Nunu Wu Manchete SociedadeCPSP | Combate a turistas que simulam estar em trânsito A polícia de Macau reforçou o combate ao excesso de permanência no território com recurso ao abuso da política que permite o trânsito em Macau a indivíduos oriundos do Interior da China. Entre Janeiro e Novembro, foram descobertas mais de 7.800 pessoas que alegaram falsamente vir a Macau apanhar transporte para outro local Ao longo dos primeiros 11 meses deste ano, o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) deu conta de mais de 7.800 pessoas vindas do Interior da China que, alegadamente, iriam usar Macau como ponto de partida para destinos no estrangeiro, mas que acabaram por ficar no território abusando da justificação para a entrada. Num comunicado partilhado nas redes sociais, o CPSP especifica que foram recusadas entradas a pessoas que não tinham bilhetes de transportes válidos para viagens que teriam como ponto de partida Macau, que não saíram para o exterior ou que segundo os registos das autoridades tinham repetidas entradas e saídas de Macau. “Um pequeno número de indivíduos ignora os regulamentos da China Continental e de Macau, abusando do sistema de trânsito ao viajar frequentemente entre a RAEM e a China, sob o pretexto de transitar por Macau para alcançar o objectivo de residência de longo prazo e, em alguns casos, permanecer além do prazo permitido. Isso não só perturba a ordem normal de entradas e saídas, como também afecta a eficiência das travessias fronteiriças”, indicou o CPSP. As autoridades acrescentam que os “departamentos competentes” dos dois lados da fronteira “têm mantido uma postura rigorosa e de alta pressão, reforçando o escrutínio de casos de entrada suspeitos”. A polícia garante que quem não cumpre as regras de entrada será recusado, e que essa postura coíbe “de forma resoluta vários comportamentos ilegais”. Aprender com outros O CPSP também admitiu que são partilhadas frequentemente informações nas redes sociais com instruções detalhadas sobre formas de entrar em Macau irregularmente. Face a esta situação, as autoridades apelaram aos turistas para se certificarem que não estão a cometer ilegalidades que podem ter consequências e, em caso de ter dúvida, consultarem directamente o CPSP. A polícia reconhece no mesmo comunicado que, além do visto turístico, a permissão de entrada no território de passagem para outro lugar pode ser uma medida de incentivo à economia da RAEM. Porém, os titulares do passaporte da República Popular da China para entrar em Macau antes de seguir para outras paragens, precisam mostrar visto válido para viajar para o estrangeiro, assim como bilhetes ou reservas de viagens de avião para viagens com partida do Aeroporto Internacional de Macau. As autoridades acrescentaram ainda que vão continuar a realizar operações de fiscalização no Posto Fronteiriço da Ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau para interceptar indivíduos que abusem da política de permanência provisória.
Nunu Wu Manchete PolíticaUrbanismo | Sugeridas medidas para evitar turismo em excesso Chan Chio I, urbanista, defende que se deve evitar que as seis zonas históricas, alvo de requalificação, fiquem todas iguais, alertando também para o impacto negativo que o turismo de massas pode trazer a locais antigos, podendo contribuir para a sua descaracterização No contexto da revitalização de seis zonas históricas do território, numa parceria entre Executivo e as operadoras de jogo, a urbanista Chan Chio I defendeu, segundo o jornal Ou Mun, que se deve evitar uma homogeneização, ou seja, deve manter-se as características tradicionais de cada zona, sem esquecer a procura de mercado e a respectiva estratégia urbanística. A responsável chamou também a atenção para os perigos do excesso de turismo, alertando que pode “ofuscar” as características de cada zona, devendo executar-se um planeamento a ser partilhado por residentes e turistas. Assim sendo, Chan Chio I pensa que as zonas históricas não devem ser usadas apenas para a organização de festivais, devendo também servir para acolher infra-estruturas comunitárias, como centros de convívio, espaços artísticos e educativos ou ainda zonas verdes. Tudo para a utilização diária de residentes e turistas. No essencial, a urbanista considerou que o projecto da revitalização das seis zonas não se trata de uma simples remodelação de espaço, devendo ser dada atenção à questão urbana, à melhoria das condições de vida e da economia comunitária. O seu a seu dono À mesma publicação, a urbanista defendeu que devem ser preservadas as características em locais com património. Assim, no caso dos Estaleiros Navais de Lai Chi Vun ou na Antiga Fábrica de Panchões Iec Long, sítios que reflectem a história e a existência destas indústrias, deve dar-se prioridade à preservação da estrutura dos estaleiros e da fábrica, aproveitando-se o interior para outras finalidades. Quanto à Rua da Felicidade ou à Rua Cinco de Outubro, deve manter-se o mesmo ambiente, nomeadamente com a preservação das tabuletas e fachadas de lojas antigas, e com mudanças mínimas ao nível das placas comerciais, a fim de evitar decorações excessivas. Chan Chio I, que também pertence ao Conselho Consultivo do Trânsito, declarou que a revitalização das seis zonas não deve ignorar as questões do tráfego, sendo necessário um planeamento eficaz para resolver problemas como a falta de desvios e congestionamentos em algumas zonas. Como tal, fica a sugestão de mais e melhores ligações entre espaços próximos, como é o caso da zona da Barra junto à Doca D. Carlos I, que está ligada à cultura religiosa e marítima do Templo de A-Má, podendo haver conexão com o Centro Modal de Transportes da Barra para desviar os visitantes através de meios de transporte públicos. Chan Chio I referiu ainda a necessidade de melhorar os passeios, na zona de Lai Chi Vun, a partir do parque de estacionamento provisório no local original do Centro de Formação das Águias Voadoras, para fazer ligação ao Cais de Coloane.
Nunu Wu Manchete PolíticaFAOM | Nova direcção liderada por Lam Lon Wai quer mais patriotismo A promoção do patriotismo é a grande prioridade da nova direcção da Federação das Associações dos Operários de Macau, que vai ser liderada pelo deputado Lam Lon Wai O patriotismo é a principal prioridade da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) para os próximos anos. A garantia foi deixada por Lam Lon Wai, que na terça-feira foi eleito como novo presidente da direcção, após a primeira reunião ordinária da direcção da FAOM. Em declarações ao jornal Ou Mun, Lam Lon Wai afirmou que vai continuar a promover a “tradição gloriosa do amor a pátria e a Macau da associação”, unindo os trabalhadores no apoio à governação da RAEM, de acordo com as leis em vigor. O presidente da associação também apontou que vai apostar na melhoria dos serviços da FAOM, de forma a contribuir para a “prática do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”, ao mesmo tempo que eleva a “atracção, coesão e capacidade de serviços” que a associação presta. Em relação aos restantes membros da associação, num nível hierárquico inferior face a Lam Lon Wai, Kong Ioi Fai foi eleito presidente da administração da associação. Embora não seja deputado, Kong foi o mandatário da lista da FAOM, a União para o Desenvolvimento, nas últimas eleições legislativas realizadas a 14 de Setembro. Sobre as metas para este mandato, Kong Ioi Fai indicou que os objectivos passam por apostar na defesa dos direitos laborais, em aumentar a participação na governação, ao fazer a ponte entre a população e o Governo, e ainda pela promoção de uma sociedade mais harmoniosa. A associação promete também trabalhar para implementar novos sindicatos, à luz da nova lei. Patriotismo nas empresas Kong Ioi Fai revelou também que a associação vai apostar na promoção do patriotismo no sector laboral, esperando criar uma cultural patriótica forte nas empresas. Esta aposta passa pelo desenvolvimento de manuais e conteúdos para os trabalhadores sobre patriotismo. O responsável ainda revelou que a associação vai continuar a organizar concursos de competências profissionais e actividades de atribuição de prémios, para destacar os funcionários considerados de excelência em diferentes áreas. Ao mesmo tempo, a nova direcção vai organizar mais aulas sobre inteligência artificial e comércio electrónico transfronteiriço, para formar os quadros qualificados necessários da diversificação económica de Macau. Kong Ioi Fai destacou também que a FAOM vai explorar a Zona A dos Novos Aterros Urbanos e fornecer mais apoios sociais. Em relação aos restantes cargos da nova direcção da FAOM, a presidente da direcção anterior, Ho Sut Heng, foi eleita como presidente do Conselho Fiscal. Na nova direcção são mantidos alguns dos membros mais mediáticos dos últimos anos, como os actuais deputados Ella Lei, Leong Sun Iok, Leong Pou U e os ex-deputados Lei Chan U e Lee Chong Cheng. A nova direcção vai tomar posse a 20 de Janeiro.
Nunu Wu Manchete SociedadeImobiliário | Índice revela declínio histórico na RAEM O Índice da Grande Baía da Centaline mostra que os preços de imóveis em Macau atingiram o valor mais baixo desde que os dados são compilados pela agência imobiliária. Entre as 12 cidades da Grande Baía, apenas Hong Kong e Zhaoqing subiram, com mais 0,36 e 5 por cento, respectivamente A agência imobiliária Centaline publicou na segunda-feira o Índice da Grande Baía, que reflecte as flutuações dos preços de imóveis para habitação nas 12 cidades incluídas no projecto regional. O panorama apresentado pela agência mostrou uma tendência geral de declínio dos preços, com os mercados de 10 das 12 cidades, com o índice geral a cair pelo quarto mês consecutivo em Novembro, com a última variação negativa a mostrar um declínio de 0,65 por cento. Segundo um comunicado da agência, o índice de Macau em Novembro foi de 67,36, e no mês anterior de 67,53, numa métrica em que o valor base é 100. Aliás, o índice de Macau não só atingiu o nível mais baixo desde que esta análise é feita, como apresenta o valor mais baixo de todas as cidades da Grande Baía. Entre as 12 cidades da região, apenas Hong Kong e Zhaoqing registaram subidas mensais em Novembro de 0,36 por cento e 5 por cento, respectivamente. Também em relação ao número de fracções vendidas, a agência imobiliária destaca que o tímido crescimento em Hong Kong foi o único verificado nas quatro principais cidades da Grande Baía, com Macau, Shenzhen e Guangzhou. Pegar de empurrão O vice-presidente do departamento residencial da agência, Chan Wing-kit, salientou que em Outubro foi aprovado o 15.º Plano Quinquenal do país e que as cidades da Grande Baía lançaram incentivos económicos, que acabaram por estimular as vendas no mercado imobiliário. O responsável exemplificou que o volume dos imóveis em segunda mão vendidos em Guangzhou voltou a ultrapassar 9.000 transacções em Outubro (9.191), o que representou uma subida mensal de 23 por cento, isto apesar das vendas gerais terem caído. O índice de preços do imobiliário em Shenzhen caiu pelo terceiro mês consecutivo em Novembro, atingido o nível mais baixo de sempre registado pela Centaline, apesar das vendas terem subido, face a Outubro, 6,6 por cento, para um total de 4.472 transacções. Face a esta realidade regional, Chan Wing-kit espera que na região o foco seja impulsionar o volume de vendas, como prioridade face aos preços, cuja recuperação não estará num horizonte próximo. O índice da Grande Baía é calculado tendo em conta os preços de transacções de imóveis novos e em segunda mão, combinados com o Produto Interno Bruto anual de cada cidade.
Nunu Wu Manchete SociedadeAndaimes | Bombeiros e construtoras testam redes de protecção A Associação dos Barraqueiros de Macau pediu aos associados que entreguem amostras das redes de protecção dos andaimes de bambu para um teste unificado às propriedades anti-inflamatórias do material. O objectivo é evitar que as obras em Macau sofram atrasos devido a testes de segurança O Corpo de Bombeiros (CB) e a Associação dos Barraqueiros de Macau estão a testar as propriedades contra incêndio das redes dos andaimes instaladas nas obras do território. O cenário foi traçado pelo presidente da Associação dos Barraqueiros de Macau, Chio Tak Sio, à emissora pública RTHK, de Hong Kong. Segundo as explicações do dirigente associativo, por enquanto, as redes deverão ser mantidas, mas dependendo dos resultados dos testes, e se for confirmado que não cumprem os padrões mínimos, vão ser substituídas. “Por agora, não vamos remover as redes porque precisamos de garantir que, devido ao vento, os detritos das obra não caem nem atingem os transeuntes”, começou por indicar. Para assegurar que os testes são realizados, a Associação dos Barraqueiros de Macau está a pedir aos seus membros a recolha de amostras das redes instaladas na cidade. Nesta altura, pede-se aos membros que contribuam o mais depressa possível com as amostras, para que o CB possa realizar um teste unificado, com todas as amostras, para evitar mais atrasos nas obras, devido à necessidade de realizar mais testes de segurança. O alerta para a potencial existência de redes em andaimes que não cumprem os requisitos surgiu depois do incêndio no complexo residencial de Tai Po, em Hong Kong, que causou pelo menos 160 mortos. O número total de mortos não é conhecido e os dados oficiais, que não são actualizados há mais de seis dias, indicavam que havia seis desaparecidos. Procedimentos quase iguais Sobre as obras em Macau, e numa comparação com Hong Kong, Chio Tak Sio admitiu que os procedimentos de construção e segurança “são basicamente iguais” e que a instalação de rede de protecção nos andaimes serve não só para assegurar a segurança dos transeuntes, mas também dos operários que trabalham em altura. A associação também apontou que o sector de construção civil admite actualmente a possibilidade de o Governo elaborar novas instruções de segurança para os estaleiros de obras. Quanto à substituição de andaimes de bambus por metal, Chio Tak Sio considera que o custo mais alto dos andaimes de metal vai diminuir a vontade da população de realizar novas obras. Por seu turno, o deputado Kou Ngon Seng defendeu que ambos os tipos de andaimes têm vantagens, e que a escolha do tipo mais indicado deve ser feita tendo em conta a obra. “Os andaimes de bambus são mais flexíveis, mas a resistência contra incêndios pode ser inferior. Já os andaimes de metal ocupam mais espaço, e também não conseguem evitar completamente os incêndios, quando atingem o ponto de ignição”, argumentou. Ainda assim o deputado nomeado pelo Chefe do Executivo, e também engenheiro, reconheceu que o incêndio de Tai Po foi um alerta para Macau. Kou Ngon Seng defendeu a necessidade de se reverem as práticas de construção e de inspecção e que os actuais de critérios de segurança das obras públicas sejam igualmente aplicados ao sector privado.
Nunu Wu Manchete SociedadeTrânsito | Deputado quer sinais adaptados a carros com volante à esquerda Chan Lai Kei interpelou o Governo sobre a necessidade de reorganizar o planeamento do trânsito porque os veículos do Interior têm o volante do lado esquerdo. O deputado justificou a necessidade de mudança com a integração na Grande Baía e o reconhecimento das cartas de condução A futuro do trânsito passa pela esquerda. É esta a ideia deixada por Chan Lai Kei numa interpelação escrita enviada ao Governo, onde descreve que esta será uma tendência tendo em conta a integração de Macau no projecto da Grande Baía, sem esquecer o reconhecimento mútuo das cartas de condução com o Interior da China. Por esta razão, o deputado ligado à comunidade de Fujian espera que os veículos com o volante do lado esquerdo sejam tidos em conta no futuro planeamento do trânsito e na instalação de infra-estruturas urbanas, como por exemplo a colocação de sinais de trânsito e de espelhos rodoviários nas ruas. Na interpelação escrita o deputado cita dados oficiais relativos aos últimos anos, que demonstram que o número de veículos com volante do lado esquerdo tem aumentado. Até Dezembro deste ano houve 5.731 inscrições de automóveis ligeiros e de 435 automóveis pesados com as características mencionadas. No entanto, o deputado argumenta que as ruas de Macau são estreitas e que, ao longo dos anos, as infra-estruturas têm-se focado na condução à direita. “Com o ambiente de condução do lado direito os condutores que conduzem do lado esquerdo podem cometer mais erros de avaliação”, disse. A direita é um risco Para o deputado, as infra-estruturas que só favorecem quen conduz com o volante do lado direito não só arriscam os condutores, mas também os peões, afectando todo o sistema de segurança rodoviária. “Se o Governo fizer uma avaliação, para 2026, dos riscos de segurança no que diz respeito aos ângulos da condução à esquerda, tendo em conta as vias nos bairros antigos, será que pode aumentar a sensibilização dos condutores para os potenciais riscos, a fim de ser assegurada a segurança dos peões”, questionou. Chan Lai Kei defendeu ainda que, a fim de garantir que todos os condutores sujeitos à política do mútuo reconhecimento das cartas de condução se adaptam ao ambiente e regras de trânsito de Macau, as autoridades devem obrigá-los a realizar testes e frequentar sessões educativas sobre o panorama do trânsito e regras de segurança rodoviária do território. Tendo em conta que o planeamento dos novos aterros e demais construções ainda estão em curso, o deputado espera que o Governo inclua concepções de segurança que tenham também em consideração os veículos com volante do lado esquerdo.
Nunu Wu Manchete SociedadeZAPE | Comerciantes temem pelo futuro A pouco mais de duas semanas do encerramento total dos casinos- satélite, os comerciantes da Zona de Aterros do Porto Exterior continuam a demonstrar preocupação sobre o futuro dos seus negócios, dado o decréscimo de turistas naquela área. A queda de vendas tem-se acentuado nos últimos meses, segundo testemunhos dados ao jornal Ou Mun O encerramento gradual dos casinos-satélite na Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE), que decorre até ao final do ano, está a deixar os comerciantes dessa área da península muito preocupados quanto ao futuro dos seus empreendimentos. Os testemunhos ouvidos pelo jornal Ou Mun falam de quebra nos negócios e de um sentimento de incerteza quanto ao futuro, isto apesar de o Governo e uma associação comercial já terem organizado actividades para dinamizar aquela zona. Uma das pessoas ouvidas, foi um proprietário de um restaurante, que não quis ser identificado, tendo destacado que, nos últimos meses, o volume de negócios caiu cerca de 30 a 40 por cento face ao passado. Este homem, apontou como uma das principais razões a quebra de clientes com grande poder de compra dos casinos-satélites situados nas proximidades. O comerciante confessou que a capacidade de compra de residentes locais é limitada, pagando entre 30 a 50 patacas por um pequeno-almoço ou almoço, ou 50 a 80 patacas por um jantar. Disse ainda que os apostadores dos casinos é que sustentam a economia do ZAPE, sobretudo depois das 22h. O proprietário de um restaurante frisou que mesmo que o Governo coloque no ZAPE decorações sazonais para melhorar o ambiente de negócio e atrair visitantes, ou mesmo com o trabalho realizado por associações comerciais com plataformas locais e da China, os comerciantes da zona continuam pessimistas quanto ao futuro. Isto porque, na prática, não vêm a tendência de quebra de negócios alterar-se, acreditando que quando todos os casinos-satélite da zona fecharem portas, a perda de clientes será ainda maior. Outro problema que têm de enfrentar, é o custo da renda, pois nesta fase a única discussão que pode ser feita com os proprietários dos espaços comerciais é no sentido de uma redução do valor. Quebra para metade Outro dono de restaurante na zona, confessou que também viu o negócio baixar em cerca de 50 por cento nos últimos meses, mostrando-se igualmente pessimista. Porém, garante que consegue manter o negócio caso o Governo conceda apoios. Este proprietário espera, por isso, que as autoridades concedam mais recursos para atrair os visitantes ao ZAPE, desejando ainda mais actividades realizadas pelo Governo ou pela associação comercial que representa a zona. Caso o volume de receitas continue a sofrer reduções, só lhe resta desistir do negócio, confessou ao Ou Mun. Numa área de actividade diferente, desta vez um supermercado, um funcionário apontou que o dono já demonstrou a intenção de trespassar o negócio devido à queda das vendas. O entrevistado reconheceu que o ZAPE vai receber, no futuro, diversas actividades e eventos, mas entende que não vão trazer muito impacto no negócio porque o ambiente da zona não é atractivo, não existindo atracções para que os turistas tirem fotografias. Além disso, o funcionário do supermercado lembrou que também não existem lojas com características próprias, ou mais tradicionais.
Nunu Wu Manchete PolíticaTransportes | Pedidos detalhes sobre túnel entre Taipa e península O deputado Leong Pou U perguntou ao Governo se as razões pelas quais o Executivo de Ho Iat Seng desistiu da ideia de avançar com uma quinta ligação entre a península e a Taipa, por túnel, foram ultrapassadas. A nova ligação ressuscitou depois de Raymond Tam ter revelado que a construção está a ser estudada A ideia de fazer um túnel subaquático entre a península e a Taipa voltou à ordem do dia, depois de o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raymond Tam Vai Man ter revelado durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa que a quinta ligação estaria a ser estudada. O novo deputado da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), Leong Pou U, divulgou ontem uma interpelação escrita a pedir informações adicionais. O legislador, que entrou no elenco da Assembleia Legislativa recentemente, perguntou ao Executivo porque razões a ligação voltou aos planos, depois de ter passado ao esquecimento durante o mandato de Ho Iat Seng à frente do Governo. Aliás, o Leong Pou U recordou que a quinta ligação, fosse por ponte ou túnel, não foi incluída no Planeamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau (2021-2030). Na altura, as justificações para não avançar com o plano prenderam-se com a complexidade de construir uma ponte entre as zonas A e B dos Novos Aterros Urbanos, assim como a proximidade de menos de um quilómetro da Ponte de Sai Van, concentrando o trânsito no centro da península, lembrou o deputado “O actual Governo reinicia a construção da quinta ligação. Isso significa que os problemas mencionados já foram resolvidos?”, questiona na interpelação escrita. Construtoras agradecem Segundo a apresentação de Raymond Tam, a quinta ligação será um túnel submarino entre a Zona Nova de Aterros do Porto Exterior (NAPE) e Zona D dos Novos Aterros Urbanos, com um tabuleiro superior para o trânsito rodoviário e um inferior para o Metro Ligeiro. A estrutura foi avançada como uma solução para o problema de trânsito, sobretudo os engarrafamentos na NAPE. Leong Pou U perguntou também se o Governo já sabe quando vão começar as obras de construção e se será lançado um estudo sobre o impacto no trânsito na zona central da península. Esta ligação tem estado na agenda governamental desde os tempos de Chui Sai On enquanto Chefe do Executivo. Porém, quando o Governo apresentou aos deputados o Planeamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau (2021-2030), em Maio de 2022, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, indicou que a quinta ligação poderia não se concretizar. “Falando das passagens de ligação entre as Zonas A e B, seja por túnel ou ponte, a construção será muito complicada, mesmo para a equipa de Chongqing. Até agora, não há soluções”, disse Raimundo do Rosário. Na altura, o director dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, Lam Hin San, indicou também que a quarta ligação, a Ponte Macau, seria a resposta para desviar o trânsito da zona centro.
Nunu Wu Manchete SociedadeTurismo | Previstas mais viagens de residentes para o exterior Andy Wu, presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, acredita que os residentes possam viajar mais nesta época natalícia que se aproxima, falando em aumentos das viagens na ordem dos 20 por cento. O interior da China deverá estar no topo das preferências O presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, Andy Wu, garantiu, segundo o jornal Ou Mun, que as viagens de residentes ao exterior possam aumentar cerca de 20 por cento nesta época natalícia. O responsável explicou que, segundo o calendário deste ano, as férias combinam com a data do estabelecimento da RAEM, 20 de Dezembro, sendo que os períodos do solstício de Inverno, a véspera de Natal e o Natal são de seis dias, entre as datas de 20 e 25 de Dezembro. Caso uma pessoa peça o dia de férias para sexta-feira, 26 de Dezembro, o período de férias pode estender-se a nove dias, entre as datas de 20 a 28 de Dezembro, por incluir o fim-de-semana. Andy Wu acredita que, com este calendário, as pessoas terão mais vontade de viajar, nomeadamente para fazer percursos mais longos. Quanto ao destino da viagem, o dirigente associativo acredita que a zona do interior da China deverá ocupar o topo das preferências, mais de 60 por cento, para os residentes de Macau, tendo em conta que a popularidade das viagens ao Japão sofreu uma redução. Pelo contrário, Andy Wu destaca que as viagens à China e Sudeste Asiático se tornaram as alternativas preferenciais. Japão com menos procura Face aos preços das viagens, Andy Wu disse que a época do Natal não faz parte das fases dos grandes períodos de férias para o interior da China, pelo que os valores tendem a estabilizar. Enquanto isso, face à menor procura pelas viagens ao Japão, um cenário diferente em relação ao ano passado, quando os preços subiram muito, este ano verifica-se o oposto: uma estabilidade de valores. Andy Wu afirma que as escolhas de destinos na China mais populares são locais com neve e gelo, nomeadamente cidades em Chongqing ou na província de Jiangxi, que recentemente passou a ter uma rota aérea directa com Macau. O responsável adiantou que o facto de existirem, no país, recursos turísticos abundantes e a conveniência dos meios de transporte faz com que o interior da China se torne muito atractivo, como destino, para os residentes de Macau. Além disso, Andy Wu observou que há uma nova tendência no mercado de viagens de longa distância, já que há muitos residentes a preferir viajar sozinhos para destinos na Europa ou Dubai. No cenário oposto, ou seja, quanto ao número de visitantes de Macau na semana do Natal, Andy Wu acredita que o número possa registar um aumento em termos anuais. O presidente da associação descreve que, apesar de o Natal não ser celebrado no interior da China, o ambiente festivo é bastante popular e atractivo, nomeadamente para visitantes mais jovens. Por esta razão, Andy Wu explicou que os turistas mais jovens do interior da China, e também os que vêm de Hong Kong, são dois grupos essenciais para trazerem dinâmica ao turismo nesta época natalícia.
Nunu Wu Manchete PolíticaTrabalho | Dois terços descansam apenas 1 ou 1,5 dias por semana Um inquérito da FAOM revelou que cerca de 60 por cento dos trabalhadores não tiveram actualização salarial este ano e dois terços não tem descanso semanal de dois dias. Leong Sun Iok quer que o Governo dê orientações claras às empresas para darem prioridade à contratação de residentes e fixe uma quota mínima de locais Salários congelados, sobrecarga de trabalho, insegurança financeira e concorrência desleal com salários muito baixos de não-residentes foram as principais preocupações reveladas por cerca de 2.000 trabalhadores que responderam a um inquérito sobre condições de trabalho em 2025. O tabalho, apresentado ontem, foi realizado pela Associações dos Operários de Macau (FAOM). Para 60 por cento dos entrevistados, não houve aumentos de ordenado este ano, enquanto 10 por cento tiveram mesmo cortes salariais. Além disso, perto de dois terços dos trabalhadores queixaram-se de uma excessiva carga laboral, com o descanso semanal reduzido a um dia ou um dia e meio. Outra situação que desalinha o equilíbrio entre vida e trabalho, é o acesso tecnológico que permite transportar para os tempos livres e para casa tarefas de trabalho. Esta situação voltou a ser alvo de queixas de trabalhadores, levando os responsáveis da FAOM a pedir ao Governo que defina claramente os parâmetros do “direito a estar offline”. Para tal, é necessário que os trabalhadores tenham direito a compensação de horas extra, ou salário de trabalho por turnos. A juntar a estes problemas, foram frequentes os relatos de falta de estabilidade e de “almofada” financeira, causando sentimentos de insegurança em relação ao futuro. O bicho papão Dando eco a uma das bandeiras políticas da FAOM, os entrevistados consideram que as políticas laborais não dão prioridade eficaz aos locais no acesso ao emprego. Como tal, 63 por cento dos inquiridos revelaram falta clareza às medidas de protecção a trabalhadores residentes. Neste ponto, o deputado Leong Sun Iok, afirmou que “apesar de as actuais leis já definirem a prioridade dos residentes locais, o Governo nunca traçou exigências claras para as empresas em relação às práticas de contratação recursos humanos”. O resultado é a falta de eficácia na concretização da prioridade. Uma solução, apontado pelo deputado, seria a aplicação firme de quotas ou proporção mínima de residentes nos recursos humanos de cada empresa, como acontece com os cargos de chefia nas concessionárias do jogo. Leong Sun Iok considera que desta forma, os empregadores seriam “incentivados” a formar funcionários locais. Os salários demasiado baixos de trabalhadores não-residentes, e a decorrente concorrência desleal provocada pelo desnível dos ordenados, foi destacada por 60 por cento dos inquiridos. Leong Sun Iok defende que o Governo deveria recusar pedidos para contratação de não-residentes quando os salários propostos pelos empregadores forem demasiado baixos.
Nunu Wu Manchete PolíticaAndaimes | Governo admite substituir bambu por metal Sem uma posição de fundo sobre a questão, a Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana admite avançar com alterações ao método actual se existir “um consenso social” entre a população e as construtoras A Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana (DSSCU) admite ponderar a substituição dos andaimes de bambu por metal. A posição foi divulgada por Mak Tat Io, subdirector da DSSCU, ontem no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. A discussão sobre a utilização dos andaimes de bambu foi lançada na sequência do incêndio em complexo residencial em Tai Po, em Hong Kong, que resultou em pelo menos 159 mortos. “Os andaimes de bambu e os de metal têm as suas vantagens e desvantagens. O Governo da RAEM vai ter uma atitude de abertura e fazer as alterações necessárias, quando houver um consenso entre o sector da construção e a sociedade”, afirmou Mak Tat Io. Mak Tat Io ainda apontou que após o incêndio grave de Hong Kong, a DSSCU cooperou com as autoridades no reforço das inspecções às medidas de segurança e que nestas tarefas tem assumido critérios cada vez mais rigoroso. Sobre as inspecções, o responsável indicou a necessidade de garantir a segurança contra incêndios ainda antes da licença de construção ser emitida e que um dos aspectos especificamente visado foi a instalação dos andaimes e o cumprimento dos padrões de segurança. Desde o início do incêndio em Hong Kong que o Governo da RAEHK ligou a propagação das chamas ao bambu, pelo que propôs uma substituição total por andaimes de metal. Decisão pouco científica Por seu turno, a Associação dos Barraqueiros de Macau defendeu que a proibição de andaimes de bambu não tem base científica e alertou que vai ter um impacto indesejado no sector de construção. Em declarações ao jornal Ou Mun, o presidente da associação, Chio Tak Sio, argumentou que é necessário investigar a fonte do incêndio em vez de proibir de forma irracional os andaimes de bambu. Chio Tak Sio também alertou que a montagem de andaimes de bambu faz parte do património cultural intangível e tem lugar importante na história arquitectónica de Macau, e sugeriu ao Governo que opte antes por elaborar critérios de segurança. Além disso, o dirigente associativo apontou que o preço de andaimes de metal é três vezes superior aos de bambu, pelo que se for seguido este caminho as obras de manutenção de paredes exteriores dos edifícios vão ser mais caras. O responsável também sublinhou que actualmente apenas 30 lojas fornecem serviços de instalação de andaimes de bambu e somente 50 pessoas conhecem as técnicas de instalação. Por isso, Chio Tak Sio apontou que este sector está a enfrentar um problema grave de envelhecimento da população. Para salvar o sector, Chio indicou que muitas empresas querem formar aprendizes pelos seus próprios meios. Contudo, como os apoios do Governo são limitados, é difícil atrair jovens para o sector.
Nunu Wu Manchete PolíticaIncêndios | Nick Lei defende reforço das medidas de segurança Na sequência do incêndio de Tai Po, em Hong Kong, e das inspecções realizadas pelas autoridades de Macau, Nick Lei perguntou que medidas vão ser adoptadas para garantir a segurança, principalmente em estaleiros de obras O deputado Nick Lei espera que o Governo se mantenha alerta para as necessidades de segurança contra incêndios, e garanta a eficácia da supervisão nos estaleiros de obras. O assunto foi abordado pelo deputado ligado à comunidade de Fujian, através de uma interpelação escrita. A tomada de posição surge na sequência do incêndio no complexo residencial em Tai Po, em Hong Kong, que resultou em 156 mortos, de acordo com a contagem mais recente, numa altura em que ainda falta contabilizar vítimas de duas torres habitacionais. As causas preliminares da origem do incêndio foram relacionadas com os materiais instalados nas obras de renovação do complexo residencial. Agora, Nick Lei veio recordar que após o incêndio as autoridades inspeccionaram 60 estaleiros de construção com andaimes, por isso pretende saber o que vai ser feito, para corrigir falhas que tenham sido identificadas. “Em resposta às falhas descobertas durante as inspecções, como se estabelece um mecanismo permanente de revisão para garantir que os materiais de construção cumprem os padrões de segurança contra incêndios (…) com vista a elevar eficazmente o nível da segurança contra incêndios nos estaleiros de obras?”, pergunta o deputado. Lei também quer saber como se pode “resolver completamente a questão da instalação de obstáculos em corredores” utilizados como saídas de emergência. Planos mais específicos Além disso, o deputado ligado à comunidade de Fujian defende que os actuais planos de socorro têm de ser mais específicos para responder às necessidades da densidade populacional, tipos de construção locais e características ambientais das diversas áreas do território. Nick Lei também quer que o Governo esclareça os procedimentos de resposta a emergências, para garantir a segurança da população quando houver grandes catástrofes. Lei aponta ainda que Macau pode obter apoio das zonas vizinhas de forma oportuna, se tiver planos para tal. Quanto aos equipamentos avançados de resposta a emergências, Nick Lei quer saber quais vão ser os meios de alta tecnologia importados para auxiliar nos trabalhos de resgate, com o objectivo de melhorar a capacidade de combate a incêndios em ambientes específicos, como acontece nos edifícios altos e nos mais antigos. “O Governo deve reforçar a inspecção de segurança em espaços e lugares públicos, particularmente no que diz respeito à elaboração dos planos de combate a incêndios nos edifícios baixos em bairros comunitários e edifícios que não têm entidade de administração ou condomínios”, aconselhou. Nick Lei defendeu que desta forma “pode aumentar-se a eficiência da evacuação de edifícios em situação de emergência”, lê-se na interpelação escrita.
Nunu Wu Manchete SociedadeFestival da Gastronomia | Negócios terão subido 30% Apesar dos bons resultados, as vendas do festival estão, no melhor cenário, 20 por cento abaixo do que acontecia antes da pandemia. No entanto, não se esperam grandes alterações, dado que os restaurantes do exterior, que cobravam preços mais altos deixaram de ser convidados para o evento O Festival da Gastronomia terminou no domingo e terá resultado num aumento anual do volume de negócios de 30 por cento, de acordo com o presidente da Comissão de Organização do Festival da Gastronomia, Chan Chak Mo. O balanço do evento foi citado pelo jornal Ou Mun. Em relação ao balanço da 25.ª edição, Chan Chak Mo apontou para um aumento generalizado para todas as bancas, mas destacou que houve casos em que os vendedores conseguiram mesmo dobrar o volume de negócios, em comparação com o ano anterior. Segundo o presidente da associação, para o bom resultado contribuíram vários factores, como o bom tempo, o grande prémio para o consumo nas zonas comunitárias, que atribuiu cupões de desconto que puderam ser utilizados nas bancas do festival, e a organização de outros eventos que trouxeram gente para o território e coincidiram com o festival. Além disso, Chan Chak Mo afirmou igualmente que os comerciantes que participaram no festival tiveram uma maior vontade de investir no design das bancas, o que tornou os diferentes espaços mais atraentes. Em termos das tendências de consumo, o ex-deputado indicou que os jovens preferem a comida mais “inovadora” e que mostraram abertura para consumirem bebidas com preços entre 40 e 50 patacas. Este grupo de clientes também não se mostrou preocupado em pagar entre 30 e 40 patacas por doces e sobremesas, o que foi entendido por pelo dirigente associativo como um grupo que não se mostrou muito preocupado com os preços. Mudança, precisa-se Tendo em conta os padrões de consumo, Chan Chak Mo considerou ainda que as bancas que têm uma presença no festival mais antiga precisam de inovar nos seus pratos, para se tornarem mais atraentes. Além disso, esta foi a primeira vez que foi proibido fumar no festival, que é realizado ao ar-livre. No entanto, foi criada uma zona para fumadores e no total dos 17 dias as autoridades apenas detectaram duas infracções. Fazendo a comparação com as edições do festival no período pré-pandemia, Chan apontou que o volume de negócios está entre 70 a 80 por cento do que costumava acontecer. A redução do volume de negócios foi explicada em parte com o facto de desde a pandemia terem deixado de participar na iniciativa restaurantes que vinham de fora de Macau e que cobravam preços mais altos. Após a pandemia, as bancas passaram a ser integralmente ocupadas por negócios locais. Aposta local Quando questionado sobre a intenção de voltar a convidar comerciantes estrangeiros, o presidente da associação confessou que não existem planos nesse sentido, porque as pequenas e médias empresas locais têm grandes dificuldade para operar e precisam de todo o apoio possível. O responsável explicou também que esta mudança de postura tem a ver com o facto de o Governo ter sugerido uma maior aposta no comércio local, para apoiar os comerciantes da RAEM. No entanto, Chan Chak Mo revelou que em todas as edições a organizadora substitui entre 30 a 40 comerciantes cujos produtos tiveram pouca procura. A comissão visita depois potenciais candidatos a um convite, para avaliar se os produtos e os preços correspondem ao actual modelo de consumo dos visitantes do festival. Quanto à próxima edição do festival, o presidente da associação indicou que não existem grandes planos de inovação, mas admite que possa haver mais espectáculos no recinto.
Nunu Wu Manchete PolíticaTai Po | RAEM doa 30 milhões para recuperação após incêndio O Governo de Macau doou 30 milhões de dólares de Hong Kong para apoiar o Executivo de John Lee Ka-chiu na sequência do trágico incêndio em Tai Po. Sam Hou Fai salientou a “profunda amizade” entre as regiões e apelou à sociedade para se envolver. A Shun Tak, MGM, Galaxy e Cruz Vermelha de Macau, entre outras empresas juntaram-se à onda solidária O Executivo da RAEM doou 30 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), através da Fundação Macau, para apoiar o Governo de Hong Kong “a responder e acompanhar o trabalho de recuperação do incêndio grave ocorrido no complexo habitacional Wang Fuk Court em Tai Po nos novos territórios”, revelou o Gabinete de Comunicação Social (GCS) na sexta-feira. O Governo liderado por Sam Hou Fai salientou a “profunda amizade e relações humanísticas, económicas e comerciais de longa data” entre os dois territórios, e a forma conjunta como as populações das duas cidades enfrentam dificuldades e desafios. Além disso, Sam Hou Fai manifestou, “em nome do Governo da RAEM, o profundo pesar e as sentidas condolências aos familiares das vítimas do incêndio, apelando aos diversos sectores da sociedade local para tomarem iniciativas e apoiar a RAEHK. “Sam Hou Fai está convicto de que, sob o espírito das instruções importantes, atenção e apoio do Presidente Xi Jinping, assim como o apoio e empenho do Gabinete de Trabalho de Hong Kong e Macau do Comité Central do Partido Comunista da China, o Chefe do Executivo da RAEHK, John Lee Ka-chiu, e o seu governo, irão indubitavelmente liderar e unir os diversos sectores da sociedade e auxiliar os residentes afectados a ultrapassar as dificuldades, para que as suas vidas regressem à normalidade e as suas casas sejam recuperadas, o mais breve possível”, acrescentou o GCS. Respostas prontas O apelo do Governo de Macau foi ouvido, e desde o final da semana passada várias empresas e entidades locais juntaram-se à onda de solidariedade. A Fundação Henry Fok igualou a doação da Fundação Macau, o grupo Shun Tak (e principais figuras da direcção) contribuíram com 10 milhões de HKD, a MGM China e a Chef Nic Holdings doaram 5 milhões de HKD, enquanto o grupo Galaxy Entertainment e o seu líder Francis Lui contribuíram com 10 milhões de HKD. A Cruz Vermelha de Macau também aderiu com uma contribuição 500 mil HKD. A vaga de contributos de Macau constitui apenas uma parte de uma campanha de solidariedade transversal a vários grupos empresariais de Hong Kong e do Interior da China. Pelo menos 128 pessoas morreram em consequência do incêndio que deflagrou na quarta-feira à tarde, de acordo com o balanço das autoridades que deram conta de 79 feridos e cerca de uma centena e meia de pessoas incontactáveis.
Nunu Wu Manchete SociedadeImobiliário | Centaline diz que visitas e pedidos de informação dispararam O director da agência imobiliária acredita que as novas medidas para o imobiliário vão ter impacto a curto prazo, impulsionando as vendas de casas. Contudo, admite a insuficiência para inverter a tendência negativa O director da Agência Imobiliária Centaline de Macau e Hengqin, Roy Ho, afirmou que desde a semana passada o número de visitas de potenciais compradores de casa triplicou. O responsável considera que o crescimento se deve às medidas anunciadas pelo Executivo no âmbito das Linhas de Acção Governativa (LAG). Segundo o Governo, na compra de imóveis para habitação os primeiros seis milhões de patacas vão ficar isentos do pagamento de imposto de selo, num limite máximo de 120 mil patacas. Ao mesmo tempo, o limite do valor dos empréstimos hipotecários para habitação vai subir de 70 para 80 por cento do valor do imóvel. Roy Ho considerou que o aumento das visitas a imóveis é positivo, porque mostra que há mais gente interessada e que os compradores procuram a oferta ideal. O agente imobiliário acrescentou também que, nesta altura, não se espera um aumento de transacções, porque a data de entrada das novas medidas ainda não foi anunciada. No entanto, após a entrada em vigor, espera-se que os interessados avancem para a concretização dos negócios. Roy Ho revelou que logo na semana do anúncio da primeira medida apresentada com as LAG, que o número de visitas duplicou. Porém, o fluxo continuou a subir na semana seguinte, com a segunda ronda de medidas. Recuperação lenta Apesar do maior optimismo, o director da imobiliária reconheceu que não deverá haver uma recuperação imediata do preço dos imóveis. Neste sentido, o responsável previu que as habitações que terão sofrido aquilo que definiu como “uma queda excessiva” de preços entrem finalmente numa fase de estabilização. Em relação ao próximo ano, Roy Ho espera que o número de transacções aumente, mas considerou difícil antever a flutuação de preços dos imóveis. Ho antecipou ainda que os vendedores recuperem parte do poder negocial, depois de “longos anos” em que se viram forçados a diminuir os valores pedidos e a ceder quase sempre nas negociações. Com estas medidas, Roy Ho antevê que os vendedores apenas tenham de ceder até 5 por cento face ao preço anunciado. Esperar para ver Quanto à duração do impacto das medidas mais recentes, o director da Agência Imobiliária Centaline de Macau e Hengqin mostrou-se cauteloso. Roy Ho duvida que as duas medidas alterem a tendência de queda no mercado imobiliário a longo prazo. O responsável exemplificou que no ano passado o Governo retirou algumas restrições à procura, como isenções fiscais, o que levou a melhorias de curto prazo no mercado, mas que os efeitos desapareceram passados três meses. Face a este contexto, o agente imobiliário defendeu que o Governo deve continuar atento à tendência dos preços dos imóveis e promover novos incentivos.
Nunu Wu Manchete SociedadeCamboja | Suspeitas de lavagem de dinheiro em Macau Empresas ligadas ao grupo Prince Holding e a Chen Zhi, acusado de cibercrime, tráfico humano e lavagem de dinheiro, realizaram negócios em Macau e Hong Kong. Uma das empresas foi a Companhia de Vinho Pou Long, que operou na RAEM e chegou a organizar um jantar de gala para idosos em 2020 Os tentáculos do polvo de um centro de burlas desmantelado no Camboja podem ter chegado a Macau e Hong Kong. Uma investigação do portal HK01 revelou que empresas relacionadas com o império criminoso do bilionário Chen Zhi operaram nas regiões administrativas especiais. O empresário chinês de 37 anos, é apontado como o “cérebro por trás de um império criminoso” e está no centro da maior apreensão de criptomoedas da história, com cerca de 14 mil milhões de dólares em bitcoins confiscados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Os esquemas funcionavam, alegadamente, em complexos industriais no Camboja, onde trabalhadores estrangeiros eram forçados a cometer burlas online sob vigilância armada. Segundo a publicação de Hong Kong, no universo empresarial Prince Holding, presidido pelo empresário de Fujian, contam-se companhias que tiveram negócios em Macau de venda de bebidas alcoólicas através uma rede de empresas que tinha como denominador comum um empresário também activo em Hong Kong: Qiu Yong. O empresário, que consta da lista de 146 empresas e pessoas sancionadas pelos Estados Unidos devido à alegada prática dos crimes acima referidos, é portador de passaportes do Camboja e Santa Lúcia, uma pequena ilha nas Caraíbas, e era o principal accionista de oito empresas sediadas em Hong Kong, duas das quais já dissolvidas. Uma das empresas sediada e a operar na região vizinha foi a Wine Mini Store Digital Economy Industry Company, liderada em conjunto com Ng Sang Lei, residente de Macau e portadora do passaporte da RAEM. Uma teia no delta A Wine Mini Store tinha morada comercial em Tsim Sha Tsui no mesmo local em que estavam sediadas várias empresas que o bilionário foragido Chen Zhi controlava de forma indirecta através de empresas offshore das Ilhas Virgens Britânicas e empresas de Hong Kong. Entre as empresas criadas e dissolvidas, conta-se a Companhia de Vinho Pou Long, com domicílio em Tsim Sha Tsui, que foi totalmente detida por Ng Sang Lei antes da anulação do registo comercial em Outubro deste ano. Segundo notícias avançadas em Macau no passado, a Companhia de Vinho Pou Long lançou uma série de actividades, incluindo um jantar de gala para idosos, em Janeiro de 2020, que contou com a presença de Qiu Yong. Em Fevereiro de 2020, durante a explosão da covid-19 em Wuhan, a Companhia de Vinho Pou Long doou 1,5 milhões de patacas e 60 mil máscaras para as autoridades provinciais. Em relação à residente de Macau, o HM encontrou referências a Ng Sang Lei no Boletim Oficial, quando foi autorizada pela Autoridade Monetária de Macau a exercer na RAEM a profissão de mediadora de seguros em Junho de 2019. Menos de 10 meses depois, a residente foi alvo de um processo de infracção.
Nunu Wu Manchete SociedadeImobiliário | Empresários querem Governo a financiar juros Apesar dos novos incentivos fiscais e da maior facilidade no acesso ao crédito para a habitação, representantes dos promotores e agentes imobiliários duvidam que as medidas invertam a tendência de queda dos preços e do número de transacções Embora o Governo tenha anunciado novas medidas de apoio ao mercado imobiliário, a Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau considera que as políticas são insuficientes, e pede ao Executivo que estude o financiamento dos juros do crédito bancário. Na semana passada, Sam Hou Fai anunciou com as Linhas de Acção Governativa (LAG) que os imóveis para habitação ficam isentos do pagamento do imposto de selo até ao valor de 6 milhões de patacas e num máximo de 120 mil patacas. Além disso, o presidente substituto do Conselho de Administração da Autoridade Monetária de Macau, Vong Sin Man, revelou que os limites do rácio dos valores dos empréstimos hipotecários destinados à aquisição de habitação vão ser aumentos de 70 por cento para 80 por cento. No entanto, as notícias são consideradas insuficientes no sector. Ao jornal Ou Mun, o presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau, Chong Sio Kin, apontou que com a entrada em vigor das novas políticas, haverá um maior incentivo à compra e venda de habitação. O empresário também reconhece que o mercado pode sentir um efeito benéfico a curto prazo, devido aos promotores que têm habitações novas para vender ou apartamentos em vias de estarem construídas. Contudo, Chong Sio Kin indicou que o sector não acredita que vá resultar num efeito substancial, pelo menos enquanto não forem adoptadas outras medidas. Neste sentido, o presidente da associação recordou que no passado, em 1996, o Governo lançou um regime de bonificação ao crédito para aquisição ou locação financeira de habitação própria. O programa previa que fossem pagos os juros até ao valor máximo de 4 por cento, num período que podia chegar aos 10 anos. O dirigente associativo espera que esta medida possa servir de exemplo para o futuro e que o Executivo estude a sua viabilidade. Efeitos limitados Chong Sio Kin ainda defendeu que o Governo deve seguir as práticas de Hong Kong, e implemente uma nova política de residência por investimento. Assim, os não residentes podem obter residência, a troco de investimento imobiliário. Além disso, o empresário sugeriu ao Governo que atraia activamente quadros qualificados para Macau, porque acredita que estas pessoas têm capacidade financeira para comprar habitação. Por sua vez, o presidente da Associação dos Agentes Imobiliários do Sector Imobiliário de Macau, Franky Fong, também concorda que as duas medidas do Governo podem impulsionar a curto prazo as transacções habitacionais e o volume pode atingir um crescimento anual de 10 a 20 por cento no próximo ano. Todavia, o responsável concluiu que o impacto máximo resultará numa estabilização da queda dos preços e do número de transacções, não se esperando um crescimento efectivo.
Nunu Wu Manchete PolíticaCultura | Tensões entre China e Japão adiam reunião em Macau Estava agendada para hoje em Macau uma reunião das “Cidades de Cultura da Ásia Oriental” com ministros da China, Coreia do Sul e Japão. No entanto, a iniciativa foi cancelada por Pequim, devido à crescente tensão com o Japão, após declarações da primeira-ministra japonesa A reunião em Macau entre os ministros da Cultura da China, Japão e República da Coreia, que originalmente estava agendada para hoje, foi adiada, sem que tenha sido marcada nova data. O anúncio foi feito na quinta-feira, pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, citado pela Xinhua. De acordo com a informação da agência estatal, o porta-voz chinês afirmou “que uma líder japonesa fez, de forma aberta, declarações altamente erradas sobre Taiwan, o que feriu os sentimentos do povo chinês, desafiou a ordem internacional do pós-Segunda Guerra Mundial e minou a base e o ambiente para a cooperação entre China, Japão e República da Coreia”. Mao Ning disse ainda que as declarações da “líder japonesa” levaram “a uma situação em que ainda não há condições para realizar a reunião”. Embora a Xinhua não identifique a “líder japonesa”, a visada é Sanae Takaichi, primeira-ministra do Japão. A primeira mulher a liderar o Executivo do país do sol nascente afirmou, a 7 de Novembro, no parlamento, que um ataque do Interior à Ilha de Taiwan seria encarado no Japão como uma situação que “ameaçaria a sobrevivência” do país. Em resposta, Xue Jian, cônsul-geral da República Popular da China em Osaka, escreveu uma publicação na rede social X a indicar que “não havia outra escolha que não fosse cortar sem hesitação o pescoço imundo que se intrometeu” nos assuntos chineses. A publicação acabou por ser apagada, após um protesto diplomático do Japão. Tensão crescente Face ao incidente diplomático, o Governo da China passou a exigir a Sanae Takaichi que se retrate publicamente das declarações prestadas no parlamento japonês, o que tem sido recusado. Sem o recuo japonês, a China lançou um alerta de segurança sobre as viagens turísticas, que foi acompanhado pelos governos de Macau e Hong Kong. O Interior não se ficou pelo alerta para turistas e obrigou companhias de aviação a cancelar voos para os Japão, agências de viagens a cancelar as estadias em hotéis, bloqueou novamente as importações de marisco japonesas, adiou a entrada de filmes japoneses no mercado interno e lançou um alerta para os estudantes que pretendem estudar no Japão. O encontro previsto para hoje em Macau visava promover “o intercâmbio e a aprendizagem mútua” entre os três países e foi apresentado como uma selecção das “Cidades de Cultura da Ásia Oriental”, entre as quais se inclui Macau. No portal do Governo da RAEM dedicado ao evento era igualmente apontado que o encontro era “visto como uma realização relevante para a humanidade” e “uma marca de cooperação cultural na Ásia Oriental”.
Nunu Wu Manchete SociedadeBairros Comunitários | Pedidas melhorias nos serviços Henry Lei avisa o Governo que a economia dos bairros comunitários exige uma estratégia mais desenvolvida que não se limita a levar influenciadores a comer em restaurantes. O académico pede o desenvolvimento de um ecossistema de consumo, no qual os empresários têm de melhorar a qualidade dos serviços O relatório das Linhas de Acção Governativa aposta em convidar os influenciadores digitais para divulgarem os bairros comunitários de Macau e promover um maior consumo nessas áreas. No entanto, o vice-presidente da Associação Económica de Macau, Henry Lei Chun Kwok, defende que é necessário melhorar a qualidade dos serviços destes bairros. A posição foi tomada no programa matinal Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau, quando o também chefe associado do Departamento de Finanças e Economia Empresarial da Universidade de Macau abordou o futuro da comunitária do território. “Este método de promoção parece ser adaptado aos turistas do Interior da China, mas, a longo prazo, é necessário melhorar a qualidade dos serviços e da restauração nestes locais, para criar uma imagem turística forte. Só com estas características se pode atrair os turistas de forma sustentável”, defendeu Henry Lei. Uma vez que o Governo tem como objectivo atrair mais turistas internacionais, Henry Lei apontou que é necessário investir em estudos para entender os interesses dos turistas com diferentes origens. Neste sentido, o académico exemplificou que os turistas da Malásia e da Indonésia podem ter necessidades especiais de alimentação devido a religião. Para Lei, estas diferenças têm de ser tidas em conta. Incentivo ao consumo Outro destaque do relatório das LAG, foi a promessa de incentivos aos consumo nas restauração nos bairros comunitários. Sobre esta aposta, Henry Lei espera que a estratégia consiga algo mais do que apenas levar os turistas ao local para tirarem fotografias: “O incentivo ao consumo nos restaurantes não pode passar por apenas ter os turistas a frequentar um ou dois restaurantes, o mais importante é impulsionar os turistas a permanecerem mais tempo nos bairros comunitários, fazerem mais compras, é criar uma onda económica que promove o desenvolvimento comunitário”, justificou. Na sequência do encerramento dos casino-satélites, Henry Lei defendeu ainda que o Governo tem que estudar a fonte dos clientes na ZAPE e o seu modelo de consumo, e explicar como pretende transformar a economia daqueles locais.
Nunu Wu PolíticaRespostas de Sam Hou Fai na AL satisfatórias para os deputados As respostas que o Chefe do Executivo deu às questões colocadas pelos deputados na quarta-feira, no âmbito da apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o próximo ano foram recebidas com satisfação pelo novo elenco de legisladores patriotas. O agrado foi demonstrado ao jornal Ou Mun, porém, registaram-se algumas preocupações. O deputado Leong Sun Iok mencionou publicações nas redes sociais que indicavam possíveis alterações do horário de trabalho e do regime de aposentação da Função Pública, que terão provocado preocupações entre funcionários públicos. O membro da bancada parlamentar dos Operários ficou satisfeito com a garantia de Sam Hou Fai de que os direitos laborais dos trabalhadores da Função Pública seriam assegurados. Ainda assim, indicou que a imposição de limites do número de trabalhadores pode levar à falta de recursos humanos, sobrecarga de tarefas e aumento do stress. Como tal, Leong Sun Iok espera que o Governo ouça as associações que representam os funcionários públicos, antes de serem tomadas decisões. O deputado da bancada da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau referiu queixas de trabalhadores que foram despedidos sem justa causa de empresas de jogo e afirmou que o Governo tem de cortar no número de trabalhadores não-residentes para dar prioridade aos locais. Já na terça-feira, Pereira Coutinho havia criticado a ausência de cartões de consumo e de actualizações dos salários da Função Pública nos planos do Executivo para o próximo ano. A toda a linha Já o deputado dos Moradores, Ngan Iek Hang, pediu atenção aos jovens recém-licenciados que enfrentam dificuldades para arrancar emprego. Por seu turno, o deputado Lee Koi Ian, ligado às forças políticas da comunidade de Jiangmen mostrou-se satisfeito com a LAG para 2026, afirmando que respondem a toda a linha aos pedidos da sociedade. O recém-eleito legislador defendeu ainda a entrada na RAEM de mais empresas estatais e empresas internacionais, para oferecerem mais oportunidades de emprego e contribuir para a diversificação económica.
Nunu Wu Manchete SociedadeGP Consumo | Fim de iniciativa ameaça negócios Com o programa de incentivo do consumo do Governo a chegar ao fim este mês, vários comerciantes admitem temer pelo impacto nas vendas, que em alguns casos pode atingir os 50 por cento Com o aproximar do fim da iniciativa “Grande Prémio para o Consumo nas Zonas Comunitárias”, os comerciantes temem perder até 50 por cento do volume actual de negócios. O cenário foi traçado por alguns comerciantes em declarações ao jornal Ou Mun. O esquema de incentivo ao consumo que atribui vales de desconto termina no final do mês, e, face a esta realidade, o responsável de um supermercado contou à publicação em língua chinesa que o estabelecimento se está a preparar para o pior. Na perspectiva do residente, que não foi identificado, espera-se uma redução de 50 por cento das compras no espaço. O responsável recordou que no passado os clientes utilizavam os cupões principalmente em compras de bens de primeira necessidade, por exemplo, gel de banho, papel higiénico ou carne congelada. No entanto, como na semana passada a distribuição envolveu cupões de valor mais elevado, o consumo de bens não essenciais, como brinquedos, snacks ou bebidas alcoólicas cresceu cerca de 50 por cento. Este aumento do volume de vendas tido como “repentino” foi atribuído ao pograma de incentivo ao consumo e acredita-se que vai desaparecer no final de Novembro. Por esta razão, o responsável aguarda a confirmação sobre a continuação de um apoio ao consumo semelhante, e defende a necessidade dos cupões de desconto serem de um valor superior, além de sugerir que a iniciativa abranja mais pessoas. Grandes males, grandes remédios O cenário traçado por um trabalhador de uma farmácia local foi muito semelhante, com a previsão de que as vendas venham a sofrer quebras de 30 a 40 por cento, com o final do programa. O funcionário recordou que na primeira semana desta ronda do grande prémio para o consumo houve vários clientes a visitar a farmácia para adquirirem artigos domésticos e produtos para bebé mais caros, o que levou a uma ruptura do stock de fraldas e de leite em pó. Os clientes confirmaram também que houve uma maior atribuição de cupões com os valores de 100 e 200 patacas, que só podem ser utilizados em compras no valor de 300 patacas e 600 patacas. O trabalhador da farmácia revelou ainda que muitos dos clientes preferem utilizar este dinheiro para guardarem nas contas pessoais naquela farmácia, que, mais tarde, pode ser utilizado para outras compras. O responsável de um salão de cabeleireiro revelou também que a situação de carregamento das contas pessoais na sua loja é comum, o que permite aos clientes utilizar o montante mais tarde. O responsável confessou que nunca tinha pensado em criar um sistema de contas pessoais para o seu negócio, mas que devido ao elevado número de solicitações dos clientes teve de se adaptar. O responsável revelou ainda que como a sua loja tem recursos limitados, as contas pessoais são guardadas num caderno escrito à mão. Todavia, se houver mais uma ronda do programa, admite adquirir um sistema informático.
Nunu Wu Manchete SociedadeCrime | Desavença entre mulheres resulta em homicídio Ataque com arma branca em quarto de hotel acaba com uma mulher morta e a alegada autora do crime detida por suspeita de homicídio. A vítima terá sofrido mais de trinta ferimentos e acabou por falecer no hospital. Polícia suspeita de motivos passionais Na passada quinta-feira, num quarto de hotel na Taipa, uma mulher terá sido assassinada à facada por outra mulher, ambas oriundas do Interior da China e com idades na casa dos trinta anos. A vítima era uma trabalhadora não-residente, enquanto a suspeita tinha autorização de permanência no território ao abrigo de um visto de turista. Segundo a apresentação da Polícia Judiciária (PJ), feita em conferência de imprensa no sábado, a vítima não resistiu aos mais de trinta ferimentos por arma branca que apresentava na parte de trás da cabeça, pescoço e lado esquerdo do peito, e acabou por morrer no hospital. De acordo com as últimas informações, as causas da morte ainda estavam por apurar, por ainda não ter sido realizada a autópsia, mas as autoridades indicaram que os ferimentos no peito podem ter sido fatais. Também a suspeita apresentava ferimentos em várias partes do corpo, e nas mãos, o que a PJ interpretou como sinais de luta e resistência da vítima a um possível ataque. Como tal, a suspeita recebeu tratamento hospital, sob custódia policial, e foi detida após receber alta médica na sexta-feira. O caso foi encaminhado ao Ministério Público pela suspeita da prática dos crimes de homicídio qualificado e posse de armas proibidas. De longa data A investigação policial apurou que as duas mulheres se conhecem desde os tempos de escola (sem especificar exactamente quando) e que os motivos do crime podem ser de natureza passional. Na conferência de imprensa, a PJ adiantou que a falecida começou a trabalhar em Macau em Agosto do ano passado e que já no mês passado teria recebido uma visita da suspeita. Porém, na quarta-feira quando regressou a Macau, a alegada homicida terá trazido da China uma faca. Após ter feito o check-in no hotel da Taipa, a suspeita terá comprado mais duas facas num centro comercial na zona centro da península. No dia seguinte, as duas mulheres encontraram-se no lobby do hotel e subiram para o quarto da suspeita. Vinte minutos depois, a recepção do hotel recebeu uma chamada da suspeita a pedir ajuda. Quando os funcionários do hotel chegaram ao quarto, descobriram as duas mulheres deitadas no chão e manchas de sangue espalhadas pela carpete e paredes. A bizarra descoberta levou à chamada de uma ambulância e ao contacto com as autoridades policiais. No local, os agentes da PJ descobriram sinais evidentes de luta, duas facas ensanguentadas no chão e ainda um cutelo não usado na mochila da suspeita.
Nunu Wu Manchete PolíticaRestauração | Descontos de 30% celebram o aniversário da RAEM O Governo vai lançar uma campanha de descontos, entre os dias 20 e 22 de Dezembro, para celebrar o 26.º aniversário da RAEM. Durante a campanha, os utentes das aplicações de pagamento Mpay, Banco da China, ICBC e Banco Tai Fung vão receber diariamente três cupões de desconto de 30 por cento para pagar refeições Para celebrar o 26.º aniversário da RAEM, a Direcção dos Serviços de Economia e Desenvolvimento Tecnológico (DSEDT) coorganizou a campanha “descontos para comer nos estabelecimentos de restauração em celebração do regresso de Macau à pátria”, proporcionando descontos de 30 por cento em restaurantes ao longo de três dias, entre 20 e 22 de Dezembro. Em cada dia da campanha, serão emitidos três cupões, ficando afastada a possibilidade de juntar descontos numa só transacção, ao contrário do que acontece no Grande Prémio do Consumo. O valor dos descontos será dividido entre o Governo e os restaurantes em partes iguais. A iniciativa será organizada em parceria com a União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau e a Associação Industrial e Comercial de Macau. Os cupões de desconto serão atribuídos nas aplicações de pagamentos electrónicos Mpay, Banco da China, Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e Banco Tai Fung. Porém, o desconto máximo será de 60 patacas e os cupões só podem ser utilizados no dia em que foram emitidos para refeições nos restaurantes, ou seja, não inclui takeaway. Outra limitação, que irá depender de cada restaurante, diz respeito à possibilidade de bebidas alcoólicas não serem abrangidas pelo desconto. Para não diluir a eficácia dos descontos, o Governo estabeleceu que os restaurantes não podem aumentar preços no dia 20 de Dezembro. A restrição tem em conta a prática comum em Macau de subida dos preços das refeições tomadas fora de casa devido à obrigatoriedade de compensar funcionários que trabalham num feriado público. Por favor, fiquem Na conferência de imprensa que apresentou a campanha de descontos comemorativos, o chefe do Departamento de Desenvolvimento das Actividades Económicas da DSEDT, Lau Kit Lon, mostrou-se esperançado de que os residentes aproveitem os dias de descanso para explorar as ofertas gastronómicas espalhadas pelos bairros residenciais da cidade. Além do objectivo de potenciar os negócios do sector e a vitalidade económica comunitária, Lau Kit Lon espera que a iniciativa intensifique o ambiente festivo nos bairros residenciais. Por seu turno, o presidente da União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau, Chan Chak Mo, revelou em comunicado que os associados receberam positivamente notícias do lançamento da campanha. O ex-deputado está confiante na adesão da população à iniciativa, que espera reforçar a confiança das pequenas e médias empresas e revitalizar o desenvolvimento económico das comunidades.
Nunu Wu Manchete PolíticaSalário mínimo | Empresas de condomínio pedem divulgação ao Governo O salário mínimo será actualizado a partir de 1 de Janeiro em uma pataca por hora, passando de 34 para 35 patacas por uma hora de trabalho, ou 7.072 para 7.280 patacas mensais. Depois das reacções de patronato e empresários, que resistiram à actualização no Conselho Permanente de Concertação Social, o sector da administração de condomínios pediu ao Governo que esclareça a população sobre os aumentos dos salários de trabalhadores de limpezas e segurança em edifícios de habitação. A posição foi tomada pela presidente da Associação de Administração de Propriedades de Macau, Sit Un Na, que entende que o Executivo tem mais credibilidade para explicar aos proprietários as consequências do ajuste ao salário mínimo nas despesas de condomínio. Em declarações ao jornal do Cidadão, a responsável admitiu que actualização do salário mínimo irá resultar em aumentos dos custos de condomínio, que não devem ultrapassar 2,9 por cento dos orçamentos actuais. Recorde-se que a subida do salário mínimo irá abranger cerca de 18.000 pessoas, o que representa 4,4 por cento da força de trabalho total de Macau. A dirigente associativa estima que a alteração incida sobre mais de 10.000 trabalhadores do sector da administração de propriedades, 90 por cento dos quais são trabalhadores não-residentes. Em relação ao valor mensal dos rendimentos, Sit Un Na prevê que cada trabalhador leve para casa mais 200 patacas por mês. As duas vias Contudo, a representante associativa realça que nem todas as empresas de gestão de condomínios podem ser afectadas da mesma forma, porque algumas fixaram com os proprietários contratos com preços fixos, o que lhes confere a flexibilidade para cortar noutros custos para compensar o aumento das despesas com salários. Um dos casos “bicudos” em termos contratuais diz respeito à administração nos edifícios de habitação pública, onde as despesas de condomínio não podem aumentar. Além da divulgação dos efeitos do aumento salarial, para ajudar os proprietários a compreender a subida das despesas de condomínio, Sit Un Na sugeriu que o Governo reveja a lei da actividade comercial de administração de condomínios e o regime jurídico da administração das partes comuns do condomínio, que entraram em vigor em 2018. A responsável lembra que os diplomas deveriam ter sido revistos a cada três anos, mas desde que entraram em vigor nunca foram actualizados. Em termos de medidas de apoio, Sit Un Na defende que o Governo deve subsidiar as empresas de administração que gerem edifícios de habitação pública, ou que sejam canceladas as restrições que impedem alterações ao orçamento da administração do condomínio para suportar o aumento do salário do mínimo. Outra possibilidade, seria incluir o sector de administração no âmbito dos serviços de apoio à digitalização, para que as empresas tenham apoios e fundo.