Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Departamentos governamentais proibidos de usar DeepSeek Taiwan proibiu ontem os departamentos governamentais de utilizar o serviço da plataforma de inteligência artificial (IA) chinesa DeepSeek por temer “um risco para a segurança”. O governo local explicou que a proibição tem como objectivo “garantir a segurança da informação”, segundo a agência estatal CNA. “Tendo em conta a importância de proteger a informação internas tratadas pelas agências governamentais, decidimos proibir completamente o uso dos serviços de IA da Deepseek para garantir a sua segurança”. A DeepSeek provocou uma enorme turbulência nos mercados, a nível mundial, com o recente lançamento do seu modelo de IA V3, cujo desenvolvimento, diz a tecnológica, durou unicamente dois meses e custou menos de 6 milhões de dólares. Em 20 de Janeiro lançou a última versão, o R1. Lançado em 2023 pelo fundo chinês High-Flyer Quant, a DeepSeek aposta no código aberto e oferece serviços 95 por cento mais baratos que o modelo o1 da OpenAI (dona do ChatGPT).
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Pequim opõe-se firmemente aos aumentos dos EUA As novas taxas aplicadas pela administração Trump estão a provocar ondas de repúdio generalizadas Um porta-voz do Ministério da Segurança Pública da China expressou no domingo uma forte insatisfação e firme oposição à decisão dos EUA de impor uma tarifa adicional de 10 por cento sobre as importações da China sob o pretexto de questões relacionadas com o fentanil. A China é um dos países com as políticas de controlo de drogas mais estritas e a aplicação mais rigorosa do mundo, destacou o porta-voz, acrescentando que a China cumpriu consistente e resolutamente as suas obrigações internacionais de controlo de drogas e envolveu-se activamente na cooperação internacional anti-drogas com países de todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, indica a Xinhua. Apesar da ausência de abuso generalizado no país, a China tornou-se no primeiro país do mundo a agendar oficialmente substâncias relacionadas com o fentanil como uma classe em 2019 por boa vontade humanitária e a pedido do lado norte-americano, afirmou o porta-voz. No entanto, os Estados Unidos não classificaram permanentemente substâncias relacionadas ao fentanil como uma classe. Desde a regulamentação da China, não houve relatos dos Estados Unidos de apreensões de tais substâncias originárias da China, acrescentou ainda o porta-voz. Olhar para dentro Nos últimos anos, a China e os Estados Unidos fizeram progressos visíveis na cooperação prática no controlo de drogas em áreas como regulamento de substâncias, intercâmbio de informações e cooperação em casos, produzindo benefícios tangíveis, segundo o porta-voz, citado pela Xinhua. O responsável observou ainda que a raiz da crise do fentanil nos Estados Unidos reside neles mesmos, e a redução da procura interna de drogas e o fortalecimento da cooperação na aplicação da lei são soluções fundamentais. A transferência de culpa para outras nações não só é incapaz de resolver o problema, mas também corrói as bases de confiança e cooperação no campo do controlo de drogas entre a China e os Estados Unidos, sublinhou o porta-voz. A China pede aos Estados Unidos que corrijam os seus erros e salvaguardem o progresso duramente conquistado na cooperação bilateral do controlo de drogas, de modo a promover o desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações China-EUA, rematou o responsável.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Canadá impõe taxa de 25% aos produtos norte-americanos O primeiro-ministro Justin Trudeau anunciou que o Canadá vai retaliar às taxas aduaneiras de 25 por cento impostas pelos Estados Unidos e aplicar a mesma tarifa aos produtos norte-americanos. Trudeau disse no sábado que taxas sobre 30 mil milhões de dólares de frutas e bebidas alcoólicas norte-americanas entrarão em vigor amanhã, no mesmo dia em que as tarifas dos EUA entram em vigor. O Canadá irá gradualmente “impor taxas alfandegárias de 25 por cento sobre os produtos americanos, totalizando 155 mil milhões de dólares canadianos” [102 mil milhões de euros], anunciou. Num discurso aos canadianos, o chefe do Governo do Canadá dirigiu-se também à população dos Estados Unidos. “Isto terá consequências reais para vocês, o povo norte-americano”, disse Trudeau, acrescentando que isso resultaria em preços mais elevados, nomeadamente no caso de bens essenciais. O primeiro-ministro disse que muitos canadianos se estavam a sentir traídos pelo país vizinho e aliado de longa data, lembrando aos norte-americanos que as tropas canadianas lutaram ao seu lado no Afeganistão. “As acções tomadas hoje [sábado] pela Casa Branca separaram-nos em vez de nos unirem”, disse Trudeau, alertando em francês que isso poderia trazer “tempos sombrios” para muitas pessoas. A mensagem surgiu pouco depois do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter assinado uma ordem executiva para a aplicação de taxas aduaneiras aos produtos provenientes do Canadá, do México e da China, a partir de 4 de Fevereiro. A decisão foi vista pelo Canadá como uma declaração de guerra comercial. Os analistas salientaram que, se as tarifas se mantiverem em vigor, o Canadá poderá entrar em recessão dentro de seis meses. Plano em acção O decreto presidencial de Trump determina a imposição de tarifas de 10 por cento à China, de 25 por cento ao México e de 25 por cento ao Canadá, excepto no petróleo canadiano, que terá tarifa de 10 por cento. De acordo com a Casa Branca, a ordem também inclui um mecanismo para aumentar as taxas aduaneiras em caso de retaliação destes países – os três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos e que no total representam mais de 40 por cento das importações do país. Trudeau disse também que já falou com a Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e que o Canadá e o México estão a trabalhar em conjunto para responder à decisão de Trump. O chefe do Governo do Canadá tinha anteriormente prometido uma resposta determinada e enérgica, mas razoável à imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaWashington | Pequim apresenta condolências após acidente aéreo que matou 67 pessoas A China apresentou sexta-feira condolências aos Estados Unidos pelo desastre aéreo que matou 67 pessoas, incluindo dois cidadãos chineses, em Washington, quando um avião civil colidiu com um helicóptero militar norte-americano. De acordo com as “verificações iniciais”, dois cidadãos chineses ” infelizmente morreram no acidente”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China. “A China solicitou às autoridades norte-americanas que informem atempadamente o progresso das operações de busca e salvamento e determinem prontamente as causas do acidente”, acrescentou o porta-voz, citado pela televisão estatal CCTV. O acidente ocorreu quando um helicóptero militar, com três pessoas a bordo, e um avião comercial Bombardier CRJ700 da American Eagle (subsidiária regional da American Airlines), com 60 passageiros e quatro tripulantes, colidiram na quarta-feira por volta das 20:48 de quarta-feira, quando este último se aproximava do Aeroporto Ronald Reagan, em Washington. As autoridades afastaram a possibilidade de haver sobreviventes do acidente aéreo, o mais mortífero nos Estados Unidos desde 2001. Entre os passageiros estavam vários patinadores artísticos e treinadores americanos, bem como os russos Evgenia Shishkova e Vadim Naumov, campeões mundiais de patinagem em dupla de 1994. As duas caixas negras do avião, o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo, foram recuperadas pelos investigadores, revelaram na quinta-feira fontes anónimas à CBS News e à ABC News. Os investigadores do acidente aéreo referiram na quinta-feira que esperam ter conclusões preliminares dentro de 30 dias sobre as causas do acidente. A directora do NTSB, Jennifer Homendy, sublinhou a necessidade de não especular sobre as causas do acidente. Esta posição contrasta com a postura do Presidente norte-americano Donald Trump, que numa conferência de imprensa na Casa Branca disse não saber os motivos, mas deu a entender que o piloto do helicóptero era o culpado.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim constrói centro de comando militar 10 vezes maior que o Pentágono O jornal britânico Financial Times (FT) avançou na passada sexta-feira que a China está a construir, a oeste da capital, um complexo militar 10 vezes maior do que o Pentágono, o Departamento da Defesa dos Estados Unidos. De acordo com imagens de satélite e análises de inteligência divulgadas pelo jornal, as obras começaram em 2024, a cerca de 30 quilómetros a sudoeste de Pequim e estendem-se por uma área de mais de seis quilómetros quadrados, o que o tornaria o maior centro de comando militar do mundo. As fotos apontam ainda para a existência de fossos profundos na zona, que, de acordo com especialistas, demonstram a construção de grandes bunkers reforçados que poderão albergar os líderes chineses em caso de conflito, incluindo uma hipotética guerra nuclear. “A análise das imagens sugere a construção de várias possíveis instalações subterrâneas ligadas por passagens, embora sejam necessários mais dados e informações para avaliar completamente esta construção”, explicou o analista Renny Babiarz, da empresa AllSource Analysis. O FT referiu que junto ao local há placas a proibir tirar fotografias ou a operação de drones, embora não haja uma presença militar visível nem qualquer menção ao projecto na Internet. Um antigo oficial dos serviços de informação dos EUA, não identificado, disse ao FT que a actual sede do exército chinês, situada no centro de Pequim, é relativamente moderna, mas não foi concebida para actuar como centro de comando seguro. “O principal centro de comando seguro (…) foi construído há décadas, no auge da Guerra Fria. A dimensão, a escala e as características parcialmente subterrâneas da nova instalação sugerem que irá substituir a [actual sede] como principal centro de comando em tempo de guerra”, disse a mesma fonte. Preparados para tudo Dennis Wilder, antigo analista da principal agência de inteligência norte-americana, a CIA, para a China, disse que “a confirmar-se, este novo bunker de comando subterrâneo avançado para líderes militares (…) sinaliza a intenção de Pequim de construir não só forças [armadas] convencionais de classe mundial, mas também a capacidade avançada de travar uma guerra nuclear”. O FT recordou que, de acordo com os serviços de informação dos EUA, o exército chinês está a desenvolver novas armas e projectos tendo como meta o seu centenário, em 2027.
Hoje Macau China / ÁsiaFundador da DeepSeek recebido como herói na sua cidade natal O fundador da DeepSeek foi recebido como um herói na sua cidade natal, na província de Guangzhou, no sul da China, durante as férias do Ano Novo Lunar, revelaram no sábado a imprensa e as redes sociais do gigante asiático. Liang Wenfeng, um empresário com 40 anos, descrito como a “nova cara” da Inteligência Artificial (IA) na China, regressou nos últimos dias a Mililing, na cidade portuária de Zhanjiang, onde foi erguida uma faixa vermelha na qual se afirma que o empresário é um “orgulho” para a região. A cidade natal de Liang tornou-se também uma atracção turística durante as férias do Ano Novo Lunar, em que os chineses aproveitam a principal época festiva para visitar as suas cidades natais ou fazer turismo, segundo a rede social chinesa Weibo. Outros meios de comunicação social, como o Yangcheng Evening News, de Cantão, referem que Liang era “um homem talentoso” e que “aprendeu matemática no liceu quando ainda estava no terceiro ano”. Dizem também que a cidade está “honrada” com o sucesso da Deepseek, que nos últimos dias causou um terramoto no sector tecnológico com o sucesso do seu último modelo de IA. Ascenção súbita Liang, nascido em 1985, deixou Cantão para estudar na província oriental de Zhejiang, onde se dedicou ao campo da visão por computador, um segmento da IA. Em 2015, cofundou a High-Flyer Quant e, em 2023, a DeepSeek, que nas últimas semanas causou uma grande agitação após o lançamento do seu modelo V3, que terá levado apenas dois meses a desenvolver e custou menos de seis milhões de dólares. A 20 de Janeiro lançou o R1, que nos últimos dias teve um elevado número de descargas em todo o mundo. Na semana passada, um grupo de especialistas de vários sectores, como a tecnologia, a educação, a ciência, a cultura, a saúde e o desporto, reuniu-se em Pequim com o primeiro-ministro, Li Qiang, para dar opiniões e sugestões, sendo que Liang foi o único emissário dedicado à IA, demonstrando que as autoridades chinesas estão atentas ao fenómeno. Perante a rivalidade tecnológica com os EUA, Pequim identificou a IA como uma prioridade, um mercado que poderá atingir uma avaliação de cerca de 5,6 mil milhões de yuans no gigante asiático até 2030.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim promete responder a novas tarifas dos EUA Trump cumpre promessas eleitorais e dispara em várias direcções. Peqim promete resposta pronta à imposição de tarifas de 10 por cento e, além de apresentar queixa na OMC, alerta que as guerras comerciais não beneficiam ninguém A China prometeu ontem retaliar contra as novas tarifas dos Estados Unidos sobre os produtos chineses, impostas pelo novo Presidente norte-americano Donald Trump, e reafirmou que as guerras comerciais “não têm vencedores”. Horas antes, Trump assinou uma ordem executiva para a aplicação de taxas aduaneiras aos produtos provenientes do Canadá, do México e da China, a partir de 4 de Fevereiro. O comércio entre os Estados Unidos e a China representou cerca de 500 mil milhões de euros nos primeiros 11 meses de 2024, mas o balanço é amplamente desfavorável aos Estados Unidos, com um défice de cerca de 260 mil milhões de euros, segundo dados de Washington. “A China está fortemente insatisfeita e firmemente contra” as tarifas, disse o Ministério do Comércio chinês, em comunicado, anunciando “medidas correspondentes para proteger resolutamente os direitos e interesses” chineses. “Não há vencedores numa guerra comercial ou tarifária”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, noutro comunicado. Pequim anunciou que vai apresentar uma queixa contra Washington junto da Organização Mundial do Comércio (OMC) pelo que chamou de “imposição unilateral de taxas alfandegárias em grave violação das regras da OMC”. Estes impostos “não só são inúteis para resolver os problemas dos Estados Unidos, como também prejudicam a cooperação económica e comercial normal”, denunciou o Ministério do Comércio. O decreto presidencial de Trump determina a imposição de tarifas de 10 por cento à China, de 25 por cento ao México e de 25 por cento ao Canadá, excepto no petróleo canadiano, que terá tarifa de 10 por cento. Realidade distorcida Trump tinha vindo a ameaçar a imposição de tarifas para garantir uma maior cooperação dos países para impedir a imigração ilegal e o contrabando de produtos químicos usados para fazer fentanil, um poderoso opiáceo que está a causar estragos nos Estados Unidos. O documento não só acusa a China de passividade no tráfico de droga para os Estados Unidos, mas vai mais longe e disse que o país asiático “apoia e expande activamente o negócio da droga “para envenenar” os norte-americanos. “A China espera que os Estados Unidos analisem e lidem com problemas como o fentanil de forma objectiva e racional, em vez de ameaçar constantemente outros países com tarifas”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Pouco antes, também a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciaram, em retaliação, a imposição de taxas aduaneiras aos produtos vindos dos Estados Unidos. De acordo com a Casa Branca, a ordem também inclui um mecanismo para aumentar as taxas aduaneiras em caso de retaliação do México, Canadá ou China – os três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos e que no total representam mais de 40 por cento das importações do país.
Hoje Macau China / ÁsiaCovid-19 | Pequim diz ser improvável que vírus tenha saído de laboratório A China afirmou ontem ser “extremamente improvável” que a covid-19 tenha vazado de um laboratório chinês, na sequência de uma acusação nesse sentido, feita pela agência de espionagem norte-americana CIA. “A conclusão científica autorizada a que chegou o grupo conjunto de peritos da China e da Organização Mundial de Saúde (OMS), com base em visitas no terreno aos laboratórios relevantes em Wuhan, é que é extremamente improvável que tenha havido uma fuga do laboratório”, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “Este facto foi amplamente reconhecido pela comunidade internacional e pela comunidade científica”, sublinhou a porta-voz, em conferência de imprensa. Este fim de semana, a CIA considerou que o “mais provável” é que o vírus tenha escapado de um laboratório chinês, ao invés de ter sido transmitido por animais. Esta posição surge na sequência da confirmação, na passada quinta-feira, de John Ratcliffe como director da CIA, após o início do segundo mandato do Presidente norte-americano, Donald Trump. “Os Estados Unidos devem parar de politizar e explorar esta questão e parar de difamar e culpar outros países”, sublinhou Mao Ning.
Hoje Macau China / ÁsiaIA /EUA | Aplicação chinesa lidera descargas em dispositivos Apple A aplicação chinesa de modelos de inteligência artificial generativa (IA) DeepSeek R-1 liderou a tabela de descargas na App Store, tanto na China como nos Estados Unidos, na manhã de ontem, batendo o popular ChatGPT. O modelo DeepSeek-R1, lançado a 20 de Janeiro, é, de acordo com o criador, comparável ao modelo o1 da OpenAI, o criador do ChatGPT, na resolução de problemas matemáticos, programação e inferência de linguagem natural. O modelo é uma criação da DeepSeek, empresa chinesa de modelação de inteligência artificial apoiada pela empresa de investimentos quantitativos Huanfang Quant. A ferramenta de código aberto teve recentemente um impacto significativo na comunidade internacional de programadores e no sector tecnológico devido à sua eficiência e baixo custo. Segundo a empresa, o modelo foi treinado ao longo de 55 dias, com um orçamento de 5,57 milhões de dólares, utilizando um conjunto de 2.048 unidades de processadores gráficos H800 do fabricante norte-americano de semicondutores Nvidia, uma versão de baixa capacidade concebida para o mercado chinês, face às restrições impostas pelos Estados Unidos sobre as exportações de alta tecnologia para a China. Este custo representa menos de um décimo da despesa de formação do modelo 4o da OpenAI, segundo a imprensa chinesa. A empresa tornou públicos os detalhes técnicos do processo de formação, permitindo que outros utilizadores os utilizem como base para o desenvolvimento de outras ferramentas. As comparações de preços são baseadas no cálculo de fichas (“tokens”), no qual 1.000 fichas equivalem a aproximadamente 750 palavras em inglês. O DeepSeek oferece serviços de interface de programação de aplicações (API) a um custo de 1 yuan por milhão de fichas introduzidas e 16 yuan por milhão de fichas produzidas. Em comparação, o modelo o1 da OpenAI tem um preço de 15 dólares por milhão de fichas introduzidas e 60 dólares por milhão de fichas produzidas. Portas abertas O lançamento do DeepSeek-R1 ocorreu na mesma semana em que o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o projecto ‘Stargate’, que visa investir até 500 mil milhões de dólares, nos próximos quatro anos, para construir 20 novos centros de dados para apoiar projectos de IA. “A abordagem tecnológica da DeepSeek desafia o domínio dos EUA na IA, demonstrando que as suas restrições à venda de semicondutores à China têm sido ineficazes”, disse Li Baiyang, professor de estudos de inteligência artificial na Universidade de Nanjing, citado pelo jornal oficial chinês Global Times. O especialista Tian Feng disse ao mesmo órgão de comunicação que os resultados do DeepSeek, com custos de formação mais baixos, juntamente com a sua abordagem de código aberto, “redefinirão as regras de desenvolvimento da IA”. Mais de 200 grandes modelos linguísticos foram lançados no mercado chinês, alguns desenvolvidos pelos gigantes tecnológicos do país, como o “Doubao” da ByteDance, o “Jiutian” da operadora de telecomunicações China Mobile, o “Wenxin Yiyan” da Baidu, o “Tongyi Qianwen” do gigante do comércio electrónico Alibaba, o “Pangu” da Huawei Cloud e o “Lanxin” da Vivo.
Hoje Macau China / ÁsiaInvestigadores pedem ao MP sul-coreano que acuse de insurreição líder deposto O gabinete anticorrupção da Coreia do Sul recomendou ontem ao Ministério Público que o presidente deposto, Yoon Suk-yeol, seja acusado de rebelião e abuso de poder por declarar lei marcial em Dezembro. O Gabinete de Investigação da Corrupção de Altos Funcionários (CIO) anunciou que transferiu o caso para o Ministério Público, que tem o poder de acusar formalmente um chefe de Estado sul-coreano. O CIO considera que Yoon conspirou com o então ministro da Defesa Nacional, Kim Yong-hyun, e outros oficiais militares para iniciar um motim, declarando lei marcial na noite de 03 de Dezembro. Defende, além disso, que Yoon abusou do poder ao enviar tropas para a Assembleia Nacional (parlamento), para impedir que os deputados revogassem a lei marcial. O Ministério Público dispõe agora de 11 dias para decidir se deve ou não dar início ao processo solicitado. Se Yoon for considerado culpado de liderar uma insurreição, crime para o qual um presidente não tem imunidade no país, pode ser condenado a prisão perpétua ou a pena de morte. Yoon encontra-se em prisão preventiva no Centro de Detenção de Seul, em Uiwang, a sul de Seul, desde 15 de janeiro. O Tribunal Constitucional está a realizar simultaneamente um julgamento para determinar se ratifica ou não a destituição aprovada pelos parlamentares em 14 de Dezembro. Se o mais alto tribunal da Coreia do Sul confirmar o ‘impeachment’, têm de ser convocadas eleições presidenciais antecipadas no prazo de 60 dias após a decisão da Justiça. Yoon, recusa-se a testemunhar na investigação sobre o alegado crime de rebelião. Yoon Suk-yeol surpreendeu o país em 03 de Dezembro ao declarar lei marcial, uma medida que fez lembrar os dias negros da ditadura militar sul-coreana e que justificou com a intenção de proteger o país das “forças comunistas norte-coreanas” e de “eliminar elementos hostis ao Estado”. Pressionado pelos deputados e por milhares de manifestantes, Yoon foi obrigado a revogar a decisão horas depois.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | Pequim pede punição severa para autores do assassínio de cidadão chinês A China apelou ontem às autoridades afegãs para que façam uma “investigação exaustiva” e “punam severamente” os responsáveis pelo assassinato, na quarta-feira, de um cidadão chinês que trabalhava numa mina de ouro na província afegã de Takhar. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse ontem em conferência de imprensa que Pequim está “profundamente chocada” com o ataque. “A China é contra todas as formas de terrorismo”, vincou a porta-voz, apelando à “repressão do Estado Islâmico e de outras organizações terroristas listadas pelo Conselho de Segurança da ONU”. “A China vai continuar a prestar muita atenção à situação de segurança no Afeganistão e a apoiar as autoridades afegãs no combate a todas as formas de violência terrorista e na manutenção da segurança e da estabilidade no país”, acrescentou Mao, exortando o governo afegão a tomar as medidas necessárias “para garantir a segurança dos cidadãos e das organizações chinesas no país”. De acordo com a polícia local, a vítima trabalhava numa mina de ouro na região, que faz fronteira com o Tajiquistão. Um ramo local do grupo islâmico Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque. A China é um dos poucos actores internacionais que manteve relações diplomáticas com o Afeganistão desde que os talibãs chegaram ao poder em Agosto de 2021. Os dois países partilham uma pequena fronteira internacional de apenas 76 quilómetros na parte mais oriental do chamado Corredor de Wajan, uma passagem remota na cordilheira de Pamir. As empresas chinesas, com o apoio de Pequim, têm procurado aproveitar as oportunidades de exploração dos vastos depósitos de recursos não desenvolvidos do Afeganistão, especialmente a mina de Mes Aynak, que se crê conter o maior depósito de cobre do mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaComércio | Pequim diz que taxas não beneficiam China, EUA ou o mundo O Ministério do Comércio chinês afirmou ontem que a imposição pelos Estados Unidos de taxas alfandegárias sobre bens chineses “não beneficiaria a China, os Estados Unidos ou o mundo”, face às ameaças do líder norte-americano, Donald Trump. O porta-voz da pasta, He Yadong, disse em conferência de imprensa que o seu país “manteve sempre uma posição consistente” sobre o aumento das taxas. “A China está disposta a trabalhar com os EUA para colocar as relações económicas e comerciais entre os dois países numa direcção estável, saudável e sustentável”, afirmou. Questionado sobre se o seu ministério já comunicou com a equipa comercial da nova administração norte-americana, He disse que a China “mantém sempre o contacto com as autoridades competentes” nos Estados Unidos. A diplomacia chinesa assegurou na quarta-feira que “não há vencedores numa guerra comercial”, depois de Trump ter avançado que está a considerar impor taxas de 10 por cento sobre as importações chinesas em retaliação pelo fluxo de fentanil. “Estamos a falar de uma taxa de 10 por cento com base no facto de eles estarem a enviar fentanil para o México e para o Canadá”, disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, na terça-feira. O líder republicano referiu que falou “no outro dia” com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, e que este lhe disse que não queria essa “porcaria” no país. No ano passado, foram registadas cerca de 70 mil mortes nos Estados Unidos devido ao consumo daquele opioide sintético. Membros da equipa de Trump incluíram na segunda-feira a China, juntamente com o Canadá e o México, entre os países cuja relação comercial com os EUA seria revista pelo republicano, que lançou uma guerra comercial contra a nação asiática durante o seu primeiro mandato.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim ordena fundos a comprar mais acções para dinamizar mercados O Governo chinês anunciou ontem que vai ordenar os fundos de pensões e de investimento a comprar mais acções de empresas chinesas, visando estimular as praças financeiras do país, após anos de marasmo. As autoridades disseram que, a partir deste ano, os fundos mútuos devem aumentar as suas participações em acções nacionais, denominadas acções A, em, pelo menos, 10 por cento por ano, durante os próximos três anos. Os fundos de seguros comerciais terão de investir 30 por cento dos seus novos prémios anuais nos mercados de acções a partir deste ano, acrescentaram. “Isto significa que, pelo menos, várias centenas de milhares de milhões de yuan de fundos de longo prazo serão adicionados [ao mercado accionista] todos os anos”, disse Wu Qing, presidente da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China. “A implementação das várias medidas do plano aumentará ainda mais a capacidade de afectação de capital dos fundos de médio e longo prazo, expandirá constantemente a escala do investimento, melhorará a oferta e a estrutura dos fundos no mercado de capitais e consolidará as boas condições para a recuperação do mercado de capitais”, explicou. O Partido Comunista Chinês anunciou esta medida pouco antes do maior feriado do ano na China, o Ano Novo Lunar, que começa na quarta-feira, 29 de Janeiro. É uma altura em que as famílias tendem a aumentar os gastos com refeições, viagens e prendas em dinheiro para crianças e jovens adultos. Os mercados de Hong Kong e Xangai subiram após o anúncio, com o índice Shanghai Composite a ganhar inicialmente cerca de 1,5 por cento, embora ao meio da sessão estivesse a subir 0,8 por cento. O índice Hang Seng de Hong Kong perdeu os primeiros ganhos e manteve-se praticamente inalterado. Os mercados accionistas chineses atingiram o seu valor máximo antes da crise financeira asiática e, desde então, têm-se mantido muito abaixo desse nível. A falta de apreciação nos preços das acções, juntamente com a queda dos preços dos imóveis, diminuiu a confiança dos investidores, suscitando riscos deflacionários na segunda maior economia do mundo. Avanços e reformas Até à data, os esforços do Governo chinês para fazer com que as pessoas gastem mais e poupem menos têm tido um sucesso mitigado. Uma iniciativa para promover a compra de veículos e electrodomésticos energeticamente eficientes através do pagamento de subsídios aos consumidores que entregam versões antigas desses artigos aumentou as vendas. Mas os preços das acções estancaram, após uma breve recuperação no final do ano passado. Wu afirmou que os fundos de pensões vão ser obrigados a reformular a forma como avaliam o seu desempenho e que as empresas vão ser incentivadas a realizar mais recompras de acções e a pagar dividendos mais elevados para proporcionar aos accionistas melhores rendimentos. “Este é um avanço institucional muito importante para a entrada de fundos de médio e longo prazo no mercado. Pode dizer-se que resolve um problema que esteve por resolver durante muitos anos”, acrescentou. “As vendas dos principais accionistas e a elevada volatilidade do mercado prejudicaram as praças financeiras chinesas”, afirmou Lei Meng, analista de acções chinesas da UBS Securities, num comentário difundido ontem. “A vontade dos investidores de longo prazo de participar no mercado bolsista diminuiu”, acrescentou. “A proposta de reforma da gestão do valor de mercado aborda directamente esta questão, porque está directamente relacionada com o sentido de ganho dos investidores”, sublinhou.
Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Pequim e Brasília destacam “consenso crescente” para encontrar solução política As duas nações continuam a desenvolver esforços para encontrar uma solução que ponha fim ao conflito na Ucrânia. Wang Yi e Celso Amorim, falaram ontem pelo telefone O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, destacou ontem o “crescente consenso de todas as partes para promover uma solução política” para a guerra na Ucrânia, durante uma conversa por telefone com o conselheiro especial brasileiro Celso Amorim. Em 2024, Wang e Amorim avançaram com uma proposta conjunta para pôr termo ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. “O objectivo é reunir o consenso do ‘sul global’ e criar e acumular condições para conversações de paz”, disse ontem Wang Yi, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. Wang afirmou que a China e o Brasil têm “trajectórias de desenvolvimento semelhantes e economias altamente complementares” e que a “forte confiança e amizade mútuas estabelecidas entre os chefes de Estado dos dois países lançaram uma base política sólida para que ambos levem a cabo uma cooperação abrangente”. “A China apoia firmemente a liderança do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para que o povo brasileiro explore um caminho de desenvolvimento, de acordo com as suas condições nacionais”, acrescentou o ministro, ao mesmo tempo que transmitiu o seu “apoio” ao país sul-americano durante a sua actual presidência do bloco de países emergentes BRICS. Wang manifestou ainda a sua esperança de “trabalhar com o Brasil para defender um multilateralismo genuíno”. Amorim apelou aos esforços para “construir uma comunidade de destino comum entre o Brasil e a China para um mundo mais justo e um planeta mais sustentável”. “Brasil e China, como potências emergentes, podem fortalecer ainda mais a cooperação e desempenhar um papel maior na manutenção da paz mundial e no combate às mudanças climáticas”, afirmou o conselheiro especial da Presidência brasileira. Amigo preferencial De acordo com dados oficiais, a China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2008. O mercado chinês foi o destino de 30 por cento das exportações brasileiras em 2023, quando as vendas para o país asiático totalizaram 104 mil milhões de dólares, constituídas maioritariamente por produtos alimentares e matérias-primas. A China, por sua vez, mantém investimentos no Brasil de cerca de 40 mil milhões de dólares, que nos últimos anos têm sido aplicados no sector energético.
Hoje Macau China / ÁsiaDavos | Pequim alerta para consequências “inimagináveis” de divisão do mundo O vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, alertou ontem, no Fórum Económico Mundial, em Davos, para os perigos de uma possível divisão do mundo em dois sistemas separados, advertindo que as consequências seriam “inimagináveis” e prejudicariam gravemente a humanidade. Ao discursar na cidade suíça, Ding sublinhou que a comunidade internacional está cada vez mais preocupada com este risco, uma vez que “seria muito difícil enfrentar em conjunto os desafios comuns”, incluindo as alterações climáticas, a segurança alimentar e a transição energética, “se o mundo estiver dividido”. O líder chinês alertou para os riscos de confronto no “pior cenário”, uma situação em que “nenhum país poderia ficar indiferente”. “Davos continua a ser um fórum fundamental para discutir questões globais e fomentar a cooperação internacional, promovendo novas ideias para o progresso comum”, afirmou. Ding apelou também à solidariedade global, sublinhando que a cooperação internacional é essencial para ultrapassar a turbulência e construir um futuro comum. Segundo o governante, a China tem sido um firme defensor do multilateralismo e continua empenhada no sistema internacional baseado no direito, tendo a ONU como centro. O vice-primeiro-ministro salientou o empenho do seu país na construção de uma globalização económica inclusiva, observando que, apesar das “divergências quanto à sua distribuição”, esta continua a ser uma tendência “vantajosa para todos”. A China é um “defensor e construtor” da ordem internacional, assegurou.
Hoje Macau China / ÁsiaEconomia | Bolsas caem após Trump ameaçar com subida de taxas As bolsas chinesas registaram quedas durante a sessão de ontem, depois de o novo Presidente norte-americano, Donald Trump, ter sugerido que vai aplicar taxas de 10 por cento sobre as importações da China, em retaliação pelo fluxo de fentanil. O índice de referência da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, caía 1,73 por cento por volta das 13:30 locais, pesando especialmente sobre as acções tecnológicas, que estão entre as mais atingidas pelas tensões entre as duas maiores potências mundiais. Na China continental, as bolsas de Xangai e de Shenzhen estavam também no vermelho à mesma hora, com uma descida de 1 por cento e 0,92 por cento, respectivamente. “Estamos a falar de uma taxa de 10 por cento com base no facto de eles estarem a enviar fentanil para o México e para o Canadá”, disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, na terça-feira. O líder republicano referiu que falou “no outro dia” com o homólogo chinês, Xi Jinping, e que este lhe disse que não queria essa “porcaria” no país. No ano passado, foram registadas cerca de 70.000 mortes por consumo excessivo do opiáceo sintético nos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaSunac | Primeiro promotor imobiliário a reestruturar dívida Os planos para pagar a dívida de mais de 15 mil milhões de yuan foram aprovados pelos credores A Sunac, outrora um dos maiores promotores imobiliários da China, tornou-se a primeira empresa do sector a reestruturar com êxito a sua dívida emitida nos mercados internos (“onshore”), depois de ter conseguido o apoio dos credores. Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a empresa afirmou que os credores destas obrigações, das quais faltavam pagar cerca de 15,4 mil milhões de yuan, aprovaram o plano apresentado pela empresa. A proposta previa uma redução para menos de metade desse montante e oferecia várias opções, como o prolongamento da maturidade das obrigações até 2034, sem obrigação de começar a pagá-las até 2029. A Sunac já tinha sido pioneira entre os promotores chineses quando, em Outubro de 2023, obteve a aprovação da justiça de Hong Kong para o acordo que tinha alcançado com os credores para reestruturar cerca de 10,2 mil milhões de dólares de dívida emitida nos mercados internacionais (“offshore”). A agência de notação da dívida Standard&Poor’s (S&P) afirmou na altura que a Sunac ia abrir caminho para a reestruturação da dívida ‘offshore’ de outros promotores chineses em situações semelhantes, uma vez que não só procurou prolongar as obrigações para ganhar tempo, como também incluiu instrumentos como ‘swaps’ de dívida. No entanto, a 10 de Março, o gestor de activos estatal Cinda apresentou um pedido de liquidação contra a empresa em Hong Kong por falta de pagamento de um empréstimo de 30 milhões de dólares. A primeira audiência foi marcada para 19 de Março. Este caso distingue-se de outros semelhantes, como os que também enfrentam em Hong Kong gigantes como a Evergrande ou Country Garden, pelo facto de o queixoso ser uma empresa estatal chinesa e não um credor privado, apesar de Pequim ter prometido repetidamente medidas para estabilizar o mercado imobiliário nos últimos meses. Ferida grave As acções do promotor em Hong Kong caíram mais de 25 por cento na sequência desta notícia. Ontem, apesar do acordo com os credores ‘onshore’, caíram 2,41 por cento, durante a parte da manhã da sessão. A Sunac tinha um passivo total de cerca de 896 mil milhões de yuan no final do primeiro semestre de 2024, durante o qual registou um prejuízo líquido de 14,957 mil milhões de yuan. A situação financeira de muitas empresas imobiliárias chinesas agravou-se depois de Pequim ter anunciado, em Agosto de 2020, restrições ao acesso ao financiamento bancário para promotores que tinham acumulado um elevado nível de dívida, incluindo a Evergrande, com um passivo de quase 330 mil milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaAfeganistão | Talibãs afirmam que cidadão chinês foi morto Um cidadão chinês foi morto no nordeste do Afeganistão, anunciou ontem um porta-voz da polícia talibã, apesar de o assassínio de estrangeiros ser raro no país, especialmente desde a retirada das tropas norte-americanas, em 2021. O porta-voz da polícia Mohammed Akbar, na província de Takhar, disse que o homem foi morto na noite de terça-feira por “pessoas desconhecidas”, quando estava a caminho do distrito de Dasht-e-Qala. Akbar disse que o cidadão chinês, de apelido Li, viajou para um destino desconhecido com o seu intérprete e sem informar as autoridades de segurança. O intérprete não ficou ferido no incidente, segundo Akbar. “A polícia iniciou a sua investigação inicial. Fiquem atentos para mais pormenores”, acrescentou Akbar, sem fornecer mais informações. Um grupo chamado Frente de Mobilização Nacional reivindicou a responsabilidade pelo assassínio e disse que os seus combatentes tinham como alvo o veículo do chinês. O grupo alegou que Li estava a treinar os serviços secretos talibãs na monitorização das plataformas das redes sociais, sem apresentar provas. Questionada sobre o incidente, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse ontem que não está familiarizada com o assunto. “Acredito que a Embaixada da China no Afeganistão fará tudo o que estiver ao seu alcance para proteger a segurança dos cidadãos chineses e acompanharemos a situação”, afirmou. A China é de particular importância para os talibãs, que estão a cortejar o investimento estrangeiro e as alianças regionais face ao seu contínuo isolamento na cena internacional devido à sua repressão contra as mulheres.
Hoje Macau China / ÁsiaPanamá | Pequim diz que nunca interferiu na gestão do canal A China garantiu ontem que “nunca interferiu” na gestão do Canal do Panamá e que “sempre respeitou” a soberania panamiana sobre a infra-estrutura, após o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter insistido que o canal está sob controlo do país asiático. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse em conferência de imprensa que “a soberania e a independência do Panamá não são negociáveis”. “O canal não está sujeito ao controlo directo ou indirecto de nenhuma grande potência”, afirmou Mao. “A China não participou na gestão e no funcionamento do canal, nunca interferiu nos seus assuntos e sempre respeitou a soberania do Panamá sobre o canal”, acrescentou, salientando que a China “reconhece o canal como uma via navegável permanentemente neutra para o tráfego internacional”. A porta-voz disse ainda que a China apoia as declarações do presidente do Panamá, José Raúl Mulino, que defendeu que o canal “é e continuará a ser do Panamá” e que a sua administração continuará a estar sob controlo panamiano “com respeito pela sua neutralidade permanente”. Na passada segunda-feira, Trump disse no seu discurso de tomada de posse que “a China está a operar o Canal do Panamá”. “Mas nós não o demos à China. Demos ao Panamá e vamos recuperá-lo”, avisou o líder republicano.
Hoje Macau China / ÁsiaAcordo de Paris | Preocupação com retirada dos EUA A China manifestou ontem preocupação com a decisão de Washington de se retirar do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, depois de o Presidente Donald Trump ter assinado uma ordem executiva para formalizar a saída. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, sublinhou em conferência de imprensa que as alterações climáticas são um desafio global que exige a cooperação de todos os países. “As alterações climáticas são um desafio comum a toda a humanidade e nenhum país pode actuar sozinho para seu próprio benefício”, afirmou. Reiterou o compromisso de Pequim de continuar a enfrentar activamente este desafio. “A determinação e as acções da China em relação às alterações climáticas continuam a ser consistentes”, afirmou. Guo também enfatizou que a China trabalhará com todos os países com o objectivo de fazer avançar a transformação global para “uma economia verde e de baixo carbono”. Estas declarações de Pequim surgem na sequência da assinatura por Trump, na segunda-feira, de uma ordem executiva para retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. A medida, que foi uma das suas principais promessas durante a última campanha eleitoral, visa dar prioridade aos interesses nacionais dos Estados Unidos, em detrimento dos acordos internacionais, nomeadamente no que diz respeito às políticas climáticas que Trump considera prejudiciais para a economia norte-americana.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Presidente Yoon levado para hospital após depor em tribunal O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, foi transportado ontem para um hospital militar em Seul depois de comparecer pela primeira vez perante o Tribunal Constitucional no julgamento sobre a sua destituição, noticiou a agência sul-coreana Yonhap. A caravana que deveria transportar Yoon de volta ao centro de detenção a sul de Seul, onde se encontra em prisão preventiva há uma semana, deixou o Tribunal Constitucional a meio da tarde e dirigiu-se directamente para o hospital. De acordo com o gabinete presidencial e fontes jurídicas citadas pela Yonhap, Yoon foi levado ao hospital para efectuar exames médicos. A deslocação ao hospital foi autorizada pelo director do centro de detenção onde se encontra, acrescentou a agência. Perante o tribunal, Yoon negou que tivesse ordenado aos militares que retirassem os deputados do parlamento para os impedir de votar a rejeição do decreto de lei marcial, segundo a agência norte-americana AP. Depois de ter imposto abruptamente a lei marcial a 3 de Dezembro, Yoon enviou tropas e agentes da polícia para cercar a Assembleia Nacional. No entanto, um número suficiente de deputados conseguiu entrar para votar unanimemente a rejeição do decreto, obrigando o gabinete de Yoon a levantar a medida na manhã seguinte. A Assembleia Nacional aprovou a destituição de Yoon a 14 de Dezembro, decisão que terá de ser julgada pelo Tribunal Constitucional. A presença de Yoon no tribunal foi a sua primeira aparição pública desde que se tornou o primeiro presidente em exercício da Coreia do Sul a ser detido por causa declaração de lei marcial, que mergulhou o país numa crise política. O Tribunal Constitucional dispõe de 180 dias desde a data em que recebeu o processo, a 14 de Dezembro, para confirmar a destituição ou para a rejeitar e reintegrar Yoon na chefia do Estado.
Hoje Macau China / ÁsiaEnergia | Alcançado novo recorde mundial de capacidade renovável A China bateu, em 2024, o seu próprio recorde mundial em capacidade instalada de energias renováveis, de acordo com dados oficiais divulgados ontem, ilustrando o crescente domínio do país asiático naquele sector emergente. No ano passado, o país instalou cerca de 277 gigawatts (GW) de nova capacidade de energia solar, em comparação com 217 GW em 2023, e 80 GW de nova capacidade de energia eólica, também mais do que no ano anterior, de acordo com os números publicados pela Administração Nacional de Energia (NEA), uma agência do Governo chinês. A China, que é o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa, registou o aumento mais meteórico na instalação de capacidade renovável nos últimos anos. Pequim quer atingir o seu pico de emissões de CO2 em 2030 e tornar-se neutra em termos de carbono até 2060. A sua capacidade total instalada de energia solar e eólica é actualmente de 887 GW e 521 GW, respectivamente, mais de 15 por cento do que o objectivo de 1.200 GW instalados até 2030, fixado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em 2020. O país, que está a construir mais capacidade de energia solar e eólica do que o resto do mundo todo junto, investiu mais de 50 mil milhões de dólares neste domínio, entre 2011 e 2022, de acordo com dados da Agência Internacional da Energia. A segunda maior economia do mundo continua fortemente dependente do carvão, mas reduziu em 83 por cento o número de autorizações de construção de centrais eléctricas alimentadas por aquele combustível fóssil no primeiro semestre de 2024.
Hoje Macau China / ÁsiaFusão nuclear | ‘Sol artificial’ consegue gerar plasma estável durante mais de 17 minutos O reactor de fusão termonuclear EAST, conhecido como o “sol artificial” da China, bateu o seu recorde ao gerar e manter plasma altamente confinado e quente durante 1.066 segundos. O EAST (Experimental Advanced Superconducting Tokamak), localizado na cidade de Hefei, no leste da China, conseguiu gerar e manter plasma durante 1.066 segundos, mais de 17 minutos, superando o seu recorde anterior de 403 segundos, alcançado em 2023, revelou na segunda-feira a agência estatal chinesa Xinhua. A agência descreveu este novo recorde como “um passo fundamental para o desenvolvimento de um reactor de fusão”, noticiou a agência Efe. O objectivo final do EAST é criar fusão nuclear semelhante à do Sol, utilizando substâncias abundantes no mar para fornecer um fluxo constante de energia. Desde o seu lançamento em 2006, o EAST tem sido “uma plataforma de testes aberta para cientistas chineses e internacionais conduzirem experiências e investigações relacionadas com a fusão”, detalhou ainda a Xinhua. Segundo o cientista Song Yuntao, citado pela agência, a temperatura e a densidade das partículas aumentaram consideravelmente durante esta operação de plasma de alto confinamento. Esta operação estabelecerá “uma base sólida para melhorar a eficiência da geração de energia das futuras centrais de fusão e reduzir os custos”.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Pequim espera cooperação comercial durante novo mandato A China disse ontem que espera cooperar com Washington em questões comerciais, após a tomada de posse do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou impor taxas alfandegárias punitivas sobre produtos chineses. “A China está pronta para reforçar o diálogo e a comunicação com os Estados Unidos (e) gerir adequadamente as diferenças”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun. “Esperamos que os Estados Unidos trabalhem com a China para promover conjuntamente o desenvolvimento estável (…) das relações económicas e comerciais sino-americanas”, acrescentou. Embora admitindo a existência de “diferenças e fricções” entre os dois países, Guo Jiakun observou que “os interesses comuns e as possibilidades de cooperação são imensos”. As duas maiores economias do mundo têm mantido relações comerciais tumultuosas nos últimos anos. Durante o seu primeiro mandato, Donald Trump impôs taxas sobre as exportações chinesas, invocando alegadas práticas desleais. O seu sucessor democrata, Joe Biden, manteve a pressão ao limitar drasticamente o acesso da China a semicondutores utilizados na produção de alta tecnologia. Durante a campanha eleitoral, Trump ameaçou impor taxas ainda mais elevadas à China, cujas exportações atingiram um nível recorde no ano passado.