Karting | João Afonso corre a pensar no top três

[dropcap style=’circle’] E [/dropcap] ste fim-de-semana inicia-se a versão deste ano do Campeonato Asiático de Karting. O piloto local João Afonso arranca com ambições de conseguir um lugar entre os três primeiros.

O Kartódromo de Coloane foi o local escolhido para o arranque do Campeonato Asiático da modalidade e Macau vai estar representado por João Afonso. Durante os três dias da primeira prova no território, o piloto vai ainda participar na corrida do Campeonato da China.

“São as primeiras provas em que participo este ano, mas tenho a experiência acumulada dos anos anteriores. A nível físico tive uma preparação bem exigente e sinto-me apto para competir a nível físico e mental. Estou preparado a 100 por cento”, disse João Afonso, ao HM.

Em relação aos objectivos para o Asiático, o piloto de Macau quer terminar o campeonato, assim como a prova local, entre os três primeiros. Um objectivo que acredita poder concretizar, se não tiver problemas.

“Com a experiência e o meu andamento, tenho como objectivo terminar entre os três primeiros. É um campeonato que conheço muito bem e acredito que é um objectivo realista”, acrescentou.

Ao nível do Asiático, João Afonso vai participar na classe F125 SR Open/X30 SR, que tem a corrida principal agendada para as 12h26. Os pilotos terão de cumprir 25 voltas ao circuito. Choi Kin Wa é o outro representante de Macau na prova.

Esta é a primeira ronda do Asiático, que nesta edição conta apenas com quatro provas: duas em Macau, uma agora e outra em Dezembro, e outras duas rondas nas Filipinas, em Julho e Novembro.

 

Top 3 na prova chinesa

Contudo, a actividade para João Afonso não se fica por aqui, e também no Domingo, o piloto a entra em acção, desta feita às 14h41, com a participação na corrida principal do Campeonato da China. No total, o piloto vai ter de cumprir 15 voltas, na última prova do fim-de-semana.

“Também no Campeonato da China espero andar entre os pilotos da frente, porque tenho muita experiência. É um campeonato onde corri muitas vezes, conheço bem os adversários e normalmente fico nos lugares da frente. O objectivo também tem de ser esse”, afirmou.

No que diz respeito ao Campeonato da China de Karting, a cidade de Macau também só vai estar representada com dois pilotos. Wong Man Chong, colega de equipa de João Afonso na equipa Team 1 Racing, é o outro piloto a correr com a bandeira da RAEM.

Esta prova marca igualmente o regresso à competição de João Afonso, depois de ser ter lesionado no ano passado, também no Kartódromo de Colaone. Na altura, o piloto foi atingido por trás por um karting, partindo uma costela. Contudo, terminou as duas provas em que participou, tendo sido 7.º numa das provas e 11.º na corrida do Asiático, depois de ter arrancado na posição 22 da grelha de partida.

8 Jun 2018

Medicina | Governo prevê 304 residentes formados nos próximos três anos

[dropcap style=’circle’] O [/dropcap] Interior da China é o principal local escolhido pelos residentes para se formarem em Medicina, seguindo-se Taiwan, Hong Kong e Reino Unido. Não há estudantes de Macau em Portugal a frequentar cursos de medicina.

Entre 2018 e 2020, 304 residentes de Macau vão concluir licenciaturas em Medicina. Todos os estudantes estão no exterior, uma vez que no território não existem instituições que disponibilizem este curso. A estimativa, a que o HM teve acesso, é da Comissão de Desenvolvimento de Talentos, com base nos dados referentes ao Subsídio de Aquisição de Material Escolar, compilados pelo Gabinete de Apoio ao Ensino Superior.

Segundo os dados apresentados, este ano vão ser formados 98 médicos, no próximo ano 108 e, em 2020, serão formados mais 98 profissionais. Entre os estudantes de medicina dos três anos, a maior parte está no Interior da China, ou seja 246 em 304, o equivalente a 81 por cento. Seguem-se os estudantes formados em Taiwan, com um total de 38, Hong Kong, 15, e Reino Unido com cinco estudantes. De acordo com a informação do Governo, não há alunos de Macau a estudar Medicina em Portugal.

No que fiz respeito ao período após 2020, os número do Governo não são tão detalhados, mas as estimativas apontam para que sejam formados 126 médicos. Contudo, o facto de serem formados alunos, não significa que estão obrigados a regressar a Macau, podendo optar por continuar a carreira noutras paragens. Também no início do ano, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura tinha afirmado que os Serviços de Saúde iam contratar 63 médicos ao longo deste ano.

73 novos dentistas

No que diz respeito à Higiene Oral, os formados ao longo de três anos serão 73, com 25 a concluírem a licenciatura em 2018, 19 no próximo ano e 29 em 2020. Após 2020, as estimativas do Governo, com base nos estudantes nas instituições de ensino do exterior, são de 32 residentes a concluírem os seus estudos. A maior parte dos alunos está a estudar no Interior da China, havendo também uma pessoa em Portugal, que deve concluir a licenciatura ainda este ano.

Finalmente, no que diz respeito aos Serviços Médicos, constituídos pelos cursos de fisioterapia e terapêutica, reabilitação e regeneração, optometria e nutrição, o número de licenciados nos próximos três anos será de 315 alunos. Neste aspecto, Taiwan é quem forma mais residentes, com um total de 218 estudantes. Já o número de pessoas a frequentar a licenciatura em Saúde Pública, área em que o Chefe do Executivo é doutorado, e que vão terminar os cursos nos próximos três anos é de 36. Entre os alunos que frequentam o curso de Saúde Pública, 16 vão concluir a licenciatura este ano, 11 no próximo ano e nove em 2020. Nesta área, é Taiwan que forma mais profissionais, com 13 alunos, seguindo-se o Interior da China, com 9 alunos, Austrália, com 5, Canadá e EUA, , cada país com quatro, e Portugal, com um aluno que deverá concluir a licenciatura em 2019.

65 alunos de Medicina Tradicional Chinesa

Entre este ano e 2020, 65 residente de Macau vão-se formar em Medicina Tradicional Chinesa, com o pique a ser atingido no próximo ano, quando deverão ser formados 27. Naturalmente, o Interior da China é o principal local de formação, com 61 alunos, seguido por Hong Kong, cujas instituições de ensino são frequentadas por 3 residentes.

8 Jun 2018

Hemiciclo | Lei da Arbitragem aprovada por unanimidade na generalidade

Levantou algumas questões, mas foi aprovada só com votos favoráveis. O Governo espera que a nova Lei da Arbitragem permita a Macau cumprir melhor a sua tarefa enquanto Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] nova Lei da Arbitragem foi aprovada ontem à tarde na Assembleia Legislativa por unanimidade, com os 29 votos dos deputados que estiveram presentes na sessão. Segundo Sónia Chan, existe a esperança de que este documento actualize a lei em vigor e possa servir para tornar Macau no centro de mediação para resolver diferendos entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

“É necessário aperfeiçoar o regime da arbitragem de forma a melhor concretizar a posição de desenvolvimento da Região Administrativa Especial de Macau como ‘um centro, uma plataforma’ […] assim como aproveitar activamente as vantagens da RAEM, no sentido de desempenhar ainda mais a função e o papel de Macau como Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, disse a secretária para a Administração e Justiça na apresentação do diploma.

A necessidade de reformar a lei, anterior à transição, foi justificada com o facto de existir um regime jurídico que se aplica para a arbitragem interna e outro para a externa. Uma situação que segundo Sónia Chan “suscita dúvidas e controvérsias desnecessárias sobre a sua interpretação e aplicação”.

Entre os deputados houve o reconhecimento do facto da arbitragem não estar a funcionar em Macau como nas outras regiões vizinhas. Segundo Zheng Anting, o único a apresentar dados, desde 1998 até 2017, apenas 599 casos foram resolvidos nos cinco centros de arbitragens existentes, o que representa uma média de 30 casos por ano.

O facto de ter havido unanimidade na votação não afastou críticas de alguns deputados à lei e à postura do Governo, nomeadamente no capítulo da mediação.

Por exemplo, o deputado José Pereira Coutinho fez questão de frisar que o Executivo tem responsabilidade pelo facto da arbitragem não se ter desenvolvido mais. “Desde a criação da RAEM até agora, houve um total desinvestimento da arbitragem em Macau. O Governo não incentiva e em muitas situações recusa a arbitragem para os próprios contratos que assina”, afirmou o deputado.

Por sua vez, Agnes Lam questionou o facto do Governo não definir critérios mais apertados na nova proposta de lei para as pessoas que podem actuar como árbitros nos diversos centros. A lei exige apenas que as pessoas sejam maiores de idade.

Em relação a este aspecto, o Executivo, através do director dos Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ), Liu Dexue, explicou que se pretendem assegurar critérios que permitam que pessoas especializadas de várias áreas possam servir como árbitros, uma vez que os assuntos tratados nos centros de arbitragens, especialmente em questões comerciais, envolvem áreas muito diversificadas.

Outro dos assuntos abordado foi a qualidade do árbitros para dar credibilidade ao sistema de mediação. O Governo prometeu estudar formas de atrair pessoas do estrangeiro considerada autoridades na área, assim como formar mais talentos bilingues a pensar nas funções de plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

7 Jun 2018

AL | Agnes Lam considera que é preciso fazer mais para a época de tufões

Ao contrário da versão de Wong Sio Chak, Agnes Lam considera que Macau não se está a preparar da melhor maneira para a época dos tufões. A legisladora fala em obras que demoram anos a concretizar e simulacros que não preparam a população mais afectada pela subida do nível da água

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo tem feitos exercícios e adoptado medidas para a época de tufões, mas a região ainda não está preparada. Esta é a opinião da deputada Agnes Lam, que deixou ontem o alerta na Assembleia Legislativa, durante as intervenções antes de ordem do dia. Anteriormente, Wong Sio Chak, secretário para a Segurança, já tinha considerado que o território está preparado para um tufão com a força do Hato.

“É verdade que o Governo da RAEM procedeu à revisão e aperfeiçoamento dos mecanismos de prevenção de calamidades, aprendendo a lição do tufão Hato do ano passado, e prometeu que ia melhorar os trabalhos”, começou por dizer Agnes Lam. “Mas se fizermos uma avaliação, não é difícil verificar que ainda não estamos preparados para a chegada da época de tufões”, considerou.

Na Assembleia Legislativa, a deputada mostrou-se preocupada com o tempo que as infra-estruturas consideradas essenciais para a prevenção das catástrofes vão demorar até ficarem concluídas.

“A construção das infra-estruturas de prevenção é lenta, as diversas obras ainda estão na fase de planeamento. A construção das comportas no Porto Interior só vai arrancar em 2019, e desde a formulação da ideia em 2012 até à conclusão, o projecto vai demorar 10 anos”, frisou.

No que diz respeito aos trabalhos mais simples, a situação não é muito diferente: “As obras de dimensão mais pequena, como muretes de protecção contra inundações, estações elevatórias de águas pluviais e esgotos com caixa de seccionamento de águas pluviais, vão demorar 2 a 3 anos”, acrescentou.

Simulacros de elite

A deputada criticou igualmente o Governo por não envolver a população nos simulacros, principalmente as pessoas que são mais afectadas pela subida do nível da água.

“O simulacro [Peixe de Cristal] mobilizou cerca de 1700 pessoas e durou 5 horas, mas depois do exercício, não foi divulgada nenhuma informação sobre as formas de salvamento em caso de super-tufão”, apontou Agnes Lam. “O público não sabia que se tratava de um exercício para testar a coordenação interdepartamental em caso de calamidade, só sabia que o exercício de evacuação, em que os cidadãos comuns não puderam participar, envolveu apenas associações”, constatou.

“Quando há tufões, os residentes da zonas baixas são os primeiros a ser afectados, por isso devem ser informados, através de simulacros, dos caminhos de fuga e evacuação mais rápidos, da localização dos abrigos mais próximos e seguros”, acrescentou.

A deputada deixou assim o apelo ao Governo para que faça simulações com a população mais afectada. Agnes Lam pediu mesmo que algumas simulações coloquem cenários em que as coisas foram “um fracasso”, para se treinarem as respostas adequadas.

Esta versão contraria a contada por Wong Sio Chak, mais precisamente quando, a 14 de Abril, o secretário afirmou numa conferência de imprensa: “Neste momento, somos capazes de enfrentar um tufão com a mesma intensidade do Hato”.

7 Jun 2018

Imobiliário | Ella Lei alerta para ocorrência de burlas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] deputada Ella Lei, ligada aos Operários, mostrou-se preocupada com os casos de burlas que envolve casas em Macau, que, de acordo com a legisladora, se tornam cada vez mais frequentes.

Em causa está uma burla recente, na qual um residente conseguiu fazer-se passar por outra pessoa, com recurso a um bilhete de identidade de Hong Kong falso, e obteve autorização notarial para vender uma casa que não lhe pertencia.

“A fim de reforçar a segurança nas transacções de imóveis, além da necessidade de aperfeiçoar os regimes de registo predial e de notariado, as autoridades competentes devem reforçar as acções de sensibilização, para os cidadãos ficarem mais alerta para este crime”, frisou a legisladora.

Por outro lado, Ella Lei sugeriu “a necessidade de reforçar as medidas e regras de identificação dos proprietários”, até pelos danos que os elevados preços do mercado imobiliário acabam por causar às vítimas.

“Actualmente, o preços dos imóveis em Macau é muito elevado, as transacções são de milhões e até dezenas de milhões de patacas, por isso há grandes perdas para o proprietário e para o comprador, se houver actos ilícitos de compra e vendas de imóveis”, sublinhou a membro da Federação das Associações dos Operários de Macau. “Consideramos que um caso já é um caso a mais. Espero que a Administração altere, quanto antes, o Código de Registo Predial e o Código do Notariado, para eliminar as lacunas vigentes”, vincou.

7 Jun 2018

Pearl Horizon | Sector empresarial alinha-se com Governo e critica Polytex

A sessão da Assembleia Legislativa de ontem ficou marcada por uma chuva de críticas à postura da Polytex. Mesmo entre os deputados próximos dos interesses empresariais, o tom foi de ataque e exigiu-se a responsabilização da empresa promotora do Pearl Horizon

 

[dropcap style≠’circle’]J[/dropcap]osé Chui Sai Peng e Kou Hoi In são dois dois deputados com conhecidas ligações ao sector empresarial de Macau, mas ontem não hesitaram em alinhar-se com o Governo e atacar a Polytex, pela forma como tem lidado com o caso Pearl Horizon. Os dois legisladores adoptaram a visão do Governo e recordaram a “promessa” da empresa, que se tinha comprometido a não apresentar um pedido de indemnização ou compensação, no caso de não ter uma nova concessão do terreno.

“A actual situação é clara como a água: a Polytex perdeu a acção no tribunal, mas está a utilizar o fundamento de que vai exigir uma indemnização ao Governo para fugir e arrastar a restituição do montante pago e a indemnização, que são ambas da sua total responsabilidade”, acusou Kou Hoi In.

“A meu ver, a Sociedade de Importação e Exportação da Polytex, Limitada deve cumprir as responsabilidades contratuais e sociais, dar uma resposta justa aos condóminos, e devolver-lhes, quanto antes, o dinheiro pago pela compra das fracções, não devendo arrastar o caso indefinidamente”, acrescentou o também presidente da Associação Comercial de Macau.

Já José Chui Sai Peng acusou a Polytex de “manifesta falta de sinceridade”, e atacou a empresa por ter prometido que não ia pedir qualquer compensação ou indemnização se não lhe fosse atribuída uma nova concessão do terreno.

“A Polytex é uma empresa cotada na bolsa, portanto, devia, de imediato e em cumprimento do espírito do contrato e da sua obrigação social, tomar a iniciativa de discutir uma solução com os bancos e com os compradores, protegendo, na medida do possível, os interesses destes últimos”, apontou Chui Sai Peng.

“Lamento que duas semanas após a divulgação da decisão do Tribunal de Última Instância a Polytex ainda não tenha manifestado a sua posição. Uma manifesta falta de sinceridade”, frisou o primo do Chefe do Executivo.

Chui Sai Peng e Kou Hoi In não foram os únicos deputados a focar atenções no assunto. Entre as 17 intervenções antes da ordem do dia, 12 dos pedidos de palavra dos deputados focaram este assunto. Até Ng Kuok Cheong, que não tinha planeado mencionar o tema, acabou por alterar a sua intervenção em cima do momento e fazer umas breves notas sobre o assunto.

Em nome próprio

Quem  também criticou a postura da empresa foi o deputado Ip Sio Kai, sublinhando a existência de compradores que “foram gravemente afectados devido ao impacto físico considerável que sofreram”. O legislador não referiu que é Director-Geral do Banco da China em Macau, instituição que tem continuado a exigir ao compradores o pagamento dos empréstimos.

Contudo, Ip Sio Kai recordou que desde a decisão do Governo de recuperar o terreno até à decisão do TUI que já passaram 872 dias e acusou a Polytex de inactividade: “Durante esse período, o promotor teve tempo suficiente para tratar do caso, mas lamentavelmente ainda não resolveu o problema dos compradores das fracções em construção”, apontou.

Ip Sio Kai sustentou que a empresa deve avançar imediatamente com a devolução do dinheiro aos compradores, e que depois poderá ir para os tribunais ou negociar com o Governo para receber uma indemnização.

 

Polytex | Empresa diz que tem plano para compradores

A Polytex já elaborou um plano para devolver o montante devido aos compradores e vai assumir as suas responsabilidades. A garantia foi deixada pelo grupo numa mensagem enviada aos proprietários e que o presidente da União dos Proprietários do Pearl Horizon, Kou Meng Pok, partilhou com o HM. Ainda de acordo com a mesma mensagem, a Polytex tem um plano de pagamento inicial que ainda vai ser revisto pelos advogados. A promotora destacou também que sempre esteve disponível para encontrar uma solução para a questão e que o Governo nunca apresentou uma solução viável.

7 Jun 2018

Kitroom Sports, loja de camisolas de futebol | Vestir a camisola

Em Macau é frequente ver os adeptos de futebol utilizarem as camisolas dos clubes que mais gostam no dia-a-dia. Tin U com a loja Kitroom Sport alimenta a paixão local

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pesar de Macau não ter um futebol com o nível e o mediatismo dos grandes campeonatos europeus, a verdade é que os fãs locais gostam de vestir as camisolas das grandes equipas e selecções. Foi a partir desta particularidade cultural, e também devido ao seu gosto pelas próprias camisolas, que Tin U decidiu abrir há oito anos uma representação da Kitroom Sports no território, marca que também está presente em Hong Kong e no Interior da China.

“Considero que estou à frente de um negócio muito ligado à cultura local e por isso muito particular. Muito dificilmente uma loja que apenas vende camisolas de futebol se consegue sustentar por si na Europa ou noutras regiões. Acredito mesmo que para os europeus seja estranho ver as pessoas a utilizarem no dia-a-dia as camisolas dos clubes”, começa por admitir Tin U, ao HM. “Mas a verdade é que em Macau e Hong Kong as pessoas adoram utilizar as camisolas dos seus clubes e ídolos como roupa casual. Isso permite que um negócio como este se sustente”, explicou.

Quando decidiu abrir o negócio, Tin U teve igualmente em conta a sua paixão. Contudo, as suas escolhas nem sempre são mais populares, apesar de admitir ser fã de Cristiano Ronaldo. Quando foi entrevistado pelo HM, Tin U vestia mesmo a camisola de treino da selecção dinamarquesa, que foi utilizada entre 2013 e 2015. Em vez do vermelho da bandeira dinamarquesa, o equipamento é azul.

“A verdade é que tenho muito interesse pelo futebol e pelas camisolas dos clubes. Como me fui apercebendo que a cultura local tinha boas oportunidades de negócio para as camisolas dos principais clubes e selecções, achei que seria um bom negócio e do qual ia gostar”, admitiu o proprietário da loja Kitroom Sports em Macau.

Em relação ao top de vendas, Tin U não tem dúvidas em apontar a liga inglesa como a fonte das camisolas mais populares. No topo estão Manchester United e Liverpool, embora outras equipas que se mostrem mais fortes possam facilmente saltar para o topo da tabela de vendas.

“As camisolas que se vendem mais são dos clubes da Premier League, como Manchester United, Liverpool, Chelsea, Arsenal, entre outras”, indicou. Também a liga espanhola, principalmente Real Madrid e Barcelona fornecem alguns dos produtos mais apetecíveis.

No que diz respeito às selecções, as vendas são orientadas pelos países tradicionalmente mais fortes no futebol. Entre as preferências dos locais está Portugal. “Portugal, Japão França, Espanha, Alemanha são as que vendem mais. Normalmente, são as equipas que vemos constantemente nos mundiais e europeus”, admitiu.

Também em relação às vendas de camisolas de selecções, Tin U recorda o Europeu de 2016: “Nessa altura, a camisola portuguesa, principalmente após a vitória na final, esgotou. Foram muito rápidas as vendas”, recorda. Também no momento da pergunta que divide o mundo do futebol não vacila: “Entre Messi e Ronaldo prefiro o Ronaldo”, responde prontamente.

Camisolas dos grandes

Se por um lado, a camisola da selecção de Portugal é um sucesso nas vendas, o mesmo não acontece com os três grandes, Benfica, FC Porto e Sporting. Em causa está o facto da liga ter pouca expressividade junto dos residentes locais, apesar dos jogos serem transmitidos pela TDM. “Essas camisolas não vendem muito em relação às de outras ligas porque não são muitas as pessoas que vêem os jogos da Liga Portuguesa e isso afecta a vontade de comprar as camisolas”, justifica.

O mesmo não acontece com as camisolas do futebol local, que sofreram um empurrão nesta última época com a campanha do Benfica de Macau na Taça AFC. Contudo, Tin U clarifica que o mercado das pessoas que compra camisolas dos clubes locais é muito diferente dos clientes habituais.

“Há cada vez mais pessoas que gostam de comprar camisolas do futebol local. Mas é um mercado muito diferente, são as pessoas que apoiam essas equipas. Também por isso, nem todos os clubes têm camisolas para venda. Só Ka I, Sporting, Monte Carlo, Benfica de Macau e Chao Pak Kei têm produtos para venda”, confessa.

No que diz respeito ao negócio, Tin U diz que o mais complicado é gerir as épocas altas e baixas. O Verão é um dos melhores períodos, com a realização das competições internacionais, como os mundiais e europeus, assim como o início das diferentes ligas. Contudo, o Inverno é uma fase mais complicada.

“Após o Natal, e até ao final da época, é o período mais complicado para vender camisolas. Nessas alturas, temos de procurar outras soluções, como camisolas de clubes mais alternativos como japoneses ou de ligas de Europa de Leste. Temos de tentar diversificar um bocado nessa altura”, exemplifica.

“As camisolas que se vendem mais são dos clubes da Premier League, como Manchester United, Liverpool, Chelsea, Arsenal.” Tin U, dono Kitroom Sports

Avenida do Conselheiro Ferreira de Almeida No.28A

6 Jun 2018

Futebol | Bessa Almeida distinguido pelo consulado

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]onhecido como um apaixonado do futebol local e figura presente nos jogos do território com a sua máquina de fotografar, Bessa Almeida foi distinguido ontem pelo Consulado de Portugal e pela Casa de Portugal, ao receber duas camisolas assinadas pelos representantes das instituições.

“Foi uma surpresa, porque me tinham pedido para passar no Consulado para receber uma camisola. Mas depois acabei por receber duas, uma para colocar dentro de moldura que está assinada pelo Cônsul [Vítor Sereno] e pela Dr.ª Amélia António [presidente da Casa de Portugal] e outra para vestir nos estádio”, relatou, ao HM, Bessa Almeida, também responsável pela página Macau Bolinha Bolão.

“É normal trocarem-se e darem-se camisolas, mas chamarem-me assim e depois receber uma camisola assinada, deixou-me muito contente. É um presente muito especial até porque estamos no mês de Portugal!”, acrescentou.

Depois de ter vivido vários anos em Macau, Bessa Almeida voltou a Portugal, ainda antes da transição, regressando definitivamente ao território em 2012. Desde então, tem sido uma presença constante nos estádios, também com o intuito, confessa, de promover o desporto-rei em Macau. Foi também por esse motivo que já anteriormente tinha recebido uma camisola do Sporting de Macau, assinada pelos responsáveis e jogadores.

6 Jun 2018

João Laurentino Neves deixa direcção do IPOR em Julho

[dropcap style≠’circle’]“É[/dropcap] uma informação correcta.” Foi desta forma que João Laurentino Neves, director do Instituto Português do Oriente (IPOR), confirmou ao HM a notícia da sua saída da instituição, que acontecerá no final de Julho.

A informação tinha sido avançada ontem à noite pela TDM. “É um ciclo que se fecha. Cumpri dois mandatos, creio que bem, e fecha-se este ciclo como director do IPOR. Abrir-se-ão outros ciclos também para a instituição. São dinâmicas normais”, acrescentou.

João Laurentino Neves faz um balanço positivo do cargo que desempenhou ao longo de dois mandatos, que tiveram início em 2012. “Creio que o IPOR é hoje uma instituição que está mais sólida, que tem uma área de intervenção mais alargada, quer do ponto de vista da sua essência, enquanto formação da língua portuguesa mas também do ponto de vista regional. A instituição alargou novamente o seu âmbito para fora de Macau”, considerou o director. “Parece-me que os objectivos essenciais do planeamento estratégico que tinha sido elaborado e apresentado foi efectivamente cumprido”, completou.

Com o fim da experiência, Neves vai igualmente deixar o território. A saída já tinha sido avançada aos associados do IPOR em Março, altura em que se realizou a assembleia-geral da instituição. “Os associados estarão certamente a preparar o processo para a escolha de um novo director. É uma decisão de que os associados estão a par. Foi uma matéria discutida na última assembleia-geral, na perspectiva de poder não haver continuação para um novo mandato”, revelou.

Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Portugueses e Ingleses pela Universidade do Porto, João Laurentino Neves chegou a Macau para assumir a direcção do IPOR em 2012. Além de ter desempenhado funções em Portugal, no currículo conta igualmente com passagens por Moçambique, onde instalou o Centro de Língua Portuguesa na Universidade Católica de Moçambique e foi docente, assim como por Cabo Verde, onde foi nomeado para as funções de Adido Cultural junto da Embaixada de Portugal na cidade da Praia, que acumulou com o cargo de Director do Centro Cultural Português.

Em relação ao futuro, João Laurentino Neves afirmou ainda não ter saber o que o espera.

6 Jun 2018

São João | Arraial regressa para festejar Macau e o Dia da Cidade

Com a Associação dos Macaenses a tradição ainda é o que era e o Arraial de São João volta a realizar-se entre 23 e 24 de Junho. Uma festividade para celebrar a cidade e o seu patrono

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] dia 24 de Junho aproxima-se a passos largos e com ele regressa o arraial de São João, no Bairro de São Lázaro. Este ano, a festa vai decorrer entre 23 e 24 de Junho e o grande desejo da organização é que não chova. Contudo, se tal acontecer, haverá festa rija na mesma.

“Esperamos que o bom tempo nos ajude. Parece que vamos ter tufões, mas vamos continuar a fazer a nossa festa, como temos feito até aqui, faça sol ou chuva”, afirmou Miguel de Senna Fernandes, presidente da Associação dos Macaenses, ao HM.

A música volta a estar a cargo de Sebastião Antunes, tal como aconteceu no ano passado, e a organização do evento revela a vontade de continar a contar com cerca de 30 barracas, à imagem do que aconteceu na edição transacta do evento.

“Vamos continuar com Sebastião Antunes porque achámos que foi uma mais-valia e considerámos que as pessoas gostariam que ele voltasse. Ele foi excepcional no ano passado e voltamos a contar com ele”, justificou Miguel de Senna Fernandes.

“O formato vai ser o mesmo do ano passado, mas esperamos ter mais participação. No ano passado tivemos cerca de 30 barracas e este ano queremos contar com mais barracas. Mas é uma expectativa que não podemos dizer que se vai concretizar, até porque não temos limites mínimos ou máximos”, explicou.

As barracas voltam a ser gratuitas mas há duas condições: as pessoas têm de garantir que ocupam os espaços durante os dois dias do arraial e que fazem a decoração do espaços. “Temos como objectivo criar um melhor ambiente de festa”, frisou o presidente da Associação dos Macaenses.

A decoração vai ser mesmo uma das apostas da organização este ano, embora as surpresas fiquem apenas para o dia do arraial: “Este ano apostámos mais na decoração da rua e substituímos muita coisa. Não vou revelar o que vamos fazer, vai ser o elemento surpresa para quem passar pelo arraial”, apontou.

Apostar na tradição

Esta é a 12.ª edição pós-1999 do evento que celebra o Dia de Macau, tal como era definido durante a administração portuguesa, assim como o São João. Este dia celebra a vitória da cidade na guerra de defesa contra os holandês, em 1622.

“É a 12.ª edição. São 12 anos a tenta reactivar uma tradição que tinha terminado após 1999. Se nos recordarmos até essa data celebrava-se sempre o 24 de Junho, que era o dia da cidade. E também é o dia de São João, que vem muito a propósito. É uma data com um significado muito especial para Macau”, considerou o também advogado.

“As pessoas já se acostumaram à ideia que existe este evento. Após o 10 de Junho, as pessoas sabem que há o São João. Só o facto disto ficar na cabeça das pessoas é uma vitória, é um passo em frente na recuperação das tradições”, justificou.

A festa volta a contar com o apoio da Direcção de Serviços de Turismo e tem um orçamento entre as 400 e 500 mil patacas.

Ao contrário do que aconteceu na edição do ano passado, a organização não foi informada sobre a possibilidade de ter de mudar as festividades para a Rua do Volong ou de ter de pagar o valor dos parquímetros que não poderão ser utilizados na altura. Contudo, Miguel de Senna Fernandes admite que os organizadores tão sempre à espera de “surpresas de última hora”.

6 Jun 2018

Função Pública | Governo garante que trabalhadores vão manter subsídios

O Executivo prometeu aos deputados que os trabalhadores não vão sofrer cortes com a nova forma de cálculo do pagamento do subsídio de trabalho por turnos. A Administração diz que as alterações vão mesmo permitir que mais funcionários sejam pagos por trabalho que pode ser considerado por turnos

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo diz que, apesar de haver uma forma nova de calcular o pagamento do trabalho por turnos, os trabalhadores vão manter o valores dos subsídios pagos. A garantia foi deixada, ontem, à 3.ª Comissão da Assembleia Legislativa, apesar de não ter havido uma explicação aprofundada sobre o assunto.

“O Governo disse-nos que não vai haver trabalhadores a receber menos face ao actual regime. O Executivo garantiu que se a proposta for votada de forma favorável e entrar em vigor os trabalhadores não vão sair prejudicados”, afirmou Vong Hin Fai, presidente da 3.ª Comissão Permanente que está a analisar a Alteração ao Estatuto dos Trabalhadores da Administração Pública.

“A comissão expressou a opinião que os direitos adquiridos pelos trabalhadores devem ser respeitados e foi essa a nossa preocupação durante a reunião”, acrescentou o deputado.

Segundo o regime actual os turnos são pagos através de três percentagens: 17,5 por cento, 12,5 por cento e 7,5 por cento. No entanto, com as alterações que vão ser introduzidas o trabalho por turnos passa a ser pago através de cinco percentagens: 17,5 por cento, 15 por cento, 12,5 por cento, 10 por cento e 5 por cento.

Ainda de acordo com a versão do Governo, a proposta vai trazer uma maior justiça ao estatuto, isto porque segundo o Executivo vai aumentar o número de pessoas a receber pelo trabalho que se realiza por turnos. “O Governo destacou que mais gente vai passar a receber que até agora não recebia, haverá maior justiça”, frisou.

Sobre não terem sido apresentados dados sobre o impacto da nova medida para os cofres da RAEM, Vong Hin Fai admitiu que os números não foram pedidos pelos deputados, mas que a promessa de não haver cortes no pagamento de subsídios vai constar no relatório da comissão.

Inconsistências

O presidente da 3.ª Comissão Permanente explicou também que, de acordo com a consulta pública da AL, os trabalhadores da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos e os enfermeiros estavam entre os mais preocupados com a possibilidade de verem os subsídios com cortes.

Outro dos assuntos abordados foi a compensação de feriados. Segundo Vong Hin Fai, o artigo apresenta algumas inconsistências uma vez que define que se o trabalhador realizar alguma parte do seu trabalho durante o feriado, mesmo que apenas por duas horas, tem direito a tirar um dia de folga. Contudo, se o trabalhador e os serviços do Governo não chegarem a acordo para o dia em que haverá a compensação, o trabalhador será compensado com dinheiro. No entanto, o montante pago é definido de acordo com as horas trabalhadas no feriado e não como se tivesse tratado de um dia inteiro de trabalho. O Governo prometeu aos deputados rever este artigo.

6 Jun 2018

Academia do Sporting realiza torneio de futebol para sub-13

O Campo do D. Bosco recebe no sábado um torneio organizado pela Academia do Sporting, que conta com a participação de equipas vindas de Zhuhai, Shenzhen e Hong Kong

 

[dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]m torneio para aferir a qualidade do trabalho desenvolvido e comparar o nível interno com as regiões vizinhas. É desta forma que os responsáveis Academia do Sporting definem os objectivos da primeira edição do torneio internacional de juvenis, que se realiza este sábado, no campo D. Bosco.

“É uma oportunidade para aferir em que nível está o trabalho que temos vindo a realizar dentro da academia do Sporting. Queremos ver como nos encontramos perante as outras regiões, uma vez que vamos ter pela frente equipas de Hong Kong, Shenzhen e Zhuhai”, disse Nuno Capela, Director Técnico da academia.

O torneio vai contar com seis equipas participantes no total. O território vai estar representado pela equipa da Academia do Sporting, Escola Portuguesa de Macau e Escola de Futebol de Macau, uma formação sob a tutela do Instituto do Desporto. A cidade de Hong Kong vai ser representada por AET ARKsports, Zhuhai pela FYFC e Shenzhen pela Escola Primária Meiyuan.

Nuno Capela reconheceu também que o torneio está a criar expectativas junto da comunidade e dos pais. “A informação só se tornou pública esta semana e a reacção que temos recebido tem sido muito boa. Mesmo entre os pais há expectativas enormes porque sentem que é um dia que pode ficar facilmente na memória dos miúdos”, revelou.

Está previsto que os jogos comecem pelas 9h da manhã e terminem por volta das 17h30, marcando o final do evento. Segundo o modelo da competição, as equipas vão ser divididas em dois grupos de três. Os primeiros classificados dos grupos disputam a final e os segundos classificados vão jogar pela atribuição do terceiro lugar.

 

Para repetir

Por parte da organização, que tem estado principalmente a cargo de Nuno Capela e Pedro Lopes, Director Administrativo da Academia, existe a esperança que a competição se possa repetir no futuro.

“Esperamos poder a vir repetir o torneio porque a nossa ideia é criar um torneio de juvenis do Sporting que se realize de forma anual. Este mês ainda não sei se será possível repetir no próximo ano, mas é este o nosso desejo”, explicou Nuno Capela, que é também o treinador do Sporting de Macau.

Apesar de tudo, o torneio esteve em risco de não se realizar, depois da MGM não ter concretizado um patrocínio que tinha ficado apalavrado. A operadora tem sido um dos parceiros da Academia do Sporting, com a criação de bolsas para alguns jogadores poderem participar nas actividades da escola de futebol.

“Infelizmente não vamos poder fazer o torneio nos moldes em que inicialmente tínhamos pensado, porque não foi possível concretizar o acordo verbal anunciado”, reconheceu o director técnico do Sporting, José Reis.

“Mas assim que esse cenário se confirmou, o Pedro Lopes e o Nuno Capela entraram imediatamente em campo para reunir outros apoios financeiros de logísticos e realizar o evento, mesmo que com um orçamento substancialmente reduzido”, frisou.

5 Jun 2018

Crime | Toalhas de hotel usadas para roubar 100 mil dólares de Hong Kong

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m homem de 49 anos, do Continente, foi detido no domingo, após ter roubado cerca de 100 mil dólares de Hong Kong a uma mulher de 30 anos, também ela do Interior.

Segundo a Polícia Judiciária, o caso aconteceu no domingo à tarde quando a vítima ligou ao conhecido para trocar renminbis por dólares de Hong Kong, numa quantia aproximada de 100 mil dólares. Esta era uma operação que a mulher já tinha efectuado anteriormente com o mesmo homem por várias vezes, sem nunca ter tido problemas.

No entanto, no fim-de-semana tudo mudou. Quando entrou para o quarto de hotel em que a vítima estava hospedada, no Cotai, o homem utilizou as toalhas e prendeu imediatamente os pulsos e pés da vítima. Depois, agarrou imediatamente no dinheiro e fugiu, deixando a vítima para trás e com os pés e as mãos presas.

Só momentos mais tarde a mulher de 30 anos conseguiu libertar-se e alertar às autoridades, que encontraram o homem por volta das 20h, junto aos casinos da zona central da Península. Quando foi abordado pela PJ, o indivíduo recusou prestar qualquer tipo de informação. Ao mesmo tempo recusou dizer o que tinha feito com o dinheiro. A PJ desconfia que o montante tenha sido todo gasto nos casinos locais, uma vez que na altura da detenção o indivíduo apenas tinha consigo com 1200 dólares de Hong Kong.

O caso foi entregue ao Ministério Público e o indivíduo enfrenta acusações da prática de um crime de roubo, cuja pena vai de 1 a 8 anos de prisão.

5 Jun 2018

Polytex vai exigir pelo menos 60 mil milhões ao Governo

O Governo revelou ontem a existência de um alegado compromisso da Polytex, em que a empresa prometia não recorrer aos tribunais, caso a concessão do Pearl Horizon não lhe fosse atribuída novamente. Leonel Alves diz que o documento não tem valor jurídico e que a empresa vai interpor uma acção judicial a exigir, pelo menos, 60 mil milhões de patacas

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] empresa Polytex quer ser compensada pelo Governo devido ao caso do Pearl Horizon e vai exigir, pelo menos, 60 mil milhões de patacas em tribunal. O montante foi avançado pelo advogado da empresa Leonel Alves, ao HM, que fala em contas provisórias. As declarações foram feitas após o Governo ter revelado uma promessa da Polytex de renúncia a qualquer indemnização ou compensação, no caso da concessão do terreno não lhe ser novamente atribuída.
“Pelas nossas contas provisórias, o montante mínimo não deverá ser inferior a 60 mil milhões de patacas”, afirmou Leonel Alves, ao HM. “Pretendemos a reposição do equilíbrio económico e financeiro do contrato de concessão, na medida em que esse contrato não foi cumprido, não por culpa do particular [Polytex], mas devido aos atrasos muito anormais e significativos produzidos pelos serviços administrativos do Governo”, acrescentou.
Ontem o Executivo, através de um comunicado emitido pelo Gabinete da secretária para a Administração e Justiça, revelou que a empresa tinha prometido abdicar de uma compensação ou indemnização no caso da concessão do terreno na Areia Preta não lhe ser atribuída novamente.
“Segundo informações fornecidas pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, em 2014, a Sociedade de Importação e Exportação Polytex, Limitada, tinha prometido ao Governo, por escrito, o seguinte: ‘Caso no futuro não venha a obter novamente a concessão do terreno nos termos legais, a concessionária não pode pedir qualquer indemnização ou compensação ao Governo’”, escreveu o Executivo, citando a declaração da empresa.

Exigência ilegal

Por sua vez, o advogado negou que a comunicação tivesse sido uma promessa, como afirmou o Gabinete de Sónia Chan, e explicou que se tratou de uma declaração exigida para que o Governo emitisse a licença de obras para o local.
“Foi uma exigência [das Obras Públicas] para garantir a licença de obras a poucos meses do fim do contrato, o que quer dizer que foi uma carta assinada pela Polytex em estado de necessidade. Se não fosse assinada, não teria a licença de obra”, justificou Leonel Alves. “O Governo encostou a Polytex à beira do abismo. Se não assinasse isso, empurrava a Polytex, ao não emitir a licença e haveria morte imediata do contrato de concessão do terreno”, acrescentou o ex-deputado. “A declaração da Polytex não foi feita de forma livre e espontânea. Foi coagida em ambiente de estado de necessidade”, frisou.
Leonel Alves explicou também que o Executivo levou a concessionária a entender que haveria uma nova concessão para o fim das obras: “O Governo, em Agosto de 2014, prometeu ou, pelo menos, criou a expectativa de que poderia ser concedida à Polytex uma nova concessão.”
O causídico não tem dúvidas que o documento não produz efeitos jurídicos nem que não vai impedir a empresa de procurar nos tribunais “um equilíbrio económico e financeiro”.
“Para nós, esta declaração, antecipada de renúncia de direito é absolutamente inválida, juridicamente não produz efeito nenhum. Foi uma exigência ilegal da Administração, que exerceu todo o seu peso de poder público sobre uma empresa privada”, considerou. “A empresa privada nunca renunciou ao direito de exigir um reequilíbrio económico e financeiro do contrato que assinou com o Governo”, frisou.

Argumento lamentável

Leonel Alves considerou também lamentável que o Governo venha utilizar este argumento para negar à empresa um direito que tinha sido protegido pelo Tribunal de Última Instância, quando considerou que o fim da concessão tinha sido legal.
“Acho lamentável usar-se este expediente para contrariar o que foi dito no acórdão do Tribunal de Última Instância. O Tribunal de Última Instância diz que as concessões provisórias não podem ser renovadas mesmo nas situações em que a culpa é do Governo. Isto não viola os princípios do Estado de Direito na medida em que o particular tem o direito de pedir o ressarcimento pelos danos sofridos”, sustentou. “Vir agora com o expediente da renúncia antecipada de direito, acho extremamente lamentável”, apontou.
O advogado lamentou ainda que em vez de levar “60 dias aprovar os projectos de obra”, o governo tenha levado, “grosso modo, 60 meses”.

Terreno dividido

No mesmo comunicado de ontem, o Governo explicou que o terreno do empreendimento Pearl Horizon vai ter de ser dividido em quatro parcelas para poderem ser emitidas novas concessões, de acordo com as leis em vigor. É por esta razão que não foi considerada a realização de um concurso público para concluir o empreendimento.
“O anterior projecto Pearl Horizon incide sobre um terreno de 68 000 metros quadrados, por isso, conforme legalmente previsto, tem de ser dividido em quatro parcelas [com um limite de 20 mil metros quadrados], que serão desenvolvidas por quatro diferentes concessionários”, justificou o Governo. “E o anterior promotor apenas pode participar no concurso público de uma dessas parcelas, não podendo continuar a construção do Pearl Horizon como o concessionário único do lote de terreno inteiro”, é acrescentado.
Por outro lado, o Executivo defende também que de acordo com as leis em vigor nunca permitiram lançar um concurso público com cláusulas especiais que exigisse aos vencedores venderem as fracções aos preços previamente acordados entre a Polytex e os compradores.

Recurso aos tribunais

Ao mesmo tempo, o Gabinete de Sónia Chan deixou o apelo para que os promitentes-compradores avançassem o mais depressa possível para os tribunais, havendo o risco dos casos poderem prescrever.
“O Governo da RAEM apela aos compradores das fracções autónomas em construção do Pearl Horizon que, como os contratos-promessa de compra e venda das fracções autónomas em construção do Pearl Horizon já não podem ser cumpridos, os compradores envolvidos devem proteger os próprios interesses, exigindo o mais rapidamente possível indemnização junto da Sociedade de Importação e Exportação Polytex, Limitada”, frisou o Governo.
“Como a respectiva indemnização está sujeita à prescrição do prazo, a referida sociedade deve cumprir a responsabilidade contratual o mais breve possível e indemnizar os compradores das fracções autónomas em construção do Pearl Horizon, o mais cedo possível”, foi acrescentado.

5 Jun 2018

André Couto termina 24 horas de Fuji em terceiro lugar

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós um dia de prova, o Audi R8 LMS tripulado pelo piloto de Macau terminou a corrida no traçado de Fuji no terceiro lugar. A prestação de André Couto foi afectada por alguns problemas no carro que partilhou com Jeffrey Lee, Shintaro Kawabata e Alessio Picariello. No entanto, no final, o piloto mostrou-se bastante satisfeito com o feito alcançado, apesar de ter ficado a 14 voltas do vencedor.

“Este resultado é muito bom porque tivemos vários problemas ao longo da corrida. Tivemos duas ou três penalizações, que por acaso não foram causadas por mim, e ainda perdemos cerca de 16 voltas devido a problemas de uma roda. Por isso, é um resultado muito positivo”, afirmou André Couto, ao HM.

Após os problemas, a equipa ficou relegada para o quarto lugar e teve de passar vários horas em disputa com o Lexus n.º 999, tripulado por Go Hayato, Tetsuya Tanaka, Takeshi Tsuchiya e ainda Kimiya Sato. Ao longo de várias horas, ambos os carros estiveram em disputa pelo pódio. Foi só na meia-hora final a situação ficou resolvida, quando o Lexus teve de fazer mais uma paragem, desta vez para reabastecer e o Audi R8 conseguiu conquistar de forma definitiva o 3.º lugar.

“Havia um Lexus mais lento e andámos toda a noite a lutar com eles. Mas conseguimos ultrapassá-los quase no fim”, apontou Couto.

O grande vencedor foi o Nissan n.º 99 tripulado por Kazuki Hoshino, Hironobu Yasuda, Sun Zheng e Teruhiko Hamano, seguido pelo Audi R8 LMS n.º 83, que teve como pilotos Marchy Lee, Melvin Moh, Max Hofer e Lim Keong Wee.

Além do resultado, André Couto mostrou-se igualmente satisfeito por ter conseguido chegar ao fim da prova, aguentando o desafio de resistência.

“Uma corrida de 24 hora não é nada fácil, depois do acidente não era a melhor das ideias vir participar neste evento. Mas vim e estou vivo. Correu tudo bem. Sinto que está tudo ultrapassado”, admitiu Couto.

Penalização na qualificação

Ao longo da prova, o carro de André Couto foi penalizado várias vezes, não tendo sido o único. Contudo, os critérios rigorosos dos comissários de prova já tinham sido demonstrados na qualificação, quando a equipa foi penalizada e forçada a sair do sétimo lugar da grelha.

“Um dos meus colegas foi além dos limites da pista e foi penalizado. Partimos de nono, mas numa corrida de 24 horas isso também não tem um grande impacto porque há muito tempo para recuperar”, considerou o piloto.

“Felizmente, o nosso andamento era muito forte, houve alturas em que fomos o carro mais rápido em pista e conseguimos recuperar bem. Estamos todos de parabéns”, frisou.

A próxima ronda do campeonato Super Taikyu Series realiza-se entre 14 e 15 de Julho no circuito de Autopolis.

4 Jun 2018

Liga de Elite | Benfica de Macau impõe goleada por 5-0 ao Ching Fung

O triunfo no fim-de-semana permitiu ao encarnados seguirem invencíveis com 13 vitórias em 14 jogos. Carlos Leonel voltou a mostrar que é o matador da equipa e apontou mais um hat-trick. As águias estão cada vez mais perto do penta

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Benfica de Macau continua imperturbável na frente da Liga Elite e, no sábado à tarde, derrotou o Ching Fung por expressivos 5-0, em jogo a contar para a 14.ª jornada da Liga de Elite. Como tem sido habitual nas águias, mais uma vez foi Carlos Leonel a abrir o caminho para a vitória, com dois golos nos primeiros 22 minutos. O goleador chegou mesmo ao hat-trick, ao apontar também o último tento do encontro.

Mal o árbitro apitou para iniciar a partida, o Benfica de Macau assumiu as rédeas do encontro, mostrando que pretendia colocar-se em vantagem o mais rapidamente possível. Com as oportunidades a surgirem para as águias a um ritmo acelerado, a formação orientada por Bernardo Tavares colocou-se em vantagem aos 11 minutos. Após uma combinação entre Hugo Reis e Lei Chin Kin na esquerda do ataque encarnado, o português cruzou para a área onde surgiu Carlos Leonel a desviar de cabeça para o 1-0.

Mais onze minutos de grande intensidade encarnadas e mais um golo. Lei Chin Kin, desta vez na direita, bombeia uma bola para a área, onde à segunda surge Carlos Leonel, já dentro da pequena área, a desviar com o pé esquerdo para o 2-0. Um golo que antevia o fim do encontro, perante a incapacidade do adversário para ameaçar verdadeiramente a baliza do Benfica.

No entanto, em desvantagem o Ching Fung não abdicou de tentar sair em ataque organizado, mesmo que na maior parte das vezes não tenha sido bem sucedido. Contudo, ao mesmo tempo, começou a abrir mais espaço na sua defensiva, que as águias, mesmo numa fase mais relaxada, souberam aproveitar.

Foi por isso, sem surpresas, que Nikki Torrão fez o 3-0, ainda durante o primeiro tempo, quando o cronómetro indicava 38 minutos. Após um canto de Hugo Silva na direita do ataque encarnado, Torrão, aproveitou a passividade da defensiva da equipa azul e emendou ao segundo poste, com todo o tempo do mundo, para o 3-0.

Mais do mesmo

No segundo tempo, o rumo do encontro não sofreu alterações mas as águias mostraram uma menor eficácia. Foi também por essa razão que o 4-0 só chegou aos 80 minutos por Lei Kam Hong. Após a marcação de um livre pelo Ching Fung as águias iniciaram um contra-ataque que só parou com Lei Kam Hong isolado, após um sprint do tamanho do relvado, e a rematar para o golo.

Já perto do apito final, aos 88 minutos, as águias marcaram o golo final. Após uma combinação entre Edgar Teixeira e Nikki Torrão, a bola sobra para Carlos Leonel que à entrada da área remata em jeito para o 5-0 final.

Numa altura em que as águias têm sete pontos de vantagem para o C.P.K., segundo classificado, caso as duas formações não cedam mais pontos até ao final da Liga de Elite, o Benfica sagra-se campeão na 16.ª jornada, diante da Polícia. O jogo está agendado para 24 de Junho. Porém, as águias têm ainda pela frente a Alfândega e o Monte Carlo.

Nos restantes jogos, o Lai Chi perdeu com o Monte Carlo por 6-0, o Kai bateu a Polícia por 2-1 e o C.P.K. goleou a Alfândega por 15-0. À hora de fecho da edição o Sporting ainda defrontava o Hang Sai.

 

II Divisão | Consulado vence Casa de Portugal

O Consulado de Portugal venceu a Casa de Portugal por 3-2, na sexta-feira à noite, no Canídromo, em encontro a contar para a II Divisão. A equipa orientada por Pelé entrou melhor no encontro e aos 53 minutos vencia por 2-0, após um tento de João Monteiro. Antes já Fabrício Lima tinha marcado, aos 21 para a Casa de Portugal. Mesmo sem o capitão Vítor Sereno, o Consulado deu a volta ao resultado com golos de Ruan Silva, aos 56 e 74 minutos, e ainda de Manuel Cunha, aos 66 minutos.

4 Jun 2018

Ensino | Dente Partido vai financiar escolas para promover lealdade

Wan Kuok Koi estabeleceu a sede da Associação Mundial de História e Cultura de Hongmen no Camboja e abordou a questão das moedas digitais. O objectivo da aventura empresarial passa por criar uma “Cidade Cultural da China”

 

[dropcap style≠’circle’]W[/dropcap]an Kuok Koi, conhecido como Dente Partido, estabeleceu a sede da Associação Mundial de História e Cultura de Hongmen em Phnom Penh e comprometeu-se a investir em escolas e lares no país do Sudeste Asiático. Dente Partido, em entrevista à revista East Week, explicou também a incursão empresarial pelo mundo das criptomoedas.

Segundo a publicação de Hong Kong, Wan Kuok Koi vai criar uma escola ligada à associação para que as pessoas estrangeiras e com origem chinesa estudem manuais chineses e aprendam os valores da lealdade, humanidade e justiça. Wan Kuok Koi declarou que é preciso dinheiro para o funcionamento de lares e escolas ligadas à associação Hongmen, porque muitos membros da sociedade secreta, apesar de terem o dinheiro, não têm a coragem de se assumir publicamente.

A Hongmen foi uma associação secreta com uma grande influência na sociedade chinesa, principalmente durante o período da República da China, tendo contado nos seus quadros com políticos como Sun Yat Sen ou Chiang Kai Shek. No entanto, em algumas jurisdições, como em Hong Kong, a Hongmen foi proibida devido às ligações entre os membros e as tríades.

O empresário explicou também que as motivações altruístas se devem à falta de coordenação na Hongmen. Segundo o ex-promotor de jogo, apesar de haver membros em todo o mundo, falta coordenação que permita a Hongmen regressar ao rumo certo.

Dinheiro digital

Outra das questões abordadas na entrevista foi a aposta de Dente Partido nas moedas digitais. De acordo com Wan Kuok Koi, a aposta em nome da associação Hongmen visa construir uma “Cidade Cultural da China”. O agora empresário explicou também que cada criptomoeda em nome da Hongmen vai custar um dólar americano e que haverá uma emissão inicial de mil milhões de criptomoedas no mercado.

Ainda dentro da cidade cultural, o Dente Partido espera concretizar uma plataforma de comércio electrónico com a utilização da criptomoeda, além de outros serviços como casino, hotel, lojas de chá e bares.

A cerimónia de estabelecimento da sede da sociedade de Hongmen decorreu a 20 de Maio em Phnom Penh. Durante o evento foi feita uma campanha de promoção da primeira emissão da criptomoeda de Hongmen, que contou com mais de mil participantes, entre os quais membros do Governo local.

Na mesma entrevista, Dente Partido comprometeu-se a respeitar as leis em vigor no Camboja e vincou que vai haver auto-regulação, dentro de uma cooperação duradoura e estável com o reino.

Inicialmente estava previsto que a sede fosse estabelecida nas Filipinas, mas o ambiente no país liderado por Duterte e a vontade do Governo do Camboja, fez com que Wong Kuok Koi mudasse de opinião.

4 Jun 2018

Motociclismo | Dan Kneen morre na Ilha de Man

[dropcap style≠’circle’]D[/dropcap]an Kneen, motociclista que nas últimas duas edições do Grande Prémio de Macau terminou no 11.º lugar, perdeu a vida após um acidente, na quarta-feira, durante a sessão de treinos para a corrida TT na Ilha de Man.

Dan tinha 30 anos, competia com uma BMW e morreu após um acidente na primeira curva da sessão de treinos. “A ACU Events lamenta confirmar que Dan Kneen, 30 anos, de Onchan, na Ilha de Man, morreu esta tarde devido às lesões sofridas num acidente de Superbike durante a sessão de treinos”, comunicou a organização numa nota de imprensa.

1 Jun 2018

Futebol | Queixa sobre jogadores inscritos de forma ilegal adia campeonato

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]odos os jogos da 4.ª divisão do futebol de Macau foram adiados, devido às suspeitas de utilização ilegal de jogadores que estão federados em campeonatos fora da RAEM. A informação foi avançada pelo portal Happy Macao, especializado em desporto local, e confirmada pelo vice-presidente da Associação de Futebol de Macau, Daniel Sousa, ao HM.

“Os jogos foram adiados. Estamos a estudar um caso que tem que ver com a 4.ª Divisão, mas não queremos mencionar as equipas e os jogos envolvidos em concreto. São dados que vamos dar a conhecer depois de haver uma decisão da Comissão Disciplinar”, afirmou Daniel Sousa, presidente da AFM, ao HM. “Esperamos que haja uma decisão dentro de uma semana ou duas. Logo a seguir, iremos retomar o campeonato”, acrescentou.

De acordo com o portal Happy Macao, a situação terá tido origem a 17 de Maio, após o encontro entre a União de Macau e o Cheng Loi, jogo em que a primeira equipa perdeu nos penáltis. Após a derrota, a formação da União apresentou queixa, por considerar que o Cheng Loi utilizou atletas inscritos em outros campeonatos, o que contraria o regulamento.

“Houve uma queixa e agora estamos a recolher todas as informações necessárias, mesmo junto das outra associações fora de Macau. O regulamento diz que os jogadores estrangeiros só podem ser inscritos com a apresentação da autorização da transferência internacional ou com a declaração das associações”, informou o vice-presidente da AFM.

Situação repetida

Esta é uma situação que não é nova em Macau. No ano passado, o Sporting foi penalizado devido à utilização de Júnior Soares, que também estava inscrito em Hong Kong. Na altura, os leões foram penalizados com uma derrota por 3-0 diante do Lai Chi, formação que apresentou a queixa. Porém, Daniel Sousa admite que o controlo destas ocorrências é mais limitado na 4.ª divisão.

“Este ano está a funcionar nas três primeiras divisões um sistema mais rigoroso para controlar estas situações. A quarta divisão, embora seja uma categoria que também faz parte do sistema de promoção e despromoção, é encarada mais como um torneio de entretenimento”, explicou o dirigente. “Não temos aplicado os regulamentos de uma forma tão rigorosa como nas três primeiras divisões, mas vamos reunir com os clubes. Se exigirem que a regra passe a ser aplicada de forma mais rigorosa, é o que vamos fazer”, frisou.

1 Jun 2018

24 horas | André Couto procura vitória na mítica pista de Fuji

O piloto local está este fim-de-semana em Fuji para participar nas 24 horas, a contar para o campeonato Super Taikyu Series. Ao HM, André Couto afirmou que nos treinos livres o carro mostrou um bom ritmo e deu indicações de que pode entrar na luta pela vitória

 

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]ão 24 horas e tudo pode acontecer. É com esta mentalidade que o piloto André Couto vai abordar a participação nas 24 horas de Fuji, prova pontuável para o campeonato Super Taikyu Series, que arranca amanhã e termina no Domingo.

“No primeiro treino livre tivemos um bom ritmo e ficámos em terceiro. O carro está bom, por isso vamos continuar a rodar para melhorar as afinações. Em princípio vamos estar na luta pela vitória” afirmou Couto, ao HM, ontem. “São 24 horas e tudo pode acontecer”, frisou.

Em Fuji, o piloto local volta aos comandos do Audi R8 LMS da Phoenix Racing Asia que irá partilhar com o taiwanês Jeffrey Lee. Porém, para a prova de 24 horas juntam-se aos pilotos ainda o japonês Shintaro Kawabata e o belga Alessio Picariello.

A condução do Audi vai ser repartida. Ontem, André Couto ainda não tinha definida a estratégia para a corrida, até porque a sessão de qualificação apenas se realizada hoje. No entanto, o piloto local deve passar cerca de oito horas ao volante, ao longo de diferentes turnos de condução, que vai intercalar com os colegas de equipa.

“Ainda não temos bem definida a estratégia para a corrida mas posso andar oito horas no total. Vou repartir as 24 horas. Vamos ver como vai ser o desafio, não vai ser fácil”, anteviu.

Uma das grandes vantagens para André Couto é o facto de correr numa pista que conhece muito bem e onde inclusive venceu, em 2015, quando participava na corrida de GT300 do campeonato Super GT japonês, ao volante do Nissan GTR. Nesse ano, o piloto de Macau acabou mesmo por se sagrar campeão.

“É uma das minhas pistas favoritas e é sempre um gosto voltar a Fuji. É um traçado onde sempre treinei muito, porque pertence à Toyota e era muito frequente rodar aqui, quando participava nos Super GT 500”, referiu. “Também tenho desta pista memórias muito boas, até porque ganhei os 500 Km de Fuji na categoria GT300”, acrescentou.

Equipas reforçadas

Apesar de ser visto como um campeonato abaixo dos Super GT, o facto da competição Super Taikyu ter uma prova de 24 horas em Fuji, faz com que muitos pilotos mostrem interesse em participar. Por essa razão, as equipas são reforçadas com pilotos que normalmente competem nesse campeonato mais mediático.

“Esta corrida ganhou alguma importância no Japão porque é a primeira vez que há uma prova de 24 horas em Fuji. Estão aqui vários pilotos do Campeonato Super GT porque como quase todas as equipas têm de ter quatro pilotos, há espaço para mais pilotos. Todas as equipas têm um amador e o resto é quase tudo profissionais”, apontou André Couto.

Ao nível do campeonato, o carro inscrito por André Couto e Jeffrey Lee ocupa actualmente o quinto lugar, com 17 pontos. Na frente da tabela está o Porsche 911 GTR3 com o número 777, tripulado pelo japoneses Seiji Ara, Satoshi Hoshino e Tsubasa Kondo, que soma 41 pontos, após duas rondas.

1 Jun 2018

Angela Leong entregou plano ao Governo sobre futuro dos galgos no último dia do prazo

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] deputada e proprietária do terreno onde está localizado o Canídromo, Angela Leong, disse ontem à margem da sessão plenária na Assembleia Legislativa que já entregou o plano ao Governo sobre o futuro a dar aos 600 galgos que estão sob posse da concessionária Companhia de Corridas de Galgos Yat Yuen, empresa responsável pela exploração das corridas de galgos. Ao HM, o IACM apenas adiantou que já recebeu o plano por parte da Yet Yuen e que o mesmo será analisado.

“O plano foi entregue hoje [ontem era o último dia do prazo proposto pelo Executivo]. Relativamente aos pormenores, perguntem à nossa equipa. Como sabem estou ocupada. Vamos cooperar com o Governo”, adiantou aos jornalistas a directora-executiva da Sociedade de Jogos de Macau (SJM).

A deputada e empresária esquivou-se a mais explicações. “Conheço o futuro plano de desenvolvimento, mas como não participei em algumas discussões é melhor deixar que o director-geral [da Yat Yuen] se explique. Para que a população não esteja a tentar adivinhar, é melhor que as pessoas vejam o plano por escrito, que contém mais pormenores.”

Angela Leong nada disse das recentes acções da ANIMA, presidida por Albano Martins, junto do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). “Não sei do que está a falar, todos os dias há muitas notícias e eu não as leio todas. [Os grupos de protecção dos animais] que pretendem proteger os galgos de forma sincera, em vez de aproveitarem este caso para atingir os seus próprios objectivos são todos bem-vindos.”

A deputada disse ainda que, para já, não tem nenhum galgo adoptado, mas prometeu proteger os animais que vão deixar as corridas quando a SJM tiver de entregar o terreno ao Governo, depois do encerramento do Canídromo em Julho. Num comunicado recente, o IACM referiu que a empresa tem a responsabilidade de cuidar dos animais, sendo que o Canídromo já referiu que existe um plano preliminar para o futuro dos galgos, que poderá passar pela cooperação com o interior da China. Durante o mês de Junho, Albano Martins vai voltar a reunir com o Gabinete de Ligação sobre este assunto. Em declarações recentes, o presidente da ANIMA disse temer que o Canídromo seja ocupado mesmo até finais de Julho.

“A minha opinião, de longa data, é que eles querem ficar naquele espaço mais tempo. Acho que vão consegui-lo porque não estou a ver o Governo a mandá-los embora imediatamente, quando ainda têm 650 animais. Mais uma vez, Angela Leong vai levar a sua avante”, projectou.

1 Jun 2018

Pearl Horizon | Au Kam San acusa governantes de falta de visão

O pró-democrata está contra a solução do Governo e, num dos discursos mais agressivos dos últimos anos no hemiciclo, utilizou a expressão “cabeça de burro” para descrever os poderes decisores que conduziram ao desfecho do caso do Pearl Horizon. Au Kam San acrescentou ainda que a solução é proveniente de uma classe de pessoas sem um “cérebro normal

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] solução do Governo para o problema do Pearl Horizon não convence os deputados e, ontem, na Assembleia Legislativa o deputado Au Kam San arrasou o Executivo e a “alegada” elite local da equipa escolhida por Chui Sai On.

Num dos discursos mais agressivos dos últimos anos no hemiciclo, o pró-democrata usou expressões como “cabeça de burro” e equipa de dirigentes que “nem sequer tem um cérebro normal”. O deputado citou ainda um politólogo chinês, Cao Gui, para dizer que a falta de visão é característica dos governantes que “apenas se preocupam em encher o bandulho”.

“O Governo está sempre a surpreender a população, tal como desta vez, no tratamento do caso do Pearl Horizon. Claro que se trata de um conflito comercial entre promotor e pequenos proprietários, mas o Governo também não pode fugir às suas responsabilidades, pois foi ele que retomou o terreno e cobrou os impostos. Portanto, é totalmente impossível alhear-se disso, mesmo que assim o queira”, foi desta forma que Au Kam San começou o tom para a intervenção antes da ordem do dia. “A solução apresentada pelo Governo deixou a população francamente assustada, sem conseguir imaginar qual foi a cabeça de burro que esteve na origem de tal solução”, acrescentou.

Au Kam San fez questão de referir que tudo deve ser tratado com a lei, e que muitos do governantes locais se consideram parte da elite local, mas que nem cérebro normal têm: “Os governantes recebem salários elevados, então, muitos deles pensam que devem pertencer à elite e que são os melhores para ocuparem tais cargos. Qual elite! A solução para o problema do Pearl Horizon prova que quem faz parte da equipa de dirigentes do Governo nem sequer cérebro normal tem, portanto, nem vale a pena falar de elites”, apontou.

Depois, o legislador fundador da Novo Macau recorreu à História chinesa e a Cao Gui para explicar a falta de visão dos políticos locais: “Já o politólogo Cao Gui dizia que ‘falta sempre visão àqueles que apenas se preocupam em encher o bandulho’”, atacou. “Será que isto não se aplica também a estes governantes de Macau? Estes, com o bandulho cheio e desinteressados de qualquer contacto com a população e com as suas dificuldades, inventam despreocupadamente medidas que só lesam os legítimos interesses dos cidadãos”, completou.

Choveram críticas

Contudo, Au Kam San não foi o único a deixar reparos à actuação do Governo. O mesmo aconteceu com o colega de bancada Ng Kuok Cheong e com Si Ka Lon, Mak Soi Kun e Zheng Anting.

Por exemplo, o grande vencedor das últimas eleições, acusou o Governo de insensibilidade social, na altura de resolver os problemas dos cidadãos. “Recentemente, ocorreram com o Governo muitos casos de ‘tratar os assuntos de acordo com a lei’, mas, na opinião de muitos cidadãos, esta actuação é ‘legal mas irracional’ e até consideram que estes casos estão cobertos pelo vestido da ‘legalidade’, mas, na realidade, são um caos social que gera grande indignação na população”, apontou Mak Soi Kun.

Também Ella Lei, deputada ligada aos Operários, apontou baterias ao assunto, mas optou por criticar exclusivamente o Grupo Polytec, ligado ao empresário Or Wai Sheun. “O concessionário tem a responsabilidade de apoiar os pequenos proprietários a ocupar as fracções. Mas nunca actuou nem mostrou sinceridade aos pequenos proprietários e à sociedade na resolução do problema”, indicou Ella Lei. “O concessionário ignora os que se encontram em apuros e afirma, sem qualquer pudor, que está embaraçado com as afirmações do Governo. Está mesmo a ignorar as suas responsabilidades sociais.”, acusou.

Segundo a proposta do Governo, o terreno onde ia ser construído o empreendimento de luxo Pearl Horizon vai ser recuperado para a construção de habitações públicas. No local, os promitentes-compradores poderão comprar casas com dimensão e preço semelhantes às que iriam ter no empreendimento de luxo.

1 Jun 2018

Caso de troca de agressões resulta em sanções a alunos

O Governo foi informado pela direcção da Escola Portuguesa que os alunos envolvidos no caso de troca de agressões foram castigados. DSEJ continua a acompanhar o caso, nomeadamente no que diz respeito ao processo crime

 

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Direcção de Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) está ainda está a seguir o incidente da troca de agressões entre dois alunos de 13 e 15 anos, em Março, e revelou que houve a aplicação de sanções aos alunos. O ponto da situação foi feito numa resposta ao HM.

“A DSEJ continuou a manter contacto com os dirigentes da escola para acompanhar a respectiva situação, tendo solicitado à escola um relatório do incidente, que foi, entretanto, submetido a esta direcção de serviços no início de Maio. Este relatório incluiu o relato do incidente, o processamento imediato e os trabalhos de acompanhamento do mesmo”, afirmou a DSEJ, em resposta às questões do HM.

“O Conselho de Turma da escola, acompanhou o incidente, resolveu aplicar sanções aos alunos envolvidos nos conflitos físicos e os agentes de aconselhamento também prestaram, periodicamente, serviços de aconselhamento aos alunos afectados”, foi acrescentado.

A DSEJ não especificou os tipos de sanções aplicadas pela EPM, nem se foram aplicadas aos dois alunos, ou apenas a um. Recorde-se que o aluno de 13 anos esteve afastado das aulas durante várias semanas, após ter sofrido lesões na cabeça que resultaram em falhas de memória. Também horas mais tardes, o aluno de 15 anos acabou por passar pelo hospital.

Apesar de o caso aparentar estar resolvido, continua a decorrer o processo crime, instaurado pelo pai do aluno de 13 anos, que a DSEJ diz estar acompanhar. Contudo, a prioridade passa por instigar as escolas a fazerem o trabalho de prevenção para evitar este tipo de situações.

“Uma das partes envolvidas no incidente participou o caso junto do Corpo da Polícia de Segurança Pública e esta Direcção de Serviços acompanhou, activamente, os trabalhos de orientação e educação dos alunos, instando a escola a realizar os necessários trabalhos educativos de natureza preventiva, de forma a auxiliar os alunos a resolverem os seus problemas ao nível da comunicação interpessoal e do convívio com os pares, no sentido de construir, conjuntamente, uma atmosfera acolhedora e aceitável na escola”, foi referido.

 

Recreios harmoniosos

Na resposta enviada ao HM, a DSEJ faz ainda questão de sublinhar que tem como política a implementação de um ambiente harmonioso dos recreios das diferentes escolas do território.

“A DSEJ solicitou à escola que assegure a boa saúde física e mental, bem como a segurança, dos alunos e que fique atenta às condições de saúde física e mental dos alunos afectados através dos agentes de aconselhamento. A escola deve esforçar-se por construir um ambiente harmonioso, através da colaboração com a família, bem como tratar os assuntos relativos aos comportamentos desviantes dos alunos, de acordo com o regulamento interno e as orientações acima referidas”, é vincado.

O caso em questão aconteceu em Março do ano passado, quando um aluno precisou de ser internado, após uma troca de agressões. Apesar de ter apresentado falhas de memória e o incidente ter ocorrido de manhã, apenas depois da hora de almoço o aluno foi transportado para o hospital, onde acabou por ficar internado. Este foi um aspecto que a DSEJ não abordou na resposta ao HM.

Apesar do incidente, na altura a direcção da Escola Portuguesa de Macau considerou os casos de violência residuais.

31 Mai 2018

Aniversário | Futebol Clube da Flora celebra 50 anos e junta grupo de amigos

[dropcap style=’circle’] E [/dropcap] m 1965 um grupo de amigos macaenses juntou-se e conquistou o Campeonato Bolinha de juniores. O feito foi repetido no ano seguinte, só com vitórias, e o nascimento do Futebol Clube da Flora foi mesmo oficializado a 1 de Junho de 1968. Amanhã a instituição junta-se para celebrar as Bodas de Ouro.

Fundado oficialmente em 1968, o Futebol Clube da Flora cumpre amanhã o 50.º aniversário, com um amigável no Campo D. Bosco e um momento para uma foto de família do clube. No entanto, as origens da instituição remontam a 1965, quando um grupo de jovens macaenses que viviam no Edifício da Flora – habitação para funcionários públicos – e nas zonas adjacentes se juntaram para participar no Campeonato de Bolinha na categoria de juniores.

“Estive sempre muito longe de imaginar que o clube ia fazer 50 anos. Confesso que a data até me estava a passar despercebida. Foi o meu sobrinho que como está a tentar inscrever o clube na Bolinha me pediu para ver os estatutos do clube no Boletim Oficial. Foi nessa altura que reparámos na data”, afirmou, ontem, Francisco Manhão, um dos fundadores, ao HM.

“Oficialmente são 50 anos, mas na verdade são 53 anos. No início era um clube de pessoas que viviam no edifício da Flora, no gaveto da Avenida de Sidónio Pais e naquela zona. Juntávamo-nos para jogar à bola, como grupo de amigos e estudantes que éramos. Dávamo-nos todos bem e um dia decidimos criar a equipa da Flora. Foi por acaso”, recorda Francisco José Manhão. “Depois ganhámos animação e mais tarde registámos o clube”, acrescentou.

 

Bi-campeonato da Bolinha

Essa animação ficou a dever-se aos resultados da equipa constituída pelos já falecidos Joaquim Dillon de Jesus, Alexandre Assis da Silva e também Daniel Albino Ferreira, César Augusto Pereira, Pedro da Rosa de Sousa, Júlio Noronha de Assunção e António Guerreiro, além de Francisco José Manhão. Entre 1965 e 1966, a equipa alcançou o bi-campeonato da Bolinha no escalão de juniores.

“Em 1965 participámos pela primeira vez e ganhámos. Depois voltámos a conquistar a Bolinha em 1966. Foi um momento em que ficámos orgulhosos”, confessou Manhão, ao HM. “Disputámos dez jogos, cinco na fase regular e cinco nas eliminatórias, e ganhámos todos. Marcámos 75 golos e sofremos 8 golos. Foi uma marca que nos deixou um bocado orgulhosos”, reconhece.

Com treinos no D. Bosco, a equipa era orientada por Manuel Matias da Silva: “Infelizmente já partiu. Foi um treinador muito importante para nós. Na altura, treinávamos muito cedo, porque ele tinha de trabalhar às nove. Então treinávamos logo às 7h da manhã no D. Bosco e ele depois ia a tempo para o trabalho”, aponta.

 

Domingos complicados

Com o avançar dos anos, a formação começou a jogar no escalão de seniores e alargou a participação ao Futebol de 11. A primeira participação no principal escalão valeu à equipa um terceiro lugar. Já no futebol de onze a estreia resultou num 4.º lugar.

Mesmo assim, Manhão admite que um dos principais desafios passava pelo facto dos jogadores gostarem de sair nas noite de sábado, mesmo quando havia jogo no domingo: “Os jogos aos domingos eram os mais complicados porque ao sábado íamos para a paródia… É a vida. Íamos ouvir música, beber e outras coisas. Nessa altura tínhamos essa desvantagem. Mas não foi mau porque mesmo assim ficamos em quarto nos seniores”, considerou o membro fundador do clube, em tom divertido.

Finalmente, em 1969 a equipa ficou praticamente parada devido ao facto dos atletas precisarem de cumprir o serviço militar. Mesmo assim, ao longo dos anos o clube foi participando em competições de forma intercalada. Essas participações esporádicas valeram mesmo um título da 2.ª Divisão da Bolinha, no finais dos anos 70 e inícios dos anos 80, numa equipa que contava além de Francisco Manhão com Jaime Madeira, Jeremias Madeira, Humberto Évora, Mário Évora, Mário Alberto, Rui Izidro ou Aleixo Nunes. Domingos Tang Borges era o treinador.

Por outro lado, a instituição foi expandindo as participações a outras competições como o hóquei em campo, hóquei em patins ou, mais recentemente, o voleibol. As últimas duas modalidades ainda estão activas e este ano o Futebol Clube da Flora ganhou o título de Macau de hóquei patins no escalão que integra os sub-14 até aos sub-19. Nesta altura, também tem a possibilidade de alcançar o título de hóquei patins no escalão até aos sub-14.

 

Festa no D. Bosco

Vários membros do clube voltaram a reunir-se ontem para assinar, numa conferência de imprensa, o aniversário. Mas as principais festividades estão agendadas para a sexta-feira, com uma foto de família e amigável no D. Bosco e, mais tarde, um jantar.

Apesar disso, os membros costumam encontrar-se de forma regular. “Ainda nos encontramos com regularidade e, de vez em quando, almoçamos aqui na APOMAC”, contou Manhão.

31 Mai 2018