João Luz China / ÁsiaEpidemia | Número de mortes na China sobe para 17, e de infectados para 541 O número de mortes causadas pelo novo tipo de pneumonia na China subiu ontem para 17, enquanto o número total de infectados é já superior a 550. A Comissão Nacional de Saúde apelou à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, em plena época do Ano Novo Chinês [dropcap]O[/dropcap] número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. Ao fim da manhã de ontem, o total de casos confirmados era de 471, em 13 jurisdições do país, anunciados pelo vice-director da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin. Nove pessoas tinham falecido, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan. No total, com o registo de infectados fora da China continental, o número ascendia a 481. No entanto, à hora do fecho da edição, os números já tinham disparado para 17 mortos e 541 infectados no Interior da China, num total de 552 infectados. “Já há casos de transmissão e infecção entre seres humanos e funcionários de saúde infectados”, disse Li, em conferência de imprensa. “As evidências demonstram que a doença foi transmitida por via respiratória e existe a possibilidade de uma mutação do vírus”, detalhou. As autoridades disseram que ainda é cedo para comparar o novo vírus com o SARS ou o MERS, ou síndrome respiratória do Médio Oriente, em termos da sua capacidade letal. “Ainda estamos no processo de aprender mais sobre esta doença”, disse Gao Fu, um académico da Academia Chinesa de Ciências e chefe do Centro Chinês de Controle de Doenças, na mesma conferência de imprensa. Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong. Gao disse que as autoridades estão a trabalhar no pressuposto de que o surto resultou da exposição humana a animais selvagens que eram comercializados ilegalmente no mercado de alimentos em Wuhan. Importa referir que Wuhan é uma megametrópole, com mais de 11 milhões de habitantes, e um importante centro de transporte doméstico e internacional. Não se sabe o quão contagioso é o vírus, mas a transmissão de pessoa para pessoa pode permitir que se espalhe rapidamente. A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais, “pode espalhar-se mais facilmente”. Foram ainda anunciadas medidas para conter a doença, incluindo desinfecção dos sistemas de ventilação de aeroportos, estações e centros comerciais. “Se for necessário, serão também realizados controlos de temperatura em áreas-chave e locais movimentados”, esclareceu a Comissão, em comunicado. Dentro e fora As autoridades de Hong Kong confirmaram ontem o primeiro infectado na região. O doente é um turista chinês residente em Wuhan, que entrou em Hong Kong através do comboio de alta velocidade na noite de terça-feira. À chegada ao terminal ferroviário de West Kowloon o turista acusou febre. De seguida, foi transferido para o Hospital Queen Elizabeth onde o teste ao vírus deu positivo. De acordo com o South China Morning Post, a MTR confirmou que o mesmo comboio já tinha partido de regresso à China com passageiros, antes de ser notificada pelas autoridades de saúde de Hong Kong. Segundo a empresa de transportes, as autoridades relevantes na China foram notificadas para limpar e desinfectar o lugar e a carruagem onde o paciente seguiu, assim como espaços adjacentes. Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan e Estados Unidos todos também oriundos de Wuhan. Vários países com ligações aéreas directas ou indirectas a Wuhan estão a efectuar verificações sistemáticas de passageiros de voos oriundos de áreas consideradas de risco. A um doente no Estado de Washington foi diagnosticado o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos da doença. A pessoa afectada foi hospitalizada na semana passada e permanece “muito doente” numa unidade de Seattle, a capital deste Estado do nordeste dos EUA, após ter viajado recentemente à cidade chinesa de Wuhan onde teve origem o surto epidémico, referiram os ‘media’ locais. À procura de espaço O Centro Europeu de Controlo de Doenças afirmou ontem que está confirmada a transmissão pessoa a pessoa da pneumonia de Wuhan. O organismo europeu (ECDC, na sigla inglesa) acrescenta que ainda é necessária informação adicional para avaliar de modo completo as formas de transmissão deste novo coronavírus, numa publicação no seu ‘site’. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que “a fonte primária mais provável” de transmissão é animal, tendo os primeiros casos surgido em pessoas que contactaram com um mercado de pescado na cidade chinesa de Wuhan. Contudo, o vírus assume “transmissão limitada entre seres humanos através de contacto próximo”. Quinze funcionários hospitalares também apresentaram teste positivo para o vírus, anunciou a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan. A comissão tinha dito, na semana passada, que nenhum dos funcionários que teve contacto próximo com os pacientes tinha sido infectado. As autoridades chinesas apelaram ontem à população para que evite multidões e encontros em espaços públicos, alertando que uma nova doença viral se pode alastrar ainda mais. O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o ministério chinês dos Transportes, a China deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias. Política viral A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, pediu às autoridades chinesas que divulguem toda a informação sobre o surto de uma nova pneumonia viral e que trabalhem com Taipé para conter a propagação. “Quero especialmente pedir à China, como país membro da comunidade internacional, que cumpra as suas responsabilidades e seja transparente sobre os desenvolvimentos do surto, e que compartilhe informações precisas com Taiwan”, afirmou Tsai, em conferência de imprensa. No entanto, por insistência de Pequim, Taiwan não é membro da Organização Mundial da Saúde e não pode participar de nenhuma das reuniões daquela organização. O Centro de Controlo de Doenças de Taiwan revelou anteriormente que foi notificado, no dia 15 de Janeiro, pela sua contraparte chinesa, sobre o surto. O órgão também enviou dois especialistas a Wuhan para visitar unidades de saúde, visando compreender melhor a doença. A ilha confirmou já um caso de infecção com o vírus. Trata-se de uma empresária, que reside em Taiwan, mas que voltou recentemente de uma viagem a Wuhan. “Partilhar informação também é importante para a saúde da população chinesa e Pequim não deve colocar questões políticas acima da protecção do seu próprio povo”, apontou Tsai. “Quero reiterar que Taiwan é membro da sociedade internacional. Os seus 23 milhões de habitantes, como as pessoas de todos os cantos do mundo, estão a enfrentar uma ameaça à sua saúde”, afirmou. Em Pequim, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang disse que os especialistas de Taiwan visitaram Wuhan a pedido de Taipé, entre os dias 13 e 14 de Janeiro, e mantiveram trocas com os colegas locais. “Ninguém se preocupa mais com o bem-estar dos compatriotas de Taiwan do que o Governo central chinês”, defendeu Geng. Cisne negro Há um ano, Xi Jinping deixou o alerta para a necessidade de Pequim se preparar para “rinocerontes cinzentos”, referindo-se a riscos económicos, e “cisnes negros”, que serão situações inesperadas. Ao longo do ano passado, a guerra comercial com os Estados Unidos e a turbulência em Hong Kong foram rotuladas por académicos como os “cisnes negros” de 2019. “Um cisne negro surge sempre sem ser convidado”, escreveu no Weibo Guan Qingyou, um economista citado pelo South China Morning Post, com os seus seguidores a discutiram o nível de impacto que a pneumonia de Wuhan pode representar para a economia chinesa. Houve mesmo quem sugerisse que a epidemia poderia ter um efeito maior do que a guerra comercial. Por exemplo, as reservas de viagens para Wuhan são grátis em plataformas como a Trip.com, Fliggy, Meituan Dianping e Qunar.com. Além disso, vão ser disponibilizados reembolsos a pessoas que foram sujeitas a quarentena ou a quem tenha sido diagnosticado o vírus. Também o gasto dos consumidores em entretenimento e turismo durante o Ano Novo Lunar, que começa amanhã, deve sofrer uma quebra à medida que as preocupações do público aumentarem. Os principais focos de abrandamento de consumo devem sentir-se com maior intensidade nas principais cidades onde já foram confirmados casos de infecção, como Pequim, Xangai e Shenzhen. Com Lusa
admin China / ÁsiaEpidemia | Número de mortes na China sobe para 17, e de infectados para 541 O número de mortes causadas pelo novo tipo de pneumonia na China subiu ontem para 17, enquanto o número total de infectados é já superior a 550. A Comissão Nacional de Saúde apelou à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, em plena época do Ano Novo Chinês [dropcap]O[/dropcap] número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. Ao fim da manhã de ontem, o total de casos confirmados era de 471, em 13 jurisdições do país, anunciados pelo vice-director da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin. Nove pessoas tinham falecido, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan. No total, com o registo de infectados fora da China continental, o número ascendia a 481. No entanto, à hora do fecho da edição, os números já tinham disparado para 17 mortos e 541 infectados no Interior da China, num total de 552 infectados. “Já há casos de transmissão e infecção entre seres humanos e funcionários de saúde infectados”, disse Li, em conferência de imprensa. “As evidências demonstram que a doença foi transmitida por via respiratória e existe a possibilidade de uma mutação do vírus”, detalhou. As autoridades disseram que ainda é cedo para comparar o novo vírus com o SARS ou o MERS, ou síndrome respiratória do Médio Oriente, em termos da sua capacidade letal. “Ainda estamos no processo de aprender mais sobre esta doença”, disse Gao Fu, um académico da Academia Chinesa de Ciências e chefe do Centro Chinês de Controle de Doenças, na mesma conferência de imprensa. Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong. Gao disse que as autoridades estão a trabalhar no pressuposto de que o surto resultou da exposição humana a animais selvagens que eram comercializados ilegalmente no mercado de alimentos em Wuhan. Importa referir que Wuhan é uma megametrópole, com mais de 11 milhões de habitantes, e um importante centro de transporte doméstico e internacional. Não se sabe o quão contagioso é o vírus, mas a transmissão de pessoa para pessoa pode permitir que se espalhe rapidamente. A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais, “pode espalhar-se mais facilmente”. Foram ainda anunciadas medidas para conter a doença, incluindo desinfecção dos sistemas de ventilação de aeroportos, estações e centros comerciais. “Se for necessário, serão também realizados controlos de temperatura em áreas-chave e locais movimentados”, esclareceu a Comissão, em comunicado. Dentro e fora As autoridades de Hong Kong confirmaram ontem o primeiro infectado na região. O doente é um turista chinês residente em Wuhan, que entrou em Hong Kong através do comboio de alta velocidade na noite de terça-feira. À chegada ao terminal ferroviário de West Kowloon o turista acusou febre. De seguida, foi transferido para o Hospital Queen Elizabeth onde o teste ao vírus deu positivo. De acordo com o South China Morning Post, a MTR confirmou que o mesmo comboio já tinha partido de regresso à China com passageiros, antes de ser notificada pelas autoridades de saúde de Hong Kong. Segundo a empresa de transportes, as autoridades relevantes na China foram notificadas para limpar e desinfectar o lugar e a carruagem onde o paciente seguiu, assim como espaços adjacentes. Fora da China continental, foram confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan e Estados Unidos todos também oriundos de Wuhan. Vários países com ligações aéreas directas ou indirectas a Wuhan estão a efectuar verificações sistemáticas de passageiros de voos oriundos de áreas consideradas de risco. A um doente no Estado de Washington foi diagnosticado o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos da doença. A pessoa afectada foi hospitalizada na semana passada e permanece “muito doente” numa unidade de Seattle, a capital deste Estado do nordeste dos EUA, após ter viajado recentemente à cidade chinesa de Wuhan onde teve origem o surto epidémico, referiram os ‘media’ locais. À procura de espaço O Centro Europeu de Controlo de Doenças afirmou ontem que está confirmada a transmissão pessoa a pessoa da pneumonia de Wuhan. O organismo europeu (ECDC, na sigla inglesa) acrescenta que ainda é necessária informação adicional para avaliar de modo completo as formas de transmissão deste novo coronavírus, numa publicação no seu ‘site’. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que “a fonte primária mais provável” de transmissão é animal, tendo os primeiros casos surgido em pessoas que contactaram com um mercado de pescado na cidade chinesa de Wuhan. Contudo, o vírus assume “transmissão limitada entre seres humanos através de contacto próximo”. Quinze funcionários hospitalares também apresentaram teste positivo para o vírus, anunciou a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan. A comissão tinha dito, na semana passada, que nenhum dos funcionários que teve contacto próximo com os pacientes tinha sido infectado. As autoridades chinesas apelaram ontem à população para que evite multidões e encontros em espaços públicos, alertando que uma nova doença viral se pode alastrar ainda mais. O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o ministério chinês dos Transportes, a China deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias. Política viral A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, pediu às autoridades chinesas que divulguem toda a informação sobre o surto de uma nova pneumonia viral e que trabalhem com Taipé para conter a propagação. “Quero especialmente pedir à China, como país membro da comunidade internacional, que cumpra as suas responsabilidades e seja transparente sobre os desenvolvimentos do surto, e que compartilhe informações precisas com Taiwan”, afirmou Tsai, em conferência de imprensa. No entanto, por insistência de Pequim, Taiwan não é membro da Organização Mundial da Saúde e não pode participar de nenhuma das reuniões daquela organização. O Centro de Controlo de Doenças de Taiwan revelou anteriormente que foi notificado, no dia 15 de Janeiro, pela sua contraparte chinesa, sobre o surto. O órgão também enviou dois especialistas a Wuhan para visitar unidades de saúde, visando compreender melhor a doença. A ilha confirmou já um caso de infecção com o vírus. Trata-se de uma empresária, que reside em Taiwan, mas que voltou recentemente de uma viagem a Wuhan. “Partilhar informação também é importante para a saúde da população chinesa e Pequim não deve colocar questões políticas acima da protecção do seu próprio povo”, apontou Tsai. “Quero reiterar que Taiwan é membro da sociedade internacional. Os seus 23 milhões de habitantes, como as pessoas de todos os cantos do mundo, estão a enfrentar uma ameaça à sua saúde”, afirmou. Em Pequim, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang disse que os especialistas de Taiwan visitaram Wuhan a pedido de Taipé, entre os dias 13 e 14 de Janeiro, e mantiveram trocas com os colegas locais. “Ninguém se preocupa mais com o bem-estar dos compatriotas de Taiwan do que o Governo central chinês”, defendeu Geng. Cisne negro Há um ano, Xi Jinping deixou o alerta para a necessidade de Pequim se preparar para “rinocerontes cinzentos”, referindo-se a riscos económicos, e “cisnes negros”, que serão situações inesperadas. Ao longo do ano passado, a guerra comercial com os Estados Unidos e a turbulência em Hong Kong foram rotuladas por académicos como os “cisnes negros” de 2019. “Um cisne negro surge sempre sem ser convidado”, escreveu no Weibo Guan Qingyou, um economista citado pelo South China Morning Post, com os seus seguidores a discutiram o nível de impacto que a pneumonia de Wuhan pode representar para a economia chinesa. Houve mesmo quem sugerisse que a epidemia poderia ter um efeito maior do que a guerra comercial. Por exemplo, as reservas de viagens para Wuhan são grátis em plataformas como a Trip.com, Fliggy, Meituan Dianping e Qunar.com. Além disso, vão ser disponibilizados reembolsos a pessoas que foram sujeitas a quarentena ou a quem tenha sido diagnosticado o vírus. Também o gasto dos consumidores em entretenimento e turismo durante o Ano Novo Lunar, que começa amanhã, deve sofrer uma quebra à medida que as preocupações do público aumentarem. Os principais focos de abrandamento de consumo devem sentir-se com maior intensidade nas principais cidades onde já foram confirmados casos de infecção, como Pequim, Xangai e Shenzhen. Com Lusa
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio2020 | Vírus na China ‘obriga’ à mudança da qualificação no futebol feminino [dropcap]O[/dropcap]s jogos de qualificação da zona asiática para o torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos de 2020, previstos para Fevereiro em Wuhan, onde teve origem o coronavírus, novo vírus detetado na China, vão mudar de local. De acordo com a Confederação Asiática de futebol (AFC), os jogos da terceira fase de qualificação, entre 3 e 9 de Fevereiro, vão ser transferidos para Nanjing, na zona oriental e capital da província de Jiangsu. Os jogos do grupo B de qualificação, agendados para a China, incluem a Austrália, China, Tailândia e Taiwan, enquanto que o grupo A, que decorre na Coreia do Sul, conta com os sul-coreanos, Vietname e Myanmar. Antes desta decisão, a Federação de futebol de Taiwan chegou a ameaçar retirar-se da qualificação, caso os jogos se mantivessem em Wuhan, afirmado que a prioridade era a segurança das suas jogadoras. Entretanto, um torneio de boxe, igualmente de qualificação para os Jogos de Tóquio2020 e também agendado para fevereiro em Wuhan, deverá mudar de local, segundo indicou a agência japonesa Kyodo. A agência cita os organizadores, mas o novo local ainda não foi confirmado, com a Federação japonesa de boxe a aguardar por novas diretrizes do Comité Olímpico Internacional (COI). Hoje, as autoridades chinesas apelaram à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, alertando que a nova doença, que se transmite pelas vias respiratórias e que infectou centenas e matou nove pessoas, se pode alastrar ainda mais. O número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. No total, há 440 casos confirmados, em 13 jurisdições do país, anunciou o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin. Nove pessoas morreram, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan.
admin China / ÁsiaTóquio2020 | Vírus na China 'obriga' à mudança da qualificação no futebol feminino [dropcap]O[/dropcap]s jogos de qualificação da zona asiática para o torneio feminino de futebol dos Jogos Olímpicos de 2020, previstos para Fevereiro em Wuhan, onde teve origem o coronavírus, novo vírus detetado na China, vão mudar de local. De acordo com a Confederação Asiática de futebol (AFC), os jogos da terceira fase de qualificação, entre 3 e 9 de Fevereiro, vão ser transferidos para Nanjing, na zona oriental e capital da província de Jiangsu. Os jogos do grupo B de qualificação, agendados para a China, incluem a Austrália, China, Tailândia e Taiwan, enquanto que o grupo A, que decorre na Coreia do Sul, conta com os sul-coreanos, Vietname e Myanmar. Antes desta decisão, a Federação de futebol de Taiwan chegou a ameaçar retirar-se da qualificação, caso os jogos se mantivessem em Wuhan, afirmado que a prioridade era a segurança das suas jogadoras. Entretanto, um torneio de boxe, igualmente de qualificação para os Jogos de Tóquio2020 e também agendado para fevereiro em Wuhan, deverá mudar de local, segundo indicou a agência japonesa Kyodo. A agência cita os organizadores, mas o novo local ainda não foi confirmado, com a Federação japonesa de boxe a aguardar por novas diretrizes do Comité Olímpico Internacional (COI). Hoje, as autoridades chinesas apelaram à população para evitar multidões e encontros em espaços públicos, alertando que a nova doença, que se transmite pelas vias respiratórias e que infectou centenas e matou nove pessoas, se pode alastrar ainda mais. O número de casos aumentou rapidamente desde que a nova pneumonia foi detectada no mês passado em Wuhan, no centro da China. No total, há 440 casos confirmados, em 13 jurisdições do país, anunciou o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde, Li Bin. Nove pessoas morreram, todas na província de Hubei, cuja capital é Wuhan.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte fecha fronteiras para evitar propagação de vírus chinês – agência de viagens [dropcap]A[/dropcap] Coreia do Norte vai encerrar temporariamente as fronteiras para se proteger do novo coronavírus detetado na China, informou ontem uma agência de viagens chinesa especializada em excursões ao país. Os chineses representam a esmagadora maioria dos turistas que chegam à Coreia do Norte, tendo o número de visitantes aumentado no ano passado devido à aproximação diplomática entre os dois países. Pyongyang “fechará temporariamente as fronteiras a todos os turistas estrangeiros como medida de prevenção contra o coronavírus”, lê-se num comunicado da agência de viagens Young Pioneer Tours. Vários países têm reforçado o controlo nos aeroportos devido ao vírus detetado no mês passado em Wuhan, cidade do centro da China, que provoca pneumonias virais e já causou nove mortos entre as mais de 440 pessoas infectadas. Fora da China, foram já confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Taiwan e Estados Unidos, todos oriundos de Wuhan. Citada pela agência de notícias France-Presse (AFP), a agência norte-coreana de viagens Koryo Tours disse ter sido “informada de que a medida [encerramento das fronteiras] está a ser considerada”, mas ainda não confirmou a decisão. Também hoje o jornal norte-coreano Rodong Sinmun não deu a conhecer nenhuma medida especial aplicada pelo regime face ao vírus chinês, mencionando apenas que este “se espalhou rapidamente” e que as autoridades chinesas tomaram “medidas equivalentes”. Outros surtos já levaram Pyongyang a fechar as fronteiras: em outubro de 2014, o regime aplicou a mesma medida para se proteger do vírus Ébola, apesar de não ter sido detetado nenhum caso na Ásia. Já durante o surto SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong, suspendera excursões ao estrangeiro.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia | Tribunal sem provas para dissolver partido da oposição [dropcap]U[/dropcap]m dos principais partidos de oposição tailandeses, acusado de tentar derrubar a monarquia, escapou ontem da dissolução por falta de “elementos de prova”, mas continua sob ameaça devido a um outro caso ainda em tribunal. “Não há evidências” que provem que os principais líderes do Future Forward “tenham movido acções contra a monarquia”, concluiu o Tribunal Constitucional tailandês. Future Forward é a terceira força política do país. O movimento conquistou mais de seis milhões de votos durante as eleições legislativas de 2019, sendo muito popular entre as classes mais jovens tailandeses, preocupadas com o papel desempenhado pelo exército na política. Liderado por um bilionário carismático, Thanathorn Juangroongruangkit, o partido é defensor da redução dos orçamentos de defesa. Em Novembro passado, Thanathorn Juangroongruangkit, de 41 anos, foi destituído do mandato parlamentar, por ter sido acusado de manter acções num órgão de imprensa durante a campanha eleitoral. O Future Forward corre ainda risco de ser dissolvido num outro caso de alegados empréstimos ilegais supostamente concedidos pelo empresário ao movimento. A organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional pediu “que as autoridades tailandesas deixem de recorrer a processos judiciais para intimidar e assediar os líderes e membros do Future Forward”.
admin China / ÁsiaTailândia | Tribunal sem provas para dissolver partido da oposição [dropcap]U[/dropcap]m dos principais partidos de oposição tailandeses, acusado de tentar derrubar a monarquia, escapou ontem da dissolução por falta de “elementos de prova”, mas continua sob ameaça devido a um outro caso ainda em tribunal. “Não há evidências” que provem que os principais líderes do Future Forward “tenham movido acções contra a monarquia”, concluiu o Tribunal Constitucional tailandês. Future Forward é a terceira força política do país. O movimento conquistou mais de seis milhões de votos durante as eleições legislativas de 2019, sendo muito popular entre as classes mais jovens tailandeses, preocupadas com o papel desempenhado pelo exército na política. Liderado por um bilionário carismático, Thanathorn Juangroongruangkit, o partido é defensor da redução dos orçamentos de defesa. Em Novembro passado, Thanathorn Juangroongruangkit, de 41 anos, foi destituído do mandato parlamentar, por ter sido acusado de manter acções num órgão de imprensa durante a campanha eleitoral. O Future Forward corre ainda risco de ser dissolvido num outro caso de alegados empréstimos ilegais supostamente concedidos pelo empresário ao movimento. A organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional pediu “que as autoridades tailandesas deixem de recorrer a processos judiciais para intimidar e assediar os líderes e membros do Future Forward”.
Hoje Macau China / ÁsiaCorrupção | Ex chefe da Interpol condenado a 13 anos de prisão [dropcap] O[/dropcap] ex-presidente da Interpol Meng Hongwei, que desapareceu depois de embarcar num avião para a China, em Setembro passado, foi condenado a 13 anos de prisão por corrupção, anunciou ontem a justiça chinesa. Meng Hongwei, que foi também vice-ministro da Segurança Pública da China, foi ainda punido com uma multa de 2 milhões de yuans, detalhou o Tribunal Popular Intermédio N.º1 de Tianjin. O tribunal esclareceu que Meng aceitou o veredicto e não recorreu. A escolha de Meng para chefiar a Interpol foi na altura celebrada por Pequim, que tem vindo a reforçar a sua presença em organizações internacionais. Mas Meng perdeu o contacto com a família depois de embarcar num avião para a China, a partir de França, em 25 de Setembro de 2018. Depois de vários dias de silêncio sem que a família recebesse notícias de Meng e face à pressão internacional, a China confirmou a detenção. Meng foi posteriormente afastado de cargos públicos e do Partido Comunista Chinês. A mais ampla e persistente campanha anticorrupção na história da China comunista, lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, após ascender ao poder, em 2013, puniu já mais de um milhão e meio de funcionários do Partido Comunista. A esposa de Meng Hongwei e os dois filhos receberam asilo político da França no início de Maio passado, segundo o seu advogado. A sua esposa alegou ter sido vítima de uma tentativa de sequestro.
admin China / ÁsiaCorrupção | Ex chefe da Interpol condenado a 13 anos de prisão [dropcap] O[/dropcap] ex-presidente da Interpol Meng Hongwei, que desapareceu depois de embarcar num avião para a China, em Setembro passado, foi condenado a 13 anos de prisão por corrupção, anunciou ontem a justiça chinesa. Meng Hongwei, que foi também vice-ministro da Segurança Pública da China, foi ainda punido com uma multa de 2 milhões de yuans, detalhou o Tribunal Popular Intermédio N.º1 de Tianjin. O tribunal esclareceu que Meng aceitou o veredicto e não recorreu. A escolha de Meng para chefiar a Interpol foi na altura celebrada por Pequim, que tem vindo a reforçar a sua presença em organizações internacionais. Mas Meng perdeu o contacto com a família depois de embarcar num avião para a China, a partir de França, em 25 de Setembro de 2018. Depois de vários dias de silêncio sem que a família recebesse notícias de Meng e face à pressão internacional, a China confirmou a detenção. Meng foi posteriormente afastado de cargos públicos e do Partido Comunista Chinês. A mais ampla e persistente campanha anticorrupção na história da China comunista, lançada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, após ascender ao poder, em 2013, puniu já mais de um milhão e meio de funcionários do Partido Comunista. A esposa de Meng Hongwei e os dois filhos receberam asilo político da França no início de Maio passado, segundo o seu advogado. A sua esposa alegou ter sido vítima de uma tentativa de sequestro.
Hoje Macau China / ÁsiaFórum de Davos | Governo chinês defende méritos da globalização [dropcap]O[/dropcap] vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, fez ontem uma firme defesa da globalização económica, criticando as orientações “proteccionistas e unilaterais” de alguns países, no Fórum de Davos. Sem referir nenhum país em particular, Han Zheng aproveitou para dizer que a China “abrirá ainda mais as suas portas ao mundo”, durante a sua intervenção no Fórum Económico Mundial, o encontro anual que decorre em Davos, na Suíça, reunindo a elite política e de negócios global, desde ontem e até sexta-feira. O vice-primeiro-ministro chinês deixou ainda em aberto a possibilidade de o seu país receber mais empresas estrangeiras em diversos sectores económicos, elogiando a globalização económica que referiu como sendo “uma tendência da história” e uma “potente força motriz por detrás do crescimento económico em todo o mundo”. Han Zheng posicionou a China como um paladino da abertura de mercados e disse que culpar a globalização por falhas no sistema económico mundial “não é consistente com os factos, nem é útil para resolver os problemas”, numa referência compatível com os argumentos invocados pelos chineses no seu conflito comercial com os EUA. Unir esforços Para o responsável governamental chinês, é fundamental que os países procurem novas formas de cooperação global, para resolver desafios como o combate à pobreza, a resolução da emergência climática e a protecção ambiental. “Os assuntos internacionais não devem ser ditados por um país ou por alguns países”, disse Han Zheng, que em várias ocasiões tem criticado as organizações internacionais, como a Organização Mundial do Comércio, de ficarem reféns de lóbis de alguns países ocidentais. As declarações do vice-primeiro-ministro chinês acontecem uma semana depois de ter estado em Washington a assinar um acordo comercial parcial com os Estados Unidos, ao lado do Presidente Donald Trump, para tentar por fim a um conflito que dura há quase dois anos.
admin China / ÁsiaFórum de Davos | Governo chinês defende méritos da globalização [dropcap]O[/dropcap] vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, fez ontem uma firme defesa da globalização económica, criticando as orientações “proteccionistas e unilaterais” de alguns países, no Fórum de Davos. Sem referir nenhum país em particular, Han Zheng aproveitou para dizer que a China “abrirá ainda mais as suas portas ao mundo”, durante a sua intervenção no Fórum Económico Mundial, o encontro anual que decorre em Davos, na Suíça, reunindo a elite política e de negócios global, desde ontem e até sexta-feira. O vice-primeiro-ministro chinês deixou ainda em aberto a possibilidade de o seu país receber mais empresas estrangeiras em diversos sectores económicos, elogiando a globalização económica que referiu como sendo “uma tendência da história” e uma “potente força motriz por detrás do crescimento económico em todo o mundo”. Han Zheng posicionou a China como um paladino da abertura de mercados e disse que culpar a globalização por falhas no sistema económico mundial “não é consistente com os factos, nem é útil para resolver os problemas”, numa referência compatível com os argumentos invocados pelos chineses no seu conflito comercial com os EUA. Unir esforços Para o responsável governamental chinês, é fundamental que os países procurem novas formas de cooperação global, para resolver desafios como o combate à pobreza, a resolução da emergência climática e a protecção ambiental. “Os assuntos internacionais não devem ser ditados por um país ou por alguns países”, disse Han Zheng, que em várias ocasiões tem criticado as organizações internacionais, como a Organização Mundial do Comércio, de ficarem reféns de lóbis de alguns países ocidentais. As declarações do vice-primeiro-ministro chinês acontecem uma semana depois de ter estado em Washington a assinar um acordo comercial parcial com os Estados Unidos, ao lado do Presidente Donald Trump, para tentar por fim a um conflito que dura há quase dois anos.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan detecta primeiro paciente com nova pneumonia originária do centro da China [dropcap]T[/dropcap]aiwan confirmou hoje o seu primeiro doente com uma nova pneumonia com origem no centro da China, que causou já seis mortos e infectou cerca de 300 pessoas, alastrando-se a vários países asiáticos. A Agência Central de Notícias de Taiwan disse que uma mulher da ilha, que esteve recentemente na cidade chinesa de Wuhan, de onde o vírus é originário, está a ser tratada e foi colocada sob quarentena, depois de se ter dirigido voluntariamente aos serviços de saúde locais. Taiwan está em alerta máximo para a doença, que tem semelhanças com a pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong, e está a examinar todos os passageiros oriundos de Wuhan. O número de vítimas mortais com o novo tipo de pneumonia subiu hoje para seis, com a morte de dois pacientes, enquanto o número total de infectados ascendeu a 291, revelaram as autoridades chinesas. A ansiedade em torno da doença aumentou depois de um especialista do Governo chinês ter assumido que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, é transmissível entre seres humanos. Até à data, as autoridades diziam que não havia evidências nesse sentido. Esta semana foram diagnosticados novos casos em Pequim, Xangai. Guangdong, a província chinesa que faz fronteira com Macau, detectou 14 casos, incluindo três em Zhuhai, cidade que tem dois postos fronteiriços com Macau. Fora da China, quatro casos do novo coronavírus foram confirmados entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão e Tailândia, todos também oriundos de Wuhan.
Hoje Macau China / ÁsiaCoronavírus que se manifestou na China transmite-se entre humanos [dropcap]O[/dropcap] vírus que se manifestou em grandes cidades chinesas é transmissível entre humanos, anunciou ontem um especialista do governo chinês em doenças infecciosas. O investigador Zhong Nanshan, especialista em doenças respiratórias da Comissão Nacional de Saúde chinesa, declarou à televisão estatal CCTV que a transmissão do vírus por contágio humano está provada. A transmissão entre humanos do coronavírus que provoca pneumonias poderá levá-lo a espalhar-se mais rapidamente e por uma área maior. O surto terá começado num mercado na cidade de Wuhan, no centro da China. Zhong Nanshan afirmou que duas pessoas infectadas em Guangdong, no Sul, não estiveram na cidade de Wuhan mas familiares dos doentes estiveram. As autoridades de saúde em Wuhan confirmaram que há 198 pessoas infectadas, registando-se até agora três casos fatais da pneumonia viral provocada pelo coronavírus. O vírus foi detectado em cinco pessoas em Pequim e em 14 na província de Guangdong, segundo a CCTV, que deu conta de outros sete casos suspeitos a serem acompanhados, incluindo nas províncias de Sichuan e Yunnan e na cidade de Xangai. O surto pôs em alerta outros países, uma vez que nesta altura do ano viajam milhões chineses para as celebrações do ano novo lunar, e já foram identificados casos na Tailândia, Japão e Coreia do Sul. Pelo menos seis países asiáticos e três aeroportos nos Estados Unidos começaram a monitorizar passageiros que chegam do centro da China. Vídeos colocados na Internet mostram técnicos vestidos com fatos de proteção a tirar a temperatura de passageiros que chegam ao Aeroporto Internacional de Macau vindos de Wuhan. Os coronavírus causam doenças que podem ir da constipação à pneumonia atípica, que infectou os primeiros doentes no sul da China em 2002 e se espalhou a mais de vinte países, matando quase 800 pessoas.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Sacos não biodegradáveis vão ser proibidos nas principais cidades A guerra à poluição ambiental conhece novo capítulo com a medida agora anunciada de banir o plástico não biodegradável dos maiores centros populacionais do país. A China usa diariamente mais de 31 milhões de toneladas de plástico [dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas vão proibir ainda este ano o uso de sacos não biodegradáveis nas principais cidades, parte de um plano agora aprovado para reduzir o desperdício de plástico descartável. Segundo o documento, publicado no domingo pelo ministério da Ecologia e do Meio Ambiente e pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o órgão máximo chinês de planificação económica, a proibição deve alargar-se a “todas as áreas urbanas acima do nível da prefeitura e a comunidades costeiras bem desenvolvidas”. O mesmo anúncio revela que a produção e a venda de talheres descartáveis fabricados com espuma de plástico – copos de poliéster ou palhinhas, por exemplo – vão ser banidos. As autoridades esperam reduzir o uso de talheres de plástico descartáveis em 30 por cento, até 2025. Os hotéis de categoria superior devem também parar de “fornecer activamente” produtos de plástico de uso único, antes do final de 2022, embora possam vendê-los, numa medida que se alargará a todo o tipo de alojamento, em 2025. Nas principais províncias do país, os serviços de entrega ao domicílio – um dos sectores que mais utiliza embalagens de plástico, face ao ‘boom’ no comércio electrónico no país -, não poderão usar embalagens de plástico não biodegradáveis ou sacos descartáveis de tecido plástico, a partir de 2022. Três anos depois, os novos regulamentos vão alargar-se a todas as empresas do sector. Números pesados Segundo dados das Nações Unidas, mais de 31 milhões de toneladas de plástico são utilizadas na China todos os dias, entre as quais 74 por cento não são adequadamente processadas: entre os 10 rios que transportam mais de 90 por cento do plástico que acaba nos oceanos, seis correm parcial ou totalmente através do gigante asiático. A China proibiu, em 2018, a importação de resíduos de plástico não-industriais, numa decisão com impacto mundial, já que a China era o principal destino de plástico para reciclar exportado pelos países mais ricos. As importações e exportações globais anuais de resíduos de plástico dispararam em 1993, crescendo 800 por cento até 2016. Segundo dados oficiais, em 1992, a China recebeu cerca de 106 milhões de toneladas de resíduos de plástico, o que representa cerca de metade das importações mundiais.
admin China / ÁsiaChina | Sacos não biodegradáveis vão ser proibidos nas principais cidades A guerra à poluição ambiental conhece novo capítulo com a medida agora anunciada de banir o plástico não biodegradável dos maiores centros populacionais do país. A China usa diariamente mais de 31 milhões de toneladas de plástico [dropcap]A[/dropcap]s autoridades chinesas vão proibir ainda este ano o uso de sacos não biodegradáveis nas principais cidades, parte de um plano agora aprovado para reduzir o desperdício de plástico descartável. Segundo o documento, publicado no domingo pelo ministério da Ecologia e do Meio Ambiente e pela Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o órgão máximo chinês de planificação económica, a proibição deve alargar-se a “todas as áreas urbanas acima do nível da prefeitura e a comunidades costeiras bem desenvolvidas”. O mesmo anúncio revela que a produção e a venda de talheres descartáveis fabricados com espuma de plástico – copos de poliéster ou palhinhas, por exemplo – vão ser banidos. As autoridades esperam reduzir o uso de talheres de plástico descartáveis em 30 por cento, até 2025. Os hotéis de categoria superior devem também parar de “fornecer activamente” produtos de plástico de uso único, antes do final de 2022, embora possam vendê-los, numa medida que se alargará a todo o tipo de alojamento, em 2025. Nas principais províncias do país, os serviços de entrega ao domicílio – um dos sectores que mais utiliza embalagens de plástico, face ao ‘boom’ no comércio electrónico no país -, não poderão usar embalagens de plástico não biodegradáveis ou sacos descartáveis de tecido plástico, a partir de 2022. Três anos depois, os novos regulamentos vão alargar-se a todas as empresas do sector. Números pesados Segundo dados das Nações Unidas, mais de 31 milhões de toneladas de plástico são utilizadas na China todos os dias, entre as quais 74 por cento não são adequadamente processadas: entre os 10 rios que transportam mais de 90 por cento do plástico que acaba nos oceanos, seis correm parcial ou totalmente através do gigante asiático. A China proibiu, em 2018, a importação de resíduos de plástico não-industriais, numa decisão com impacto mundial, já que a China era o principal destino de plástico para reciclar exportado pelos países mais ricos. As importações e exportações globais anuais de resíduos de plástico dispararam em 1993, crescendo 800 por cento até 2016. Segundo dados oficiais, em 1992, a China recebeu cerca de 106 milhões de toneladas de resíduos de plástico, o que representa cerca de metade das importações mundiais.
Hoje Macau China / ÁsiaRede 5G | Vietname contorna Huawei e desenvolve tecnologia própria [dropcap]O[/dropcap] maior grupo de telecomunicações do Vietname vai implementar este ano o 5G com recurso à sua própria tecnologia, contornando os chineses da Huawei, num sinal das implicações geopolíticas da rede de quinta geração. A empresa estatal vietnamita Viettel, que é operada pelo ministério da Defesa do Vietname, vai começar a instalar a próxima geração de rede móvel a partir de Junho e concluirá a implementação em todo o país no espaço de um ano, segundo o plano anunciado esta semana e citado pela imprensa local. A empresa realizou na sexta-feira o seu primeiro teste com tecnologia 5G, concluindo um trabalho de seis meses desenvolvido pelo seu braço de pesquisa e desenvolvimento, a Viettel High Technology, que desenvolveu o seu próprio hardware e o software para executar a ligação. Poucas empresas desenvolveram com sucesso tecnologia 5G. A Viettel tornou-se assim a sexta, depois da Ericsson, Nokia, Huawei, Samsung Electronics e ZTE. A Viettel possui mais de 110 milhões de clientes em 11 países, incluindo no Camboja, Haiti ou Peru. No Vietname, a empresa também excluiu equipamentos da Huawei da rede 4G, actualmente em uso, apesar de recorrer a tecnologia chinesa em alguns dos outros países onde as suas subsidiárias locais fornecem serviços de quarta geração, incluindo no Laos ou Camboja. Fricções marítimas A decisão de Hanói ilustra as sensibilidades geopolíticas daquele tipo de tecnologia. A Austrália e a Nova Zelândia baniram já as redes 5G da Huawei, por motivos de segurança nacional, após os Estados Unidos e Taiwan, que mantém restrições mais amplas à empresa, terem adoptado a mesma medida. Também o Japão, cuja agência para a segurança no ciberespaço classificou a firma chinesa como de “alto risco”, baniu as compras à Huawei por departamentos governamentais. O Vietname é, tal como a China, um regime comunista, mas Hanói mantém-se apreensivo face ao país vizinho, com quem travou várias guerras ao longo da História. Nos últimos anos, Hanói passou a denunciar de forma mais assertiva as movimentações chinesas no Mar do Sul da China, e tem-se vindo a aproximar dos Estados Unidos. Embarcações vietnamitas e chinesas enfrentaram-se ao longo de mais de três meses, no ano passado. As hostilidades ocorreram depois de Pequim enviar um navio de pesquisa sísmica e navios da guarda costeira para águas territoriais do Vietname, especialmente ricas em óleo e gás, para realizar atividades de prospecção. A China reivindica a quase totalidade do mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos.
admin China / ÁsiaRede 5G | Vietname contorna Huawei e desenvolve tecnologia própria [dropcap]O[/dropcap] maior grupo de telecomunicações do Vietname vai implementar este ano o 5G com recurso à sua própria tecnologia, contornando os chineses da Huawei, num sinal das implicações geopolíticas da rede de quinta geração. A empresa estatal vietnamita Viettel, que é operada pelo ministério da Defesa do Vietname, vai começar a instalar a próxima geração de rede móvel a partir de Junho e concluirá a implementação em todo o país no espaço de um ano, segundo o plano anunciado esta semana e citado pela imprensa local. A empresa realizou na sexta-feira o seu primeiro teste com tecnologia 5G, concluindo um trabalho de seis meses desenvolvido pelo seu braço de pesquisa e desenvolvimento, a Viettel High Technology, que desenvolveu o seu próprio hardware e o software para executar a ligação. Poucas empresas desenvolveram com sucesso tecnologia 5G. A Viettel tornou-se assim a sexta, depois da Ericsson, Nokia, Huawei, Samsung Electronics e ZTE. A Viettel possui mais de 110 milhões de clientes em 11 países, incluindo no Camboja, Haiti ou Peru. No Vietname, a empresa também excluiu equipamentos da Huawei da rede 4G, actualmente em uso, apesar de recorrer a tecnologia chinesa em alguns dos outros países onde as suas subsidiárias locais fornecem serviços de quarta geração, incluindo no Laos ou Camboja. Fricções marítimas A decisão de Hanói ilustra as sensibilidades geopolíticas daquele tipo de tecnologia. A Austrália e a Nova Zelândia baniram já as redes 5G da Huawei, por motivos de segurança nacional, após os Estados Unidos e Taiwan, que mantém restrições mais amplas à empresa, terem adoptado a mesma medida. Também o Japão, cuja agência para a segurança no ciberespaço classificou a firma chinesa como de “alto risco”, baniu as compras à Huawei por departamentos governamentais. O Vietname é, tal como a China, um regime comunista, mas Hanói mantém-se apreensivo face ao país vizinho, com quem travou várias guerras ao longo da História. Nos últimos anos, Hanói passou a denunciar de forma mais assertiva as movimentações chinesas no Mar do Sul da China, e tem-se vindo a aproximar dos Estados Unidos. Embarcações vietnamitas e chinesas enfrentaram-se ao longo de mais de três meses, no ano passado. As hostilidades ocorreram depois de Pequim enviar um navio de pesquisa sísmica e navios da guarda costeira para águas territoriais do Vietname, especialmente ricas em óleo e gás, para realizar atividades de prospecção. A China reivindica a quase totalidade do mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Crescimento da economia abranda para 6,1% face a guerra comercial [dropcap]A[/dropcap] economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 6,1 por cento, em 2019, o ritmo mais baixo em várias décadas, que reflete um aumento débil do consumo interno e uma prolongada guerra comercial com Washington. Dados oficiais divulgados sexta-feira representam uma desaceleração de cinco décimas, face ao crescimento registado em 2018, que tinha sido já o mais baixo desde 1990. O crescimento económico para o período entre Outubro e Dezembro fixou-se nos 6 por cento, igual ao trimestre anterior. O ritmo de crescimento económico atingiu, este ano, o nível mais baixo da meta estipulada pelo Partido Comunista, de “entre 6 e 6,5 por cento”. A liderança chinesa está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do sector dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas. Mas a desaceleração tem sido mais acentuada do que o previsto, levando Pequim a reduzir as restrições no acesso ao crédito e a aumentar a despesa pública, visando evitar a destruição de empregos, o que poderia resultar em instabilidade social. Os exportadores chineses ressentiram-se com um aumento das taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos, parte de disputas comerciais suscitadas pelas ambições para o sector tecnológico e o superavit comercial da China, embora o impacto geral sobre a economia tenha sido menor do que esperavam alguns analistas. Maus indicadores Pequim e Washington assinaram esta semana um acordo parcial, que representa uma trégua na guerra comercial, mas que não anula a maior parte das taxas punitivas impostas pelos EUA sobre 360 mil milhões de dólares (de produtos importados da China e exclui reformas profundas no sistema económico chinês, incluindo a atribuição de subsídios às empresas domésticas. A actividade da indústria manufactureira, o consumo interno e o investimento enfraqueceram em 2019, face ao ano anterior. O Gabinete Nacional de Estatísticas chinês observou que a economia da China se manteve estável, durante um período difícil, mas alertou para os riscos internos que envolvem “problemas estruturais, sistemáticos e cíclicos”. A taxa de natalidade do país, o mais populoso do mundo, caiu também para um novo recorde mínimo de 1,05 por cento, em 2019, um sinal ameaçador para um país que vai começar a enfrentar uma escassez de trabalhadores jovens nas próximas décadas. Em termos nominais, a riqueza total da China ascendeu, no ano passado, a 99,09 biliões de yuan.
admin China / ÁsiaChina | Crescimento da economia abranda para 6,1% face a guerra comercial [dropcap]A[/dropcap] economia chinesa, a segunda maior do mundo, cresceu 6,1 por cento, em 2019, o ritmo mais baixo em várias décadas, que reflete um aumento débil do consumo interno e uma prolongada guerra comercial com Washington. Dados oficiais divulgados sexta-feira representam uma desaceleração de cinco décimas, face ao crescimento registado em 2018, que tinha sido já o mais baixo desde 1990. O crescimento económico para o período entre Outubro e Dezembro fixou-se nos 6 por cento, igual ao trimestre anterior. O ritmo de crescimento económico atingiu, este ano, o nível mais baixo da meta estipulada pelo Partido Comunista, de “entre 6 e 6,5 por cento”. A liderança chinesa está a encetar uma transição no modelo económico do país, visando uma maior preponderância do sector dos serviços e do consumo, em detrimento das exportações e construção de obras públicas. Mas a desaceleração tem sido mais acentuada do que o previsto, levando Pequim a reduzir as restrições no acesso ao crédito e a aumentar a despesa pública, visando evitar a destruição de empregos, o que poderia resultar em instabilidade social. Os exportadores chineses ressentiram-se com um aumento das taxas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos, parte de disputas comerciais suscitadas pelas ambições para o sector tecnológico e o superavit comercial da China, embora o impacto geral sobre a economia tenha sido menor do que esperavam alguns analistas. Maus indicadores Pequim e Washington assinaram esta semana um acordo parcial, que representa uma trégua na guerra comercial, mas que não anula a maior parte das taxas punitivas impostas pelos EUA sobre 360 mil milhões de dólares (de produtos importados da China e exclui reformas profundas no sistema económico chinês, incluindo a atribuição de subsídios às empresas domésticas. A actividade da indústria manufactureira, o consumo interno e o investimento enfraqueceram em 2019, face ao ano anterior. O Gabinete Nacional de Estatísticas chinês observou que a economia da China se manteve estável, durante um período difícil, mas alertou para os riscos internos que envolvem “problemas estruturais, sistemáticos e cíclicos”. A taxa de natalidade do país, o mais populoso do mundo, caiu também para um novo recorde mínimo de 1,05 por cento, em 2019, um sinal ameaçador para um país que vai começar a enfrentar uma escassez de trabalhadores jovens nas próximas décadas. Em termos nominais, a riqueza total da China ascendeu, no ano passado, a 99,09 biliões de yuan.
Hoje Macau China / ÁsiaPolícias agredidos em manifestação em Hong Kong [dropcap]V[/dropcap]ários polícias foram agredidos ontem por manifestantes pró-democracia durante um protesto que decorreu em Hong Kong, no qual foi disparado gás lacrimogéneo pelas autoridades. De acordo com a Agência France Presse, um grupo de polícias à civil, que estava a falar com os organizadores da manifestação, foi agredido por manifestantes munidos de guarda-chuvas. Pelo menos dois sofreram ferimentos no rosto. Manifestantes pró-democracia voltaram ontem às ruas de Hong Kong, mas foram recebidos com gás lacrimogéneo pelas autoridades. A AFP relata a detenção de várias pessoas. Os protestos chegaram às ruas de Hong Kong de forma massiva em Junho por causa de um controverso projeto de lei de extradição, entretanto retirado pelo Governo, mas transformaram-se num movimento de luta em defesa da democracia e contra o autoritarismo de Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaXi Jinping assina 33 acordos comerciais no Myanmar [dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês Xi Jinping assinou sábado com a líder de facto do Governo de Myanmar, Aung San Suu Ky,i 33 acordos comerciais e um programa de infra-estruturas. A visita de dois dias do Presidente chinês ocorre numa altura em que os investidores ocidentais evitam Myanmar (antiga Birmânia) devido à polémica que envolve a perseguição à minoria muçulmana dos rohingyas. Uma onda de repressão lançada em 2017 contra esta minoria muçulmana, que foi classificada como genocídio pelas Nações Unidas, forçou cerca de 740 mil rohingyas a refugiarem-se no Bangladesh. Porém, apesar da desaprovação internacional, Pequim continua a apoiar firmemente Myanmar. Xi considerou a sua visita como “um momento histórico” para as relações entre os dois países vizinhos, segundo o jornal Global New Light of Myanmar e mencionou a “injustiça e desigualdade nas relações internacionais”. Desconfiança exterior A China é actualmente o maior investidor em Myanmar, gerando desconfiança da opinião pública e das intenções dos governantes do país, acentuada pelos poucos detalhes conhecidos dos 33 acordos. Um deles consiste num pacto de accionistas e uma concessão referente ao porto de águas profundas e à zona económica de Kyaukhphyu, localizada no Estado de Rakhine. Outro dos acordos assinados é uma carta de intenções para o “novo desenvolvimento urbano” da capital birmanesa, Naypyidaw (ex-Rangum), e estudos de viabilidade para ligações ferroviárias. O objectivo do protocolo é criar um “corredor económico China-Birmânia”, que seja uma porta de entrada para o Oceano Índico na China. Dezenas de manifestantes reuniram-se sábado em Naypyidaw para recordar a controvérsia em torno da barragem de Myitsone, no norte do Estado de Kachin – que não foi incluída nos acordos depois da China ter assinado um contrato de construção em 2009 que não foi cumprido.
Hoje Macau China / ÁsiaAno Novo Lunar | Arranca maior migração humana do planeta Mais um ano que passa, mais uma viagem de encontro aos mais queridos. O Ano Novo Lunar põe em movimento, durante cerca de 40 dias, milhões de chineses num total de três mil milhões de viagens internas [dropcap]P[/dropcap]or estrada ou por mar, de avião ou de comboio, milhões de chineses estão a caminho da terra natal para festejar esta semana a passagem do ano lunar com a família, na maior migração interna do planeta. “É fatigante”, admite à agência Lusa Xiaowang, que se prepara para a jornada de 20 horas de comboio que separa Pequim da sua terra natal, na província de Sichuan. “Mas esta data é muito importante para os chineses: é quando nos reunimos com a família”, diz. “Não podia faltar”. À medida que o Ano Novo Lunar se aproxima, viajantes chineses enchem estações de comboio e aeroportos. Segundo o ministério dos Transportes, durante cerca de 40 dias, a China deve registar um total de três mil milhões de viagens internas. Trata-se da principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais, e decorre de 24 a 30 de Janeiro, sob o signo do rato, o primeiro dos doze animais do milenar zodíaco chinês. Na estação de comboios Oeste de Pequim, o frenesim é constante: milhares de trabalhadores rurais, carregados com malas ou sacos de pano, iniciam o regresso a casa. Para muitos das centenas de milhões de trabalhadores migrantes empregados nas prósperas cidades do litoral chinês, está é a única altura do ano em que revêem os filhos ou pais, que permanecem geralmente no interior do país. “Comprei os bilhetes com meio mês de antecedência”, diz Chen Jinghuai, que vai viajar 17 horas de comboio entre Pequim e a sua terra natal, na província de Anhui. “Durante este período, esgotam rápido”, conta. Com um bebé de seis meses ao colo, a chinesa Yang Zhen explica que tem este ano nova companhia no regresso à terra natal: “É a primeira vez que o meu filho vai a casa”. Epidemia assusta Todas as escolas, do ensino primário ao superior, fecham durante um mês. Para muitos trabalhadores, as folgas e feriados concedidos nesta quadra pelo Governo e as empresas constituem as únicas férias do ano. Na China e em todas as ‘chinatown’ espalhadas pelo mundo, os edifícios são engalanados com lanternas vermelhas, enquanto nas ruas se lançam petardos e fogo-de-artifício para “afugentar os maus espíritos’. Ratos de vários tamanhos e feitios ornamentam as lojas e os centros comerciais. Este ano, a jornada exige precauções extras, face a um novo tipo de pneumonia viral com origem no centro do país e que causou já dois mortos, tendo-se alastrado, entretanto, ao Japão e à Tailândia. Na cidade chinesa de Wuhan, um importante centro de transporte doméstico e internacional, 41 pessoas foram infectadas com a nova pneumonia viral, cinco das quais permanecem em estado grave (ver grande plano). Uma investigação identificou a doença como um novo tipo de coronavírus, uma espécie viral que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais e é transmitido através da tosse, espirros ou contacto físico. Alguns destes vírus resultam apenas numa constipação, enquanto outros podem gerar doenças respiratórias mais graves, como a pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong. Os centros de transporte estão a reforçar medidas de desinfecção, monitoramento e prevenção, disse Wang Yang, engenheiro-chefe do ministério. “O surgimento desta epidemia pode causar pânico entre as pessoas, especialmente em áreas onde se gera maior densidade populacional durante o período de férias”, observou, em conferência de imprensa.
admin China / ÁsiaAno Novo Lunar | Arranca maior migração humana do planeta Mais um ano que passa, mais uma viagem de encontro aos mais queridos. O Ano Novo Lunar põe em movimento, durante cerca de 40 dias, milhões de chineses num total de três mil milhões de viagens internas [dropcap]P[/dropcap]or estrada ou por mar, de avião ou de comboio, milhões de chineses estão a caminho da terra natal para festejar esta semana a passagem do ano lunar com a família, na maior migração interna do planeta. “É fatigante”, admite à agência Lusa Xiaowang, que se prepara para a jornada de 20 horas de comboio que separa Pequim da sua terra natal, na província de Sichuan. “Mas esta data é muito importante para os chineses: é quando nos reunimos com a família”, diz. “Não podia faltar”. À medida que o Ano Novo Lunar se aproxima, viajantes chineses enchem estações de comboio e aeroportos. Segundo o ministério dos Transportes, durante cerca de 40 dias, a China deve registar um total de três mil milhões de viagens internas. Trata-se da principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais, e decorre de 24 a 30 de Janeiro, sob o signo do rato, o primeiro dos doze animais do milenar zodíaco chinês. Na estação de comboios Oeste de Pequim, o frenesim é constante: milhares de trabalhadores rurais, carregados com malas ou sacos de pano, iniciam o regresso a casa. Para muitos das centenas de milhões de trabalhadores migrantes empregados nas prósperas cidades do litoral chinês, está é a única altura do ano em que revêem os filhos ou pais, que permanecem geralmente no interior do país. “Comprei os bilhetes com meio mês de antecedência”, diz Chen Jinghuai, que vai viajar 17 horas de comboio entre Pequim e a sua terra natal, na província de Anhui. “Durante este período, esgotam rápido”, conta. Com um bebé de seis meses ao colo, a chinesa Yang Zhen explica que tem este ano nova companhia no regresso à terra natal: “É a primeira vez que o meu filho vai a casa”. Epidemia assusta Todas as escolas, do ensino primário ao superior, fecham durante um mês. Para muitos trabalhadores, as folgas e feriados concedidos nesta quadra pelo Governo e as empresas constituem as únicas férias do ano. Na China e em todas as ‘chinatown’ espalhadas pelo mundo, os edifícios são engalanados com lanternas vermelhas, enquanto nas ruas se lançam petardos e fogo-de-artifício para “afugentar os maus espíritos’. Ratos de vários tamanhos e feitios ornamentam as lojas e os centros comerciais. Este ano, a jornada exige precauções extras, face a um novo tipo de pneumonia viral com origem no centro do país e que causou já dois mortos, tendo-se alastrado, entretanto, ao Japão e à Tailândia. Na cidade chinesa de Wuhan, um importante centro de transporte doméstico e internacional, 41 pessoas foram infectadas com a nova pneumonia viral, cinco das quais permanecem em estado grave (ver grande plano). Uma investigação identificou a doença como um novo tipo de coronavírus, uma espécie viral que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais e é transmitido através da tosse, espirros ou contacto físico. Alguns destes vírus resultam apenas numa constipação, enquanto outros podem gerar doenças respiratórias mais graves, como a pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong. Os centros de transporte estão a reforçar medidas de desinfecção, monitoramento e prevenção, disse Wang Yang, engenheiro-chefe do ministério. “O surgimento desta epidemia pode causar pânico entre as pessoas, especialmente em áreas onde se gera maior densidade populacional durante o período de férias”, observou, em conferência de imprensa.
Hoje Macau China / ÁsiaDireitos Humanos | AI acusa China de contribuir para crise no Myanmar [dropcap]A[/dropcap] Amnistia Internacional acusou ontem a China de contribuir para a crise dos direitos humanos no Myanmar, na véspera do Presidente chinês visitar aquele país, acusando Pequim de proteger as autoridades de Nepiedó. “A China deve parar de usar a sua posição no Conselho de Segurança da ONU para proteger os generais do Myanmar (antiga Birmânia) de assumir as suas responsabilidades”, apontou o director regional da organização de defesa dos direitos humanos, Nicholas Bequelin, num comunicado enviado à Lusa. “Isto apenas encoraja a incansável campanha militar de violações dos direitos humanos e crimes de guerra contra minorias étnicas em todo o país”, acrescentou. Pequim continua a ser um apoio importante para a Birmânia, país isolado da comunidade internacional, face às centenas de milhares de rohingya birmaneses que tiveram de fugir das suas aldeias no estado de Rakhine, no sudoeste do Myanmar, para escapar à violência militar que a ONU descreveu como “limpeza étnica”. Cerca de um milhão de muçulmanos rohingya birmaneses encontram-se em campos de refugiados no sul do Bangladesh, em condições desumanas. “Se não pressionar o Myanmar a garantir justiça e restaurar os direitos dos Rohingya, os esforços da China para resolver a situação permanecerão ineficazes – e contraproducentes”, escreveu Nicholas Bequelin. Xi Jinping realiza hoje a primeira visita de um chefe de Estado chinês ao Myanmar em quase vinte anos, numa altura em que Pequim tenta fortalecer as relações com membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático, face a disputas territoriais no Mar do Sul da China.