FIA vai investigar acidente de piloto alemã no Grande Prémio

[dropcap]A[/dropcap] Federação Internacional de Automóvel (FIA) vai investigar o acidente que ocorreu durante o Grande Prémio de Macau em que o carro de Sophia Florsch voou contra as redes de protecção e causou cinco feridos. O anúncio foi feito pelo presidente do organismo Jean Todt, na madrugada de ontem, através de um comunicado no twitter.

“Depois do incidente de hoje [domingo] em Macau a FIA mobilizou-se para ajudar todos os envolvidos e analisar o que aconteceu”, começou por escrever o francês, que durante vários anos foi co-piloto em ralis. “Vamos acompanhar a situação e tirar as conclusões necessárias”, acrescentou.

O ex-director da equipa de Fórmula 1 Ferrari deixou depois uma mensagem de apoio para a piloto de 17 anos: “Todos os meus pensamentos estão contigo Sophia Florsch e com os outros acidentados. Desejo a todos uma recuperação saudável”, frisou.

Florsch saiu de pista a 276 quilómetros por hora na zona do Hotel Lisboa, após ter batido no carro do piloto indiano Jehan Daruvala, na recta que antecede a famosa curva. Como consequência o carro levantou voo, atingiu o monolugar do japonês Sho Tsuboi, foi contra as redes de protecção e acertou num posto elevado para os repórteres de imagem.

Na sequência do acidente a alemã de 17 anos fracturou a coluna, mas horas depois fez uma publicação no twitter a dizer que se encontrava bem.

Apoios da F1

Apesar da transmissão televisiva não ter mostrado as imagens do acidente nem das operações de salvamento, os vídeos feitos por pessoas nas bancadas acabaram por correr o mundo. A espectacularidade do acidente fez com vários pilotos da Fórmula 1 enviassem mensagens de apoio à acidentada.

“Os meus pensamentos estão com a Sophia Florsch, após o acidente em Macau. Vamos aguardar por notícias positivas. Mantém-te forte, Sophia!”, escreveu Fernando Alonso, piloto da Mclaren, no twitter.
Nico Hulkenberg, piloto da Renault e compatriota da jovem de 17 anos, também não deixou o acidente sem comentários: “Acabei de ver as imagens horríveis de Macau… Os meus pensamentos estão com a Sophia Florsch e os outros envolvidos. Mantenham-se fortes!”, afirmou o piloto alemão.

Já o monegasco Charles Leclerc, que no próximo ano vai ser piloto oficial da Ferrari, deixou igualmente os desejos de ter “boas notícias” sobre todos os envolvidos.

20 Nov 2018

Mulheres | Traições no casamento cada vez mais aceitáveis

A maioria ainda acha que o homem deve ser o pilar económico da família, mas são muito poucas as que acham que deve ser ele a pedir a conta e a pagar, nos jantares e almoços nos restaurantes. Há também maior abertura para que seja o pai a ficar em casa, sem emprego, a tomar conta das crianças

[dropcap]O[/dropcap] número de mulheres que considera aceitáveis “actividades sexuais extraconjugais” aumentou 6 pontos percentuais para 19,1 por cento de 13 por cento, entre 2012 e 2017. Os dados fazem parte do relatório de 2017 sobre a Condição da Mulher em Macau. O documento ainda não foi publicado, o que só acontecerá no final do ano, mas ontem o Conselho para os Assuntos das Mulheres e Crianças divulgou alguns dos dados.

Para este relatório foram ouvidas 1001 mulheres, pelo que a taxa de resposta “aceitável”, representa um número de aproximadamente 191 mulheres. O último relatório do género foi apresentado em 2012, ano que serve de comparação para as actuais conclusões.

Como os dados avançados são ainda preliminares, o chefe do Departamento de Serviços Familiares e Comunitários do Instituto de Acção Social, Tang Yuk Wa, não quis abordar as conclusões e as explicações ficaram prometidas o documento final.

No que diz respeito ao casamento, há cada vez menos mulheres a concordar que o matrimónio deve ser para sempre. Assim, 69,2 por cento das inquiridas concordam que o nó é para toda a vida, mas houve uma redução de 11,6 por cento face 2012 por cento.

Por outro lado, há cada vez mais mulheres que consideram que ser mãe solteira é uma vergonha. Enquanto que em 2012, 65,4 por cento das mulheres afirmavam que “ser mãe solteira não é uma vergonha”, em 2017 o número caiu para 60,3 por cento, o que corresponde a uma diminuição de 5,1 pontos percentuais.

Pouco tradicional

Os números avançados demonstram igualmente uma nova tendência em algumas das ideias mais tradicionais e a maior aceitação do papel do homem, como membro do casal que fica em casa a tratar das crianças. Assim, 36,8 por cento das mulheres concordam com a ideia que os “homens podem cuidar da família e não ter emprego”, o que representa um aumento de 11,4 pontos percentuais. Já sobre a obrigação das mulheres terem filhos e casarem-se, 37,2 por cento deram o aval à frase, uma redução de 18,7 por cento face a 2012.

Uma quebra semelhante registou-se face à ideia de que “as mulheres devem deixar os estudos/carreira profissional por amor à família”, em que apenas 13,3 por cento se mostraram de acordo, uma percentagem que encolheu 18,7 pontos percentuais.

No entanto, a maioria das inquiridas ainda considera que os homens têm de ser o pilar económico da família, uma vez que 51,1 por cento concordaram com a frase. Porém, também aqui há uma quebra de 11,2 pontos percentuais. Mas se elas esperam que sejam os homens a suportar as despesas em casa, o mesmo não acontece quando os casais comem fora. Em relação à “obrigação” de serem eles a pedir e pagarem a conta, 14,9 por cento disseram concordar com esta ideia, o que significou uma quebra de 6,4 pontos percentuais em relação a 2012.

20 Nov 2018

Operação da piloto Sophia Floersch demorou nove horas. Sinais vitais estão estáveis

A piloto alemã é a acidentada que está na situação mais complicada, mas as indicações são animadoras. Comissário de Macau vai continuar internado cerca de quatro dias e depois terá alta

[dropcap]S[/dropcap]ophia Floersch foi operada ontem durante nove horas e a equipa médica do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) responsável pelo tratamento da jovem de 17 anos acredita que existem fortes possibilidades da piloto voltar a andar e até retomar a carreira. Nesta altura, ainda não há certezas, mas durante a operação a alemã mostrou sinais de mobilidade nos membros, está livre de perigo, pelo que as perspectivas são positivas.

O cenário foi traçado durante uma conferência de imprensa organizada ontem, pelo Serviços de Saúde, para fazer um ponto de situação sobre os feridos durante a 65.ª edição do Grande Prémio. Em relação a Sophia Floersch foi explicado que a piloto fracturou a vértebra cervical C7 e que foi necessário um disco para reconstruir a parte da coluna afectada pelo acidente, que aconteceu quando o carro da alemã seguia a mais de 276 quilómetros de hora.

“Durante a operação ela mostrou ter sinais de mobilidade nos membros. No futuro penso que poderá continuar com a carreira. Mas ainda não há garantias, porque apesar de poder haver sinais iguais, a recuperação varia de caso para caso”, disse Chan Hong Mou, médico consultor do Serviço de Ortopedia do CHCSJ. “Tem de ficar deitada durante algum tempo mas no futuro não terá grandes problemas, pensamos que poderá voltar a andar”, acrescentou.

O mesmo médico explicou também que para a alemã de 17 anos vai ser fundamental o tempo de recuperação e que depois ainda terá realizar fisioterapia, o que poderá acontecer já na Alemanha. De acordo com um comunicado emitido na manhã de hoje, os médicos prevêem que a piloto poderá estar ainda mais uma ou duas semanas em observação. O mesmo comunicado explica que os sinais vitais de Sophia Floersch estão estáveis e que os quatro membros de movimentam.

Decisões difíceis

Chan Hong Mou revelou também que a família teve de decidir se transportavam Floersch para a Alemanha para fazer a operação, ou se o tratamento era feito em Macau. No final, os riscos evolvidos no transporte, que poderiam causar ainda mais danos à saúde da piloto, levaram a que a operação fosse feita em Macau.

Além da equipa, Floersch tem sido acompanhada pelo seu pai.

Quanto ao comissário de pista de Macau, foi revelado que é do sexo masculino e tem 34 anos. O residente local partiu o maxilar direito e foi alvo de uma cirurgia plástica, mas não apresenta complicações e deve ter alta dentro de três ou quatro dias. Já o fotógrafo do Interior da China, de 25 anos, também vai continuar internado devido a uma hemorragia no fígado, mas não preciso de transfusões de sangue, pelo que o internamento se deve à necessidade de o manter em observação. Ambos não correm perigo de vida.
Em relação aos outros envolvidos no acidente, o piloto Sho Tsuboi já recebeu alta ontem. O mesmo aconteceu com o fotógrafo japonês, que tinha uma concussão na cabeça.


Raul Torras saiu do hospital

Ontem também foi feito o ponto da situação dos outros três pilotos de motos envolvidos em diferentes acidentes. As perspectivas da equipa médica são para que as carreiras dos três não sejam interrompidas. Quanto a Andrew Dudgeon, o homem das Ilhas de Man foi operado à Vértebra Lombar L2 e está a recuperar. Já Ben Wylie foi submetido a uma operação de sete horas, teve uma fractura no pescoço e está em observação. Finalmente Raul Torras, que tinha a clavícula e algumas constelas partidas, deixou ontem o hospital.

20 Nov 2018

WTCR | Gabriele Tarquini fez história

[dropcap]A[/dropcap]os 56 anos, Gabriele Tarquini sagrou-se o primeiro vencedor da Taça do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) no Grande Prémio de Macau. O piloto italiano esteve longe de lutar pelas vitórias, mas veio para a Guia com uma vantagem de 33 pontos e soube gerir a distância nas três corridas de Macau. Contudo, o título esteve longe de ser fácil e Tarquini apanhou um susto, quando na primeira corrida da manhã de ontem – a segunda das três provas do WTCR em Macau – ficou envolvido num acidente na curva do Lisboa.

Como resultado do toque, o italiano foi obrigado a desistir, Yvan Muller aproximou-se da liderança do campeonato, com uma distância de 18 pontos, e os mecânicos da Hyundai tiveram cerca de uma hora para reparar o carro. No final, o trabalho foi feito com sucesso, e o piloto alcançou o 10.º lugar, que foi necessário para ser campeão.

“A sensação de ganhar assim é melhor do que se tivesse sido fácil” afirmou Tarquini, no final de ter feito história. Depois assumiu a responsabilidade de ter complicado as coisas: “Fui eu que coloquei em risco o título de campeão devido a um erro. Não posso culpar mais ninguém. Errei na qualificação e se não fosse isso não teria arrancado em 14.º para as duas corridas de hoje [domingo], o que tornou as coisas mais complicadas, principalmente na abordagem à Curva do Grande Lisboa”, sublinhou.

Tarquini relatou também o acidente que colocou quase tudo em causa: “Houve um acidente à minha frente e travei a tempo na entrada da Curva do Lisboa. Só que começaram a bater atrás de mim e também fui atingido”, contou.

O italiano junta o título da Taça Mundial de Carros de Turismo ao Campeonato Mundial de Carros de turismo, conquistado em 2009, com a Seat.

Título de equipas para Muller

Por sua vez, Yvan Muller (Hyundai) fez quase tudo bem, mas face ao 10.º lugar na última corrida de Tarquini, precisava de terminar em segundo, o que não conseguiu. Numa corrida vencida por Esteban Guerrieri (Honda), Muller foi 4.º atrás de Michelisz (Hyundai), colega de equipa do italiano.

Contas feitas, Tarquini terminou o campeonato com 306 pontos, Yvan Muller esteve no segundo lugar com 303 pontos e Esteban Guerrieri foi terceiro, com 267 pontos.

Apesar de ter perdido o título, o francês teve como prémio de consolação a vitória no campeonato de equipas da Yvan Muller Racing (YMR). “Quero agradecer a toda a minha equipa. Estou muito orgulhoso do que conseguimos”, afirmou. A YMR somou 562 pontos contra os 559 pontos da BRC Racing, que ficou no segundo lugar.

Em relação aos vencedores das três corridas, a primeira foi conquistada por Jean-Karl Vernay (Audi), a segunda por Frédéric Vervisch (Audi) e a última por Guerrieri. Robert Huff (VW) partia com aspirações a conquistar a décima vitória, soma nove actualmente, mas não foi além de um terceiro e segundo lugares.

“Estou um bocado desiludido, mas tenho nove vitórias e não me importo de partilhar”, disse o homem com mais vitórias em Macau nos carros de Turismo.

Rui Valente falhou qualificação

No ano em que celebrou 30 anos de carreira, o macaense Rui Valente (VW) falhou a qualificação para as corridas do WTCR, uma vez que não conseguiu fazer um tempo dentro do limite de 105 por cento da pole-position. O piloto ainda foi melhorando os seus tempos ao longo do fim-de-semana, mesmo assim foi insuficiente para poder participar na prova. O mesmo aconteceu com o também piloto de Macau Lam Kam San (Audi).

Pilotos de Macau

André Couto (Honda) Classificações: 21.º, 20.º e 18.º

“Foi um fim-de-semana com bastantes problemas no carro, amortecedores partidos, um problema no turbo, falhas no motor. Mas o mais importante foi ajudar esta equipa de Macau [MacPro] numa prova deste nível” disse André Couto, ao HM. “Para ser sincero as posições alcançadas não me interessam nada. Mais um lugar, menos um é irrelevante. São posições em que não quero andar”, frisou.

Filipe Souza (Audi) Classificações: 17.º, 19.º e 19.º

“Faço um balanço positivo da participação porque fui melhorando os meus tempos, principalmente entre as sessões de treinos e na qualificação. Nas corridas tive altos e baixos”, afirmou. “Na última corrida tive um carro mau, mas acabei por ter muita sorte. Houve um acidente à saída da última curva, quando eu estava quase lá, e tive de decidir como evitar o carro. Ia de prego a fundo e não podia travar, por isso decidi ir pela esquerda e passei… mas fogo… ia ser uma grande batida, poderia ter ficado magoado”, relatou.

Billy Lo (Audi) Classificações: 19.º, 21.º e 21.º

“Foi a primeira vez que participei no WTCR e gostei muito da experiência. Todos os participantes de Macau tiveram de levar peso extra de 20 quilogramas por serem convidados, o que nos dificultou a tarefa. Mas fiquei muito contente, pude comparar os meus tempos com os melhores”, afirmou Billy Lo.

Kevin Tse (Audi) Classificações: Desistência, 18.º e 17.º

“Para mim foi uma honra competir contra os melhores pilotos de turismo do mundo. O nosso carro esteve bom, fomos por duas vezes o melhor piloto de Macau e fiquei muito feliz. Não tivemos ritmo para acompanhar os outros pilotos, eles são superiores e estão habituados a competir todo o ano neste ritmo, mas fui por duas vezes o melhor piloto de Macau” contou Kevin Tse.

19 Nov 2018

Suncity dominou Corrida da Taça de Macau de Carros de Turismo

[dropcap]S[/dropcap]unny Wong (Subaruz Impreza) e Paul Poon (Peugeot RCZ) dominaram as classes para carros com mais de 1950cc e 1600T da Corrida da Taça de Macau de Carros de Turismo. Contudo, a prova ficou marcada pelo acidente de Lei Kit Meng (Nissa GTR) que deixou a pista cheia de óleo e que fez com que a corrida fosse suspensa durante mais de 20 minutos. No final, os pilotos acabaram por fazer pouco mais do que duas voltas em ritmo de corrida e nas restantes cinco, o safety car liderou o pelotão.

O mote para a prova foi dado ainda antes do início, quando Wong Wan Long atirou o Mitsubishi EVO 10 contra as barreiras, na Curva do Lisboa, quando ainda conduzia para a grelha de partida. Com menos um carro em pista, Sunny Wong arrancou mais rápido do que o japonês Mitsuhiro Kinoshita (Nissan GTR) e segurou a primeira posição. Wong foi ajudado pelo facto do Subaru ser muito mais rápido nas rectas. Na categoria 1600T, Paul Poon superiorizou-se à concorrência e ainda segurou o terceiro lugar à geral.

O grande protagonista da prova, pelas piores razões, foi Lei Kit Meng, promotor de jogo e piloto local, que bateu na primeira curva do circuito na segunda volta. Com o carro visivelmente danificado, Lei optou por permanecer em pista, deixando óleo em várias zonas do circuito. Nem as bandeiras pretas, que indicam a desclassificação por conduta pouco desportivo, fizeram com que parasse.

Devido ao óleo, a pista teve de ser limpa e a sessão esteve suspensa durante mais de 15 minutos, após duas voltas em que o Safety Car já estava na pista. Assim, e apesar de estarem previstas 12 voltas ao circuito da Guia, apenas foram feitas três em ritmo de corrida. Na única volta corrida, após a suspensão da prova, Sunny Wong não teve problemas em defender-se de Kinoshita e segurou a vitória, com Poon atrás do japonês a fechar o pódio.

Na classe para carros com um cilindrada superior a 1950cc, Wong e Kinoshita foram primeiro e segundo, com o lugar mais baixo do pódio a ser ocupado por Samson Fung (Audi TTRS). Na classe 1600T, Paul Poon foi primeiro, seguido por Alexander Fung (Peugeot RCZ), que foi 5.º à geral, e pelo piloto de Macau, Chan Weng Tong (Chevrolet Cruz), que foi 14.º à geral.

Sol e críticas

No final, Wong estava visivelmente satisfeito e disse esperar que no futuro haja mais dias solarengos, num trocadilho com o seu nome Sunny. “Espero que nos próximos anos volte a haver mais dias solarengos como este”, disse o vencedor, face ao contraste do céu nublado. Já Paul Poon valorizou o trabalho da equipa e mencionou o facto de estar a celebrar o 20.º título da carreira: “É um resultado especial para mim. É a minha sétima vitória na classe 1600T, num ano em que comemoro 20 anos de carreira e é muito especial”, afirmou Poon, ao HM. O piloto admitiu também alguma frustração com o facto de se terem realizado apenas três voltas em ritmo de corrida.

 

Badaraco deixa criticas

Horas depois do fim da prova, Jerónimo Badaraco mostrou a sua frustração com a organização e com o facto de se terem realizado apenas três das 12 voltas em ritmo lançado: “Ainda me pergunto, será que participei numa corrida na manhã de hoje [sábado]? Aquilo foi uma corrida? Estou muito desiludido com o controlo da corrida e os responsáveis”, escreveu na rede social Facebook. “Sinto-me mal pelo patrocinador principal do evento. Acho que a organização deve estar a sonhar…”. Badaraco terminou a prova em 23.º, depois de ter arrancado do fim do pelotão.

19 Nov 2018

Motociclismo | Peter Hickman ganhou corrida encurtada por acidente

O piloto britânico de 31 anos superiorizou-se à concorrência, apesar de um arranque mal-conseguido, e alcançou o terceiro triunfo em quatro anos, à frente de Michael Rutter

 

[dropcap]P[/dropcap]eter Hickman (BMW) venceu o Grande Prémio de Macau em motos pela terceira vez, numa corrida que foi encurtada em quatro voltas, após um acidente entre os concorrentes Ben Wylie (Bimoto) e Phillip Crowe (BMW), na curva dos Pescadores. Hickman demorou 19:31.386 para percorrer as oito voltas e terminou da melhor forma os três dias da competição, em que foi quase sempre o mais rápido.

“Foi um fim-de-semana fantástico para mim, para a equipa e para a Faye [Ho]. É o primeiro Grande Prémio dela como responsável por uma equipa e felizmente conseguimos ganhar”, afirmou Peter Hickman, após a vitória com as cores da formação da sobrinha de Stanley Ho.

O britânico foi também questionado sobre se ambicionava alcançar oito vitórias, tal como Michael Rutter, o piloto com o recorde de triunfos no Circuito da Guia. “Para alcançar esse registo e poder igualar o Michael ainda vou ter de regressar mais alguns anos. Acho que ele já compete aqui há 15 anos por isso vai ser muito complicado igualá-lo. Vou encarar as corridas ano-a-ano”, acrescentou.

Apesar de ter demonstrado um ritmo muito forte na qualificação, Hickman foi ultrapassado logo na partida, o que fez com que estivesse até à quarta volta em segundo lugar. No final, considerou natural ter sido ultrapassado e elogiou as partidas do colega de equipa: “O Michael [Rutter] teve uma partida muito melhor do que a minha. Normalmente ele arranca melhor do que eu porque é muito consistente quando está na parte suja da pista”, contou.

Voa baixinho

O momento-chave da corrida chegou à quarta volta, quando o vencedor devolveu a ultrapassagem a Rutter, na Curva do Mandarim. Numa altura em que os dois pilotos da equipa Aspire-Ho se começavam a distanciar da luta pelo terceiro lugar, entre Martin Jessopp (Ducati), Danny Webb (BMW) e Gary Johnson (Kawasaki), Hickman aproveitou para se isolar, posição que foi conseguindo manter.

No final, Rutter elogiou o desempenho do colega de equipa: “Fiquei um bocado chocado quando cheguei à Curva do Mandarim em primeiro lugar. Normalmente ele arranca muito bem, mas percebi que ele tinha errado na trajectória da primeira curva”, começou por explicar. “E estava tudo a correr bem até que ele passou por mim a voar e começou a criar uma certa distância. Nessa altura limitei-me a seguir atrás dele. Ainda pensei tentar forçá-lo a cometer um erro, mas ele teve um desempenho excelente”, sublinhou.
No final, os dois primeiros acabaram separados por 0,795 segundos.

Inalcançáveis para Jessopp

Em terceiro lugar ficou Martin Jessopp a 7.434 segundos do primeiro classificado. Esta foi a posição em que o piloto arrancou mas deixou-se surpreender no arranque, caindo para quinto. “Nunca entrei em pânico com o arranque, porque sabia que era possível recuperar. Este ano tive uma abordagem diferente, com uma moto nova. Por isso tive uma abordagem relaxada”, comentou Jessopp. “Mas para ser sincero a diferença para os dois da frente era demasiado grande. Nunca pensei dizer isto após um Grande Prémio de Macau, mas sinto que quero correr já amanhã, uma vez que sabemos o que precisamos de fazer para melhorar e tentar encurtar distâncias”, frisou.

Após o acidente na curva dos pescadores, e cujas imagens foram omitidas pela organização da prova, Ben Wylie foi transportado para o hospital, onde permaneceu para ser observado. O piloto esteve sempre consciente. Quanto a Phillip Crowe, o piloto foi observado logo no local, e recusou ser transportado para o hospital, dizendo que se sentia bem.

 

Rutter admite regresso

“Há 15 anos que me fazem essa pergunta”. Foi esta a resposta em tom divertido de Michael Rutter, após ser questionado sobre a hipótese de se retirar do motociclismo e deixar de correr em Macau. O britânico de 46 anos mostrou vontade de regressar e partilhou alguma nostalgia: “Hoje quando estava no pódio senti mesmo que aprecio o Grande Prémio. Olho para todos os arranha-céus e recordo-me de quando participei pela primeira vez, em 1994, e em que subir ao pódio era apenas um sonho”, contou o piloto de 46 anos, também conhecido como The Blade. “Neste momento fizemos a primeira prova com esta excelente moto e para ser justo a moto foi fantástica. Se fosse alguém com menos 20 anos a conduzi-la o resultado talvez fosse outro. Mas a moto tem uma boa base para evoluir, sabemos o que temos de fazer e acho mesmo que vou regressar”, acrescentou.

19 Nov 2018

Taça Mundial GT | Augusto Farfus ajudou BMW a derrotar favorita Mercedes

Eram três contra um, mas no final foi mesmo o único carro inscrito pela marca bávara a triunfar. Naquela que poderá ter sido a última visita da Taça Mundial GT da FIA, Augusto Farfus levou o troféu para casa

 

[dropcap]A[/dropcap]ugusto Farfus foi o vencedor da Taça Mundial de Carros GT, numa prova que liderou desde o início. O piloto demorou 41.45.922 a percorrer as 18 voltas. Apesar de ser o único piloto da BMW inscrito, o brasileiro chegou para levar a melhor diante da eterna rival Mercedes, que se fez representar com três carros, para Maro Engel, Edoardo Mortara e Raffaelle Marciello.

O momento decisivo da prova aconteceu ainda na corrida de qualificação, no sábado, quando Farfus ultrapassou Marciello e assumiu o primeiro lugar. A partir desse momento o brasileiro mostrou que o BMW era o carro mais forte na parte do circuito onde é possível ultrapassar, ou seja entre a zona de partida até à Curva de Lisboa, e limitou-se a gerir.

“Hoje [ontem] as coisas foram algo diferentes de sábado e as condições estavam mais difíceis para conduzir. Por isso, senti que não poderia correr riscos, porque os outros pilotos que estavam atrás de mim eram muito rápidos. Foi preciso um grande esforço para evitar erros”, afirmou Augusto Farfus, no final da corrida.

“Estou muito feliz, foi uma vitória conjunta. Somos uma equipa muito pequena, com poucos mecânicos, mas a BMW deu-me confiança e juntos fizemos um plano, que conseguimos executar com êxito”, acrescentou.
Esta foi a terceira vitória de Farfus no Circuito da Guia, mas a primeira nos GT. Em 2005 e 2009 o piloto tinha triunfado, na Corrida da Guia, quando participava no Mundial de Carros de Turismo, com um Alfa Romeo e BMW.

Mercedes com dificuldades

No segundo lugar terminou o alemão Maro Engel, aproveitando um erro de Marciello. O italiano estava em segundo a tentar pressionar Farfus, mas perdeu muito tempo na corrida principal, quando saiu em frente na Curva do Hotel Lisboa. No final, Engel reconheceu a superioridade do BMW: “Não tivemos hipótese de lutar pela vitória. Ainda tentei fazer pressão sobre o Farfus, mas ele, cometeu apenas erros pequenos, que não me permitiram tirar vantagem. Mereceu vencer”, considerou. O alemão foi depois questionado sobre o facto de ter feito várias vezes sinais de luzes durante a prova: “Até com a mão tentei acenar ao Farfus, mas ele não me respondeu”, respondeu em tom bem-disposto. “A verdade é que tentei mesmo tudo, mas não foi suficiente” explicou.

No último lugar do pódio terminou o italo-suíço Edoardo Mortara, que conta com seis vitórias em Macau, duas nos Fórmula 3 e quatro nos GT. O piloto ainda arriscou uma penalização, quando na corrida de qualificação bateu em Laurens Vanthoor (Porsche), mas o caso foi considerado um incidente normal de corrida. “Sinceramente admito que não pensei que fosse possível chegar ao pódio. Durante a prova quase que tive dois acidentes muito grandes, porque tive de forçar muito e não tínhamos o melhor andamento. Mas estou feliz”, declarou Mortara.

O Senhor Macau passa assim o ceptro da prova a Augusto Farfus, quando não é certo que a Taça Mundial de GT regresse ao território no próximo ano.

19 Nov 2018

Fórmula 3 | Dan Ticktum foi o rei do 65.º Grande Prémio de Macau

Vitória do inglês marcada por acidente, que causou cinco feridos: dois pilotos, entre eles a única concorrente feminina, Sophia Florsch, dois fotógrafos e um comissário de pista. O carro da alemã voou contra a barreira de protecção na curva do Lisboa

 

[dropcap]D[/dropcap]an Ticktum venceu ontem o Grande Prémio de Macau em Fórmula 3, feito que alcançou pela segunda vez consecutiva, após o triunfo do ano passado, diante 31 mil espectadores. O britânico levou 2:46:22.108 para cumprir as 15 voltas ao circuito da Guia e tornou-se no terceiro piloto a vencer de forma consecutiva a prova, após Edoardo Mortara (2009 e 2010) e Felix Rosenqvist (2014 e 2015) o terem conseguido.

Ao contrário do ano passado, em que Ticktum tinha vencido devido a um despiste na última curva entre os dois primeiros classificados, este ano o piloto deu uma prova de força e dominou a corrida de qualificação e a principal. Ontem o jovem piloto arrancou da primeira posição, que nunca mais largou, mesmo quando houve três recomeços com Safety Car.

“Vencer este ano foi menos surpreendente do que no ano passado, mas também gostei mais de ganhar assim, porque é a segunda vez consecutiva”, disse Dan Ticktum, no final da corrida. “Quando se domina um fim-de-semana desta maneira, e não quero parecer ser arrogante, mas foi muito perfeito. Estou deliciado”, acrescentou.

Durante as 15 voltas, o Safety Car entrou três vezes em pista. Em todas as ocasiões a vantagem do piloto foi reduzida. Contudo, nos recomeços lançados, Ticktum conseguiu sempre manter-se em primeiro, apesar de ter sido ameaçado na segunda vez por Joel Eriksson, à entrada da Curva do Hotel Lisboa. “Estive muito bem na altura dos recomeços, o que nunca é fácil. É um factor muito importante, principalmente quando há rectas longas como as de Macau, e consegui fazê-lo bem. Sabia que se não arrancasse bem que poderia ser ultrapassado e depois no ar sujo de outro piloto a recuperação seria muito difícil”, frisou.

Por sua vez, o segundo classificado, Joel Eriksson, também reconheceu a superioridade de Ticktum e admitiu ter distraído-se no último arranque. “Foi uma corrida muito difícil, porque houve muitas paragens e entradas de safety car. Tentei lutar e fazer tudo o que podia, ainda o coloquei sob pressão, mas infelizmente não consegui ultrapassá-lo”, explicou. “No último recomeço distraí-me durante dois metros e já não o consegui ir buscar. Mas ele fez um trabalho fantástico”, acrescentou.

Cinco feridos em acidente

A prova causou momentos de grande apreensão e chegou a estar suspensa durante quase uma hora, após um acidente que envolveu a alemã Sophia Florsch e o japonês Sho Tsuboi, na Curva do Hotel Lisboa. O carro da piloto levantou voo, após a subida pela traseira do monolugar japonês, depois de um toque entre os dois, e saiu disparado contra as redes de protecção, atingido uma das zonas para os fotógrafos e um comissário de pista.

Segundo as informações reveladas pela organização, Florsch, de 17 anos, encontra-se consciente, sofreu uma fractura na coluna e mantém os sinais vitais estáveis. Já Sho Tsuboi encontra-se em observação, com queixas na região lombar. Quanto ao comissário de pista, que foi atingido pelo carro, partiu o maxilar direito, e apresenta feridas na cara e na região lombar superior. Finalmente os repórteres fotográficos envolvidos, um do Interior da China e outro do Japão, sofreram um corte no fígado, devido aos detritos que voaram com o acidente e um traumatismo craniano, respectivamente.

 

Charles Leong envolvido

A região de Macau esteve representada na corrida da Fórmula 3 por Charles Leong (Dallara-Mercedes), estreante no Circuito da Guia. No entanto, o piloto de 17 anos teve de desistir quando ficou envolvido num acidente, na curva do Hotel Lisboa, embatendo num carro que tinha atingido a barreira, mesmo à sua frente. “Foi um bocado frustrante porque logo no início ultrapassei dois carros. Só que o carro que estava à minha frente perdeu o controlo, embateu no Lisboa e já não me consegui desviar”, relatou. “Gostei muito de conduzir em Macau, é mesmo um percurso muito exigente em que não podemos errar. Preciso de mais experiência no carro, porque não o conduzi mais de 10 vezes, mas quero regressar para o ano. É uma prova muito especial”, acrescentou.

18 Nov 2018

Grande Prémio de Macau | Piloto Sophia Florsch sofreu fractura da coluna

[dropcap]O[/dropcap] acidente ocorrido esta tarde na curva do Hotel Lisboa não causou vítimas mortais. A piloto Sophia Florsch, que participava na corrida de Fórmula 3, respondeu à equipa médica e fez o percurso até ao hospital consciente, aponta um comunicado oficial da FIA. Um segundo condutor, dois fotógrafos e um comissário de pista também estão a receber tratamento médico.

De acordo com o mais recente relatório clínico, a piloto sofreu uma fractura na coluna, apresentado sinais vitais estáveis. O segundo piloto envolvido, de nome Sho Tsuboi, tem apenas dores na zona lombar.

O despiste aconteceu esta tarde por volta das 16h30, tendo levado a uma suspensão temporária da corrida. Em declarações ao HM na sexta-feira, a jovem de 17 mostrou-se optimista quanto à questão da segurança.

“É uma pista muito perigosa mas enquanto piloto de corridas estamos habituados a puxar por nós. Quando estou no carro tenho os meus limites e a conduzir estamos normalmente no limite. Isto é correr”, apontou.

O deputado José Pereira Coutinho, que assistiu das bancadas ao acidente, disse ao HM que deveriam ser revistas todas as normas de segurança do circuito da guia, bem como o seguro dos trabalhadores envolvidos no Grande Prémio de Macau.

18 Nov 2018

Esquema fraudulento com mensagens sms destinava-se a espectadores do Grande Prémio

[dropcap]D[/dropcap]ois indivíduos foram detidos, na quarta-feira à noite, por terem instalado estações-base para o envio de SMS num prédio residencial na Praia Grande. O objectivo dos dois homens, um de Macau e outro do Interior da China, passava por transmitir informação sobre casinos falsos online, assim como mensagens de esquemas fraudulentos, durante a realização do Grande Prémio de Macau.

A revelação da operação foi feita pela Polícia Judiciária (PJ), na quarta-feira à noite, e as autoridades desconfiam que os materiais para a estação-base estavam montado desde Outubro, já a pensar no evento desportivo.
Desde o início que a PJ desconfiava que as estações-base estavam em unidades residenciais da Praia Grande, viradas para a pista do Grande Prémio. Após uma investigação, a desconfiança foi confirmada e as autoridades entraram num apartamento, onde encontraram um residente do Interior da China com 44 anos, assim como equipamentos para quatro estações-base, computadores portáteis, routers, equipamentos de transmissão de dados e várias antenas.

Rede criminosa

Após ser interrogado, o homem do Interior da China admitiu que tinha sido contratado, por um residente local com 57 anos, para arrendar uma casa naquela zona. A troco de tratar das formalidades do contrato que seria pago pelo residente, o homem do Interior da China recebeu 2 mil patacas.

Mais tarde, a PJ deteve o homem de Macau que as autoridades acreditam que está ligado à transmissão de dados através de estações-base desde Julho. Agora, a força de segurança está à procura dos restantes membros da rede criminosa.

Ao HM, a PJ explicou que os dois sujeitos foram encaminhados para o Ministério Público (MP) pela suspeita da prática dos seguintes crimes: “obtenção, utilização ou disponibilização ilegítima de dados informáticos”, punida com pena até 1 ano ou pena de multa até 120 dias; “intercepção ilegítima de dados informáticos”, punida com pena de prisão até 3 anos ou pena de multa; “dano a dados informáticos”, punível com pena até 3 anos; “obstrução de sistema informático”, punível com pena de 3 anos ou com pena de multa; e ainda da prática do crime “dispositivos ou dados informáticos destinados à prática de crimes”, penalizada com pena até 3 anos de prisão.

16 Nov 2018

Acidentes nas motos marcam manhã do Grande Prémio

[dropcap]A[/dropcap] primeira manhã da 65.ª edição do Grande Prémio de Macau ficou marcada pelos acidentes dos motociclistas Raul Torras e Andrew Dudgeon.

O espanhol de 42 anos foi o segundo a cair, mas é o piloto que apresenta lesões mais graves. Torras perdeu o controlo da mota na Curva do Mandarim Oriental, embateu a grande velocidade contra as barreiras e sofreu uma hemorragia intracraniana. A organização não revelou a dimensão das lesões, o que não permite apurar se é o estado de saúde do piloto é muito grave. Contudo, o motociclista de 42 anos vai ficar em observação.

No momento em que foi salvo pelas equipas no local, Raul Torras apresentou perdas de consciência momentânea e dores na clavícula direita. O acidente acabou por ser o mais aparatoso, não só devido ao embate, mas também pelo facto da mota ter ficado em chamas. Devido a este acidente, Torras já está fora do Grande Prémio.

Por sua vez, Andrew Dudgeon caiu na primeira curva do circuito, durante momentos iniciais da sessão, quando rodava ao nível dos pilotos mais rápidos. O piloto de 30 anos, que está pelo quarto ano consecutivo em Macau, apresenta como lesões uma fractura da vértebra lombar L2 e teve de ser operado. A lesão não implica problemas de maior medula espinhal.

15 Nov 2018

Casinos | Aprovados 49 pedidos para instalação de novas salas de fumo

Entre os 404 pedidos para instalação de salas de fumo, 49 já foram aprovados e vão entrar em funcionamento no próximo ano, quando entra em vigor a proibição de fumar nas zonas de jogo, incluindo nas salas VIP. Quem não tiver salas de fumo aprovadas pelo Governo, não pode permitir que se fume no interior dos espaços

 

[dropcap]O[/dropcap] Governo aprovou até ontem 49 pedidos para a instalação de novas salas de fumo, de um total de 404 casinos. Os dados foram revelados, ontem, pelo director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, e pelo director do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, Tang Chi Hou.

Após a entrada em vigor das últimas alterações à lei do controlo do tabagismo, em 2018, ficou definido que a partir de 2019 seria proibido fumar nas áreas de jogo, incluindo salas VIP, a não ser que fossem criadas salas de fumo com determinadas características. Para que as salas fossem aprovadas a tempo do próximo ano, o Governo definiu que os pedidos da criação de salas tinham de ser feitos até 28 de Setembro. Os restantes pedidos terão de esperar mais tempo.

“Estamos a apreciar os pedidos e já aprovámos um total de 49 salas para fumadores. Os outros pedidos ainda não têm toda a documentação necessária e vamos continuar a acompanhar estes casos. Se apresentarem todos os documentos, vamos conseguir aprová-los antes de 1 de Janeiro”, afirmou Lei Chin Ion, após uma visita liderada pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, aos casinos Venetian e Studio City.

Segundo a informação disponibilizada no final da visita, dos 47 casinos existentes no território, 20 não fizeram qualquer pedido de instalação das novas salas de fumo. No entanto, só a partir de 1 de Janeiro de 2019 é que estes espaços vão ser identificados.

Sem críticas

Na visita participou também o director do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, Tang Chi Hou, que se comprometeu a reforçar a inspecção aos casinos, logo após a entrada em vigor das novas exigência. Actualmente os Serviços de Saúde têm 40 inspectores para controlar as infracções ao tabaco, mais 40 auxiliares, o que totaliza um total de 80 trabalhadores nesta áreas.

Antes das alterações à lei do tabaco entrarem em vigor, Alexis Tam tinha mostrado vontade de banir por completo o fumo, para proteger os trabalhadores. Após uma negociação com as operadoras, acabou por ceder. Por esta razão, ontem negou que as entidades competentes pelos casinos possam apontar críticas às exigências em vigor: “Não foram impostas pelo Governo e são o resultado de uma negociação, por isso têm o apoio das duas partes”, disse Alexis Tam, após a visita ao Studio City.

O secretário mostrou-se ainda agradecido às operadoras pela forma como têm encarado as exigências na instalação da sala de fumadores.

15 Nov 2018

Novo processo para a adjudicação das obras em Mong Há vai levar meses

[dropcap]O[/dropcap] secretário para os Transportes e Obras Públicas reconheceu que a anulação do concurso público da empreitada de construção da Habitação Social de Mong Há (fase 2) e de reconstrução do pavilhão desportivo vai resultar num atraso de meses para as obras.

Em declarações exclusivas ao HM, Raimundo do Rosário explicou que os trabalhos já estão parados e que agora vai ser necessária uma nova análise por parte do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) das propostas que tinham sido apresentadas.

“Como houve duas propostas que não deviam ter sido aceites, e uma delas foi a do adjudicatário, tivemos que mandar parar as obras. Agora vamos reavaliar as propostas que foram apresentadas no concurso público e propor a obra a quem ficar em primeiro lugar”, disse Raimundo do Rosário, ontem, após o final da sessão da Assembleia Legislativa.

“A reavaliação demora pouco tempo. Mas o processo vai levar alguns meses. Após a reavaliação haverá uma nova adjudicação e teremos de celebrar um novo contrato. Esta parte burocrática é capaz de levar uns meses”, acrescentou.

Ao HM, Raimundo do Rosário admitiu que não é capaz de prever o tempo necessário, mas deixou a promessa de que tudo vai ser feito para que o processo da nova adjudicação da obra leve “o menor tempo possível”.

Concorrência desleal

Com a suspensão das obras, o Governo cumpre uma decisão do Tribunal de Última Instância (TUI), que determinou a exclusão do concurso público da adjudicatária, ou sejam o consórcio Companhia de Construção de Obras Portuárias Zhen Hwa, Limitada/Companhia de Construção & Engenharia Shing Lung.

Na origem da decisão do TUI está o facto de um dos accionistas da empresa Shing Lung, com o nome Long Kuok Keong, ser igualmente o único accionista de uma outra empresa, a Long Cheong, que também participou no mesmo concurso público e que terminou no terceiro lugar. Por esta razão, o TUI considerou que o facto do accionista surgir em duas propostas diferentes constitui acto susceptível de “falsear as condições normais de concorrência”, o que de acordo com a lei das obras públicas obriga a que sejam rejeitadas as candidaturas apresentadas.

14 Nov 2018

CCAC | Wong Kit Cheng diz que relatórios são ignorados

[dropcap]A[/dropcap] deputada Wong Kit Cheng acusou ontem os serviços públicos de ignorarem os relatórios do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) e Comissariado de Auditoria (CA), principalmente na altura de assumirem responsabilidades.

“Muitos serviços públicos não dão importância aos problemas apontados nos relatórios, não os resolvem. Limitam-se a responder que ‘concordam’ e que ‘vão acompanhá-los’, e não tomam medidas para os resolver, afectando directamente a concretização dos resultados dos relatórios do CCAC e do CA e, pior ainda, a credibilidade do Governo”, afirmou a legisladora.

Uma das secretarias visadas pelas crítica foi a da Economia e Finanças, que tem à frente o secretário Lionel Leong. Wong entende que faltam mecanismos para obrigar os políticos a corrigirem os erros, o que faz com que os serviços façam “o que bem entendem e não assumam as suas responsabilidades”.

14 Nov 2018

TDM | Portal da estação vítima da Grande Firewall no Interior da China

Está a tentar aceder a “conteúdos que violam as leis e regulamentos nacionais”. É esta a explicação do Centro de Segurança da Baidu para quem tenta ligar-se no portal da TDM no Interior da China. Quando o acesso é feito com outras plataformas, a ligação simplesmente é rejeitada

 

[dropcap]O[/dropcap] portal da Teledifusão de Macau (TDM) está bloqueado no Interior da China por ter “conteúdos que violam as leis e regulamentos nacionais”. É esta a razão apresentada quando um utilizador recorre ao motor de busca chinês Baidu para aceder ao site da empresa que é detido maioritariamente pelo Governo de Macau.

De acordo com o relato de duas pessoas ao HM, ontem de manhã, quer através do portal de busca Baidu ou do browser Safari não era possível fazer a ligação ao site. No último caso, ou seja utilizando o safari, o utilizador é apenas confrontado com a informação que “não é possível fazer a ligação”.

Mas quando a tentativa de estabelecer a ligação é feita através da plataforma chinesa surge mesmo um aviso que alerta o utilizador para o facto de estar a tentar aceder a um portal que dissemina informação ilegal.
“Esta página pode ter conteúdos que violam as leis e regulamentos nacionais. Há o risco de divulgar informação ilegal ou de enganar os consumidores através de publicidade falsa”, pode ler-se no aviso do Centro de Segurança da Baidu. “Para evitar perdas pessoais, recomendamos que visite o portal de forma cuidadosa”, é acrescentado. 

No mesmo aviso do Centro de Segurança da Baidu surge depois uma opção que permite ao utilizador ligar-se à TDM, o que acaba por não ser possível para quem se encontra no Interior da China. O mesmo aviso está também disponível para os internautas em Macau que tentem aceder à TDM através do Baidu. Mas nesta situação, quando o utilizador faz a ligação não recomendada pelo Centro de Segurança da empresa chinesa, a ligação é concretizada e os conteúdos aparecem disponíveis.
Por outro lado, o acesso aos jornais de Macau em língua portuguesa está disponível sem qualquer restrição.

“Uma novidade”

Confrontado com esta realidade, o presidente da Comissão Executiva da TDM, Manuel Pires, admitiu não ter conhecimento da situação: “Está a dar-me uma novidade. Fiquei algo surpreendido”, afirmou. “Mas sabemos que cada local tem os suas critérios e directrizes”, acrescentou.

Em relação à mensagem que consta no Centro de Segurança do Baidu, Manuel Pires negou que a TDM emita informação falsa e atirou a responsabilidade da mensagem inteiramente para a plataforma chinesa. “O que os portais fazem não é da nossa responsabilidade. Se eles optam por colocar essa mensagem quando se tenta aceder… a verdade é que o operador nunca nos deu qualquer satisfação para isso”, justificou.

Por outro lado, Manuel Pires clarificou que a aplicação móvel da TDM não está disponível no Interior da China, assim como o sinal dos canais de televisão da emissora pública de Macau.

A Grande Firewall da China é uma ferramenta de censura para controlar a informação que as pessoas no Interior do país podem aceder ou partilhar online.

14 Nov 2018

Embarcações | Lei aprovada com abstenção

[dropcap]A[/dropcap] nova Lei do Registo de Embarcações foi aprovada, ontem, na generalidade com 30 votos a favor e uma abstenção, do deputado José Pereira Coutinho.

O novo diploma foi justificado pela secretária para a Justiça e Administração, Sónia Chan, com a necessidade de responder à “gestão e utilização” dos 85 quilómetros quadrados da área marítima de Macau. Outro dos objectivos do diploma prende-se com a “protecção do direito à propriedade privada e ao respeito pelo princípio da consensualidade no Código Civil”.

Durante a discussão no plenário, Sónia Chan disse que após a entrada em vigor da lei o Governo vai adoptar uma postura de diálogo com os proprietários de embarcações, para que o registo decorra sem problemas.

14 Nov 2018

Apoio Social | Chan Hong justifica violência com “pressão”

[dropcap]A[/dropcap] deputada Chan Hong explicou a agressão de uma assistente social à pessoa que tinha sob os seus cuidados como resultado da “pressão” do trabalho. A afirmação foi feita durante uma intervenção antes da ordem do dia em que pedia melhores condições para as assistentes sociais, a bem da harmonia da sociedade.

“Quando as pessoas estão constantemente sob pressão ficam exaustas e podem ter quebras psicológicas. Por isso devemos dar atenção à saúde física e psicológica dos cuidadores. Aliás, aconteceu um caso de uma assistente social que, devido à pressão, ralhou e bateu na pessoa que estava ao seu cuidado”, afirmou Chan, que é vice-directora de uma escola.

“É extremamente importante ensinar aos assistentes sociais métodos para reduzir a pressão, e a Administração deve avançar com medidas para os ajudar, com vista à construção duma sociedade harmoniosa”, acrescentou.

14 Nov 2018

Plenário | Sistema de voto com falhas

[dropcap]N[/dropcap]a votação das alterações à proposta de lei da habitação económica houve um erro do sistema que impediu que os votos de Chan Chak Mo e Ho Ion Sang fossem contados.

A proposta acabou aprovada com 26 votos a favor e três votos contra, quando deviam ter sido 28. No final, os dois deputados fizeram declarações de voto a referir este aspecto e o presidente da AL, Ho Iat Seng, reconheceu a necessidade de chamar um técnico, também pelo facto do sistema ser novo.

14 Nov 2018

Construção | Mak Soi Kun entende que a qualidade melhorou

[dropcap]S[/dropcap]egundo o deputado e empreiteiro Mak Soi Kun a construção das habitações públicas está muito melhor que no tempo da Administração Portuguesa. “Agora as casas têm revestimento duplo.

A construção da habitação pública está melhor. Na altura anterior à transição, os depósitos da água da sanita eram feitos de plástico e as janelas eram feitas de ferro, que enferruja mais depressa. A construção da habitação pública está muito melhor”, afirmou o candidato mais votado nas últimas eleições legislativas.

14 Nov 2018

Estacionamento | Angela Leong sugere construção de parques automáticos

[dropcap]A[/dropcap]pesar dos esforços do Governo para aumentar o número de locais de estacionamento, Angela Leong diz que o problema só se poderá resolver com parques automáticos, ou seja, aqueles em que os veículos são deixados numa plataforma que depois os arruma automaticamente em diferentes pisos.

“O Governo tem de prestar atenção à falta de lugares de estacionamento, para garantir o equilíbrio dos direitos e interesses de todos os utentes da via pública”, afirmou a deputada eleita pela via directa. “Muitos residentes consideram que [o estacionamento disponível] é pouca sopa para muitos monges”, acrescentou.

14 Nov 2018

Trânsito | Ponte HZM gera críticas na AL

[dropcap]H[/dropcap]o Ion Sang e Au Kam San criticaram ontem a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau devido à falta de ligações à Península de Macau e aos engarrafamentos causados na Areia Preta, na zona da Rotunda da Pérola Oriental.

Por sua vez, o deputado Si Ka Lon apontou baterias ao facto do posto fronteiriço não ter infra-estruturas complementares, como restaurantes ou lojas de conveniência.

Além disso, o deputado criticou o facto da estrada que liga a Zona A e a Ilha Artificial carecer de sinalização e ter apenas uma faixa de rodagem para cada lado, o que em caso de acidente pode congestionar o trânsito.

14 Nov 2018

Feriados | FAOM declara “guerra” ao Governo por favorecimento do patronato

Ella Lei, Leong Sun Iok, Lei Chan U e Lan Lon Wai exigiram ao Executivo de Chui Sai On a retirada da proposta que prevê que três feriados obrigatórios possam ser gozados em dias de feriados não-obrigatórios. O bloco dos Operários acusou mesmo o Governo de não respeitar a cultura chinesa

 

[dropcap]O[/dropcap]s deputados da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) lançaram ontem um ataque concertado ao Executivo de Chui Sai On, que acusaram de ignorar feriados e herança cultural local, em prol dos interesses do patronato. Em causa está a proposta “três em quatro”, que visa criar um mecanismo para três em quatro feriados obrigatórios possam ser gozados em dias de feriados não-obrigatório, sem qualquer pagamento extra das empresas e patrões.

Os dias abrangidos pela medida são o feriado da Fraternidade Universal (1 de Janeiro), Cheng Ming, Bolo Lunar e Chong Yong. Caso patrões e trabalhadores cheguem a um acordo, três destes dias podem ser gozados durante outros feriados não-obrigatórios. Com esta medida, o Governo espera que as empresas possam implementar maior “flexibilidade” na gestão dos recursos humanos. Ao mesmo tempo, o Executivo prevê a redução de custos, uma vez que os patrões deixam de ter de pagar pelo trabalho em três dias de feriado obrigatório.

Entre os deputados da FAOM, Ella Lei foi a primeira a falar e defendeu que o “desenvolvimento económico não é um pretexto para enfraquecer as garantias dos trabalhadores”. Depois acusou a Administração de Chui Sai On de estar ao serviço dos patrões: “Agora, o Governo já nem tolera os poucos 10 dias de feriados obrigatórios, e recorre a todas as soluções possíveis para reduzir as compensações pelo trabalho prestado em três feriados. Isto é inaceitável!”, atirou.

Ella Lei mencionou ainda o facto do Governo estar a virar costas às tradições chinesas: “Despreza-se a transmissão dos costumes chineses e das tradições culturais, o que contraria a política do país”. A legisladora deixou depois outra mensagem para Chui Sai On: “Produzir leis não é o mesmo que negociar numa feira”, atirou.

Valores de Xi Jinping

A mesma linha de argumentação foi utilizada pelo colegas de bancada da deputada, nomeadamente Lei Chan U, Lam Lon Wai e Leong Sun Iok. Os três deputados mencionaram mesmo declarações do presidente Xi Jinping, sobre a necessidade de enaltecer os valores laborais, assim como a cultura chinesa. Também os quatro deputados apontaram para o facto de desde 1989, quando Macau ainda estava sob Administração Portuguesa, não ter havido aumento no número de feriados.

Outro aspecto mencionado visou a negociação entre as partes. Os deputados da FAOM, apoiados por Sulu Sou no pedido para que o Governo retire esta parte do diploma, defenderam que em caso de negociação o patronato é sempre a parte mais forte e que, como tal, consegue impor a sua vontade. “Para assegurar a sua ‘tigela de arroz’, muitas vezes o trabalhador só pode engolir tratamentos injustos ou até ilegais”, resumiu o mais jovem deputado da AL.

14 Nov 2018

Papatudo | Ganhar bronze na Tailândia

[dropcap]A[/dropcap] equipa Papatudo alcançou o terceiro lugar no torneio Phuket International Soccer, na categoria Master, ou seja para jogadores com mais de 35 anos.

A competição decorreu no passado fim-de-semana na Tailândia e nos quatro encontros do primeiro dia, a equipa de Macau somou três vitórias e um empate.

Depois na fase final, disputada em dois grupos de três equipas, os Papatudo somou dois empates, 0-0 e 2-2, o que devido à diferença de golos não permitiu o apuramento para a final.

13 Nov 2018

GP Macau | Filipe de Souza condicionado com lastro de 80 quilos

Piloto da Audi quer fazer uma surpresa e ficar à frente de vários pilotos estrangeiros na competição principal de carros de turismo. Contudo, mostra-se desapontado com o lastro de 80 quilos, que diz dificultar a sua tarefa

[dropcap]O[/dropcap] piloto Filipe de Souza queria fazer uma surpresa na prova da Taça Mundial de Carros de Turismo (WTCR), mas admite que está fortemente limitado devido ao Balance of Performance (BOP). O BOP é um mecanismo criado para equilibrar o desempenho dos diferentes carros e no caso de Souza vai obrigá-lo a colocar 80 quilos de lastro extra no Audi RS3 LMS.

“Infelizmente vamos ser muito desfavorecidos pelo BOP. O Audi é um dos carros mais prejudicados com 60 quilogramas de lastro. Depois como participo como piloto convidado, ou seja como wild-card, ainda levo com mais 20 quilogramas de lastro”, afirmou Filipe de Souza, ao HM.

“Admito que quando vi a lista do BOP para Macau que fiquei muito preocupado, porque acho que vai ter um grande impacto nas nossas expectativas. Para se ter uma ideia, os 80 quilos são superiores ao meu peso”, sublinhou.

À partida para a prova, Filipe de Souza tinha definido como objectivo ficar à frente de vários pilotos estrangeiros e a seu favor tem o conhecimento do Circuito da Guia. “O carro vai ficar pouco competitivo face à concorrência, principalmente porque estamos num campeonato em que é comum que a diferença entre o primeiro e décimo quinto, nas qualificações, seja inferior a um segundo. Este peso todo vai fazer uma grande diferença”, admitiu. “Mas muitos têm pouca experiência em Macau, ao contrário de mim, e apesar deste lastro todo vou tentar aproveitar esse factor”, acrescentou.

Desafio local

No total vão ser seis os pilotos locais a competir no WTCR, além de Filipe de Souza, os outros são André Couto (Honda Civic TCR), Rui Valente (VW Golf), Kevin Tse (Audi RS3 LMS), Lam Kam San (Audi RS3 LMS) e Billy Lo Kai Fung (Audi RS3 LMS). Souza vê Couto como o principal adversário devido à experiência do piloto que venceu a prova de Fórmula de 3 em 2000 e aponta ainda para o facto do adversário ter um carro 10 quilos mais leve.

“Quando corro nas provas locais aponto sempre aos três primeiros. Agora no WTCR há muitos pilotos profissionais, por isso os meus objectivos passam por ficar à frente dos pilotos de Macau. Mas sei que não vai ser fácil porque o André Couto é um piloto profissional com muita experiência e tem menos 10 quilos do que eu. Vai ser um grande desafio”, apontou.

Filipe de Souza chega ao Grande Prémio de Macau depois de um ano em que não participou em nenhum campeonato a tempo inteiro. No entanto, fez várias provas com o Audi, a contar para a competição Pan Delta e para o campeonato TCR China, o que lhe permite ter um bom conhecimento da viatura.
“Estou muito familiarizado com o carro e adaptei-me com muita facilidade. Acho que não vai ser pelo carro em si que vou ter problemas… só mesmo pelo peso”, concluiu.

13 Nov 2018