Hoje Macau China / ÁsiaUcrânia | Rússia interessada em negociações mas mantém ataques A Rússia rejeitou ontem críticas da União Europeia (UE) sobre o empenho em negociações, afirmando estar interessada em procurar a paz, mas assegurou que continuará a atacar a Ucrânia até alcançar os seus objectivos. “As forças armadas russas estão a cumprir a missão. Continuam a atacar alvos militares e paramilitares”, disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, após críticas da UE a bombardeamentos em Kiev que causaram pelo menos 14 mortos e danificaram a embaixada europeia. “Ao mesmo tempo, a Rússia continua interessada em prosseguir o processo de negociação, a fim de alcançar os objectivos que foram fixados por meios políticos e diplomáticos”, afirmou, citado pelas agências de notícias France-Presse (AFP) e espanhola EFE. Pelo menos 14 pessoas morreram e 48 ficaram feridas na madrugada de ontem em Kiev devido a um ataque massivo russo com 629 ‘drones’ e mísseis contra o território ucraniano, declararam as autoridades ucranianas. O balanço anterior indicado pelas autoridades locais era de oito mortos e 45 feridos. Entre os mortos estão três crianças, disse o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, citando dados preliminares. Espera-se que os números possam aumentar, enquanto as equipas de resgate permanecem no terreno para resgatar as pessoas presas sob os escombros. Foi o primeiro grande ataque combinado russo a Kiev em semanas, enquanto os Estados Unidos lideram os esforços de paz. Segundo a agência de notícias AFP, a Rússia disparou 598 ‘drones’ e 31 mísseis balísticos e de cruzeiro contra a Ucrânia num novo ataque massivo durante a madrugada de ontem, citando dados da Força Aérea ucraniana num comunicado. De acordo com dados preliminares, 563 ‘drones’ de combate e ‘drones’ de distracção, assim como 26 mísseis, foram abatidos ou bloqueados, segundo a Força Aérea ucraniana. Os ataques atingiram a parte central de Kiev, uma das poucas vezes em que os ataques russos atingiram o coração da capital ucraniana desde o início da invasão em larga escala em Fevereiro de 2022.
Hoje Macau China / ÁsiaPyongyang critica líder do Sul por falar em desnuclearização A Coreia do Norte criticou ontem o que descreveu como a hipocrisia do Presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, ao falar sobre a possível desnuclearização da Península Coreana. Pyongyang afirmou que a Coreia do Sul é o “único país que entregou toda a soberania aos Estados Unidos”, de acordo com um editorial publicado pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. A agência norte-coreana, que transmite a posição oficial de Pyongyang sobre política nacional e internacional, lamentou que Seul esteja a promover “ilusões vazias sobre a desnuclearização”. Reafirmou que a Coreia do Norte nunca entregará as armas nucleares que possui. “Lee deve compreender que continuar a alimentar este sonho sobre a desnuclearização não vai ajudar ninguém”, afirmou, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press. A Coreia do Norte voltou a defender a posse de armamento nuclear, que considerou ser inevitável dada a situação geopolítica na região. “Lee Jae-myung nunca escondeu os seus verdadeiros motivos: ele é um maníaco por confrontos”, afirmou a KCNA. Lee afirmou na segunda-feira, durante um discurso em Washington perante o Presidente Donald Trump, que pretende trabalhar com os Estados Unidos para “estabelecer a paz e alcançar a desnuclearização da Península da Coreia”. Um dia depois, Pyongyang voltou a criticar as manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na região, em curso há 10 dias, que descreveu como hostis e demonstrativas do “desejo de invadir” o território norte-coreano. “Todos sabem que não se trata de algo defensivo, especialmente vindo de um país que possui o maior arsenal nuclear”, afirmou Kim Yong-bok, alto funcionário do Exército da Coreia do Norte, em referência aos Estados Unidos. Donald, o pacificador No encontro com Lee, Trump disse que gostava de se reunir novamente com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, com quem se encontrou em 2018 e 2019, e admitiu que poderá tentar uma cimeira entre as duas Coreias. Trump pediu a Lee que retomasse o diálogo com Pyongyang e inaugurasse uma “nova era de paz na Península Coreana”. A Coreia, que foi colonizada pelo Japão entre 1910 e 1945, foi dividida pelos Estados Unidos e pela União Soviética em duas zonas administrativas, separadas pelo paralelo 38, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Dessa divisão resultou a Guerra da Coreia (1950-1953), que opôs a República Democrática Popular da Coreia (Norte), apoiada pela União Soviética e China, e a República da Coreia (Sul), apoiada por uma força internacional liderada pelos Estados Unidos. O conflito armado causou cerca de 2,5 milhões de mortos, maioritariamente coreanos, e terminou com um armistício, mas sem que tivesse sido assinado um acordo de paz, pelo que tecnicamente Pyongyang e Seul continuam em guerra. As duas Coreias continuam divididas pelo paralelo 38, tendo sido criada uma zona desmilitarizada perto da aldeia de Panmunjom, onde foi assinado o armistício em 27 de Julho de 1953.
Hoje Macau China / ÁsiaOposição indiana critica Trump e fracasso do Governo A oposição indiana classificou quarta-feira as novas tarifas dos Estados Unidos como “chantagem económica” e criticou o primeiro-ministro, Narendra Modi, pelo que considera um fracasso da política externa que prejudica os interesses nacionais. “A tarifa de 50 por cento de [Donald] Trump é uma chantagem económica: uma tentativa de pressionar a Índia a aceitar um acordo comercial injusto”, escreveu o líder do partido Congresso Nacional Indiano (INC), Rahul Gandhi, nas redes sociais. Gandhi exortou Modi a “não permitir que a sua fraqueza prevaleça sobre os interesses do povo indiano”, segundo a agência de notícias espanhola EFE. Na mesma linha, o presidente do INC, Mallikarjun Kharge, afirmou que “uma política externa sólida requer substância e habilidade” e classificou a diplomacia de Modi como superficial. “Eles não conseguiram chegar a um acordo comercial e agora estão a falhar em proteger o nosso país”, criticou. Os Estados Unidos activaram quarta-feira a nova política de tarifas de 50 por cento sobre exportações da Índia como punição pela compra de petróleo à Rússia, alvo de sanções devido à guerra contra a Ucrânia. A nova taxa punitiva adicional é de 25 por cento. Em causa, estão exportações indianas no valor de cerca de 60 mil milhões de dólares, segundo a EFE. A Rússia já declarou estar pronta para absorver as exportações indianas mais afectadas pela punição norte-americana. Os sectores mais atingidos são indústrias com alta empregabilidade, como o têxtil, o de joias e pedras preciosas, o de frutos do mar e o de componentes para automóveis. Os Estados Unidos não puniram sectores produtores de bens que são importantes para as próprias empresas ou para o bolso dos cidadãos norte-americanos, como medicamentos e telemóveis. Factor petróleo O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou inicialmente uma tarifa de 25 por cento sobre produtos indianos. Mas, no início de Agosto, assinou uma ordem executiva impondo uma tarifa adicional de 25 por cento devido às compras de petróleo russo pela Índia, o que elevou as tarifas combinadas impostas ao aliado asiático aliado para 50 por cento. “As nossas importações [de petróleo russo] baseiam-se em factores de mercado e são feitas com o objectivo geral de garantir a segurança energética de 1,4 mil milhões de pessoas na Índia”, afirmou Nova Deli em 07 de Agosto, recordou o jornal Hindustan Times. Para fazer face à medida, o Governo indiano anunciou quarta-feira a promoção de produtos têxteis em mercados que considerou prioritários, incluindo os do Reino Unido, Japão e Coreia do Sul. As exportações da Índia atingem actualmente 220 países e territórios, mas as autoridades disseram que 40 mercados são fundamentais para a diversificação. A lista inclui também Alemanha, França, Itália, Espanha, Países Baixos, Polónia, Canadá, México, Rússia, Bélgica, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Austrália, segundo o jornal The Times of India. A Federação das Organizações de Exportação da Índia (FIEO) expressou num comunicado “máxima preocupação” e solicitou apoio imediato do Governo às empresas.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Terminam alegações finais em caso do magnata Jimmy Lai As alegações finais no julgamento por violação de segurança nacional do magnata da comunicação social Jimmy Lai terminaram ontem em Hong Kong, sem ser conhecida a data do veredicto. Acusado de sedição e conluio com forças estrangeiras durante os protestos de 2019, dos quais foi uma das figuras-chave, Jimmy Lai pode enfrentar prisão perpétua. Lai declarou-se inocente neste longo julgamento, iniciado em Dezembro de 2023 e que terminou ontem, com as alegações finais, não havendo data marcada para o veredicto. “Informaremos as partes em tempo útil” sobre a data, declarou a juíza Esther Toh. Fundador do jornal liberal Apple Daily, banido desde Junho de 2021, Jimmy Lai, 77 anos, está preso desde 2020, sendo acusado de ter pedido a governos ocidentais que impusessem sanções à China e à região administrativa especial de Hong Kong devido à repressão dos protestos nas ruas da antiga colónia britânica. Lai é também acusado de produzir artigos e conteúdos sediciosos, nomeadamente em editoriais que assinou. Estas duas infrações são severamente punidas pela lei de segurança nacional adoptada após os protestos, por vezes violentos, de 2019. As alegações decorreram ao longo de dez dias, após dois adiamentos: um devido ao mau tempo e outro devido a problemas cardíacos de Jimmy Lai. Este acabou por poder assistir às audiências depois de medicado e de equipado com o devido equipamento médico.
Hoje Macau China / ÁsiaCooperação | Rússia e China realizam primeira patrulha conjunta com submarinos A Rússia e a República Popular da China realizaram pela primeira vez uma missão conjunta de patrulhamento submarino na região Ásia-Pacífico, anunciou quarta-feira a Frota do Pacífico da Marinha russa. “O submarino ‘Volkhov’ da Frota do Pacífico e um submarino da Marinha do Exército Popular de Libertação da China realizaram uma viagem de patrulha nos mares do Japão e da China Oriental”, disse a força russa. Os submarinos diesel-eléctricos regressaram às respectivas bases após o exercício conjunto, referiu a frota russa no comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE. O “Volkhov” regressou à base em Vladivostoque, no extremo leste da Rússia, após uma viagem de mais de 2.000 milhas náuticas. A patrulha conjunta visou “reforçar a cooperação naval” entre a Rússia e a China e “manter a paz e a estabilidade na região Ásia-Pacífico”, disse o gabinete de comunicação da Frota do Pacífico. Visou ainda “monitorizar a área marítima e proteger as actividades económicas marítimas da Rússia e da China”, acrescentou, segundo a agência de notícias russa Ria Novosti. Durante a missão, o submarino russo, com autonomia de navegação de 45 dias e em serviço desde Outubro de 2020, contou com o apoio da corveta “Gromki” e do rebocador de resgate “Foti Krilov”, da Frota do Pacífico. A patrulha submarina conjunta começou no início de Agosto, após a conclusão do exercício russo-chinês “Interação Marítima – 2025” nas águas do mar do Japão. As marinhas russa e chinesa realizam anualmente patrulhas conjuntas de navios de superfície desde 2021, acrescentou a Ria Novosti.
Hoje Macau China / ÁsiaEfeméride | China defende conquistas do fim da II Guerra Mundial Na preparação da grande parada militar de 3 de Setembro que trará a Pequim vários líderes mundiais, como Vladimir Putin e Kim Jong-Un, o Governo chinês volta a enaltecer a vitória sobre os regimes fascistas A China quer trabalhar com “todos os países amantes da paz” e defender as conquistas da Segunda Guerra Mundial, disse ontem o Governo chinês, na apresentação das cerimónias do 80.º aniversário do fim do conflito. Uma parada militar vai marcar a 03 de Setembro, em Pequim, o fim da Segunda Guerra Mundial na Ásia e a derrota do fascismo. Há 80 anos, com “enormes sacrifícios”, a China ocupou “a principal frente na Ásia na luta contra o fascismo” durante a Segunda Guerra Mundial, num “importante contributo histórico” para a vitória dos Aliados, lembrou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun. Guo salientou que, naquele período, “muitos países europeus e amigos ofereceram uma assistência valiosa e até deram as suas vidas, e os seus feitos serão sempre recordados pelo povo chinês”. Até ao momento, “perto 50 líderes, altos responsáveis, enviados à China e amigos de 30 países europeus confirmaram a presença” nestas comemorações no país, reflectindo um desejo partilhado de “preservar a memória histórica e defender a paz e a justiça”, indicou. Questionado sobre a ausência de grandes potências ocidentais, Guo respondeu que a China organiza estes eventos “para recordar a história, homenagear os caídos, valorizar a paz e abrir o futuro”. Revista presidencial O Presidente chinês, Xi Jinping, vai passar em revista as tropas e discursar na praça Tiananmen, num evento que contará com a presença de quase 30 chefes de Estado e de Governo, entre os quais o Presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. O desfile encerrará uma sequência de eventos, entre os quais se inclui a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, que irá decorrer entre 31 de Agosto e 01 de Setembro, em Tianjin (nordeste da China), anunciada como “a maior” desde a fundação da organização em 15 de Junho de 2001. A Segunda Guerra Mundial decorreu paralelamente à invasão da China pelo Japão (1931-1945) e à guerra civil entre nacionalistas e comunistas na China (1927-1949), que estabeleceram uma trégua para lutar contra as tropas japonesas. A invasão japonesa causou mais de 35 milhões de baixas entre as tropas e civis chineses até 1945, de acordo com Pequim, representando um terço das baixas.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Defesa de Jimmy Lai prossegue alegações finais A defesa do magnata da comunicação social de Hong Kong Jimmy Lai continuou ontem a apresentação das alegações finais num julgamento que é seguido pela comunidade internacional. A audiência decorre rodeada de um amplo dispositivo de segurança, que inclui a presença de unidades armadas e patrulhas com cães do lado de fora do tribunal, onde, pelo menos, uma dezena de veículos oficiais permanecem estacionados, segundo o meio de comunicação social local Ta Kung Wen Wei. Lai, com 77 anos, fundador do extinto jornal Apple Daily e de três empresas ligadas ao mesmo grupo editorial, enfrenta uma acusação de “conspiração para imprimir e reproduzir material sedicioso” e outras duas de “conspiração com forças estrangeiras ou externas com o objectivo de pôr em risco a segurança nacional”. A moldura penal aplicada a estas acusações pode levar à prisão perpétua do empresário. A fase de alegações finais começou na semana passada, num processo iniciado em Dezembro de 2023, marcado por vários adiamentos, entre eles os registados em meados de Agosto devido a chuvas torrenciais e problemas de saúde do acusado. Durante as sessões desta semana, a defesa centrou as alegações na refutação das acusações segundo as quais Lai orquestrou uma estratégia coordenada para promover sanções internacionais contra Hong Kong e Pequim, através de artigos publicados no Apple Daily e de um alegado apoio ao grupo activista conhecido como “Stand With Hong Kong”, segundo a imprensa de Hong Kong. A equipa jurídica do empresário sustentou que não há provas de que Lai tenha dado instruções directas a activistas, nem de que as publicações do jornal constituíssem incitação à sedição, insistindo no papel dos meios de comunicação social “para facilitar o debate público”. Detido pela primeira vez em 2020, Lai permanece desde então numa prisão de segurança máxima e cumpre já uma pena de cinco anos e nove meses por um caso diferente.
Hoje Macau China / ÁsiaIsrael | Exército diz que evacuação de Gaza é inevitável Israel considerou ontem inevitável a evacuação da cidade de Gaza no âmbito da continuação das operações militares no território palestiniano, face a críticas internacionais sobre a deslocação forçada da população. “A evacuação da cidade de Gaza é inevitável (…), cada família que se mudar para o sul receberá a ajuda humanitária mais generosa possível”, afirmou o porta-voz árabe do exército, Avichay Adraee, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). A ONU calcula em cerca de um milhão de pessoas a população actual da província de Gaza, que inclui a cidade de Gaza e arredores, no norte do território palestiniano devastado por quase dois anos de guerra. Israel aprovou planos para tomar a cidade de Gaza e anunciou que pretende forçar a população a transferir-se para o sul do território, um projecto considerado irrealista e perigoso por organizações humanitárias. A imprensa árabe noticiou na terça-feira que o Egipto posicionou cerca de 40 mil efectivos das forças armadas no norte do Sinai, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, por recear uma fuga em massa para o seu território. Apelos papais Ontem, o papa Leão XIV pediu o respeito pleno do direito humanitário em Gaza, em particular relativo ao “uso indiscriminado da força e deslocamento forçado de populações”, num novo apelo para o fim da guerra. O pontífice norte-americano fez o apelo no final da audiência geral na Cidade do Vaticano, ao pedir que as partes e a comunidade internacional se comprometam “a pôr fim ao conflito na Terra Santa, que causou tanto terror e morte”. O chefe da Igreja Católica pediu “que todos os reféns [israelitas] sejam libertados, que se alcance um cessar-fogo permanente, que se facilite a entrada segura da ajuda humanitária e que se respeite plenamente o direito humanitário”. Referiu “a obrigação de proteger os civis e a proibição do castigo colectivo, do uso indiscriminado da força e do deslocamento forçado de populações”, segundo a agência de notícias espanhola EFE. Leão XVI declarou ainda apoio à declaração conjunta feita na terça-feira pelos patriarcas grego, Teófilo III, e latino, Perbattista Pizzaballa, de Jerusalém. Os patriarcas pediram “o fim da espiral de violência, o fim da guerra e a prioridade do bem comum de todos os povos”. Na declaração conjunta, pediram às autoridades israelitas que suspendessem o plano de tomar Gaza e de transferir a população da cidade para o sul da Faixa de Gaza. “Esta não é a maneira certa. Não há razão que justifique o deslocamento massivo deliberado e forçado de civis”, afirmaram as autoridades eclesiásticas num comunicado. Anunciaram também que o clero e as freiras presentes em Gaza decidiram ficar e continuar a cuidar de todas as pessoas que encontraram refúgio nas instalações das igrejas cristãs. Após quase dois anos de guerra, a ONU declarou em 22 de Agosto uma situação de fome na província de Gaza, no norte do território, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia / Paquistão | Chuvas matam 32 pessoas desalojam milhares As cargas de água repentinas acima do normal para a época provocaram o caos e destruição em várias áreas da Índia e do Paquistão Chuvas intensas que atingiram partes do Paquistão e da Índia causaram 32 mortos e um número indeterminado de desaparecidos na parte indiana da Caxemira, anunciaram ontem as autoridades indianas. As mortes e desaparecimentos ocorreram na região de Jammu, na Caxemira controlada pela Índia, onde se registaram inundações repentinas e deslizamento de terras numa rota de peregrinação hindu, noticiou a agência Press Trust of India (PTI). O período em que ocorreram as mortes causadas pelas inundações não ficou imediatamente claro, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP). Autoridades da província de Punjab, no leste do Paquistão, solicitaram ontem a ajuda do exército nos esforços de resgate e socorro depois de as chuvas torrenciais terem feito transbordar grandes rios. Várias localidades ficaram inundadas e mais de 150.000 pessoas foram desalojadas, disseram as autoridades. Equipas de resgate retiraram mais de 20.000 pessoas durante a noite dos arredores de Lahore, a segunda maior cidade do Paquistão, que também enfrentava o risco de cheias. As pessoas retiradas das áreas próximas a Lahore viviam ao longo do leito do rio Ravi, disse o director-geral da Autoridade de Gestão de Desastres do Punjab, Irfan Ali Kathia. A saída dos residentes das áreas mais vulneráveis começou no início da semana em seis distritos do Punjab. De repente As chuvas de monção mais intensas do que o normal e a libertação de água de barragens transbordadas na vizinha Índia provocaram enchentes repentinas em regiões fronteiriças de baixa altitude, disse Kathia. Os meteorologistas previram que a chuva continuará em toda a região durante a semana. Chuvas fortes e inundações repentinas na região dos Himalaias mataram quase 100 pessoas em Agosto. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, elogiou ontem as autoridades locais pela retirada oportuna da população e disse que auxílio de emergência estava a ser fornecido aos afectados pelas inundações, de acordo com um comunicado do Governo. A Índia alertou o Paquistão sobre possíveis inundações transfronteiriças através de canais diplomáticos, em vez da Comissão das Águas do Indo, que é o mecanismo permanente ao abrigo do Tratado das Águas do Indo, mediado pelo Banco Mundial em 1960. Nova Deli suspendeu o trabalho da comissão após o assassinato de 26 turistas na Caxemira controlada pela Índia, em Abril, embora Islamabad insista que a Índia não pode rescindir unilateralmente o tratado. As enchentes provocadas pelas chuvas de monção mataram mais de 800 pessoas no Paquistão desde o final de Junho. Cientistas afirmam que as alterações climáticas estão a intensificar as chuvas de monção no sul da Ásia, aumentando os receios de uma repetição do desastre climático de 2022, que atingiu um terço do Paquistão e matou 1.739 pessoas. A Índia é o país com mais população do mundo, com mais de 1,4 mil milhões de habitantes, e o Paquistão o quinto, com mais de 255 milhões. A monção designa os ventos sazonais relacionados com a alternância entre as estações seca e das chuvas nas regiões costeiras tropicais e subtropicais. De Junho a Setembro, as chuvas de monção ocorrem em países do sul da Ásia, como a Índia, Paquistão, Vietname, Tailândia, Camboja, Bangladesh e Laos, segundo o Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas norte-americano. De Dezembro a Fevereiro, as chuvas de monção deslocam-se para o sul do equador em direcção à Austrália, enquanto o sul da Ásia passa por condições de estação seca.
Hoje Macau China / ÁsiaAir China | Desviado voo entre Londres e Pequim para a Sibéria devido a avaria Um voo da Air China, que fazia a ligação entre Londres e Pequim, sofreu na terça-feira uma falha mecânica e fez uma aterragem alternativa no aeroporto russo de Nizhnevartovsk, indicou ontem a companhia aérea. Na conta oficial do Weibo – uma rede social chinesa semelhante à X – a Air China declarou que o voo CA856 sofreu uma falha mecânica não especificada durante o percurso e efectuou uma aterragem alternativa de acordo com os procedimentos, após o que enviou outra aeronave para cobrir a restante viagem. O serviço de localização de voos FlightAware mostra que o avião, um Boeing 777, aterrou no aeroporto de Nizhnevartovsk, no centro da Rússia, ao início da manhã de terça-feira. De acordo com relatos citados pelo jornal chinês Southern Metropolis Daily, foram colocadas camas no aeródromo e distribuídas refeições aos passageiros. Cerca de 13 horas depois, os passageiros embarcaram num novo avião e seguiram para Pequim. A companhia aérea acrescentou que o segundo voo chegou ao aeroporto de Pequim ontem às 04:40.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA | Apoiantes de Trump criticam entrada de 600 mil alunos chineses Depois de ter restringido significativamente a entrada de alunos estrangeiros nas universidades e de ter bloqueado matrículas em Harvard, Donald Tump troca as voltas aos seus apoiantes e anuncia a entrada do dobro de estudantes chineses no ensino norte-americano face a 2023-24 A promessa do Presidente norte-americano, Donald Trump, de permitir a entrada de 600 mil alunos chineses nas universidades do país surpreendeu e motivou críticas de grande parte dos sectores conservadores que o apoiam. O número citado por Trump – no contexto inesperado de um encontro na Casa Branca com o Presidente da Coreia do Sul na segunda-feira – representa mais do dobro do número de alunos chineses matriculados no ano lectivo de 2023-24 e nem a Presidência nem o Departamento de Estado responderam ontem a pedidos de esclarecimentos. “O Presidente Xi gostaria que eu fosse à China. É uma relação muito importante. Como sabem, estamos a receber muito dinheiro da China por causa das tarifas e de outras coisas (…) Ouço tantas histórias de que ‘não vamos permitir a entrada dos alunos deles’, mas vamos permitir a entrada dos alunos deles. Vamos permitir. É muito importante — 600.000 alunos”, afirmou o Presidente norte-americano. A duplicação do número de estudantes chineses representaria de facto uma inflexão do executivo Trump, que em seis meses aumentou restrições aos vistos de estudantes, bloqueou as matrículas de estrangeiros na prestigiada Universidade de Harvard e alargou os motivos para serem negados vistos a estudantes internacionais. Em Maio, o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que iria revogar os vistos de estudantes ligados ao Partido Comunista Chinês (PCC) e aumentar restrições a novos candidatos. Ontem, numa reunião de gabinete e sentado ao lado de Rubio, Trump disse sentir-se “honrado” por ter estudantes chineses no país e que estes ajudam as finanças das faculdades. “Eu disse isto ao Presidente [chinês] Xi [Jinping]: ‘sentimo-nos honrados por ter os vossos alunos aqui’ (…) Agora, além disso, verificamos e temos cuidado, vemos quem está cá”, disse Trump. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China confirmou, entretanto, que Trump disse a Xi num telefonema em Junho que “os Estados Unidos adoram que os estudantes chineses venham estudar” para o país. Finanças ao alto No seu primeiro mandato, Trump proibiu a entrada de universitários chineses que frequentassem escolas com ligações militares. A ideia de acolher mais estudantes chineses foi rapidamente rejeitada por alguns dos mais fervorosos apoiantes de Trump — desde a congressista Marjorie Taylor Greene ao ex-conselheiro presidencial Steve Bannon e à activista de extrema-direita Laura Loomer. Bannon criticou ontem o anúncio, dizendo que “não deveria haver estudantes estrangeiros neste momento no país”. Greene, uma das mais fervorosas apoiantes de Trump, questionou o argumento da importância destes alunos para o financiamento das universidades, defendendo que se 15 por cento destas fecharem por falta de chineses, é “porque estão a ser sustentadas pelo PCC” e como tal “devem falhar de qualquer maneira”. O argumento de que 15 por cento das universidades norte-americanas fechariam sem estes estudantes estrangeiros foi invocado pelo secretário do Comércio, Howard Lutnik, na segunda-feira no canal conservador Fox News, onde defendeu que Trump está a adoptar uma “visão económica racional”. A apresentadora Laura Ingraham, que havia questionado Lutnik sobre como é que tal mudança seria consistente com os princípios “America First” (“América em Primeiro Lugar”) de Trump, não se mostrou convencida com a resposta. “Simplesmente não consigo compreender. São 600 mil vagas que os jovens americanos não vão conseguir”, disse Ingraham, cujos espectadores são na sua maioria eleitores do Partido Republicano. Tem vindo a afirmar-se no país um consenso bipartidário de que as universidades não devem ajudar a formar os principais talentos do grande rival chinês em áreas críticas como a computação quântica, a inteligência artificial e a tecnologia aeroespacial. O democrata Kurt Campbell, vice-secretário de Estado no governo de Joe Biden, disse à AP que gostaria de ver estudantes chineses nos EUA para estudar humanidades e ciências sociais, “não física de partículas”.
Hoje Macau China / ÁsiaMar da China | Pequim rejeita protestos de Tóquio sobre exploração de gás Pequim rejeitou ontem os protestos de Tóquio sobre o desenvolvimento de zonas de exploração de gás no mar da China, sublinhando que a área está sob soberania chinesa. O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão denunciou, na segunda-feira à noite, a instalação de plataformas de perfuração da República Popular da China na área onde as zonas económicas exclusivas dos dois países se sobrepõem. A diplomacia de Tóquio acrescentou ter apresentado “um forte protesto” junto da embaixada de Pequim em Tóquio. A diplomacia chinesa declarou não aceitar as acusações que considerou infundadas do Japão e rejeitou o protesto de Tóquio sobre o assunto. As actividades de desenvolvimento no mar da China encontram-se em águas “sob jurisdição chinesa e completamente sob soberania chinesa”, salientou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim Guo Jiakun, em conferência de imprensa. Em 2008, o Japão e a China alcançaram um acordo que prevê a exploração conjunta de reservas submarinas de gás na área, estando cada país proibido de realizar perfurações de forma independente. As negociações sobre os termos de implementação deste acordo foram suspensas em 2010. Tóquio indicou que 21 plataformas de perfuração, embora localizadas na zona da China, “vão provavelmente” extrair gás do lado japonês da fronteira marítima. Assim, o Japão instou veementemente a China a retomar as negociações sobre a implementação do acordo de 2008. A diplomacia de Pequim respondeu estar empenhada na implementação “plena e eficaz do consenso” com o Japão sobre a questão do mar da China, ao mesmo tempo que espera o regresso às negociações. No entanto, a China insiste que a fronteira marítima seja aproximada do Japão, tendo em conta a plataforma continental e outras características oceânicas da zona oriental do mar da China.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Anunciada compra de mais gás natural dos EUA A Coreia do Sul acordou ontem comprar anualmente 3,3 milhões de toneladas adicionais de gás natural liquefeito aos Estados Unidos a partir de 2028, após a cimeira em Washington entre os presidentes dos dois países. O acordo foi assinado pela Korea Gas (KOGAS) com fornecedores globais, incluindo a singapuriana Trafigura, durante uma reunião de líderes empresariais na capital norte-americana, que se seguiu ao encontro entre o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, e o homólogo norte-americano, Donald Trump. O volume, acordado para o período 2028-2038, vai ser fornecido a partir de projetos de gás operados pela norte-americana Cheniere no Texas, no centro-sul dos Estados Unidos, e outras áreas, de acordo com pormenores do acordo, divulgados pela agência de notícias sul-coreana Yonhap. O acordo segue-se ao compromisso assumido pela Coreia do Sul, no mês passado, de comprar 100 mil milhões de dólares em produtos energéticos aos EUA nos próximos quatro anos, como parte de um pacto comercial alcançado por Seul e Washington para reduzir as tarifas sobre as importações norte-americanas de produtos sul-coreanos de 25 por cento para 15 por cento. A KOGAS afirmou que o novo contrato de longo prazo foi assinado no âmbito de um processo de concurso, que teve início em 2024, para as importações de energia da Coreia do Sul depois de 2028. O contrato vai ajudar a KOGAS a diversificar as fontes das importações, que estão actualmente concentradas no Médio Oriente. O director executivo da KOGAS, Choi Yeon-hye, disse à Yonhap que o novo contrato vai ajudar a estabilizar o abastecimento e a melhorar a competitividade dos preços. A Coreia do Sul é uma das potências que, juntamente com Japão, Indonésia e Paquistão, se comprometeram a aumentar as compras ou investimentos em empresas e projectos energéticos norte-americanos, um dos elementos-chave que os Estados Unidos têm vindo a promover nas negociações com os parceiros comerciais.
Hoje Macau China / ÁsiaVaticano | Secretário surpreendido com o que se passa em Gaza O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, declarou estar surpreendido com o que se está a passar em Gaza, “apesar da condenação mundial”, em declarações proferidas segunda-feira à noite, à margem de um evento em Nápoles. “Estamos surpreendidos com o que está a acontecer em Gaza, apesar da condenação mundial. Há uma condenação unânime do que está a acontecer”, enfatizou o cardeal italiano. Respondendo às perguntas de jornalistas sobre o bombardeamento israelita, na segunda-feira, ao Hospital Nasser em Khan Younis, na Faixa de Gaza, que fez pelo menos 20 mortos, incluindo cinco jornalistas, acrescentou: “É um absurdo. Parece não haver qualquer vislumbre de solução”. O cardeal disse ainda que “a situação está a tornar-se cada vez mais complicada e, do ponto de vista humanitário, cada vez mais precária.” Sobre a guerra na Ucrânia, o cardeal afirmou que “é preciso muita política, porque há muitas soluções teóricas” e “há muitos caminhos para a paz, mas é preciso querer pô-los em prática e, obviamente, é também necessária uma disposição espiritual”. “A esperança é necessária para todos”, declarou Parolin, sublinhando que o Jubileu proclamado pelo papa Francisco, dedicado precisamente a esta questão, “deve ser um momento para recuperar a esperança”. “Mesmo hoje, na dificuldade de iniciar processos de paz em situações de conflito, não devemos desistir e devemos continuar a trabalhar pela paz e pela reconciliação”, acrescentou. Israel bombardeou o hospital Nasser na segunda-feira e, quando jornalistas e socorristas chegaram ao local para ajudar as vítimas e documentar o que aconteceu, voltou a bombardeá-lo, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, numa técnica conhecida como “golpe duplo”. Protestos e bloqueios Vários grupos de manifestantes bloquearam ontem algumas das principais estradas de Israel para exigir um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza, informou a agência de notícias Efe. Alguns dos manifestantes incendiaram pneus para perturbar o trânsito em vários cruzamentos da cidade e outros protestaram em frente de casa de vários ministros israelitas, mostram imagens partilhadas nas redes sociais por vários grupos pró-democracia israelitas. As manifestações são parte de uma série de protestos convocados para ontem pelo Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que representa a maioria dos familiares das pessoas raptadas nos ataques do grupo palestiniano Hamas de 07 de Outubro. Há semanas que este grupo pede ao Governo israelita para pôr um ponto final na guerra e o regresso dos reféns.
Hoje Macau China / ÁsiaTarifas | Trump ameaça China com taxas de 200% se Pequim não exportar mais ímanes O Presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou ontem a China com tarifas de cerca de 200% sobre os produtos chineses que entram nos Estados Unidos se Pequim não acelerar as suas exportações de ímanes de terras raras. “Têm de nos dar ímanes. Se não o fizerem, então imporemos tarifas de cerca de 200 por cento. Mas penso que não teremos problemas com isso”, declarou Trump, na presença do seu homólogo sul-coreano Lee Jae-myung, durante uma troca de impressões na Sala Oval. A China é o principal produtor mundial de terras raras, que são utilizadas no fabrico de ímanes essenciais para as indústrias automóvel, electrónica e de armamento. No entanto, no início de Abril, o Estado chinês impôs uma licença para a exportação destes materiais estratégicos, uma decisão vista como uma medida de retaliação contra os direitos aduaneiros americanos. Pequim e Washington iniciaram então uma guerra comercial em grande escala, respondendo cada um ao aumento dos direitos aduaneiros do outro, que atingiram 125 por cento e 145 por cento, respetivamente. Desde então, as negociações entre as duas maiores potências mundiais atenuaram as tensões e o Governo chinês comprometeu-se a acelerar a emissão de licenças para várias empresas norte-americanas. “Penso que temos uma óptima relação com a China, falei muito recentemente com o Presidente Xi [Jinping] e em algum momento deste ano deveríamos visitar a China”, acrescentou Trump. Funcionários norte-americanos e chineses reuniram-se três vezes nos últimos meses para resolver uma série de questões relacionadas com as suas relações comerciais. No final destas reuniões, os dois países concordaram em manter os direitos aduaneiros que impõem um ao outro em 30 por cento e 10 por cento, respectivamente, por um período de 90 dias, que já foi prorrogado duas vezes, a última até Novembro próximo.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | Governo chinês em choque com ataque a hospital O Governo chinês declarou ontem que ficou chocado com os ataques israelitas ao hospital Nasser, na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, que mataram pelo menos 20 pessoas na segunda-feira, incluindo cinco jornalistas. “Estamos chocados e condenamos o facto de, mais uma vez, infelizmente, os profissionais de saúde e os jornalistas terem sido mortos neste conflito”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em Pequim, durante uma conferência de imprensa diária. “A China está muito preocupada com a situação em Gaza”, referiu o porta-voz. “Israel deve interromper imediatamente as suas operações militares em Gaza, concluir um cessar-fogo abrangente e duradouro o mais rapidamente possível, restaurar totalmente o fluxo de ajuda humanitária, evitar uma crise humanitária em grande escala e trabalhar para aliviar as tensões o mais rapidamente possível”, afirmou Guo Jiakun. “Opomo-nos e condenamos todas as acções que prejudiquem populações civis, danifiquem instalações civis e violem o direito internacional, incluindo actos de violência contra jornalistas”, declarou o porta-voz chinês. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse lamentar o “trágico acidente” após a morte de pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, segundo a Defesa Civil de Gaza. A ONU e vários países, incluindo França, Alemanha, Portugal e Reino Unido, condenaram os ataques israelitas ao hospital Nasser.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Xi diz enaltece laços entre China e Rússia Em vésperas de assinalar o fim da II Guerra Mundial com um desfile militar que contará com a presença do Presidente russo, Xi Jinping voltou a enaltecer a cooperação estável entre as duas nações face à turbulência que agita o mundo O Presidente chinês declarou ontem, num encontro com o presidente da câmara de deputados da Rússia, em Pequim, que o desenvolvimento “de alto nível” das relações sino-russas “é uma fonte de estabilidade para a paz mundial”. As relações entre a China e a Rússia “são as mais estáveis, maduras e estrategicamente significativas entre as grandes potências no mundo turbulento e em mudança de hoje”, afirmou Xi Jinping na reunião com Vyacheslav Volodin, de acordo com uma declaração publicada pela emissora oficial chinesa CCTV. “A China e a União Soviética fizeram enormes sacrifícios nacionais para resistir ao militarismo japonês e à agressão fascista alemã, contribuindo significativamente para a vitória na guerra”, continuou Xi, a poucos dias de um desfile, a 03 de Setembro, para assinalar o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, que vai contar com a presença do Presidente russo, Vladimir Putin. O dirigente chinês declarou que Pequim e Moscovo devem “continuar a amizade tradicional, aprofundar a confiança estratégica mútua, reforçar os intercâmbios e a cooperação em vários domínios”. Os dois países devem, referiu ainda, “proteger conjuntamente os interesses de segurança e desenvolvimento de ambos os países, unir os países do Sul Global, defender o verdadeiro multilateralismo e promover o desenvolvimento de uma ordem internacional mais justa e equitativa”. Xi sublinhou que a cooperação legislativa é “uma componente indispensável da parceria estratégica global” entre Pequim e Moscovo. União de sucesso Na ocasião, Volodin notou que “sob a orientação estratégica de Xi e Putin, as relações Rússia-China foram aprofundadas e alcançaram resultados notáveis”. A Duma – câmara baixa do parlamento russo – “está empenhada em reforçar os intercâmbios e a cooperação entre os órgãos legislativos russo e chinês e envidar todos os esforços para promover novas conquistas nas relações bilaterais”, afirmou. Volodin chegou a Pequim na segunda-feira, com uma agenda que inclui “a resposta à pressão das sanções” contra a Rússia e às “interferências externas”. A viagem do responsável russo, que visitou recentemente a Coreia do Norte, antecede a deslocação de Putin à China para a cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, na cidade de Tianjin, entre 31 de Agosto e 01 de Setembro. A China, que se opôs repetidamente às sanções ocidentais contra a Rússia, tem mantido, desde o início do conflito, uma posição ambígua sobre a invasão da Ucrânia, apelando ao respeito pela integridade territorial de todos os países e à atenção às preocupações de segurança de Moscovo. Desde 2022, a China reforçou os laços com a Rússia, negando as acusações dos governos ocidentais de que apoia o esforço de guerra russo.
Hoje Macau China / ÁsiaCimeira | Pyongyang acusa Presidente sul-coreano de “cortejar” Washington A Coreia do Norte acusou ontem o Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, de cortejar os Estados Unidos durante a cimeira com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, horas antes de Lee se reunir com Donald Trump em Washington. “A recente cimeira Coreia do Sul-Japão deve ser interpretada como uma farsa diplomática nascida da ansiedade de Seul em dissipar as ‘más interpretações’ de Washington”, lê-se num artigo de opinião assinado por uma pessoa chamada Kim Hyok-nam, sobre a qual não se conhecem detalhes. O texto, divulgado pela agência de notícias estatal KCNA, denuncia a cooperação reforçada entre Seul e Tóquio, após a cimeira de sábado na capital japonesa, como o batedor de uma “aliança militar trilateral agressiva” com Washington que, na opinião de Pyongyang, vai agravar a crise de segurança na região. Na coluna de opinião sublinha-se ainda que a declaração conjunta de Lee e Ishiba sobre a “desnuclearização completa do Norte” e a necessidade de uma acção coordenada face a um ambiente internacional em mudança é a prova da subordinação da Coreia do Sul à estratégia hegemónica de Washington no Indo-Pacífico. A KCNA também se concentrou na escolha de Lee de viajar primeiro para o Japão, quebrando o costume diplomático da Coreia do Sul de visitar Washington primeiro, e apresentou-a como um gesto calculado para mostrar uma viragem pró-japonesa. O texto considera que esta alteração responde à “desconfiança dos Estados Unidos” em relação a Lee, que só assumiu o cargo em Junho, considerando-o um dirigente que, na oposição, exibia um perfil crítico em relação a Tóquio e que procura agora mudar essa imagem para satisfazer os aliados.
Hoje Macau China / ÁsiaTrinta mil pessoas retiradas de casa no Vietname com aproximação de tufão Kajiki Dezenas de milhares de habitantes foram retirados ontem das regiões costeiras do Vietname, no momento em que o tufão Kajiki se prepara para atingir o centro do país, com ventos de cerca de 160 quilómetros por hora. Kajiki, o quinto tufão a atingir o Vietname este ano, encontra-se actualmente no mar, agitando o golfo de Tonkin com ondas que atingem até 9,5 metros. Cerca de 325.500 pessoas de cinco províncias costeiras devem ser retiradas para abrigos temporários em escolas e edifícios públicos, informaram as autoridades. O centro de Vinh, cidade costeira no centro do país, foi inundado durante a noite. De manhã, as ruas estavam praticamente desertas e a maioria das lojas e restaurantes foram encerrados, com os comerciantes e moradores a protegeram as entradas com sacos de areia. Ao amanhecer, cerca de 30.000 pessoas tinham sido retiradas da região e 16.000 militares foram mobilizados. Dois aeroportos domésticos foram encerrados e todos os barcos de pesca que se encontravam no caminho do tufão foram chamados de volta ao porto. Mais de uma dezena de voos domésticos no Vietname foram cancelados no domingo, enquanto a ilha de Hainão, na China, retirou 20.000 habitantes de casa quando o tufão passou pela costa sul. Histórico devastador No Vietname, mais de 100 pessoas morreram ou estão desaparecidas devido a catástrofes naturais nos primeiros sete meses de 2025, de acordo com o Ministério da Agricultura. As perdas económicas foram estimadas em mais de 21 milhões de dólares. O Vietname sofreu uma perda de 3,3 mil milhões de dólares em Setembro passado devido ao tufão Yagi, que varreu o norte do país e causou centenas de mortes. Os cientistas estimam que as alterações climáticas causadas pelo homem estão a provocar fenómenos meteorológicos mais intensos e imprevisíveis, o que pode tornar as inundações e as tempestades destrutivas mais prováveis, especialmente nos trópicos.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul | Lee Jae-myung vai abordar “sem limites” questões norte-coreanas com Trump Antes da partida para os Estados Unidos para reunir com Donald Trump, o Presidente sul-coreano afirmou que irá abordar sem tabus as questões norte-coreanas para garantir a segurança do seu país O Presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, disse que iria abordar “sem limites” todas as questões relacionadas com a Coreia do Norte na cimeira com o homólogo norte-americano, Donald Trump, que teve ontem lugar. “Quer se trate do problema nuclear [norte-coreana] ou de qualquer outro, o relacionado com a paz e a estabilidade na península é o mais crucial para a segurança da Coreia do Sul”, disse ontem Lee, a bordo do avião presidencial, durante um voo com destino aos Estados Unidos, de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Lee apresentou recentemente um plano de desnuclearização em três fases para a Coreia do Norte, que passa por persuadir Pyongyang a congelar, reduzir e, eventualmente, desmantelar o programa de armas nucleares. A Coreia do Sul vai acolher a próxima cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), no final de Outubro, que poderá servir de plataforma para melhorar as relações intercoreanas, havendo especulações sobre um possível convite ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, ou mesmo um encontro entre Kim e Donald Trump à margem do evento. A este respeito, Lee limitou-se a dizer que a situação actual é muito mais complexa do que a atmosfera de breve desanuviamento das relações nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang de 2018, já que Pyongyang acelerou o programa de armamento e aumentou a hostilidade para com Seul. Matéria sensível No plano militar, o Presidente sul-coreano afirmou que é difícil que a cimeira decida flexibilizar a utilização estratégica das Forças dos EUA na Coreia (USFK, na sigla em inglês), considerando que se trata de uma questão que exige um planeamento a longo prazo. Com essa flexibilização, Washington procuraria envolver as USFK em destacamentos fora da península, incluindo no âmbito de possíveis crises envolvendo a China e Taiwan, que é um ponto sensível na relação entre Seul e Pequim.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Inaugurado em Qingdao primeiro edifício zero carbono do mundo O primeiro edifício ultra zero carbono do mundo foi inaugurado no domingo, na cidade de Qingdao, província de Shandong, no leste da China, marcando um avanço significativo no esforço de construção zero carbono do país. Com um consumo diário de electricidade de 6.000 quilowatts-hora, este edifício de escritórios de 117 metros de altura está equipado com soluções de alta tecnologia de ponta para alcançar 100 por cento de substituição de energia verde. Ao contrário dos edifícios convencionais, com painéis solares no telhado, esta estrutura apresenta paredes de vidro fotovoltaicas, integradas ao edifício nas suas fachadas leste, sul e oeste. Isso fornece electricidade em corrente contínua, reduzindo as perdas de energia e suprindo 25 por cento das necessidades energéticas do edifício. A economia de emissões de carbono pode chegar a 500 toneladas por ano. Além disso, o edifício utiliza baterias de veículos eléctricos desativadas para armazenamento de energia. Quatorze baterias de veículos eléctricos usadas armazenam o excedente de energia gerado pelas paredes de vidro fotovoltaico e absorvem o excedente de energia limpa da rede eléctrica fora do horário de pico a um baixo custo de 0,22 yuans por quilowatt-hora. A energia armazenada será então utilizada durante os picos de procura ou períodos de pouca luz solar para equilibrar a carga eléctrica do edifício. Alta eficiência No interior da estrutura, cerca de 24.000 microssensores, substituindo interruptores, permitem a operação automatizada de iluminação, ar-condicionado e elevadores. “Ao consumir electricidade verde, podemos economizar cerca de 2.500 toneladas de emissões de carbono anualmente. A digitalização reduziu nosso custo de investimento no edifício em 20 por cento a 30 por cento, aumentou a eficiência operacional em 30 por cento e reduziu o consumo de energia em cerca de 30 por cento “, disse Yu Dexiang, presidente da TELD New Energy, uma das maiores operadoras de rede de estações de recarga para veículos eléctricos da China. O edifício conta também com o primeiro sistema de estacionamento vertical de alta velocidade totalmente automatizado do mundo. Equipado com um sistema de esteiras de alta precisão e tecnologia de controlo por engrenagens, o sistema inovador permite a movimentação rápida e precisa do veículo, estando cada veículo estacionado na área designada em até 35 segundos. Este sistema de estacionamento incorpora também uma tecnologia inovadora de conexão de veículo à rede eléctrica, com os veículos eléctricos estacionados conectados ao sistema de energia do edifício. Actualmente, 300 veículos, cada um fornecendo 10 quilowatts-hora de electricidade por dia, podem atender a quase metade da procura energética do edifício.
Hoje Macau China / ÁsiaImobiliário | Evergrande expulsa da bolsa de Hong Kong O congelamento de acções por 18 meses levou à saída da gigante do imobiliário do mercado bolsista de Hong Kong A gigante imobiliária Evergrande foi expulsa ontem da Bolsa de Valores de Hong Kong, após ter as acções congeladas por mais de 18 meses, período em que não conseguiu cumprir as condições impostas para retomar a cotação. A Evergrande declarou em 12 de Agosto ter recebido uma carta do operador bolsista a confirmar que, tendo ultrapassado o prazo máximo de 28 de Julho, o comité de admissão à bolsa decidiu cancelar a participação no mercado, a partir de ontem às 09:00 horas locais. De acordo com as regras da bolsa de Hong Kong, o operador pode expulsar qualquer empresa cotada que tenha mantido as acções congeladas durante um período contínuo de 18 meses. Em Março de 2024, o operador já tinha avisado a Evergrande de que a imobiliária seria expulsa se não cumprisse as exigências a tempo. Entre as exigências iniciais, contava-se a obrigação de “que a ordem de liquidação contra a empresa fosse retirada ou anulada”. A bolsa exigiu também que a Evergrande publicasse todos os resultados financeiros pendentes da empresa e demonstrasse a “integridade e capacidade” da direcção. História de incumprimento As acções da Evergrande estão suspensas desde 29 de Janeiro de 2024, data em que um tribunal de Hong Kong ordenou a liquidação da imobiliária. Na data em questão, as ações da empresa estavam a ser negociadas a 0,16 dólares de Hong Kong (, uma queda de quase 99,5 por cento em relação ao pico de 31,55 dólares de Hong Kong atingido em Outubro de 2017. A imobiliária avisou os accionistas e investidores de que, embora os títulos permaneçam válidos, vão deixar de ser cotados e negociados em Hong Kong e de estar sujeitos às regras de cotação. A Evergrande, com um passivo de cerca de 330 mil milhões de dólares, entrou em incumprimento em 2021, depois de ter sofrido uma crise de liquidez devido às restrições impostas por Pequim ao financiamento de promotoras que tinham acumulado elevados níveis de dívida, após o que foi intervencionada pelas autoridades chinesas. O grupo, convertido no principal rosto visível da crise imobiliária chinesa, mergulhou numa nova turbulência no final de 2023, depois de o fundador e presidente, Xu Jiayin, ter sido colocado numa espécie de prisão domiciliária por “suspeita de actividades ilegais”.
Hoje Macau China / ÁsiaÁsia | Tailândia e Camboja assinam desminagem da fronteira comum A Tailândia e o Camboja concordaram em remover as minas ao longo da fronteira que separa os dois países e em proceder à “atribuição clara” de territórios cuja soberania é disputada por Banguecoque e Phnom Penh. A decisão resulta de uma reunião extraordinária sexta-feira do Comité Regional de Fronteiras (RBC), integrado por ambos os países, revelou ontem o porta-voz do gabinete do primeiro-ministro da Tailândia, Jirayu Huangsap. Vários incidentes com explosões de minas terrestres em zonas junto à fronteira foram registados recentemente, o mais recente dos quais ocorreu no dia 12 de Agosto, quando um militar tailandês ficou ferido. Outros dois incidentes, em 16 e 23 de Julho, precederam o confronto armado que eclodiu no dia 24 desse mês entre a Tailândia e o Camboja, que se prolongou por cinco dias e deixou pelo menos 44 mortos, incluindo civis, em vários pontos dos quase 820 quilómetros de fronteira. Ao acordo para a remoção das minas e “atribuição clara” das zonas fronteiriças disputadas junta-se um pacto para a “desarticulação conjunta” de redes criminosas dedicadas à ciberfraude global, fortemente implantadas ao longo da fronteira dos dois países. Precisamente, esses locais de ciberfraude, operados por máfias muito poderosas foram apontados pela primeira-ministra suspensa da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, como um dos possíveis gatilhos do confronto armado em que Tailândia e Camboja se envolveram no mês passado. Paetongtarn afirmou que o conflito poderia estar relacionado com os planos do seu governo para combater esses centros, com grande presença no Camboja e são determinantes para a sua economia. No dia 28 de julho, Banguecoque e Phnom Penh assinaram na Malásia um cessar-fogo relativo ao confronto armado, embora ambas as partes se tenham depois acusado mutuamente de violar o acordo. A fronteira entre estes países vizinhos foi cartografada pela França em 1907, quando o Camboja era colónia francesa.
Hoje Macau China / ÁsiaOCX | Putin e Modi presentes na cimeira de Tianjin A China afirmou sábado que o Presidente russo e o primeiro-ministro indiano vão estar presentes na cimeira da Organização de Cooperação de Xangai, rejeitando qualquer confronto entre blocos. A cimeira, que vai decorrer entre 31 de Agosto e 01 de Setembro, em Tianjin (nordeste), “vai ser a maior” desde a fundação da organização, disse aos jornalistas estrangeiros, em Pequim, o ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros chinês, Liu Bin. Liu disse que “o espírito” da organização tem como base a confiança, o benefício mútuo e o respeito pela diversidade, mantendo todos os valores face a “conceitos ultrapassados”, como o confronto em blocos ou a mentalidade da Guerra Fria. “No mundo de hoje, as velhas mentalidades de hegemonia e políticas de poder ainda prevalecem. Alguns países tentam colocar os próprios interesses acima dos outros, o que ameaça seriamente a paz e a estabilidade mundiais”, disse. “Quanto mais complexa e turbulenta se torna a situação internacional, mais os países precisam de reforçar a solidariedade e a cooperação para promover o desenvolvimento comum”, considerou. Os membros da Organização de Cooperação de Xangai incluem, além da República Popular da China, a Rússia, a Índia, o Paquistão, o Irão, a Bielorrússia, o Cazaquistão, o Quirguistão, o Tajiquistão e o Uzbequistão, representando aproximadamente 40 por cento da população mundial. Embora os países-membros afirmem que a organização não é um bloco militar e procura a protecção de ameaças como o terrorismo, alguns especialistas disseram acreditar que o principal objectivo é servir de “contraponto à Aliança Atlântica”. No entanto, existem tensões internas dentro do grupo, que inclui países adversários como a Índia e o Paquistão. Em Junho, a reunião dos ministros da Defesa dos países-membros, realizada na cidade chinesa de Qingdao, terminou sem uma declaração conjunta devido a divergências sobre questões de segurança, particularmente sobre terrorismo. Nova Deli, que recusou assinar o texto final, denunciou que alguns países utilizam o terrorismo como ferramenta política, numa referência velada ao Paquistão. Outras presenças Além de Vladimir Putin e Narendra Modi, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês confirmou a presença dos Presidentes da Bielorrússia, do Irão e do Paquistão, entre outros. Liu disse que também foram convidados os líderes de vários países, como Mongólia, Azerbaijão, Arménia, Camboja, Maldivas, Nepal, Turquia, Iraque, Turquemenistão, Indonésia, Laos, Malásia e Vietname. Liu Bin convocou ainda o secretário-geral da ONU, António Guterres, dirigentes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), da Comunidade de Estados Independentes e do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas. O Presidente chinês, Xi Jinping, vai liderar reuniões de chefes de Estado e o encontro com os representantes dos países observadores, no qual vão ser abordadas questões ligadas à “segurança regional, o multilateralismo e o desenvolvimento sustentável”. O encontro vai decorrer antes da realização do desfile militar de 03 de Setembro, em Pequim, em comemoração do 80.º aniversário do final da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, ao qual assistirá Putin.