Covid-19 | Epidemia já matou 4.251 pessoas no mundo e infectou mais de 117 mil

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 117.339, das quais morreram 4.251, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados actualizados às 17:00 de hoje.

Citando fontes oficiais, a AFP diz que, desde que o surto de Covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus) eclodiu em Dezembro de 2019 na China, foram registadas 4.084 novas contaminações e 287 novas mortes em 107 países e territórios desde o balanço efectuado às 17:00 de segunda-feira.

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) teve 80.754 casos, incluindo 3.136 mortes. Entre as 17:00 de segunda-feira e as 17:00 de hoje foram anunciadas 19 novas infecções e 17 novas mortes no país. Em outras partes do mundo, foram registados 36.585 casos (4.065 novos casos) até às 17:00 de hoje, incluindo 1.115 mortes (270 novas).

Os países mais afectados depois da China são a Itália, com 10.149 casos (977 novos) e 631 mortes; o Irão, com 8.042 casos (881 novos) e 291 mortes; a Coreia do Sul, com 7.513 casos (131 novos) e 54 mortes e a Espanha, com 1.622 casos (623 novos) e 35 óbitos.

Desde as 17:00 de segunda-feira, a China, Itália, o Irão, a Coreia do Sul, Espanha, os Estados Unidos, França, Reino Unido, Países Baixos, Suíça, Marrocos, Líbano e Canadá registaram novas mortes.

O Burkina Faso, o Panamá, a República Democrática do Congo, a Mongólia e Chipre do Norte (república turca auto-proclamada e não reconhecida pela comunidade internacional) anunciaram hoje os primeiros casos.

A Ásia registou até às 17:00 de hoje 90.134 casos (3.208 mortes), a Europa 17.670 casos (711 mortes), o Médio Oriente 8.541 casos (299 mortes), Estados Unidos e Canadá 679 casos (27 mortes), Oceânia 112 casos (três mortes), América Latina e Caraíbas 103 casos (uma morte) e África 100 casos (duas mortes).

Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de 117 mil pessoas foram infectadas em mais de uma centena de países e mais de 63 mil recuperaram. Portugal regista 41 casos confirmados de infecção, segundo a DGS.

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

11 Mar 2020

Covid-19 | Epidemia já matou 4.251 pessoas no mundo e infectou mais de 117 mil

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 117.339, das quais morreram 4.251, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France Presse (AFP), com dados actualizados às 17:00 de hoje.
Citando fontes oficiais, a AFP diz que, desde que o surto de Covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus) eclodiu em Dezembro de 2019 na China, foram registadas 4.084 novas contaminações e 287 novas mortes em 107 países e territórios desde o balanço efectuado às 17:00 de segunda-feira.
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) teve 80.754 casos, incluindo 3.136 mortes. Entre as 17:00 de segunda-feira e as 17:00 de hoje foram anunciadas 19 novas infecções e 17 novas mortes no país. Em outras partes do mundo, foram registados 36.585 casos (4.065 novos casos) até às 17:00 de hoje, incluindo 1.115 mortes (270 novas).
Os países mais afectados depois da China são a Itália, com 10.149 casos (977 novos) e 631 mortes; o Irão, com 8.042 casos (881 novos) e 291 mortes; a Coreia do Sul, com 7.513 casos (131 novos) e 54 mortes e a Espanha, com 1.622 casos (623 novos) e 35 óbitos.
Desde as 17:00 de segunda-feira, a China, Itália, o Irão, a Coreia do Sul, Espanha, os Estados Unidos, França, Reino Unido, Países Baixos, Suíça, Marrocos, Líbano e Canadá registaram novas mortes.
O Burkina Faso, o Panamá, a República Democrática do Congo, a Mongólia e Chipre do Norte (república turca auto-proclamada e não reconhecida pela comunidade internacional) anunciaram hoje os primeiros casos.
A Ásia registou até às 17:00 de hoje 90.134 casos (3.208 mortes), a Europa 17.670 casos (711 mortes), o Médio Oriente 8.541 casos (299 mortes), Estados Unidos e Canadá 679 casos (27 mortes), Oceânia 112 casos (três mortes), América Latina e Caraíbas 103 casos (uma morte) e África 100 casos (duas mortes).
Este balanço da AFP foi elaborado com dados recolhidos junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mais de 117 mil pessoas foram infectadas em mais de uma centena de países e mais de 63 mil recuperaram. Portugal regista 41 casos confirmados de infecção, segundo a DGS.
A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

11 Mar 2020

Covid-19 | Número de novos casos volta a subir na China

[dropcap]A[/dropcap] China registou hoje 24 novos casos de contágio pelo Covid-19, incluindo dez “importados”, ao mesmo tempo que morreram 22 pessoas, informou a Comissão Nacional de Saúde do país asiático. Até à meia-noite de quarta-feira, a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.778 infectados e 3.158 mortos devido ao novo coronavírus.

Todas as mortes e 13 dos novos casos de infeção foram registados na província de Hubei, epicentro da epidemia, onde várias cidades permanecem em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas. No total, Hubei soma 3.046 mortes e 67.773 casos confirmados até à data.

Nas últimas 24 horas, foram detetados 10 casos “importados” de fora do país, oito a mais do que no dia anterior, incluindo em Pequim e Xangai e nas províncias de Shandong e Gansu.

A Comissão Nacional de Saúde também informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.578 pessoas receberam alta após superarem a doença.

Segundo os dados oficiais, 61.475 pacientes receberam alta desde o início da epidemia e mais de 675.886 pessoas que tiveram contacto próximo com infectados pelo Covid-19 foram acompanhadas, entre as quais 14.607 permanecem sob observação.

Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países.

A epidemia de Covid-19 foi detectada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos entre cerca de 117 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.

11 Mar 2020

Covid-19 | Número de novos casos volta a subir na China

[dropcap]A[/dropcap] China registou hoje 24 novos casos de contágio pelo Covid-19, incluindo dez “importados”, ao mesmo tempo que morreram 22 pessoas, informou a Comissão Nacional de Saúde do país asiático. Até à meia-noite de quarta-feira, a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.778 infectados e 3.158 mortos devido ao novo coronavírus.
Todas as mortes e 13 dos novos casos de infeção foram registados na província de Hubei, epicentro da epidemia, onde várias cidades permanecem em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas. No total, Hubei soma 3.046 mortes e 67.773 casos confirmados até à data.
Nas últimas 24 horas, foram detetados 10 casos “importados” de fora do país, oito a mais do que no dia anterior, incluindo em Pequim e Xangai e nas províncias de Shandong e Gansu.
A Comissão Nacional de Saúde também informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.578 pessoas receberam alta após superarem a doença.
Segundo os dados oficiais, 61.475 pacientes receberam alta desde o início da epidemia e mais de 675.886 pessoas que tiveram contacto próximo com infectados pelo Covid-19 foram acompanhadas, entre as quais 14.607 permanecem sob observação.
Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países.
A epidemia de Covid-19 foi detectada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos entre cerca de 117 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.

11 Mar 2020

Portugal | Embaixada pede castigo para autores de fogo em loja chinesa

Um grupo de oito jovens terá incendiado um monte de caixas de papelão deixadas à frente de uma “loja de chineses” em Alvalade. A representação de Pequim em Lisboa pede ao Executivo português que tome medidas para combater a discriminação e crimes “contra grupos específicos”

 

[dropcap]A[/dropcap] Embaixada da China em Portugal quer que os responsáveis por um incêndio numa loja chinesa em Alvalade sejam punidos. A mensagem foi deixada num comunicado emitido ontem, em chinês, em que é revelado que o incêndio terá ocorrido na madrugada de 7 de Março.

A notícia sobre este incidente tinha sido avançada há três dias na conta da plataforma Wechat do jornal “Puhuabao”, publicação em língua chinesa com sede em Lisboa, e o crime terá sido cometido por um grupo com cerca de oito jovens. As motivações que levaram ao incêndio não foram avançadas.

No entanto, a Embaixada da China reagiu ontem ao incidente a que atribuiu “muita importância. “O Embaixador da China em Portugal considera que este incidente tem muita importância e entrou logo em contacto com o respectivo posto da Polícia de Segurança Pública de Lisboa”, pode ler-se no comunicado.

“[Às autoridades de Lisboa] foi pedido que a este caso seja atribuído um elevado grau de importância e que a investigação seja feita rapidamente, de forma a punir os criminosos e assegurar os direitos e interesses legítimos dos cidadãos chineses em Portugal”, é acrescentado.

A representação do Governo de Pequim apelou também ao Governo de Lisboa que adopte medidas no sentido de “combater qualquer forma de discriminação e ilegalidades praticadas contra grupos específicos”.

Na mesma mensagem, é ainda pedido aos cidadãos chineses que seja vítimas de crimes que relatem imediatamente os casos à polícia local.

Caixotes a arder

A notícia do incêndio tinha sido avançada pelo jornal “Puhuabao”, mas apenas através da conta Wechat. No portal da publicação não houve qualquer referência ao caso.

No entanto, segundo o relato da publicação o proprietário de uma loja de Alvalade tinha deixado várias caixas de papel à frente da entrada, para que durante a noite fossem levadas pelos serviços de recolha de lixo.

No entanto, um grupo com cerca de oito jovens que passou naquela zona e acabou por incendiar os caixotes. O fogo a causou danos à montra da loja, que foram definidos pela publicação como de “pequena dimensão”, mas foi o suficiente para gerar o alerta nos residentes. Terão sido as pessoas que habitam naquela zona que acabaram por chamar os bombeiros ao local.

Ainda de acordo com o relato da publicação, o grupo de jovens responsáveis pelo incêndio permaneceram no local enquanto os bombeiros apagavam as chamas e o crime terá sido igualmente captado pelas imagens de videovigilância.

Jani Zhao queixa-se de xenofobia

A actriz Jani Zhao, namorada do realizador Ivo Ferreira, relatou que foi vítima de xenofobia na linha de Cascais, quando almoçava numa esplanada ao ar livre. Em causa terá estado um piada sobre o coronavírus contada por um pai de família, que embaraçou todos os presentes. “Quando estava a arrumar as coisas para me ir embora, aproximou-se uma família (os pais e uma rapariga já crescida agarrada à sua prancha de surf). Enquanto esperavam que saísse, o pai achou por bem mandar uma piada (pareceu-me que não foi com a intenção de a ouvir) relacionada com o coronavírus. Fiquei petrificada”, relatou a actriz nas redes sociais.

11 Mar 2020

Portugal | Embaixada pede castigo para autores de fogo em loja chinesa

Um grupo de oito jovens terá incendiado um monte de caixas de papelão deixadas à frente de uma “loja de chineses” em Alvalade. A representação de Pequim em Lisboa pede ao Executivo português que tome medidas para combater a discriminação e crimes “contra grupos específicos”

 
[dropcap]A[/dropcap] Embaixada da China em Portugal quer que os responsáveis por um incêndio numa loja chinesa em Alvalade sejam punidos. A mensagem foi deixada num comunicado emitido ontem, em chinês, em que é revelado que o incêndio terá ocorrido na madrugada de 7 de Março.
A notícia sobre este incidente tinha sido avançada há três dias na conta da plataforma Wechat do jornal “Puhuabao”, publicação em língua chinesa com sede em Lisboa, e o crime terá sido cometido por um grupo com cerca de oito jovens. As motivações que levaram ao incêndio não foram avançadas.
No entanto, a Embaixada da China reagiu ontem ao incidente a que atribuiu “muita importância. “O Embaixador da China em Portugal considera que este incidente tem muita importância e entrou logo em contacto com o respectivo posto da Polícia de Segurança Pública de Lisboa”, pode ler-se no comunicado.
“[Às autoridades de Lisboa] foi pedido que a este caso seja atribuído um elevado grau de importância e que a investigação seja feita rapidamente, de forma a punir os criminosos e assegurar os direitos e interesses legítimos dos cidadãos chineses em Portugal”, é acrescentado.
A representação do Governo de Pequim apelou também ao Governo de Lisboa que adopte medidas no sentido de “combater qualquer forma de discriminação e ilegalidades praticadas contra grupos específicos”.
Na mesma mensagem, é ainda pedido aos cidadãos chineses que seja vítimas de crimes que relatem imediatamente os casos à polícia local.

Caixotes a arder

A notícia do incêndio tinha sido avançada pelo jornal “Puhuabao”, mas apenas através da conta Wechat. No portal da publicação não houve qualquer referência ao caso.
No entanto, segundo o relato da publicação o proprietário de uma loja de Alvalade tinha deixado várias caixas de papel à frente da entrada, para que durante a noite fossem levadas pelos serviços de recolha de lixo.
No entanto, um grupo com cerca de oito jovens que passou naquela zona e acabou por incendiar os caixotes. O fogo a causou danos à montra da loja, que foram definidos pela publicação como de “pequena dimensão”, mas foi o suficiente para gerar o alerta nos residentes. Terão sido as pessoas que habitam naquela zona que acabaram por chamar os bombeiros ao local.
Ainda de acordo com o relato da publicação, o grupo de jovens responsáveis pelo incêndio permaneceram no local enquanto os bombeiros apagavam as chamas e o crime terá sido igualmente captado pelas imagens de videovigilância.

Jani Zhao queixa-se de xenofobia

A actriz Jani Zhao, namorada do realizador Ivo Ferreira, relatou que foi vítima de xenofobia na linha de Cascais, quando almoçava numa esplanada ao ar livre. Em causa terá estado um piada sobre o coronavírus contada por um pai de família, que embaraçou todos os presentes. “Quando estava a arrumar as coisas para me ir embora, aproximou-se uma família (os pais e uma rapariga já crescida agarrada à sua prancha de surf). Enquanto esperavam que saísse, o pai achou por bem mandar uma piada (pareceu-me que não foi com a intenção de a ouvir) relacionada com o coronavírus. Fiquei petrificada”, relatou a actriz nas redes sociais.

11 Mar 2020

Covid-19 | Itália em quarentena torna-se epicentro da luta contra a epidemia

A Itália está fechada em quarentena, uma medida extrema depois de na passada segunda-feira terem sido acrescentados quase 100 mortos à lista de óbitos na sequência da infecção pelo novo coronavírus. As deslocações estão condicionadas, a vida de 60 milhões de pessoas ficam em suspenso, enquanto os hospitais do norte do país começam a acusar falta de capacidade para responder à epidemia

 

[dropcap]“T[/dropcap]enho pensado muito nos velhos discursos de Churchill, esta é a nossa hora mais negra, mas vamos ultrapassar isto.” A frase proferida por Giuseppe Conte, primeiro-ministro italiano, em entrevista ao jornal La Repubblica, retrata os momentos de aflição que se vivem em Itália devido ao surto do novo coronavírus.

À hora do fecho desta edição, Itália contabilizava 9.172 infectados, com 724 pacientes recuperados. O número total de mortes situava-se em 463, depois da subida vertiginosa na segunda-feira, que acrescentou 97 óbitos à negra contabilidade de Itália, que é agora o segundo país mais afectado, depois da China. A grande maioria dos casos de contágio e de mortos concentra-se na região da Lombardia, onde se registaram 333 mortes, seguida da região de Emília-Romagna, com 70 óbitos e 1.386 casos positivos. No Veneto foram contabilizados até ontem 20 óbitos e 744 contágios.

Para responder à crise, o Governo de Conte alargou as medidas de urgência e fechou o país em quarentena. Como parte da resposta para conter a propagação do surto, foram restringidas as viagens e a circulação de mais de 60 milhões de cidadãos e banidos grandes aglomerados de pessoas em locais públicos.

O decreto, que entrou em vigor ontem e que estará em efeito até, pelo menos 3 de Abril, prevê a proibição de todos os eventos públicos, encerramento de cinemas, teatros, ginásios, discotecas e bares, funerais, casamentos e todos os eventos desportivos, incluindo jogos da Série A.

De acordo com as imposições das autoridades, apenas quem tiver razões válidas, familiares ou de trabalho, que não possa adiar será autorizado a viajar.

As medidas são extensíveis ao tráfego aéreo, com as partidas a necessitarem igualmente de autorização, assim como quem chega a território italiano. Passaram a fazer-se medições de temperatura nas estações ferroviárias e foi proibida a atracagem de navios de cruzeiro em vários portos italianos.

Adicionalmente, e como já tinha sido anteriormente anunciado, todas as escolas e universidades permanecerão fechadas até 3 de Abril.

No limite

O jornal italiano La Repubblica escreve que o primeiro-ministro chegou à sala de imprensa sozinho naquele que foi, sem dúvida, o anúncio mais dramático de sua experiência no Governo: “Adoptámos uma nova medida baseada numa suposição: não há tempo”, referiu.

“Os números dizem-nos que estamos a ter um crescimento grande das infecções, das pessoas hospitalizadas (…) e, infelizmente, também das pessoas falecidas. Por isso, os nossos hábitos, devem ser mudados” e “devem ser mudados agora”, pelo que decidi “adoptar imediatamente medidas ainda mais rigorosas, mais fortes “.

Face à anormal circunstância que exige imensos recursos, o sistema de saúde italiano começa a ceder. Na Lombardia, a região mais afectada pelo surto, os hospitais começam a ficar sem camas disponíveis e o espaço nas unidades de cuidados intensivos é escasso para a procura que aumenta de dia para dia.

“Estou muito preocupado. A pressão sobre os hospitais da Lombardia nos dias que correm é enorme. Estou muito, muito preocupado com o impacto que o vírus vai ter no nosso sistema de saúde”, confessou Massimo Galli, director da ala de doenças infecciosas do Hospital de Sacco em Milão, citado pela BBC.

A escassez de recursos está a obrigar à transferência de pacientes para unidades hospitalares de outras regiões.

Sem isolamento

Outra circunstância especial, e para a qual o sistema de saúde italiano está a ter dificuldades para dar resposta, é a exigência técnica dos espaços onde são internados os pacientes infectados com o novo coronavírus. Em condições ideais, estes doentes ficariam em salas de pressão negativa, para garantir o isolamento que permita conter contaminantes do ar. Estas medidas são essenciais para proteger o pessoal médico e os técnicos hospitalares que trabalham para a recuperação dos pacientes.

“Só uma pequena porção de pacientes afectados pelo Covid-19 na Lombardia estão instalados em salas de pressão negativa. A maioria não está e isso é um problema perigoso porque pode levar à transmissão a outros doentes, ao pessoal médico, ou ao hospital inteiro”, revelou Massimo Galli.

As autoridades da região da Lombardia estão a tentar libertar camas o mais depressa possível. De acordo com as novas directrizes, se um doente infectado com Covid-19 não tiver febre durante três dias seguidos, e aparentar melhorias, esse doente sai dos cuidados intensivos e é transferido para as alas de reabilitação pulmonar dedicadas a infectados pelo novo coronavírus.

“As camas dos cuidados intensivos e, em geral, nos hospitais têm de ser vagas o mais rapidamente possível para dar espaço a novos pacientes”, referiu o ministro da saúde da região da Lombardia, Angelo Garra, citado pelo Corriere della Sera.

Até agora, dezenas de médicos contraíram o novo coronavírus. Para acorrer à emergência, o Governo italiano alocou 600 milhões de euros para recrutar 20 mil médicos e enfermeiros.

No coração da Europa

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, anunciou ontem que vai trabalhar desde a sua residência em Bruxelas nos próximos 14 dias, cumprindo o protocolo de saúde em vigor na assembleia, como medida de precaução após ter estado no fim-de-semana em Itália.

“As novas orientações introduzidas pelo Governo italiano estendem a área protegida a todo o território nacional. Tal acarreta consequências importantes para o comportamento dos deputados italianos ao Parlamento Europeu. Por essa razão, após ter estado em Itália no último fim-de-semana, decidi como precaução seguir as medidas indicadas e exercer as minhas funções de presidente desde a minha casa em Bruxelas, em cumprimento dos 14 dias [de quarentena] indicados pelo protocolo de saúde”, anunciou.

Apontando que o surto de Covid-19 “obriga todos a serem responsáveis e cuidadosos”, Sassoli admite que este é “um momento delicado” para todos, mas sublinhou que “o Parlamento vai continuar a trabalhar para exercer os seus deveres”, pois “nenhum vírus pode bloquear a democracia”.

A Comissão Europeia apelou aos Estados-membros para prosseguirem os esforços no sentido de “conter de forma agressiva” o surto do novo coronavírus, sublinhando que “os próximos dias e semanas serão críticos”.

“O Covid-19 tornou-se uma emergência de saúde pública grave crescente que está a afectar os nossos cidadãos, as nossas sociedades e as nossas economias. Desde segunda-feira, temos casos confirmados em todos os Estados-membros, ainda que com muitas variações, mas sabemos que o panorama está a mudar exponencialmente e a cada hora. Desnecessário será dizer que os dias e semanas pela frente são críticos”, afirmou a comissária da Saúde.

Sem calcio

O Governo italiano decidiu suspender de forma temporária o campeonato italiano de futebol, devido ao avanço significativo do surto Covid-19. “Não existem razões para que prossigam os jogos e os eventos desportivos, e penso, nomeadamente, no campeonato de futebol. Lamento, mas todos os adeptos devem acatar a decisão”, disse o primeiro-ministro italiano, numa conferência de imprensa na sede do Governo, em Roma.

Giuseppe Conte não mencionou os jogos da Liga dos Campeões ou da Liga Europa previstos para as próximas semanas naquele país, nem outras modalidades. A decisão governamental, com efeitos imediatos, vai afectar o campeonato italiano durante várias semanas, no qual a líder isolada Juventus, de Cristiano Ronaldo, luta pelo título, juntamente com a Lazio, segunda classificada, com 62 pontos, menos um que a ‘vecchia signoria’, e Inter de Milão, que é terceiro, com 54.

11 Mar 2020

Covid-19 | Itália em quarentena torna-se epicentro da luta contra a epidemia

A Itália está fechada em quarentena, uma medida extrema depois de na passada segunda-feira terem sido acrescentados quase 100 mortos à lista de óbitos na sequência da infecção pelo novo coronavírus. As deslocações estão condicionadas, a vida de 60 milhões de pessoas ficam em suspenso, enquanto os hospitais do norte do país começam a acusar falta de capacidade para responder à epidemia

 
[dropcap]“T[/dropcap]enho pensado muito nos velhos discursos de Churchill, esta é a nossa hora mais negra, mas vamos ultrapassar isto.” A frase proferida por Giuseppe Conte, primeiro-ministro italiano, em entrevista ao jornal La Repubblica, retrata os momentos de aflição que se vivem em Itália devido ao surto do novo coronavírus.
À hora do fecho desta edição, Itália contabilizava 9.172 infectados, com 724 pacientes recuperados. O número total de mortes situava-se em 463, depois da subida vertiginosa na segunda-feira, que acrescentou 97 óbitos à negra contabilidade de Itália, que é agora o segundo país mais afectado, depois da China. A grande maioria dos casos de contágio e de mortos concentra-se na região da Lombardia, onde se registaram 333 mortes, seguida da região de Emília-Romagna, com 70 óbitos e 1.386 casos positivos. No Veneto foram contabilizados até ontem 20 óbitos e 744 contágios.
Para responder à crise, o Governo de Conte alargou as medidas de urgência e fechou o país em quarentena. Como parte da resposta para conter a propagação do surto, foram restringidas as viagens e a circulação de mais de 60 milhões de cidadãos e banidos grandes aglomerados de pessoas em locais públicos.
O decreto, que entrou em vigor ontem e que estará em efeito até, pelo menos 3 de Abril, prevê a proibição de todos os eventos públicos, encerramento de cinemas, teatros, ginásios, discotecas e bares, funerais, casamentos e todos os eventos desportivos, incluindo jogos da Série A.
De acordo com as imposições das autoridades, apenas quem tiver razões válidas, familiares ou de trabalho, que não possa adiar será autorizado a viajar.
As medidas são extensíveis ao tráfego aéreo, com as partidas a necessitarem igualmente de autorização, assim como quem chega a território italiano. Passaram a fazer-se medições de temperatura nas estações ferroviárias e foi proibida a atracagem de navios de cruzeiro em vários portos italianos.
Adicionalmente, e como já tinha sido anteriormente anunciado, todas as escolas e universidades permanecerão fechadas até 3 de Abril.

No limite

O jornal italiano La Repubblica escreve que o primeiro-ministro chegou à sala de imprensa sozinho naquele que foi, sem dúvida, o anúncio mais dramático de sua experiência no Governo: “Adoptámos uma nova medida baseada numa suposição: não há tempo”, referiu.
“Os números dizem-nos que estamos a ter um crescimento grande das infecções, das pessoas hospitalizadas (…) e, infelizmente, também das pessoas falecidas. Por isso, os nossos hábitos, devem ser mudados” e “devem ser mudados agora”, pelo que decidi “adoptar imediatamente medidas ainda mais rigorosas, mais fortes “.
Face à anormal circunstância que exige imensos recursos, o sistema de saúde italiano começa a ceder. Na Lombardia, a região mais afectada pelo surto, os hospitais começam a ficar sem camas disponíveis e o espaço nas unidades de cuidados intensivos é escasso para a procura que aumenta de dia para dia.
“Estou muito preocupado. A pressão sobre os hospitais da Lombardia nos dias que correm é enorme. Estou muito, muito preocupado com o impacto que o vírus vai ter no nosso sistema de saúde”, confessou Massimo Galli, director da ala de doenças infecciosas do Hospital de Sacco em Milão, citado pela BBC.
A escassez de recursos está a obrigar à transferência de pacientes para unidades hospitalares de outras regiões.

Sem isolamento

Outra circunstância especial, e para a qual o sistema de saúde italiano está a ter dificuldades para dar resposta, é a exigência técnica dos espaços onde são internados os pacientes infectados com o novo coronavírus. Em condições ideais, estes doentes ficariam em salas de pressão negativa, para garantir o isolamento que permita conter contaminantes do ar. Estas medidas são essenciais para proteger o pessoal médico e os técnicos hospitalares que trabalham para a recuperação dos pacientes.
“Só uma pequena porção de pacientes afectados pelo Covid-19 na Lombardia estão instalados em salas de pressão negativa. A maioria não está e isso é um problema perigoso porque pode levar à transmissão a outros doentes, ao pessoal médico, ou ao hospital inteiro”, revelou Massimo Galli.
As autoridades da região da Lombardia estão a tentar libertar camas o mais depressa possível. De acordo com as novas directrizes, se um doente infectado com Covid-19 não tiver febre durante três dias seguidos, e aparentar melhorias, esse doente sai dos cuidados intensivos e é transferido para as alas de reabilitação pulmonar dedicadas a infectados pelo novo coronavírus.
“As camas dos cuidados intensivos e, em geral, nos hospitais têm de ser vagas o mais rapidamente possível para dar espaço a novos pacientes”, referiu o ministro da saúde da região da Lombardia, Angelo Garra, citado pelo Corriere della Sera.
Até agora, dezenas de médicos contraíram o novo coronavírus. Para acorrer à emergência, o Governo italiano alocou 600 milhões de euros para recrutar 20 mil médicos e enfermeiros.

No coração da Europa

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, anunciou ontem que vai trabalhar desde a sua residência em Bruxelas nos próximos 14 dias, cumprindo o protocolo de saúde em vigor na assembleia, como medida de precaução após ter estado no fim-de-semana em Itália.
“As novas orientações introduzidas pelo Governo italiano estendem a área protegida a todo o território nacional. Tal acarreta consequências importantes para o comportamento dos deputados italianos ao Parlamento Europeu. Por essa razão, após ter estado em Itália no último fim-de-semana, decidi como precaução seguir as medidas indicadas e exercer as minhas funções de presidente desde a minha casa em Bruxelas, em cumprimento dos 14 dias [de quarentena] indicados pelo protocolo de saúde”, anunciou.
Apontando que o surto de Covid-19 “obriga todos a serem responsáveis e cuidadosos”, Sassoli admite que este é “um momento delicado” para todos, mas sublinhou que “o Parlamento vai continuar a trabalhar para exercer os seus deveres”, pois “nenhum vírus pode bloquear a democracia”.
A Comissão Europeia apelou aos Estados-membros para prosseguirem os esforços no sentido de “conter de forma agressiva” o surto do novo coronavírus, sublinhando que “os próximos dias e semanas serão críticos”.
“O Covid-19 tornou-se uma emergência de saúde pública grave crescente que está a afectar os nossos cidadãos, as nossas sociedades e as nossas economias. Desde segunda-feira, temos casos confirmados em todos os Estados-membros, ainda que com muitas variações, mas sabemos que o panorama está a mudar exponencialmente e a cada hora. Desnecessário será dizer que os dias e semanas pela frente são críticos”, afirmou a comissária da Saúde.

Sem calcio

O Governo italiano decidiu suspender de forma temporária o campeonato italiano de futebol, devido ao avanço significativo do surto Covid-19. “Não existem razões para que prossigam os jogos e os eventos desportivos, e penso, nomeadamente, no campeonato de futebol. Lamento, mas todos os adeptos devem acatar a decisão”, disse o primeiro-ministro italiano, numa conferência de imprensa na sede do Governo, em Roma.
Giuseppe Conte não mencionou os jogos da Liga dos Campeões ou da Liga Europa previstos para as próximas semanas naquele país, nem outras modalidades. A decisão governamental, com efeitos imediatos, vai afectar o campeonato italiano durante várias semanas, no qual a líder isolada Juventus, de Cristiano Ronaldo, luta pelo título, juntamente com a Lazio, segunda classificada, com 62 pontos, menos um que a ‘vecchia signoria’, e Inter de Milão, que é terceiro, com 54.

11 Mar 2020

Covid-19 | Número de infectados em Portugal sobe para 41 pessoas

[dropcap]O[/dropcap] número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19 subiu para 41, mais dois do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado hoje, há 375 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial.

Segundo a DGS, há ainda 667 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde. A região Norte é a que regista o maior número de casos confirmados (27), seguida da Grande Lisboa (10) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com dois casos confirmados da doença.

Segundo o mapa disponibilizado pela DGS, não há casos registados no Alentejo e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Os dados da DGS adiantam que cinco casos resultam da importação do vírus de Itália, dois de Espanha e um está em investigação relativamente à origem da Alemanha ou da Áustria.

De acordo com a Direcção-Geral da Saúde, “há seis cadeias de transmissão activas”. Relativamente à caracterização dos doentes internados, 23 são homens e 18 são mulheres, a maioria (sete homens e sete mulheres) têm idades entre os 40 e os 49 anos.

Há três mulheres internadas com idade entre os 70 e os 79 anos, adianta o boletim da DGS, que aponta ainda que seis doentes têm idades entre 10 e 19 anos, dois têm entre os 20 e os 29 anos, seis entre os 30 e os 39 anos.

Quatro doentes têm idades entre os 50 e os 59 anos e seis têm entre 60 e 69 anos. Tosse é o sintoma mais apontado (29), seguido de febre (23), dores musculares (21), dores de cabeça (19) e fraqueza generalizada (17).

A epidemia de Covid-19 foi detectada em Dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos. Cerca de 114 mil pessoas foram infectadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afectadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

10 Mar 2020

Covid-19 | Número de infectados em Portugal sobe para 41 pessoas

[dropcap]O[/dropcap] número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19 subiu para 41, mais dois do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado hoje, há 375 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial.
Segundo a DGS, há ainda 667 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde. A região Norte é a que regista o maior número de casos confirmados (27), seguida da Grande Lisboa (10) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com dois casos confirmados da doença.
Segundo o mapa disponibilizado pela DGS, não há casos registados no Alentejo e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Os dados da DGS adiantam que cinco casos resultam da importação do vírus de Itália, dois de Espanha e um está em investigação relativamente à origem da Alemanha ou da Áustria.
De acordo com a Direcção-Geral da Saúde, “há seis cadeias de transmissão activas”. Relativamente à caracterização dos doentes internados, 23 são homens e 18 são mulheres, a maioria (sete homens e sete mulheres) têm idades entre os 40 e os 49 anos.
Há três mulheres internadas com idade entre os 70 e os 79 anos, adianta o boletim da DGS, que aponta ainda que seis doentes têm idades entre 10 e 19 anos, dois têm entre os 20 e os 29 anos, seis entre os 30 e os 39 anos.
Quatro doentes têm idades entre os 50 e os 59 anos e seis têm entre 60 e 69 anos. Tosse é o sintoma mais apontado (29), seguido de febre (23), dores musculares (21), dores de cabeça (19) e fraqueza generalizada (17).
A epidemia de Covid-19 foi detectada em Dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos. Cerca de 114 mil pessoas foram infectadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afectadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

10 Mar 2020

Covid-19 | Cientistas chineses dizem que vírus pode sobreviver no ar até 30 minutos

[dropcap]O[/dropcap] novo coronavírus pode sobreviver no ar por pelo menos 30 minutos e contagiar alguém a 4,5 metros, ou seja, mais do que a “distância segura” recomendada pelas autoridades de saúde de todo o mundo, segundo um estudo publicado por cientistas chineses.

O estudo, realizado por epidemiologistas do Governo chinês e divulgado pela imprensa local, garante que o vírus pode “durar dias” em superfícies onde tenham caído gotas respiratórias infectadas, o que aumenta o risco de infeção caso se toque na superfície e se esfregue a mão no rosto.

O tempo que o vírus dura depende de factores como a temperatura: por exemplo, a cerca de 37 graus Celsius, o vírus pode sobreviver entre dois e três dias em materiais como vidro, tecido, metal, plástico ou papel. As descobertas desafiam o conselho das autoridades de saúde de todo o mundo de que as pessoas devem permanecer separadas por uma “distância segura” de entre um e dois metros.

O número de pessoas infectadas desde Dezembro passado pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 114.151, entre as quais morreram 4.012, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de hoje. Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas em 105 países e territórios 898 contaminações e 48 novas mortes desde o último balanço, às 17:00 de domingo.

A China continental (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, teve 80.754 casos, incluindo 3.136 mortes. Entre as 17:00 de domingo e as 09:00 de hoje foram anunciadas 19 novas infeções e 17 novas mortes no país.

Em outras partes do mundo, foram registados 33.397 casos (877 novos) até às 09:00 de hoje, incluindo 876 mortes (31 novas).

10 Mar 2020

Covid-19 | Cientistas chineses dizem que vírus pode sobreviver no ar até 30 minutos

[dropcap]O[/dropcap] novo coronavírus pode sobreviver no ar por pelo menos 30 minutos e contagiar alguém a 4,5 metros, ou seja, mais do que a “distância segura” recomendada pelas autoridades de saúde de todo o mundo, segundo um estudo publicado por cientistas chineses.
O estudo, realizado por epidemiologistas do Governo chinês e divulgado pela imprensa local, garante que o vírus pode “durar dias” em superfícies onde tenham caído gotas respiratórias infectadas, o que aumenta o risco de infeção caso se toque na superfície e se esfregue a mão no rosto.
O tempo que o vírus dura depende de factores como a temperatura: por exemplo, a cerca de 37 graus Celsius, o vírus pode sobreviver entre dois e três dias em materiais como vidro, tecido, metal, plástico ou papel. As descobertas desafiam o conselho das autoridades de saúde de todo o mundo de que as pessoas devem permanecer separadas por uma “distância segura” de entre um e dois metros.
O número de pessoas infectadas desde Dezembro passado pelo novo coronavírus em todo o mundo aumentou para 114.151, entre as quais morreram 4.012, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de hoje. Citando fontes oficiais, a AFP diz que, no total, foram registadas em 105 países e territórios 898 contaminações e 48 novas mortes desde o último balanço, às 17:00 de domingo.
A China continental (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, teve 80.754 casos, incluindo 3.136 mortes. Entre as 17:00 de domingo e as 09:00 de hoje foram anunciadas 19 novas infeções e 17 novas mortes no país.
Em outras partes do mundo, foram registados 33.397 casos (877 novos) até às 09:00 de hoje, incluindo 876 mortes (31 novas).

10 Mar 2020

Xi Jinping faz “visita de inspecção” ao epicentro do surto do Covid-19

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, chegou hoje à cidade de Wuhan para uma “visita de inspeção”, na sua primeira deslocação ao epicentro do surto do Covid-19, informou a agência de notícias oficial Xinhua. O líder chinês vai reunir com moradores, médicos, doentes e políticos locais, detalhou a agência.

Situada no centro da China, a cidade de Wuhan foi colocada sob quarentena, em 23 de Janeiro, com entradas e saídas bloqueadas. A visita surge no dia em que a China regista o menor número de novos casos, 19, desde que a contagem começou a ser feita a nível nacional.

Xi Jinping chegou de avião à capital da província de Hubei, onde várias outras cidades foram submetidas a medidas semelhantes de isolamento. No total, Hubei soma 3.024 mortes e 67.760 casos confirmados de infecção pelo Covid-19.

O novo coronavírus surgiu em dezembro passado, em Wuhan, antes de se espalhar por todo o país e além-fronteiras. Mais de 110.000 pessoas foram infectadas em todo o mundo, entre as quais 4.000 morreram, a grande maioria na China.

A propagação da doença provocou forte descontentamento popular no país asiático, sobretudo depois de acusações públicas de que as autoridades silenciaram denunciantes e ocultaram informações cruciais, facilitando o alastramento do surto.

Depois de ter desaparecido da imprensa oficial durante o pico da crise, Xi Jinping voltou a ser destaque no noticiário da televisão estatal, como o líder da “guerra popular” contra o surto.

No final de janeiro passado, quando o país registava milhares de novos casos por dia, foi o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, a dar a cara no combate ao surto, tendo inclusive visitado Wuhan. As falhas iniciais foram, entretanto, atribuídas a funcionários municipais e provinciais, entretanto afastados.

A visita de Xi pode indicar que o Partido Comunista está confiante que o vírus foi contido, depois de o país ter estagnado ao longo de quase dois meses, com centenas de milhões de pessoas impedidas de regressarem ao trabalho.

10 Mar 2020

Xi Jinping faz "visita de inspecção" ao epicentro do surto do Covid-19

[dropcap]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, chegou hoje à cidade de Wuhan para uma “visita de inspeção”, na sua primeira deslocação ao epicentro do surto do Covid-19, informou a agência de notícias oficial Xinhua. O líder chinês vai reunir com moradores, médicos, doentes e políticos locais, detalhou a agência.
Situada no centro da China, a cidade de Wuhan foi colocada sob quarentena, em 23 de Janeiro, com entradas e saídas bloqueadas. A visita surge no dia em que a China regista o menor número de novos casos, 19, desde que a contagem começou a ser feita a nível nacional.
Xi Jinping chegou de avião à capital da província de Hubei, onde várias outras cidades foram submetidas a medidas semelhantes de isolamento. No total, Hubei soma 3.024 mortes e 67.760 casos confirmados de infecção pelo Covid-19.
O novo coronavírus surgiu em dezembro passado, em Wuhan, antes de se espalhar por todo o país e além-fronteiras. Mais de 110.000 pessoas foram infectadas em todo o mundo, entre as quais 4.000 morreram, a grande maioria na China.
A propagação da doença provocou forte descontentamento popular no país asiático, sobretudo depois de acusações públicas de que as autoridades silenciaram denunciantes e ocultaram informações cruciais, facilitando o alastramento do surto.
Depois de ter desaparecido da imprensa oficial durante o pico da crise, Xi Jinping voltou a ser destaque no noticiário da televisão estatal, como o líder da “guerra popular” contra o surto.
No final de janeiro passado, quando o país registava milhares de novos casos por dia, foi o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, a dar a cara no combate ao surto, tendo inclusive visitado Wuhan. As falhas iniciais foram, entretanto, atribuídas a funcionários municipais e provinciais, entretanto afastados.
A visita de Xi pode indicar que o Partido Comunista está confiante que o vírus foi contido, depois de o país ter estagnado ao longo de quase dois meses, com centenas de milhões de pessoas impedidas de regressarem ao trabalho.

10 Mar 2020

Covid-19 | Total de casos de infecção em Portugal sobe para 39

[dropcap]O[/dropcap] total de casos de infecção pelo novo coronavírus em Portugal aumentou ontem para 39, mais nove casos do que no domingo, havendo uma doente com um quadro clínico mais gravoso que se encontra em “vigilância apertada”.

As informações foram transmitidas pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, em conferência de imprensa conjunta com a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, na qual foi ainda adiantado que o número de casos suspeitos subiu para 339, dos quais 39 são positivos e 67 aguardam resultado laboratorial.

Dos novos casos ontem confirmados, sete estão na região Norte e os restantes na região de Lisboa e Vale do Tejo. A maioria das pessoas infectadas encontra-se numa situação clínica estável, sendo que apenas uma inspira “alguns cuidados”.

António Lacerda Sales referiu que existem “à data cadeias de transmissão activas em Portugal”, que têm por base os primeiros casos de infecção, importados de Itália e Espanha. Segundo o governante existem 10 hospitais de referência para a epidemia de Covid-19, tendo sido já activados “alguns hospitais de segunda linha” para o combate ao surto e podem vir a ser accionados mais.

“À medida que a situação vai evoluindo são activadas mais unidades e com a evolução do surto todos os hospitais poderão estar aptos a receber doentes”, disse.

O Hospital de São João, o Hospital de Santo António, o Hospital de Braga, o Hospital Pedro Hispano, o Hospital da Guarda, o Hospital Pediátrico de Coimbra, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Hospital Curry Cabral, o Hospital Dona Estefânia e o Hospital de Santa Maria são as 10 unidades neste momento ativadas para receber doentes de Covid- 19.

António Lacerda Sales referiu também que a região Norte é a mais afetada no país, nomeando o encerramento de todas as escolas de Lousada e Felgueiras, mas acrescentando o encerramento de duas escolas na Amadora e duas no Algarve, para justificar que “as medidas de contingência são tomadas depois de ser feita uma avaliação pelas unidades de saúde de forma flexível, dinâmica e proporcional” que pode determinar, no caso das escolas, por exemplo, encerramentos totais ou parciais.

“As medidas tomadas são sempre suscetíveis de atualização. Importa deixar claro que essas medidas não são arbitrárias e seguem determinadas orientações da Direção-Geral da Saúde e é importante que os portugueses continuem a confiar e a seguir as recomendações da nossa autoridade nacional de saúde”, declarou.

O governante deixou uma saudação aos profissionais de saúde e um agradecimento “à atitude responsável” das ordens profissionais, que têm apelado ao envolvimento de todos os profissionais no combate a este surto”.

A epidemia de Covid-19 foi detectada em dezembro e desde então foram infectadas mais de 110 mil pessoas, mas a maioria já recuperou. A doença provocou até ao momento quase quatro mil mortos, a maioria na China.

10 Mar 2020

Covid-19 | Total de casos de infecção em Portugal sobe para 39

[dropcap]O[/dropcap] total de casos de infecção pelo novo coronavírus em Portugal aumentou ontem para 39, mais nove casos do que no domingo, havendo uma doente com um quadro clínico mais gravoso que se encontra em “vigilância apertada”.
As informações foram transmitidas pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, em conferência de imprensa conjunta com a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, na qual foi ainda adiantado que o número de casos suspeitos subiu para 339, dos quais 39 são positivos e 67 aguardam resultado laboratorial.
Dos novos casos ontem confirmados, sete estão na região Norte e os restantes na região de Lisboa e Vale do Tejo. A maioria das pessoas infectadas encontra-se numa situação clínica estável, sendo que apenas uma inspira “alguns cuidados”.
António Lacerda Sales referiu que existem “à data cadeias de transmissão activas em Portugal”, que têm por base os primeiros casos de infecção, importados de Itália e Espanha. Segundo o governante existem 10 hospitais de referência para a epidemia de Covid-19, tendo sido já activados “alguns hospitais de segunda linha” para o combate ao surto e podem vir a ser accionados mais.
“À medida que a situação vai evoluindo são activadas mais unidades e com a evolução do surto todos os hospitais poderão estar aptos a receber doentes”, disse.
O Hospital de São João, o Hospital de Santo António, o Hospital de Braga, o Hospital Pedro Hispano, o Hospital da Guarda, o Hospital Pediátrico de Coimbra, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Hospital Curry Cabral, o Hospital Dona Estefânia e o Hospital de Santa Maria são as 10 unidades neste momento ativadas para receber doentes de Covid- 19.
António Lacerda Sales referiu também que a região Norte é a mais afetada no país, nomeando o encerramento de todas as escolas de Lousada e Felgueiras, mas acrescentando o encerramento de duas escolas na Amadora e duas no Algarve, para justificar que “as medidas de contingência são tomadas depois de ser feita uma avaliação pelas unidades de saúde de forma flexível, dinâmica e proporcional” que pode determinar, no caso das escolas, por exemplo, encerramentos totais ou parciais.
“As medidas tomadas são sempre suscetíveis de atualização. Importa deixar claro que essas medidas não são arbitrárias e seguem determinadas orientações da Direção-Geral da Saúde e é importante que os portugueses continuem a confiar e a seguir as recomendações da nossa autoridade nacional de saúde”, declarou.
O governante deixou uma saudação aos profissionais de saúde e um agradecimento “à atitude responsável” das ordens profissionais, que têm apelado ao envolvimento de todos os profissionais no combate a este surto”.
A epidemia de Covid-19 foi detectada em dezembro e desde então foram infectadas mais de 110 mil pessoas, mas a maioria já recuperou. A doença provocou até ao momento quase quatro mil mortos, a maioria na China.

10 Mar 2020

Francisco George diz que Covid-19 é mais mortal do que a gripe sazonal

[dropcap]O[/dropcap] ex-director-geral da Saúde Francisco George afirmou ontem que o novo coronavírus e a gripe sazonal são vírus distintos, sabendo-se já que a nova epidemia é mais mortal.

Apesar de a doença provocada pelo novo coronavírus(Covid-19), ainda não ser totalmente conhecida, “já se identificou o vírus, a forma como se transmite, a sua composição molecular, estão a ser ensaiadas vacinas e um novo medicamento que se administra por via oral para apoiar o controlo da doença”, disse o especialista em saúde pública.

Também já se sabe que “a probabilidade de se morrer da doença é comprovadamente maior para o novo coronavírus do que para outras doenças respiratórias como a gripe”, disse o também presidente da Cruz Vermelha Portuguesa.

Na semana passada, o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, já tinha afirmado que o novo coronavírus – família de vírus que pode causar infecções respiratórias como pneumonia – é mais perigoso do que os vírus da gripe, apresentando uma taxa de mortalidade de 3,4% (para a gripe é menos de 1%).

Para o especialista em saúde pública Francisco George não se pode comparar o novo coronavírus com a gripe porque são “vírus distintos, doenças distintas, que geram epidemias distintas”.
“Provavelmente, terá havido desde o início um processo de comparação, a meu ver indevida, com o vírus da gripe”, mas não se pode comparar um problema com o outro, afirmou.

Cuidados intensos

Francisco George salientou ainda que “há avanços que têm sido muito rápidos” e que “este é o momento da ciência que tem de ser acompanhado por confiança” por parte dos portugueses e pela adopção de medidas de etiqueta respiratória como lavar frequentemente as mãos.

“A falta de cuidados que os portugueses sempre demonstram em relação à gripe é inimiga da adopção de medidas para o novo coronavírus”, alertou.

Face ao aumento de casos de infecção, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte e a limitação de visitas às prisões de todo o país.
Foram também encerrados temporariamente alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário.
Portugal regista 30 casos confirmados de infecção, nenhum deles se encontra nos cuidados intensivos, segundo o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde, divulgado no domingo.

10 Mar 2020

Covid-19 | Corrida global na comunidade científica em busca de vacina

Enquanto a comunidade científica se multiplica num esforço global para encontrar uma vacina eficaz, multiplicam-se as vozes que consideram provável a hipótese de o novo coronavírus continuar activo em 2021. A própria detecção do Covid-19, cujas falhas são apontadas como facilitadoras da propagação, levam à urgência de testes de despistagem que se podem fazer em casa

 

[dropcap]P[/dropcap]elos quatro cantos do mundo, a preocupação com a contenção do surto do novo coronavírus é proporcional aos esforços da comunidade científica na busca por uma vacina que combata o inimigo invisível.

Wuhan, o epicentro da epidemia, foi o primeiro campo de batalha contra o Covid-19. Os esforços da comunidade científica na China multiplicam-se por vários caminhos, como anunciou Zheng Zhongwei, director do Centro de Pesquisa Científica e Tecnológica da Comissão Nacional de Saúde, ao revelar que estão a ser estudadas cinco abordagens na busca de uma vacina.

Apesar das cautelas dos cientistas, que alertam para esperadas dificuldades no caminho da inoculação, Ding Xiangyang, representante do Governo Central responsável pela supervisão das operações na província de Hubei, disse que a partir de Abril vão começar a receber inscrições de vacinas para ensaio clínico.

Em circunstâncias normais, chegar a uma vacina segura e eficaz é uma tarefa que requer tempo, investimento e rigor científico. Um cenário completamente diferente do suscitado pelo Covid-19, que traz desafios que normalmente não seriam obstáculos a contornar. Os próprios oficiais chineses admitem esse cenário, apontando para um prazo entre 12 a 18 meses para completar a fase de testes clínicos.

Segundo a legislação chinesa, a pesquisa de vacinas em casos de situações de grandes emergências de saúde pública pode ser acelerada, conforme o grau de urgência e sob determinadas condições específicas. Para isso, é necessário que a Administração Nacional de Produtos Médicos considere que os benefícios do tratamento em muito suplantem os riscos.

Corrida americana

Apesar do ruído provocado por Donald Trump, que não raras vezes desmente informações prestadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência do departamento de saúde da sua própria administração, a busca por uma vacina fez arregaçar as mangas em diversos laboratórios norte-americanos.

Depois de várias semanas de pesquisa, o Instituto Nacional de Saúde (NIH na sigla em inglês), uma equipa de cientistas debruça-se sobre uma placa de Petri, um recipiente onde se testam reacções químicas, ou para a cultura de microrganismos. Esperam o resultado positivo a uma reacção química, com demonstre que estão no bom caminho para chegar à almejada vacina que fortaleça o sistema imunitário.

“São momentos como este que reúnem toda a gente em redor de uma experiência. É absolutamente espantoso”, comenta Kizzmekia Corbett, que lidera a equipa do NIH que procura uma vacina para combater o Covid-19, citada pela Associated Press (AP).

A equipa de Corbett é apenas uma entre várias dezenas de grupos de investigação científica que procuram encontrar vários tipos diferentes de vacinas. Ajudados pelo avanço tecnológico, a investigação científica pode ser mais breve e, ao mesmo tempo, obter uma inoculação mais potente. Há mesmo cientistas a trabalhar apenas em soluções temporárias, que imunizem populações durante um mês ou dois, enquanto não se chega a uma solução definitiva.

“Até testarmos as vacinas em humanos não temos qualquer tipo de ideia de qual será a resposta imunológica”, referiu à AP Judith O’Donnell, especialista em vacinas e doenças infeciosas. “Termos disponíveis vários tipos diferentes de vacinas, com teorias científicas distintas a suportar a ciência capaz de gerar imunidade, tudo isto em paralelo, realmente dá-nos as melhores hipóteses de sermos bem-sucedidos”, acrescenta a cientista.

Os primeiros testes num grupo reduzido de jovens e saudáveis voluntários está num horizonte próximo, sem risco de que sejam infectados, uma vez que as vacinas não contêm o Covid-19. O objectivo é verificar a possibilidade de efeitos secundários adversos e preparar o terreno para testes de maior dimensão.

Mesmo que os testes iniciais sejam um sucesso, será necessário esperar entre um ano a um ano e meio para se chegar a uma vacina que possa ser usada amplamente. “Compreendo completamente a frustração das pessoas e mesmo a confusão. Podemos fazer tudo o mais depressa possível, mas não podemos contornar estas etapas vitais do processo”, desabafa à AP Kate Broderick, que lidera uma das equipas de pesquisa norte-americana.

Teste micro suave

Um dos factores apontados à propagação do surto é a forma ineficaz na despistagem de infectados pelo novo coronavírus.

O magnata e fundador da Microsoft, Bill Gates, financiou um projecto, através da sua fundação, para a criação de testes caseiros de despistagem ao Covid-19, que serão disponibilizados em primeiro lugar na zona de Seattle, no estado de Washington. Os kits permitem a qualquer pessoa recolher amostras que são enviadas para análise. Os resultados, que se esperam demorar entre um a dois dias, serão depois partilhados com as autoridades de saúde da área de residência da pessoa, que procederá à notificação de quem testou positivo.

Os infectados vão ter à sua disposição um portal de internet com questionários sobre os seus movimentos e pessoas com quem contactaram, de forma a facilitar a vida às autoridades na localização de outros indivíduos que que devem ser submetidos a quarentena.

O objectivo é conseguir processar milhares de testes diariamente e ir muito além da cidade onde será disponibilizado numa primeira fase, referiu ao The Seattle Times Scott Dowell, que lidera a equipa de resposta ao novo coronavírus da Fundação Bill & Melinda Gates. Ainda não existe data para disponibilizar os kits. Dowell, citado pelo jornal do estado de Washington, confessou que “ainda há muito trabalho pela frente”, mas realça o potencial destes testes para “inverter a maré” na luta contra a epidemia. O projecto teve um orçamento de cinco milhões de dólares americanos.

Longo alcance

Além da inoculação, outra preocupação global prende-se com a duração do surto. O especialista em doenças infecciosas de Hong Kong, Yuen Kwok-yung, participou num painel de discussão, na TVB, sobre o Covid-19 no passado domingo onde afirmou que, sem vacinas ou medicação efectiva, o novo coronavírus pode não ter fim à vista. Em vez disso, as possibilidades apontam na direcção de se tornar como a gripe sazonal, com um período de maior tranquilidade durante o Verão, e ressurgimento no Inverno.

A directora do departamento doenças contagiosas do Centro de Protecção de Saúde de Hong Kong, Chuang Shuk-kwan, partilha a opinião de que a epidemia não irá dissipar-se durante os meses do Verão, ao contrário do que aconteceu em 2003 com o surto de SARS. Chuang acrescentou no domingo, em conferência de imprensa, que as autoridades da região vizinha vão fazer os possíveis para adiar a propagação de infecções, enquanto se tenta ganhar tempo até à chegada de uma vacina ou de um método de tratamento.

“Compreendemos que existe a possibilidade de a doença ficar entre nós. Seja através de novos medicamentos ou vacinas, do conhecimento quanto às vias de transmissão do vírus, ou por uma maior compreensão em relação à natureza da doença, teremos no futuro melhores métodos para responder”, apontou Chuang, citada pelo Hong Kong Free Press.

Apesar dos esforços da comunidade científica, não faltam exemplos de casos em que as vacinas chegam tarde demais, quando um surto infeccioso já se encontra em declínio.

Anthony Fauci, que preside ao departamento que estuda doenças infecciosas no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, confessou à AP que este processo para se encontrar uma vacina “tem sido o mais rápido de sempre”. Ainda assim, o cientista realça que provável que o Covid-19 possa “ir além de apenas uma estação e que regresse no próximo ano”. Para já, tudo aponta que as futuras vacinas para conter o surto sejam apenas uma arma disponível às autoridades de saúde do mundo inteiro em 2021.

10 Mar 2020

Covid-19 | Corrida global na comunidade científica em busca de vacina

Enquanto a comunidade científica se multiplica num esforço global para encontrar uma vacina eficaz, multiplicam-se as vozes que consideram provável a hipótese de o novo coronavírus continuar activo em 2021. A própria detecção do Covid-19, cujas falhas são apontadas como facilitadoras da propagação, levam à urgência de testes de despistagem que se podem fazer em casa

 
[dropcap]P[/dropcap]elos quatro cantos do mundo, a preocupação com a contenção do surto do novo coronavírus é proporcional aos esforços da comunidade científica na busca por uma vacina que combata o inimigo invisível.
Wuhan, o epicentro da epidemia, foi o primeiro campo de batalha contra o Covid-19. Os esforços da comunidade científica na China multiplicam-se por vários caminhos, como anunciou Zheng Zhongwei, director do Centro de Pesquisa Científica e Tecnológica da Comissão Nacional de Saúde, ao revelar que estão a ser estudadas cinco abordagens na busca de uma vacina.
Apesar das cautelas dos cientistas, que alertam para esperadas dificuldades no caminho da inoculação, Ding Xiangyang, representante do Governo Central responsável pela supervisão das operações na província de Hubei, disse que a partir de Abril vão começar a receber inscrições de vacinas para ensaio clínico.
Em circunstâncias normais, chegar a uma vacina segura e eficaz é uma tarefa que requer tempo, investimento e rigor científico. Um cenário completamente diferente do suscitado pelo Covid-19, que traz desafios que normalmente não seriam obstáculos a contornar. Os próprios oficiais chineses admitem esse cenário, apontando para um prazo entre 12 a 18 meses para completar a fase de testes clínicos.
Segundo a legislação chinesa, a pesquisa de vacinas em casos de situações de grandes emergências de saúde pública pode ser acelerada, conforme o grau de urgência e sob determinadas condições específicas. Para isso, é necessário que a Administração Nacional de Produtos Médicos considere que os benefícios do tratamento em muito suplantem os riscos.

Corrida americana

Apesar do ruído provocado por Donald Trump, que não raras vezes desmente informações prestadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência do departamento de saúde da sua própria administração, a busca por uma vacina fez arregaçar as mangas em diversos laboratórios norte-americanos.
Depois de várias semanas de pesquisa, o Instituto Nacional de Saúde (NIH na sigla em inglês), uma equipa de cientistas debruça-se sobre uma placa de Petri, um recipiente onde se testam reacções químicas, ou para a cultura de microrganismos. Esperam o resultado positivo a uma reacção química, com demonstre que estão no bom caminho para chegar à almejada vacina que fortaleça o sistema imunitário.
“São momentos como este que reúnem toda a gente em redor de uma experiência. É absolutamente espantoso”, comenta Kizzmekia Corbett, que lidera a equipa do NIH que procura uma vacina para combater o Covid-19, citada pela Associated Press (AP).
A equipa de Corbett é apenas uma entre várias dezenas de grupos de investigação científica que procuram encontrar vários tipos diferentes de vacinas. Ajudados pelo avanço tecnológico, a investigação científica pode ser mais breve e, ao mesmo tempo, obter uma inoculação mais potente. Há mesmo cientistas a trabalhar apenas em soluções temporárias, que imunizem populações durante um mês ou dois, enquanto não se chega a uma solução definitiva.
“Até testarmos as vacinas em humanos não temos qualquer tipo de ideia de qual será a resposta imunológica”, referiu à AP Judith O’Donnell, especialista em vacinas e doenças infeciosas. “Termos disponíveis vários tipos diferentes de vacinas, com teorias científicas distintas a suportar a ciência capaz de gerar imunidade, tudo isto em paralelo, realmente dá-nos as melhores hipóteses de sermos bem-sucedidos”, acrescenta a cientista.
Os primeiros testes num grupo reduzido de jovens e saudáveis voluntários está num horizonte próximo, sem risco de que sejam infectados, uma vez que as vacinas não contêm o Covid-19. O objectivo é verificar a possibilidade de efeitos secundários adversos e preparar o terreno para testes de maior dimensão.
Mesmo que os testes iniciais sejam um sucesso, será necessário esperar entre um ano a um ano e meio para se chegar a uma vacina que possa ser usada amplamente. “Compreendo completamente a frustração das pessoas e mesmo a confusão. Podemos fazer tudo o mais depressa possível, mas não podemos contornar estas etapas vitais do processo”, desabafa à AP Kate Broderick, que lidera uma das equipas de pesquisa norte-americana.

Teste micro suave

Um dos factores apontados à propagação do surto é a forma ineficaz na despistagem de infectados pelo novo coronavírus.
O magnata e fundador da Microsoft, Bill Gates, financiou um projecto, através da sua fundação, para a criação de testes caseiros de despistagem ao Covid-19, que serão disponibilizados em primeiro lugar na zona de Seattle, no estado de Washington. Os kits permitem a qualquer pessoa recolher amostras que são enviadas para análise. Os resultados, que se esperam demorar entre um a dois dias, serão depois partilhados com as autoridades de saúde da área de residência da pessoa, que procederá à notificação de quem testou positivo.
Os infectados vão ter à sua disposição um portal de internet com questionários sobre os seus movimentos e pessoas com quem contactaram, de forma a facilitar a vida às autoridades na localização de outros indivíduos que que devem ser submetidos a quarentena.
O objectivo é conseguir processar milhares de testes diariamente e ir muito além da cidade onde será disponibilizado numa primeira fase, referiu ao The Seattle Times Scott Dowell, que lidera a equipa de resposta ao novo coronavírus da Fundação Bill & Melinda Gates. Ainda não existe data para disponibilizar os kits. Dowell, citado pelo jornal do estado de Washington, confessou que “ainda há muito trabalho pela frente”, mas realça o potencial destes testes para “inverter a maré” na luta contra a epidemia. O projecto teve um orçamento de cinco milhões de dólares americanos.

Longo alcance

Além da inoculação, outra preocupação global prende-se com a duração do surto. O especialista em doenças infecciosas de Hong Kong, Yuen Kwok-yung, participou num painel de discussão, na TVB, sobre o Covid-19 no passado domingo onde afirmou que, sem vacinas ou medicação efectiva, o novo coronavírus pode não ter fim à vista. Em vez disso, as possibilidades apontam na direcção de se tornar como a gripe sazonal, com um período de maior tranquilidade durante o Verão, e ressurgimento no Inverno.
A directora do departamento doenças contagiosas do Centro de Protecção de Saúde de Hong Kong, Chuang Shuk-kwan, partilha a opinião de que a epidemia não irá dissipar-se durante os meses do Verão, ao contrário do que aconteceu em 2003 com o surto de SARS. Chuang acrescentou no domingo, em conferência de imprensa, que as autoridades da região vizinha vão fazer os possíveis para adiar a propagação de infecções, enquanto se tenta ganhar tempo até à chegada de uma vacina ou de um método de tratamento.
“Compreendemos que existe a possibilidade de a doença ficar entre nós. Seja através de novos medicamentos ou vacinas, do conhecimento quanto às vias de transmissão do vírus, ou por uma maior compreensão em relação à natureza da doença, teremos no futuro melhores métodos para responder”, apontou Chuang, citada pelo Hong Kong Free Press.
Apesar dos esforços da comunidade científica, não faltam exemplos de casos em que as vacinas chegam tarde demais, quando um surto infeccioso já se encontra em declínio.
Anthony Fauci, que preside ao departamento que estuda doenças infecciosas no Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, confessou à AP que este processo para se encontrar uma vacina “tem sido o mais rápido de sempre”. Ainda assim, o cientista realça que provável que o Covid-19 possa “ir além de apenas uma estação e que regresse no próximo ano”. Para já, tudo aponta que as futuras vacinas para conter o surto sejam apenas uma arma disponível às autoridades de saúde do mundo inteiro em 2021.

10 Mar 2020

Covid-19 | Número de novos casos continua a cair na China

[dropcap]A[/dropcap] China voltou hoje a registar uma queda no número de novos casos de infeção, 40, face a 44 no dia anterior, ao mesmo tempo que ocorreram 22 mortes, quase todas na província de Hubei, epicentro da epidemia.

Até à meia-noite de segunda-feira a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.735 infetados e 3.119 mortos devido ao novo coronavírus. Todas as mortes ocorridas nas últimas 24 horas, exceto uma, que ocorreu na província de Guangdong, adjacente a Macau, foram registadas em Hubei, assim como 36 dos 40 novos casos.

No total, Hubei soma 3.007 mortes e 67.743 casos confirmados, até à data. Várias cidades da província foram colocadas em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, numa medida que afecta quase 60 milhões de pessoas.

Nas últimas 24 horas, a China reportou ainda quatro casos “importados” na província de Gansu, no noroeste da China. Além disso, a Comissão Nacional de Saúde informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.535 pessoas receberam alta após superarem a doença.

Desde o início do surto, 674.760 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram acompanhadas pelas autoridades, entre as quais 20.146 permanecem sob observação. Uma das prioridades das autoridades chinesas é “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.800 mortos entre mais de 109 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.

9 Mar 2020

Covid-19 | Número de novos casos continua a cair na China

[dropcap]A[/dropcap] China voltou hoje a registar uma queda no número de novos casos de infeção, 40, face a 44 no dia anterior, ao mesmo tempo que ocorreram 22 mortes, quase todas na província de Hubei, epicentro da epidemia.
Até à meia-noite de segunda-feira a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizava, no total, 80.735 infetados e 3.119 mortos devido ao novo coronavírus. Todas as mortes ocorridas nas últimas 24 horas, exceto uma, que ocorreu na província de Guangdong, adjacente a Macau, foram registadas em Hubei, assim como 36 dos 40 novos casos.
No total, Hubei soma 3.007 mortes e 67.743 casos confirmados, até à data. Várias cidades da província foram colocadas em quarentena, com entradas e saídas bloqueadas, numa medida que afecta quase 60 milhões de pessoas.
Nas últimas 24 horas, a China reportou ainda quatro casos “importados” na província de Gansu, no noroeste da China. Além disso, a Comissão Nacional de Saúde informou hoje que, no mesmo período de 24 horas, 1.535 pessoas receberam alta após superarem a doença.
Desde o início do surto, 674.760 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram acompanhadas pelas autoridades, entre as quais 20.146 permanecem sob observação. Uma das prioridades das autoridades chinesas é “protegerem-se contra a importação” de infeções de outros países.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.800 mortos entre mais de 109 mil pessoas infectadas numa centena de países e territórios.

9 Mar 2020

Covid-19 | Portugal tem 30 casos confirmados, mais nove do que no sábado

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 30 casos confirmados de infecção pelo coronavírus que causa a doença Covid-19, mais nove do que os contabilizados no sábado, anunciou ontem a Direcção-Geral de Saúde (DGS). De acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, há 57 novos casos suspeitos, num total de 281 registados desde o início do ano, estando 56 a aguardar resultado laboratorial.

A região Norte continua a liderar o número de casos confirmados de infeção com o novo coronavírus (22, mais sete que no sábado), enquanto a Grande Lisboa tem seis casos (mais um). Foi confirmado o primeiro caso no Sul do país, o de uma aluna de uma escola de Portimão. O Centro do país continua a registar um caso, enquanto o Alentejo, Açores e Madeira ainda não têm casos de infeção pelo Covid-19.

Todos os pacientes com o novo coronavírus estão hospitalizados. Do total de doentes, 18 são homens e 12 são mulheres. Relativamente às idades, um terço dos pacientes (10) tem entre 40 e 49 anos. Há duas mulheres entre os 70 e os 79 anos, as doentes mais idosas. Entre os 10 e os 19 anos, há cinco infectados (dois rapazes e três raparigas).

Estão sob vigilância das autoridades de saúde 447 pessoas por contactos com infectados, mais 35 que no sábado. Segundo a DGS, há quatro cadeias de transmissão activas, existindo seis casos importados – cinco de Itália e um de Espanha.

O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Direcção-Geral da Saúde dá também conta de que dos 30 casos confirmados de infecção pelo Covid-19, 23 apresentam tosse, sendo este o sintoma mais comum.

A DGS indica ainda que entre os casos infectados, há 18 pessoas com febre, 17 com dores musculares, 14 com fraqueza generalizada e cefaleia, e cinco com dificuldade respiratória.

9 Mar 2020

Covid-19 | Portugal tem 30 casos confirmados, mais nove do que no sábado

[dropcap]P[/dropcap]ortugal regista 30 casos confirmados de infecção pelo coronavírus que causa a doença Covid-19, mais nove do que os contabilizados no sábado, anunciou ontem a Direcção-Geral de Saúde (DGS). De acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, há 57 novos casos suspeitos, num total de 281 registados desde o início do ano, estando 56 a aguardar resultado laboratorial.
A região Norte continua a liderar o número de casos confirmados de infeção com o novo coronavírus (22, mais sete que no sábado), enquanto a Grande Lisboa tem seis casos (mais um). Foi confirmado o primeiro caso no Sul do país, o de uma aluna de uma escola de Portimão. O Centro do país continua a registar um caso, enquanto o Alentejo, Açores e Madeira ainda não têm casos de infeção pelo Covid-19.
Todos os pacientes com o novo coronavírus estão hospitalizados. Do total de doentes, 18 são homens e 12 são mulheres. Relativamente às idades, um terço dos pacientes (10) tem entre 40 e 49 anos. Há duas mulheres entre os 70 e os 79 anos, as doentes mais idosas. Entre os 10 e os 19 anos, há cinco infectados (dois rapazes e três raparigas).
Estão sob vigilância das autoridades de saúde 447 pessoas por contactos com infectados, mais 35 que no sábado. Segundo a DGS, há quatro cadeias de transmissão activas, existindo seis casos importados – cinco de Itália e um de Espanha.
O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Direcção-Geral da Saúde dá também conta de que dos 30 casos confirmados de infecção pelo Covid-19, 23 apresentam tosse, sendo este o sintoma mais comum.
A DGS indica ainda que entre os casos infectados, há 18 pessoas com febre, 17 com dores musculares, 14 com fraqueza generalizada e cefaleia, e cinco com dificuldade respiratória.

9 Mar 2020

Covid-19 | Aumenta para 105.836 o número de infectados em todo o mundo

[dropcap]O[/dropcap] número de pessoas infectadas em todo o mundo pelo Covid-19 aumentou para 105.836, das quais morreram 3.595, de acordo com um balanço feito pela agência France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 de ontem. Citando fontes oficiais de vários países, a AFP acrescenta que foram registadas mais 933 infecções e 39 mortes, em comparação com o último balanço feito, às 17:00 de sábado.

Na China – excluindo os territórios de Hong Kong e Macau -, onde a epidemia do novo coronavírus começou no final de dezembro, há 80.695 pessoas contagiadas e 3.097 morreram. Foram anunciados mais 44 casos de infeção e 27 mortes entre as 17:00 de sábado e as 09:00 de hoje.

A France-Presse refere também que até às 09:00 de hoje há 25.141 (889 novos) casos confirmados de contágio pelo Covid-19 nos restantes países, incluindo 498 mortes (12 novas).

Os países mais afectados depois da China são a Coreia do Sul (7.134 casos, incluindo 367 novos e 48 mortes), Itália (5.883 casos, nenhum novo e 233 mortes), Irão (5.823 casos, nenhum novo e 145 mortes), França (949 casos, incluindo 233 novos e 16 mortes). Desde as 17:00 de sábado, China, Coreia do Sul, França e Austrália registaram novas mortes, enquanto a Argentina anunciou a primeira morte relacionada com a epidemia de Covid-19. Moldávia, Bulgária e Paraguai confirmaram os primeiros casos de contágio.

A Ásia registou, até às 09:00 de ontem, um total de 89.525 casos (3.162 mortes), Europa contabiliza 9.655 casos (263 mortes), Médio Oriente regista 6.158 casos (149 mortes), Estados Unidos da América e Canadá contabilizam ambos 270 casos (16 mortes), Oceânia 83 casos (três mortes), África 78 casos, América Latina e Caraíbas 66 casos (uma morte).

A avaliação da AFP foi realizada de acordo com dados recolhidos às autoridades de vários países, assim como informação da Organização Mundial de Saúde.

9 Mar 2020