Jogo | Governo responde a Steve Wynn

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo emitiu um comunicado onde frisa ter tido um encontro com uma operadora de Jogo para reiterar que não há alterações nas políticas referentes ao jogo, nomeadamente na questão das mesas. No documento, onde o Executivo não menciona o nome da Wynn, mas apresenta uma foto com representantes da operadora.
“O Governo mantém-se [quanto] às políticas já definidas e apoiadas por parte da sociedade e das operadoras envolvidas relativamente às áreas do jogo e do trabalho locais, afirmando que nunca as mesmas podem ser alteradas de forma leviana”, começa por dizer o Executivo, “lamentando as opiniões reveladas em relação a essa matéria”.
Steve Wynn criticou, na semana passada, o Governo, dizendo mesmo que “em 45 anos de ligação ao negócio dos casinos, nunca viu nada como aquilo que está acontecer em Macau” . Wynn considerou “irracional” a introdução por parte das autoridades de limites às mesas de jogo em novos resorts no território e que as operadoras só saibam quantas mesas poderão criar poucas semanas antes de abrirem os novos casinos.
O magnata e outros representantes de operadoras já tinham tecido anteriormente críticas ao assunto, desvalorizando a convicção do Governo em não autorizar mesas. Agora, o Governo vem dizer que a atribuição de mesas de jogo e de importação de trabalhadores não residentes “constitui um poder executivo legal” do Executivo.
“Quanto aos pedidos para aumentar mesas de jogo, o Governo vai continuar a cumprir o princípio de a taxa média anual ser não superior aos 3% em relação ao crescimento do número de mesas de jogo nos próximos dez anos contados a partir de 2013”, escreve em comunicado, acrescentando ainda que “torna a exigir ao sector, especialmente à operadora [Wynn], a necessidade de conhecer [as leis] claramente e cumpri-las de forma integral”.

20 Out 2015

Hospital | Funcionários transferidos por incidente com documentos confidenciais

[dropcap style=’circle’]S[/dropcap]eis funcionários do Centro Hospitalar Conde de São Januário foram transferidos de serviço devido ao incidente com os documentos oficiais de pacientes. De acordo com um comunicado do Governo, ainda está a ser feita uma investigação sobre quem poderá mais ser responsabilizado, nomeadamente na parte das chefias, mas estes “supostamente” envolvidos já saíram da posição que ocupavam.
“Os seis trabalhadores supostamente envolvidos foram transferidos para outros serviços, de modo a que não tenham contacto com documentos confidenciais”, começam por indicar os Serviços de Saúde (SS). “O caso encontra-se na fase de investigação e existem nos SS normas para lidar com documentos confidenciais que sempre foram aplicadas, mas há sempre possibilidade de melhorar os procedimentos. Esta investigação vai esclarecer o caso e se existem ou não problemas nos procedimentos quer sejam de supervisão ou de gestão”, frisou Lei Chin Ion, director dos SS, citado em comunicado.
Questionado pelos jornalistas se haveria alguma chefia que tivesse de assumir responsabilidades pelo sucedido, Lei Chin Ion reiterou que “só após os resultados da investigação é que podem ser tiradas ilações sobre o sucedido” e que, de momento, “não vai eliminar quaisquer eventuais possibilidades”.
O incidente ocorreu depois de os papéis não terem sido destruídos ou colocados num saco especial. Foram, ao invés disso, colocados num saco preto do lixo comum e transportados por um camião do lixo, tendo voado deste e ficado na rua. De acordo com os SS, seriam todos requisições de análises.
Agora, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, pediu aos SS para apresentarem um relatório que tem de ser entregue daqui a cerca de 25 dias.

20 Out 2015

Hospital | Alexis Tam dá 30 dias aos SS para relatório sobre documentos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, deu 30 dias aos Serviços de Saúde para que estes apresentem um “relatório informativo e circunstanciado das diligências” tomadas e dos “resultados obtidos” face ao incidente com documentos confidenciais de pacientes que estavam espalhados na via pública. O Secretário determinou, ainda, que os Serviços de Saúde comuniquem imediatamente o sucedido ao Gabinete de Protecção de Dados e que colaborem em tudo o que for considerado necessário. Recorde-se que, como o HM avançou ontem, o GPDP está já a investigar o caso.

16 Out 2015

Teatro | Dez espectáculos dos PLP com entrada livre no D. Pedro V

São uma dezena e chegam para mostrar o melhor do teatro dos Países de Língua Portuguesa. Vão encher o palco do D. Pedro V de 16 a 21 de Outubro. E tudo com entrada livre, numa mostra organizada pelo IPOR

[dropcap style=’circle’]M[/dropcap]oçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste juntam-se em Macau para a apresentação da segunda mostra de teatro da Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa. Os países trazem à RAEM dez espectáculos em Português, com os artistas a subir ao palco do Teatro D. Pedro V de 16 a 21 de Outubro.
Para representar Portugal chega a companhia portuense Seiva Trupe, existente há 42 anos e uma das que está na génese do movimento de teatro independente em Portugal. “As Mãos de Eurídice”, apresentada em Macau por Rui Spranger, constitui “um dos textos em Língua Portuguesa mais representados”, indica a organização, a cargo do Instituto Português do Oriente (IPOR). A Seiva Trupe tem mais de 131 peças encenadas e esta acontece às 20h00 de dia 16, sexta-feira.
No dia seguinte, pelas 15h00, é a vez da companhia Tomato Leste subir ao palco, com a peça “Babalú”. De Timor Leste, Tomato é um projecto teatral criado em 2012 na Universidade Nacional de Timor Leste por Mireia Clemente. As suas obras centram-se em muito mais que entretenimento.
“No âmbito da sua estratégia de educação pela arte, procurando, por essa via, sensibilizar para áreas como os direitos da criança e a igualdade de género, a companhia traz a Macau a peça ‘Babalú’, uma criação própria exactamente centrada nessas temáticas”, explica o IPOR.
“O Médico” é uma farsa de Luce Hinter, baseado numa comédia de Molière, apresentada por Os Criativos, de São Tomé e Príncipe, que sobem ao palco às 17h30, antes dos representantes do território: Hiu Kok Theatre e a Macau Artfusion juntam-se para apresentar ao público “A Cegueira I”, às 20h30. O espectáculo repete-se no dia 18, com a Kiu Kok e a Artfusion a abrirem as hostes no domingo, às 15h00.
O dia 18 continua com “A Cavaqueira do Poste”, apresentada pela moçambicana Lareira Artes, criada em 2010 por Diaz Santana e Sérgio Mabombo. Actuam às 17h30. fenata-1398
“Nas suas peças, na maioria criações próprias, como é o caso de ‘A Cavaqueira do Poste’, a companhia privilegia a reflexão sobre temáticas que, decorrendo do seu contexto sócio-cultural de referência ou dos processos globais de desenvolvimento, atravessam o quotidiano dos cidadãos e os afectam. Num registo informal, por vezes atravessado pela ironia e o humor, o espectador é chamado a essa reflexão e, de algum modo, interpelado a agir”, explica a organização.
O domingo termina com uma repetição da peça da Seiva Trupe, pelas 20h30, para abrir caminho aos Tomato Leste, novamente com ‘Babalú’, que actuam no dia 20, às 20h30.

Culturas cruzadas

A coordenação da mostra cabe, de novo, ao IPOR que foi também responsável pela escolha das companhias. Em comunicado, a organização explica que procurou reunir um “núcleo representativo da contemporaneidade artística no domínio das artes performativas dos países e regiões representados”, sendo que prova disso é o facto de uma das peças, apresentada pelas associações de Macau, ser falada em Português e Chinês. teatro
A Associação de Representação Teatral Hiu Kok e o projecto Macao Artfusion, Macau apresentam “A Cegueira” com um texto bilingue criado por Fernando Sales Lopes e Billy Hui, a partir de “A Line”, de Anthony Chan, e convocando José Saramago e o seu “Ensaio sobre a Cegueira”, dois actores mostram-nos como o equilíbrio e a harmonia podem ser quebrados quando a prossecução de interesses individuais se lhes sobrepõem.
“Com falas em Português e em Chinês, esta cooperação entre a associação Hiu Kok, um dos mais significativos projectos teatrais de Macau, criado em 1975, e a Macao Artfusion, que, desde 2014, procura proporcionar aos jovens uma educação de qualidade nas artes performativas e estimular o desenvolvimento de um ambiente positivo, amigável e profissional, simboliza também o espírito da Mostra, que procura efectuar a aproximação entre as culturas dos países representados no Fórum”, explica o IPOR.
Todos os espectáculos têm entrada livre.

15 Out 2015

José Drummond nomeado pela segunda vez para prémio asiático

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]artista de Macau José Drummond foi novamente nomeado para o Sovereign Asian Art Prize, um prémio de renome na região asiática, especificamente dedicado à Arte e que acontece há 12 anos. Foi com os trabalhos “Cyclone, Parachute e Wonder Wheel” da série “There is no place like it”, que o artista conseguiu ficar entre os escolhidos.
Os trabalhos foram apresentados em fotografias de estruturas do parque de diversões de Coney Island, sendo este o objecto de “uma narrativa existencialista”, como explica o autor.
“Sem a presença de corpos humanos, a dimensão enorme das estruturas da Coney Island revelam uma sensação única de isolamento e de estar fora-de-sítio. Sem a presença de uma escala ao tamanho humano, as pessoas ficam imersas num cativante desencanto”, diz Drummond, num comunicado enviado aos média.
O local onde Drummond tirou as fotografias é, actualmente, um espaço descrito como “assombroso”.
Artista e curador, Drummond vive em Macau, onde dirige o Festival Internacional de Vídeo e Arte (VAFA). Estudou Pintura, Desenho, Cenografia e Gestão Artística. Já expôs em Hong Kong, China, Taiwan, Coreia do Sul, Tailândia, Portugal, Espanha, França e Alemanha, além de EUA e Hungria.
Drummond, que trabalha principalmente com vídeo, fotografia e instalação, interessa-se pela “dualidade entre a visibilidade e invisibilidade e do espaço entre fantasia e realidade”. Como indica o próprio artista, o amor, a perda, a solidão, os sonhos e falta de concretização de objectivos pessoais são os temas mais escolhidos nas suas obras, coadunando-se com uma narrativa sempre presente que inclui uma história, uma tensão e “uma realidade alternativa”.
Drummond admite interessar-se pelas circunstâncias da vida e são essas mesmo que vão ditar se vence, em Janeiro de 2016, o prémio que lhe dará direito a 30 mil dólares americanos.

15 Out 2015

Índice de preços turísticos cai pela primeira vez em dez anos

O Índice de Preços Turísticos (IPT) caiu pela primeira vez, em termos homólogos, em mais de dez anos no terceiro trimestre de 2015, revelam dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos. O IPT, no terceiro trimestre deste ano, foi de 131,46 – menos 2,72% do que no mesmo período de 2014 – e é a primeira vez, desde 2003, que este indicador tem uma queda homóloga. No segundo trimestre de 2003, caiu 0,55% em relação ao período homólogo anterior, para 60,45 pontos, mas desde então, tinha sempre subido, trimestralmente, até aos 134,61 do segundo trimestre deste ano. Os “decréscimos mais notáveis”, segundo um comunicado oficial, registaram-se nos preços do alojamento (menos 10,88%) e vestuário e calçado (queda de 6,96%). Já os índices de preços das secções “produtos alimentares, bebidas alcoólicas e tabaco”, “transportes e comunicações” e “divertimento e actividades culturais” cresceram 5,87%, 3,94% e 3,14%, respectivamente, em comparação com os mesmos meses de 2014. Além da queda homóloga, o IPT caiu também em relação ao trimestre anterior (2,34%), o que já havia acontecido no segundo trimestre (7,92%).

15 Out 2015

Hospital | GPDP investiga caso de documentos espalhados na rua

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Gabinete de Protecção de Dados Pessoais (GPDP) está a investigar o caso dos documentos do Centro Hospitalar Conde de São Januário espalhados na via pública. Isso mesmo confirmou o organismo ao HM, não tendo, contudo, indicado se poderá estar na calha uma eventual punição.
“O caso está a ser investigado e não há mais informação para dar neste momento”, explicou o GPDP ao HM.
Segundo a investigação preliminar, documentos semelhantes aos que foram encontrados na Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues esta semana contendo dados de pacientes do hospital público estariam a ser mal processados já há dois meses. hospital papéis
Um comunicado do hospital enviado ontem à noite após o fecho da edição explicava que “há dois meses que o(s) auxilar(es) [responsável pela destruição deste tipo de documentos] não observou as respectivas directrizes de destruição de documentos confidenciais devido à grande quantidade de documentos recolhidos” e que as chefias desconheciam o caso.
Os papéis continham informação pessoal de doentes, nomeadamente o nome, idade, sexo, número do cartão de utente, sendo que alguns documentos, enviados para Hong Kong, contêm informações de identificação dos pacientes.
Os documentos, recorde-se, foram colocados num saco de lixo comum, de acordo com o hospital, ao invés de serem destruídos como mandam os procedimentos, ou metidos num saco específico. Depois, terão caído do camião do lixo que os transportava, ficando na rua ao sabor do vento. Foi um funcionário do hospital que deu o alerta, mas não antes destes terem sido filmados e fotografados. Os documentos seriam de requisição de análises, segundo o São Januário.

15 Out 2015

Assaltante em coma depois de desmaiar enquanto era detido

Um homem que desmaiou enquanto era detido pela polícia depois de ter furtado um telemóvel a duas jovens ainda se encontra em coma e inspira cuidados. O caso aconteceu na quarta-feira, quando o indivíduo, que será da China continental, tirou o telemóvel da mala de uma das estudantes de 18 anos com uma tesoura, na Rua Formosa. As jovens lutaram, tendo ficado com ferimentos ligeiros devido a cortes da tesoura, e gritaram por ajuda, que conseguiram obter de três homens que iam a passar. Na Rua do Campo, os homens conseguiram apanhar o ladrão. A polícia entretanto chegou ao local e o homem perdeu a consciência enquanto estava a ser detido, segundo a imprensa chinesa. De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde, os seis acabaram por ir parar ao hospital, de onde já saíram as vítimas e os três homens. O assaltante, segundo o que explicaram os SS ao HM, ainda está em coma na Unidade de Cuidados Intensivos e “tem prognóstico reservado”. Desconhecem-se os motivos que levaram o homem a entrar em coma.

15 Out 2015

Mulher ameaça suicídio por falta de subsídio do IAS

Uma mulher ameaçou suicidar-se depois de lhe ter sido negado um apoio financeiro do Instituto de Acção Social (IAS). O caso aconteceu na terça-feira, quando a residente subiu ao quarto andar do Centro de Acção Social de São Lourenço do IAS, na Rua da Praia do Manduco. Por “não ter conseguido obter o apoio financeiro solicitado ameaçou atirar-se do piso”. A polícia foi chamada ao local, onde prestou aconselhamento à senhora, conforme o comunicado. Ela acabou por desistir e o IAS assegura que lhe continua a prestar aconselhamento.

15 Out 2015

Fórum Macau | Echo Chan de saída por “motivos pessoais”

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]cho Chan vai sair do cargo de coordenadora do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau, que ocupava à menos de sete meses. A notícia foi avançada pela Rádio Macau e confirmada pelo HM junto do Gabinete do Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong. Uma porta-voz do Gabinete explicou ao nosso jornal que foi Echo Chan quem terá pedido para sair do cargo, “por motivos pessoais”. Sem mais delongas, o Gabinete de Leong encaminhou mais echo chanesclarecimentos para o Secretariado do Fórum que, contactado, se mostrou indisponível para qualquer esclarecimento. Echo Chan,c contudo, confirmou à TDM que sai “por motivos pessoais e familiares, que não estavam planeados”. Segundo a rádio, Chan será substituída por Cristina Morais, actual chefe do Departamento de Relações Económicas Externas da Direcção dos Serviços de Economia, ainda que não haja uma data para a substituição. Echo Chan sucedeu a Rita Santos no cargo, tendo tomado posse em Março, depois de vários anos no Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau.

15 Out 2015

Rádio-Táxis vão voltar e podem cobrar taxas adicionais

Os táxis por chamada vão voltar, mas os passageiros vão ter de pagar taxas adicionais. Já há interessados nas cem licenças, mas os requisitos do concurso, dizem, são exigentes: é preciso aplicações móveis, carros para deficientes, parque de estacionamento e sistemas modernos

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]stá aberto o concurso público para rádio-táxis, com o Governo a permitir uma centena destes carros nas ruas de Macau. Já há interessados em participar, ainda que os critérios para a concessão não agradem muito às associações e empresas de táxis.
Um comunicado da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) indica que cem carros vão poder ser explorados durante oito anos, sendo que todos têm de funcionar por chamada, seja ela imediata ou por marcação. A empresa concessionária, que tem de ser registada em Macau, tem ainda de disponibilizar carros acessíveis a deficientes e formas mais modernas de chamar táxis, além do telefone, mas também pode cobrar mais taxas.
“O concessionário obriga-se a fornecer, pelo menos, dez táxis acessíveis e táxis de grande porte. Além de disponibilizar a marcação de serviços de táxi por telefone e através da página electrónica, o concessionário deve explorar outras formas de marcação de táxis como, por exemplo, aplicações de telemóvel”, indica a DSAT. “Foram ainda exigidas a instalação nos táxis especiais taxímetros com sistema sonoro e colocação, num lugar visível, da placa com o número de matrícula do veículo, em [Braille], para facilitar a utilização destes serviços por invisuais.”

Dualidades

Até 14 de Dezembro, os interessados podem concorrer às licenças, algo que a Vang Iek, anterior companhia que geria os chamados táxis amarelos, não sabe se quer fazer. Recorde-se que a Companhia Vang Iek viu o seu contrato cancelado pelo Governo por ter sido acusada de não conseguir corresponder aos critérios do Governo, mas também porque se queixava de não poder cobrar taxas adicionais, sentindo, por isso, dificuldades no negócio.
Cheang Veng Chio, director-geral da Vang Iek, diz que ainda não decidiu a sua candidatura. “Ainda não lemos as regras do concurso público e portanto não posso dizer se vamos candidatar-nos ou não”, disse, não querendo tecer comentários sobre a autorização, agora, de cobranças adicionais, negadas à Vang Iek.
O Executivo diz que teve em conta “as opiniões” do passado, para permitir que o concessionário cobre uma taxa de chamada, taxa de hora marcada e/ou taxa de ausência. Isto porque estes táxis não podem apanhar pessoas na rua ou nas paragens de táxis, algo que a Vang Iek dizia não conseguir fazer por ser incomportável a nível financeiro.

Pensar bem

Para o presidente da assembleia geral da Associação das Taxistas de Macau, Ip Weng Fat, a cobrança de taxas adicionais para radio-táxis é bem recebida. A Associação, que gere táxis pretos, vai candidatar-se a estas licenças, se “conseguir preencher” os requisitos.
“Nas regiões vizinhas, como em Singapura, a taxa de chamada é de cinco dólares. O nível de cobrança em Macau deve depender dos custos da operação e da razoabilidade do mercado.”
No entanto, Ip Weng Fat acha que o espaço para o estacionamento de cem radio-táxis e a insuficiência de taxistas em Macau são as preocupações principais dos candidatos.
Já Tony Kuok, director da Associação do Mútuo Auxílio dos Condutores de Táxi, considera que será difícil manter a operação de cem rádio-táxis devido às condições exigidas pelo Governo.
Kuok diz que as antigas condições aquando do funcionamento da Vang Iek eram melhores. Isto porque a Vang Iek chegou a funcionar com alguns carros que podiam apanhar clientes nas ruas, algo que ajudava, diz, a suportar os custos de operação dos 60% de táxis que funcionavam por chamada.
“O objectivo do Governo é bom, mas sendo um operador, tem que se investir muito para operar só oito anos, preocupo-me se o novo operador conseguirá ter clientes suficientes para recuperar o investimento. Actualmente a economia de Macau já não é tão boa como antes, existem menos pessoas que suportam as despesas normais de táxis, quanto mais com taxas adicionais.”
Tony Kuok mostra-se interessado em candidatar-se ao concurso público, mas “preocupa-se com os custos”. Considera que o investimento é grande demais, até porque o Governo exige a criação de uma central de chamadas a funcionar 24 horas e aplicações GPS. Pelas contas de Kuok, é preciso 30 milhões de patacas só para os carros, fora as despesas de funcionamento e o parque de estacionamento, com as rendas “muito altas”.
Nos critérios para o concurso, o Governo exigiu ainda a instalação de um sistema de pagamento de “moeda electrónica”, além de que a empresa ainda deve satisfazer de requisitos relativos ao número mínimo de veículos, que o Governo não diz quantos são. A data limite de entrega das propostas é dia 14 de Dezembro.

15 Out 2015

Economia | Investimento do exterior sofre queda de 27%

Em 2014, Macau somou 26,3 mil milhões de patacas de investimento directo do exterior, valor que sofreu uma queda de 27,2% face ao ano anterior. O investimento foi aplicado, essencialmente, nos ramos de actividade bancária, do Jogo, da corretagem e do comércio por grosso e a retalho. Foi no sector do Jogo que mais dinheiro foi investido, somando-se 12,4 mil milhões de patacas. Os investidores são originários das Ilhas Virgens, das Ilhas Caimão e de Hong Kong. “Por seu turno, o fluxo do investimento directo no exterior das empresas do território correspondeu a 5,4 mil milhões de patacas, consequentemente, o valor líquido do fluxo do investimento directo totalizou 20,9 mil milhões de patacas no ano de 2014”, de acordo com informações dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). O rendimento do investimento directo no exterior foi de 85 mil milhões de patacas no ano em análise, traduzindo um acréscimo de 7,5% em relação a 2013, adiantam os mesmos dados. As empresas locais com investimentos no exterior foram quem mais lucrou no ano passado, tendo atingido um crescimento recorde de 174,6% face a 2013.

14 Out 2015

Hospital | Falha no cumprimento de regras leva papéis confidenciais às ruas

Documentos de pacientes do São Januário voaram de um camião do lixo e espalharam-se pela rua. Os papéis, confidenciais, deveriam ter sido destruídos, mas uma falha no cumprimento das regras fez com que fossem parar às ruas, motivando um pedido de desculpas da parte do hospital público

[dropcap style=’circle’]D[/dropcap]ocumentos confidenciais de pacientes do Centro Hospitalar Conde de São Januário foram parar à Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues, depois de terem sido transportados num camião do lixo sem terem sido destruídos. O insólito aconteceu na noite de segunda-feira e levou a uma conferência de imprensa para os responsáveis do hospital público pedirem desculpa.
Houve ainda tempo para uma investigação preliminar do caso pelo Centro Hospitalar, que frisou que o caso se deveu ao incumprimento das normas gerais para o tratamento de dados pessoais de doentes.
“A maior parte dos documentos são provenientes do serviço de patologia clínica, que é o laboratório do hospital, e na origem disso está o incumprimento de normas que estão estabelecidas e em prática no hospital no que concerne à recolha de material confidencial”, disse o vice-director do hospital, o médico Mário Évora.
Os documentos – que não se sabe exactamente quantos eram – estavam num saco do lixo normal e não foram destruídos ou colocados em sacos próprios para o efeito, que são utilizados quando há demasiados papéis para triturar e recolhidos de forma diferente do lixo comum.
O saco caiu de um camião do lixo e os papéis – que seriam, na sua maioria, requisições de análises segundo a rádio Macau – ficaram na via pública. Foi um profissional do hospital que deu o alerta.

Mais medidas

O Centro Hospitalar admitiu que enviou para o local trabalhadores que trataram de “recolher a maioria dos documentos”, tendo sido recolhidos cerca de 60, mas não sem antes terem sido colocados vídeos e fotografias nas redes sociais. “Dada a importância do caso”, o hospital fez questão de pedir desculpas publicamente.
Os Serviços de Saúde deram indicações ao São Januário para que seja instaurada uma “rigorosa investigação interna” que, depois de concluída, será dada a conhecer ao público.
Entretanto, Alexis Tam, Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, adiantou que vai averiguar a questão, sendo que o responsável da tutela só soube do sucedido através dos jornalistas.
“Tendo em conta que envolve dados pessoais dos cidadãos, esta situação não poderá repetir-se”, frisou, à margem do Fórum Global de Turismo.
O hospital garante que vão ser tomadas mais medidas para evitar situações semelhantes, que passam pela colocação de mais máquinas trituradoras e fazer “uma revisão completa” dos procedimentos.
O hospital apela ainda ao público que, caso encontre quaisquer documentos, os devolva.

14 Out 2015

São irmãos, músicos e tocam na rua a troco de reconhecimento e dinheiro

Há noites em que a passagem subterrânea junto ao casino Wynn se enche de música. Os protagonistas são Peter e Randy Lok, irmãos e músicos amadores que preferem tocar na rua e que amealham uns trocos para comprar materiais de música. Já tiveram problemas com a polícia, mas nem isso os faz desistir

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]aquele túnel é um entra e sai de gente que nunca pára. Na passagem subterrânea entre o casino Wynn e o Hotel Lisboa passam diariamente novos e velhos, turistas ou locais, que duas a três vezes por semana são surpreendidos por algo que não se vê nas ruas de Macau: jovens a tocar a troco de dinheiro. As autoridades locais não vêem com bons olhos a música nas ruas sem a devida licença, mas Peter e Randy Lok descobriram que naquele túnel podem continuar a tocar sem ser incomodados pela polícia.
Tocam duas a três horas por noite e chegam a fazer até 200 patacas por cada concerto improvisado, que depois lhes permite comprar guitarras e outros equipamentos. São irmãos e a paixão pela música surgiu desde cedo. Contudo, os destinos dos jovens prometem ser diferentes.
Peter Lok está a terminar o curso de Gestão no Instituto Politécnico de Macau (IPM) e quer um emprego estável, optando por tocar nos tempos livres. Randy trabalha numa loja e não quer deixar de ser músico. “Quero fazer isto para sempre”, disse ao HM.
Peter conta que já tentaram tocar no Senado, mas que a polícia lhes barrou o caminho. “Gosto de tocar aqui porque tenho sempre público. A primeira vez que toquei aqui não pedi dinheiro, porque sempre achei que a música, as canções, serviam para tocar as pessoas. Mas agora tenho mais pessoas que me apoiam e cada vez gosto mais de tocar”, contou ao HM.
“Os turistas da China, os jogadores, dão-me muito dinheiro. É bom porque no continente há muitos músicos a tocar na rua, mas em Macau só há duas ou três pessoas que tocam música assim”, disse Peter. “Normalmente toco músicas mais antigas e algumas pessoas conhecem as canções e começam a cantar comigo. Mas muitas vezes toco as minhas próprias músicas, que eu próprio compus, e o público parece gostar”, assegura. RANDY3_HM
Peter começou a tocar guitarra quando entrou para o ensino superior, algo que já se transformou numa paixão. “Os meus pais dão-me apoio, porque esta é a única coisa que continuo a fazer há muito tempo. Antes joguei basquetebol, por exemplo, mas durou apenas três meses. Mas já toco há quase três anos.”
Além de ser estudante, Peter tem ainda um trabalho em part-time, que concilia com os estudos. Randy tem uma banda e às vezes dão concertos em Zhuhai.

A música e a polícia

Peter e Randy Lok já fazem isto há tanto tempo que são conhecidos pelos polícias, que já têm uma postura bem mais branda em relação à sua actividade. “A polícia não permite música nas ruas. Em 2013 fui para a esquadra muitas vezes, porque não me deixavam tocar e recolher dinheiro. Hoje em dia eles vêem-me, só me dão sugestões e vão embora”, disse Peter.
Como estes irmãos, há mais um ou outro músico amador que toca em locais escondidos da cidade. Randy Lok assegura que muitas vezes se juntam no túnel e tocam juntos, como bons amigos.
“Há poucos lugares onde um músico pode tocar. Os grandes casinos usufruem de grandes espaços e só temos lugares no Iao Hon ou Areia Preta, por exemplo. As rendas são extremamente elevadas para os músicos e o Governo não dá apoio. Há muita competição em Macau entre os estudantes universitários que querem ser músicos. A competição é boa, mas não têm apoio”, considerou Peter.
Não há horas certas para que estes jovens espalhem música num espaço tão banal. No dia da entrevista era uma versão de “Wonderwall”, da banda inglesa Oasis, que ecoava naquele corredor. Dois dias depois, Randy acabaria por não tocar com o irmão, como estava pensado, pois Peter encontrava-se doente. Mas isso não importa: junto às escadas rolantes, o concerto promete seguir dentro de momentos.

14 Out 2015

Mais de 600 empresas de Macau na Ilha da Montanha

Mais de 600 empresas de Macau já estão registadas na zona de comércio livre da Ilha da Montanha, desde que foi criada em Abril deste ano. Segundo o jornal Ou Mun, os dados foram apresentados no início desta semana numa conferência realizada na província de Guangdong. Hu Chunhua, secretário do Comité Provincial do Partido Comunista Chinês, apresentou os dados relativos a Cantão, Shenzen e Zhuhai, os quais revelam o registo de 33 mil empresas no total, incluindo 619 de Macau. Hu Chunhua defendeu que vai continuar a promover a construção da zona, criando uma ligação ao mercado internacional e uma zona industrial com um nível elevado.

14 Out 2015

Saúde | Ho Ion Sang questiona subsídios para sector privado

O deputado Ho Ion Sang exige explicações aos Serviços de Saúde (SS) sobre a implementação dos subsídios para as consultas externas nos centros de saúde privados. Numa interpelação escrita, o deputado questiona a forma como o Governo vai assegurar a utilização racional dos recursos de saúde em Macau. O deputado da União Geral das Associações de Moradores de Macau (UGAMM) recordou quando os SS explicaram que, em 2013, 40% das idas aos serviços de urgência do Hospital de São Januário não foram de facto uma urgência, o que o leva a questionar como estão a ser utilizados os recursos físicos e humanos. A medida do Executivo abrange dois serviços de urgência do Hospital Kiang Wu ou oito centros de saúde de instituições sem fins lucrativos.

14 Out 2015

Autocarro da TCM incendeia-se

Um autocarro da TCM movido a gás natural incendiou-se, ontem de manhã. O veículo seguia sem passageiros a bordo e o motorista escapou ileso. O fogo deflagrou na parte traseira do autocarro e estará relacionada com um “problema eléctrico” e não com o sistema a gás. O incidente aconteceu perto da rotunda Ferreira do Amaral. Durante cerca de meia hora, a circulação esteve condicionada na zona.

13 Out 2015

Queixas de consumidores subiram 10% em seis meses

O Conselho dos Consumidores (CC) recebeu mais 10% de queixas na primeira metade do ano, em comparação com igual período do ano passado, sendo que no topo do ranking ficaram as queixas relacionadas com os equipamentos e serviços de telecomunicações. Segundo dados do CC, o organismo tratou mais de 3500 casos, incluindo 887 queixas, 2655 pedidos de informações e 14 sugestões. De entre as queixas, 137 dizem respeito aos equipamentos de telecomunicações, uma subida de 35,6% comparado com o mesmo período do ano passado. Já as críticas em relação ao preço diminuíram para mais de metade. Há ainda 79 queixas dentro que dizem apenas respeito ao tarifário do serviço de roaming. O CC considera que os operadores de telecomunicações devem disponibilizar mais medidas ou informações eficazes para assegurar que os consumidores usam os serviços de forma correcta.

13 Out 2015

UM | Artistas apresentam concerto sobre cultural tradicional chinesa

Chama-se “Sinfonia de Amor – Uma digressão pela Cultura Chinesa” e é um espectáculo que junta artistas das regiões vizinhas, nomeadamente Mok Warren Wah-Yeun, famoso tenor do interior da China, a Orquestra Sinfónica Evergreen (Taiwan) e o Coro da Universidade de Macau. A ter lugar amanhã, o concerto pretende “divulgar a cultura tradicional chinesa, promover a cultura chinesa no mundo, fomentar os intercâmbios culturais entre os jovens de Macau e do interior da China e incentivar o desenvolvimento das actividades culturais de Macau”. O espectáculo está marcado para as 19h30, na Aula Magna da Universidade N2 da Universidade de Macau, e serão tocadas “as mais belas músicas chinesas numa alusão a uma viagem pela Cultura Chinesa ao longo dos últimos três milénios”, diz a organização.

13 Out 2015

Madonna | Bilhetes para concerto à venda na sexta-feira

Os bilhetes para o concerto da cantora pop Madonna, a decorrer nos dias 20 e 21 de Fevereiro de 2016, no Studio City, começam a estar à venda já nesta sexta-feira, dia 16. O espaço para o concerto, inserido na “Rebel Heart Tour”, terá cinco mil lugares disponíveis e os preços variam entre as 2500 e dez mil dólares de Hong Kong.

13 Out 2015

AL | Arranque tem lugar sexta-feira com proposta de debate em análise

Depois do término da segunda sessão da AL, os deputados regressam ao serviço no dia 16 e começam com uma sessão plenária que analisa um pedido de debate e o orçamento privativo do hemiciclo para 2016, que sobe 10%. Há ainda reuniões internas de todas as Comissões de acompanhamento marcadas para o mesmo dia

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]s trabalhos da Assembleia Legislativa (AL) vão arrancar na sexta-feira, com uma agenda que conta com a análise pelos deputados de uma proposta de debate. Song Pek Kei e Si Ka Lon são os autores do pedido, que pretende falar de novas medidas para os parques de estacionamento públicos.
No pedido de debate dos números dois e três de Chan Meng Kam, os deputados pedem que os responsáveis do Governo e os colegas do hemiciclo discutam a decisão do Executivo de terminar com os novos passes mensais para os parques de estacionamento.
“Por forma a aumentar a rotatividade nos parques de estacionamento públicos, o Governo deve ou não cancelar os respectivos passes mensais, permitindo que o público utilize os lugares de estacionamento em causa?”, questionam, numa pergunta que dá o mote para o debate que consideram ser “de interesse público”.
Na opinião dos deputados, exposta na nota justificativa, Song Pek Kei e Si Ka Lon consideram que o passe mensal “já não se coaduna com as necessidades reais” de Macau, mas ainda assim querem mais esclarecimentos.
“Consideramos necessária a revisão do Regime do Serviço Público de Parques de Estacionamento. Tendo em conta que os referidos passes mensais têm implicações com o interesse público propomos um debate sobre a matéria, na expectativa de promover o aperfeiçoamento do serviço público de parques de estacionamento”, escrevem, acrescentando que “há conflitos de interesses” com a existência de passes mensais.
De acordo com dados apresentados pelos dois deputados, há 39 parques de estacionamento públicos que proporcionam 14382 lugares e, em 16 deles, 4500 lugares estão reservados a estes passes mensais. Noutros 13, a percentagem de lugares reservados é de 50% e “superior”. Um dos grandes problemas reside, contudo, no silo da ETAR, onde 96% dos lugares estão reservados aos passes mensais, havendo apenas 14 lugares disponíveis para o público.
“Gera conflitos de interesses entre os utilizadores em geral e os detentores dos passes”, escrevem, explicando ainda que a grande quantidade de veículos em circulação e as dificuldades em arranjar estacionamento são problemas que afectam os residentes “já há muito tempo”.

Orçamento sobe 10%

Para Si Ka Lon e Song Pek Kei o Regime tem de ser revisto, uma vez que 12 anos depois da implementação dos passes mensais, o trânsito e a realidade sócio–económica mudaram “significativamente”.
“Tendo em conta a escassez de lugares nos parques de estacionamento, os residentes têm novas solicitações quanto à distribuição equitativa e justa destes recursos públicos”, terminam.
Este não é o único assunto na agenda dos deputados, que têm ainda para análise e aprovação a proposta do orçamento privativo da AL para 2016. Este terá o valor de 183,9 milhões de patacas e já teve luz verde da mesa da AL, apesar de representar um aumento da despesa em 10,3% face ao deste ano.
As despesas principais situam-se na aquisição de bens e serviços, onde a AL pretende gastar mais de 11 milhões de patacas, ou mais 9,21%, devido “a um reforço” nos vencimentos e de subsídios.
No mesmo dia estão marcadas reuniões de todas as Comissões de acompanhamento e permanentes para a escolha dos presidentes e secretários dos grupos.

13 Out 2015

Hong Kong e Macau assinam acordo na área comercial

Macau e Hong Kong vão iniciar negociações para celebrar um “acordo a alto nível” para aumentar a cooperação económica e comercial entre as duas regiões administrativas especiais. O objectivo é promover a circulação de mercadorias, serviços e capitais.
“O Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre Hong Kong e Macau visa proporcionar protecção legal no acesso aos mercados e promoção da facilitação do comércio e investimento, aumentando a competitividade de ambas as partes no âmbito da cooperação regional”, pode ler-se num comunicado do Governo, que indica que as negociações vão ser iniciadas “oficialmente” no final do ano. macau arquitectura
O acordo “de alto nível” e conforme as regras da Organização Mundial do Comércio está já a ser alvo de consulta desde Agosto. Os destinatários englobam entidades públicas, sectores empresariais, associações juvenis e entidades académicas e, das opiniões recolhidas até agora pela Direcção dos Serviços de Economia, o acordo “deverá estreitar ainda mais a cooperação económica e comercial entre as duas partes, reforçando a competitividade global entre Hong Kong e Macau”.
Esta é uma extensão ao acordo CEPA entre Hong Kong e Macau e, além da facilitação no comércio, contém ainda assuntos relacionados com a propriedade intelectual.

12 Out 2015

AL | Visita a Pequim para aprofundar comunicação com Conselho de Estado

[dropcap style=’cricle’]O[/dropcap]s deputados da Assembleia Legislativa (AL) estão em Pequim de hoje a 14 de Outubro. A visita, feita pelo Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, tem como objectivo aprofundar as relações entre as figuras políticas das regiões administrativas especiais e a China continental.
“A visita tem como objectivo reforçar a comunicação entre a AL e as diversas instâncias do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, com troca de opiniões sobre os âmbitos do planeamento, processo e técnica ao nível legislativo e ainda no tocante à fiscalização ao Governo e ao acompanhamento da aplicação das leis”, pode ler-se num comunicado do Executivo.
Na agenda está ainda uma visita à Comissão da Lei Básica da RAEM, ao Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional e ao Comité Permanente da Assembleia Popular Municipal de Pequim, bem como à cidade de Langfang, na província de Hebei.

Aprofundar conhecimentos

Outro dos objectivos é melhorar o conhecimento dos deputados da AL sobre a situação legislativa do interior da China e aprofundar a compreensão da política ‘Um País, Dois Sistemas’ e da Lei Básica da RAEM. Tudo para que “se possa exercer melhor a competência legislativa e de fiscalização”.
A comitiva dos deputados é liderada pelo Presidente da AL, Ho Iat Seng, e acompanhada pelo subdirector do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, Zheng Zhentao.
Para a AL, a visita “reveste-se de grande importância”, até porque para alguns deputados, como José Pereira Coutinho, deputado há mais de nove anos, esta foi a primeira vez que chegou um convite para uma visita desta natureza pelo Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado.
“Não é por acaso que, neste momento, nos convidam a ir a Pequim”, diz Pereira Coutinho à Rádio Macau. “Trata-se de um encontro importante. Estas visitas têm sempre um objectivo político e de melhorar os canais de comunicação entre os deputados de Macau e o Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado”, antecipa o deputado.
Em declarações à Rádio Macau, Pereira Coutinho rejeita a ideia de que pode levar um “puxão de orelhas” de Pequim por querer ser deputado em Portugal.

12 Out 2015

Segurança | Já há planos para gestão das águas. Falta de pessoal leva a ajustes

O Governo prepara-se para ajustar o modelo de cooperação com a China após ser autorizado a gerir águas marítimas. A falta de pessoal na Segurança leva a ajustamentos, bem como o aumento de migração ilegal, que vai originar a revisão das leis

[dropcap style=’cricle’]J[/dropcap]á há planos traçados para as águas marítimas que ficarão sob a jurisdição de Macau, no final deste ano. Isso mesmo disse Wong Sio Chak, Secretário para a Segurança, que admitiu ainda haver falta de pessoal na sua tutela.
Face ao pedido do Governo junto de Pequim para a gestão de águas, os Serviços de Alfândega (SA) estão preparados para discutir mudanças na forma de cooperação, diz o Secretário. “Os SA encontram-se preparados [para responder aos trabalhos de gestão], designadamente na área de formação de pessoal e instalação de equipamentos, entre outros”, referiu, citado em comunicado.
À margem da cerimónia de encerramento do Curso de Formação de Instruendos, o Secretário revelou que os SA têm mantido negociações com os serviços competentes da China interior sobre um modelo de cooperação, que deverá ser diferente do actual, uma vez que Macau vai poder gerir águas marítimas pela primeira vez.
“Os SA dispõem de um plano de trabalho e estão a discutir com outros serviços competentes da China interior uma mudança no modelo de cooperação. Assim que houver novidades [serão] divulgadas mais informações.”

Segurança sem pessoal

Apesar da formação de pessoal estar em curso, o Secretário admitiu que vários serviços da sua tutela ainda têm falta de recursos humanos. No entanto, o responsável diz que é impossível reduzir os critérios para recrutamento e o tempo de formação, pelo que “há dificuldades” na contratação. A solução poderá estar no ajustamento dos cursos.
“Perante a falta de pessoal, a partir do próximo ano, vai proceder-se a ajustamentos no recrutamento para o Curso de Formação de Instruendos, ou seja, passa de três fases bianuais para duas fases por ano. No entanto, mantém-se inalterável o período de formação, ou seja oito meses, para garantir a qualidade de formação e colmatar a escassez de recursos humanos”, anuncia o Governo.
Wong Sio Chak disse ainda que vai aumentar o investimento nas tecnologias para elevar a capacidade de aplicação da lei e melhorar a performance das autoridades com o mínimo de pessoal possível.

Migração ilegal traz alterações à lei

Wong Sio Chak quer rever a Lei da Imigração Ilegal e da Expulsão, de forma a analisar a viabilidade de aumentar o período de detenção de 60 para 90 dias. O Secretário para a Segurança quer “elevar a eficácia da lei” devido ao aumento de pessoas que têm vindo de forma ilegal para Macau. Wong Sio Chak, que frisou que a migração ilegal está cada vez mais complexa, mostrou-se preocupado com o aumento de casos de tráfico de droga de jovens da região vizinha para a Macau e disse que irá continuar a reforçar o intercâmbio de informações entre os territórios que fazem fronteira com Macau.

12 Out 2015