produtos norte-americanos – como café, mel e químicos industriais – aos quais serão aplicadas tarifas que rondam os 60 mil milhões de dólares, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério das Finanças chinês. Esta é a resposta da República Popular da China à eventual imposição de taxas sobre produtos chineses, num valor que pode alcançar os 200 mil milhões de dólares. Acusando a presidência norte-americana de Donald Trump de prejudicar a economia mundial com tais tarifas, a tutela das Finanças chinesa nota que “a China é forçada a apresentar contra-medidas”. O Ministério das Finanças chinês admite, por isso, “tarifas de retaliação de 25 por cento, 20 por cento, 10 por cento ou 5 por cento”, que avançam caso a administração dos Estados Unidos “persista em colocar as suas ideias em prática”. Panela de pressão Na quarta-feira, o Governo de Pequim vincou que as tentativas de chantagem e pressão dos Estados Unidos sobre a aplicação de taxas alfandegárias aos produtos chineses nunca “vão funcionar”. “A chantagem e a pressão dos Estados Unidos nunca vão funcionar com a China e se foram tomadas medidas que piorem a situação nós iremos aplicar contra-medidas para que possamos manter os nossos direitos e interesses”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Geng Shuang. “Pensamos que os conflitos comerciais devem resolver-se com conversações e negociações. Os nossos esforços e a nossa sinceridade estão à vista de todos”, acrescentou. Fontes próximas da administração norte-americana indicaram na terça-feira que os Estados Unidos pretendem estabelecer taxas alfandegárias de 25 por cento sobre as exportações chinesas, o que pode vir a totalizar um valor correspondente aos 200 mil milhões de dólares. “O diálogo deveria ter como base a confiança mútua e a igualdade, estabelecendo regras e credibilidade porque as ameaças unilaterais e a pressão são contraproducentes”, frisou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaChina elimina milhares de vídeos e música online e investiga conteúdo pró-fascista [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas eliminaram milhares de arquivos de vídeo e música online e estão a investigar obras “que promovem o fascismo e o militarismo”, informou o Ministério da Cultura e Turismo na quinta-feira, em comunicado. O ministério removeu 4.664 produtos musicais online, mais de cem mil vídeos e 4.300 comentários de utilizadores por “infrações” genéricas e ordenou a 18 plataformas de música online a realização de “inspeções” ao seu conteúdo para que se autocensurem. A mesma entidade ordenou às autoridades culturais do município de Pequim, bem como às das províncias de Zhejiang e Guangzhou para investigarem casos de “obras musicais online que glorifiquem o fascismo e o militarismo”. A campanha chinesa visa “regular a ordem comercial do mercado de cultura online e investigar aqueles produtos culturais online que contêm conteúdo vulgar”. Nesta última ação foram eliminados conteúdos de alguns dos fornecedores mais populares do país, como QQ Music, ou as páginas Douyin e Kuaishou que permitem aos utilizadores carregar e partilhar vídeos. Por outro lado, 11 empresas de banda desenhada online retiraram da internet 977 obras e 167 histórias. Alguns meios de comunicação estatais já tinham acusado algumas dessas empresas de divulgarem “imagens sexualmente sugestivas” e até mesmo “conteúdo incestuoso”, de acordo com o jornal China Daily. O ministério acrescentou que vai reforçar a supervisão sobre os operadores para os obrigar a tomarem “medidas fortes” contra o conteúdo pornográfico, vulgar, violento e pouco ético, assim como contra todos aqueles que incitem ao crime. Na semana passada, a China tinha lançado uma campanha contra 19 aplicações de vídeo, incluindo Bilibili e Miaopai, populares entre os adolescentes, que acusou de difundir conteúdo “obsceno, violento ou pornográfico”, bem como de “promoverem informação distorcida”. A ação resultou no encerramento definitivo de três aplicações e a retirada da Bilibili por um mês da loja de aplicativos Android. A campanha é liderada pela Administração do Ciberespaço da China que tem desde quarta-feira um novo responsável, Zhuang Rongwen.
Hoje Macau China / ÁsiaPopulação da Índia irá ultrapassar a da China em 2022, diz Banco Mundial [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] população da Índia deverá ultrapassar a da China, actualmente o país mais populoso do mundo, no ano de 2022, de acordo com novos dados divulgados pelo Banco Mundial. “A China, com 1,4 mil milhões de habitantes é o país mais populoso do mundo em 2017. No entanto, a Índia, segundo país mais populoso, com 1,3 mil milhões de pessoas, deverá superar a população da China até 2022”, revela dados do Banco Mundial, disponíveis no portal da instituição sobre saúde, nutrição e população mundial, através de gráficos e tabelas que apresentam previsões até 2050. Em 2022, as previsões indicam que a população da Índia será de 1.411.415.000 enquanto a China terá 1.404.652.000 habitantes. Segundo os dados, a taxa de fertilidade da China diminuiu drasticamente desde a década de 1970. Os dados também indicam que, embora o México e o Japão tenham população semelhante (129 milhões e 127 milhões, respetivamente) em 2017, as estruturas etárias desses países parecem muito diferentes. As pirâmides populacionais dos dois países mostram que a população do México é muito mais jovem do que a do Japão. O México tem mais jovens e o Japão tem mais idosos. A população com mais de 65 anos aumentou rapidamente desde os anos 90 no Japão. No entanto, a população com mais de 65 anos no México deverá exceder 10 milhões em 2020 e aumentar de forma constante. Estima-se que as diferenças na população com idades entre 65 anos ou mais entre o Japão e o México diminuam até 2050. No que toca à saúde, o estudo refere, por exemplo, que as mulheres são mais vulneráveis ao VIH do que os homens, especialmente na África Subsaariana. Em 20 países da África Subsaariana, mais de 60% da população afetada pelo VIH são mulheres. Em outras regiões, menos da metade da população afetada pelo HIV são mulheres (sul da Ásia: 33%, América Latina e Médio Oriente: 38%). Segundo o Programa das Nações Unidas para o Combate ao VIH/Sida (UNAIDS), fatores estruturais, comportamentais e biológicos estão a aumentar o risco de infeção pelo VIH entre as mulheres. Os dados indicam que há mudanças na causa da morte em países de baixo rendimento nos últimos 16 anos. Em países de alto rendimento, a maioria das mortes é causada por doenças não transmissíveis, como doenças cardíacas e AVC, enquanto a maioria das mortes em países de baixo rendimento é causada por doenças transmissíveis. Na Zâmbia, Quénia, Malauí, Níger e Botsuana, com a maior proporção de causas de morte por doenças transmissíveis, mais de 78% das mortes foram causadas por doenças transmissíveis em 2000. No entanto, a proporção de causas de morte por doenças não transmissíveis aumentou nestes países em 2016. No Botswana, por exemplo, a percentagem de mortes causadas por doenças transmissíveis tem vindo a diminuir rapidamente, enquanto a proporção de mortes por doenças não transmissíveis aumentou entre 2000 e 2016.
Hoje Macau China / ÁsiaChina ameaça Estados Unidos com tarifas sobre produtos que rondam 60 mil milhões [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China disse estar pronta para aplicar tarifas de 60 mil milhões de dólares aos Estados Unidos, caso aquele país avance com taxas alfandegárias aos produtos chineses. Em causa estão 5.207 produtos norte-americanos – como café, mel e químicos industriais – aos quais serão aplicadas tarifas que rondam os 60 mil milhões de dólares, de acordo com um comunicado hoje divulgado pelo Ministério das Finanças chinês. Esta é a reposta da República Popular da China à eventual imposição de taxas sobre produtos chineses, num valor que pode alcançar os 200 mil milhões de dólares. Acusando a presidência norte-americana de Donald Trump de prejudicar a economia mundial com tais tarifas, a tutela das Finanças chinesa nota que “a China é forçada a apresentar contramedidas”. O Ministério das Finanças chinês admite, por isso, “tarifas de retaliação de 25%, 20%, 10% ou 5%”, que avançam caso a administração dos Estados Unidos “persista em colocar as suas ideias em prática”. Na quarta-feira, o Governo de Pequim vincou que as tentativas de chantagem e pressão dos Estados Unidos sobre a aplicação de taxas alfandegárias aos produtos chineses nunca “vão funcionar”. “A chantagem e a pressão dos Estados Unidos nunca vão funcionar com a China e se foram tomadas medidas que piorem a situação nós iremos aplicar contramedidas para que possamos manter os nossos direitos e interesses”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Geng Shuang. “Pensamos que os conflitos comerciais devem resolver-se com conversações e negociações. Os nossos esforços e a nossa sinceridade estão à vista de todos”, acrescentou. Fontes próximas da administração norte-americana indicaram na terça-feira que os Estados Unidos pretendem estabelecer taxas alfandegárias de 25% sobre as exportações chinesas, o que pode vir a totalizar um valor correspondente aos 200 mil milhões de dólares. “O diálogo deveria ter como base a confiança mútua e a igualdade, estabelecendo regras e credibilidade porque as ameaças unilaterais e a pressão são contraproducentes”, frisou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Rodrigo Duterte defende regresso da pena de morte, apesar das declarações do Papa [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] governo de Rodrigo Duterte garantiu que manterá os planos para restabelecer a pena de morte nas Filipinas, apesar das declarações proferidas na quinta-feira pelo papa Francisco que classificou tal prática como “inadmissível” à luz do catolicismo. Nas Filipinas, mais de 85% da população é católica. O porta-voz do Presidente filipino, Harry Roque, afirmou hoje que o executivo de Manila “vai tentar persuadir de modo gentil” os senadores para que estes aprovem a lei que visa restabelecer a pena capital nas Filipinas, proibida no país desde 2006. “Continua a ser uma das prioridades do governo restaurar a pena de morte para os crimes mais graves relacionados com as drogas. Mas a decisão está agora nas mãos do Senado (câmara alta do congresso filipino)”, disse o porta-voz numa conferência de imprensa. A Câmara dos Representantes (câmara baixa do congresso filipino) aprovou em março passado o projeto-lei relacionado com o restabelecimento da pena capital, que foi uma das grandes promessas eleitorais de Duterte, num âmbito de uma linha dura de combate contra o narcotráfico. A Conferência Episcopal das Filipinas, que sempre se opôs à medida defendida por Rodrigo Duterte, assegurou hoje, num comunicado, que as declarações do papa Francisco esclarecem qualquer dúvida sobre a posição da Igreja Católica em relação à pena de morte. Na quinta-feira, a Santa Sé anunciou que o papa Francisco mudou o catecismo católico para declarar a pena de morte inadmissível, assumindo igualmente o compromisso da Igreja para a abolir no mundo inteiro. “À luz do Evangelho, a pena de morte é inadmissível porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa”, referiu o novo texto, cuja alteração foi anunciada em comunicado pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Luis Ladaria Ferrer. As Filipinas aboliram a pena de morte em 2006 durante a presidência de Gloria Macapagal Arroyo, que desde o passado dia 23 de julho é a nova líder da Câmara dos Representantes e uma das principais aliadas políticas de Duterte. Nesta matéria, Portugal assumiu uma posição de vanguarda e foi um dos primeiros Estados soberanos (e o primeiro europeu) a abolir a pena de morte, em 1867.
Hoje Macau China / ÁsiaCem chineses distinguidos como “internautas jovens bons” São jovens e comportam-se lindamente na Internet. O Comité Central da Liga da Juventude Comunista da China e a Administração do Ciberespaço da China, organizaram a campanha “internautas jovens bons”, que distinguiu uma centena de jovens cuja presença online foi considerada exemplar [dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]hi Yue, uma “xue ba” de 29 anos de idade, ou seja, uma aluna com notas máximas, possui diplomas das universidades mais importantes da China. No entanto, traçou o seu caminho para a fama na internet como apresentadora de um podcast dedicado à promoção de hábitos saudáveis na comunidade adepta dos jogos de vídeo Apelidada de “Nv Liu”, Shi começou a editar e narrar jogos na internet quando estudava arquitectura na Universidade Tsinghua e na Universidade de Pequim. Após a graduação, tornou-se apresentadora de transmissão ao vivo em tempo integral. Shi foi seleccionada entre os cem “internautas jovens bons” e reconhecida como um modelo para jovens chineses por introduzir espectadores à indústria de jogos e à ciência, conhecimento, cultura e história, e por promover hábitos de jogo saudáveis. “Nv Liu passou muita energia positiva para seus 2,6 milhões de seguidores,” diz um comunicado emitido pelo Comité Central da Liga da Juventude Comunista da China e pela Administração do Ciberespaço da China, que organizaram a campanha “internautas jovens bons”. Processo de escolha Todos os cem escolhidos, com idades compreendidas entre 14 e 40 anos, foram seleccionados por internautas e jurados da campanha. Li Ziqi, um blogger bem conhecido que fala sobre comida, também está entre os “internautas jovens bons”. Li postou mais de uma centena de vídeos online para ensinar sua audiência a cozinhar comida chinesa tradicional. As suas receitas culinárias obedecem escrupulosamente ao calendário, nomeadamente às estações do ano e aos festivais do calendário lunar chinês. O comunicado elogia seu trabalho que combina a cultura gastronómica chinesa com a apresentação de nos novos media e a promoção da cultura chinesa. De acordo com a Xinhuau, a lista de internautas modelo também inclui activistas que defendem o interesse público, caricaturistas e editores que promovem conhecimento e generosidade, e cidadãos que combatem crimes na internet e conteúdo ilegal.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Universidade manipulou exames para admitir menos mulheres Uma universidade privada de medicina em Tóquio manipulou, supostamente durante vários anos, os resultados dos exames de acesso à instituição com o objectivo de admitir menos mulheres [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] caso está a ser investigado por um escritório jurídico contratado pela própria universidade, que aguarda nas próximas semanas por conclusões que esclareçam melhor a situação, disse ontem um porta-voz daquele estabelecimento do ensino superior à agência de notícias Efe. O caso foi tornado público no momento em que o Ministério Público de Tóquio investiga a mesma universidade pela suposta pressão exercida por um alto funcionário do Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia para que esta admitisse o seu filho, sob a ameaça de retirar a ajuda pública. A Universidade de Medicina de Tóquio começou a manipular os resultados obtidos pelos candidatos para estudar medicina em 2011, depois de ter registado um aumento no número de alunas no ano anterior. Naquele ano, 40 por cento dos novos alunos da universidade privada eram mulheres, o dobro do registado em 2009. Mais adequados Desde então, o conselho de administração da universidade aplicou critérios mais restritivos na avaliação de mulheres nos exames de admissão de forma a manter a percentagem de estudantes do sexo feminino em cerca de 30 por cento do total de novos alunos, segundo o jornal Yomiuri, que cita fontes ligadas ao processo, mas sem as identificar. Na base da manipulação estaria a ideia de que os homens são mais adequados à profissão médica, porque as mulheres japonesas frequentemente param de trabalhar depois de se casarem e de terem filhos, segundo o jornal japonês. No Japão, aproximadamente metade das mulheres deixa definitivamente os seus empregos depois de se tornarem mães, devido a factores socioculturais e dificuldades em conciliar vida a familiar e profissional neste país asiático. O Governo lançou a estratégia “Womenomics” para promover uma maior participação feminina no trabalho, mas o país continua a registar uma diferença salarial entre homens e mulheres, bem como uma diminuta presença do género feminino nas grandes empresas e na classe política.
Hoje Macau China / ÁsiaGuerra da Coreia | Restos mortais de soldados norte-americanos repatriados O Comando das Nações Unidas (UNC), liderado pelo exército dos Estados Unidos, realizou ontem uma cerimónia solene para repatriar os restos mortais de 55 soldados norte-americanos mortos na Guerra da Coreia recentemente devolvidos pela Coreia do Norte [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] cerimónia foi realizada na base aérea de Osan, a 70 quilómetros ao sul de Seul, cinco dias após o regime de Pyongyang permitir que um avião norte-americano pousasse na localidade norte-coreana de Wonsan, recolhesse os restos mortais dos soldados e voltasse para a Coreia do Sul. A entrega foi acordada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, durante a cimeira realizada a 12 de Junho, em Singapura, em que ambos assinaram uma declaração para melhorar as relações entre os dois países e para trabalhar sobre a desnuclearização da península. “Os mortos da Guerra da Coreia (1950-1953) nunca foram esquecidos pelos Estados Unidos ou pelos outros 16 países que compunham o Comando das Nações Unidas (UNC), nações que apoiaram os norte-americanos durante esta guerra. O Comando nunca deixa soldados para trás, vivos ou mortos, e continuará a missão de repatriação até que cada soldado retorne para casa”, explicou a UNC num comunicado. Cerca de 500 pessoas participaram na cerimónia, incluindo o comandante da UNC, Vicent Brooks, o embaixador dos Estados Unidos na Coreia do Sul, Harry Harris, e o ministro da Defesa sul-coreano, Song Young-moo. Concluído o acto, espera-se que os restos mortais sejam enviados para o Havai, onde está a sede da Agência de Contabilização de Desaparecidos em Combate e Prisioneiros de Guerra do Departamento de Defesa (DPAA), que será responsável pela identificação das ossadas. Quem é quem O processo de identificação deve levar pelo menos alguns meses, segundo os especialistas. Entretanto, as primeiras avaliações sugerem que é “provavelmente espólio norte-americano”, disse John Byrd, director de análise científica da DPAA. “Os restos são consistentes com os restos mortais que já recuperámos na Coreia do Norte (…) no passado”, disse Byrd a jornalistas na base militar de Osan. Desde 1990, os restos mortais de 629 americanos que morreram na Coreia do Norte foram devolvidos às suas famílias, segundo a UNC. Mais de 36 mil militares dos Estados Unidos morreram na Guerra da Coreia e cerca de 7700 desapareceram, dos quais 5300 estavam supostamente a norte do 38.º paralelo. Com este gesto simbólico, a Coreia do Norte procura convencer os Estados Unidos da necessidade de assinar um tratado de paz para substituir o cessar-fogo que pôs fim ao conflito, um documento que o regime de Kim considerada chave para a sua sobrevivência. No entanto, Washington mostrou dúvidas sobre este tratado de paz e parece estar a esperar primeiro por acções concretas de Pyongyang que apontem para um compromisso real de abandonar o seu programa nuclear.
Hoje Macau China / ÁsiaTaxas Alfandegárias | Pequim diz que não vai ceder às pressões dos EUA O Governo chinês afirmou ontem que as tentativas de chantagem e pressão dos Estados Unidos sobre a aplicação de taxas alfandegárias aos produtos chineses “não vão funcionar”. Analistas da Moody’s mostram cepticismo quanto à vontade real de Donald Trump em impor tarifas de 25 por cento sobre as exportações chinesas [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] resposta da República Popular da China surge após informações acerca da eventual imposição de taxas sobre produtos chineses num valor que pode alcançar os 200 mil milhões de dólares. “A chantagem e a pressão dos Estados Unidos nunca vai funcionar com a China e se foram tomadas medidas que piorem a situação nós iremos aplicar contra-medidas para que possamos manter os nossos direitos e interesses”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Geng Shuang. “Nós pensamos que os conflitos comerciais devem resolver-se com conversações e negociações. Os nossos esforços e a nossa sinceridade estão à vista de todos”, acrescentou. Fontes próximas da Administração norte-americana indicaram na terça-feira que os Estados Unidos pretendem estabelecer taxas alfandegárias de 25 por cento sobre as exportações chinesas, o que pode vir a totalizar um valor correspondente aos 200 mil milhões de dólares. “O diálogo deveria ter como base a confiança mútua e a igualdade, estabelecendo regras e credibilidade porque as ameaças unilaterais e a pressão são contraproducentes”, frisou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim. Muita parra Segundo notícia veiculada na passada terça-feira pela agência Bloomberg, Pequim e Washington querem retomar o diálogo comercial, depois de semanas de impasse nas negociações para alívio das tensões comerciais. A agência cita fontes segundo as quais estão a ser mantidas conversações privadas entre representantes do Tesouro dos Estados Unidos e do Conselho de Estado chinês, ao mesmo tempo que decorrem negociações na Administração norte-americana para acertar a posição a ser agora adotada pela Casa Branca. Segundo a Bloomberg, Washington estará a tentar obter concessões por parte de Pequim de modo a recuar no propósito. A Moody’s previu que conflito entre os dois países deverá continuar a somar barreiras ao comércio ao longo de todo o ano, antecipando que os EUA podem crescer por causa disso menos 0,25 por cento em 2019, e que a China se arrisca a perder até 0,5 por cento na actividade do próximo ano. A agência de rating acredita que o presidente norte-americano, Donald Trump, não chegará a impor taxas adicionais de 25 por cento às importações de automóveis e partes dos seus parceiros, e que as negociações do tratado de livre comércio da América do Norte, o NAFTA, não resultarão no colapso do bloco. “Estamos à espera de que a disputa comercial entre os Estados Unidos e a China e outros países seja prolongada, com novas medidas comerciais a serem implementadas ao longo de 2018”, indica Elena Duggar, presidente do conselho macroeconómico da Moody’s, em nota publicada esta terça-feira. “Actualmente, pensamos que a disputa comercial ficará aquém da plena implementação das medidas potenciais mais graves anunciadas até aqui, incluindo tarifas sobre todas as importações automóveis dos Estados Unidos ou o colapso do NAFTA”.
Hoje Macau China / ÁsiaConversações ao mais alto nível entre Coreias foram significativas mas terminam sem acordo [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s duas Coreias terminaram ontem conversações ao mais alto nível sem um acordo, mas Seul e Pyongyang indicaram que tiveram uma discussão significativa sobre o apaziguamento do impasse militar que dura há décadas na península coreana. Esta é a segunda reunião entre altos representantes da Coreia do Sul e da Coreia do Norte desde que os líderes dos dois países, Moon Jae-in e Kim Jong-un, respetivamente, reuniram-se numa cimeira em abril passado e assumiram o compromisso de reduzir o clima de tensão e o perigo de um novo conflito naquela região. O encontro de Abril foi a primeira cimeira entre as duas Coreias em 11 anos. A reunião concluída hoje contou com a presença de altas patentes militares dos dois países e ocorreu em Panmunjom, aldeia localizada na zona desmilitarizada onde também foi assinado o armistício que suspendeu a Guerra da Coreia (1950-1953). Em declarações citadas pelas agências internacionais, o chefe da delegação sul-coreana, o major-general Kim Do Gyun, referiu que os dois lados partilham uma visão comum sobre o princípio de desarmar a área conjunta controlada em Panmunjom, sobre a redução de alguns postos de guarda na zona desmilitarizada (faixa de quatro quilómetros de largura que divide os dois Estados) e sobre a suspensão de atos hostis ao longo de uma fronteira marítima fortemente disputada. A realização de buscas conjuntas para encontrar soldados desaparecidos durante a Guerra da Coreia foi outro dos aspetos partilhados pelas duas delegações, referiu o mesmo representante sul-coreano, que adiantou que as duas Coreias vão prosseguir no futuro com as conversações sobre estes assuntos. Kim Do Gyun descreveu ainda as conversações de hoje como “sinceras” e “francas”, concluindo que as chefias militares de Seul e de Pyongyang poderão contribuir para o estabelecimento de uma paz duradoura entre os dois países. O seu homólogo norte-coreano, o tenente-general An Ik San, frisou que as conversações foram “produtivas”, afirmando ainda acreditar que muitas das questões militares pendentes entre os dois países podem ser resolvidas. Durante a cimeira em abril e o encontro em junho com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, expressou o seu compromisso para uma “completa desnuclearização da península coreana”. Mas ainda persiste um clima de preocupação e muitas interrogações sobre quais têm sido as medidas reais e concretas do regime de Pyongyang para um cenário de desarmamento. Na segunda-feira, o jornal norte-americano The Washington Post noticiou que os serviços de informação dos Estados Unidos acreditam que a Coreia do Norte está a construir novos mísseis, apesar das negociações em curso. Esta indicação dos serviços norte-americanos baseia-se em recentes imagens de satélite de uma fábrica que produziu o primeiro míssil alegadamente capaz de atingir a costa leste do território dos Estados Unidos, referiu o diário, que citou responsáveis dos serviços que falaram sob anonimato. Segundo as mesmas fontes, as informações recolhidas apontam que o regime norte-coreano estará a trabalhar em pelo menos um e talvez até dois mísseis balísticos intercontinentais.
Hoje Macau China / ÁsiaChina pede aos EUA que impeçam Presidente de Taiwan de fazer escalas no país [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo chinês pediu ontem a Washington que impeça a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, de fazer escala no país a caminho do Belize e Paraguai, depois de Taipei anunciar paragens em Los Angeles e Houston. “Enviamos um firme protesto formal à parte norte-americana e opomo-nos a qualquer tipo de escala nos Estados Unidos ou outros países que tenham laços diplomáticos com a China”, disse ontem em conferência de imprensa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang. “Apelamos aos EUA que respeitem o princípio de ‘uma só China’ (…) não permitindo esta escala e evitando enviar sinais errados às forças independentistas taiwanesas”, afirmou o porta-voz. Geng sublinhou que o princípio de uma só China, que implica não reconhecer Taiwan como Estado, “é um consenso universal da comunidade internacional”, e “qualquer tentativa de separar a China e criar ‘duas Chinas’ encontrará a oposição” do povo chinês. O vice-ministro das Relações Exteriores de Taiwan, José Maria Liu, informou na segunda-feira que Tsai faria escalas em Los Angeles e Houston apesar da oposição chinesa, num quadro de tensões crescentes entre Pequim e Taipei. Na sua quinta ronda diplomática desde que tomou posse, em Maio de 2016, Tsai visitará o Paraguai de 14 a 16 de Agosto para assistir à investidura do Presidente eleito do país, Mario Abdo Benítez, e de 16 a 18 visitará o Belize. Na ida faz escala em Los Angeles e no regresso em Houston, pelos dias 12 e 20 de Agosto, respetivamente. Paraguai e Belize são dois dos 18 aliados diplomáticos de Taiwan no mundo. Dez dos 18 aliados de Taiwan encontram-se na América Latina e no Caribe. Em pouco mais de um ano, Taiwan perdeu dois importantes aliados na América Latina, Panamá e República Dominicana, além de um africano (Burkina Faso), como consequência da estratégia chinesa de isolar internacionalmente o Governo independentista de Tsai.
Hoje Macau China / ÁsiaCiência | Cantão vai ter sistema de simulação de ondas gravitacionais [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] universidade chinesa Sun Yat-sen, na província de Cantão, no sul do país, vai construir um sistema de simulação terrestre para observação de ondas gravitacionais, informou ontem a agência de notícias Xinhua. O sistema será construído na universidade da cidade de Shenzhen, fronteira com Hong Kong, e terá um investimento de mais de mil milhões de yuans. Este sistema faz parte do projecto de pesquisa de ondas gravitacionais “Tianqin”, lançado em 2015 pelo Governo chinês. O programa, baptizado Tianqin, simbolizando a filosofia chinesa que refere a força que gere a partir do vazio (Wuji) as energias opostas complementares Yin e Yang, quer lançar satélites para a órbita da terra. Com um custo estimado de 15.000 milhões de yuans, o projecto Tianqin vai demorar cerca de 17 anos a ser concluído e culminar com o lançamento de três satélites na órbita da Terra para detectar ondas gravitacionais. O físico teórico alemão Albert Einstein (1879-1955) defendeu, na teoria da relatividade geral, que o celebrizou, que os objectos que se movem no Universo produzem ondulações no espaço-tempo e que estas se propagam pelo espaço.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreias | Seul “acompanha de perto” suposto fabrico de novos mísseis pelo Norte [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo da Coreia do Sul disse ontem estar a “acompanhar de perto” a situação na Coreia do Norte na sequência das informações divulgadas nos Estados Unidos de que Pyongyang pode estar a construir novos mísseis intercontinentais. “O Governo acompanha de perto estes desenvolvimentos, em estreita colaboração com as autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul”, segundo um breve comunicado da presidência sul-coreana. O texto refere também que, até ao momento, não está confirmada “nenhuma informação” sobre o assunto. O jornal norte-americano Washington Post noticiou na segunda-feira, citando fontes dos serviços de informações norte-americanos que disseram basear-se em fotos de satélite, que o regime norte-coreano está a construir um ou dois mísseis intercontinentais nas instalações de Sanumdong, a sudoeste da capital. As instalações de Sanumdong têm sido utilizadas pelo regime norte-coreano para a produção de componentes essenciais para os mísseis intercontinentais. Em 2017 foi lá desenvolvido o míssil Hwasong-15, com capacidade para alcançar os Estados Unidos. Porém, o registo de actividade em Sanumdong não implica necessariamente a expansão das capacidades de armamento, segundo especialistas, uma vez que os mísseis intercontinentais norte-coreanos funcionam com combustível líquido, o que obriga a que sejam carregados horas antes de serem disparados e os torna facilmente detectáveis pelos satélites norte-americanos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Indústria manufactureira desacelera em Junho A actividade da indústria manufactureira (PMI, na sigla em inglês) da China caiu em Junho três décimas comparando com período homologo de 2017, indicam dados oficiais divulgados ontem [dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]e acordo com Zhao Qinghe, analista do Gabinete Nacional de Estatísticas chinês, a indústria manufactureira foi afectada por “tufões e altas temperaturas”, o que levou algumas empresas, especialmente de mineração, a parar a produção. Outras realidades também contribuíram para este cenário, acrescentou: “o alarme da tensão comercial internacional” e o facto de algumas empresas terem entrado “na tradicional época baixa de produção”. Este mês, a administração norte-americana impôs taxas alfandegárias de 25 por cento sobre 29 mil milhões de euros de importações chinesas, contra o que considera serem “tácticas predatórias” por parte de Pequim, que visam o desenvolvimento do seu sector tecnológico. Esta descida ligeira na actividade industrial chinesa já era esperada pelos observadores económicos, desde que os reguladores começaram a impor mais restrições aos pedidos de empréstimos bancários para estancar a crescente dívida. Apesar das restrições, os bancos chineses concederam um valor recorde em empréstimos durante o primeiro semestre do ano, num total de 9,03 mil milhões de yuan (1,16 mil milhões de euros), segundo dados divulgados pelo Banco do Povo chinês, no dia 13 de Julho. Na semana passada o Fundo Monetário Internacional encorajou a China a acelerar as reformas estruturais e a prestar atenção ao “crescimento insustentável” do crédito, para manter o crescimento económico ao mesmo tempo que reduz a dívida. Segundo as autoridades chinesas, o PMI de Junho fixou-se nos 51,2 pontos, face aos 51,5 pontos registados em Junho do ano passado. Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do sector, pelo que abaixo dessa barreira pressupõe uma contração da actividade. O índice é tido como um importante indicador mensal do desenvolvimento da segunda economia mundial. Mercado medicinal As exportações de artigos de medicina tradicional chinesa subiram em 2017 para as 358 mil toneladas, de acordo com a Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Medicamentos e Produtos de Saúde. Em 2017, a China vendeu 358 mil toneladas de produtos ligados à medicina tradicional chinesa, um aumento de 0,7 por cento em relação ao ano anterior. O valor das exportações foi de 3,07 mil milhões de euros, um aumento de 2,1 por cento, segundo o mesmo organismo. No ano passado, registou-se um pico na procura do Vietname por canela, bagas de goji e coptis de ervas, disse o director do departamento de medicina tradicional chinesa daquela entidade, Yu Zhibin. Países do sudeste da Ásia, como Vietname, Malásia e Tailândia são mercados tradicionais da medicina tradicional chinesa e a procura internacional tem vindo a aumentar, disse Yu. No ano passado, a China importou 90.983 toneladas em artigos para a medicina tradicional chinesa, um aumento de 13,62 por cento. O longan e o ginseng secos estavam entre os principais produtos importados. A procura interna da China nesta área também está a aumentar, explicou o mesmo responsável.
Hoje Macau China / ÁsiaProtesto | Pais manifestam-se em Pequim após escândalo na indústria farmacêutica [dropcap style=’circle’] D [/dropcap] iversos pais manifestaram-se ontem em Pequim, frente ao Ministério da Saúde, após a polémica das vacinas falsificadas por um laboratório chinês, um facto raro na China. Num país onde as manifestações de protesto são raras, os manifestantes conseguiram concentrar-se na porta do ministério, carregando faixas a pedir sanções por causa do escândalo que eclodiu em meados de Julho, quando foi descoberto um processo de fabricação ilegal de vacinas anti-rábicas. De acordo com vídeos publicados nas redes sociais, os manifestantes exigiram legislação sobre as vacinas. “Deve haver uma lei sobre vacinas”, gritavam. Um jornalista da agência France Presse chegou ao local no final da manhã, mas já não viu nenhum manifestante. A polícia geralmente intervém muito rapidamente durante incidentes desse tipo, dispersando os manifestantes. A descoberta, em Julho, de um processo de fabricação ilegal de vacinas anti-rábicas num laboratório no nordeste do país causou polémica na opinião pública, uma situação que as autoridades não conseguiram travar, apesar de seu rígido controlo da internet e do uso das redes sociais. Uma investigação à farmacêutica confirmou que a empresa falsificou dados e usou materiais com validade expirada na produção, segundo a agência de notícias oficial chinesa. Os responsáveis da farmacêutica tentaram destruir 60 discos rígidos com dados da empresa para eliminar provas, mas a polícia conseguiu recuperar o material informático, indicaram os investigadores. Quinze pessoas foram presas, incluindo o presidente da companhia. Sol e peneira A Changsheng Biotech terá falsificado dados relativos a 113 mil vacinas liofilizadas contra a raiva em humanos, embora o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da China tenha estimado só terem sido afectados dois em cada 100 mil inoculados em todo o país. Até agora, não se registaram reacções adversas às vacinas. As autoridades chinesas garantiram que as vacinas defeituosas não deixaram as fábricas de Changchun Changsheng, mas muitos pais dizem que não confiam nas várias vacinas administradas aos seus filhos. O presidente Xi Jinping foi forçado a reagir denunciando as práticas “odiosas e chocantes” da empresa farmacêutica infractora. As autoridades avançaram ainda com uma inspecção nacional aos diversos laboratórios de produção. Embora em muitos países, a raiva esteja erradicada, na China foram registados 516 casos, apesar da incidência da doença tenha diminuído gradualmente ao longo dos anos.