João Luz Manchete SociedadeDoente gástrico morre nas urgências após um dia sem tratamento Na segunda-feira, uma ouvinte do Fórum Macau, do canal chinês da TDM, revelou um caso chocante que terá resultado na morte do seu marido. “O meu marido morreu, o seu corpo está no Centro Hospitalar Conde de São Januário”, começou desta forma o relato da residente. A mulher afirmou que devido a intensas dores de barriga, ao final da manhã de quinta-feira, dia 22 de Dezembro, ligou para a linha de emergências médicas 999. Do outro lado da linha foi informada de que devido à escassez de ambulâncias disponíveis, o tempo de espera poderia ascender às duas ou três horas e que o melhor seria ligar directamente aos bombeiros. De novo foi-lhe indicado o mesmo tempo de espera. Como o estado clínico do marido parecia agravar-se, a residente recorreu à Rádio Taxi e 15 minutos depois chegava ao Hospital São Januário, cerca do meio-dia. Passadas cinco horas de espera, foi indicado que o paciente precisava fazer análises ao sangue. Por volta das 18h, cansada após seis horas de espera, a mulher deixou o seu contacto telefónico e foi para casa, enquanto o marido aguardava os resultados das análises e subsequente tratamento. A mulher, que indicou sofrer de hipertensão arterial, ficou à espera de uma chamada que nunca chegou. No dia seguinte, ao meio-dia, ou seja, 24 horas depois da chegada do marido ao hospital público, deslocou-se ao hospital. “Entre o meio-dia de quinta-feira e as 15h do dia seguinte, o meu marido não recebeu qualquer tratamento médico, queixava-se de dores fortes e dizia que estava a morrer”, avançou a ouvinte do Fórum Macau. Depois de perguntar porque o seu marido foi deixado ao abandono durante um dia inteiro, apenas com uma colheita de sangue para análises e sem receber os resultados, uma enfermeira revelou à residente que o marido sofria de uma inflamação na zona abdominal. Dor e espera O passo seguinte foi a administração de soro ao homem, cuja idade não foi revelada. Levantando a possibilidade de desidratação, a mulher afirmou que o pessoal de enfermagem teve dificuldades em encontrar uma veia para induzir o soro ao marido. “Pouco tempo depois de estar a receber soro, fui informada de que o meu marido precisava de ser submetido a cirurgia devido a uma perfuração gastrointestinal”, indicou a ouvinte. Depois de seguir o conselho do pessoal médico para regressar a casa, por volta das 20h de sexta-feira recebeu uma chamada urgente do hospital a informar que o seu marido estava em estado crítico e a receber reanimação. Apesar da forma como o seu marido acabaria por falecer, a mulher elogiou o esforça, dedicação e simpatia do pessoal médico.
João Luz Grande Plano MancheteSaúde | Serviços de urgência em apuros, governantes elogiam redução de espera Enquanto médicos e enfermeiros se queixam de sobrecarga de recursos e condições indignas de tratamento, oficiais do Governo garantem que o sistema de triagem está a funcionar. Profissionais médicos trabalham sem folgas, 12 horas por dia, e revelam desânimo e tristeza por não conseguirem responder às necessidades mais básicas dos doentes No dia de Natal, Ho Iat Seng visitou o Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) e o Hospital Kiang Wu, acompanhado pela secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U e pelo director dos Serviços de Saúde, Alvis Lo. No hospital público, os governantes foram recebidos pelo director da instituição, Kuok Cheong U, que fez uma apresentação do mecanismo de triagem de doentes infectados com covid-19 e como se processam as consultas médicas. Desde o levantamento das restrições, o número de consultas nas Urgências do CHCSJ e a chegada de ambulâncias quadruplicaram para mais de 1200 pacientes por dia e 400 ambulâncias. Kuok Cheong U informou os governantes de que, na altura da visita, mais de 30 por cento do pessoal do hospital estava infectado com covid-19 e que os recursos humanos eram “relativamente insuficientes”. De acordo com um comunicado emitido pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus na segunda-feira à noite, o Chefe do Executivo sublinhou o agravamento da situação epidémica e o aumento contínuo do número de casos de infecção. Porém, Ho Iat Seng indicou estar “ciente do enorme volume de trabalho do pessoal médico e de enfermagem da linha de frente”, tendo agradecido “aos trabalhadores da linha de frente pelo seu trabalho inexcedível”, que se mantêm “de forma firme nos seus postos de trabalho, mesmo com um grande número de trabalhadores afectados pela epidemia, para salvar e tratar doentes”. Após a visita ao CHCSJ, Ho Iat Seng e a respectiva comitiva visitaram o Hospital Kiang Wu. Apesar dos repetidos elogios ao pessoal médico e de enfermagem, o Chefe do Executivo não falou com profissionais, depois de já terem sido publicadas missivas de pessoal da linha da frente que revelavam um cenário complicado com a redução significativa de recursos humanos, aumento de pacientes e turnos intermináveis. Durante a visita, um jornalista perguntou a Ho Iat Seng que preocupações lhe foram transmitidas por enfermeiros e médicos, ao que o Chefe do Executivo respondeu: “Estão todos muito ocupados, não achámos conveniente interromper o importante trabalho que estão a fazer. Se tiverem alguma queixa ou recomendação, podem comunicar à direcção dos Serviços de Saúde”. De acordo com o jornal All About Macau, o líder do Governo esteve 15 minutos em cada hospital. Mundos distintos Para responder à avalanche de infecções por covid-19, a direcção do CHCSJ decidiu recrutar “urgentemente enfermeiros aposentados, enfermeiros estagiários e médicos dos internatos para integrarem a equipa antiepidémica.” Além disso, a instituição procedeu à reorganização de recursos humanos, “em fase de reabilitação, para trabalhar nas áreas de infecção e nas enfermarias de isolamento”. Desta forma, o centro de contingência indicou que o mecanismo de triagem foi agilizado e tempo de espera nas Urgências reduzido. “Actualmente, o tempo médio de espera para os casos não urgentes é de cerca de duas horas”, apontam as autoridades. Porém, esta perspectiva não é partilhada por alguns profissionais. Uma das visões mais alarmantes tomou a forma de uma carta de um profissional da linha da frente, partilhada pelo deputado Ron Lam, que resultou numa interpelação escrita. “Estamos tão sobrecarregados que não conseguimos responder às mais básicas solicitações e cuidados primários dos pacientes. Não temos pessoal suficiente para mudar roupa das camas, providenciar oxigénio, comida, nem tratar das necessidades fisiológicas dos doentes”, escreveu o profissional, que não se identificou. Sem revelar em que unidade hospitalar trabalha, sublinhou a inexistência de camas nas urgências, situação que chega ao ponto de cadeiras de rodas serem as únicas alternativas para receber idosos que estão acamados em instituições de acção social há muito tempo. “Enquanto profissional médico, sinto-me profundamente envergonhado e desiludido. Mesmo a trabalhar sem descanso, não consigo assegurar que os doentes recebem tratamento médico digno. Nem consigo oferecer cuidados básicos que respondam às mais simples necessidades humanas”, partilhou Ron Lam. O profissional da equipa médica revela ainda que desde que a pandemia se generalizou, trabalha todos os dias, pelo menos 12 horas, e que apesar de os recursos humanos terem sido cortados para metade, o número de pacientes continua a aumentar. “Só vemos desespero. Estamos de coração partido, desanimados. De acordo com o director Alvis Lo, Macau ainda não atingiu o pico das infecções. É difícil de imaginar como será esse pico. Talvez os doentes tenham de ficar deitados no chão, à espera de um milagre”, pode ler-se na missiva, partilhada por Ron Lam no Facebook. Kiang Wu | Cerca de 40% de profissionais infectados Cheung Chun Wing, vice-director do hospital Kiang Wu, disse que há cerca de 40 por cento dos profissionais de saúde infectados com covid-19. Segundo o jornal Ou Mun, o responsável adiantou que, além da falta de recursos humanos, o hospital enfrenta ainda um maior número de doentes devido ao tempo frio. Cerca de 500 pacientes foram atendidos online nos dias 24 e 25 de Dezembro, o que permitiu aliviar a pressão sentida nos serviços de urgência e reduzir a possibilidade de infecções. Lares de idosos | Paul Pun apela a voluntários Os lares de idosos geridos pela Caritas registaram, nas últimas duas semanas, dez óbitos, sendo que cerca de 25 por cento dos funcionários estão infectados com covid-19, noticiou a TDM Rádio Macau. Numa publicação na rede social Facebook, Paul Pun, secretário-geral da entidade, alertou para uma maior pressão nos serviços e deixou um apelo. “Os centros geridos pela Caritas que têm à sua guarda idosos e portadores de deficiência estão a enfrentar uma maior pressão, e alguns cuidadores estão também infectados. Se amigos, sobretudo os que já estão recuperados das infecções de covid, tiverem entusiasmo em dar uma ajuda, podem voluntariar-se para se juntarem às nossas equipas. Perante esta situação difícil, espero que todos se possam ajudar mutuamente e cooperar.” Os dados de contacto para voluntariado são o 63302692 ou 66888240, para WhatsApp. O email é caritashr@caritas.org.mo IAS do pico O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus e o Instituto de Acção Social (IAS) indicaram que o pico de contágios de covid-19 pode já ter sido atingido. Um dos factores que pode levar a essa conclusão foi uma nota no centro de coordenação e contingência, divulgado na noite de Natal, sobre a corrida aos postos comunitários. “Nos últimos dois dias, o número dos utentes que se deslocaram aos postos de consulta externa comunitária para receber tratamento foi diminuído, em comparação com os dias anteriores” quando se o pico de afluência de pacientes chegou a 3,8 mil utentes. Também o IAS revelou uma “descida da quantidade dos novos casos surgidos por dia entre funcionários e utentes que residem nos equipamentos sociais”. No comunicado emitido na segunda-feira, o organismo liderado por Hon Wai refere que “o surto da covid-19 da presente fase já conheceu o seu pico” nos lares de idosos e instituições de recuperação.
João Luz Manchete SociedadeGuangdong | Veículos de Macau aceites a partir de Janeiro A partir de 1 de Janeiro, será permitida a circulação de veículos de Macau na província de Guangdong. Os condutores precisam ter “salvo-conduto e requerer uma licença provisória para conduzir no Interior. Ho Iat Seng agradeceu ao Governo Central e referiu que a medida criou “um novo espaço para os residentes de Macau viverem” Ano novo, vias novas. 2023 trará a possibilidade de circulação nas estradas da província de Guangdong a veículos particulares registados em Macau. O Governo Central divulgou ontem os “procedimentos de administração da política ‘circulação de veículos de Macau em Guangdong’, que entra em vigor a partir de 1 de Janeiro. O Executivo estima que a medida seja aplicada a cerca de 80 mil veículos locais. A política de circulação implica o cumprimento de determinados requisitos. O condutor deve ser portador de salvo-conduto para deslocação à China, o que afasta os residentes estrangeiros de Macau, o veículo tem de estar registado em Macau e é preciso requerer licença provisória do veículo para entrada e saída do Interior da China. A Direcção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego (DSAT) afirma que a medida promove “a facilidade de circulação de pessoas e veículos entre Guangdong e Macau” através de “uma política de plena abertura à circulação dos veículos”. A DSAT recebe pedidos para a licença electrónica de entrada provisória, que terá prazo de validade coincidente com o do “seguro obrigatório de responsabilidade por acidente rodoviário para veículos motorizados” do Interior da China. Quem está autorizado a circular na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau já cumpre este requisito, porém a validade da licença não pode exceder um ano. O veículo autorizado a circular em Guangdong poderá ser conduzido por duas pessoas. A travessia fronteiriça terá de ser feita através do Posto Fronteiriço de Zhuhai da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, mas o período de estadia não pode exceder 30 dias consecutivos e a permanência anual não pode ultrapassar 180 dias acumulados. Vai formoso e seguro Outro requisito essencial é a adesão a um plano de seguros. Nesse sentido, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM) coordenou com as seguradoras locais, o lançamento de “produtos de seguros para veículos transfronteiriços de Guangdong e de Macau”. No contexto da política de “reconhecimento recíproco dos seguros equivalentes”, os efeitos dos produtos de seguros para veículos transfronteiriços de Guangdong e de Macau são idênticos aos do seguro obrigatório de responsabilidade civil para acidente de trânsito e ao seguro de responsabilidade perante terceiros no Interior da China. As autoridades acrescentam que este seguro será um produto adicional à apólice de seguro obrigatório de responsabilidade civil de automóvel de Macau. Além disso, os veículos que preenchem os requisitos para obter a licença provisória “gozam da ‘Política sem garantias’, ou seja, não têm de prestar caução ou garantia bancária junto das autoridades alfandegárias do Interior da China; usufruem da política de ‘Reconhecimento recíproco dos seguros equivalentes dos veículos transfronteiriços’ e, quanto à passagem alfandegária, é adoptada a política ‘Partilha comum, tratamento no próprio território’. Mil obrigados O Chefe do Executivo, que está hoje de partida para Pequim, agradeceu vigorosamente a política de circulação viária. “Esta política traduz a atenção e o apoio do Governo Central à RAEM, constitui uma resposta activa aos residentes de Macau, que traz maior conveniência aos residentes de Macau no Interior da China, designadamente aos que pretendem desenvolver actividades comerciais temporárias, estudar, trabalhar, viver e viajar, disponibilizando assim um novo espaço de vida, o que facilita o intercâmbio entre as cidades da zona de Grande Baía”, comentou Ho Iat Seng. O Chefe do Executivo agradeceu ainda o forte apoio do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM, dos ministérios competentes, do Comité provincial do PCC e do Governo da província de Guangdong. Ho Iat Seng salientou ainda que a política de circulação irá criar “um novo espaço para os residentes de Macau viverem”, e que “será favorável à participação de Macau na construção da zona de Grande Baía e à integração acelerada no desenvolvimento nacional”. Assinatura em breve A assinatura do acordo que irá estabelecer o reconhecimento mútuo de cartas de condução entre Macau e o Interior da China irá acontecer em breve, revelou ontem o director dos Serviços para os Assuntos do Tráfego, Lam Hin San. O responsável caracterizou a reconhecimento das habilitações para conduzir como uma medida “gémea” da política de “circulação de veículos de Macau em Guangdong”. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, o director da DSAT enfatizou o papel que as duas iniciativas irão desempenhar na facilitação da vida dos residentes e na integração na Grande Baía.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Teste para entrar em Macau passa para 72 horas A validade do teste de ácido nucleico para entrar em Macau passou de 24 para 72 horas. O alívio ligeiro das restrições fronteiriças foi anunciado quase em simultâneo com a notícia de mais duas mortes ligadas a infecções e do aumento diário de perto de 50 por cento dos casos confirmados Há mais de um mês que quem passa a fronteira entre Macau e Zhuhai tem de apresentar resultado negativo no teste de ácido nucleico feito em menos de 24 horas, obrigação que se tornou mais complicada de cumprir com a diminuição dos postos de testagem. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou ontem que, a partir de hoje, a validade do teste passou para 72 horas, uma medida reclamada há muito tempo por vários sectores sociais, em especial os ligados ao turismo. Além disso, as autoridades de saúde revelaram ontem que morreram no domingo mais duas pessoas infectadas com covid-19, e que foram diagnosticados 97 casos confirmados, número que representa apenas uma fracção do total de infecções no território, uma vez que o Governo deixou de anunciar os casos assintomáticos. Os 97 casos dizem respeito a doentes admitidos em tratamento médico. Em relação aos óbitos, as autoridades de saúde indicam que ambos são homens, com 56 e 63 anos e tinham um quadro clínico com várias doenças crónicas. O homem mais novo, de 56 anos, sofria de hipertensão arterial, cancro no esófago, epilepsia e era um doente cardíaco, e foi vacinado com três doses da vacina contra a covid-19. Depois de ter sido diagnosticado com covid-19 na terça-feira passada, no dia seguinte uma radiografia demonstrava uma pneumonia bilateral. Três dias depois entrou em hipotensão e no dia seguinte foi declarado o óbito. A segunda casualidade diz respeito a um homem de 63 anos, que não tomou nenhuma vacina, mas que tinha um historial médico que inclui hipertensão arterial, diabetes e tuberculose. Foi diagnosticado com covid-19 no sábado, depois de ter acusado positivo num teste rápido de antigénio, e no domingo entrou em paragem cardíaca e respiratória. Consultas e vacinas Hoje, foram acrescentados três pontos de consulta externa comunitária na antiga Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte, na Zona de Lazer do Templo Hong Kung e no Jardim de Luís de Camões. A partir de amanhã, entra em funcionamento o ponto de consulta externa na Travessa Central da Praia Grande (perto do Hotel Emperor). Desde ontem, é administrada, sem necessidade de marcação prévia, a vacina de mRNA para idosos e crianças entre 5 e 11 anos no Centro de Saúde de Seac Pai Van. O Governo indicou que o atendimento é feito de acordo com a ordem de chegada e mediante a distribuição de uma senha. O horário de funcionamento é entre as 08h30 e as 12h30 e no período da tarde entre as 14h45 e as 17h30. A partir de hoje, o Pavilhão Polidesportivo Tap Seac – Pavilhão A vai passar a ter um posto de vacinação, com as marcações prévias disponíveis hoje, oferecendo a possibilidade de escolha entre Sinopharm e mRNA. O horário de funcionamento é entre as 10h e as 18h30.
João Luz Manchete SociedadeAlibaba | Falha no servidor mandou abaixo apps e sites em Macau O servidor em nuvem da Alibaba registou no domingo uma falha informática que resultou no “apagão” de várias aplicações e sites de Macau. A falha foi corrigida ontem de madrugada, restabelecendo o site da AMCM, da Galaxy Resorts e aplicações como mFood, do Ou Mun No domingo, entre o meio-dia e a meia-noite a internet de Macau sofreu um “apagão” que inutilizou várias aplicações móveis e websites, em resultado de uma falha informática na nuvem do servidor da Alibaba, de acordo com uma mensagem da Polícia Judiciária. O Centro de Alerta e Resposta a Incidentes de Cibersegurança entrou em contacto com os operadores afectados para se inteirar e acompanhar a situação. A falha verificada no centro de dados em Hong Kong da Alibaba afectou o site da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), da estação de televisão Macau Lotus, da Galaxy Resorts, Macau Cement Manufacturing e aplicações online muito populares como a mFood, Aomi e do jornal Ou Mun. Segundo a empresa tecnológica, a falha ocorreu no sistema de ventilação dos servidores, que levou ao sobreaquecimento e à quebra dos serviços. As falhas afectaram os levantamentos e transferências de criptomoedas. Segundo o South China Morning Post, o erro do sistema da unidade de computação em nuvem da Alibaba Cloud levou à suspensão de transferências e levantamentos de criptomoeda da OKX. Ontem, ao início da tarde, utilizadores da app de transferência de criptomoedas ainda se queixavam no Twitter da OKX de levantamentos pendentes. No domingo, a empresa informava os seus clientes dos problemas verificados. “No dia 18 de Dezembro, o sistema da nossa plataforma sofreu cortes devido a um problema de hardware relacionado com o nosso fornecedor do serviço de nuvem”, pode ler-se no Twitter da OKX. Coisas que acontecem Clientes da Alibaba Cloud, como a OKX, revelaram no Twitter a justificação da Alibaba para o problema, que terá sido reportado inicialmente como uma “anomalia no equipamento”. Um porta-voz da Alibaba Could respondeu em comunicado no domingo à noite afirmando que os servidores tinham voltado ao funcionamento normal. “Pedimos sinceras desculpas pelo inconveniente causado pelo incidente. Os nossos serviços estão gradualmente a voltar à normalidade. Os nossos engenheiros trabalharam arduamente com os técnicos do centro de dados que é nosso parceiro para resolver os problemas. Foram colocados em acção recursos adicionais para auxiliar os nossos clientes a minimizar o mais possível o impacto sofrido”, é referido no comunicado da Alibaba.
João Luz SociedadeIAS | Lares de idosos e centros de reabilitação restringem visitas O Instituto de Acção Social (IAS) anunciou ontem uma série de medidas de controlo de entradas em lares de idosos, de reabilitação e de desintoxicação e reabilitação de Macau. A partir de hoje, será permitida apenas a visita de duas pessoas por utente, com duração máxima de 30 minutos. Além da restrição de tempo, os visitantes têm de apresentar um teste de ácido nucleico realizado nas últimas 24 horas antes da visita, e teste rápido antigénio com duas horas de validade. O IAS indica ainda que os lares podem determinar um limite máximo de pessoas que realizam visita no mesmo horário. Quanto ao local, as visitas devem decorrer e áreas ventiladas, indicadas pelo lar, os visitantes não podem retirar a máscara, ou comer enquanto estiverem nas instalações e manter uma distância social de 1 metro. É permitida a entrega de bens materiais, mas estes serão entregues aos utentes apenas após desinfecção. O IAS pediu compreensão aos familiares dos utentes de lares e centros de reabilitação sob a sua alçada, apesar do “desejo mais intenso e a necessidade mais acentuada em visitar os utentes dos lares com a chegada do Solstício de Inverno, Natal e passagem de ano”. Na sexta-feira foram detectados 13 casos positivos em lares de idosos, indica o canal chinês da Rádio Macau.
João Luz Manchete SociedadeAir Macau | Voos internacionais regressam e ferries estão na calha Osaka, Banguecoque, Kaohsiung, Seul, Da Nang, Manila e Singapura são alguns dos destinos de ligações aéreas que a Air Macau irá retomar gradualmente. A companhia vai também apostar em voos para o Interior da China. Governo já começou a preparar o retorno da operação de ferries À medida que as restrições de combate à pandemia aliviam, Macau volta a abrir-se, lentamente, ao mundo. Na passada sexta-feira, o director-geral da Air Macau, Chan Hong, indicou o rumo que a companhia irá seguir nos próximos tempos. Para já, a transportadora aérea local tem rotas para Tóquio, Hanói e Taipé, mas ainda antes do Natal devem ser acrescentadas ligações a Osaka (Japão) e Banguecoque (Tailândia). “No primeiro mês do próximo ano, vamos retomar os voos de e para Kaohsiung e Seul”, revelou o director-geral da Air Macau, citado pelo Canal Macau da TDM. Em Fevereiro, a companhia irá retomar as ligações com Da Nang, Manila e Singapura. Além do regresso de voos internacionais no Aeroporto de Macau, Chan Hong sublinhou que a grande aposta a curto-prazo é o aumento de frequências para cidades chinesas. “Em resposta a uma série de novas políticas, a Air Macau elaborou um plano de revitalização para o próximo ano, ou seja, vamos reforçar o investimento no Interior do país e retomar os voos internacionais. Esperemos que o investimento total possa regressar ao nível antes da pandemia”, indicou o responsável, citado pela TDM. Despertar para a vida Num percurso lento para a normalização, também a indústria do turismo carece de um período de adaptação à nova realidade, de acordo com a directora dos Serviços de Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes. “Os residentes do Interior do país estão a habituar-se às novas regras antiepidémicas e nós também. Depois de estarem habituados, acredito que vamos receber cada vez mais turistas”, indicou. A responsável destacou que quem chega a Macau vindo de Zhuhai ainda está obrigado a apresentar resultado negativo nos testes de ácido nucleico, mas que o Governo irá levantar as medidas restritivas passo a passo. “A seguir, vamos continuar a promover os descontos de hotéis e ofertas de bilhetes de avião. É também importante a retoma de voos entre Macau e outras cidades”, acrescentou a directora da DST. À margem da conferência de imprensa sobre a renovação das concessões de jogo, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultural, Elsie Ao Ieong U, indicou que estão em curso planos a contar com a retoma dos serviços de ferries com Hong Kong. Para tal, a governante sublinhou a necessidade de Macau conseguir manter a estabilidade em termos de infecções e funcionamento do sistema de saúde. “Iremos remover as restrições gradualmente e isso permitirá a chegada de mais turistas a Macau. Também os residentes vão poder viajar para fora. Já estamos a preparar a retoma dos serviços de ferry e ligações aéreas”, afirmou Elsie Ao Ieong U. As ligações marítimas entre Macau e Hong Kong estão suspensas desde o início da pandemia, com os ferries para o Interior a serem suspensos e reabertos, conforme a ocorrência de surtos.
João Luz SociedadeHospital das Ilhas | Empreitada de construção concluída A Direcção dos Serviços de Obras Públicas indicou na sexta-feira que a “Empreitada de Construção das Estruturas Principais do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas foi concluída com sucesso, seguindo-se o procedimento de vistoria e recepção”. O complexo abrange a construção do Hospital Geral (consulta externa e urgência), do Edifício de Apoio Logístico, do Edifício de Administração e Multi-Serviços, bem como das respectivas vias e infra-estruturas, esclarece o Governo. No total, a empreitada de construção que terminou na semana passada tem uma área bruta de construção de cerca de 276.500 m2. A obra teve início em Outubro de 2019. Também estão concluídas as obras do Instituto de Enfermagem e do Edifício Residencial para Trabalhadores, o Hospital Geral, o Edifício de Apoio Logístico e Edifício de Administração e Multi-Serviços do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas. As obras de modificação do Edifício da Urgência têm conclusão prevista para a segunda quinzena de Janeiro de 2023. O Edifício do Laboratório Central deve estar concluído dentro do primeiro semestre de 2023, finalizando assim as obras da primeira fase do Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Governo deixa de divulgar casos assintomáticos Tal como Alvis Lo deixou antever na quarta-feira, as autoridades de saúde vão deixar de revelar o número de casos positivos diários. Ontem, foram apenas confirmados 45 infecções. O Governo reconheceu a impossibilidade de revelar com rigor o número de casos positivos, apesar da plataforma de autoavaliação para infectados Da mesma forma como a Comissão Nacional de Saúde deixou de reportar o número de casos assintomáticos na China, a vasta maioria das infecções por covid-19, as autoridades de saúde de Macau vão também parar de divulgar os números diários de casos positivos. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou ontem que foram detectados 45 casos confirmados de covid-19, ou seja, com sintomas, na quarta-feira. Quando na quarta-feira foram anunciados mais de 400 casos. “O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus afirmou que, em resposta ao anúncio da Comissão Nacional de Saúde publicado ontem [na quarta-feira], uma vez que as medidas actuais de teste de ácido nucleico para a covid-19 são de carácter voluntário, muitos assintomáticos não participam nos testes de ácido nucleico, por essa razão torna-se impossível apurar com precisão o número real de infecções assintomáticas. Deste modo, a partir de ontem [na quarta-feira], deixam de ser divulgados os dados das infecções assintomáticas, sendo apenas feita a divulgação dos casos confirmados.” Saber o que é Também na definição de casos confirmados, Macau vai seguir os métodos estabelecidos pelas autoridades nacionais, ou seja, as pessoas infectadas são aquelas “com sintomas óbvios ou manifestações de pneumonia”. Adaptando este conceito para a realidade local, os casos confirmados vão também contemplar os “doentes que necessitem de ser internados nas instalações de tratamento em regime de isolamento dos Serviços de Saúde (incluindo hotéis de isolamento médico, Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane ou enfermarias de isolamento do CHCSJ)”.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Idosa que morreu na terça-feira é a sétima ocorrência fatal As autoridades de saúde anunciaram ontem a sétima vítima mortal de uma pessoa infectada com covid-19. Trata-se de uma idosa de 80 anos com um historial de várias doenças crónicas e que não foi vacinada. Ontem, foram acrescentados mais de 400 casos positivos à contabilidade pandémica Macau registou na terça-feira a primeira morte de covid-19 desde Julho e depois de o Governo ter anunciado o alívio da política de zero casos, revelaram ontem as autoridades. A mulher, de 80 anos, não vacinada, tinha um historial de “hipertensão, diabetes, doenças coronárias, doenças cardíacas, entre outras”, referiu o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, em comunicado. As autoridades adiantaram que a senhora acusou positivo num teste de ácido nucleico realizado na segunda-feira e que na terça-feira foi enviada ao Centro de Tratamento Comunitário do Dome para tratamento médico. Quando chegou ao Dome, a idosa apresentava um quadro clínico de hipoglicemia, que melhorou após tratamento médico. De seguida, foi encaminhada para o Centro Clínico de Saúde Pública do Alto de Coloane e às 19h20 não apresentou batimento cardíaco, sendo o óbito declarado cerca de 30 minutos mais tarde, depois de não reagir às tentativas de reanimação cardiopulmonar. Questionado ontem porque a vítima não foi logo encaminhada para uma unidade hospitalar, em vez de ser enviada para o Dome, Alvis Lo começou por explicar que a triagem antecede a decisão de reencaminhamento para o hospital. O director dos Serviços de Saúde afirmou ontem no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau não acreditar que tenha acontecido triagem errada, mas que as autoridades competentes vão averiguar o que realmente aconteceu. De forma a demonstrar a eficácia dos vários postos comunitários, que passaram a aceitar marcações ontem, Alvis Lo indicou que até às 10h30 de ontem já haviam recebido 560 marcações. Apelo à vacina Como a vítima mortal anunciada ontem não estava vacinada, o centro de coordenação de contingência voltou a apelar à vacinação da população, salientando que “a administração da vacina contra a covid-19 pode reduzir o risco de infecção” e que “o mais importante é reduzir o risco de ocorrência de casos graves e de morte após a infecção”. “Apela-se novamente para que as crianças com idade igual ou superior a seis meses e as pessoas que ainda não se vacinaram ou administraram as doses de reforço se submetam à vacinação, o mais rápido possível”, acrescentou. Até sábado passado, 4.896 pessoas com idade superior a 80 anos, ainda não tinham sido vacinadas, indicou anteriormente o Centro. No entanto, as autoridades anunciaram um alívio gradual das medidas de prevenção da covid-19 a partir desta semana. “Actualmente a transmissibilidade é alta e é fácil de se recuperar após a infecção. Em Macau, a taxa de vacinação é superior a 90 por cento, pelo que há condições para o ajustamento das medidas de prevenção e controlo da epidemia”, anunciou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong, numa conferência de imprensa, na semana passada. A responsável estimou que, nesta nova fase de convivência com o vírus, “a população infectada possa ser entre 50 a 80 por cento”. Números do dia O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus revelou ontem que na terça-feira foram detectados 402 novos casos positivos de covid-19. Destes casos, 290 foram classificados como assintomáticos. As autoridades revelam que houve uma divisão quase exacta entre homens e mulheres nos casos positivos, que dizem respeito a pessoas entre 0 e 92 anos. Desde 28 de Novembro, até terça-feira, Macau contabilizou um total de 1.325 pessoas infectadas. Com Lusa
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Governo pondera deixar de revelar número de casos A China deixou de revelar o número de casos assintomáticos e Macau pode seguir o exemplo, revelou ontem Alvis Lo. O director dos Serviços de Saúde estima que o pico de infecções de covid-19 pode chegar em meados de Janeiro e aconselha a população a presumir que todas as pessoas e locais representam risco de infecção A Comissão Nacional de Saúde deixou desde ontem de reportar o número de casos assintomáticos, a vasta maioria das infecções por covid-19, uma vez que quem não apresenta sintomas fica isento de testagem. Assim sendo, a autoridade chinesa diz que já não pode fazer uma contabilidade rigorosa dos casos. Macau pode, mais uma vez, seguir as pisadas do país, de acordo com as declarações de ontem do Director dos Serviços de Saúde (SSM), Alvis Lo, no programa Fórum Macau do canal chinês da Rádio Macau. O responsável afirmou que, de momento, a evolução do número de infecções é relativamente estável, e que o pico pandémico pode ser atingido na terceira ou quarta semana depois do alívio das restrições, ou seja, em meados de Janeiro. Janela temporal que dará espaço de manobra e tempo para todos os sectores sociais se prepararem, indicou. Sublinhando que actualmente o objectivo não é covid zero, como a população não está obrigada a testes com tanta frequência, excepto para certas profissões e para entrar em determinados locais, Alvis Lo reconheceu que o número de casos contabilizados é inferior ao real. Como tal, aconselhou a população a presumir que todas as pessoas e locais representam risco de infecção e que a vacinação deve ser prioridade. Porém, o director dos SSM colocou água na fervura e referiu que mais de 90 por cento das pessoas infectadas durante o surto do Verão poderiam fazer isolamento em casa, se nessa altura o objectivo não fosse o covid zero. Assim sendo, Alvis Lo sublinhou que quem tiver sintomas de febre, dores de garganta e dores musculares não tem nada a recear. Corrida à vacina À medida que o número de casos aumenta, a população de Macau está a aderir à vacinação contra a covid-19. Alvis Lo revelou que aumentou o número de pessoas que acorreram nos últimos dias aos postos de vacinação, passando de uma média diária entre 300 a 400 pessoas, para 6.000 a 7.000 pessoas. Em relação aos casos positivos que podem fazer isolamento domiciliário, o director dos SSM afirmou que é não é realístico obrigar as pessoas a ficar em casa, nem é esse o objectivo do Governo. Porém, realçou que as saídas só devem ser feitas em caso de necessidade e cumprindo todas as precauções preventivas. Também quem se prepara para sair de Macau e apanhar voos internacionais não precisa preocupar-se se está infectado, porque quem tiver código vermelho não será impedido de viajar de avião para o exterior. Outro dado relevante apresentado por Alvis Lo no Fórum Macau de ontem, prende-se com a disponibilidade de testes rápidos de antigénio. Actualmente, uma média de 150 mil pessoas carrega todos os dias o resultado de teste rápido antigénio na plataforma online. O responsável garantiu que as autoridades têm testes armazenados que chegam para os próximos três meses. Ainda assim, deixou em aberto a possibilidade de o Governo lançar mais rondas de venda subsidiada de kits de testes rápidos, tendo em conta que vários sectores profissionais ainda estão obrigados à testagem por esta via. Infectados em lares O presidente do Instituto de Acção Social, Hon Wai, participou também no programa do canal chinês da Rádio Macau e revelou que na terça-feira foram encontrados casos positivos em instalações sob a alçada do organismo que dirige. Foram detectados quatro casos positivos em lares de idosos, dois casos em centros de reabilitação e três casos em creches. De acordo com as experiências observadas internacionalmente, os lares de idosos apresentam um risco de infecção de cerca de 70 por cento dos utentes num curto espaço de tempo. Daí, as autoridades terem interrompido visitas e saídas de utentes e implementado testagens frequentes para encontrar infecções o mais cedo possível e, assim, reduzir ao máximo o impacto na saúde dos idosos. Nesse sentido, o presidente do IAS pediu compreensão a familiares e utentes e revelou que as tecnologias de comunicação, como as videochamadas, passaram a fazer parte do quotidiano da população. Apesar das restrições, Hon Wai afastou a possibilidade do regresso ao sistema de circuito fechado na gestão de funcionamento dos lares e que, de momento, funcionários e utentes estão a adaptar-se aos novos modelos de prevenção. Na rede de lares de idosos de Macau, cada instituição tem em média entre mais de 100 a 300 pessoas, entre funcionários e utentes. Entre os utentes, a larga maioria tem mais de 80 anos e os idosos com mais tempo de internamento são pessoas acamadas e a necessitar de cuidados permanentes. Como tal, o presidente do IAS sublinha a necessidade de rigor na prevenção neste tipo de instituição, uma vez que se forem infectados 70 por cento dos utentes num lar, a probabilidade de haver um grande número de doentes a precisar de internamento hospitalar irá causar uma grande pressão no sistema de saúde de Macau.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Mais de 380 casos positivos na segunda-feira As autoridades de saúde de Macau anunciaram ontem que foram detectados na segunda-feira 382 novos casos positivos de covid-19. Entretanto, o pessoal médico do privado já não precisa de notificar os Serviços de Saúde sobre as infecções de que tem conhecimento Enquanto os casos positivos continuam quase a duplicar diariamente, o Governo emite orientações para a nova fase de transição que arranja hoje. O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus indicou ontem que na segunda-feira foram detectados 382 novos casos positivos de covid-19. Entre 28 de Novembro e segunda-feira, as autoridades registaram 923 pessoas infectadas. Em relação aos 382 casos anunciados ontem, as autoridades afirmam que 369 casos foram detectados na comunidade, o que é natural uma vez que deixou de haver controlo e isolamento de casos próximos e edifícios selados, e 102 apresentaram sintomas. O universo de infectados inclui 185 pessoas do sexo feminino e 197 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 6 e 78 anos. Entretanto, arranca hoje a segunda fase do período de transição. Quem testar positivo à covid-19 terá de declarar o diagnóstico na plataforma de autoavaliação e preencher um formulário. De seguida, ser-lhe-á atribuída uma de quatro cores, de acordo com a severidade dos sintomas. A cor verde significa que a pessoa infectada com covid-19 pode fazer isolamento domiciliário durante cinco dias. As cores amarelo e laranja pressupõem uma avaliação médica, com a possibilidade de hospitalização e isolamento, que pode acontecer em hotéis designados para o efeito. Serviços de urgência As autoridades de saúde emitiram também ontem orientações para as unidades hoteleiras que vão receber pessoas que acusaram positivo à covid-19, para tratamento em regime de isolamento. A estadia será paga tendo por base as taxas de internamento hospitalar. Também os hospitais e centros de saúde públicos têm novas orientações para tratar os casos positivos e contactos próximos. Assim sendo, quem tiver marcado consultas externas no Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) deve ligar para o número 83906000, para reagendamento. Em caso de urgência, as pessoas em questão podem dirigir-se à área exclusiva de código vermelho e amarelo na Urgência Especial do hospital. Este serviço servirá doentes que precisam de “quimioterapia, diálise peritoneal, hemodiálise, exame especial (como consulta externa de obstetrícia – gravidez de alto risco, monitorização fetal) ou injecção de substâncias psicotrópicas”. Se os doentes precisarem de levantar medicamentos (em caso de necessidade), podem ligar para o número 83908587, e para os medicamentos sujeitos a receita médica para o 83906000. Após a emissão da receita médica, o paciente será notificado por SMS. Privacidade nos privados Quem tenha marcado serviços de cuidados de saúde nos Centros de Saúde, é favor ligar para o respectivo centro de saúde da sua área de residência e reagendar a consulta ou a data de exame. Para as situações inadiáveis, incluindo exames especiais (consulta externa de obstetrícia e ecografia), emissão de 2.ª Via e renovação de levantamento de medicamentos, as autoridades recomendam que a inscrição na consulta externa de febre nos centros de saúde. No que diz respeito aos serviços de saúde privados, como clínicas e hospitais, o Governo indicou ontem que os médicos privados deixaram de estar obrigados a reportar aos Serviços de Saúde casos positivos de covid-19 de que tenham conhecimento durante a prática médica, excepto se os casos forem graves e em ligação com idosos ou portadores de doenças crónicas.
João Luz Manchete SociedadeCovid-19 | Suspensas aulas em 13 turmas devido a infecções O Governo interrompeu as aulas presenciais em 13 turmas depois de 28 estudantes e docentes terem testado positivo. Directores de escolas alertam para incongruências nas orientações preventivas, enquanto pais queixam-se que as medidas no Interior da China são mais flexíveis que em Macau Apesar de Macau entrar hoje na segunda fase do período de transição no alívio de restrições pandémicas, na segunda-feira foram suspensas as aulas de 13 turmas de escolas do território depois de 25 alunos e três docentes de 17 escolas terem testado positivo à covid-19 no domingo. O Governo indicou que a Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) e os Serviços de Saúde (SSM) apresentaram às direcções das escolas orientações preventivas para aplicar durante o período de transição. Foi também estabelecido um mecanismo de notificação entre as escolas e as autoridades de saúde e uma linha telefónica especial para responder a dúvidas do pessoal das escolas. No mesmo comunicado da DSEDJ, divulgado apenas em chinês na noite de segunda-feira, é feito mais um apelo aos encarregados de educação para vacinarem os alunos ou para a administração da dose de reforço da vacina contra a covid-19. Sem orientação Um dos estabelecimentos de ensino onde foram suspensas aulas numa turma foi a Escola Choi Nong Chi Tai, na Areia Preta, devido à descoberta de um caso positivo numa turma. O director da escola, Vong Kuoc Ieng, revelou ao jornal Ou Mun que as orientações do Governo causaram alguma confusão e considera que as medidas a adoptar durante este período devem ser clarificadas. O responsável mostrou-se perplexo face à situação de a turma do aluno infectado ter ficado com aulas suspensas por cinco dias, enquanto as turmas frequentadas pelos irmãos do aluno (com quem coabitam) continuarem com aulas presenciais. Na segunda-feira, começou a ser implementado um sistema de testagem na Escola Choi Nong Chi Tai, que implica pelo menos um teste rápido antigénio por semana, com cerca de 20 por cento de alunos e professores a ser testados por dia. O responsável realçou que o facto de a testagem de alunos não ser obrigatória e não resultar no impedimento de entrada no recinto das escolas, pode dar azo a conflitos entre pais e professores. Também o deputado e director da Escola Secundário Pui Ching, Kou Kam Fai, pediu maior clareza em relação às orientações do Governo e indicou que no estabelecimento de ensino que dirige não serão dadas aulas à distância. As turmas com aulas suspensas terão apenas trabalhos de casa. A longo prazo, o deputado entende que seria mais prático apenas os alunos que testaram positivo ficarem em casa, enquanto que o resto da turma prossegue com as aulas presenciais, a menos que a proporção de casos positivos seja considerável.
João Luz Manchete SociedadeNúmero de casos positivos quase duplicou para mais de 200 num dia No domingo foram detectados 204 novos casos positivos de covid-19 em Macau, 198 destes na comunidade, anunciou ontem o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus. As autoridades indicaram que entre as infecções, para já, 120 não apresentavam sintomas, levando à classificação como casos assintomáticos, 61 casos foram detectados através de testes rápidos antigénio, 130 em testagem com ácido nucleico e seis testados por autoridades de Zhuhai. Entre o dia 28 de Novembro e domingo, as autoridades reportaram um total de 541 novas infecções de covid-19. As autoridades anunciaram ontem que serão disponibilizados transportes especialmente para pessoas infectadas com covid-19 para irem a consultas médicas, caso precisem, no Centro de Tratamento Comunitário, situado no Dome (Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau). Para já, hoje estão disponíveis partidas de quatro locais, mas o centro de coordenação de contingência indica que a partir de amanhã serão acrescentados mais pontos de partida para transportar doentes para diferentes centros de tratamento comunitários. Os autocarros destinam-se a pessoas que sem meios próprios para se deslocarem ao Dome. Transportes positivos O primeiro autocarro parte da Federação de Médico e Saúde de Macau do Edifício Ilha Verde (Avenida do General Castelo Branco) e passa pela porta principal do antigo Canídromo Yat Yuen, antes de chegar ao Dome. Outro transporte, parte do Centro de Actividades Juvenis da Areia Preta (Estrada Marginal da Areia Preta, perto do Edifício Kin Wa) e passa na Pérola Oriental. Na zona da Barra, o transporte parte do terminal de autocarro na Riviera e passa na Rotunda do Estádio, ao lado do Jockey Clube de Macau. A outra linha divulgada ontem, parte da Policlínica da Federação de Médico e Saúde de Macau e passa na Povoação de Sam Ka da Taipa (perto da travessia pedonal da Rua do Porto). Para já, estão a funcionar três centros de tratamento, um na Rotunda do Estádio, e os restantes na clínica da Federação de Médico e Saúde de Macau do Edifício Ilha Verde e na Policlínica da Federação de Médico e Saúde de Macau.
João Luz Manchete SociedadeCCAC | Lee Sio Kuan diz-se inocente de corrupção eleitoral O Comissariado contra a Corrupção encaminhou para o Ministério Público um caso suspeito de corrupção eleitoral. Apesar de não mencionar qual a candidatura, o caso parece encaixar na perfeição na lista encabeçada por Lee Sio Kuan. Contactado ao HM, o ex-candidato apontou culpas a um apoiante com quem já não tem ligação e declara-se inocente “Não fui eu que convidei todas aquelas pessoas. É muito simples, estou inocente.” Foi desta forma que Lee Sio Kuan, o polémico candidato a deputado, reagiu quando o HM lhe perguntou se o caso de corrupção eleitoral divulgado ontem pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC) diria respeito à lista que dirigiu enquanto mandatário, a Ou Mun Kong I. O CCAC revelou ontem ter concluído uma investigação a um caso de corrupção eleitoral relativo às eleições para a 7.ª Assembleia Legislativa, que aconteceram no ano passado. “O mandatário de uma comissão de candidatura envolvido é suspeito de oferecer um passeio turístico, refeições e prendas gratuitas a mais de 200 residentes de Macau”, indica o CCAC. O objectivo seria a recolha de assinaturas de eleitores “para apresentar o pedido de reconhecimento da lista de candidatura em causa à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL)”, é acrescentado. O caso foi encaminhado para o Ministério Público. O CCAC declara que durante o processo de inquérito apurou que o mandatário e um guia turístico “se responsabilizavam pela organização de um passeio turístico de meio dia, tendo providenciado refeições e distribuído prendas tais como detergentes líquidos para roupa e guarda-chuvas com os dizeres ‘votem nesta lista de candidatura’ impressos nos mesmos”. Excursões locais As autoridades adiantam que várias pessoas confessaram que, através de aplicações de telemóvel ou informações transmitidas de boca em boca, souberam que bastava assinar os boletins para acederem a um passeio turístico e refeições gratuitas. Face às alegações das autoridades, o candidato que disse que iria usar a “Estratégia Cão Louco” na campanha eleitoral “lavou as mãos” de qualquer suspeita e apontou baterias a um apoiante. “O passeio foi organizado por uma pessoa que eu ajudei e que me queria apoiar. Foi ela que angariou as pessoas. Eu não estive envolvido em nada, não fui eu que procurei aquele grupo de residentes”, afirmou ao HM Lee Sio Kuan. Face à questão se teria sido acusado pelo MP de algum crime, o ex-candidato não deu resposta: “Não comento.” Sobre a pessoa que terá, na sua tese, organizado o passeio e as ofertas que foram alvo da investigação do CCAC, Lee Sio Kuan afirmou desconhecer se terá sido acusada do crime de corrupção eleitoral e negou ter contacto com o organizador. Para a posteridade O CCAC refere ainda que as excursões, refeições e prendas “foram todas financiadas pelo referido mandatário” e que o mesmo conseguiu angariar mais de 200 eleitores que assinaram o boletim de propositura de lista às eleições legislativas de 2021. Além disso, o CCAC esclarece que antes do passeio para alegada angariação de assinaturas, as pessoas foram convidadas para tirar fotografias em frente ao Edifício da Administração Pública na Rua do Campo. A alegação do CCAC coincide com a segunda vez que a lista Ou Mun Kong I submeteu assinaturas para a propositura de candidatura, no dia 22 de Junho de 2021. “O referido mandatário, guia turístico e mais de 200 eleitores terão praticado o crime de corrupção eleitoral previsto pela Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa, tendo o caso sido encaminhado para o Ministério Público para os devidos efeitos”, aponta o CCAC. O crime em questão é punível com pena de prisão até 8 anos, sem possibilidade de suspensão, nem substituição por multa ou outras penas menos gravosas.
João Luz SociedadeHabitação | Empréstimos caíram quase 50% em Outubro No passado mês de Outubro foram aprovados menos 48,8 por cento de novos empréstimos hipotecários para habitação em relação a Setembro, para um total de 985 milhões de patacas, informou ontem a Autoridade Monetária de Macau (AMCM). Os empréstimos para habitação contraídos por residentes, que representaram 99,4 por cento do total dos empréstimos aprovados em Outubro, caíram 48,8 por cento, enquanto o segmento não-residente registou uma quebra de 48,3 por cento. Em termos trimestrais, entre Agosto e Outubro, “o número médio mensal dos novos empréstimos aprovados atingiu 1,52 mil milhões de patacas, correspondendo a um aumento de 5 por cento em comparação com o período anterior”, aponta a AMCM. Por outro lado, os novos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias aprovados em Outubro cresceram, 288,3 por cento relativamente ao mês anterior, atingindo 7,28 mil milhões de patacas, em grande parte empurrado pelos empréstimos concedidos a residentes locais. Em termos trimestrais, os números continuam a revelar tendência positiva. Entre Agosto e Outubro, o número médio mensal dos novos empréstimos comerciais atingiu 3,73 mil milhões de patacas, valor que representou um aumento de 111 por cento em relação ao período entre Julho e Setembro. No final de Outubro, o rácio das dívidas não pagas aos empréstimos hipotecários para habitação manteve-se inalterado em 0,5 por cento, quando comparado com o mês anterior, mas cresceu 0,2 ponto percentual em relação a Outubro de 2021.
João Luz Manchete PolíticaAPN | Vong Hin Fai e Chan Hong estreiam-se na delegação de Macau A grande maioria dos delegados de Macau na Assembleia Nacional Popular renovou a sua representação para as reuniões de Março. A delegação da RAEM tem três estreantes: o deputado Vong Hin Fai, a ex-deputada Chan Hong e o director-geral do Ou Mun Wang Nang Hon. Ainda não foi desta que Ma Chi Seng foi eleito para o órgão legislativo nacional Está escolhida a lista dos 12 representantes de Macau para a 14.ª Assembleia Popular Nacional (APN), que deverá realizar-se em Março do próximo ano. Na sua larga maioria, a delegação da RAEM para a sessão legislativa de 2023 do órgão legislativo nacional mantém o elenco da anterior composição. As excepções são o deputado eleito por sufrágio indirecto Vong Hin Fai, a ex-deputada e directora da Escola Hou Kong, Chan Hong e Wan Nang Hon, director-geral do jornal Ou Mun. Importa referir que Wan substitui o também director da publicação Lok Po, que não se candidatou este ano. Os candidatos mais votados foram o empresário Kevin Ho, que ocupou o terceiro lugar do pódio com 454 votos. O homem de negócios e sobrinho do ex-Chefe do Executivo Edmund Ho é um dos delegados da APN desde 2017. O presidente da Assembleia Legislativa, Kou Hoi In, foi o mais votado pelo restrito colégio de eleitores, angariando 459 votos. Em primeiro lugar, ficou o empresário número dois da Federação Nacional dos Chineses Ultramarinos Lao Ngai Leong que obteve 465 votos. O quarto lugar foi arrebatado pela estreante candidata e ex-deputada Chan Hong, que conseguiu 438 votos. A quinta posição na lista de eleitos foi o também estreante deputado Vong Hin Fai, com 437 votos. A sexta posição foi dividida por dois candidatos que angariaram ambos 433 votos. O empresário Dominic Sio, que dirige o Centro de Pesquisa Estratégica para o Desenvolvimento de Macau e director da CESL Asia e o deputado José Chui Sai Peng. Ma Chi Seng em terra O representante da comunidade de Fujian e deputado Si Ka Lon conseguiu 422 votos, que lhe garantiu a oitava vaga para a próxima APN. A presidente do conselho fiscal da Associação Geral das Mulheres de Macau, Iong Weng Ian, ficou em nono lugar com um total de 411 votos, seguida pelo novo representante do jornal Ou Mun na delegação da RAEM ao órgão nacional, o estreante Wan Nang Hon Finalmente, a fechar a lista de 12 representantes, ficaram as presidentes de duas das associações tradicionais do panorama política de Macau. Ng Sio Lai que preside à União Geral Associação Moradores Macau e Ho Sut Heng que dirige a Federação das Associações dos Operários de Macau. Ficaram de fora da delegação, o deputado Ma Chi Seng, e a candidata Lao Ka U, ligada à Associação dos Conterrâneos de Jiangmen. Apesar de não terem votos suficientes para integrar a equipa de 12, estes dois candidatos ocupam uma posição de substitutos caso algum delegado eleito não possa participar na APN. Eleição patriótica O deputado Lei Chan U disse ontem no hemiciclo, no período de antes da ordem do dia, que a eleição dos 12 representantes de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN) “cumpriu firmemente o princípio ‘Macau governado por patriotas’, assegurando que os 12 representantes recentemente eleitos à APN são patriotas que amam Macau”. Lei Chan U disse ainda esperar que “os novos deputados de Macau à APN, com um elevado sentido de responsabilidade histórica e de missão, assumam as suas funções e responsabilidades, tenham um espírito empreendedor e inovador, persistam na defesa de ‘um país’ e aproveitem as vantagens dos ‘dois sistemas’”, rematou.
João Luz Manchete SociedadeInfectados podem fazer isolamento em casa a partir de quarta-feira Foram concretizadas algumas das medidas que vão aliviar o combate à pandemia. A partir de quarta-feira, pessoas infectadas podem fazer isolamento em casa, a apresentação do código de saúde deixa de ser obrigatória para entrar em transportes, parques e mercados. O código de local vai deixar de ser tido em conta Depois de um Verão marcado por confinamentos “parciais”, partilhas de percursos de infectados e criminalização de vários aspectos da vida quotidiana, as autoridades de saúde renderam-se à inevitável realidade de “convívio” com a covid-19. No sábado, o director dos Serviços de Saúde (SSM), Alvis Lo, afirmou que nos próximos tempos é expectável que o número de infecções aumente, mas apelou à população para que não entre em pânico com a subida dos casos positivos. A partir de quarta-feira, Macau irá entrar naquilo que as autoridades descrevem como a segunda fase da transição da prevenção da pandemia, um trajecto rumo à normalização da sociedade. Numa fase posterior, o Governo prevê a passagem a um período de disseminação do novo tipo de coronavírus entre a população. Neste sentido, Alvis Lo argumentou no sábado que a comunidade científica indica que as consequências para a saúde resultantes da infecção com a variante ómicron não são gravosas. Uma das medidas que entrará em vigor na quarta-feira, é a possibilidade de as pessoas infectadas cumprirem isolamento domiciliário, sendo que a triagem será feita através de uma plataforma electrónica e de um formulário em que a pessoa irá fazer uma autoavaliação do seu estado de saúde. Cores decisivas O isolamento será de, pelo menos, cinco dias a partir do resultado positivo. Após este período, e com dois testes negativos o código de saúde voltará a apresentar cor verde. Após a autoavaliação submetida na plataforma electrónica por quem testou positivo, será atribuída uma de quatro cores possíveis de acordo com a severidade da infecção. Quem obtiver cor verde, pode fazer quarentena de cinco dias em casa, carregando diariamente resultados de testes rápidos antigénios no código de saúde. Esta classificação será para casos assintomáticos. Quem tiver cor amarela, deve dirigir-se a uma das clínicas comunitárias montadas no território para apurar um diagnóstico. Se a cor for laranja, a pessoa terá de submeter-se a tratamento no centro comunitário instalado no Dome. A cor vermelha será sinónimo de internamento hospitalar. Para a atribuição da cor e do tratamento a aplicar serão tidos em conta factores como a idade, estado de saúde, se a pessoa é portadora de alguma doença crónica, vacinação e sintomas. Novo código Também o código de saúde passará a uma nova fase. Em primeiro lugar, Alvis Lo revelou que a leitura do código de local será algo que vai deixar de ser tido em conta, porque as autoridades já não fazem “rastreios detalhados” de percursos de infectados e contactos próximos. Por outro lado, a partir de hoje, deixa de ser exigida a apresentação do código de saúde em transportes públicos, parques e mercados, mantendo a obrigatoriedade para entrar em serviços públicos, instituições de saúde, instituições de serviços sociais e escolas do ensino não superior, incluindo creches. Em relação aos espaços privados, o Governo deixa à consideração dos proprietários a decisão de exigirem ou não a apresentação de código de saúde à entrada das instalações. Além disso, é também deixada à consideração dos privados admitir a entrada de pessoas com código amarelo ou vermelho nas suas instalações. Noutro domínio, destaque também para a necessidade de todos os alunos e professores do ensino não superior terem de fazer um teste rápido antigénio semanalmente, a partir de hoje. Resistência idosa Um dos pressupostos da abertura de Macau em contexto pandémico sempre foi a vacinação, em particular dos grupos mais vulneráveis. Foi com esse intuito que o Governo contactou “4.896 pessoas idosas com idade superior a 80 anos que ainda não tinham tomado vacinação contra a covid-19” para os convencer a tomar a vacina. Deste universo, apenas 638 aceitaram ser inoculados, pouco mais de 13 por cento, enquanto os restantes recusaram a proposta, alegando “motivos pessoais”. Ainda assim, as autoridades apontaram que “até ao momento, o trabalho de ligações telefónicas foi concluído com sucesso”. Para já, as autoridades não arriscam uma previsão para quando será atingindo o pico de infecções no território, mas Alvis Lo afirmou que a normalização só será atingida num momento de descida do número de infecções e a partir de certo nível de imunidade de grupo. No meio da transição para a normalidade, será equacionado o retorno da abertura fronteiriça com Hong Kong, se Macau registar “um número controlável de infectados, ou seja, se não afectar o funcionamento dos serviços médicos”. Infecções | Registados 106 novos casos no sábado As autoridades de saúde anunciaram ontem a descoberta no sábado de 106 novos casos positivos de covid-19, 99 deles encontrados na comunidade. Desde o passado dia 28 de Novembro, até sábado, foram contabilizados 337 casos positivos de covid-19. Em relação aos casos anunciados ontem, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus afirmou que dizem respeito a 54 mulheres e 52 homens, com idades entre os 6 e 79 anos. Dos 106 casos, 44 revelaram sintomas, enquanto os restantes 62 foram classificados com assintomáticos. Entre os casos positivos, sete foram descobertos em hotéis de observação médica a hospitais, 30 foram detectados através de testes rápidos antigénio e 54 descobertos em testes de ácido nucleico. Consultas externas | Abrem hoje três postos comunitários Entram hoje em funcionamento, a título experimental, três postos de consulta externa comunitária para quem testou positivo à covid-19 e ficou com cor amarela, ou seja, sem necessidade de acompanhamento médico permanente, mas que precise de uma consulta. Estes postos vão estar abertos entre as 10h e as 19h. Além disso, foram criados oito pontos de ligação, destinados aos residentes com resultado positivo e sem condições para se dirigirem ao Centro de Tratamento Comunitário no Dome (Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau). Por outro lado, também a partir de hoje, para entrar em creches, centros de cuidados especiais diurnos para idosos e lares de pessoas deficientes é necessário apresentar resultado negativo no teste rápido de antigénio realizado dentro do período de duas horas. No mesmo dia, se for registado um caso positivo ou um utente positivo, os trabalhos serão suspensos por cinco dias. Para quem tem necessidades especiais, devem ser adoptadas medidas mais favoráveis, indicou no sábado o director do Instituto de Acção Social Hon Wai.
João Luz Manchete SociedadeApoios | Quatro detidos por criarem 600 empresas falsas A Polícia Judiciária desmantelou uma rede familiar que abriu centenas de empresas com o intuito de receber subsídios do Governo destinados a apoiar negócios afectados pela pandemia. O esquema terá rendido cerca de três milhões de patacas. Desde 2021, o Governo já negou apoios a mais de 57 mil estabelecimentos comerciais A Polícia Judiciária anunciou na quarta-feira ter detido quatro pessoas que criaram mais de 600 empresas falsas, através das quais obtiveram ajudas governamentais no valor de cerca de três milhões de patacas Os quatro suspeitos, um casal de 60 anos, o filho e um amigo que trabalhava como vendedor de automóveis, criaram as empresas falsas entre Fevereiro de 2019 e Setembro de 2021, tendo obtido ajudas de 2,9 milhões de patacas, das quais chegaram a levantar 1,5 milhões de patacas, indicaram as autoridades. “Os suspeitos disseram que o objectivo das empresas falsas era solicitar matrículas de Hong Kong e Macau para revenda com fins lucrativos”, acrescentou o porta-voz da PJ. O caso foi entregue ao Ministério Público, com os detidos suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa e burla, que podem resultar em penas de prisão até 10 anos. O anúncio das detenções levou a Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) e reagir, afirmando ter prestado “atenção ao caso de violação da lei por suspeita de recepção indevida do apoio pecuniário” e apelado aos “beneficiários para não correrem o risco de violar a lei.” Além disso, a DSF indicou que irá acompanhar de perto o caso e colaborar estreitamente com Polícia Judiciária na investigação. Evitar o inevitável O apoio que esteve no epicentro do esquema desmontado pela PJ implica o “Plano de apoio pecuniário aos trabalhadores, aos profissionais liberais e aos operadores de estabelecimentos comerciais”, que já teve três rondas. Uma das críticas mais frequentes sobre este plano de apoio, prendeu-se com o tempo que as empresas demoravam a receber as verbas. Como tal, a DSF adoptou um mecanismo de selecção mais directo de atribuição dos apoios, o que obrigou as autoridades a apertarem a fiscalização. Segundo dados revelados pela DSF, entre 2021 e 2022, foram detectados quase 57 mil casos de estabelecimentos comerciais que não exerciam actividade de acordo com as definições estabelecidas no regulamento administrativo que estipula as regras de atribuição dos apoios. Em 2021, foram excluídos do plano de benefícios 24.125 empresas, número que aumentou em 2022 para 32.734. No total, ao longo dos dois anos, registaram-se mais de 140 casos de devolução de apoios e foram realizadas mais de 10 mil acções de inspecção in loco.
João Luz PolíticaDICJ | Paulo Basaloco toma posse como chefe de departamento Paulo Jorge Moreira Castelo Basaloco tomou ontem posse enquanto novo Chefe de Departamento de Inspecção de Jogos, numa cerimónia que decorreu na sede da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), perante o director Adriano Marques Ho e o subdirector Lio Chi Chong. Durante a cerimónia de tomada de posse, Adriano Marques Ho referiu que “o Departamento de Inspecção de Jogos tem sido, desde sempre, uma unidade essencial da DICJ”. O dirigente diz esperar que Paulo Basaloco cumpra “com lealdade as funções que lhe são confiadas, enfrentando os desafios e exercendo com eficácia as funções de fiscalização previstas na nova lei do jogo, criando uma equipa de trabalho íntegra, eficiente e coesa”. Licenciado em Educação Física e Desporto pelo Instituto Politécnico de Macau, Paulo Basaloco ingressou na DICJ em Dezembro de 1988, à altura denominada Inspecção dos Contratos de Jogos, para o cargo de fiscal e passado um ano passou a exercer funções como inspector. Em 2017, foi nomeado chefia funcional da DICJ e desde Setembro de 2021 que ocupava o cargo de Chefe da 1.ª Divisão da DICJ.
João Luz Manchete PolíticaCovid-19 | Deputados pedem para Macau seguir alívio aplicado no Interior Um dia antes do anúncio de atenuação das medidas de combate à pandemia em Macau, os deputados Ella Lei e Leong Sun Iok emitiram um comunicado a pedir ao Executivo de Ho Iat Seng para que copie as medidas aplicadas no Interior da China. O alívio das restrições transfronteiriças e dos incómodos para a população devem ser as prioridades Os deputados Ella Lei e Leong Sun Iok querem que o Executivo de Ho Iat Seng siga as medidas recentemente implementadas pelo Governo Central no alívio das restrições, segundo um comunicado emitido cerca de 24 horas antes da conferência de imprensa de ontem das autoridades de saúde, onde foi anunciada a alteração de abordagem no combate à pandemia no território. Os deputados da Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pediram ao Governo que adopte medidas de controlo semelhantes às divulgadas pelo Conselho de Estado, mantendo políticas consistentes com o país, mas também alivie o incómodo provocado à população. Um dos pedidos principais dos legisladores é o relaxamento das restrições transfronteiriças. Neste aspecto, como para entrar em Zhuhai continua a ser obrigatório apresentar resultado negativo do teste do ácido nucleico em 24 horas, os deputados gostariam que o preço dos testes diminuísse, de forma a aliviar os encargos das empresas, dos funcionários e da população em geral. Os deputados destacaram que o Governo deve reduzir gradualmente o impacto causado pelas medidas da prevenção da pandemia à população, sobretudo na frequência da realização de testes de ácido nucleico, e em relação aos critérios para definir zonas de código amarelo e vermelho. Os legisladores mostraram-se particularmente preocupados com a situação de trabalhadores impedidos de trabalhar porque ficaram com código de saúde amarelo e dizem ter recebido queixas de residentes e de funcionários de diversos sectores cuja vida foi condicionada porque a sua morada foi decretada como zona vermelha, ficando impedidos de trabalhar, apanhar transportes públicos e entrar em serviços para tratar de assuntos necessários. Mudar o teste Um dos pedidos dos deputados da FAOM que foi atendido prende-se com a obrigatoriedade de grupos-alvos, de determinados sectores profissionais, fazerem testes de ácido nucleico regularmente. Ella Lei e Leong Sun Iok pediram que nesta medida seja dada primazia ao teste rápido de antigénio, algo que na realidade foi dada a escolha do tipo de teste a realizar aos empregadores. Outra questão que os deputados gostariam de ver resolvida, é o foco das medidas de prevenção nos grupos-alvo e pessoas de alto risco, nomeadamente quando são verificados casos positivos num apartamento, sugerindo que os vizinhos que moram no mesmo edifício não fiquem com o código amarelo. Finalmente, face à possível abertura em termos de controlo pandémico, Ella Lei e Leong Sun Iok apelaram à vacinação contra a covid-19.
João Luz SociedadeAutoridades executam decisão judicial e ordenam despejo do Convento da Ilha Verde Ontem de manhã, agentes judiciais, pessoal do Instituto para os Assuntos Municipais, da Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana e a Polícia de Segurança Pública deram ordem de despejo aos ocupantes do Convento da Ilha Verde. Cumprindo a ordem judicial que saiu do acórdão do tribunal que dirimiu o caso da Colina da Ilha Verde, o proprietário deu três dias para que os ocupantes abandonem o convento. A operação interdepartamental foi acompanhada pelo representante da empresa proprietário do terreno Jack Fu, da Companhia de Desenvolvimento Wui San. Em declaração aos jornalistas, Jack Fu apontou que os todos os processos judiciais sobre as disputas relacionadas com os terrenos terminaram e que a empresa que representa venceu todos. O responsável elogiou o Governo liderado por Ho Iat Seng, que indicou ter ajudado a resolver o problema e garantiu que o desenvolvimento projectado para o terreno irá corresponder ao planeamento urbanístico. A decisão judicial teve como efeito imediato a instalação de uma barreira na entrada da Colina da Ilha Verde e os seguranças da empresa passaram a fazer o registo de quem entra e sai da propriedade. Quem te avisa Ao lado da entrada, foi afixado um aviso que cita o acórdão do tribunal e alerta para a proibição de entrar no terreno sem autorização dos proprietários. “Desde o dia 6 de Dezembro, é necessária autorização da Companhia de Desenvolvimento Wui San para entrar neste terreno. Quem não o fizer pode incorrer no crime de usurpação de coisa imóvel, cuja pena máxima de prisão vai até dois anos,” pode ler-se no aviso. Este caso arrasta-se há anos. Em 2007, a Companhia de Desenvolvimento Wui San adquiriu a propriedade da Colina da Ilha Verde. Desde então, tem sido alvo de disputas e ocupações, em particular por parte de Wu Tak Nang, que terá ocupado o convento e arrendado quartos a trabalhadores não-residentes. O antigo convento jesuíta já foi intervencionado devido ao estado de degradação e abandono a que foi votado. Jack Fu adiantou ontem que, actualmente, cerca de 20 pessoas ainda vivem no convento e que existem ligações ilegais de cabos eléctricos, situação que o representante da empresa proprietária teme poder resultar num incêndio.
João Luz Manchete SociedadeJustiça | Governo e concessionárias pedem mais de 709 milhões a Levo Chan Os pedidos de indemnização das concessionárias de jogo e do Governo, devido a impostos que ficaram por pagar, no âmbito do processo Tak Chun ascendem a 709 milhões de dólares de Hong Kong, com as empresas a pedirem quase 135 milhões. O tribunal separou os pedidos cíveis do julgamento de Levo Chan e associados, devido ao carácter urgente do processo penal O Tribunal Judicial de Base (TJB) anunciou na segunda-feira à noite que irá separar os pedidos de indemnização civil do processo penal que está a julgar Levo Chan, fundador do grupo junket Tak Chun que está preso preventivamente desde fim de Janeiro, e oito outros arguidos. À semelhança do que aconteceu no julgamento de Alvin Chau no caso Suncity, o colectivo de juízes decidiu, “devido ao carácter urgente do respectivo processo penal”, não ter condições para apreciar, um a um, todos os pedidos de indemnização civil. Como tal, o “1.º Juízo Criminal do Tribunal Judicial de Base arbitrará oficiosamente a reparação” por “danos eventuais causados pelos arguidos à RAEM e aos assistentes”. A secretaria do TJB especificou também os pedidos de indemnização civil deduzidos pelo Ministério Público (MP) em representação da RAEM e as quatro concessionárias que se constituíram assistentes no processo. Devido aos impostos de jogo que o Governo não chegou a cobrar, o MP pede a condenação solidária de Levo Chan e outros cinco arguidos no pagamento à RAEM de 575,2 milhões de dólares de Hong Kong (HKD), ou na quantia “que se vier a liquidar em execução de sentença”. Casinos assistentes Em relação aos pedidos de indemnização por parte das empresas de jogo, a Wynn Resorts (Macau) S.A. pediu a condenação solidária dos arguidos referidos ao pagamento de 48,25 milhões de HKD. Por sua vez, o pedido da SJM Resorts, S.A. ascendeu a 35,6 milhões de HKD, enquanto a Venetian Macau, S.A. pediu 47 milhões de HKD. Finalmente, a MGM GRAND PARADISE, S.A. pediu a condenação dos arguidos referidos, além de Choi Wai Chan e a das empresas Companhia de Promoção de Jogos Tak Chun, S.A., Grupo Levo Limitada, no pagamento de 3,8 milhões de HKD. Somadas todas as exigências de indemnização, é pedido aos arguidos mais de 709 milhões de HKD, com as concessionárias a reclamarem o pagamento de 134,7 milhões de HKD. A Galaxy Entertainment Group Ltd também é assistente no processo, mas ainda não apresentou pedido de indemnização, apesar de um advogado da empresa ter comparecido em tribunal na primeira sessão de julgamento. A Melco Resorts foi a única concessionária de jogo a não se juntar ao rol de empresas queixosas.
João Luz Manchete PolíticaCovid-19 | Macau aperta restrições para quem vem do Interior da China Macau alargou o leque de exigências preventivas para entrar no território. Além das quarentenas para quem chega de zonas de elevado risco no Interior da China, quem tenha passado em zonas de baixo risco é obrigado a uma bateria de testes durante cinco dias. Trabalhadores dos casinos também têm de ser testados a cada dois dias Depois do anúncio de que o número de casos positivos de covid-19 detectados desde 28 de Novembro ascendeu a 56, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus anunciou uma série de novas medidas para quem entra em Macau vindo do Interior da China. Entre as infecções descobertas, muitas são relativas a visitantes, sendo o caso mais notório o da mulher que correu na meia-maratona de Macau antes de ser notificada do diagnóstico de covid-19. Assim sendo, as autoridades locais endureceram as medidas para quem entra em Macau vindo da China, mesmo depois das restrições em várias cidades chinesas terem sido aliviadas. As novas exigências entraram em vigor ontem, depois do anúncio ter sido divulgado já depois da meia-noite. Quem chegar de zonas consideradas de baixo risco ou regiões onde a abordagem à pandemia foi normalizada fica obrigado a mostrar um resultado negativo de teste de ácido nucleico feito nas últimas 24 horas antes da entrada, assim como um teste rápido de antigénio realizado seis horas antes. Além disso, os visitantes ficam obrigados a fazer quatro testes de ácido nucleico, com pelo menos 12 horas entre cada teste, durante cinco dias, assim como um teste rápido diário no mesmo período temporal. A medida é obrigatória independentemente da forma de entrada no território, seja por avião, barco ou a pé nos postos fronteiriços com Zhuhai. Risco e casinos Para quem entrar em Macau através os postos fronteiriços de Zhuhai, vindo de cidades ou regiões com a classificação de “gestão normalizada” da pandemia, é obrigatória a apresentação de um resultado negativo de teste de ácido nucleico feito em menos de 48 horas antes da entrada na RAEM, e um teste rápido feito nas últimas seis horas. Além disso, nos dois dias seguintes, as pessoas têm de ser submetidas a mais dois testes de ácido nucleico, com pelo menos 12 horas entre eles, assim como a testes rápidos de antigénio diariamente ao longo de cinco dias. Quanto às pessoas que chegam a Macau vindas de regiões e cidades do Interior da China de elevado risco pandémico, terão de se sujeitar à quarentena de “5+3”, ou seja, cinco dias num hotel designado para o efeito e três dias de isolamento domiciliário. Como é óbvio, quem não tiver casa em Macau terá de cumprir 8 dias de quarentena, com a rotina de testagem diária que marca os isolamentos. Também os trabalhadores da linha-da-frente dos casinos vão ter um controlo mais apertado. Em vez dos testes de ácido nucleico feitos a cada quatro dias, foi ontem anunciado que a testagem passa a ser de dois em dois dias, assim como testes rápidos com a mesma frequência. A obrigação incide sobre croupiers, e funcionários de limpeza e segurança que trabalhem dentro de casinos.