Saúde | Governo lança registo para doação de órgãos em Macau

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde lançaram um sistema de registo para doadores de órgãos. A informação vai ser partilhada com o sistema do Continente para colmatar eventuais faltas no território.

“A doação de órgãos é sinal das sociedades civilizadas”. Foi esta uma das expressões utilizadas pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, durante a cerimónia de lançamento do recém-criado registo para a doação de órgãos em Macau. A cerimónia foi realizada ontem e marcou o momento em que o território passa a dispor de uma plataforma para que as pessoas que pretendem doar órgãos após a morte o possam fazer.

“Com a doação de órgãos não só se salvam vidas, mas mostra-se também o desenvolvimento da medicina. Com esta tecnologia as pessoas com problemas de saúde podem ver as suas vidas prolongadas e em certas situações resolver mesmo esses problemas”, afirmou Alexis Tam, no lançamento da plataforma que está disponível online.

A primeira, e única, operação de transplante de um órgão em Macau foi realizada em Novembro de 2016. Na altura, a cirurgia serviu para fazer o transplante de rins. Desde então, os Serviços de Saúde tem estado a preparar equipas de médicos para desempenhar estas operações na RAEM. “Desde 2016 que temos vindo a preparar o nosso pessoal. Temos um grupo a ser formado, com mais de 30 profissionais e técnicos de diferentes áreas”, informou, por sua vez, Tai Wa Hou, coordenador do Grupo de Doação de Órgãos.

Também por esta razão, numa primeira fase, grande parte dos transplantes vão ser feitos em Hong Kong ou no Interior da China. “Temos cooperações com hospitais famosos para efectuar este tipo de intervenção médica de transplante de órgãos. Queremos encorajar as pessoas, como nós os dois, a participar neste iniciativa”, apontou o secretário sobre este aspecto.

Preparações em Macau

Rins, fígado coração, pulmões, pâncreas, córnea, ossos, pele, válvula cardíaca, vasos sanguíneos, intestino delgados são os órgãos e tecidos que vão poder ser doado pelas pessoas, após a sua morte.

Alexis Tam e Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saúde, foram os dois primeiros cidadãos de Macau a inscreverem-se na plataforma. Após ter recebido o cartão de dador, Alexis Tam fez um apelo para que as pessoas se inscrevam e se disponibilizem para doar os órgãos após a morte: “É um problema a nível mundial, a falta de órgãos, mesmo em países onde o registos já existem”, explicou.

Ainda de acordo com a explicação oficial, a base de dados dos órgãos vai estar ligada ao sistema do Interior da China, de forma a colmatar a eventual falta de órgãos no Continente e em excesso em Macau, ou vice-versa.

1 Out 2018

Criptomoeda | Larry So acredita que caso é tóxico para a ATFPM e pode alastrar-se a Pereira Coutinho

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] caso da alegada burla ligada Frederico do Rosário, filho de Rita Santos, presidente da mesa da Assembleia Geral da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM) pode alastrar à imagem do deputado José Pereira Coutinho. A opinião é do analista político Larry So e é justificada com a revelação de que o deputado foi um dos investidores na moeda digital, mesmo depois do Governo ter aconselhado os cidadãos para não o fazerem.

“Este caso poderá promover mudanças na sua imagem e até nas próximas eleições ele arrisca-se a ser visto como um deputado algo descredibilizado, até porque o seu nome também vai aparecer associado a uma actividade [critpomoeda],que é vista como ilegítima”, disse Larry So, ao HM.

“Pode ser um caso que sirva de catalisador para algumas mudanças no seio do apoio a José Pereira Coutinho, mas nesta fase os efeitos também podem ser limitados, porque ele não está envolvido directamente. Existe sempre a hipótese – apesar do seminários de vendas na sede da ATFPM – das pessoas fazerem a diferenciação entre o deputado e a associação”, analisou.

Separação de águas

Contudo, Larry So considera que para a plataforma ATFPM os danos são muito superiores, uma vez que na decisão de investir na moeda digital também terá pesado o facto da promoção do produto ter sido feito na sede da associação.

“Quando a associação se envolve em promoções comerciais acaba por transmitir uma imagem, muitas vezes não intencional, de que dá o seu aval ao produto, mesmo que não participe nas acções”, explicou. “Estas situações têm sempre implicações para as plataformas políticas. É por isso que as associações que apoiam directamente um candidato tendem a evitar envolver-se na venda ou promoção de produtos”, acrescentou.

Frederico do Rosário foi detido esta semana e constituído arguido no caso em que terá alegadamente levado dezenas de pessoas a investirem em moedas virtuais, depois de uma acção promocional decorrida na sede da ATFPM. A Polícia Judiciária deteve-o por suspeita da prática de burla, mas o empresário saiu em liberdade, após o pagamento de uma caução de 50 mil patacas. Frederico do Rosário é, para já, o único arguido de um caso que já fez 71 vítimas, incluindo familiares e amigos de Rosário e Rita Santos, além do próprio deputado José Pereira Coutinho, que investiu 700 mil dólares de Hong Kong.

João Santos Filipe

joaof@hojemacau.com.mo

1 Out 2018

Asilo Vila Madalena | Alexis Tam diz que há soluções para queixas de idosos

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós ter sido contradito pelo Chefe do Executivo, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura reiterou que o problema da relocalização dos galgos não passa pela sua tutela. Alexis Tam acredita que o Governo vai encontrar uma solução digna para os utentes do Asilo Vila Madalena

O Governo vai garantir a qualidade de vida dos idosos do Asilo Vila Madalena, apesar dos receios manifestados acerca do barulho e odores resultantes da deslocação dos galgos do Canídromo para o terreno vizinho ao lar da terceira idade. Foi desta forma que o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura reagiu ao facto de ter sido desmentido pelo Chefe do Executivo, um dia após ter dito que a solução para as queixas dos idosos poderia passar com a relocalização dos animais para outro terreno. Alexis Tam reconheceu também que a solução vai ter de passar por outros serviços [IACM], uma vez que o assunto não diz respeito à sua tutela.

“Penso que há muitas alternativas para solucionar o problema, mas são os serviços competentes que vão tomar uma decisão sobre o assunto. Acredito que vão resolver o problema e garantir uma qualidade de vida digna para os idosos”, afirmou, ontem, Alexis Tam.

“Eu expliquei logo na altura [domingo] que era uma questão que não me competia. Disse que era uma responsabilidade de outros serviços. O que eu disse que podia fazer era transferir as preocupações dos senhores do asilo ao Chefe do Executivo e aos outros secretários”, clarificou.

No domingo passado, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura admitiu a hipótese dos galgos do Canídromo serem levados para um outro terreno, que não o da Cordoaria. Contudo, no dia seguinte, Chui Sai On foi ao local, acompanhado da secretária para a Administra e Justiça, e reafirmou que os animais ficariam no terreno adjacente ao Asilo Vila Madalena.

Visitas carinhosas

Sobre o facto, de ter havido duas deslocações diferentes do Governo com mensagens diferentes, Alexis Tam negou existirem problemas de coordenação na Administração Chui Sai On. “Eu e a presidente do IAS fomos os primeiros a ir ao asilo e tivemos uma conversa com os idosos para saber o que se está a passar e ficar a conhecer os problemas e as preocupações. Quisemos mostrar o carinho com que o Governo pretende tratar a população idosa”, defendeu o secretário. “Fiquei bastante satisfeito porque no dia seguinte o Chefe do Executivo e a secretaria para a Administração e Justiça também foram visitar as pessoas do asilo”, acrescentou.

O também ex-Chefe do Gabinete de Chui Sai On, confessou ainda ter ficado satisfeito pela visita do líder do Governo ter contribuído para acalmar as queixas: “Estou contente porque os idosos não apresentaram mais queixas sobre a situação. As visitas foram importantes para ficar bem entendido que o IACM vai prestar o apoio necessário aos idosos e resolver o problema deles”, considerou.

Escolas proíbem namoros entre alunos

Alexis Tam considera que há várias escolas em Macau que se identificam com a mentalidade da subdirectora da Direcção de Serviços para a Educação e Juventude, Leong Vai Kei, que defendeu que as pessoas só devem ter relações sexuais depois do casamento. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura pediu ainda respeito para as pessoas que têm uma mentalidade mais tradicional. “Penso que essa é a opinião de muitos pais chineses. Temos de saber que não estamos na Europa, estamos na China, em Macau. Há muitas escolas e professores que têm essa opinião”, defendeu Alexis Tam. “Estamos na China, a maior parte das escolas não deixa os alunos namorar durante os estudos, nas escolas secundárias”, acrescentou.

1 Out 2018

Apontada má atitude e fraco controlo emocional a alunos locais

As facilidades no acesso ao emprego fazem com que os estudantes locais não desenvolvam capacidades essenciais no mundo do trabalho globalizado. O aviso vem de um académico da Universidade Cidade de Macau, que alerta para possíveis problemas na eventualidade de uma mudança no ambiente económico ou de políticas laborais do Governo

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] protecção laboral em Macau faz com que os alunos do ensino superior apresentem uma má atitude no emprego, pouco controlo emocional e uma fraca capacidade de trabalho em equipa. Esta é a principal conclusão de um artigo publicado por Chen Wei-Nien, professor na Universidade Cidade de Macau, na revista académica Journal of Research in Business Economics and Management.

De acordo com as conclusões do trabalho de Chen, o facto de Macau ter um ambiente muito protector do emprego para os residentes locais, faz com que estes não tenham de se preocupar tanto com as saídas profissionais e os desafios para encontrar emprego, num ambiente altamente competitivo, depois de terminarem os estudos.

“Neste tipo de ambiente, os estudantes locais do ensino superior têm tendência para se preocuparem menos com o emprego, o que lhes retira características naturais de alerta para eventuais crises. Por isto, os alunos tendem a demonstrar um pior desempenho no trabalho ao nível da atitude, controlo das emoções e da capacidade de trabalho de equipa”, escreve o académico.

O académico defende que esta realidade tem um impacto directo na cultura de contratação de empregados locais, que faz com que estas características, tidas como pontos fracos, sejam mais valorizadas.

“Estas características tornaram-se assim as mais importantes ao nível da empregabilidades dos alunos locais no ensino superior de Macau, que relegam para segundo plano outros aspectos, como o conhecimento ou a capacidade de inovação”, explica.

Segundo os dados mais recentes da Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC), entre Maio e Julho a taxa de desemprego total cifrou-se nos 1,8 por cento, entre residentes a percentagem era de 2,4 por cento.

Preparar o futuro

Traçado o estado do ensino e a necessidade de dotar os alunos com maior capacidade para lidarem com eventuais problemas no trabalho, Chen Wei-Nien sugere que as universidades tenham em conta este problema.

“Primeiro, é necessário promover junto dos alunos que as crises no mercado do trabalho acontecem. A globalização e a competição entre talentos globais tornou-se uma tendência que tomou o mundo de rompante. No futuro, quando houver mudanças no ambiente económico, ou houver uma alteração nas políticas governamentais, vai haver impactos muito sérios nas oportunidades de emprego e no espaço em que vivemos”, justificou o académico.

“É preciso ir mais longe, devemos mudar a nossa formação mental e o mentalidade herdada e trabalhar de forma continuada para melhorar todos os dias, cultivar uma melhor cultura de trabalho, aperfeiçoar o controlo emocional, reforçar a capacidade de fazer trabalho em equipa e elevar a capacidade de resposta perante problemas”, conclui.

O estudo foi publicado na edição de Setembro da revista com o título Pesquisa sobre a Empregabilidade dos Estudantes Locais do Ensino Superior em Macau [Research on the Employability of Local College Students in Macau, em inglês]”.

27 Set 2018

Casinos | Chan Meng Kam mostra vontade de obter uma concessão de jogo

Detentor de três casinos-satélite da Sociedade de Jogos de Macau e um da Melco, Chan Meng Kam quer deixar de dividir os lucros com a concessionária e obter uma licença em nome próprio. A decisão de participar nos concursos de atribuição das concessões ainda não está tomada, mas a inclinação é no sentido de ir a jogo

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] empresário e político Chan Meng Kam quer participar nos futuros concursos para a atribuição das novas concessões do jogo. A intenção do proprietário do casino Golden Dragon foi reiterada durante a cerimónia de abertura do Consulado-Geral da Guiné Bissau em Macau, mas o empresário admite que ainda não tem uma decisão final tomada.

Segundo um artigo publicado pelo Jornal do Cidadão, Chan Meng Kam afirmou que o Governo tem de ouvir a população sobre o futuro do sector do jogo e espera uma grande participação devido à importância dos casinos para a economia local.  Ainda em relação a este aspecto, o político defendeu que as empresas têm o dever de assumir uma papel mais activo no que diz respeito à responsabilidade social e apoios à população.

Esta não é a primeira vez que o empresário e cônsul-honorário da Guiné-Bissau em Macau se mostra interessado em obter uma licença de jogo. As primeiras declarações feitas neste sentido foram prestadas durante o ano passado.

A seu favor Chan Meng Kam conta com o facto de ser proprietário de quatro casinos no território, nomeadamente o Casino Golden Dragon, Casino Royal Dragon, Lan Kwai Fong, todos situados na Península de Macau, e Casino Taipa Square, que fica situado, como o nome indica, na Ilha da Taipa. Segundo o portal GGR Asia, o empresário está a trabalhar no sentido de relançar a marca de que é proprietário, para que todos os casinos que detém tenham a referência Dragon [Dragão em inglês] no nome. Este é um nome que também é utilizado por Chan Meng Kam na sua vivenda, situada na Colina da Penha.

Além de empresário, Chan Meng Kam assume vários cargos de índole política em Macau e no País, como membro do Conselho do Executivo de Macau, membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e é ainda o homem forte por trás dos deputados da Assembleia Legislativa Si Ka Lon e Song Pek Kei.

Licenças até 2020 e 2022

Actualmente estão em vigor seis licenças que expiraram entre 2020 e 2022. A primeira concessionária a ver a licença chegar ao fim é a SJM, sendo que o Governo pode optar por renovar as licenças anualmente, durante um período de cindo anos. Após estas renovações está obrigado a lançar um novo concurso para a atribuição de licenças.

No entanto, Chan Meng Kam não está sozinho nesta corrida. Anteriormente o empresário David Chow, que detém os casinos Babilónia e Legend Palace, também mostrou vontade de obter uma licença.

Em várias declarações prestadas no passado, David Chow apelou para que o Governo aumentasse o número de concessionárias com o novo concurso público e apontou a necessidade do Governo da RAEM permitir que as empresas locais obtenham acesso, através de concessões, ao sector do jogo.

26 Set 2018

Burla | Frederico do Rosário libertado após pagar caução de 50 mil patacas

Frederico dos Santos Rosário apresentou queixa contra Dennis Lau no caso dos investimentos na criptomoeda, mas acabou por se tornar no principal suspeito do crime de burla ao ponto de ter sido detido pelas autoridades. O advogado do filho de Rita Santos, Francisco Leitão, acredita que a Justiça vai provar a inocência do seu cliente

 

[dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]rederico dos Santos Rosário está a ser investigado pela prática do crime de burla e foi detido, na segunda-feira, pela Polícia Judiciária (PJ). Em causa, para o Ministério Público (MP), está o papel que o empresário de 34 anos terá assumido quando promoveu investimentos de residentes de Macau numa moeda digital em Hong Kong, a troco de promessas de retornos financeiros elevados.

O filho de Rita Santos foi libertado já ao final da noite, depois de pagar uma caução de 50 mil patacas, e está obrigado a apresentar-se semanalmente junto das autoridades. Para Francisco Leitão, advogado de Frederico Rosário, no final da fase de inquérito o seu cliente vai ser ilibado de qualquer responsabilidade criminal. “Estamos convencidos de que a verdade vai ser apurada e que não haverá responsabilidades criminais a imputar ao Frederico”, disse Francisco Leitão, em declarações ao HM.

O advogado frisou também que o seu cliente está disponível para prestar toda a colaboração necessária e que é também uma das vitimas. “O Frederico fez a queixa que deu início ao inquérito, já disponibilizou milhares e milhares de documentos à polícia, tem colaborado desde o princípio e ele próprio é um dos lesados”, apontou. “Vamos continuar a colaborar da mesma maneira, pese embora ele tenha agora o estatuto de arguido”, acrescentou.

Segundo a informação divulgada pela PJ após a detenção, a investigação aponta para a existência de 71 vítimas e envolve um montante de 14,2 milhões de dólares de Hong Kong.

De acordo com o Código Penal, a burla é punida com pena de prisão até 3 anos ou multa. Mesmo quando não concretizada, a tentativa também é punível por lei. Contudo, como o alegado montante da burla atinge as 14,2 milhões, acima de 150 mil patacas, o volume do prejuízo patrimonial pode entrar na tipificação de “burla de valor consideravelmente elevado”. Neste cenário, devido ao elevado montante, Frederico Rosário poderá enfrentar uma pena de prisão de 2 a 10 anos.

Investigação em Hong Kong

Além do processo em Macau, existe igualmente outro em Hong Kong, cuja investigação ainda está em curso. “Está a decorrer um inquérito em Macau, existe outro em Hong Kong. Estamos plenamente confiantes na posição do Frederico e vamos aguardar com tranquilidade”, afirmou Francisco Leitão, que adiantou não ser o advogado responsável pela queixa de Frederico Rosário na região vizinha.

O caso surgiu nos inícios de Agosto, após as queixas de várias pessoas por não terem recebido os supostos retornos, nem visto o seu dinheiro devolvido.

Depois do episódio ter sido tornado público, Frederico Rosário responsabilizou o também empresário Dennis Lau, proprietário da empresa Forger Tech, que criou a criptomoeda. Contudo, Lau negou o cenário traçado por Rosário e apontou o dedo ao filho de Rita Santos por este ter alterado os termos do investimento, quando apresentou o projecto aos potenciais investidores em Macau.

ATFPM sem comentários

Apesar da sede da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau ter sido utilizada para seminários em que Frederico do Rosário promoveu os investimentos na criptomoeda, a associação não tomou qualquer posição sobre o assunto. Também o presidente da associação e deputado José Pereira Coutinho – um dos alegados investidores – não quis fazer comentários, à imagem de Rita Santos, Conselheira das Comunidades Portuguesas, que se mostrou incontactável.

26 Set 2018

Governo avança com obras em habitações económicas desocupadas

Ainda não foram vendidas e já precisam de obras. O governo vai assumir custos de reparações de cerca de 400 habitações económicas, no edifício Koi Nga, em Seac Pai Van. O deputado José Pereira Coutinho exige que os governantes passem a ser responsáveis pela falta de qualidade na construção

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo vai realizar obras de reparação em cozinhas e casas-de-banho de cerca de 400 apartamentos vazios no edifício Koi Nga, que fazem parte do complexo de habitação económica em Seac Pai Vai. A informação foi avançada pelo canal chinês da Rádio Macau e as habitações em causa foram concluídas em 2013.

Segundo a explicação fornecida pelo Instituto de Habitação, em causa está a tijoleira das casas, que são de diferentes tipologias, existindo apartamentos com um quarto, dois ou três. Também de acordo com o IH, apesar de estarem 400 casas desocupadas, nem todas estão por atribuir. Há casos em que as fracções foram atribuídas mas ainda decorrem os procedimentos para que os contemplados possam ocupá-las. De acordo com a mesma fonte, no final de Agosto estavam 329 fracções económicas por vender.

As obras consideradas de “manutenção” vão ser realizadas apenas nos edifícios que ainda não estão ocupados e os custos vão ser suportados pelo Governo, através do Gabinete de Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI).

Em declarações ao canal chinês da Rádio Macau, Chan Ka Leong, membro do Conselho para os Assuntos de Habitação Pública, defendeu que a situação resulta de técnicas de colagem de tijoleiras não reúnem os requisitos mínimos. Chan criticou também todo o processo por trazer custos extra ao erário público, uma vez que o período de garantia já terminou. O membro do Conselho para os Assuntos de Habitação Pública colocou também a hipótese de haver residentes a pagarem por obras semelhantes devido à falta de qualidade na construção.

Apurar responsabilidades

Por sua vez, o deputado José Pereira Coutinho defende que é necessário começar a apurar as responsabilidades dos trabalhadores neste processo, devido à qualidade da construção abaixo do expectável.

“Há que apurar quem foram os responsáveis que renderam as casas dos construtores. Além da negligência, o CCAC deveria intervir na forma como foram feitas as inspecções [ao edifício], aquando da construção e na fase final da entrega das habitações ao IH”, disse o legislador, ao HM.

“Estas situações só vão ser evitadas se houver responsáveis por estas grosseiras negligências e quando se mostrar que não existe impunidade e que os responsáveis não podem deixar os cargos sem se preocuparem com as devidas responsabilidades disciplinares e políticas”, acrescentou.

26 Set 2018

China e Vaticano mostram-se em sintonia, quase 70 anos depois

Em Macau, há muitas incertezas, mas o pré-acordo que levou ao reconhecimento de sete bispos da China pelo Vaticano é visto com esperança. Em Roma, nega-se a existência de uma vertente política que leve ao corte de relações com Taiwan. Contudo, o Cardeal Joseph Zen acusa o Papa Francisco de trair os crentes que se mantiveram fiéis ao Vaticano ao longo dos anos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] China e o Vaticano chegaram a um acordo provisório e histórico, depois de mais de 70 anos de costas voltadas, e o Papa Francisco reconheceu com efeitos imediatos sete bispos, nomeados pelo Governo Central. A revelação sobre o acordo foi feita no sábado, pelo Vaticano, mas os detalhes não são ainda conhecidos.

Actualmente a Igreja Católica no Interior da China está dividida entre os fiéis que frequentam as igrejas da Associação Patriótica Católica Chinesa, cujos bispos e controlo está com o Governo Central, e os católicos fiéis a Roma, que frequentam igrejas consideradas ilegais pelas autoridades chinesas, cujos bispos são secretamente nomeados pelo Papa. Embora não haja números oficiais, estima-se que nas duas facções existam entre 10 e 13 milhões de católicos na China.

Até ser assinado este pré-acordo e haver o reconhecimento dos sete bispos da Associação Patriótica Católica Chinesa, os guias espirituais tinham sido excomungados e não eram reconhecidos pela Igreja Católica. A situação muda com este pré-acordo, que é visto como um primeiro passo para o restabelecimento das relações entre o Vaticano e a China.

“O Papa Francisco espera que com estas decisões seja dado início a um novo período, que permita que as feridas do passado sejam ultrapassadas e que resulte numa comunhão total entre todos os católicos chineses”, afirmou o Vaticano, em comunicado no sábado, depois de ter sido anunciado o acordo.

Também Greg Burke, assessor do Vaticano, veio a público fazer alguns esclarecimentos, face à pouca informação sobre o real teor do acordo assinado entre as duas pates.

“Isto não é o fim de um processo. É um começo”, começou por frisar o assessor. “O pré-acordo é o resultado de um diálogo, da existência de muita paciência em ouvir o outro, principalmente quando os dois lados têm pontos-de-vista muito diferentes”, acrescentou.

Política à parte

Porém, Greg Burke veio ainda negar o teor político do documento e um eventual corte nas relações diplomáticas com Taiwan e o consequente reconhecimento da República Popular da China. Actualmente, o Estado do Vaticano reconhece o Governo de Taiwan como a entidade com soberania política. “O objectivo do acordo não é político, mas pastoral e passa por permitir que os crentes tenham bispos em comunhão com Roma, mas que seja ao mesmo tempo reconhecido pelas autoridades chinesas”, clarificou.

Por sua vez, as autoridades do Continente foram mais comedidas na reacção ao acordo: “ A China e o Vaticano vão continuar a manter uma postura de comunicação e a promover o progresso de forma a melhorar as relações bilaterais”, foi escrito, num curto comunicado, no portal do Ministério para os Negócios Estrangeiros.

Segundo a informação disponibilizada pelas duas partes, não é claro quem terá a última palavra sobre a nomeação dos bispos, se será o governo de Pequim ou o Papa.

Macau aplaude

Segundo os padres de Macau ouvidos pelo HM, a notícia do pré-acordo é vista como positiva. Existe agora a expectativa que possa haver alterações para uma maior tolerância sobre a prática do catolicismo no Continente, mesmo que a situação seja vista como altamente complexa.

“É sempre positivo quando há um reatamento de relações entre entidades e quando esse reatamento pode contribuir para o bem-estar e diálogo entre os povos, entre as comunidades e instituições. É sempre um progresso para a Humanidade”, afirmou o padre Peter Stilwell, em declarações ao HM.

“O teor do conteúdo não é explícito. Sabemos que a Santa Sé reconheceu sete bispos, a quem faltava ter uma relação com o Vaticano. Agora, aguardamos para ver como as coisas vão evoluir”, acrescentou, de forma cautelosa.

Contudo, para o padre, a reconciliação entre as duas igrejas no Interior pode colocar alguns desafios: “Não será fácil [a conciliação], porque há católicos que foram perseguidos e viveram na clandestinidade e outros que viveram de acordo com as posições do Governo, da chamada Igreja Patriótica. Fazer conseguir encontrar estas duas comunidades vai ser um grande desafio pastoral”, previu.

Por outro lado, Stilwell explicou que não espera alterações no panorama de Macau, devido ao facto da Igreja Católica do território estar sob a alçada do Vaticano, tal como acontece em Hong Kong.

“A nível de Macau não espero nenhum impacto directo. Macau é um território que está abrangido pela Lei Básica. Está previsto que a Igreja Católica tenha liberdade de culto e que continue a ter o mesmo regime que tinha, aquando da presença portuguesa. Durante este período de 50 anos não haverá efeitos”, explicou.

Patriotas e católicos

Também o padre Luís Sequeira vê o acordo como muito positivo, apesar de reconhecer as desconfianças que existem entre ambas as partes. “Parece-me um facto muito positivo. Claro que é um princípio de um processo que tem de ir mais fundo e ter um princípio maior de compreensão mútua da realidade”, apontou.

Sequeira frisou também que o patriotismo e o catolicismo não são características que se excluam mutuamente e que podem conviver. Porém, este facto reconhece que em certas situações podem gerar tensões. “A preocupação da igreja é mais espiritual, a do Governo é mais política. Se não houver uma compreensão para este facto, poderão surgir tensões. Mas nada impede que um católico possa ser patriota e um patriota possa ser católico e estar unido a uma Igreja universal”, defendeu.

O pré-acordo surge depois de recentemente terem circulado notícias de perseguições a católicos no Interior da China. Segundo alguns relatos, os crentes tinham mesmo sido obrigados a remover cruzes de igrejas. Contudo este ambiente de tensão entre católicos e o governo chinês não é novo.

Também segundo Luís Sequeira este cenário do Vaticano reconhecer bispos nomeados pelos governo não é novo, o mesmo aconteceu em Portugal e Espanha, durante as ditaduras de Salazar e Franco.

Já o ex-deputado e católico Paul Chan Wai Chi admitiu estar muito reticente com este acordo. “É complicado analisar o pré-acordo nesta altura porque os detalhes não são conhecidos. Por enquanto só posso rezar pela Igreja Católica. No futuro tudo pode acontecer, para melhor ou para pior”, disse.

“Considero que é necessário esperar pelo futuro, antes de ter uma opinião. Mas acredito que Deus controla tudo. Tenho alguma esperança na existência de uma maior liberdade religiosa para os católicos no interior da China, mas é preciso esperar para ver o que acontece”, acrescentou.

“Na boca do lobo”

Apesar de uma visão mais optimista sobre o acordo em Macau, o mesmo não sucedeu com o cardeal Joseph Zen, de 86 anos de Hong Kong, conhecido pelas suas posições contra a aproximação entre o Vaticano e o Governo Central.

“Estão a meter o rebanho na boca do lobo. É um acto incrível de traição”, afirmou Joseph Zen, de acordo com as declarações prestadas à agência Reuters. O facto dos detalhes do pré-acordo ainda não serem conhecidos, leva Zen a falar de um “pacto secreto”.

“As consequências desta traição vão ser trágicas e vão prolongar-se durante muito tempo, não só para a imagem da Igreja da China, mas para toda a Igreja porque atingem a credibilidade da instituição. Talvez seja por isso que mantêm o acordo em segredo”, considerou.

Ainda sobre o histórico pré-acordo, Zen acredita que vai ser visto como uma mancha negra no percurso do Papa Francisco. “Rendeu-se por completo. É uma traição (à nossa fé). Não tenho outras palavras para descrever este acordo”, frisou.


Benefícios para a USJ

Nos últimos anos a Universidade de São José tem tentado junto das autoridades do governo central ter autorização para aceitar inscrições de estudantes do Continente. Até hoje tal nunca foi possível, contudo este pré-acordo abre a porta para que a situação possa sofrer alterações: “Do ponto de vista da Universidade, pode ser que isto facilite o recrutamento de estudantes da China Continental, coisa que não nos tem sido permitido fazer até aqui”, reconhece. A USJ espera ter autorização para aceitar 100 inscrições em quatro cursos.


Papa cria diocese de Chengde

Além do reconhecimento de sete bispos, o Papa criou igualmente uma diocese na cidade de Chengde, na província de Hebei. A decisão foi justificada com o desejo do Papa Francisco de promover “os cuidados pastorais pelo rebanho do Senhor”, assim como promover uma maior eficácia do “espírito do bem”. No comunicado publicado no portal do Vaticano é ainda explicado que a catedral vai ficar situada na Divisão Administrativa de Shuangluan e que foi criada com o apoio e autorização da Sé de Pequim.


Reconhecimento póstumo

Além dos sete bispos reconhecidos pelo Papa Francisco, houve um oitavo que foi reconhecido a título póstumo. Anthony Tu Shihua foi o bispo reconhecido, depois de ter morrido a 4 de Janeiro do ano passado, com 98 anos. Anthony Tu foi ordenado padre em 1944, mas perdeu o mandato papal em 1959, devido ao facto de ter ingressado na Associação Patriótica Católica Chinesa. Mesmo assim, na altura da sua morte, expressou o desejo de se reconciliar com a Igreja de Roma. A reconciliação chegou agora, por decisão do Papa Francisco, quase dois anos após a sua morte.

25 Set 2018

Criptomoeda | Filho de Rita Santos detido por suspeita de fraude

[dropcap style≠‘circle’]F[/dropcap]rederico dos Santos Rosário foi detido pela Polícia Judiciária. O filho de Rita Santos enfrenta uma acusação de fraude devido ao caso do alegado investimento em moedas digitais, que fez 71 vítimas. A detenção foi anunciada pela PJ, esta tarde, e o caso já seguiu para o Ministério Público.

De acordo com as informações disponíveis, as primeiras queixas entraram na PJ no dia 1 de Agosto, depois de algumas da vítimas terem deixado de receber os retornos que lhes tinham sido prometidos.

Frederico Rosário sempre afirmouser uma vítima de todo o caso, apontando o dedo para o empresário de Hong Kong, Dennis Lau. Por sua vez, Lau sempre responsabilizou Frederico Rosário pelo caso.

Alguns dos seminários para captar investimento para o esquema da moeda digital decorreram na sede da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau, presidida pelo deputado José Pereira Coutinho. No entanto, fonte da ATFPM disse ao HM que não vai tomar uma posição, por agora, sobre esta detenção.

 

24 Set 2018

GCS | Governo chama “Irmão On” a Chefe do Executivo

[dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]m comunicado do Gabinete de Comunicação Social (GCS), partilhado no Facebook, apelida o Chede do Governo de “Irmão On”. Em causa está a carta aberta publicada por Chui Sai On em que este agradece à população e aos funcionários públicos pelas atitudes de prevenção durante a passagem do Tufão Mangkhut. “O Irmão On agradece a todos”, pode ler-se na partilha em que o GCS divulga a carta do Chefe do Executivo.

Contudo, nem todos os internautas se mostraram satisfeitos com o tratamento informal. Um dos internautas perguntou mesmo se o Governo estava a agir como uma tríade, uma vez que nas organizações criminosas os membros tratavam-se frequentemente por irmãos. Também entre alguns promotores de jogo o título “irmão” é utilizada com frequência. “Irmão On? O que é isto?”, pergunta um internauta. “Agora são uma tríade? Realmente há uns quantos…” escreveu outro utilizador da rede social. Também há quem conteste a utilização desta expressão por considerar que é demasiado informal para ser usada por um Governo.

Apesar dos vários comentários negativos, a publicação do GCS acabou por atrair a atenção dos internautas locais, obtendo vários comentários e partilhas numa escala que ultrapassou partilhas anteriores deste departamento do Governo.

21 Set 2018

Automobilismo | Alex Fung aponta ao pódio do Grande Prémio de Macau

O piloto de Hong Kong foi o vencedor Campeonato de Carros de Turismo de Macau na categoria 1,6 Turbo e aponta ao pódio no Grande Prémio de Macau, para igualar, pelo menos, o resultado na época de estreia no circuito da Guia

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]lex Fung, piloto que tripula um dos Peugeot RCZ da Teamwork Motorsport, ambiciona conseguir um lugar no pódio na prova da Taça de Carros de Turismo de Macau, do Grande Prémio. O objectivo do piloto que se estreou na prova em 2016 foi traçado em entrevista ao portal da própria equipa.

“Pessoalmente, espero conseguir regressar ao pódio, como fiz no meu ano de estreia, na 63.ª edição do Grande Prémio. Contudo, Macau é sempre uma prova muito dura, com um circuito muito difícil e cheio de incertezas, por isso temos de esperar que a sorte esteja do nosso lado, como tem estado este ano”, disse Alex Fung, que é filho do outro piloto da equipa Samson Fung.

“No ano passado o meu desempenho e resultados ficaram aquém das expectativas e espero conseguir corrigir essa prestação com um pódio este ano. Também espero que este ano consiga realizar um sonho de infância e estar no pódio ao mesmo tempo que o meu pai. Acredito que este ano temos uma boa hipótese de realizar este sonho”, acrescentou.

Em Macau, Alex Fung correu sempre com os Peugeot RCZ da Teamwork Motorsport. No ano de estreia ficou no 3.º lugar, já no ano passado desistiu durante a sexta volta.

Com vista a melhorar a classificação, Fung promete assim trabalhar no duro até à prova, que se realiza entre 15 e 18 de Novembro. “Vou continuar a fazer voltas e mais voltas no simulador e manter-me em forma”, frisou.

Vitória motivante

Alex Fung vai chegar ao Grande Prémio de Macau motivado devido à vitória no Campeonato de Carros de Turismo de Macau (MTCS). Nas quatro provas em que participou com a formação, conseguiu duas vitórias e dois segundos lugares. De resto os carros da Teamwork Motorsport ocuparam os três primeiros postos do campeonato, no que diz respeito à categoria 1.6 Turbo.

“Este ano a nossa equipa teve um desempenho muito bom no Campeonato de Carros de Turismo de Macau. O trabalho árduo de todos os membros da equipa durante a pré-época mostrou-se um sucesso e permitiu-nos vencer todas as corridas”, considerou face à participação no MTCS.

Face aos resultados obtidos na pista de Zhuhai, no MTCS, não é por isso uma surpresa que Alex considere que o Peugeot RCZ seja um dos carros mais aptos dos que vão competir em Macau. “O nosso RCZ provou que é um dos carros mais bem preparados de todo o plantel”, indicou.

Ainda em relação ao futuro, Alex Fung deixou um desejo, voltar a competir nos GT3. “Se tivesse uma oportunidade era mesmo com os GT3 que gostava de voltar a competir”, confessou.

21 Set 2018

Trânsito | Governo prepara obras na Coronel Mesquita e na Rua Bacia Norte do Patane

A DSAT quer criar uma terceira via na Avenida do Coronel Mesquita e existe a possibilidade de haver um corredor só para autocarros. Também a Rua Bacia Norte do Patane deve sofrer alterações profundas, com ambas as artérias a perderem lugares de estacionamento para motociclos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) está a elaborar um plano para criar três vias de trânsito na Avenida do Coronel Mesquita, que actualmente só tem duas. O plano preliminar foi revelado, ontem, pelo director da DSAT, Lam Hin San, à saída de uma reunião do Conselho Consultivo do Trânsito.

“Na Avenida do Coronel Mesquita, ouvimos as opiniões de autoridades e pessoas ligadas ao sector da construção, e queremos alargar a faixa de rodagem de duas vias para três. Isto implica remover alguns dos lugares de estacionamento para motociclos”, disse Lam Hin San, em declarações aos jornalistas.

“Naquela zona há cerca de 10 lugares para estacionamento de veículos mas num raio de 300 a 500 metros, temos três a quatro parques de estacionamento como alternativa. Mas antes de tomarmos qualquer decisão queremos ouvir as pessoas”, acrescentou.

No passado, os planos para eliminar lugares de estacionamento das ruas causaram grande polémica, chegando a acontecer inclusive uma manifestação por parte dos residentes, que contou com uma participação de 2.500 a 3.500 pessoas, em Junho deste ano.

De acordo com Lam Hin San, actualmente circulam por dia na Avenida do Coronel Mesquita 14 autocarros diferentes e cerca de 130 mil pessoas. Por esta razão, a DSAT está ainda a equacionar criar um corredor de autocarros na avenida, à semelhança do que já acontece na Zona do Porto Interior.

Ganhar espaço

O director da DSAT defendeu ainda que é necessário aproveitar melhor os terrenos e ruas e que os estacionamentos para motos, no que diz respeito aos parques públicos, “têm uma baixa taxa de utilização”. Lam Hin San deu o exemplo do Parque Central da Taipa, em que a utilização dos estacionamentos para motas é apenas de seis por cento.

Outra zona que poderá sofrer alterações significativas é a Rua Bacia Norte do Patane, que é vista como um dos problemas mais complicados para o trânsito de Macau. “Já temos um plano preliminar, se for para a frente poderá melhorar a situação”, afirmou Lam Hin San. “Vai aumentar a segurança para os peões e a circulação nas estradas”, defendeu.

Ainda em relação à Rua Bacia Norte do Patane, o director da DSAT defende que existem auto-silos públicos num raio de 500 metros, com vagas frequentes, que podem substituir os estacionamentos nas ruas que irão ser eliminados.


Acidentes | Seis mortos até 9 de Setembro

Entre o início do ano e o dia 9 de Setembro foram registados seis mortos devido a acidentes de trânsito o que, comparando com os números da PSP do ano passado, representa um aumento de uma morte. Entre o início do ano passado e Setembro, tinham sido registadas cinco mortes. “Durante três anos consecutivos conseguimos manter esse registo num único dígito. Apelamos para que as pessoas prestem mais atenção à segurança rodoviária”, comentou Lam Hin San

Portas do Cerco |Terminal ainda este ano

Até ao final do ano, o Terminal das Portas do Cerco vai reabrir com alguns autocarros, entre eles o 3X. “Esperamos que até ao final deste ano já haja condições para incluir certas carreiras neste terminal. E até ao Ano Novo Chinês esperamos que tenham melhores condições para levar para lá mais carreiras”, informou, ontem, o director da DSAT. Contudo, além do 3X, não foi explicado que outros autocarros vão passar pelo terminal.

Autocarros | Espera média de 6,6 minutos

Segundo a DSAT, a espera média por um autocarro está actualmente nos 6,6 minutos. Este é um registo que bate o registo em cerca de 20 cidades no Interior da China e nas regiões vizinhas. “Entre Janeiro e Junho, nas horas de pico, o tempo de espera pelos autocarros foi de 6,6 minutos em média. Há três ou quatro anos, a espera, em média, era superior a 7 minutos, e, em alguns casos, até de 11 minutos. Agora temos uma grande redução, em média 6,6 minutos”, apontou o director da DSAT.

21 Set 2018

Imobiliário | PJ confirma investigação a empresa ligada a irmã de Agnes Lam

Oito residentes apresentaram queixa contra a empresa TH Group e Onida Lam devido a investimentos num projecto de imobiliário na Indonésia. Em causa estão 5,36 milhões de patacas

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) está investigar a empresa TH Group, que tem como CEO Onida Lam, irmã da deputada Agnes Lam, devido à venda de vivendas num projecto imobiliário na Indonésia. Oito residentes apresentaram queixa junto das autoridades, devido ao facto de não terem recebido as vivendas que alegadamente compraram na Ilha de Bintão, cuja data de conclusão seria 2015, nem terem visto o seu dinheiro devolvido.

“Há um conjunto de oito residentes de Macau que apresentaram queixa, alegando que foram vítimas de uma burla e que as suas perdas totalizam 5,36 milhões de patacas. O caso ainda está a ser investigado”, afirmou a PJ, ontem, numa resposta ao HM.

O assunto foi primeiramente relatado pela MASTV, no início deste mês, com base nos depoimentos de alegadas vítimas. Apesar de apenas oito residentes terem apresentado queixa, haverá cerca de 56 locais envolvidos, que terão feitos investimentos na ordem dos 600 mil e 800 mil dólares de Hong Kong, cada, o que poderá fazer com que o esquema envolva entre 33,6 milhões e 44,8 milhões.

Segundo as condições propostas, os investidores comprariam vivendas, em construção, no projecto “Indonesia Street City”, na ilha de Bintão, a troco de uma quantia entre 600 mil e 800 mil dólares de Hong Kong.

Além disso, havia a possibilidade de arrendar a propriedade à empresa após a conclusão das obras, prevista para 2015, pelo que a TH Group Limited prometia um retorno que poderia chegar a 200 por cento do valor investido.

No entanto, desde 2015 que os investidores esperam pelas vivendas e agora o Consulado da Indonésia em Hong Kong, que alegadamente verificou os contratos na altura do investimento, considerou os documentos ilegais.

Num primeiro momento, devido à dificuldade em entrar em contacto com Onida Lam, os residentes chegaram mesmo a reunir-se com a deputada Agnes Lam, que os colocou em contacto com o advogado da empresa.

Burla negada

Por sua vez, após a divulgação das notícias sobre o caso, a empresa TH Group e Onida Lam divulgaram um comunicado a negar a existência de uma burla e a ameaçaram processar as pessoas que denunciaram o caso.

“Os entrevistados e a MASTV devem fornecer a carta oficial do Consulado Geral da Indonésia em Hong Kong com as alegações dos contratos mencionados, assim como prova de que os contratos são ilegais”, foi referido, na altura. “Caso contrário, a empresa reserva o direito de agir legalmente contra as pessoas e o órgão de comunicação social”, foi acrescentado.

Também no mesmo documento, a empresa TH Group e Onida Lam negaram qualquer envolvimento no projecto da deputada Agnes Lam, e prometeram agir, face a eventuais danos causados para a família da deputada e da CEO da empresa, Onida.

20 Set 2018

Raimundo do Rosário faz balanço positivo da passagem do tufão Mangkhut

[dropcap style≠‘circle’]N[/dropcap]ão causou mortos nem feridos graves e também ao nível dos danos para as obras sob a tutela da secretaria dos Transportes e Obras Públicas não houve um grande impacto. É por estas razões que Raimundo do Rosário considerou, ontem, que a resposta e a preparação face ao tufão Mangkhut, que assolou o território durante o fim-de-semana, foi positiva.

“Desta vez, felizmente, não houve nenhuma morte e nem feridos graves. Há alguns feridos, mas parece que são poucos e todos de forma ligeira”, começou por dizer, ontem, Raimundo do Rosário. “Na nossa área houve alguns problemas de electricidade, mas o balanço geral que faço é francamente positivo, sobretudo comparado com o ano passado, tendo em conta o tufão e a intensidade”, acrescentou.

O secretário para os Transportes e Obras Públicas fez ainda a comparação com o tufão Hato: “no passado, com o Hato, tivemos que reparar 220 postos de transformação. Este ano só tivemos de reparar 90”, explicou.

Deloitte reuniu com CRU

Também ontem, o Conselho da Renovação Urbana, presidido por Raimundo do Rosário, esteve reunido com a Deloitte, empresa que venceu o concurso público para fornecer os serviços de consultadoria para a renovação do território. Em troca vai receber um pagamento de 14,5 milhões de patacas.

“Os trabalhos vão ser desenvolvido por fases. Na primeira fase, a empresa tem de entregar um relatório, em Novembro. Também vão ter de fazer um documento de consulta, porque vamos fazer uma consulta pública neste domínio. Após o relatório da consulta pública, terão de fazer um outro relatório, que será o final”, revelou.

Zona D arranca no final do ano

Até ao final do ano, os trabalhos para a criação do aterro para a Zona D, que fica situada entre a Ponte Governador Nobre de Carvalho e a Ponte da Amizade, vão começar. “A zona D está em fase de avaliação de propostas. Até ao final do ano devem começar os trabalhos”, disse, ontem, Raimundo do Rosário. Já em relação à Zona C, situada entre a Ponte Governador Nobre de Carvalho e a Ponte de Sai Van, está em fase de projecto.

20 Set 2018

SMG | Raymond Tam substituído por chefe de Divisão de Meteorologia

O facto da acumulação de nomeações não poder exceder o período de um ano justifica a troca nos SMG. Raymond Tam vai ser substituído por Tang Iu Man, mas mantém “a melhor das impressões” junto do secretário Raimundo do Rosário

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] director interino dos Serviços de Meteorologia e Geofísicos (SMG), Raymond Tam, cumpriu ontem o último dia no cargo. A notícia foi avançada pelo Governo, que revelou também que o chefe de Divisão de Meteorologia, Tang Iu Man, vai ser o novo director, em regime de substituição.

Raymond Tam teve de deixar o cargo, uma vez que como director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) não pode acumular outras funções por um período superior a um ano. A explicação foi dada, ontem, por Raimundo do Rosário, secretário para os Transportes e Obras Públicas.

“A nomeação dele [Raymond Tam] era por um ano e é aquele tipo de nomeação que não é prorrogável, por isso, acabou hoje [ontem]”, explicou Raimundo do Rosário.

Contudo, o secretário defende que o director da DSPA teve uma excelente prestação nos Serviços de Meteorologia e Geofísicos. “Tenho a melhor das impressões sobre o desempenho do engenheiro Raymond Tam. Mas a realidade é esta: ele é o director do Serviços de Protecção Ambiental. Estava como director dos SMG em regime de acumulação, o que só permite que seja feito por um ano”, clarificou.

Em relação à escolha de Tang Iu Man para o cargo de director substituto e à de Leong Weng Kun, para a posição de subdirector, que até agora estava desocupada, o secretário explicou que foram procuradas soluções internas nos SMG. A solução é temporária.

“Ainda não há novo director. O que há a partir de amanhã são dois senhores da Direcção de Serviços de Meteorologia e Geofísicos que farão o favor de assegurar, em regime de substituição, o cargo de director e de subdirector”, disse Raimundo do Rosário. “Esta substituição, por agora, é por seis meses”, acrescentou.

O secretário escusou-se ainda a fazer comentários sobre a futura nomeação: “O futuro dirá”, frisou.

Advogado do diabo

Raymond Tam assumiu funções na DSPA, após a controversa saída Fong Soi Kun. O ex-director dos SMG pediu para se aposentar, depois da passagem do tufão Hato, que vitimou 10 pessoas. Fong ainda mantém um diferendo jurídico contra o Governo, uma vez que contesta a pena que lhe foi aplicada no âmbito do processo instaurada na sequência do tufão.

Por sua vez, Tang Iu Man tem um mestrado e licenciatura em Ciência Atmosférica pela Universidade de Taiwan, além de um outro mestrado em Gestão Pública, pela Universidade de Pequim. Está nos SMG desde 2005, altura em que entrou para a posição de meteorologia operacional.

20 Set 2018

Regresso emotivo | Paulo Sousa recorda passagem pelo território

[dropcap style≠‘circle’]F[/dropcap]oi em 2002 que Paulo Sousa tinha estado pela última vez em Macau, na altura no estágio da selecção portuguesa, antes do Mundial desse ano. Passados 16 anos, o agora técnico regressou ao território e sublinhou a parte emotiva do regresso ao local onde fez o último jogo da carreira.

“Há uma parte muito emotiva neste regresso a Macau. Fiz o meu último jogo aqui contra a selecção chinesa (vitória de Portugal por 2-0). Foi aqui que me lesionei no último minuto da primeira parte e que me impediu poder ajudar a selecção no Mundial. Depois como todo esse tempo [durante o Mundial], acabei por decidir acabar a minha carreira no futebol”, recordou Paulo Sousa, ontem no final do encontro. “Tomei essa decisão porque já estava há vários anos sem poder fazer aquilo que eu mais gostava com uma certa performance e uma certa continuidade”, acrescentou.

“Mas este tipo de memórias não é uma coisa que viva sempre comigo. Olhei para o futuro e encarei este desafio de treinador de uma forma muito positiva, como encaro a minha vida. Sinto-me grato ao universo e a Deus por me darem a oportunidade de fazer o que gosto e ser pago”, frisou. “Sou um privilegiado porque há muita gente que trabalha para sobreviver e eu posso fazer o que gosto e sou pago”, realçou.

Em relação ao resultado, Paulo Sousa elogiou a equipa face à superioridade da formação japonesa e recordou que o Kashima Antlers há dois anos estava a medir forças com o Real Madrid, no Mundial de Clubes.

Projecto que desilude

Por outro lado, reconheceu as limitações da sua formação que em Agosto viu sair o meio-campista Axel Witsel e que tem o avançado Anthony Modeste suspenso, depois do francês ter tentado forçar a saída no mercado do Verão.

“Não esperávamos sair nesta fase, mas temos de avaliar o que fizemos, com uma Liga dos Campeões muito acima das expectativas de todos, mas com dois jogadores muito importantes, o Witsel e o Modeste, que já não estão disponíveis”, disse sobre a derrota por 2-0. “Mesmo assim no início estivemos muito bem, tivemos quatro oportunidades de golo, duas por Alexandre Pato, e se tivéssemos marcado poderíamos ter trazido uma dinâmica diferente à equipa”, considerou.

O treinador português revelou ainda alguma frustração face ao projecto, devido ao facto de Witsel e Modeste não terem sido substituídos por atletas com igual qualidade: “As minhas ambições e expectativas, e segundo o que inicialmente foi falado e prometido [com o clube], eram completamente diferentes. Era para haver um investimento elevado para competir quer na Liga dos Campeões Asiáticos quer no campeonato”, confessou. “Mas perdemos dois jogadores fundamentais e não houve investimento. Estou desiludido e triste porque aquilo que me foi oferecido era completamente diferente disto”, explicou.

19 Set 2018

Futebol | Tianjin perde por 3-0 e está fora da Liga dos Campeões

[dropcap style≠‘circle’]P[/dropcap]assaram dezasseis anos desde que Paulo Sousa tinha estado em Macau. Em 2002, foi com as cores de Portugal e diante da selecção da China, que teve a lesão que o levou a decidir terminar a carreira. Ontem, novamente no Estádio de Macau, terminou o sonho de se apurar para as meias finais da Liga dos Campeões Asiáticos. Um sonho que começou a ruir ao minuto 13

Treze minutos. Foi este o tempo que duraram as esperanças da equipa de Paulo Sousa, no Estádio de Macau, na derrota de ontem diante do Kashima por 3-0. No encontro da segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Asiáticos, a formação chinesa esperava alcançar a reviravolta que lhe permitisse um apuramento histórico para as ‘meias’, mas acabou derrotada com um resultado acumulado de 5-0, após a derrota na primeira mão por 2-0, no Japão.

Ao contrário do que é habitual, houve ambiente de festa do futebol no Estádio de Macau. Os adeptos chineses estavam em maior número, vestidos de branco, mas foi do Japão que veio o maior apoio. No total marcaram presença no estádio 8.718 espectadores.

A necessitar de uma vitória, o treinador português Paulo Sousa apostou numa equipa com um cariz mais ofensivo, adoptando o esquema táctico de 3-5-2. Na frente, e recuperado de uma intoxicação alimentar, o criativo Alexandre Pato era  estrela da formação. No lado do Kashima Antlers, o técnico Oiwa Go fez a equipa actuar num 4-4-2, com os médios brasileiros Serginho e Leo Silva como os jogadores mais perigosos, não tendo problemas em pedir aos jogadores que queimassem tempo para proteger a vantagem de 2-0.

Com a reviravolta em mente, o Tianjin Quanjian entrou totalmente balanceado para o ataque à procura do golo. Por sua vez, o Antlers entregava o jogo ao adversário, apostando no erro contrário.

Ainda as equipas se estavam a estudar e surgiu o primeiro lance de perigo. Aos três minutos, ataque conduzido na direita pelo Tianjin com a bola a ser bombeada para o lado contrário, onde surge outro cruzamento para a área. Pato tenta fazer o remate acrobático, mas a bola segue em direcção ao guardião Kwoun Suntae. Com o esférico a sair à figura, o guarda-redes limitou-se a defender.

Foi aos 13 minutos, que surgiu o primeiro golo, numa jogada de contra-ataque. Após um passe longo, Zhang Xiuwei tenta dominar a bola na linha. Contudo, mais não fez do que dominar para o adversário, que na jogada de contra-ataque conseguiu ganhar o canto. Na marcação, Serginho surge ao primeiro poste e cabeceia para o 1-0.

A partir desse momento, a formação chinesa pareceu perder a esperança. Apesar de continuar a ser a equipa com mais posse de bola, o futebol praticado deixava muito a desejar. Em vários ocasiões por incapacidade ofensiva, a estratégia parecia limitar-se a bombear a bola para onde estivesse Alexandre Pato, e o brasileiro que resolvesse.

Uchida decisivo

Foi numa destas bolas bombeadas que o TIanjin ia chegando ao golo. Aos 24 minutos, após a cobrança de um livre à entrada da área por Pato, que optou por cruzar, a bola acaba enrolada na defesa e volta a pingar para o brasileiro. Com Suntae fora da baliza, o atacante rematou em direcção à baliza, mas Atsuto Uchida cortou em cima da linha de golo.

Se o Tianjin tinha dificuldades ofensivas, o mesmo não se passou com o Kashima. Bem organizados defensivamente, os japoneses saíam sempre em lances perigosos no contra-ataque.

Foi aos 27 minutos chegou o 2-0. Após um contra-ataque na esquerda de Uchida, que momentos antes tinha sido o salvador japonês, cruza para o bico da pequena da área, onde surgiu Hiroki Abe. O avançado rematou e ainda contou com um desvio num defesa contrário, que não deu qualquer hipótese a Zhang Lu.

Após o segundo tempo o encontro não teve grandes alterações e aos 66 minutos, Shima Doi ainda fez o 3-0. Aos 89, o Tianjin ainda poderia ter feito o tento de honra, mas o remate na área de Zheng Dalun acabou por bateu na barra.

Número:

8718 espectadores

19 Set 2018

Cultura | Residentes vão menos a museus e a monumentos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap]lém dos museus e dos monumentos, também o cinema registou quebras de afluência de público no segundo trimestre do ano. As salas locais perderam quase oito mil espectadores.
O número de residentes que visitaram museus ou locais considerados património mundial ou local registou uma quebra de 12,8 por cento, durante o segundo trimestre deste ano. Entre Abril e Junho deste ano, cerca de 100,6 mil residentes visitaram este tipo de locais culturais, enquanto há um ano o número tinha sido de 115,4 mil, de acordo com dados publicados, ontem, pela Direcção de Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
Segundo os dados revelados, cada residente terá feito, em média, 3,1 visitas a museus ou monumentos. Assim, 69,7 mil residentes visitaram museus e 66,6 mil foram aos locais de património mundial, o que corresponde a uma quebra de 10,2 por cento e 24,2 por cento face ao período homólogo.
A tendência de quebra foi igualmente registada ao nível do cinema. A sétima arte continua a ser a actividade cultural mais popular do território. No entanto, no espaço de uma ano, as salas de cinema perderam 7,9 mil espectadores. No segundo trimestre tinham ido ao cinema 173,4 mil residentes, o número caiu para 165,5 mil este ano.
Uma das principais causas para esta quebra é o cinema local. Este ano foram 30 mil os residentes que assistiram a filmes produzidos em Macau. Uma quebra de 17,2 por cento face a 2017, altura em que 36,2 mil residentes tinham assistido a cinema local. Esta tendência também pode estar relacionada com o filme Sisterhood, da realizadora Tracy Choi, que foi estreou no ano passado e atraiu muitas pessoas às salas.

Biblioteca com tendência positiva
No que diz respeito às bibliotecas, houve um aumento da participação dos residentes em cerca de 1,6 por cento. Entre Abril e Junho deste ano , 131,6 mil pessoas frequentaram os espaços de leitura, enquanto no ano passado o número fixou-se nas 129,5 mil.
Mais uma vez, tal como nos anos anteriores, destaque para uma maior participação da população estudante, que representou a proporção de 76,8 por cento dos residentes que foram à biblioteca. Já os não-estudantes constituíram 25,1 por cento. Este número poderá voltar a sofrer um novo aumento na próxima contagem, uma vez que a Biblioteca Central, a mais popular do território, alargou o horário de funcionamento até à meia noite.
Finalmente, as exposições também tiveram um crescimento, de 3,2 por cento face ao período homólogo, com um total de 36 mil residentes. Cada participante assistiu em média a duas exposições.

19 Set 2018

Transportes | Leong Sun Iok quer que casinos paguem Metro Ligeiro

[dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]deputado Leong Sun Iok acha que os custos do Metro Ligeiro vão ser um fardo para toda a sociedade. Como tal, quer que as concessionárias sejam chamadas a assumir parte da responsabilidade.

As derrapagens orçamentais e as dúvidas sobre a sustentabilidade do projecto do Metro Ligeiro levaram o deputado Leong Sun Iok a sugerir que as concessionárias do jogo assumam uma parte das despesas de funcionamento do transporte público. A interpelação do legislador ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), que foi revelada no fim-de-semana passado, é uma das reacções ao relatório do Comissariado de Auditoria sobre o projecto.
“Quando o Metro Ligeiro entrar em funcionamento, existe a expectativa que se torne numa das principais fontes de turistas e numa forma essencial para a promoção do turismo. Por isso, será que o Governo vai considerar obrigar as concessionárias a contribuir com uma percentagem das receitas do jogo para ajudar a cobrir as despesas de funcionamento do metro ou de outros transportes públicos que necessitem?”, pergunta Leong Sun Iok.
Esta proposta tem como base a legislação do sector do jogo local, que exige às concessionárias a entrega de cerca de três por cento das receitas brutas para o desenvolvimento da sociedade e promoção do turismo.
O deputado questiona também o custo que vai ter cada uma das linhas, dizendo que a ligação ao Interior da China para o Metro Ligeiro vai ficar pronta “nos próximos anos”.
“Numa altura em que a ligação entre Zhuhai e Macau vai ficar pronta dentro de breves anos, será que o Governo já fez um estudo global para apurar os detalhes de cada linha, como o custo anual de operações, as receitas dos bilhetes e outros dados com interesse público?”, interroga.
Quando entrar em funcionamento, o que se espera que aconteça ao longo do próximo ano, o Metro Ligeiro vai ter um custo de cerca de 900 milhões de patacas, de acordo com o relatório do Comissariado de Auditoria.

Benefícios questionados
No entanto, e aproveitando as dúvidas e críticas que já tinham sido levantadas pelo CA, Leong Sun Iok mostra preocupações quanto aos reais benefícios do meio de transporte.
“Segundo os cálculos dos especialistas, o tráfego diário entre a Linha da Taipa e a extensão para a Estação da Barra vai ser de 60 mil a 174 mil passageiros. Contudo, se a transferência para a Barra não estiver incluída, o fluxo diário vai ser de entre 30 mil e 69 mil pessoas por dia. Porém, só o custo de operação deste segmento vai ser superior a 900 milhões de patacas.”, realça.
“Não só este projecto falhou no objectivo de resolver os problemas do trânsito dentro de um prazo razoável, como, ainda por cima, tem derrapado de forma contínua e tornou-se num peso para toda a sociedade”, acusa.
A primeira fase do Metro Ligeiro deverá entrar em funcionamento em 2019, com a Linha da Taipa. Segundo a última estimativa do CA, quando toda as linhas entrarem em funcionamento, a obra irá acumular um custo de 51,2 mil milhões de patacas.

19 Set 2018

Jogo | Impacto do encerramento dos casinos pode atingir 1,5 mil milhões

Pela primeira vez desde que foi criada a RAEM, os casinos fecharam, devido à passagem de um tufão. A presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo elogiou a medida que coloca em primeiro lugar a segurança dos trabalhadores

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] encerramento das áreas de jogo dos casinos devido à passagem do Tufão Mangkhut, entre as 23h de sábado e as 8h de segunda-feira, poderá ter causados perdas às operadoras na ordem dos 1,5 mil milhões de patacas. As previsões foram feitas pelo banco de investimento Union Gaming.

“Uma vez que o encerramento dos casinos aconteceu durante os importantes dias do fim-de-semana, em que, normalmente, as receitas brutas são superiores às receitas do dias úteis, antevemos que o encerramento tenha um impacto entre 1,1 mil milhões e 1,5 mil milhões nas receitas brutas do jogo”, pode ler-se num nota de imprensa, divulgada no domingo.

Em relação às receitas brutas para todo o mês de Setembro, ou seja o montante que entra nas caixas dos casinos, antes do pagamento de impostos e outras despesas, a Union Gaming espera agora um crescimento em ritmo mais lento.

“A nossa previsão inicial apontava para um montante de 24,5 mil milhões de patacas, o que implicava um crescimento de 14,7 por cento face ao período homólogo. Mas o montante deverá agora ficar entre 23 mil milhões e 23,3 mil milhões de patacas em Setembro, ou seja entre um crescimento de 7,7 por cento e 9,3 por cento”.

Esta foi a primeira vez, após a criação da RAEM, que as zonas de jogo dos casinos encerraram devido à passagem de um tufão. Nem durante o Hato, que vitimou 10 pessoas em Macau, os casinos tinham sido encerrados. A decisão partiu da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), com a aprovação do Chefe do Executivo, e foi justificada com a necessidade de garantir a segurança dos trabalhadores.

Medida aplaudida

Por sua vez, Cloee Chao, presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo, deixou elogios à decisão por considerar que coloca em primeiro lugar a segurança dos trabalhadores do sector.

“É uma medida muito boa e é eficaz para garantir que os funcionário dos casinos não ficam feridos quando se estão a deslocar, em altura de tufões. É a primeira vez que foi tomada desde a liberalização”, disse Cloee Chao, em declarações ao HM.

“Durante muito tempo houve a discussão sobre se as perdas dos casinos iriam ser muito grandes, caso fossem encerrados nas alturas de tufão. Desta vez, ficou provado que não se podem falar em grandes prejuízos”, defendeu.

A presidente da Associação Novo Macau para os Direitos dos Trabalhadores do Jogo revelou ainda que vai tentar agendar uma reunião com a DICJ para que “esta grande melhoria” continue a ser aplicada no futuro.

18 Set 2018

Mangkhut | Deputados divulgaram acções de voluntariado nas redes sociais

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]pós a passagem do tufão Mangkhut foram vários os deputados eleitos pela via directa que realizaram acções de voluntariado, nomeadamente na limpeza das ruas. Desde os campos tradicionais aos mais pró-democratas, todos acabaram por partilhar os trabalhos nas redes sociais.

“Depois da passagem do tufão Mangkhut ficaram milhares de toneladas de lixo em Macau. Honestamente, apenas um máximo de uma centena de sacos com lixo podem ser removida ao longo de horas de trabalho, mas como as pessoas estão unidas neste esforço, as operações correm muito melhor”, escreveu o pró-democrata Sulu Sou, numa rede social. “Esta tarde senti o poder da comunidade, com o trabalho de todos foi possível reabrir rapidamente o mercado”, acrescentou o legislador da Novo Macau.

Também a Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) não perdeu a oportunidade de mostrar o trabalho dos seus deputado. Vestidos com as cores da FAOM, Ella Lei, Leong Sun Iok, acompanhado dos outros membros da associação eleitos pela via indirecta, Lei Chan U e Lam Lon Wai, estiveram na Rua Cinco de Outubro, na zona do Porto Interior. “Foi uma acção desenvolvida com o objectivo de mostrar solidariedade com os residentes mais afectados e ajudar as pessoas nas limpezas, no remover da água estagnada e do entulho causado pelo tufão”, foi explicado em comunicado da associação. Os voluntários da FAOM contaram ainda com o agradecimento de Sónia Chan, secretária para a Administração e Justiça, que passou pelo local.

Ainda no campo tradicional, Mak Soi Kun levou a Associação de Conterrâneos de Jiangmen para a rua. Acompanhado pelo colega Zheng Anting, os dois surgem em várias fotos no Porto Interior.

Já a legisladora Agnes Lam passou o dia em Coloane, em operações de limpeza, inclusive com o guarda prisionais. “Os bloqueios à estrada foram removidos muito cedo e a estrada ficou totalmente desimpedida pelas oito da manhã. No entanto, a limpeza dos esgotos e das lojas foi muito mais complicada”, relatou Agnes.

18 Set 2018

Pós-tufão | Chefe do Executivo visita zonas afectadas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, visitou ontem de manhã as zonas baixas da cidade, incluindo o Mercado de S. Lourenço, a zona do Pagode do Bazar, o bairro de Fai Chi Kei e o Mercado Vermelho, para se inteirar do ponto de situação e das inundações após a passagem do Mangkhut. Em comunicado, o gabinete de Fernando Chui Sai On, indicou que o Chefe do Executivo deu instruções nomeadamente no âmbito da execução dos trabalhos de limpeza para que a vida dos residentes regresse à normalidade o mais breve possível.

Vítor Sereno enviou abraço de solidariedade

Apesar de desempenhar actualmente funções no Senegal, o ex-Cônsul de Portugal em Macau e Hong Kong não se esqueceu dos territórios, que foram assolados pelo tufão Mangkhut. “Do Senegal, onde agora me encontro, envio a todos os amigos em Macau e Hong-Kong – em particular à nossa querida Comunidade Portuguesa – que passam neste momento por dificuldades devido à passagem do “Mangkhut”, um enorme abraço de solidariedade”, escreveu Vítor Sereno, nas redes sociais. “Estaremos sempre juntos!”, acrescentou.

18 Set 2018

LCA | Paulo Sousa encara encontro como se estivesse em casa

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Tianjin Quanjian vai utilizar hoje o Estádio de Macau para a segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Asiáticos e Paulo Sousa quer surpreender o adversário, depois de ter perdido na primeira mão por 2-0.

Em Macau, mas a jogar em casa. É desta forma que Paulo Sousa, treinador do Tianjin Quanjian, encara a partida desta noite, às 19h30, no Estádio de Macau diante do Kashima Antlers. Na primeira-mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Asiáticos, a formação chinesa perdeu por 2-0, pelo que terá de conseguir um resultado de, pelo menos, 3-0 para se apurar para as meias-finais.

“Estamos a jogar fora, mas sentimos que estamos em casa. Por isso, vamos procurar pressionar o adversário desde o início, mantendo a concentração para não sofrer golos. Mas queremos ter a posse da bola e criar as oportunidades para virar a eliminatória”, disse, ontem, o técnico português, no lançamento da partida.

Uma das condicionantes da partida passa pelo facto dos trabalhos das equipas terem sido afectados pela passagem do tufão Mangkhut, que impediu que subissem ao relvado. Paulo Sousa considera que esta é uma realidade que encara pela primeira vez, mas que não será justificação para um resultado menos conseguido. “A equipa está recuperada [após a derrota por 1-0 do fim-de-semana diante do Dalian Yifang]. Não fomos autorizados a sair do hotel, mas tivemos duas excelentes sessões de recuperação. Para nós há muitas coisas novas que temos de enfrentar e esta é só mais uma. Mesmo assim, estamos confiantes que podemos ter o resultado que procuramos”, explicou.

Ainda em relação ao adversário, o treinador frisou que o futebol japonês está muito mais desenvolvido do que o chinês. “Em termos técnicos, físicos e tácticos o futebol japonês está mais desenvolvido. O jogador japonês tem uma outra forma de ler os jogos. Mas a nível mental somos superiores e podemos ser competitivos. Já mostrámos nos encontros do grupo que podemos vencer equipas japonesas e é isso que temos de repetir”, considerou.

Solidariedade nipónica

Por sua vez, o treinador dos Kashima Antlers, Go Oiwa, começou a conferência de imprensa por recordar os afectados pelo tufão Mangkhut. “Queremos mostrar a nossa solidariedade por todos os afectados pelo tufão, quer em Macau, quer nas jurisdições vizinhas. Nesta altura difícil, os nossos pensamentos estão com eles”, afirmou o técnico japonês. Apesar de nem Macau nem Hong Kong não terem registado vítimas mortais, nas Filipinas e no Interior da China houve quem não resistisse à passagem tufão.

Já sobre a partida, Go Oiwa vincou a vontade da equipa não sofrer qualquer golo e de impor o seu jogo. O técnico japonês alertou também para os perigos da equipa jogar demasiado à defesa e deixar-se surpreender.
O encontro está agendado para esta noite. A Associação de Futebol de Macau distribui, no sábado, cinco mil bilhetes para o encontro, que foram todos levantados por residentes em cerca de duas horas.

18 Set 2018

AFM | Distribuídos 5 mil bilhetes para jogo da Liga dos Campeões Asiáticos

Macau vai receber uma partida dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Asiáticos, e a AFM tem ingressos grátis para os residentes que desejem ver o técnico Paulo Sousa em acção. Os bilhetes são distribuídos no sábado ou, em caso de tufão, na segunda-feira

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Estádio de Macau vai ser o palco, na terça-feira, do encontro entre o Tianjin Quanjian, de Paulo Sousa, e o Kashima Antlers, a contar para a Liga dos Campeões Asiáticos, e os ingressos começam a ser distribuídos este sábado. No total, quem tiver o estatuto de residente vai ter acesso a 5 mil ingressos grátis, que têm de ser levantados no Estádio entre as 09h e as 18h de sábado. É exigida a apresentação do BIR e cada pessoa poderá levantar até quatro bilhetes.

Os pormenores sobre a distribuição dos ingressos para a principal competição de clubes da Ásia foram anunciados ontem, numa conferencia de imprensa promovida pela Associação de Futebol de Macau (AFM).

Contudo, segundo a explicação do secretário-geral da AFM, Chan Keng Hou, existe um plano de contingência. Caso o sinal de tufão n.º 8, ou superior, seja içado no sábado, a distribuição dos bilhetes é adiada para dia 17, segunda-feira, e vai realizar-se entre as 18h e as 22h.

Na conferência de imprensa, Chan Keng Hou abordou o acordo feito com o Tianjin Quanjian para que o encontro se realize em Macau. “Não vai haver qualquer pagamento extra pelo facto do Estádio de Macau ser utilizado para o jogo. O espaço é colocado à disposição do clube, que assume as despesas relacionadas com a organização do evento”, afirmou Chan Keng Hou.

“Como é do conhecimento público, o Tianjin Quanjian teve uma situação que impediu que o encontro fosse disputado no seu estádio e esta foi a solução encontrada”, acrescentou. Entre 18 e 20 de Setembro, a cidade de Tianjin vai receber o Fórum Económico Mundial de Davos.

Chan Keng Hou fez ainda questão de deixar agradecimentos à Associação de Futebol da China por permitir que o encontro se realize em Macau.
Por último, o secretário-geral da AFM pediu ainda às pessoas que queiram ir ao estádio que se desloquem atempadamente, para evitar congestionamentos e confusões na área. O encontro está agendado para as 19h30 de quarta-feira.

Tianjin em desvantagem

Quando entrar em campo, o Tianjin Quanjian, de Paulo Sousa, vai ter uma desvantagem de dois golos para anular. Na primeira-mão dos quartos-de-final, a equipa orientada pelo técnico português foi derrotada por 2-0 no Japão, com golos dos brasileiros Serginho e Léo Silva.

Além de Paulo Sousa, o Tianjin Quanjian conta ainda no plantel com o brasileiro Alexandre Pato, antiga promessa do futebol mundial, por quem o AC Milan pagou ao Internacional 24 milhões de euros, em Agosto de 2007. Contudo, uma série de lesões fizeram com que o atleta entrasse numa fase de declínio, que o levou a regressar ao Brasil antes de rumar à China. Mesmo assim, conta no currículo com passagens por equipas como Corinthians, Chelsea, São Paulo e Villareal.

A equipa chinesa está actualmente na 10.ª posição da Liga Chinesa, a 18 pontos do líder Beijing Guoan. Já o Kashima Antlers ocupa o 8.º lugar da J-League, a 19 pontos da liderança, ocupada pelo Sanfrecce Hiroshima.

14 Set 2018